Capelania Prisional
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Capelania Prisional
CAPELANIA PRISIONAL
Pr. Manoel Peres Sobrinho
INTRODUÇÃO
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em vez de quatro, foi preciso colocar seis; e como isso não bastasse, foi
necessário, para desmembrar as coxas do infeliz, cortar-lhe os nervos e
retalhar as juntas...
Afirma-se que, embora ele sempre tivesse sido um grande praguejador,
nenhuma blasfêmia lhe escapou dos lábios; apenas as dores excessivas
faziam-no dar gritos horríveis, e muitas vezes repetia: “Meu Deus, tende
piedade de mim; Jesus, socorrei-me”.
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chamado específico do Senhor da Igreja.
A prisão é, sem dúvida, um lugar sinistro onde tudo ali nos agride e
incomoda, desde a nossa sensibilidade visual até mesmo nossos mais
profundos sentimentos, por sabermos que ali as pessoas estão contra a sua
vontade, de uma maneira opressiva e limitadora, por motivos, que quem
sabe, hoje detestariam lembrar-se disso.
Mas, por outro lado, pode ser uma grande oportunidade que Deus está
nos dando em concentrar um grande número de pessoas carentes e sem
Jesus para ser abençoado com o Evangelho do Senhor. Coisa que, em
outras circunstâncias seria impossível. Isso se constitui num grande
paradoxo: eles são presos por um tempo, para depois se verem livres para
sempre, e agora de corpo e alma.
É a maior oportunidade que a Igreja já recebeu. Um campo
absolutamente à disposição e pronto para ser ceifado.
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não creio que seja só isso.
O amor de Jesus, em seu ministério, estendia-se a todos aqueles que dele
se aproximavam e que muito careciam de sua ação libertadora. E a Palavra
nos ensina também, que Deus manda chuva para bons e maus. Logo, se
uma pessoa sofre atrás das grades, esse assunto deve mover a misericórdia
com que a igreja deve ver o mundo e transformar esse sentimento e ações
concretas, salvadoras e remidoras.
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não chega a ser um marginal, mas tem o péssimo hábito de alimentar
amizades e companheirismo com marginais. Se esquece totalmente da
recomendação do salmo 1. Quando a polícia encontra uma situação assim,
o mais comum é enquadrar todo mundo. Esse tipo de atitude é perigoso e
geralmente acaba em tragédia para o descuidado.
Uma pessoa convertida, com problemas de comunhão e até mesmo de
temporário afastamento das celebrações pode ser induzida pelas forças do
mal, porque Satanás a faz a acreditar, pelo menos, em duas mentiras que
farão grandes estragos em sua existência.
A primeira é quando ele “oculta as reais conseqüências do pecado”.
Tomei conhecimento, em meu trabalho como capelão no Centro de
Detenção Provisória, da Penitenciária de Sorocaba no Bairro da
Aparecidinha, de um jovem que atraído pelo desejo de comprar uma arma,
conseguiu uma com seu amigo, porém, não estava registrada e ainda era
produto de furto. Ele foi convencido de que tudo sairia muito bem. Não
esperava que um dia a polícia estivesse à sua porta. Parecia-me uma pessoa
séria e assentada. Confessou a mim a sua falta de sabedoria. Nunca duvidei
que fosse um bom jovem, porém, caiu na armadilha do inimigo.
Outra situação é quando “o inimigo faz o pecado parecer uma coisa
normal da vida”. Nossa sociedade não respeita nada. Está mergulhada no
cinismo e na lei do mais forte. Tudo o que pode gerar ganho é permitido.
Não é difícil, mesmo para o crente, começar a deslizar em sua atitude
quando absorve vagarosamente o padrão do mundo para as suas ações. Aí,
então, é um passo.
Mas também podemos pensar que pessoas são presas por causa da sua
fé. A Bíblia está cheia de textos onde vemos os santos sofrendo pressão por
parte das forças do mal, levando muitas delas até a prisão.
No entanto, sabemos que hoje é difícil que uma pessoa venha a ser presa
porque testifica do Senhor Jesus. Porém, pode vir o tempo, se algumas leis
forem aprovadas que determinarão ao crente respeitar certas situações que
a Palavra de Deus reprova.
Acredito sim, que de alguma forma, é possível ao crente se encontrar
atrás das grades. Seja como for, e se isso ocorrer, é preciso que a Igreja
esteja lá para dar apoio aqueles que precisam. Faz parte do seu ministério.
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palavra de Deus e a todos de sua casa –
Atos 16:29-32.
Prefiro, todavia, solicitar em nome do amor,
sendo o que sou Paulo, o velho e, agora, até
prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em
favor de meu filho Onésimo, que gerei entre
algemas – Filemom 9-10.
Não é preciso fazer uma exaustiva pesquisa para logo perceber que o
assunto salvação no cárcere é recorrente em toda a Bíblia. Isto porque, a
mensagem do Senhor Jesus, que é de salvação, libertação e graça não
conhece barreiras e nem empecilhos. O Senhor faz o que quer, como quer e
onde quer. E neste caso específico usa seus servos para atingir quem quer
salvar.
Tomamos dois textos somente para a amostragem.
O primeiro, Atos 16:29-32, nos reporta ao incidente ocorrido com Paulo
e Silas e o carcereiro de Filipos e sua família. Este texto é uma mostra de
como Deus age em qualquer lugar segundo a sua muita misericórdia.
Precisamos estar preparados para todo e qualquer momento, pois não
sabemos quando isso ocorrerá. O cenário é que Por volta da meia-noite,
Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais
companheiros de prisão escutavam – Atos 16:25.
O Senhor visitou aquele lugar de sofrimento, de dor, de pesar, e de
remoer de consciência. O Senhor queria operar salvação ali. E, então, usou
da prisão de Paulo e Silas, seus servos, para chegar até o carcereiro e sua
família. O Senhor poderia fazer de outra forma, usar de outro artifício, mas
usou este. Ele é soberano e faz o quer como quer e quando quer. Naquele
lugar seus servos foram dóceis em suas mãos, por isso houve salvação.
Paulo e Silas usaram a cadeia e seu sofrimento, como lugar e motivo para
louvar e adorar e celebrar o Senhorio de Jesus.
O outro texto é não menos conhecido, nesse assunto, livro ou Epístola
de Paulo a Filemom.
Alguém já a definiu como “O Bilhete de Amor” com total razão e
justiça. Eu, porém, a chamaria de “A Flor do Presídio”.
Em meio a tanta desgraça, sofrimento, pecado e horror do reino das
trevas, num lamaçal tremendo de pecados, Deus realiza o milagre da fé Ed
assim nasce a mais pura fragrância da graça, cuja beleza e raro perfume nos
evoca a atmosfera do céu, onde os santos habitarão para sempre com o
Senhor.
Uma libertação plena de corpo e alma. Como diria Paulo, na própria
Carta, pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a
fim de que o recebas para sempre – v. 15. Lembrar que por misericórdia do
Senhor “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
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4. Porque faz parte da Ação Social Misericordiosa da Igreja
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e com urgência!
Em quarto lugar Jesus vivia “curando toda sorte de doenças e
enfermidades”. Lucas vai lembrar, em Atos dos Apóstolos, de como Deus
ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou
por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo,
porque Deus era com ele – 10:38.
Jesus não somente pregava e ensinava a lei do reino de Deus, mas
também investia na vida física dos seus ouvintes. Cuidava deles como um
bom médico, como um pai amoroso, como um irmão preocupado com suas
vidas na totalidade. Não fazia do seu ministério somente um exercício
mental e abstrato com uma série de teorias bonitas, mas pouco práticas.
Jesus encarnava o sofrimento do seu ouvinte, irmão e próximo.
Como poderemos curar as pessoas que estão na prisão? Se as amarmos
de verdade encontraremos um caminho. E Jesus nos assistirá em nossa
impotência. Revestindo-nos de poder e graça.
Em quinto lugar Jesus olhava para elas e procurava vê-las, percebê-las
sem temor, preconceito ou indiferença: “Vendo ele as multidões”, diz o
texto de Mateus.
Uma maneira da igreja não ver os presos é viver como se eles não
existissem. Riscá-los de seus projetos. Descartá-los de suas preocupações
missionárias. Esquecê-los de seus movimentos sociais. Ou, por outra, viver
como se não fosse da sua alçada. Ou ainda, uma situação que não lhe diz
respeito. É mesmo verdade um ditado popular em nossa terra: “o que os
olhos não vêem o coração não sente”. Porém, pior do que isso é a recusa de
aceitar uma realidade que brota aos olhos.
Em sexto lugar Jesus “compadeceu-se delas” porque havia um terrível
mal que as oprimia fazendo-as “aflitas e exaustas como ovelhas que não
têm pastor”.
Há um dado extremamente importante neste texto que passa sempre
despercebido quando procuramos lê-lo. Jesus não era indiferente ao que
via. Jesus não se isentava de preocupação daquilo que percebia. Jesus não
se esquivava daquilo que era imediato na busca de solução. Jesus não
transferia para outros a responsabilidade daquilo que tomava
conhecimento. Seu ensino persistia no “amar ao próximo como a ti
mesmo”. E isto era inalienável de sua conduta. Ao olhar para aquelas
humildes e desgraçadas pessoas, á margem da religião, do Estado e da
sociedade seu rosto se comprimia com uma dor lancinante e permanente.
Todo o seu der se comovia, não se fazendo indiferente. Assim, Jesus
percebia claramente os medos, os temores e as aflições daquela gente.
Na busca incessante para alcançar os presos aprendemos de Jesus
algumas características das quais devemos nos revestir, para que
alcancemos sucesso em nossa empreitada: 1. Transparência de sentimentos
– as pessoas já estão enojadas com tanta falsidade, com tanta dissimilação e
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simulação. É preciso ser mais autêntico e verdadeiro. Precisamos resgatar
na sua plenitude a palavra SINCERIDADE. 2. Visibilidade nas intenções –
Não mascarar os desejos, nem agir com falsidade. Tudo fazer de forma
limpa, autêntica, sem segundas intenções. 3. Correção nas atitudes –
segundo os ensinos da Palavra de Deus. Fazer com a mais clara consciência
de que Deus tudo vê, Deus tudo ouve, Deus está em todo lugar. Ter um só
procedimento e todo e qualquer lugar. 4. Credibilidade nas promessas –
palavra ponderada, pesada, calculada. E quando dada cumprida à risca. Por
isso é melhor não prometer, do que prometendo não cumprir.
Em sétimo lugar Jesus dimensiona o projeto e redimensiona a atitude ao
tocar nos pontos fundamentais da obra a ser feita. 1. Jesus se dirige àqueles
que já estão na obra. Não lhes deixa ignorantes da realidade. Jesus conta
com eles como eles são. Afinal são eles que estão seguindo a Jesus. 2. Jesus
mostra que o trabalho a ser feito não é coisa simples e nem para alguns
dias, ou, mais ainda, não tem a dimensão de algo efêmero e sem
importância. 3. Jesus também não lhes esconde a contingência do efetivo
para a execução da obra. Diz que não há elementos suficientes. É o início
da demonstração da fragilidade dos seus seguidores em referência àquilo
que se propusera a fazer. Não tem esta atitude de Jesus o intuito de
desanimar seus seguidores, pelo contrário, ele só quer que eles saibam em
que estão investindo suas vidas e que percebam o quanto precisam ser
pacientes e constantes naquilo que irão fazer.
Por último Jesus faz uma surpreendente declaração imperativa que retira
de vez o comando da obra das mãos dos discípulos: “Rogai, pois, ao
senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. v. 38. Era
de se esperar que Jesus dissesse para os seus seguidores saírem à busca de
pessoas que quisessem fazer a sua obra. Mas, não, pelo contrário. Há aqui
algumas lições que precisamos aprender para sermos eficientes na obra do
Senhor. 1. A obra é do senhor da obra. Nada mais óbvio. Mas nem tanto
assim. Só o Senhor tem autoridade na obra. Dele emana todo poder, direito
e autoridade. Às vezes nos esquecemos disso, e começamos a fazer como
se fôssemos os donos da obra. 2. O Senhor da obra contrata quem ele quer,
e não quem nós queremos. Ficamos à mercê de aceitar aqueles que o
senhor da obra manda. 3. Rogar é uma atitude de humildade, declaração
firme de incompetência e necessidade. Jesus quer ensinar aqui nossa total
dependência de Deus. Aquele que o senhor manda para a sua obra é da sua
responsabilidade o sustento, o treinamento e a aprovação. Sendo que o
resultado de tudo deve ser para o regozijo do senhor da obra. 4. Há aqui
também embutido um ensinamento que para Jesus era de suma
importância: a necessidade de uma inteira comunhão e aproximação do
senhor da obra. Quando conhecemos melhor para quem trabalhamos fica
mais fácil saber os seus gostos, preferência, desejos e jeitos de ser e fazer
as coisas. A comunhão com o dono da obra é imprescindível para acertar
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no trabalho a ser feito.
Esta não é uma obra de um trabalhador só. Mas, sim, de toda a
comunidade. Há muito que fazer em termos de presídio e muito mais com
suas famílias.
É importante mencionar que todas as vezes que estamos ali para nosso
trabalho, inicialmente, tomamos os nomes dos novos internos, para oração
por eles e suas famílias, e depois nos apresentamos, buscando criar um
ambiente de confiança e familiaridade.
Nesse sentido, em minha exposição, busco transmitir a eles o propósito
de minha presença e como o Senhor Jesus abriu as portas daquele
estabelecimento correcional para o trabalho de aconselhamento,
evangelização e orientação espiritual. Sempre respeitando suas posturas
religiosas e seus direitos a uma opção absoluta e pessoal. Respeitamos o
fórum íntimo. Somente expomos nossa visão de fé, como uma opção a
fazer caso queira livremente. Nunca mencionando como padrão único
nossa denominação, e nem procurando fazer proselitismo junto a eles.
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primeiríssimo lugar a Família, reduto seguro onde descansamos nossas
fraquezas e aconchegamos nossos sonhos. Não dá pra ser durão toda hora.
Em algum momento queremos depor nossas armas e simplesmente
descansar. No fundo somos só umas crianças assustadas buscando refúgio
em algum lugar. O segundo valor é o Trabalho. Fonte de nosso sustento.
Como queria Rui Barbosa, quando trabalhamos construímos o mundo com
Deus. Com o trabalho nos tornamos úteis, e assim nos sentimos também.
Mesmo que o ganho seja pouco e o cansaço muito. E por último os
Amigos. Verdadeiros amigos. Como queriam os romanos, amizade é uma
dádiva dos deuses. Um homem sem família, trabalho e amigos é um
homem sem história. Ele não viveu só passou por aqui.
Quando uma data importante requer uma reflexão à parte, como o Dia
das Mães, Natal, etc. escrevo um texto alusivo e com eles, lemos e
procuramos refletir sobre a importância desse assunto. Deixo a cópia com
eles, para que depois, se quiserem, poderão ainda pensar melhor no
assunto. É mais uma maneira de como podemos trabalhar assuntos
importantes e necessários.
Geralmente eles participam da discussão dando suas opiniões. A maioria
das vezes eu me surpreendo como eles sabem das coisas. Como suas
opiniões são sábias e coerentes.
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Oramos também por seus familiares. Igualmente nos não nos esquecemos
de orar pelos funcionários, pois sabemos que o sucesso desse trabalho
depende em muito de como os funcionários atuam em seu desempenho.
Uma atitude que já virou tradição entre nós é que quando vamos orar,
fazemos um grande círculo e todos nos damos às mãos, numa
demonstração de fraternidade e unidade no Espírito do Senhor. Cremos que
o Senhor está fazendo uma importante transformação em seus corações. É
verdade, esperamos todo sucesso de nosso trabalho da ação misericordiosa
do Senhor.
8. Oração individual
9. Orientação pessoal
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11. Comemorações
É difícil falar sobre resultados. Por várias razões, aliás. Mas, daquilo
que temos percebido com demonstrações voluntárias, podemos citar alguns
fatos, que nos atestam que o trabalho espiritual está obtendo êxito, pela
misericórdia divina e sua atuação miraculosa:
a) o fato de que alguns internos nos visitaram depois em nossa
Igreja;
b) dois rapazes se descobriam com o dom missionário;
c) muitos, em lágrimas, solicitaram nossa oração por eles e
família em geral;
d) disposição de mudança de idéia e comportamento;
e) um desejo ardente de valorizar a família;
f) o reatamento com a esposa e uma aproximação maior com a
família.
O trabalho como vem sendo feito (por um ano e alguns meses) tem um
saldo positivo por atingir de um modo geral seus objetivos. (Vide os 12
itens anteriores que compõem a estratégia de ministração aos internos).
Isto faz crer que no que tange ao trabalho com os internos, no salão de
estudos, poderá haver diversidade de temas e algum modo diferente de
ministrar. Mas sua eficácia pode ser considerada satisfatória. Quando,
porém, se perceber alguma defasagem, em algum dos elementos, permitir
então a mudança naquilo que se mostrar ineficaz.
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2. Aumento de visitas ao CDP – “Carpe Diem”
3. A família e o interno
Presa com o interno está a sua família. Se não pelo espaço, porém pelo
coração e a mente. O sofrimento é de ambos.
Mas podemos considerar que de alguma maneira, dependendo das
circunstâncias, é a família que sofre mais. Sofre a ausência. Sofre a
vergonha moral. Sofre pelo coração e a mente a amargura e a tortura de ter
alguém nessas condições vexatórias.
Um trabalho de aproximação do Capelão do seu filho com a família,
trará, de certa forma, um alívio, por saberá a família que alguém está
“cuidando” dele. É uma maneira de amenizar a dor dos pais, mães, avós,
filhos, esposas, etc.
4. Acompanhamento do egresso
Toda pessoa que sai do presídio busca reorganizar sua vida em termos
de possibilidades sociais, econômicas, psicológicas e espirituais. Nesse
momento é da maior importância ter um suporte adequado para vencer os
primeiros momentos dessa “nova” vida.
É evidente que a família é a maior alavanca para essa ascensão. Mas
podem existir outras que em muito poderão ajudar.
O trabalho pastoral de Capelania poderá ser um elemento importante, já
que existe um elo de ligação entre ambos, resultado do trabalho anterior no
presídio.
5. O egresso e a família
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6. Temas para estudos
7. Expandindo a obra
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tenho muito povo nesta cidade – 18:10.
Além dos internos, há seus familiares, mas há também os funcionários,
os advogados, etc. Muito povo mesmo!
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