SALMO 127: "Se o Senhor Não Guardar A Cidade, em Vão Vigia A Sentinela"

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SALMO 127

  “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” 


 Alguns comentaristas dizem que a palavra casa aqui é referência ao templo que Salomão
edificou em Jerusalém. Se assim for, o ensinamento deixado para nós é que necessitamos
de Deus para edificação espiritual das nossas vidas. É dele a iniciativa de habitar entre
nós. Ele se coloca no meio do seu povo e os abençoa com sua presença.
 O termo “Casa” pode também ser vinculado ao lar ou família. Como o próprio salmo
explica mais à frente e como o Salmo 128 descreve, a aliança de Deus é aliança com a
família. O chamado de Abrão para ser benção a todas as famílias da terra, a decisão de
Josué de servir ao Senhor com sua casa, são exemplos disso.

“Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”.


 O termo “cidade” lembra ajuntamento de família e também todo o povo de Deus na cidade
de Davi. Fato é que Deus é quem torna um lugar seguro.
 Os homens tomavam precauções ao edificar uma cidade: No alto de um monte, dificultava
a chegada do inimigo e favorecia a visão de quem estava em cima (Sl.125). Em volta da
cidade havia muralhas e fosso. Em cima das muralhas estavam as sentinelas dia e noite
(Sl.130). Dentro da cidade estava um exército bem preparado para a guerra.
Apesar de tudo isso, muralhas como a de Jericó caíam e exércitos numerosos eram
desbaratados. As tentativas humanas de segurança são provisórias e falhas. Só Deus
torna um lugar realmente seguro (Sl.124).
 Falando de lar, podemos colocar “muros” em torno da nossa família. Podemos ensinar,
admoestar e corrigir, mas a graça de Deus é que torna o lar um lugar seguro. Podemos ter
muitos filhos para guerrear contra o inimigo, mas como no caso de Jó, podemos perder
todos eles. Deus é quem abençoa uma família com paz. Deus é quem edifica e protege a
casa.
 “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que
penosamente granjeastes; aos seus amados Deus o dá enquanto dormem”.
 Não se ensina o ócio aqui. Salomão não diz para o homem cruzar braços e pernas e viver
esperando o maná cair toda manhã. O que Salomão condena é o fato do homem confiar
em si mesmo e fazer do trabalho a finalidade última da vida. Ainda que o trabalho dê frutos
abundantes, precisamos lembrar que: Deus deu saúde, preservou a vida, favoreceu a terra
com chuva no tempo certo, fez a terra germinar, etc.
 Em última instância, a mão de Deus está por trás das nossas mãos. Confiar em nossa
força e riqueza é afrontar Deus. E viver para o trabalho “é vaidade e correr atrás do vento”.

TEXTO: Salmo 127


Amados irmãos em Cristo,
Nas últimas eleições, ouvimos diversas vezes, os candidatos falarem sobre:
moradia, segurança e trabalho. E muitos deles se apresentaram também como
defensores dos interesses da família.
Eles falaram sobre esses temas, porque são temas do interesse de todos. O
nosso bem-estar, e o bem-estar de quem amamos, está relacionado com
moradia, segurança, saúde, emprego, e coisas similares. Essas coisas fazem
parte de nossos sonhos e de nossas lutas diárias. Empreendemos grandes
esforços para alcançá-las e para mantê-las. E de fato somos responsáveis.
Mas existe um perigo aqui, o de excluir ou colocar Deus de lado e seguir em
frente em nossos esforços como se dependesse de nós. Como se fossemos
capazes de abençoar a nós mesmos. Como se o fundamento da felicidade
fosse nosso próprio esforço.
Mas o Salmo 127, nos alerta sobre esse perigo. Como vocês podem notar este
Salmo é atribuído a Salomão. E uma de suas características é que ele tem um
certo tom sapiencial, ou seja, as palavras deste Salmo visam nos ensinar
sabedoria. Mas o que precisamos saber para sermos mais sábios? Em primeiro
lugar sobre a inutilidade da vida sem Deus, em segundo lugar sobre as
bênçãos da vida com Deus.
Esses dois temas, não correspondem exatamente às duas partes principais do
Salmo, mas chegam perto. A ênfase na primeira parte (vv.1,2), é de que sem o
SENHOR é tudo em vão; a ênfase na segunda parte (vv.2-5) é de que a
bênção depende do SENHOR.
Portanto, eu vos anuncio a Palavra de Deus sob o seguinte tema: Deus e a
nossa vida.

1. A inutilidade da vida sem Deus;


2. A bênção da vida com Deus.

1. A INUTILIDADE DA VIDA SEM DEUS (VV.1,2).

O salmista começa com assuntos do dia a dia: moradia, segurança e trabalho.


Ele quer através de exemplos particulares, chegar a um ensino de caráter
geral. Ele fala da construção de uma casa, que é abrigo e proteção para a
família. Fala da segurança de uma cidade o que permite seus moradores
viverem em paz (v.1). E também fala do trabalho, do esforço para prover o que
é necessário à subsistência (v.2).
Nessas três questões o homem está envolvido. Os construtores, os sentinelas
e o homem que sai para trabalhar devem empreender conhecimento, atenção e
esforço. No entanto, o Salmista procura mostrar que tais esforços sejam em
construir uma casa, guardar uma cidade, ou trabalhar com o máximo de
empenho, sem a bênção de Deus, dão em nada. No hebraico há um termo que
aparece três vezes nos vv. 1,2, que é traduzido como “em vão” e como “inútil”.
Refere-se a vaidade, mentira, a algo vazio, inútil.
Portanto, o conhecimento, o cuidado e o empenho humano, não são garantias
de sucesso. Na verdade o Salmo está dizendo que sem Deus, eles falharão.
Sem Deus todo esforço se torna inútil.
Isso necessariamente não quer dizer que a casa não seja construída, ou que a
cidade não seja guardada, ou que o homem que acorda cedo e vai dormir
tarde, não terá pão sobre sua mesa. Tudo isso pode até acontecer. Mas a
questão é que no final das contas, isso dará em nada. No final, virá a triste
constatação: foi tudo em vão. É isso que se repete aqui no Salmo por três
vezes: Sem o SENHOR, tudo que você faz, todo seu esforço, seu trabalho, o
que você compra, seus estudos, suas amizades, casar, ter filhos, é tudo em
vão.
Isso se evidencia especialmente quando o salmista fala sobre um homem que
levanta de madrugada e repousa tarde, ou seja, um homem  dedicado ao seu
trabalho, alguém que mal pode dormir. O salmista diz que tal pessoa comerá o
seu pão, mas a respeito desse pão se diz: “que penosamente granjeastes”.
Essa linguagem nos lembra Gn 3.17, é portanto, um pão de dores. O pão está
na boca, e chega ao estômago, mas não há alegria, não há verdadeira
felicidade, não há verdadeira paz. Só inquietação, ansiedade e medo.
Por meio dessas ilustrações tão comuns, o salmista quer ensinar que tudo na
vida depende da bênção de Deus e que sem essa bênção, todo
empreendimento humano, todos os esforços, todos os planos e sonhos, no
final das contas darão em nada. As realizações humanas sem Deus, podem
ser como um tipo de droga que ilude por um tempo, mas quando seu efeito
passa, só há um grande vazio.
O que o salmista ensina aqui, pode ser ilustrado de muitas formas. Isso talvez
possa ser percebido ainda nessa vida.
Pensemos em uma mulher que dedicou sua vida à sua carreira profissional. Ela
se torna bem sucedida. Mas sua escolha fez com não quisesse ter filhos. E
com o tempo, seu trabalho também lhe separou de seu marido. Enquanto era
nova e bela, tudo estava bem.
Mas a beleza e a saúde vão embora. E essa mulher termina seus dias sozinha.
Ela tem quem cuide dela, porque tem dinheiro. Mas não tem que lhe ame.
Então vem a pergunta: valeu a pena?
O mesmo poderíamos dizer em relação a um homem, cujo proceder é
mencionado aqui no Salmo. Um homem dedicado a seu trabalho. Acorda cedo,
dorme tarde, empenhado que está em deixar a seus filhos uma herança. Mas
se esquece de instruí-los com a verdade, e estes crescem mimados e se
tornam pessoas que não amam a Deus, não amam seus pais, e se entregam a
ociosidade, a prostituição, às bebidas e às drogas. Depois de tanto esforço, em
sua velhice, vendo seus filhos em tal situação. Talvez este homem diga para si
mesmo: “todo meu esforço deu em nada”.
Amados irmãos, este é o resultado final de uma vida que não leva Deus em
conta. Esse é o resultado de não temer a Deus, de não tê-lo como o centro de
tudo, de não depender dEle e esperar Sua bênção. Diz o salmista: Sem o
SENHOR é tudo em vão, é tudo sem sentido, é tudo um grande vazio. É
trabalho inútil.
Sem o SENHOR, todos os nossos empreendimentos, por mais grandiosos que
parecem aos nossos olhos e dos outros, não são, nada mais, do que cabanas
de palha que serão queimadas pelo fogo, no dia do juízo.
Então lembre-se qualquer trabalho ou qualquer projeto, mesmo que nos
esforcemos ao máximo, é algo inútil. Sem a bênção de Deus é tudo em vão.
Você pode ter os melhores médicos e não conseguir o diagnóstico, pode ter
grades e sistema de alerta, e o ladrão entrar em sua casa, pode ter um terreno
e nunca conseguir construir. Pode fazer tratamentos, e não ter filhos.
Portanto, ainda que possamos ter os melhores médicos, ter um sistema de
alarme, e ter um bom emprego. O Salmo 127, nos ensina a não confiar nos
meios.
Então, não se case, não curse uma faculdade,  não aceite uma promoção no
trabalho, não construa, não compre, não venda, não faça nada sem ter certeza
da bênção de Deus sobre sua vida.
O sucesso de seus empreendimentos não depende de sua capacidade de
planejar, de sua diligência no trabalho ou qualquer outra coisa. Depende de
Deus. Então devemos agir de forma dependente dEle. Não tente fazer nada
por sua própria força.
Há pessoas que pretendem salvar seu casamento, criar seus filhos, suprir as
necessidades de sua família, confiando em seus próprios esforços.
Mas nessa noite, o Espirito Santo nos adverte para termos cuidado. Cristo nos
salvou não para vivermos de um modo independente de Deus. Pelo contrário,
se você é salvo, se entende o que Deus fez por você, sabe então que deve
viver em total dependência do Senhor.
Muitas pessoas terão a impressão de que são muito abençoadas. Mas se Deus
não em suas vidas, governando, dirigindo, sendo a fonte de todo bem, tudo que
elas possuem é como uma fumaça que logo se desfará. No diz do juízo
descobrirão, que toda sua vida, não passou de uma grande inutilidade.
Então preciso perguntar: Há sinais dessa dependência em sua família? E em
seu casamento? Em seus projetos? Em seu trabalho? Em seus estudos? Não
tenha vergonha de depender de Deus, pois somente com sua bênção podemos
seguir em frente.
Isso nos leva ao nosso segundo ponto.

2. AS BENÇÃOS DA VIDA COM DEUS (VV.2-5).

Aqui devemos notar a relação desta segunda parte com a primeira parte do
Salmo. A edificação da casa na primeira, e a edificação da família na segunda.
As sentinelas que guardam a cidade na primeira, e os filhos que protegem o pai
na segunda.
Nessa segunda parte, em resposta a inquietude e a inutilidade da vida sem
Deus, o salmista apresenta a vida abençoada por Deus. Ele fala sobre as
dádivas de Deus. Primeiro em dar ao homem comer de seu trabalho, e depois
o dom dos filhos.
A partir da parte final do v.2, o salmista coloca em contraste ao homem que
trabalha incansavelmente como se o sucesso dependesse de seus esforço, o
homem que é amado por Deus. A este o SENHOR dá o pão enquanto dorme.
Obviamente isso não quer dizer que Deus o alimenta enquanto está na
ociosidade. Mas quer mostrar através do contraste, que enquanto o homem
sem Deus trabalha quase que sem dormir para comer o pão de dores, aqueles
a quem Deus ama, trabalham também, mas não neste afã, eles sabem que o
sucesso é fruto da bênção de Deus, confiam em Deus e por isso podem dormir
em paz.
Com isso o salmista quer mostrar que a bênção procede do SENHOR. Ele
cuida de seus amados. Ele abençoa o trabalho diligente daqueles que confiam
nEle.
A seguir, a partir do v.3, o salmista fala de bênçãos na família. Esse versículo
começa com uma expressão que visa chamar a nossa atenção. Podemos ler
“Eis que os filhos…”, ou “Sim, os filhos são…”.
O salmista se refere aos filhos como uma herança e galardão (ou recompensa).
Devemos entender aqui, herança não de acordo com direito hereditário, mas
uma livre concessão. Uma recompensa, que não é paga como dever, mas de
alguém que livremente faz uma promessa, e depois a cumpre. O que o
salmista quer dizer com essas palavras é que os filhos são uma dádiva de
Deus. Uma bênção que Ele concede.
Portanto, filhos não chegam por meio de um processo mecânico, mas são uma
dádiva na qual Deus está plenamente envolvido.
Então se alguém chega a ter filhos, deve saber que recebeu do Senhor dádivas
das quais deve cuidar. E se alguém não tem filhos, por razões físicas, pode
buscar os meios para cuidar de sua saúde, mas deve fazer isso confiando no
SENHOR. Pois os filhos são dádivas dEle.
Notem então que o salmista quer ensinar algo geral. Deus cuida de seu povo,
Deus abençoa seus amados. Mas o que o salmista utiliza para provar a bênção
de Deus sobre seus amados? O fato que os filhos são uma dádiva dEle.
Portanto, a mentalidade mundana, que vê os filhos como problemas e
impedimento à felicidade é contrária ao que Deus diz ser Sua bênção.
Os filhos aqui são comparados a flechas nas mãos de um guerreiro. Note que
não são flechas na aljava, mas na mão do guerreiro, disponíveis para o uso.
Ou seja, são como armas, que podem servir para defender seu pai.
Especialmente se este pai os teve ainda jovem, quer dizer que quando estiver
velho, ele terá muitos homens dentro de sua casa.
Veja então no v.5, no que consiste a bem-aventurança neste Salmo. “Feliz o
homem que enche deles a sua aljava”. “Aljava” é o lugar para colocar as
flechas, e aqui equivale a dizer: feliz o homem que enche sua casa de filhos.
Por que?
“Não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta”. Aqui se
menciona inimigos à porta. Porta se refere à porta da cidade onde assuntos
administrativos e judiciais eram resolvidos.
O que dá a entender que o pai sofreu uma acusação injusta e tem de
apresentar-se perante o tribunal. Mas ele não chega só, seus filhos estão em
sua defesa. O salmista diz que não serão confundidos, isto é, não serão
intimidados. Esses rapazes não deixarão seu pai sozinho mas lhe darão apoio
e proteção.
Assim notamos, que a bênção aqui não se refere só a ter muitos filhos, mas
educá-los na piedade. Há pessoas que tem filhos, mas isso dá em nada. Pois
suas vidas não tem sólido fundamento. Mas aqui este homem está cercado de
filhos fiéis, que lhe amam e respeitam e que assim como ele, temem a Deus.
Amados irmãos, toda bênção que desfrutamos vem do Senhor. E até o que
imaginamos ser fruto do nosso empenho vem do Senhor. Deus é quem
constrói, Deus é quem guarda, Deus é quem dá o pão, Deus é quem dá filhos.
Então, se estamos em Cristo, essas bênçãos de Deus estão sobre as nossas
vidas. Pois Cristo se fez maldito em nosso lugar, para que conheçamos as
bênçãos de Deus.
À luz do Salmo 127, não há razões para nossos corações estarem inquietos. O
que Cristo nos ensinou a este respeito? (Ler Mateus 6.31-33).
Se estamos em cristo, devemos trabalhar e agir dentro do que o Senhor nos
confere, certos de que o sucesso, virá não por causa de nossos esforços, mas
por causa da benção do Senhor.
Mas o Salmo 127, não só nos diz que Deus nos abençoa. Mas diz que bênçãos
Ele costuma conferir-nos. Lemos aqui que é Ele quem nos dá o pão. Então
cada vez que temos alimento sobre nossas mesas, devemos elevar nossos
corações a Deus, e agradecê-lo por sua bênção.
Mas lemos aqui que os filhos também são bênção do Senhor. Mas aqui há um
choque com o que o mundo diz. E por isso, se eu perguntar: quantos casais
querem a bênção de Deus? Talvez todos levantem as mãos. Mas será que as
mesmas mãos ficarão levantas se a pergunta for: quantos desejam ter mais
filhos?
Não quero dizer que todos devem ter muitos filhos. Podem existir certas
questões de saúde, ou outras questões que impeçam. Mas a questão que cada
casal da igreja deve responder é: se podemos ter filhos, porque não queremos
ter mais filhos? Se as razões forem as razões que o mundo apresenta, tais
casais devem saber que estão construindo sem a benção do SENHOR.
Portanto, não pense que irão muito longe. Então entendam, a questão não é
quantos filhos alguém tem, mas o que está em seu coração.
Aos casais que desejam filhos, mas o Senhor ainda não lhes concedeu. Eu
quero encorajá-los a confiar no SENHOR. É ele quem dá filhos. Se for da
vontade dEle, Ele vos concederá. Lembrem-se  de Sara, de Rebeca, de
Raquel, da mãe de Sansão, de Ana a mãe de Samuel, e de Isabel a mãe de
João Batista.
O Salmo 113.9 diz que o SENHOR “Faz com que a mulher estéril viva em
família e seja alegre mãe de filhos”. Então descansem no Senhor.
O Salmo 127, também nos ensina que sendo nossos filhos herança e galardão
do SENHOR, são eles tesouros que Deus nos dá para cuidar. Sejamos
portanto, bons mordomos, guiemos nossos filhos a Cristo.
Mas o Salmo 127 também fala aos filhos. Os dons e as capacidades de vocês
devem servir à família. Vocês devem ser para seus pais, uma defesa contra a
solidão, um auxílio nas enfermidades um socorro na velhice.
Irmãos, vejam a graça de Deus, nossa vida só pode ter sentido, só pode ser
plenamente desfrutada e cumprir seu propósito se tivermos a bênção de Deus,
se Deus estiver em nossa vida. Mas isso não acontece naturalmente, por
causa do pecado, estávamos afastados de Deus, não merecíamos sua bênção,
mas somente sua maldição.
Dessa forma nossa vida estava fadada à inutilidade. Não importava o que
fizéssemos, tudo seria vaidade, tudo seria um grande vazio, algo
completamente inútil.
Mas Cristo nos resgatou da maldição do pecado, Ele nos redimiu da vida vazia
e inútil. Ele nos levou a Deus, Ele nos concedeu a bênção de Deus. Então se
estamos em Cristo, nossa vida não é sem sentido, não é vazia. Em Cristo,
encontramos o propósito para o qual fomos criados.
Podemos edificar, guardar, trabalhar, comer o nosso pão, criar os nossos filhos
e tudo isso tem o um sentido, pois visa mais do que nossa sobre vivência, mais
que nosso interesse, visa a glória de Deus. Então glória a Deus porque em
Cristo nossa vida ganha significado.
Então devemos orar para que o Senhor Deus, que nos abençoa em Cristo
Jesus, nos conceda dependermos sempre de sua bênção. Que nada façamos
se o Senhor não estiver conosco, pois já sabemos que todos os esforços sem o
Senhor dão em nada. Mas se tivermos Sua bênção sigamos em frente sabendo
que Ele não nega bem algum aos seus amados.
E certamente se vivemos em dependência dEle, a sua bênção estará sobre
nossas vidas.
Com sua bênção construiremos, com Sua bênção estaremos seguros, com sua
bênção faremos nosso trabalho e receberemos de suas mãos o nosso pão,
com sua bênção criaremos nossos filhos. Que assim seja para a glória do Seu
nome.
Amém!

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