Um Perfil de Homens Piedosos - Jonathan Edwards - Steven J. Lawson PDF
Um Perfil de Homens Piedosos - Jonathan Edwards - Steven J. Lawson PDF
Um Perfil de Homens Piedosos - Jonathan Edwards - Steven J. Lawson PDF
Você está cansado de levar uma vida cristã fragmentada? Cansado das
buscas de um coração dividido? Então, você encontrou o livro certo. Aqui,
Steven Lawson habilmente o leva a Jonathan Edwards, um modelo na busca
por santidade, humildade, amor e pela rejeição ao pecado — tudo isso
motivado por uma paixão inexorável pela “glorificação de Deus e pelo deleite
eterno que o homem pode ter nEle”. Quando Edwards escreveu suas
“Resoluções”, provavelmente não tinha idéia do quanto elas teriam impacto
sobre sua vida. Tenha cuidado, elas farão o mesmo com você.
Dr. Stephen J. Nichols
Professor pesquisador de cristianismo e cultura,
Faculdade Bíblica de Lancaster.
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária
Proibida a reprodução deste livro por quaisquer meios, sem a permissão escrita dos editores, salvo em
breves citações, com indicação da fonte.
ISBN: 978-85-8132-070-0
Esses homens fiéis têm estado ao meu lado desde que Deus plantou a
igreja, a qual agora temos o privilégio de servir e supervisionar. Como
Jonathan Edwards, eles são marcados por uma firme determinação em sua
busca pela santidade pessoal e no cuidado que dedicam ao rebanho de Deus.
Um dia, o Céu revelará sua firme determinação de fazer a obra de Deus, do
jeito que Ele quer que seja feita, para a sua glória. Até lá, o meu desejo é que
vocês saibam a respeito do diligente ministério que eles desempenham.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso
trabalho não é vão.
2 Coríntios 15.58
ÍNDICE
Capítulo 3: O Pré-requisito da Fé
Incapacidade Pessoal
Capacitação Divina
Humilde Submissão
A Motivação mais Pura
Uma Revisão Constante
Uma Chamada ao Compromisso
Notas
PREFÁCIO
Talvez seja tolice, mas sou tentado a comparar os puritanos aos Alpes, Lutero e Calvino ao Himalaia e
Jonathan Edwards ao Monte Everest! Para mim, ele sempre foi o homem mais parecido com o apóstolo
Paulo.1
— D. Martyn Lloyd-Jones
F az quase três séculos que Jonathan Edwards ministrou pela última vez
na Nova Inglaterra colonial, e ele ainda é amplamente considerado o
ministro mais distinto que já agraciou a igreja americana. Com uma
permanente influência, Edwards continua elevado sobre a vida intelectual e
espiritual da igreja evangélica. Seus escritos teológicos foram
assombrosamente brilhantes, seu ministério pastoral rendeu frutos e sua
caminhada cristã foi exemplar.
Providencialmente nascido no século XVIII, nos anos anteriores à
formação dos Estados Unidos, Edwards viveu num ponto estratégico da
história da igreja. Considerado “o último dos Teólogos Escolásticos
Medievais”2 e “o último representante da teologia e do pensamento puritano
no Novo Mundo”,3 Edwards também foi “o primeiro dos modernos
filósofos-teólogos norte-americanos”.4 Semelhantemente, George Marsden,
autor de uma aclamada biografia de Edwards, o chama de “o mais perspicaz
dos primeiros filósofos americanos”.5 O respeitado teólogo de Princeton,
Benjamin B. Warfield, concorda com ele, asseverando que Edwards “se
destaca como o personagem de real grandeza na vida intelectual da América
colonial”.6 B. K. Kuiper escreveu que ele era “o magnífico personagem
intelectual da América colonial”.7
Muitos consideram Edwards como o mais eminente pregador vindo do
lugar agora chamado de Estados Unidos. Ele pregou o sermão que muitos
crêem ser o mais famoso da América do Norte: Pecadores nas Mãos de um
Deus Irado. Outros avaliam Edwards como um dos maiores teólogos da
América. Ele é reconhecido como “o teólogo do Primeiro Grande
Avivamento”,8 pois se posicionou exatamente na nascente dos
despertamentos”,9 nas décadas de 1730 e 1740. Também se diz que Edwards
foi “o maior [teólogo] em todos os aspectos”,10 e um “dentre a meia dúzia
dos maiores teólogos de todos os tempos”.11
Edwards igualmente se sobressaiu como escritor. Marsden acredita que
três dos muitos trabalhos de Edwards — Religious Affections [Afeições
Religiosas], Freedom of the Will [Livre Arbítrio] e The Nature of True Virtue [A
Natureza da Virtude Verdadeira] — são “obras-primas na mais ampla história
da literatura cristã”.12 O teólogo reformado R. C. Sproul considera que
Freedom of the Will “é o trabalho teológico mais importante que já foi
publicado na América do Norte”.13 Paul Ramsey, estudioso de Edwards,
escreveu que Freedom of the Will “é suficiente para estabelecer seu autor
como o maior filósofo-teólogo a agraciar o cenário americano até o
momento”.14
A influência permanente de Edwards também pode ser medida de outras
maneiras. No início do século XX, um estudo traçou a descendência de
Edwards. Os resultados foram estonteantes. De Edwards veio uma grande e
ilustre prole: trezentos ministros, missionários e professores de teologia;
cento e vinte professores universitários; cento e dez advogados; mais de
sessenta médicos; mais de sessenta autores de bons livros; trinta juízes;
catorze reitores de universidades; numerosos gigantes da indústria norte-
americana; oitenta detentores de importantes cargos públicos; três prefeitos
de grandes cidades; três governadores de estados; três senadores; um
capelão do senado dos Estados Unidos; um fiscal da Fazenda e um vice-
presidente dos Estados Unidos.15 É difícil imaginar alguém que tenha
contribuído de forma mais vital para a alma dessa nação do que esse teólogo
da Nova Inglaterra.
Não há dúvidas de que Edwards foi um gigante da fé cristã, um homem
cuja influência ainda hoje é fortemente sentida. Conforme escreveu S. M.
Houghton, Edwards tornou-se “uma estrela de primeira magnitude na
história da Igreja de Deus”.16 Meic Pearse acredita que ele foi “a figura de
mais influência no cristianismo norte-americano até o século XX — e
possivelmente até hoje”.17 Harry S. Stout se admira com o fato de Edwards
ter uma “capacidade permanente de falar através das eras”.18
Por que Jonathan Edwards?
A partir desses fatos, fica óbvio que a vida de Edwards é digna de nosso
estudo e imitação. Mas, é imprescindível que tratemos de certas perguntas:
O que tornou Edwards um homem tão notável assim? O que fez com que
esse homem fosse usado por Deus de forma tão eficaz? Resumidamente, por
que Edwards? Em última instância, Deus, pela sua soberana graça, escolheu
Edwards para ser um líder eminente e capaz de influenciar. Contudo, num
nível mais pessoal e prático, Edwards combinou, de modo único, a piedade
espiritual com um gênio intelectual. Tanto sua mente, quanto seu coração
estavam engajados na busca por Deus; e sua piedade tanto quanto seu
intelecto. D. Martyn Lloyd-Jones acreditava ser essa a chave das realizações
de Edwards: “Nele, o espiritual sempre controlou o intelectual”.19 Em outras
palavras: “Todos os seus ricos e brilhantes dons não somente eram mantidos
em subserviência, mas eram usados como servos”.20 Dizendo isso de outra
forma, Lloyd-Jones escreveu que Edwards era “dominado por Deus”.21
Em suma, embora Edwards fosse intelectualmente brilhante e
teologicamente extraordinário, sua verdadeira grandeza estava em seu
incansável zelo pela glória de Deus. Ele foi reconhecido como um homem
segundo o coração de Deus devido a sua “profunda... e excepcional
espiritualidade”.22 A alma desse puritano americano era dedicada à busca da
incomparável honra de Deus. Numa palavra, Edwards era resoluto. Era
determinado a viver com uma resoluta fidelidade, por amor à grandeza de
Deus. Sua visão era singular; sua alma, constante; seu desejo, firme. Essa
determinação resoluta de buscar a majestade de Deus será o foco deste livro.
Comecemos nosso estudo sobre Jonathan Edwards com uma avaliação de
sua vida notável.
Um Puritano em Desenvolvimento
(1703-1726)
Comecei a ter um novo tipo de percepções e idéias sobre Cristo, sobre a obra redentora e os
gloriosos caminhos da salvação por meio dEle. Um senso interior e agradável sobre essas
coisas às vezes vinha ao meu coração, e minha alma foi levada em aprazíveis visões e
contemplações a respeito delas. Minha mente estava muito empenhada em passar o meu
tempo lendo e meditando sobre Cristo, na beleza e excelência de sua pessoa e no amável
caminho da salvação, pela livre graça nEle.27
Ao completar o trabalho de classe requerido pelo programa de mestrado e
antes de escrever suas teses, Edwards viajou para Nova Iorque para
trabalhar temporariamente como pastor de uma pequena igreja
presbiteriana escocesa, perto da Broadway e da Wall Street. Durante esse
tempo de formação, “sentiu um forte desejo de ser, em tudo, um cristão
completo”.28 Esse provou ser um tempo de amadurecimento para sua alma;
um tempo no qual Edwards pensou cuidadosamente nas prioridades que ele
desejava que fossem os princípios orientadores de sua vida. Foi então que
Edwards, aos dezoito anos, começou a escrever suas “Resoluções”.
Finalmente ele redigiu setenta propósitos, cada um deles destinado a dirigir
sua recém-iniciada jornada cristã. Elas eram “as diretrizes, o sistema de
controle que ele usaria para projetar sua vida — seus relacionamentos, seu
falar, seus desejos, suas atividades”.29 Nesse tempo, Edwards também
passou a manter um diário para monitorar sua disposição espiritual (1722-
25, 1734-35). Além disso, Jonathan começou a escrever suas “Miscelâneas”,
uma coleção de máximas, observações e reflexões, incluindo desde
pensamentos filosóficos a discernimentos exegéticos num texto bíblico.
Onde quer que estivesse, Jonathan registrava seus pensamentos perspicazes
à medida que eles jorravam de sua mente, geralmente prendendo essas
anotações ao seu casaco.
Quando seu pastorado temporário terminou, em abril de 1723, Edwards
voltou para casa, em Connecticut, para escrever sua tese de mestrado e
ajudar nas pregações. Em outubro de 1723, formou-se em Yale, com o grau
de mestre em humanidades, após apresentar e defender sua tese sobre a
doutrina da imputação do pecado. O título de sua tese era “Aos Olhos de
Deus, um Pecador não é Justificado, Exceto por Meio da Justiça de Cristo,
Obtida pela Fé”. Depois, Edwards trabalhou por um breve período na Igreja
Congregacional em Bolton, Connecticut, de novembro de 1723 a maio de
1724, antes de retornar a Yale para assumir um cargo de instrutor (1724-
1726). Foi então que ele começou a cortejar a jovem Sarah Pierpont, filha de
James Pierpont, um pastor de New Haven. Os dois se casariam em Julho de
1728, após um namoro de quatro anos.
Durante esse tempo, Edwards lutou intensamente com o seu chamado
vocacional. Ele seguiria o mundo acadêmico ou o pastorado? Após uma
minuciosa análise de suas convicções e motivações, Edwards se entregou à
soberana vocação que seu pai e seu avô seguiram, a qual ele testemunhara de
perto.
Os Primeiros Anos em
Northampton (1727-1739)
Naquele momento, nossas reuniões públicas eram belas, a congregação alegrava-se no culto a
Deus, todos se concentravam com sinceridade na adoração pública, cada ouvinte ansiava por
sorver as palavras do ministro conforme elas lhe saíam da boca; de tempos em tempos a
assembléia, em geral, ia às lágrimas enquanto a Palavra de Deus era pregada, alguns
chorando de tristeza e angústia, outros de alegria e amor, outros sentindo compaixão e
preocupação pela alma de seu próximo.39
Os Propulsores do Avivamento (1740-1749)
Uma dificuldade muito grande surgiu entre eu e meu povo, relacionada às qualificações
necessárias para participar da mesa do Senhor. Meu honrado avô Stoddard, meu antecessor
no ministério nessa igreja, vigorosamente manteve a Ceia do Senhor como uma ordenança
para a conversão e instava que viessem todos que não tivessem uma vida escandalosa,
embora eles mesmos soubessem que não eram convertidos. Anteriormente me conformei a
essa prática, mas tenho tido dificuldades com respeito a ela, as quais vinham aumentando
até que não ousei mais continuar com aquilo, o que ocasionou grande inquietação entre meu
povo e repercutiu negativamente por todo o país. Isso me forçou a escrever algo sobre o
assunto, material esse que está agora sendo publicado. Tenho certeza de que essa questão
resultará numa separação entre eu e meu povo. Desejo suas orações para que Deus me guie a
cada passo nessa questão.51
O Sr. Aaron Burr — genro de Edwards, esposo de sua filha Esther — era
diretor da Faculdade de Princeton, então conhecida como Faculdade de
Nova Jérsei. Quando Burr morreu, em 24 de Setembro de 1757, os
curadores se voltaram para Edwards. Inicialmente, Edwards declinou da
oferta deles, insistindo que não era merecedor de posição tão elevada. Mas
os curadores persistiram, e apesar de ainda relutar um pouco, Edwards
aceitou a presidência. Ele chegou em Princeton em Janeiro de 1758, e Sarah
não se juntou a ele até que o rigoroso inverno passasse. Em 16 de fevereiro
de 1758, Edwards foi empossado como o terceiro presidente de Princeton, a
escola que emergiria como a maior influência da teologia ortodoxa nos
Estados Unidos do século XIX.
Então, Edwards se preparou para escrever o que ele acreditava que se
tornaria sua magnum opus, uma obra teológica traçando a história da
redenção por meio das Escrituras. Mas Deus tinha outros planos. Em seu
primeiro mês como presidente, houve um repentino aparecimento de
varíola, e Edwards decidiu ser inoculado para mostrar aos outros que eles
não precisavam temer esse avanço da medicina. Numa estranha providência,
Edwards contraiu uma infecção secundária e morreu no dia 22 de março,
exercendo a presidência por apenas cinco semanas. Tendo ao seu lado
somente suas filhas Esther e Lucy, ele sussurrou suas últimas palavras:
Parece-me ser a vontade de Deus que eu cedo as deixe, por isso, transmitam meu maior amor
a minha querida esposa, e digam-lhe que a excepcional união, que por tanto tempo existiu
entre nós, teve uma natureza espiritual e, portanto, conforme creio, continuará para sempre.
Espero que ela seja apoiada durante esta grande provação, e que se submeta alegremente à
vontade de Deus.54
Minha querida filha, o que devo dizer? Um Deus santo e bom cobriu-nos com uma nuvem
escura. Oh, sejamos submissas ao mestre e tapemos a boca com as mãos! O Senhor fez isso.
Ele me fez adorar sua bondade, por meio da qual o tivemos por tanto tempo. Mas o meu
Deus vive e tem o meu coração. Oh, que legado meu esposo e seu pai nos deixou! Todos
fomos dados a Deus, com Ele estou e amo estar com Ele.55
A intensidade da vida interior [de Edwards], nesses primeiros anos, era extraordinária. Suas famosas
“Resoluções” transmitiam um pouco da notável paixão desse período da sua vida. Havia uma
estabilidade em sua disposição mental que governava sua vida e o capacitava a realizar coisas
sublimes.1
— John Piper
D eus deu à sua igreja um pequeno número de homens que viveram com
tamanha profundidade espiritual, a ponto de terem, como escreve
Sereno E. Dwight, “sua própria imagem gravada na mente de sucessivas
gerações”.2 Essas pessoas iluminadas foram colocadas por Deus, de forma
soberana, no palco da história humana, no devido momento, a fim de emitir
luzes de influência de longo alcance. Tipicamente, elas se elevaram muito
acima de uma congregação local, conduzindo ministérios que se estenderam
muito além de um único lugar. Elas não fizeram parte apenas de seu próprio
tempo, mas fazem parte de todas as épocas. Jonathan Edwards era um
homem assim.
Possuindo um imenso poder intelectual, Edwards “percebia a verdade
quase que intuitivamente”.3 Poucas pessoas foram mais proficientes do que
ele no manuseio das Escrituras, e apenas uns poucos na história foram tão
habilidosos em investigar temas doutrinários e filosóficos. Contudo,
Edwards se destaca não só por sua inteligência, mas por sua piedade.
Impregnado de piedade puritana e identificado por uma singular devoção a
Deus, ele se propôs a amar e a seguir Jesus Cristo até os limites de sua
capacidade. Talvez, nenhuma outra pessoa tão dotada intelectualmente
tenha sido tão determinada na busca pela santidade como Edwards o foi.
Quando Edwards tinha dezoito anos de idade, sendo recém-convertido,
resolveu buscar e promover a glória de Deus com todo o seu ser. No decurso
de aproximadamente um ano, por volta de julho ou agosto de 1722 a 17 de
agosto de 1723, ele escreveu, com muito cuidado, as suas “Resoluções”, uma
declaração de missão pessoal, que o guiaria e disciplinaria em sua busca por
piedade. As “Resoluções” revelam a firme determinação com a qual ele
procurava direcionar seus passos. Para Edwards, escreveu George Claghorn,
as “Resoluções” não eram “esperanças devotas, sonhos românticos ou regras
legalistas”.4 Em vez disso, elas eram intensamente positivas e práticas,
compreendendo “instruções para a vida, máximas a serem seguidas em
todos os aspectos”.5 As “Resoluções” revelam o “forte senso de dever e
disciplina [de Edwards] em assuntos pessoais e públicos, e nas questões
intelectuais e espirituais”.6 Coletivamente, elas formam uma declaração
enfática, observou Stephen Nichols, da forma como ele procurava “projetar
sua vida — seus relacionamentos, seu falar, seus desejos, suas atividades”.7
Neste capítulo, examinaremos os traços característicos das “Resoluções” a
fim de termos uma orientação geral acerca dos setenta compromissos como
um todo.
Contexto Histórico
* Fazendo um uso apropriado do tempo concedido por Deus. Está claro que o
uso do tempo era essencialmente importante para Edwards, porque ele
colocou resoluções sobre esse assunto logo no começo dessa lista. Como
observou Claghorn, “seu objetivo era levantar cedo, trabalhar até tarde e
usar cada momento com uma atividade construtiva”.47 Edwards se
comprometeu a “nunca perder um momento” (no 5), propondo-se a “não
ceder a... desatenção... que deixa minha mente à vontade e relaxada,
impedindo-a de manter-se plena e definitivamente inclinada à fé” (no 61).
Edwards era motivado a usar bem o seu tempo porque tinha uma forte
percepção de que estava, a cada momento, a um passo da eternidade.
Deliberadamente ele escolheu pensar sobre “as circunstâncias comuns
relacionadas à morte” (no 9). Ele estava determinado a viver como se
estivesse na hora anterior àquela em que ouviria “a última trombeta” (no 19)
e em conformidade com o juízo apropriado que faria quando chegasse no
mundo porvir (no 50). Ele tinha o objetivo de viver sem remorsos, no caso de
chegar a uma idade avançada (no 52). Para fomentar essa perspectiva, ele
resolveu imaginar como viveria se já tivesse visto “a felicidade celestial e os
tormentos do inferno” (no 55).
* Vivendo para o Senhor com todo o seu ser. Edwards resolveu viver com
todas as suas forças (no 6). Ele fez o voto de “livrar-se” de tudo o que pudesse
roubar a sua segurança (no 26). Edwards se comprometeu a “estudar as
Escrituras... de modo firme e constante” (no 28) e a tentar, com todas as
suas forças... atingir um patamar mais elevado no exercício da graça (no 30).
Edwards prometeu que regularmente renovaria a consagração de si
mesmo a Deus (no 42); que agiria como se fosse “inteiramente de Deus” (no
43), e que nenhum outro objetivo que não fosse religioso... [o] influenciaria
(no 44). Além disso, Edwards determinou que somente permitiria em sua
vida coisas como “prazer ou aflição, alegria ou tristeza” quando elas
ajudassem na sua prática da “fé” (no 45). Apesar dos desafios, ele resolveu
lançar... sua alma sobre o Senhor Jesus Cristo... [e] crer e confiar nEle (no
53). Edwards escreveu que se houvesse “uma pessoa no mundo, em qualquer
época, que fosse inerentemente um cristão completo”, ele lutaria para ser
essa pessoa em sua época (no 63). Com renúncia, ele afirmou que iria
declarar seus caminhos a Deus e expor sua alma para Ele (no 65). Em
resumo, Edwards adaptou a si mesmo para ter uma vida centrada em Deus,
com o foco no Senhor Jesus Cristo.
Tal renúncia completa à vida exigia até mesmo uma moderação em sua
dieta. Edwards acreditava que Deus deve ser glorificado em tudo, até no
consumo de comida e bebida (1 Co 10.31). Assim, ele resolveu “manter a
mais rígida temperança no comer e beber” (no 20), e se propôs a “indagar”, a
cada noite, se ele havia agido da melhor forma que poderia, com respeito a
comer e beber (no 40). Até essa área da vida terrena deve ser administrada
para a glória de Deus.
O Pré-requisito da Fé
Portanto, a chave para entender Edwards, o seu caráter dominador e iluminado, e o traço que deu
uniformidade a sua carreira é a sua espiritualidade.1
— John DeWitt
Sendo sensível ao fato de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem ajuda de Deus,
humildemente rogo-Lhe, pela sua graça, que me capacite a manter estas Resoluções, até ao
ponto em que elas sejam agradáveis à sua vontade, por amor a Cristo.
Lembre-se de ler estas Resoluções uma vez por semana.
Quarta-feira, 2 de janeiro de 1722-23. Inerte. Descobri, por experiência própria, que mesmo
fazendo resoluções e elaborando tantas estratégias para cumpri-las, como nunca aconteceu
antes, tudo isso é nada e não tem propósito algum sem o mover do Espírito de Deus. Se o
Espírito de Deus deixasse de se manifestar em mim sempre, como ocorreu na semana
passada, apesar de tudo o que faço, eu não cresceria, mas definharia e desvaneceria
miseravelmente. Percebo que se o Espírito de Deus deixasse de agir um pouco mais, eu não
hesitaria em quebrar minhas resoluções e logo chegaria ao meu velho estado. Não há
qualquer dependência de mim mesmo.7
Uma semana depois, mais uma vez Edwards admitiu sua fraqueza e
incapacidade de manter as resoluções que estava tomando. O problema
estava em seu coração, o qual permanecia enganoso. Ainda quando fazia
uma “resolução firme”, não tinha a força para mantê-la: “Quarta-feira, 9 de
janeiro, noite... quão enganoso é o meu coração! Tomo uma firme resolução,
mas tão cedo ela enfraquece!”8 Edwards estava se tornando um perito em
sua própria incapacidade.
A mesma percepção humilhante o atingiu novamente na semana
seguinte. Edwards descobriu que era fraco demais para fazer qualquer coisa
espiritualmente agradável a Deus. Ele lamentou: “15 de janeiro, terça-feira...
Ai de mim! Como declino rápido! Oh, quão fraco, quão instável, quão
incapaz de fazer qualquer coisa sozinho! Que pobre ser inconsistente! Que
miserável infeliz, sem a assistência do Espírito de Deus... Quão fraco me
encontro! Oh, que isso tudo me ensine a depender menos de mim mesmo, a
ser mais humilde”.9
Mais tarde, naquele inverno, Edwards reconheceu a incapacidade dos
eleitos fazerem qualquer coisa de valor espiritual sem a graça divina. Ele
escreveu: “Quarta-feira, 6 de março, perto do pôr-do-sol. Senti as doutrinas
da eleição, da graça gratuita, e senti, com maior prazer do que antes, o fato
de não sermos capazes de fazer qualquer coisa sem a graça de Deus, e que a
santidade é inteiramente obra do Espírito de Deus”.10
Edwards compôs suas “Resoluções” com uma avaliação apropriada de si
mesmo. Ele entendeu que apesar do quão resolvido ou determinado
estivesse, não poderia glorificar a Deus por suas próprias forças. Uma coisa
era tomar uma resolução, e outra inteiramente diversa, mantê-la. Ele viu que
viver a vida cristã envolvia muito mais do que meramente selecionar um
caminho para seguir. Ele precisava de mais.
Capacitação Divina
Ele [Edwards], portanto, logo no princípio, voltou os olhos para Deus em busca de auxílio.
Somente Deus pode proporcionar o sucesso no uso dos melhores meios e na pretendida
realização dos melhores propósitos. O que Edwards coloca acima de todos os outros
importantes preceitos é que sua total dependência estava na graça de Deus, embora ainda se
propusesse a fazer periodicamente uma séria avaliação deles, a fim de que esses preceitos
pudessem se tornar o guia habitual de sua vida.15
Quarta-feira, 2 de janeiro... Nossas resoluções podem estar com força total num dia e, ainda
assim, no dia seguinte, numa miserável condição de apatia, em nada semelhante à pessoa que
tomou as resoluções, de forma que não há propósito em tomar resoluções se não
dependermos da graça de Deus, pois se não fosse simplesmente por sua graça, um homem
poderia ser muito bom num dia, e muito mau no dia seguinte.16
15 de janeiro, terça-feira... Enquanto estou de pé, há prontidão em mim para pensar que
estou de pé por minhas próprias forças e por causa das minhas próprias pernas, e que
encontro-me pronto para triunfar sobre meus inimigos espirituais, como se fosse eu mesmo
que os fizesse fugir — quando, ai de mim! Sou apenas um pobre infante sustentado por
Jesus Cristo, que me sustenta e me dá liberdade para sorrir ao ver meus inimigos fugirem,
quando Ele os lança de diante de mim. Então, dou risada como se eu mesmo o houvesse feito
isso, quando é Jesus Cristo quem me conduz e luta contra meus inimigos... Oh, que isso me
ensine a depender menos de mim mesmo, a ser mais humilde e a dar mais do louvor da
minha capacidade a Jesus Cristo!17
Edwards sabia que não poderia esperar que Deus respondesse aos seus
apelos por ajuda para manter suas “Resoluções”, a menos que eles fossem,
como ele colocou em seu preâmbulo, “agradáveis à sua vontade”. Em suma,
Edwards sabia que Deus não o ajudaria se ele planejasse fazer algo contrário
aos desejos de Deus. Assim, ao redigir seus votos, ele se propôs a não
mostrar os seus próprios planos e a esperar que Deus os abençoasse. Em vez
disso, as “Resoluções” deveriam ser uma humilde tentativa de submeter a si
mesmo à vontade de Deus, em todas as coisas, pois a vontade de Deus é que
governa.19 Deus desenhou uma trajetória para a sua vida que era “boa,
agradável e perfeita” (Rm 12.2), e ele deveria se submeter a esse plano divino
em suas “Resoluções” e por meio delas.
Edwards reconheceu que a submissão à vontade de Deus exige completa
dedicação a Deus. Como resultado, ele se comprometeu a lutar por essa
completa rendição. Sam Storms escreveu: “Ainda que profundamente
concentrado nas coisas celestes, Jonathan Edwards não era menos dedicado
a um vibrante e produtivo viver para Deus na terra. Ele jamais pensaria em
usar a vida celeste para justificar a lassidão na vida terrestre”.20
Em seu diário, Edwards descreveu sua consagração a Deus num notável
registro, o qual, segundo George Marsden observou, “tornou-se um marco
em sua autobiografia espiritual”:21
Sábado, 12 de janeiro [1723]. De manhã... estive diante de Deus e dei a mim mesmo, tudo o
que sou e tenho, a Deus; de modo que não sou, em nenhum aspecto, meu. Não posso
disputar por direito algum neste entendimento, nesta vontade, nestas afeições, os quais
estão em mim. Nem tenho direito algum sobre este corpo ou sobre qualquer um de seus
membros — não tenho direito sobre esta língua, sobre estas mãos, sobre estes pés; nenhum
direito sobre estes sentidos, estes olhos, estes ouvidos, este olfato ou este paladar. Dei a mim
mesmo abertamente e não conservei coisa alguma como minha... Estive diante dEle nesta
manhã e disse-Lhe que me dei a Ele inteiramente. Dei-Lhe todo o poder, a fim de que, no
futuro, não contenda por direito algum sobre mim mesmo, em qualquer aspecto... Nesta
manhã, disse-Lhe que O tomei por minha completa porção e felicidade, não olhando para
coisa alguma como parte de minha felicidade, nem agindo como se isso fosse possível. Disse-
Lhe que tomei sua lei por constante norma de minha obediência e que lutaria com todas as
minhas forças contra o mundo, a carne e o demônio, até ao fim da minha vida, e que cri em
Jesus Cristo e O recebi como um Príncipe e Salvador, e que me prenderia à fé e à obediência
do evangelho, por mais arriscado e difícil que fosse confessá-lo e praticá-lo.22
Eu oro para que Deus, por amor a Cristo, olhe este meu compromisso como uma dedicação
de mim mesmo e para que me receba agora como inteiramente seu, e que me trate como tal,
em todos os aspectos, quer me aflija, quer me favoreça, ou seja o que for que Lhe agrade fazer
comigo, sou dEle. Daqui em diante, não devo agir, em circunstância alguma, como se
pertencesse a mim mesmo. Agirei como se pertencesse a mim mesmo, se alguma vez fizer
uso de algum de meus recursos para qualquer coisa que não seja para a glória de Deus e se
não fizer da glorificação dEle toda a minha ocupação; se murmurar na menor aflição, se
sofrer por causa da prosperidade dos outros, se de alguma forma não tiver caridade, se ficar
irado por causa de injúrias, se me vingar delas, se fizer qualquer coisa puramente para
agradar a mim mesmo ou se rejeitar qualquer coisa pelo bem de meu próprio conforto, se
omitir qualquer coisa para fugir de uma grande abnegação, se confiar em mim mesmo, se
tomar para mim algum louvor em relação ao bem que faço ou que Deus faz por meio de mim,
ou se for, de algum modo, orgulhoso.23
Claramente Edwards percebeu que sua vida não era dele mesmo, mas que
pertencia inteiramente a Deus e, portanto, deveria viver entregue a Ele.
Conforme escreveu David Vaughn: “Ele estava determinado a dedicar-se a
Deus. De fato, essa é a chave para entender seu poder e sua vida”.24 Edwards
sabia que não podia tomar uma resolução que fosse contrária à vontade de
Deus e esperar seu auxílio para mantê-la. Antes, cada resolução deveria estar
de acordo com a vontade de Deus.
A Motivação mais Pura
Era desejo de Edwards que tudo quanto ele fizesse, como indica o
preâmbulo, fosse “por amor a Cristo”. Em outras palavras, ele queria que a
suprema majestade de Cristo fosse a força motriz por trás de cada resolução.
De uma forma ou de outra, todos os setenta votos deveriam promover a
glória do Pai revelada em seu Filho, Jesus Cristo. Com essas palavras,
Edwards declarou a suprema motivação por trás da composição das
“Resoluções”: a honra de Jesus Cristo.25 Como escreveu Nichols, Edwards
acreditava que “há um ponto central que dá forma e significado à vida e ao
mundo... [e] esse ponto central é o próprio Cristo”.26 Portanto, ele observou,
“as Resoluções... revelam a determinação extrema de Edwards de colocar
cada área de sua vida sob o senhorio de Cristo”.27 Tudo deve fluir de um forte
desejo de magnificar a incomparável honra de Cristo.
Edwards ansiava por amar, honrar e magnificar a Cristo mais plena e
consistentemente. Ele escreveu em seu diário: “22 de dezembro, sábado.
Hoje, reanimado pelo Espírito Santo de Deus, agitado pelo senso de
excelência da santidade, senti mais a prática do amor por Cristo do que o
habitual. Também senti um consciente arrependimento por um pecado,
porque ele foi cometido contra um Deus tão misericordioso e bom”.28 Dois
dias depois, Edwards foi atraído mais uma vez ao engrandecimento de
Cristo: “Segunda-feira, 24 de dezembro. Pensamentos mais elevados do que
o habitual sobre a excelência de Cristo e seu reino”.29 Logo após, enquanto
se recuperava de uma doença, no início de 1723, Edwards escreveu que não
deveria permitir-se ficar preocupado com coisas temporárias, mas que
deveria permanecer concentrado em seu amor pelo Salvador: “Quinta-feira,
10 de janeiro. É uma grande desonra para Cristo, em quem espero ter
interesse, estar preocupado com meu estado e condição neste mundo”.30
Edwards acreditava que todas as coisas em sua vida eram “por amor a
Cristo”. Cada pensamento, emoção e desejo devem levar à gloria e honra de
Cristo. Ele sabia que não era seu mesmo, mas que pertencia a Cristo.
Portanto, ele deveria diminuir e Cristo, crescer, assim ele se alegrava na
exaltação do reino de Cristo. Ele refletiu em sua “Narrativa Pessoal”:
Meu coração está na exaltação do reino de Cristo no mundo. As histórias do avanço do reino
de Cristo no passado têm sido agradáveis para mim. Quando leio histórias de épocas
passadas, a coisa mais agradável para mim, em tudo que leio, é a exaltação do reino de Cristo.
Tenho essa expectativa ao ler e quando encontro algum trecho com essa característica, fico
meditando nele ao longo de minha leitura e minha mente muito celebra e se deleita com as
promessas e profecias das Escrituras sobre a futura gloriosa exaltação do reino de Cristo na
terra.31
Algo comum a toda a teologia e piedade de Edwards era uma paixão pela glória de Deus... Edwards
defendeu cuidadosa e logicamente a posição de que o propósito supremo de Deus é glorificar a si mesmo
em todas as suas obras.1
— James Montgomery Boice
T odo grande líder cristão tem uma paixão principal, uma aspiração
dominante que governa sua vida e dirige sua alma. É em tal paixão que
ele mais acredita, é ela que prende mais a sua mente e estimula seu coração.
Esse objetivo superior controla-o e define a sua própria razão de existir. Esse
senso supremo de propósito torna-se uma motivação tão forte que capacita-
lhe a superar todos os obstáculos e sobrepujar toda adversidade. Para
Jonathan Edwards, essa paixão era o summum bonum demonstrado nas
Escrituras, o bem mais excelente do universo — a glória de Deus.
Edwards acreditava que o propósito supremo de Deus em todas as coisas
é a manifestação de sua glória. Em sua obra-prima teológica, Dissertation on
the End for Which God Created the World [Dissertação sobre o Fim Para o Qual
Deus Criou o Mundo], escrita perto do fim de sua vida (1755), ele
argumentou que Deus fez o mundo para sua própria glória. “Pois parece que
todas as coisas ditas nas Escrituras como sendo a finalidade principal das
obras de Deus”, afirmou Edwards, “estão incluídas nessa única frase: a glória
de Deus”.2 Sendo assim, Edwards concluiu que trazer glória a Deus deveria
ser seu propósito preeminente. Ele estabeleceu essa busca firmemente,
desde o início de sua caminhada cristã.
Quando Edwards viajou à cidade de Nova Iorque para pastorear
temporariamente a Primeira Igreja Presbiteriana, em agosto de 1722, ele
estava cheio de paixão por servir a Deus. Em sua “Narrativa Pessoal”, um
trabalho autobiográfico escrito anos depois (1740), Edwards escreveu:
“Meus anseios por Deus e por santidade aumentaram muito. O puro,
humilde, santo e celeste cristianismo pareceu muitíssimo amável para mim.
Senti em mim um urgente desejo de ser, em tudo, um cristão completo”.3
Entre os meses de setembro e dezembro de 1722, Edwards começou a
canalizar esse entusiasmo por suas “Resoluções”, com a expectativa de que
elas “o guiassem no viver cristão”.4 Como revelam as “Resoluções”, Edwards
havia se tornado notavelmente decidido, realmente concentrado, na busca
pela glória de Deus; e as “Resoluções” foram o instrumento pelo qual ele
esperava governar sua vida para esse mais elevado objetivo.
Este capítulo analisará as resoluções nas quais Edwards se concentrava na
glória de Deus, resoluções de números 1, 2, 4, 23 e 27. Nelas vemos cinco
aspectos de sua caminhada cristã.
A Maior Aspiração
1. Resolvi que farei tudo o que considerar ser mais importante para a glória de Deus e para o
meu próprio bem, ganho e prazer, por todo o tempo que eu viver, sem levar em conta
quando, quer seja agora ou num futuro muito distante. Resolvi fazer tudo que eu pensar ser
o meu dever, principalmente para o bem e proveito da humanidade em geral. Resolvi fazer
isso, sejam quais forem as dificuldades que eu encontre, ainda que muitas e grandes.
A glória de Deus era seu objetivo supremo, quer estivesse ocupado em seus exercícios
devocionais, em seus estudos, em seus relacionamentos sociais, no desempenho de seu
ministério público ou na publicação de seus escritos. Todas as motivações inferiores a essa
parecem não ter exercido sobre ele uma influência perceptível.7
Sábado, 12 de janeiro... Respondo, sim, porque, se nunca nos permitíssemos ficar alegres,
exceto para alcançar um objetivo religioso, nunca nos alegraríamos por ver os amigos; não
nos permitiríamos ter qualquer prazer em nossa alimentação, de forma que a disposição
biológica seria retraída e a boa digestão estorvada. Mas a questão deve ser respondida deste
modo: Nunca devemos nos permitir qualquer prazer ou tristeza que não contribua para a
religião.12
Com esse ponto de vista, Edwards declarou que sua alegria estava ligada
ao avanço da glória de Deus.
Visto que Edwards abraçou a Deus como seu maior prazer, ele
demonstrou uma disposição mental puritana. É de comum acordo que uma
vida assim, cheia de alegria, vai contra os estereótipos modernos, que
descrevem os puritanos como severos e frios. Mas conforme Stephen
Holmes observou corretamente:
Esses calvinistas eram mais otimistas e afirmavam os aspectos positivos da vida muito mais
do que a maioria das pessoas. Eles acreditavam num Deus que era totalmente comprometido
com seu povo; que criou este mundo como o lugar perfeito para eles e que ainda prometeu
alegria e prazeres eternos à sua destra.13
Noite de sábado, 18 de maio... acho que, em geral, a melhor forma de não procurar ser
honrado de qualquer maneira, de modo geral, é procurar ser bom e fazer o bem. Posso buscar
o conhecimento, a religiosidade, a glória de Deus e o bem da humanidade com extremo vigor,
mas devo deixar toda a honra proveniente disso inteiramente à disposição de Deus, como
algo com o que não tenho uma preocupação imediata.14
Manhã de quarta-feira, 7 de agosto... A religião é mais doce, e o que se ganha pelo trabalho é
abundantemente mais precioso, como quando uma mulher ama mais ainda seu filho ao dar à
luz em angústia. Até para o próprio Cristo Jesus, para sua glória mediadora, sua vitória e
triunfo, para o reino que Ele adquiriu; como é muito mais glorioso, muito mais excelente e
precioso que Ele tenha feito tudo isso em agonia.16
Edwards veria a verdade dessa declaração em sua vida.
Busca Incansável
2. Resolvi me esforçar continuamente para descobrir novas formas e idéias para favorecer as
coisas supracitadas.
Na quarta resolução, Edwards garantiu que sua busca pela glória de Deus
seria abrangente. Nenhuma área de sua vida seria excluída desse alvo maior:
4. Resolvi nunca fazer qualquer coisa, quer por meio da alma, quer por meio do corpo, nada
mais, nada menos, que não glorifique a Deus; nem ser, nem sujeitar-me a tal coisa, se puder
evitá-la.
23. Resolvi que freqüentemente praticarei ações deliberadas para a glória de Deus, as quais
pareçam improváveis de serem feitas. Depois analisarei as suas motivações iniciais, os seus
desígnios e as suas finalidades, e as considerarei como uma violação da 4a resolução, se
descobrir que elas não foram feitas para a glória de Deus.
Na resolução 27, Edwards se propôs a fazer tudo o que ele acreditasse ser
a vontade de Deus. Negligenciar qualquer responsabilidade dada por Deus
seria pecar contra o próprio Deus — a menos que a omissão fosse a conduta
apropriada:
27. Resolvi nunca me omitir em nada de livre vontade, a menos que essa omissão traga glória
a Deus, e a examinar minhas omissões freqüentemente.
O Abandono do Pecado
A espiritualidade de Edwards apresentava-se não só numa profunda humildade, mas também numa
profunda santidade. Todos que o conheciam ficavam impressionados com sua integridade, honestidade,
imparcialidade e modéstia; tudo isso estava arraigado na conformidade de sua alma à vontade de
Deus.1
— David Vaughan
3. Resolvi que se eu cair e me tornar insensível de forma a negligenciar qualquer parte destas
Resoluções, arrepender-me-ei de todas as coisas das quais puder me lembrar quando recobrar
a lucidez.
Noite de sábado, 4 de maio. Oh, que Deus me ajude a descobrir todas as falhas e defeitos do
meu temperamento e dos meus relacionamentos, que me ajude no difícil trabalho de corrigi-
los, e me conceda tamanha medida do cristianismo vital, de modo que a base de todas
aquelas irregularidades desagradáveis sejam destruídas, e que o contrário disso, a doçura e a
beleza possam fluir delas.11
8. Resolvi agir e falar, em todas as circunstâncias, como se ninguém fosse tão vil quanto eu, e
como se eu tivesse cometido os mesmos pecados ou tivesse as mesmas fraquezas e defeitos
de outras pessoas. Resolvi que deixarei que o conhecimento dos defeitos delas contribua
apenas para que eu me envergonhe de mim mesmo, e me permita uma ocasião para
confessar meus próprios pecados e minha miséria a Deus.
Muito pior, Edwards viu a poluição do orgulho em seu coração. Seu desejo
por humildade diante do Senhor era constantemente contrário à arrogância
auto-glorificadora. Essa tendência o preocupava grandemente:
Sábado, 2 de março. Oh, como sou muito mais desprezível e vil quando sinto meu orgulho
trabalhando em mim... Quão detestável é um homem orgulhoso! Quão detestável é um
verme que se exalta com orgulho! Que verme tolo, estúpido, miserável, cego, enganado e
pobre eu sou quando age o orgulho!14
Ele também admirou-se de que pudesse ter sido tão cego em relação aos
seus caminhos maus por tanto tempo: “Causa-me comoção pensar em como
era ignorante, quando era um jovem cristão, acerca da infinita profundeza
da maldade, do orgulho, da hipocrisia e do engano que resta em meu
coração”.17
Quando Edwards olhava para dentro de si, geralmente lamentava por
causa de seu coração inconstante. Em suas palavras, ele sentia que deveria
lamentar o seu pecado. Em seu diário, Edwards escreveu:
Edwards foi ainda mais longe. Ele não só sentia que deveria detestar seu
pecado, mas afirmava que seu pecado era razão suficiente para “abominar” a
si mesmo. A feiúra da natureza de seu pecado era-lhe repulsiva:
24. Resolvi que todas as vezes que praticar uma ação visivelmente má, analisarei a mesma até
chegar a sua causa original e então me esforçarei cuidadosamente para não repeti-la, bem
como para lutar e orar, com todas as minhas forças, contra o que a originou.
Edwards não tinha ilusões sobre impecabilidade nesta vida. Ele sabia que
a regeneração não removera seu pecado. Embora ele houvesse iniciado um
novo curso na vida, com novos desejos, a prática real da justiça nem sempre
estava presente. Conseqüentemente, essa resolução começa assim: “Todas as
vezes que eu praticar uma ação visivelmente má” — não “se”.
Quando descobria um pecado em sua vida, Edwards se sentia impelido a
analisá-lo até a sua origem — o coração. Uma mera modificação
comportamental não era bastante para Edwards. Um atraente aspecto de
religiosidade apenas disfarçaria o problema real — a podridão de seu
coração. A fim de tornar-se santo, ele deveria analisar o caminho do pecado
até que alcançasse as fontes das quais sua iniqüidade fluiu — suas
motivações. Ele escreveu:
Noite de terça-feira, 30 de julho. Decidi que me esforçarei para cumprir minhas obrigações,
buscando analisar todos os motivos reais pelos quais não as cumpro, averiguando todos os
sutis subterfúgios de meus pensamentos, reagindo contra eles com todas as minhas forças, a
fim de que eu conheça as origens de meus defeitos no que se refere ao desejo pelo
arrependimento, ao amor a Deus e ao desprezo por mim mesmo — e, de vez em quando,
fazer isso durante os sermões.20
56. Resolvi nunca ceder, o mínimo que seja, para diminuir minha luta contra minhas
corrupções, por mais mal-sucedido que eu venha a ser.
Sua disposição irritável associada ao seu orgulho, bem como a atitude que disso resultava, em
relação aos outros, eram os pecados que ele combatia mais abertamente; mas podemos estar
certos de que ele lutava contra os desejos sexuais, ainda que não tenha registrado
diretamente suas lutas com essas tentações.22
Marsden observou que uma possível alusão a tais seduções encontra-se
num registro em seu diário, de uma manhã de sábado, em julho:
“Manhã de sábado, 27 de julho. Quando for violentamente atacado por uma tentação ou
quando não conseguir me livrar de pensamentos maus, devo fazer alguma soma aritmética,
geométrica ou algum outro estudo, que necessariamente ocupe todos os meus pensamentos
e inevitavelmente os impeça de vaguear”.23
Mas Edwards também percebeu que lhe faltava a força para superar o
pecado dentro de si. Suas corrupções internas deveriam ser derrotadas no
poder de Deus. Somente o Espírito Santo pode capacitar o crente a superar o
pecado de forma bem-sucedida e a mortificá-lo: “Noite de sábado, 5 de
janeiro... O pecado não é mortificado suficientemente. Sem as influências do
Espírito de Deus, a velha serpente começaria a erguer-se de seu estado
congelado e chegaria à vida novamente”.25 A ajuda divina era essencial na
luta contra o pecado.
Confissão Plena
68. Resolvi confessar a mim mesmo, com franqueza, tudo o que eu achar em mim mesmo,
tanto os pecados quanto as fraquezas, e se essas coisas estiverem relacionadas à minha
religiosidade, resolvo confessar tudo a Deus e implorar pela necessária ajuda dele. Dia 23 de
julho e 10 de agosto de 1723.
Manhã de sábado, 10 de agosto... Como uma ajuda contra aquela vergonhosa hipocrisia,
resolvi confessar a mim mesmo, com franqueza, tudo o que eu achar em mim mesmo, tanto
os pecados quanto as fraquezas, e se essas coisas estiverem relacionadas à minha
religiosidade, resolvo confessar tudo a Deus e implorar pela necessária ajuda dEle, sem me
esforçar, o mínimo que seja, para sufocar o que está em meu coração, mas levar tudo a Deus e
à minha consciência. Por meio disso, posso chegar a um maior conhecimento de meu próprio
coração.26
Numa surpreendente passagem de sua “Narrativa Pessoal”, Edwards
expressou seu aguçado senso da profundidade de sua pecaminosidade:
Do jeito em que me encontro, parece que minha maldade há muito tem sido perfeitamente
inefável e tem consumido infinitamente todo pensamento e imaginação, como um dilúvio
infinito ou montanhas infinitas sobre minha cabeça. Não conheço uma maneira melhor de
expressar o que meus pecados parecem ser para mim, do que dizer que eles parecem se
amontoar como o infinito sobre o infinito e se multiplicar infinitamente, vezes o infinito...
Quando olho para o meu coração e examino minha maldade, ela parece um abismo
infinitamente mais profundo que o inferno.27
Edwards sabia que sempre haveria pecado para ser confessado a Deus.
Enquanto ele estivesse vivo, precisaria confessar suas iniqüidades.
A Busca pela Santidade Pessoal
O Precipício da Eternidade
“Na raiz de toda disciplina está o uso disciplinado do tempo. Sem essa disciplina, não há
outras disciplinas... Edwards reconheceu isso cedo e, assim, três de suas primeiras resoluções
— nesse caso, as de número 5 a 7 — tratavam da mordomia do tempo”.2
5. Resolvi nunca perder um momento, mas aproveitar o tempo da forma mais vantajosa que
puder.
7. Resolvi nunca fazer qualquer coisa da qual eu devesse ter medo, caso esteja vivendo a
última hora de minha vida.
Segunda-feira, 3 de fevereiro. Que todas as coisas tenham o mesmo valor agora que teriam se
eu estivesse num leito de enfermidade; e que, em qualquer busca que eu estiver
empreendendo, essa questão venha com freqüência à minha mente. ‘Quanto valor eu daria a
isso se estivesse em meu leito de morte’? 7
Manhã de sexta-feira, 5 de julho. Na noite passada, quando pensava sobre o que deveria
desejar ter feito se estivesse prestes a morrer, pensei que deveria desejar ter insistido mais
com Deus para me preparar melhor para a morte e me conduzir a toda a verdade e não ter
me enganado sobre o estado de minha alma.8
11. Resolvi que, ao pensar em qualquer problema teológico que precise ser esclarecido, farei
imediatamente o que puder para esclarecê-lo, caso as circunstâncias não me impeçam de
fazê-lo.
Quarta-feira, 9 de janeiro. Não pareço estar sendo muito cuidadoso em aproveitar o tempo
para fazer tudo rapidamente e no menor período possível para mim; nem pareço estar tão
empenhado em pensar sobre a fé como ontem e no dia anterior, nem como estive em certos
momentos, talvez há um ano.9
Em outra ocasião, ele observou: “Noite de sábado, 11 de maio. No mês
passado mereci ser culpado por não tratar a minha inclinação com
veemência suficiente, forçando a mim mesmo a fazer um melhor uso do
tempo”.10 Edwards sentia que deveria sempre impulsionar a si mesmo com
“veemência” para usar melhor o seu tempo.
A Última Trombeta
19. Resolvi jamais fazer qualquer coisa da qual eu deva ter medo, no caso de não restar mais
do que uma hora para eu ouvir a última trombeta.
Com essa resolução, Edwards se propôs a nunca fazer qualquer coisa que
lhe trouxesse remorso se Cristo retornasse naquele momento. Saber que
Cristo poderia entrar em cena inesperadamente impedia certas atitudes e
atividades dele.
Embora sua escatologia ainda estivesse para ser desenvolvida quando
Edwards escreveu suas “Resoluções”, ele amava as profecias bíblicas a
respeito da vinda de Cristo. Stephen J. Stein observou:
O livro do Apocalipse fascinava Jonathan Edwards... Para ele, o apocalipse era vivificado a
cada nova leitura... Edwards passava muitas horas estudando Apocalipse, o único livro da
Bíblia que ele favoreceu com um comentário separado. Essa preocupação... se estendeu por
todos os seus anos.11
50. Resolvi que agirei da forma que julgar ser a melhor e a mais prudente, quando chegar ao
mundo vindouro (5 de julho de 1723).
Edwards sabia que teria uma perspectiva muito diferente depois que fosse
levado ao céu e glorificado. O pecado não mais confundiria seu pensamento.
Finalmente veria, de um modo claro, como era melhor viver para a glória de
Deus. Entretanto, ele queria essa perspectiva imediatamente, por essa razão,
dispôs-se a tentar averiguar como pensaria quando chegasse lá.
Edwards era muito honesto quanto à sua necessidade de ser afastado
deste mundo e de tornar-se preocupado com o mundo vindouro. Ele
escreveu:
Manhã de quarta-feira, 1 de maio... Senhor, concede que, daqui para a frente, eu aprenda a
retirar do mundo os pensamentos, as afeições, os desejos e as expectativas; concentrando-os
na pátria celestial, onde há plenitude de alegria; onde reina um amor celestial, doce, calmo e
encantador; onde continuamente se fazem presentes as mais preciosas expressões desse
amor; onde há o prazer desse amor sem jamais haver separação, e onde as pessoas que
parecem tão amáveis neste mundo serão indescritivelmente mais amáveis e cheias de amor
por nós. Quão agradavelmente se unirão aqueles que amam assim, mutuamente, cantando os
louvores de Deus e do Cordeiro. Como nos encherá plenamente de alegria pensar que esse
prazer, essas práticas agradáveis, nunca cessarão ou chegarão ao fim, mas permanecerão por
toda a eternidade.15
Edwards desejava viver com seu coração fixo no céu, de forma que
pudesse viver melhor para a glória de Deus no presente. Enquanto ele vivia
aqui, as glórias que o aguardavam diante do trono de Deus o impeliam para
frente.
Vivendo sem Remorsos
52. Freqüentemente ouço as pessoas idosas dizerem como teriam vivido, se pudessem voltar
ao início de sua vida novamente. Resolvi que viverei da forma como desejarei ter vivido no
caso de chegar a uma idade avançada (8 de julho de 1723).
A Paixão da Disciplina
Edwards mantinha o rigor de seu horário de estudo, exceto quando dava uma estrita atenção à dieta e
aos exercícios. Tudo era calculado para otimizar sua eficiência e poder nos estudos.1
— John Piper
O desejo que Edwards tinha por uma disciplina pessoal começou com um
compromisso fundamental de viver intensamente. Ele se recusou a
contentar-se com uma mera existência, simplesmente realizando atividades
que nada significavam, de uma maneira mecânica. Para Edwards, a
verdadeira vida necessitava de disciplina pessoal em cada área do viver
cristão. Por esse motivo, Edwards escreveu em sua sexta resolução, que
jamais viveria a vida cristã numa fria complacência, mas que sempre
impulsionaria a si mesmo para graus mais elevados de piedade. Ele escreveu:
6. Resolvi que enquanto estiver vivo, viverei com todas as minhas forças.
Essa curta resolução diz muito sobre Edwards. Ele estava disposto a
dedicar a totalidade de seu ser à sua busca por santidade. Viveria
sinceramente para Cristo, não toleraria parcialidade ou sujeições que
competissem entre si. Depositaria todas as suas energias em cada esforço
enquanto vivesse. Nunca se permitiria ficar negligente em sua busca pela
vontade de Deus, mas se empenharia inteiramente em tudo o que
empreendesse para Cristo. Edwards se propôs a viver, de fato. Onde quer que
se encontrasse, estaria lá por completo.
Num eco da resolução 63, Edwards prometeu em seu diário que
procuraria ser o mais completo cristão de sua geração. Ele próprio
estabeleceu o alvo de viver num nível de intimidade com Deus e plenitude de
espiritualidade que nenhum outro cristão estava alcançando:
Noite de sábado, 15 de fevereiro. Percebo que no momento em que estou comendo, posso
não me dar conta de que se comer mais, ultrapassarei os limites da rigorosa temperança,
embora já tenha dois anos de experiência em relação a isso. Ainda assim, três minutos depois
de ter ultrapassado esses limites, convenço-me do que fiz. Entretanto, quando como
novamente e me lembro disso, fico plenamente convicto de que não comi além do que é
necessário e não consigo me convencer de que meu apetite e sentimento estão como eram
antes. Parece-me que eu ficaria um pouco fraco se parasse naquele momento, mas quando
termino, mais uma vez me convenço e isso acontece ocasionalmente.13
Em outra ocasião, durante uma viagem, ele admitiu ser culpado por
negligenciar sua rígida supervisão em matérias de comida, bebida e sono:
“Manhã de sábado, 15 de junho, Windsor. Sou culpado, nesta viagem, com
respeito à rigorosa temperança no comer, beber, dormir e no sofrer por
coisas pequenas demais, ao ponto de interromper minha habitual cadeia de
práticas religiosas”.15
O valor de limitar cuidadosamente a sua dieta era claro para Edwards. Em
seu diário, ele proferiu diversos benefícios disso:
Terça-feira, 2 de setembro. Mediante uma dieta frugal, comendo o quanto for preciso, o que
é leve e de fácil digestão, indubitavelmente serei apto a pensar de forma mais clara e
ganharei tempo. Em primeiro lugar, prolongo minha vida; em segundo, precisarei de menos
tempo para a digestão depois das refeições; em terceiro, poderei estudar melhor, sem
prejudicar minha saúde; em quarto, precisarei de menos tempo para dormir; em quinto,
raramente serei importunado por dor de cabeça.16
Além disso, Edwards viu uma conexão direta entre seus hábitos físicos —
comer, beber e dormir — e sua dureza espiritual. O autocontrole em sua
vida física, ele constatou, afetava o autocontrole em sua vida espiritual.
Ambas as áreas exigiam abnegação. Edwards escreveu: “Quinta-feira, 10 de
janeiro, por volta do meio-dia... Acho que encontro-me muito mais animado
e saudável, tanto no corpo quanto na mente, devido a minha abnegação no
comer, beber e dormir”.17
Os limites de Edwards quanto a ingestão de comida tornaram-se quase
prejudiciais algumas vezes. Edwards observou que sua disciplina ao comer
era tão rigorosa que geralmente o deixava fisicamente fraco. Nesse
momento Edwards escreveu:
Além de cuidar de sua dieta, a fim de aumentar sua força mental, ele também dava atenção à
sua necessidade de exercitar-se. No inverno, cortava lenha todos os dias por meia hora e, no
verão, cavalgava nos campos e andava sozinho, meditando.21
28. Resolvi estudar as Escrituras do modo mais firme, constante e freqüente que puder, e
perceber com clareza que estou crescendo no conhecimento delas.
Às vezes tenho um emocionante senso da excelência da Palavra de Deus como uma Palavra
de vida; como a luz da vida, como uma doce, excelente e vivificante Palavra. Tal senso vem
acompanhado de uma sede por essa Palavra, para que ela habite ricamente em meu
coração.29
Naquele e em outros momentos, tive maior deleite nas sagradas Escrituras do que em
qualquer outro livro. Muitas vezes, ao ler a Bíblia, cada palavra parecia tocar meu coração.
Sentia uma harmonia entre algo em meu coração e aquelas doces e poderosas palavras.
Muitas vezes eu parecia ver tanta luz exibida por meio de cada frase, e era-me transmitido
um alimento tão restaurador e arrebatador que não conseguia prosseguir a leitura. Muitas
vezes, costumava demorar-me longamente numa frase para ver as maravilhas contidas nela,
e quase toda frase parecia estar cheia de maravilhas.30
“A meditação sobre as Escrituras era a prática de Edwards desde seus primeiros dias como
um discípulo de Jesus... Edwards parecia particularmente apaixonado pela meditação nas
Escrituras enquanto caminhava sozinho ou cavalgava, quer cavalgasse para relaxar ou numa
viagem”.35
Isso envolvia pensar “de uma forma prolongada e concentrada sobre uma
verdade num texto bíblico”.36
Tal meditação em momentos de solidão provou ser uma parte crucial de
sua vida espiritual, produzindo grande alegria em seu coração. Haykin
escreveu que uma satisfação interna “dominava sua alma conforme ele
meditava no que as Escrituras dizem a respeito de Deus, de Cristo e de sua
livre e soberana graça na salvação”.37 Refletindo sobre os meses
imediatamente posteriores à sua conversão, Edwards recordou: “Eu
costumava me retirar muito freqüentemente para um lugar solitário, às
margens do rio Hudson, um pouco distante da cidade, a fim de ponderar
sobre as coisas divinas e conversar reservadamente com Deus. Lá eu tive
muitas horas agradáveis”.38
Às vezes, Edwards achava suas meditações tão satisfatórias que até
deixava de fazer uma das refeições:
22 de janeiro de 1734. Quando estou numa boa disposição para meditar sobre Deus ou
engajado na leitura das Escrituras, ou em qualquer estudo sobre assuntos teológicos, julgo
que, habitualmente, é melhor, não ser interrompido pelo momento do jantar. Prefiro
renunciar o jantar a ser interrompido.39
Manhã do dia do Senhor, 19 de maio. Com respeito a minha viagem na semana passada, não
fui cuidadoso o suficiente para observar as oportunidades de me aproximar solenemente de
Deus, três vezes por dia. Semana passada, quando estava para colocar em prática a Resolução
da Quarta-feira,43 foi proposto a mim, em meus pensamentos, que a omitisse até que
chegasse em casa, porque haveria uma oportunidade mais conveniente.44
61. Resolvi não ceder à desatenção, a qual percebo que deixa minha mente à vontade e
relaxada, impedindo-a de manter-se plena e definitivamente inclinada à fé; seja qual for a
desculpa que eu tenha para essa falta de atenção — a fim de que minha mente me incline a
fazer o melhor a ser feito (21 de maio e 13 de julho de 1723).
Terça-feira, 1 de janeiro. Por vários dias tenho sido apático. Até analisei se não estou sendo
culpado de negligência hoje, e decidi que, hoje não o sou.49
Sábado, 22 de dezembro de 1722. Hoje fui despertado pelo Espírito de Deus. Fui afetado pelo
senso da excelência da santidade. Senti que pratiquei mais o amor por Cristo do que de
costume. Também senti um consciente arrependimento dos pecados, porque foram
cometidos contra um Deus tão misericordioso e bom. Nesta noite fiz a 37a resolução.50
A Prática do Amor
O valor do trabalho de Edwards não se encontra apenas em sua mente lúcida e penetrante. O mais
singular é a sua combinação de análises racionais com o fervor espiritual. Eis um homem cujo coração
era radiante de amor e devoção pela doçura e excelência de Cristo. De seu trabalho, emana uma afeição
religiosa autêntica. Ele era, acima de tudo, uma pessoa que amava a Deus... As coisas de Deus
prendiam o coração de Edwards e o envolviam com uma paixão amorosa todo-consumidora.1
— R. C. Sproul
J onathan Edwards acreditava que tão certo como a noite sucede o dia, e o
verão sucede a primavera, seu dever cristão de amar os outros fluía de
seu fervoroso amor por Deus. Estas afeições: amor por Deus e pelos outros,
estão entrelaçadas. Quanto mais se aprofunda a devoção de alguém por
Deus, mais ele deseja seguir os mandamentos das Escrituras de ser rico em
amor pelos seus semelhantes. Edwards percebeu que, em Cristo, ele tinha
um débito de amor que deveria retribuir. Ele aceitava o ensino das Escrituras
de que ainda que falasse a língua dos homens e dos anjos, possuísse todo
conhecimento e doasse tudo o que tivesse, isso seria nada se não
demonstrasse amor (1 Co 13.1-3). O amor que ele mostrava pelos outros
demonstraria seu amor por Deus.
Portanto, a prática do amor era vitalmente importante para Edwards —
assim como deveria ser para cada cristão. Em conseqüência disso, quando
esse jovem pastor puritano pegava uma caneta para registrar suas
“Resoluções”, prometia amar os outros — quer fossem amigos ou inimigos
— em qualquer atitude necessária. Para Edwards, o amor era uma parte
essencial da busca pela santidade.
Geralmente, Edwards é estereotipado hoje como um indivíduo infeliz,
frio, carrancudo e sem amor. Essa visão tem proliferado porque, quase vinte
anos depois que escreveu suas “Resoluções”, Edwards pregou um sermão
aterrorizante sobre o juízo final e o inferno, intitulado “Pecadores nas Mãos
de um Deus Irado”. Essa mensagem “de fogo e enxofre” sobre uma punição
futura, a qual agora é famosa, fez seus ouvintes agarrarem-se às
extremidades dos bancos, aterrorizados. Desde então, muitos tomaram por
certo que um pregador tão intenso não poderia ter sido uma pessoa
amorosa. Além disso, Edwards era “naturalmente tímido e anti-social”,2
alguém que preferia um estudo sério a conversas sem importância. J. I.
Packer escreveu que ele era “sério, taciturno com pessoas estranhas e
levemente retraído sempre”.3 Elizabeth Dodds o descreveu como
“socialmente desajeitado, entrincheirado pela ostentação da própria
timidez”.4 Esse elemento solitário em Edwards tem acentuado essa
percepção errônea de que ele era austero, sem sentimentos e indelicado.
Mas nada poderia estar mais longe da verdade. Edwards, de fato, possuía
um coração cheio de compaixão e misericórdia pelos outros. Não há dúvidas
de que ele era singularmente concentrado nos estudos e de que permaneceu
socialmente desajeitado; mas como temos visto, ele tinha um veemente
amor por Deus, o qual transbordou numa calorosa afeição pelas pessoas. Seu
amor por sua esposa, Sarah, por exemplo, é inquestionável, assim como sua
dedicação a seus filhos. Sua compaixão pelas outras pessoas era igualmente
autêntica.
Conforme Edwards redigia suas setenta resoluções, seu desejo sincero de
amar os outros se tornou um tema recorrente. Vemos aspectos desse
objetivo nas resoluções 13, 14, 16, 33 e 47.
Atos Caridosos
Sobre aquele tempo, lembro-me que costumava desejar intensamente a conversão de alguém
com quem estava preocupado. Parecia-me que eu poderia honrá-los alegremente e ser servo
deles com prazer, e estar aos seus pés se eles fossem verdadeiramente santos.5
Noite de terça, 20 de agosto. Não fui cuidadoso o suficiente na observação das oportunidades
para iniciar uma conversação cristã de livre vontade. Nessa arte santa, não me exercito o
necessário, nem tenho coragem suficiente de dar continuidade a ela de boa vontade. Vide 2
de setembro.6
Ele sabia que deveria tirar vantagem de tais encontros possibilitados por
Deus.
Edwards sentiu que escrever cartas era outra forma prática de expressar
amor cristão, um amor que ele deveria praticar com mais freqüência.
Observando que desejava cumprir suas obrigações sociais, Edwards
confessou suas falhas nessa área em seu diário: “16 de novembro... Uma
coisa na qual tenho errado, motivo de não ser completo em todas as minhas
obrigações sociais, é na minha negligência em escrever cartas aos amigos”.7
Desses exemplos, podemos concluir que Edwards se comprometeu, em
sua décima terceira resolução, a ser sensível às pessoas ao seu redor e a
mostrar-lhes amor cristão de modo tangível. Esse compromisso foi
articulado novamente conforme Edwards redigia resoluções adicionais.
Atitude Paciente
Outra virtude que Edwards sabia que muito lhe faltava era a gentileza. Ele
próprio admitiu que podia ser abrupto em sua conduta interpessoal. Sentia
que um grau mais elevado de gentileza tornaria todo o seu caráter mais
atraente. Edwards escreveu:
Terça, 16 de fevereiro. Uma virtude que preciso num grau mais elevado, para dar beleza e
brilho ao meu comportamento, é a gentileza. Se eu tivesse mais atitudes gentis, seria muito
melhor.16
16. Resolvi jamais falar mal de qualquer pessoa, em qualquer grau de intensidade, ou em
qualquer caso, de forma que haja a possibilidade de trazer-lhe desonra, a não ser que isso seja
feito para bem real.
Essa resolução era tão importante para Edwards que ele se referiu a ela
em seu diário como a “Resolução da Quarta-feira”.18 O fato dele ter dado um
apelido a essa resolução deixa claro que falar mal dos outros era um pecado
contra o qual Edwards lutava. Essa resolução era parte de seu esforço para
conter a si mesmo, a fim de que não falasse palavras que desonrassem os
outros.
Certa vez, Edwards inventou um “estratagema” para ajudar a si mesmo a
vencer essa tentação:
Sábado, 22 de maio. Quando critico alguém por falhas, pelas quais estou sendo de alguma
forma prejudicado, adio a conversa até que a situação esteja terminada e resolvida, pois essa
é a forma de criticar corretamente, sem que haja uma mistura do temperamento com as
emoções, bem como de fazer críticas eficazes e não suspeitas.20
33. Resolvi sempre fazer o possível para promover, manter e estabelecer a paz, desde que
isso não seja feito em detrimento de outras áreas da vida cristã (26 de dezembro de 1722).
Ele queria ser um cristão que não causasse divisões desnecessárias, mas
que, em vez disso, ajudasse a reconciliar as pessoas entre si. Contudo, ele
reconhecia, nessa resolução, que a paz não seria apropriadamente
conquistada por meio de seu “descontrole” — ou seja, sacrificando
princípios. Esse tipo de paz não é paz, é apenas uma trégua momentânea à
custa da verdade. Por exemplo, Edwards preferia evitar controvérsias que
mais tarde pudessem marcar seu ministério em Northampton e Stockbridge;
mas a seu ver, havia princípios bíblicos em jogo, os quais não podia sacrificar
por amor à paz.
Ainda assim, Edwards deu passos práticos para tornar-se um pacificador
melhor. Um deles era orar pedindo graça para que fosse mais generoso com
seus inimigos. Ele escreveu em seu diário:
Noite de sábado, 14 de abril. Hoje à noite eu poderia orar mais sinceramente pelo perdão de
meus inimigos do que antes. Estou um tanto inclinado a ficar cansado disso, após ter feito a
mesma petição tantas vezes, mas agora estou determinado a não ceder a essa inclinação.21
Tarde de quarta-feira, 31 de julho... Nunca procurarei ouvir relatos sarcásticos das faltas de
outras pessoas. Nunca darei crédito a qualquer coisa dita contra outra pessoa, exceto quando
houver uma razão muito clara para tanto, nem agirei de forma oposta a essas
determinações.22
Dia do Senhor, 22 de novembro. Considerando que as pessoas por perto sempre [copiam]
algumas falhas que nós mesmos não enxergamos ou das quais não estamos plenamente
cientes, pois há muitas obras secretas de corrupção que escapam à nossa vista, das quais
somente os outros têm consciência; resolvi, portanto, que descobrirei, se puder fazê-lo por
qualquer meio conveniente, quais falhas os outros encontram em mim ou que coisas vêem
em mim que pareçam culpáveis, pouco amáveis ou inconvenientes.23
Edwards admitiu que via os pecados dos outros muito mais prontamente
do que descobria suas próprias iniqüidades, por essa razão, ele se propôs a
tentar compreender a perspectiva dos outros em relação as suas próprias
falhas morais.
Coração Compassivo
47. Resolvi esforçar-me ao máximo para rejeitar qualquer coisa que não esteja em
conformidade com um temperamento bom, universalmente doce, benevolente, quieto,
pacífico, satisfeito, afável, compassivo, generoso, humilde, manso, modesto, submisso,
amável, diligente, trabalhador, caridoso, justo, paciente, moderado, perdoador e sincero. E
resolvi fazer, em todas as ocasiões, o que tal temperamento me leve a fazer e analisar
rigorosamente se tenho feito isso, todas as semanas (Manhã do dia do Senhor, 5 de maio de
1723).
Edwards sabia que deveria ser resolvido a amar os outros. O amor não é
meramente um sentimento afetuoso, compassivo. Também não é uma
emoção superficial, momentânea. Em vez disso, o amor — o amor
verdadeiro, bíblico — acontece muito mais profundamente. Envolve uma
escolha intencional da vontade, de estender o amor de Deus aos outros. O
amor, na realidade, é uma parte vital da busca pela santidade pessoal. Não
pode haver crescimento em piedade sem a prática do amor. Assim, Edwards
elevou a importância de demonstrar amor aos outros ao seu redor. Tal amor,
ele acreditava, deve ser demonstrado de formas muito práticas e positivas,
conforme refletem essas resoluções — iniciando conversas sobre coisas
espirituais, impedindo a vingança, contendo a ira, mostrando bondade e
revelando graça para com os outros.
É nesse ponto que o cristianismo deve tornar-se real para todos os
crentes. Uma coisa é amar a Deus, que é perfeitamente santo e
absolutamente justo. Mas é algo completamente diferente amar os outros,
que são muito menos que perfeitos. É ainda muito mais desafiador amar os
inimigos. Esse é o grande teste da vida cristã — amar o inamável. Mas esse é
o amor de Deus, o qual somos chamados a imitar.
O amor que Deus exige de todos os crentes deve ser intencional,
conforme Edwards demonstrou. Mas ainda que tal decisão de amar não seja
escrita num papel, na forma de uma resolução pessoal, cada cristão deve
escolher, na profundidade de seu íntimo, ser cheio de amor pelos outros. Se
quisermos glorificar a Deus, tal amor santo é absolutamente necessário.
Que Deus incline seu coração a fazer esforços para amar as pessoas ao seu
redor. Que você resolva fazer isso à medida que busca santidade pessoal,
para a glória de Deus.
CAPÍTULO 9
A Postura do Auto-exame
Nenhum homem é mais relevante à presente condição do cristianismo do que Jonathan Edwards.
Nenhum é mais necessário.1
— D. Martyn Lloyd-Jones
25. Resolvi examinar cuidadosa e constantemente o que é isso em mim, que me leva a
duvidar, de alguma maneira, do amor de Deus, e direcionar todas as minhas forças para
combater isso.
18 de dezembro de 1722. Hoje fiz a 35a resolução. As razões pelas quais questiono um pouco
meu interesse pelo amor e favor de Deus são: 1. Porque não consigo falar tão plenamente da
minha experiência dessa obra preparatória da qual falam os teólogos; 2. Não me lembro de
ter experimentado a regeneração exatamente por meio daqueles passos que os teólogos
dizem que, em geral, são tomados; 3. Não tenho sensibilidade suficiente para sentir as graças
cristãs, principalmente a fé. Temo que o que eu sinto sejam apenas afeições hipócritas
externas, as quais tanto os homens perversos podem sentir como também os outros. O que
sinto não parece estar suficientemente no íntimo e ser pleno, sincero e genuíno. Não parece
tão substancial e forjado em minha própria natureza, da forma como eu desejaria que fosse;
4. Porque, às vezes, sou culpado de pecados de omissão e de comissão. Ultimamente tenho
duvidado se tenho transgredido no falar. E decidi que, hoje não transgredi nisso.3
No ano seguinte, ele voltou a tratar desse tema da certeza da salvação
num registro do diário:
Manhã de Segunda-feira, 12 de agosto. A principal coisa que agora me faz questionar meu
bom estado, em alguma medida, é não ter experimentado a conversão segundo aqueles
passos específicos, os quais o povo da Nova Inglaterra e os antigos dissidentes da Velha
Inglaterra costumavam experimentar. Razão pela qual agora resolvi que nunca deixarei de
analisar, até que descubra de modo satisfatório a base e o fundamento, o motivo real deles
terem sido convertidos por meio daqueles passos.4
Sexta-feira, 28 de maio. Parece-me que se eu sou convertido ou não, estou tão firmado na
condição em que me encontro, que devo prosseguir nela por toda a minha vida. Contudo, por
mais firmado que possa estar, ainda continuarei a orar a Deus para que não permita que eu
esteja enganado quanto a isso e para que não me acomode numa condição perigosa. De vez
em quando, questionarei tudo e provarei a mim mesmo, usando como auxílio alguns de
nossos velhos teólogos, a fim de que Deus tenha oportunidades de responder às minhas
orações e o Espírito de Deus me mostre meu erro, se estiver em algum erro.6
37. Resolvi indagar todas as noites, quando estiver indo para a cama, em que fui negligente,
que pecado cometi e em que situações neguei a mim mesmo; e fazer o mesmo ao final de cada
semana, mês e ano (22 e 26 de dezembro de 1722).
Tão apaixonado era Edwards para ter uma vida parecida com a de Cristo,
que se propôs a separar um tempo a cada noite para pensar sobre seu
pecado. Nessa exploração da alma, ele consideraria primeiro em que havia
sido “negligente” em seus deveres cristãos. Ele sabia que não devia ser
relaxado, porque qualquer falha em observar um mandamento divino é
pecado (Tg 4.17). Em segundo lugar, observaria que pecado havia cometido e
prontamente o confessaria (1 Jo 1.9). Em terceiro lugar, investigaria em que
havia se negado a carregar a sua cruz (Lc 9.23). O crescimento na santidade
pessoal exigia vigilância em cada uma dessas áreas.
Edwards também tentou olhar adiante e prever que pecados ele poderia
estar inclinado a cometer em várias situações. Ele escreveu: “Noite de
quarta-feira, 9 de janeiro... Penso que seria vantajoso refletir a cada manhã
sobre minhas ocupações e tentações, e sobre os pecados aos quais eu estaria
exposto naquele dia, e fazer uma resolução acerca de como aproveitar o dia e
evitar aqueles pecados”.9
Edwards desejava ser extremamente específico em seu auto-escrutínio.
Ele escreveu em seu diário: “Terça-feira, 10 de novembro. Quando estiver
conversando, prestarei atenção a tudo que digo meramente para causar uma
boa impressão sobre mim mesmo e o examinarei”.10 Edwards lutava contra
o desejo de que os outros tivessem “uma boa impressão” dele.
Conseqüentemente, prometeu prestar atenção — ou seja, observar
cuidadosamente — tudo quanto dizia sobre si mesmo e que promovia a si
mesmo. A forma de prevenir palavras egoístas era examinar esse tipo de
afirmação e depois se arrepender, sempre que descobrisse um orgulho
egoísta em seu falar.
Ele tinha a disposição de passar grande parte do tempo estudando seu
coração. De fato, ele se propôs a parar dias inteiros para examinar a si
mesmo:
11 de junho. Reservarei dias para meditar sobre assuntos em particular, assim como
reservarei dias para estudar a enormidade dos meus pecados. Em outros momentos,
estudarei o terror e a certeza da miséria futura dos homens descrentes, e a verdade e a
certeza da fé, bem como das grandes coisas futuras e ameaçadoras, que são prometidas nas
Escrituras.11
41. Resolvi perguntar a mim mesmo, ao final de cada dia, semana, mês e ano, em que aspecto
poderia ter me saído melhor (11 de janeiro de 1723).
57. Resolvi que quando tiver medo de infortúnios e adversidades, examinarei se cumpri
minha obrigação e decidirei cumpri-la, deixando que as coisas aconteçam conforme a
providência as ordenarem. Até onde eu puder, não me preocuparei com nada além do meu
dever e do meu pecado (9 de junho e 13 de julho de 1723).
Essa resolução parece indicar que Edwards percebeu que poderia ficar
desorientado em meio às provações, perdendo de vista suas
responsabilidades cristãs. Portanto, decidiu que nenhuma provação o
distrairia ou o impediria de cumprir o seu dever. Decidiu que quando
avistasse provações à frente, faria uma avaliação e, então, deixaria que as
coisas acontecessem conforme a providência as ordenassem. Edwards sabia
que, no fim, as provações eram mandadas pelo sábio e soberano Deus, para
sua santificação e bem espiritual. Ele simplesmente desejava permanecer
alerta e sensato durante esses períodos desafiadores.
Edwards considerava o cumprimento de seu dever cristão como algo de
grande importância:
Manhã de quinta-feira, 4 de outubro de 1723. Hoje ficou seguro e estabelecido que Cristo
Jesus me prometeu fielmente que, se eu fizer o que é minha obrigação e de acordo com o
melhor de minha prudência no assunto, minha condição neste mundo deverá ser melhor
para mim do que qualquer outra condição e, melhor para meu bem-estar, por toda a
eternidade.13
Sentimentos Monitorados
60. Resolvi que me sujeitarei à mais rígida análise todas as vezes em que meus sentimentos
começarem a parecer um pouco desordenados, quando eu estiver ciente da menor
preocupação interior ou da menor irregularidade exterior (4 e 13 de julho de 1723).
Apesar da preocupação consigo mesmo, que a piedade puritana inevitavelmente requeria, Edwards
tentava desesperadamente manter Deus à frente de sua consciência.1
— George Marsden
J onathan Edwards viveu com uma paixão motriz: Soli Deo Gloria — glória
somente a Deus. Seu propósito principal em todas as coisas, seu
abrangente alvo em tudo na vida, era trazer honra e majestade ao nome de
Deus. Ele desejava exaltar a grandeza de Deus com cada fôlego que tomava e
a cada passo que dava. Cada pensamento, cada atitude, cada escolha e cada
tarefa deveriam ser para a glória de Deus.
Cada uma das setenta resoluções de Edwards estava centrada em sua
paixão suprema pela honra de Deus. Mediante essas ambiciosas afirmações,
Edwards seguiu sua paixão pela glorificação de Deus em todas as coisas. Sua
visão centrada em Deus o impulsionava em todos os aspectos da vida.
Foi o Deus majestoso e santo em seu infinito ser, cuja soberania
desconhece limites, cuja graça desconhece fronteiras, que Edwards manteve
constantemente diante de seus olhos adoradores. Foi o Deus suficiente em
si mesmo e todo-suficiente para seu povo que Edwards procurou agradar
com todas as suas forças. Deus era a meta de Edwards na vida cristã diária e
a quem ele buscava com uma determinação radical e uma santa ambição.
Entre todas as suas tarefas pastorais, Edwards permaneceu concentrado em
Deus, que é o início, o meio e o fim de todas as coisas, a causa primária e o
fim definitivo, e tudo o mais entre as duas coisas. O próprio Deus promoveu
a sua glória como seu mais elevado objetivo, e Edwards, por semelhante
modo, viveu, acima de tudo, para a glória de Deus.
Hoje, cerca de trezentos anos após a época de Edwards, há uma
desesperada necessidade do surgimento de uma nova geração, que louve e
promova a glória de nosso impressionante Deus, no cenário da história.
Contemplar essa visão que cativa nossa alma, essa visão do todo-supremo,
todo-soberano e todo-suficiente Deus, transforma as pessoas de modo a
transformar suas vidas. É isso o que aprendemos de Edwards e é o que
devemos experimentar em nossa própria vida. A nossa elevada teologia,
centrada no próprio Deus, deve ser traduzida num viver cristão diário, de
forma prática.
Que hoje Deus erga uma crescente multidão que se consuma no esforço
de ser santa, assim como Ele é santo. Que Deus conceda à sua igreja um
exército de seguidores de Cristo que seja radicalmente rendido e plenamente
devotado a Ele. Que esse remanescente justo venha em tempo oportuno, em
prol de outro Grande Avivamento, e que as “Resoluções” de Edwards sejam
as pegadas seguidas por esse remanescente.
Soli Deo Gloria
APÊNDICE
As “Resoluções” de Jonathan
Edwards
S endo sensível ao fato de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a
ajuda de Deus, humildemente rogo-Lhe, pela sua graça, que me capacite
a manter estas Resoluções até ao ponto em que elas sejam agradáveis à sua
vontade, por amor a Cristo.
Lembre-se de ler estas Resoluções uma vez por semana.
1. Resolvi que farei tudo o que considerar ser mais importante para a
glória de Deus e para o meu próprio bem, ganho e prazer, por todo o
tempo que eu viver, sem levar em conta quando, quer seja agora ou
num futuro muito distante. Resolvi fazer tudo que eu pensar ser o meu
dever, principalmente para o bem e proveito da humanidade em geral.
Resolvi fazer isso, sejam quais forem as dificuldades que eu encontre,
ainda que muitas e grandes.
4. Resolvi nunca fazer qualquer coisa, quer por meio da alma, quer por
meio do corpo, nada mais, nada menos, que não glorifique a Deus; nem
ser, nem sujeitar-me a tal coisa, se puder evitá-la.
6. Resolvi que enquanto estiver vivo, viverei com todas as minhas forças.
7. Resolvi nunca fazer qualquer coisa da qual eu devesse ter medo, caso
esteja vivendo a última hora de minha vida.
10. Resolvi que ao sentir dor, pensarei nas dores do martírio e do inferno.
11. Resolvi que, ao pensar em qualquer problema teológico que precise ser
esclarecido, farei imediatamente o que puder para esclarecê-lo, caso as
circunstâncias não me impeçam de fazê-lo.
12. Resolvi que se eu sentir nisso deleite, como uma gratificação para o
orgulho, para a vaidade ou para algo parecido, de imediato o eliminarei.
17. Resolvi que viverei do modo como desejaria ter vivido se estivesse no
meu leito de morte.
18. Resolvi viver, em todo o tempo, da forma como acredito ser melhor,
conforme os padrões de devoção que desenvolvo nos momentos em que
tenho noções mais claras sobre o evangelho e o mundo vindouro.
19. Resolvi jamais fazer qualquer coisa da qual eu deva ter medo, no caso de
não restar mais do que uma hora para eu ouvir a última trombeta.
21. Resolvi jamais fazer algo que se eu visse em outra pessoa, consideraria
como uma justa ocasião para desprezá-la ou pensar mal dela.
22. Resolvi esforçar-me por obter toda a felicidade possível para mim no
mundo vindouro, com todo o poder, vigor e com toda a veemência e
impetuosidade de que sou capaz ou possa ter; de todos os modos que eu
puder imaginar.
27. Resolvi nunca me omitir em nada de livre vontade, a menos que essa
omissão traga glória a Deus, e examinar minhas omissões
freqüentemente.
29. Resolvi jamais considerar como uma oração, nem deixar passar
despercebido um pedido de oração feito de uma forma que me impeça
de esperar que Deus responda. Também não aceitarei como confissão
algo que não possa esperar que Deus aceite.
31. Resolvi nunca dizer coisa alguma contra alguém, exceto quando tal
coisa se achar em pleno acordo com a mais elevada dignidade cristã e
amor para com a humanidade, e em pleno acordo com o grau mais
elevado de humildade e senso de meus próprios erros e falhas, bem
como em pleno acordo com a Regra de Ouro, de tratar os outros como
queremos ser tratados; e, sempre que disser qualquer coisa contra
alguém, resolvi examiná-la rigorosamente à luz desta resolução.
34. Resolvi não falar coisa alguma que não seja a pura e simples verdade.
35. Resolvi que todas as vezes que minha serenidade e tranqüilidade forem
perturbadas pelo fato de questionar se cumpri todo meu dever,
avaliarei meu questionamento e, depois, verificarei como tal problema
foi resolvido (18 de dezembro 1722).
36. Resolvi jamais falar mal de alguém, a menos que tenha um motivo
especificamente bom para isso (19 de dezembro de 1722).
37. Resolvi indagar todas as noites, quando estiver indo para a cama, em
que fui negligente, que pecado cometi e em que situações neguei a mim
mesmo; e fazer o mesmo ao final de cada semana, mês e ano (22 e 26 de
dezembro de 1722).
38. Resolvi jamais dizer qualquer coisa que seja ridícula ou motivo de
risadas, no dia do Senhor (Noite de domingo, 23 de dezembro de 1722).
41. Resolvi perguntar a mim mesmo, ao final de cada dia, semana, mês e
ano, em que aspecto poderia ter me saído melhor (11 de janeiro de
1723).
43. Resolvi que a partir de hoje, até que eu morra, nunca mais agirei como
se, de algum modo, pertencesse a mim mesmo, mas, como se
pertencesse inteiramente a Deus, de acordo com a disposição em mim
encontrada em 12 de janeiro de 1723, sábado.
44. Resolvi que nenhum outro objetivo que não seja religioso terá qualquer
influência sobre minhas ações, e que, em circunstância alguma,
nenhuma ação que não possua propósitos religiosos será concretizada
(12 de janeiro de 1723).
47. Resolvi esforçar-me ao máximo para rejeitar qualquer coisa que não
esteja em conformidade com um temperamento bom, universalmente
doce, benevolente, quieto, pacífico, satisfeito, afável, compassivo,
generoso, humilde, manso, modesto, submisso, amável, diligente,
trabalhador, caridoso, justo, paciente, moderado, perdoador e sincero.
E resolvi fazer, em todas as ocasiões, o que tal temperamento me leve a
fazer e analisar rigorosamente se tenho feito isso, todas as semanas
(Manhã do dia do Senhor, 5 de maio de 1723).
50. Resolvi que agirei da forma que julgar ser a melhor e a mais prudente
quando chegar ao mundo vindouro (5 de julho de 1723).
51. Resolvi que agirei, em todos os sentidos, como penso que desejaria ter
agido se me achasse numa situação de condenação eterna (8 de julho de
1723).
52. Freqüentemente ouço as pessoas idosas dizerem como teriam vivido, se
pudessem voltar ao início de sua vida novamente. Resolvi que viverei da
forma como desejarei ter vivido no caso de chegar a uma idade
avançada (8 de julho de 1723).
54. Sempre que eu ouvir um elogio a qualquer pessoa, sobre algo que creio
que também seria louvável em mim, resolvi que me esforçarei para
imitá-la (8 de julho de 1723).
55. Resolvi me esforçar ao máximo para agir como creio que agiria, caso já
tivesse visto a felicidade celestial e os tormentos do inferno (8 de julho
de 1723).
56. Resolvi nunca ceder, o mínimo que seja, para diminuir minha luta
contra minhas corrupções, por mais mal-sucedido que eu venha a ser.
60. Resolvi que me sujeitarei à mais rígida análise todas as vezes em que
meus sentimentos começarem a parecer um pouco desordenados,
quando eu estiver ciente da menor preocupação interior ou da menor
irregularidade exterior (4 e 13 de julho de 1723).
61. Resolvi não ceder à desatenção, a qual percebo que deixa minha mente
à vontade e relaxada, impedindo-a de manter-se plena e
definitivamente inclinada à fé; seja qual for a desculpa que eu tenha
para essa falta de atenção — a fim de que minha mente me incline a
fazer o melhor a ser feito (21 de maio e 13 de julho de 1723).
62. Resolvi jamais fazer coisa alguma além do meu dever; e então, de
acordo com Efésios 6.6-8, fazer o que é minha obrigação, com
disposição e alegria, “como ao Senhor e não como a homens, certo de
que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do
Senhor” (25 de junho e 13 de julho 1723).
63. Supondo que jamais tenha existido um único indivíduo no mundo que,
ao mesmo tempo, pudesse ser inerentemente um cristão completo,
com um caráter correto em todos os sentidos, que mantivesse o seu
Cristianismo sempre brilhando com verdadeiro esplendor e que
parecesse excelente e amável em todos os aspectos observáveis de seu
caráter, resolvi agir como deveria agir, se eu lutasse com todas as
minhas forças para ser esse cristão em meu tempo (14 de janeiro e 3 de
julho de 1723).
64. Resolvi que ao encontrar aqueles “gemidos inexprimíveis” dos quais o
apóstolo fala (Rm 8.26) e aquela alma consumida “por desejar
incessantemente” os juízos de Deus, a qual o salmista descreve (Sl
119.20), usarei todo o meu vigor para promovê-los e não me cansarei
de me esforçar, com sinceridade, para dar expressão aos meus desejos,
nem me cansarei de repetir tal sinceridade (23 de julho e 10 de agosto
de 1723).
65. Resolvi me exercitar nisto durante toda a minha vida, com toda a
franqueza que é possível, ou seja, em declarar meus caminhos a Deus e
abrir a minha alma a Ele: todos os meus pecados, tentações,
dificuldades, tristezas, medos, esperanças, desejos e tudo em cada
circunstância. Tal como o Dr. Manton diz em seu 27o sermão, baseado
no Salmo 119 (26 de julho e 10 de agosto, 1723).
67. Resolvi, após passar por situações aflitivas, que avaliarei em que elas
me tornaram melhor; que bem tirei delas e o que eu poderia ter
aproveitado das mesmas.
68. Resolvi confessar a mim mesmo, com franqueza, tudo o que eu achar
em mim mesmo, tanto os pecados quanto as fraquezas, e se essas coisas
estiverem relacionadas à minha religiosidade, resolvo confessar tudo a
Deus e implorar pela necessária ajuda dele. Dia 23 de julho e 10 de
agosto de 1723.
69. Resolvi sempre fazer tudo aquilo que eu certamente desejaria ter feito,
quando eu vir isto sendo feito por outras pessoas (11 de agosto de
1723).
70. Que haja algo de benevolente em tudo o que eu falar (17 de agosto,
1723).
NOTAS
PREFÁCIO
1. VAUGHN, David. A Divine Light: The Spiritual Leadership of Jonathan
Edwards. Nashville: Cumberland House, 2007. p.156.
CAPÍTULO 1
1. LLOYD-JONES, D. Martyn. Os Puritanos, Suas Origens e Seus Sucessores.
São Paulo, SP: PES, 1993.
2. GERSTNER, John. Jonathan Edwards: A Mini-Theology. Morgan, Pa.: Soli
Deo Gloria, 1987, 1996. p.13.
3. BEEKE, Joel R.; Pederson, Randall J.. Meet the Puritans. Grand Rapids:
Reformation Heritage Books, 2006. p. 204.
4. GERSTNER, John. Jonathan Edwards: A Mini-Theology. Morgan, Pa.: Soli
Deo Gloria, 1987, 1996. p.13.
5. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p.1.
6. WARFIELD, Benjamin B. The Works of Benjamin B. Warfield. Grand
Rapids: Baker, 1991. p. 9:515.
7. KUIPER, B. K. The Church in History. Grand Rapids: Eardmans, 1951. p.
419.
8. NOLL, Mark . “Jonathan Edwards” in Evangelical Dictionary of Theology.
Elwell, Walter A. (Ed.). Grand Rapids: Baker, 1984. p.366.
9. NICHOLS, Stephen J. “Jonathan Edwards: His Life and Legacy” in A God-
Entranced Vision of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. Piper
John; Taylor, Justin (Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 43.
10. NOLL, Mark . “Jonathan Edwards” in Evangelical Dictionary of
Theology. Elwell, Walter A. (Ed.). Grand Rapids: Baker, 1984. p.366.
11. DANIEL, Curt. The History and Theology of Calvinism. Dallas, TX:
Scholarly Reprints, 1993. p. 99.
12. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p.1.
13. SPROUL, R. C.. Book jacket. The Freedom of the Will. Morgan, Pa.: Soli
Deo Gloria, 1996.
14. RAMSEY, Paul. “Editor’s Introduction” in Edwards, Jonathan. Freedom
of the Will. New Haven, Conn./London: Yale University Press, 1957, 1985.
p. 2.
15. Para informações adicionais, veja Dodds, Elisabeth D. Marriage to a
Difficult Man: The Uncommon Union of Jonathan and Sarah Edwards.
Philadelphia: Westminster Press, 1976. p. 202-214.
16. HOUGHTON, S. M.. Sketches from Church History. Edinburgh: Banner
of Truth Trust, 1980, 2001. p.182.
17. PEARSE, Meic. The Age of Reason: From the Wars of Religion to the
French Revolution. Grand Rapids: Baker, 2006. p. 342.
18. STOUT, Harry S. apud Nichols, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided
Tour of His Life and Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 17.
19. LLOYD-JONES, D. Martyn. Os Puritanos, Suas Origens e Seus
Sucessores. São Paulo, SP: PES, 1993.
20. Ibid.
21. Ibid.
22. VAUGHN, David. A Divine Light: The Spiritual Leadership of Jonathan
Edwards. Nashville: Cumberland House, 2007. p. 144.
23. NICHOLS, Stephen J.. “Jonathan Edwards: His Life and Legacy” in A
God-Entranced Vision of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. Piper
John; Taylor, Justin (Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 30.
24. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p 744.
25. Ibid.
26. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” apud Murray, Iain.
Jonathan Edwards: A New Biography. Edinburgh: Banner of Truth Trust,
1987. p. 35-36.
27. Ibid.
28. EDWARDS, Jonathan. Apud Larsen, Dale; Larsen, Sandy. Jonathan
Edwards: Renewed Heart. Downers Grove, Ill.: InterVarsity, 2002. p. 8.
29. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 5.
30. MARSDEN, George. “Biography” in The Cambridge Companion to
Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New York:
Cambridge University Press, 2007. p. 25.
31. PACKER, J. I.. “The Glory of God in the Reviving of Religion” in A God-
Entranced Vision of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. PIPER,
John; TAYLOR, Justin (Eds.). Wheaton, IL: Crossway, 2004. p. 84.
32. Ibid.
33. LANE, Tony. A Concise History of Christian Thought. Grand Rapids:
Baker, 2006. p. 188.
34. OLSON, Roger E. História da Teologia Cristã. São Paulo, SP: Editora
Vida, 2000.
35. Ibid.
36. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 40.
37. KUIPER, B. K. The Church in History. Grand Rapids: Eardmans, 1951.
p.420.
38. HOLMES, Stephen R. “A Mind on Fire” in Christian History. Issue 77,
2003 apud Nichols, Stephen J.
39. EDWARDS, Jonathan. “A Faithful Narrative of the Surprising Work of
God” in The Works of Jonathan Edwards. V. 4: The Great Awakening. Goen,
C. C. (Ed.). New Haven, Conn.: Yale University Press, 1972. p. 151.
40. KUIPER, B. K. The Church in History. Grand Rapids: Eardmans, 1951. p.
420.
41. SHELLEY, Bruce L.. “The Great Awakening” in The New International
Dictionary of the Christian Church. Douglas, J. D. (Ed.). Grand Rapids:
Zondervan, 1974, 1978. p. 429.
42. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 222.
43. EDWARDS, Jonathan. “The Distinguishing Marks of a Work of the Spirit
of God” in The Woks of Jonathan Edwards. V. 4. London: Yale University
Press. p. 54
44. STORMS, Samuel. Signs of the Spirit: An Interpretation of Jonathan
Edwards’ Religious Affections. Wheaton, Ill.: Crossway 2007. p. 21.
45. BEEKE, Joel R. ; Pederson, Randall J.. Meet the Puritans. Grand Rapids,
MI: Reformation Heritage Books, 2006. p. 226.
46. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided Tour of His Life and
Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p.580.
47. MARSDEN, George. “Biography” in The Cambridge Companion to
Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New York:
Cambridge University Press, 2007. p.33.
48. Ibid.
49. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided Tour of His Life and
Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 60.
50. DEVER, Mark in “How Jonathan Edwards Got Fired, and Why It’s
Important for us Today” in Nichols, Stephen J.. in A God-Entranced Vision
of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. Piper, John; Taylor, Justin
(Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 133.
51. EDWARDS, Jonhathan apud Nichols, Stephen J.. Jonathan Edwards: A
Guided Tour of His Life and Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p.61.
52. DEVER, Mark in “How Jonathan Edwards Got Fired, and Why It’s
Important for us Today” in Nichols, Stephen J.. in A God-Entranced Vision
of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. Piper, John; Taylor, Justin
(Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 129.
53. BEEKE, Joel R.; Pederson, Randall J.. Meet the Puritans. Grand Rapids:
Reformation Heritage Books, 2006. p.203.
54. EDWARDS, Jonathan apud Dodds, Elisabeth D.. Marriage to a Difficult
Man: The Uncommon Union of Jonathan and Sarah Edwards. Philadelphia:
Westminster Press, 1976. p.160.
55. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in Edwards, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. 178.
56. NOLL, Mark . “Jonathan Edwards” in Evangelical Dictionary of
Theology. Elwell, Walter A. (Ed.). Grand Rapids: Baker, 1984. p. 366.
57. PIPER, John. A Paixão de Deus por sua Glória: Vivendo a Visão de
Jonathan Edwards. São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2008.
CAPÍTULO 2
1. PIPER, John. A Paixão de Deus por sua Glória: Vivendo a visão de
Jonathan Edwards. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2008. p. 52.
2. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in EDWARDS, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. xi.
3. Ibid.
4. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 741.
5. Ibid.
6. LESSER, M. X.. Reading Jonathan Edwards: An Annotated Bibliography in
Three Parts, 1729-2005. Grand Rapids/Cambridge: Eerdmans, 2008. p. 245.
7. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 5.
8. EDWARDS, Jonathan. The Works of Jonathan Edwards. V. 14, Sermons
and discourses, 1723-1729. Minkema, Kenneth P. (Ed.). New Haven, Conn.:
Yale University Press, 1997. p. 60-66.
9. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Woks of Jonathan Edwards.
London: Yale University Press. V. 16. p. 759.
10. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in EDWARDS, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. xxiv.
11. STORMS, Samuel. Signs of the Spirit: An Interpretation of Jonathan
Edwards’ Religious Affections. Wheaton, Ill.: Crossway 2007. 217.
12. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 11.
13. Ibid.
14. MURRAY, Iain. Jonathan Edwards: A New Biography. Edinburgh:
Banner of Truth Trust, 1987. p. 42.
15. MINKEMA, Kenneth P.. “Personal Writings” in The Cambridge
Companion to Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New
York: Cambridge University Press, 2007. p. 40.
16. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 741.
17. Ibid. p. 742.
18. As virtudes de Benjamim Franklin estão listadas em sua autobiografia.
Essa obra foi originalmente publicada em Paris como Memoires De La Vie
Privee, um ano após a morte de Franklin. Foi publicada dois anos depois, em
inglês, como The Private Life of the Late Benjamin Franklin, LL.D (1793).
Hoje é conhecida como The Autobiography of Benjamin Franklin e no Brasil,
como A Autobiografia de Benjamin Franklin.
19. FRANKLIN, Benjamin. A Autobiografia de Benjamin Franklin. Coleção
Clássicos da Democracia. São Paulo: Editora Ibrasa, 1963.
20. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 743.
21. Ibid. 742-743.
22. MINKEMA, Kenneth P.. “Personal Writings” in The Cambridge
Companion to Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New
York: Cambridge University Press, 2007. p. 40.
23. Ibid.
24. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 741.
25. MINKEMA, Kenneth P.. “Personal Writings” in The Cambridge
Companion to Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New
York: Cambridge University Press, 2007. p. 40.
26. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 50.
27. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p, 743.
28. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 5.
29. MURRAY, Iain. Jonathan Edwards: A New Biography. Edinburgh:
Banner of Truth Trust, 1987. p. 42.
30. GURA, Philip F.. Jonathan Edwards: America’s Evangelical. New York:
Hill and Wang, 2005. p. 31.
31. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 741.
32. Ibid.
33. Ibid.
34. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 5.
35. SCHAFER, Thomas A.. “Editor’s Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 13. The Miscellanies (Entry Nos. 1-z, aa-zz, 1-500). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1996. p. 39.
36. Ibid.
37. GONZALEZ, Justo L. Uma História Ilustrada do Cristianismo. V. 3. Da
Reforma Protestante ao Século XX. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
38. NOLL, Mark. “Jonathan Edwards, Moral Philosophy and the
Secularization of American Christian Thought” in Reformed Journal, 33.
February 1983. p. 26.
39. PACKER, J. I. “The Glory of God in the Reviving of Religion” in A God-
Entranced Vision of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. PIPER,
John; TAYLOR, Justin (Eds.). Wheaton, IL: Crossway, 2004. p. 86.
40. MORRIS, William S.. The Young Jonathan Edwards: A Reconstruction.
Eugene, Ore.: Wipf & Stock, 2005. p. 44.
41. “The Shorter Catecism” in The Westminster Confession of Faith.
Atlanta: Committee for Christian Education & Publicaion, 1990. p. 3
42. Ibid.
43. MORRIS, William S.. The Young Jonathan Edwards: A Reconstruction.
Eugene, Ore.: Wipf & Stock, 2005. p. 44.
44. Ibid. 45.
45. MINKEMA, Kenneth P.. “Personal Writings” in The Cambridge
Companion to Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New
York: Cambridge University Press, 2007. p. 40.
46. Ibid.
47. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 744.
48. MURRAY, Iain. Jonathan Edwards: A New Biography. Edinburgh:
Banner of Truth Trust, 1987.
49. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 743.
50. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided Tour of His Life and
Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p.39.
51. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 743.
52. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided Tour of His Life and
Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p.39.
53. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. New Haven, Conn.: Yale University Press, 1972. p. 759.
54. Ibid. p. 765.
55. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided Tour of His Life and
Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p.39.
56. MURRAY, Iain. Jonathan Edwards: A New Biography. Edinburgh:
Banner of Truth Trust, 1987. p. 42.
57. Ibid. p. 50.
58. STORMS, Samuel. Signs of the Spirit: An Interpretation of Jonathan
Edwards’ Religious Affections. Wheaton, Ill.: Crossway 2007. p. 155.
CAPÍTULO 3
1. DEWITT, John. “Jonathan Edwards: A Study” in Biblical and Theological
Studies. Birmingham, Ala.: Solid Ground Christian Books, 1912, 2003. p.
126.
2. DANIEL, Curt. The History and Theology of Calvinism. Dallas, TX:
Scholarly Reprints, 1993. p. 99.
3. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in EDWARDS, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. xx.
4. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 10.
5. Essa verdade sobre a fraqueza do crente é ensinada em várias passagens:
João 15.5, Romanos 7.15-23; 2 Coríntios 3.5a, 12.9-10 e Gálatas 3.3; 5.17.
6. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in EDWARDS, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. xx.
7. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 760.
8. Ibid. p. 761.
9. Ibid. p. 764-765.
10. Ibid. p. 767.
11. A verdade de que o crente deve rogar a Deus para capacitá-lo a cumprir
os deveres da vida cristã é ensinada em Efésios 1.18-23, 3.20-21 e em
Colossenses 1.9-11.
12. Essa verdade da suficiência do poder de Deus, capacitando o crente a
viver a vida cristã de uma maneira que agrada a Deus é ensinada em João
15.4-5; Atos 1.8, 1 Coríntios 12.6, 15.10; 2 Coríntios 2.14, 3.5, 12.9-10;
Efésios 3.20-21, 5.18; Filipenses 1.6, 2.13 e Colossenses 1.29.
13. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in EDWARDS, Jonathan. The
Works of Jonathan Edwards. Vl. 16. “Letters and Personal Writings”. New
Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 741.
14. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided Tour of His Life and
Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 38.
15. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in EDWARDS, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. xx.
16. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16: Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 760.
17. Ibid. p. 764.
18. MORRIS, William S.. The Young Jonathan Edwards: A Reconstruction.
Eugene, Ore.: Wipf & Stock, 2005. p. 44.
19. Essa verdade fundamental é ensinada nas Escrituras em vários lugares:
Salmos 40.8, Mateus 6.10, 26.39-42; Lucas 22.42; João 4.34, 5.30, 6.38;
Atos 21.14; Romanos 12.1-2 e Colossenses 1.9.
20. STORMS, Samuel. Signs of the Spirit: An Interpretation of Jonathan
Edwards’ Religious Affections. Wheaton, Ill.: Crossway 2007. p. 182.
21. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 53.
22. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16: Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 762.
23. Ibid.
24. VAUGHN, David. A Divine Light: The Spiritual Leadership of Jonathan
Edwards. Nashville: Cumberland House, 2007. p. 32.
25. Essa ênfase na busca da glória de Cristo em todas as coisas é asseverada
em toda a Escritura: Mateus 17.5; João 5.23, 13.31-32; Romanos 1.4-5; 1
Coríntios 15.28, Filipenses 2.9-11 e Colossenses 1.18.
26. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards: A Guided Tour of His Life and
Thought. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 156.
27. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 10.
28. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 729.
29. Ibid. p. 760.
30. Ibid. p. 761.
31. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 800.
32. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in EDWARDS, Jonathan. The
Works of Jonathan Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New
Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 741.
33. Ibid. p.
34. DANIEL, Curt. The History and Theology of Calvinism. Dallas, TX:
Scholarly Reprints, 1993. p. 99.
35. Esse princípio de auto-análise para o crente é ensinado nas seguintes
passagens: Salmos 17.3, 26.2, 139.23-24; Provérbios 4.23; 1 Coríntios
11.28; 2 Coríntios 13.5 e Gálatas 6.4.
36. NICHOLS, Stephen J.. Jonathan Edwards’ Resolutions and Advice to
Young Converts. Phillipsburg, N. J.: P&R, 2001. p. 11.
37. Gerstner, John H. The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards.
V. 1. Powhatan, Va.: Berea Publications, 1991. p. 13.
38. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 760.
39. Ibid. p. 772.
CAPÍTULO 4
1. BOICE, James Montgomery; Ryken, Philip Graham. The Doctrines of
Grace: Rediscovering the Evangelical Gospel. Wheaton, IL: Crossway Books,
2002. p. 49.
2. EDWARDS, Jonathan. “Dissertation on the End for Which God Created
the World” in The Works of Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of
Truth Trust, 1834, 1979. p. 119.
3. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 795.
4. GURA, Philip F.. Jonathan Edwards: America’s Evangelical. New York: Hill
and Wang, 2005. p. 31.
5. The New Shorter Oxford English Dictionary. Oxford/New York: Oxford
University Press, 1933, 1993. V. 2. p. 2563-2564.
6. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”. New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1998. p. 741.
7. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in EDWARDS, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. xi.
8. Ibid. p. xxiii.
9. VAUGHN, David. A Divine Light: The Spiritual Leadership of Jonathan
Edwards. Nashville: Cumberland House, 2007. p. 203.
10. DWIGHT, Sereno E.. “Memoir” in EDWARDS, Jonathan. The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1974. p. xxiii.
11. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 763.
12. Ibid.
13. HOLMES, Stephen R.. God of Grace and God of Glory: An Account of the
Theology of Jonathan Edwards. Grand Rapids: Eerdmans, 2000, 2001. p. 12.
14. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 770.
15. Ibid. p. 775-776.
16. Ibid. p. 778.
CAPÍTULO 5
1. VAUGHN, David. A Divine Light: The Spiritual Leadership of Jonathan
Edwards. Nashville: Cumberland House, 2007. p. 153.
2. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 45.
3. MURRAY, Iain. Jonathan Edwards: A New Biography. Edinburgh: Banner
of Truth Trust, 1987. p. 41.
4. Ibid. p. 42.
5. Ibid.
6. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 45.
7. Ibid.
8. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 796.
9. Ibid.
10. Ibid.
11. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 769.
12. Ibid. p. 761.
13. Ibid. p. 765.
14. Ibid. p. 767.
15. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. Claghorn George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 803.
16. Ibid. p. 802.
17. Ibid. p. 803.
18. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 766.
19. Ibid.
20. Ibid. 777.
21. Ibid. 764.
22. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 56.
23. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 776.
24. Ibid. p. 775.
25. Ibid. p. 761.
26. Ibid. p. 778.
27. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 802.
CAPÍTULO 6
1. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 490.
2. WHITNEY, Donald S.. “Pursuing a Passion for God Through Spiritual
Disciplines: Learning from Jonathan Edwards” in A God-Entranced Vision
of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. Piper, John; Taylor, Justin
(Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 123-124.
3. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 51.
4. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 783.
5. Ibid. p. 761.
6. Ibid. p. 780.
7. Ibid. p. 784.
8. Ibid. p. 774.
9. Ibid. p. 761.
10. Ibid. p. 769.
11. STEIN, Stephen J.. “Introduction” in EDWARDS, Jonhathan. The Works
of Jonathan Edwards. V. 5. Apocalyptic Writings. New Haven, Conn.: Yale
University press, 1977. p. 1.
12. GERSTNER, John H. The Rational Biblical Theology of Jonathan
Edwards. V. 1. Powhatan, Va.: Berea Publications, 1991. p. 484.
13. Ibid.
14. EDWARDS, Jonathan. The Works of Jonathan Edwards. V. 9. A History
of the Work of Redemption. Wilson, John F. (Ed.). New Haven, Conn.: Yale
University Press, 1989. p. 494-495.
15. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 768.
CAPÍTULO 7
1. PIPER, John. A Paixão de Deus por sua Glória: Vivendo a visão de
Jonathan Edwards. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2008.
2. CLAGHORN, George S.. “Introduction” in EDWARDS, Jonathan. The
Works of Jonathan Edwards. V. 16. “Letters and Personal Writings”.
Claghorn, George S. (Ed.). New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p.
741.
3. Ibid.
4. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 792.
5. GURA, Philip F.. Jonathan Edwards: America’s Evangelical. New York: Hill
and Wang, 2005. p. 33.
6. Ibid. p. 35.
7. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p.53.
8. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 764.
9. Ibid. p. 767.
10. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 251.
11. Ibid. p. 51.
12. PIPER, John. A Paixão de Deus por sua Glória: Vivendo a visão de
Jonathan Edwards. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2008.
13. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 784-785.
14. Ibid. p. 785.
15. Ibid. p. 772.
16. Ibid. p. 786.
17. Ibid. p. 761.
18. Ibid. p. 763.
19. Ibid. p. 789.
20. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 133.
21. PIPER, John. A Paixão de Deus por sua Glória: Vivendo a visão de
Jonathan Edwards. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2008.
22. WHITNEY, Donald S.. “Pursuing a Passion for God through Spiritual
Disciplines: Learning from Jonathan Edwards” in A God-Entranced Vision
of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. PIPER, John; TAYLOR,
Justin (Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 110.
23. HAYKIN, Michael A. G.. A Sweet Flame: Piety in the Letters of Jonathan
Edwards. Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2007. p. 5.
24. Ibid. p. 7.
25. HOPKINS, Samuel. “The Life and Character of the Late Reverend Mr.
Jonathan Edwards” in Jonathan Edwards: A Profile. Levin, David (Ed.). New
York: Hill and Wang, 1969. p. 40-41.
26. HAYKIN, Michael A. G.. A Sweet Flame: Piety in the Letters of Jonathan
Edwards. Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2007. p. 4.
27. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 785-786.
28. Ibid. p. 779.
29. Ibid. p. 801.
30. Ibid. p. 797.
31. Ibid. p. 779.
32. Ibid. p. 780.
33. HOPKINS, Samuel. “The Life and Character of the Late Reverend Mr.
Jonathan Edwards” in Jonathan Edwards: A Profile. Levin, David (Ed.). New
York: Hill and Wang, 1969. p. 39.
34. HAYKIN, Michael A. G.. A Sweet Flame: Piety in the Letters of Jonathan
Edwards. Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2007. p. 6.
35. WHITNEY, Donald S.. “Pursuing a Passion for God through Spiritual
Disciplines: Learning from Jonathan Edwards” in A God-Entranced Vision
of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. PIPER, John; TAYLOR,
Justin (Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 113.
36. Ibid.
37. HAYKIN, Michael A. G.. A Sweet Flame: Piety in the Letters of Jonathan
Edwards. Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2007. p. 6.
38. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 797.
39. Ibid. p. 789.
40. WHITNEY, Donald S.. “Pursuing a Passion for God through Spiritual
Disciplines: Learning from Jonathan Edwards” in A God-Entranced Vision
of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. PIPER, John; TAYLOR,
Justin (Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 115.
41. Ibid. p. 114.
42. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 769.
43. “A Resolução da Quarta-feira” foi o apelido que Edwards deu à resolução
16. Veja capítulo 8.
44. Ibid. p. 770-771.
45. WHITNEY, Donald S.. “Pursuing a Passion for God through Spiritual
Disciplines: Learning from Jonathan Edwards” in A God-Entranced Vision
of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. PIPER, John; TAYLOR,
Justin (Eds.). Wheaton, Ill.: Crossway, 2004. p. 115-116.
46. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 769.
47. Ibid. p. 759.
48. Ibid. p. 760.
49. Ibid.
50. Ibid. p. 759.
51. Ibid. p. 760.
CAPÍTULO 8
1. SPROUL, R. C.. “Foreword” in Altogether Lovely: Jonathan Edwards on
the Glory and Excellency of Jesus Crist. Morgan, Pa: Soli Deo Gloria, 1997.
p. v.
2. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 37.
3. PACKER, J. I.. “The Glory of God in the Reviving of Religion” in A God-
Entranced Vision of All Things: The Legacy of Jonathan Edwards. PIPER,
John; TAYLOR, Justin (Eds.). Wheaton, IL: Crossway, 2004. p. 82.
4. DODDS, Elisabeth D.. Marriage to a Difficult Man: The Uncommon Union
of Jonathan and Sarah Edwards. Philadelphia: Westminster Press, 1976. p.
71.
5. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. Claghorn, George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 799.
6. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 779.
7. Ibid. p. 788.
8. MINKEMA, Kenneth P.. “Personal Writings” in The Cambridge
Companion to Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New
York: Cambridge University Press, 2007. p. 42.
9. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 780-781.
10. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 36-37.
11. Ibid. p. 37.
12. Ibid. p. 38.
13. Ibid.
14. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.). New
Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 779-780.
15. Ibid. p. 774.
16. Ibid. p. 787.
17. Ibid. p. 769.
18. MINKEMA, Kenneth P.. “Personal Writings” in The Cambridge
Companion to Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New
York: Cambridge University Press, 2007. p. 770.
19. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V.
16. Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.). New
Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 770
20. Ibid. p. 787.
21. Ibid. p. 768.
22. Ibid. p. 777.
23. Ibid. p. 787. A palavra “copiam”, que aparece em colchetes nessa citação
está no lugar de “espreitam”, que é usada na edição de Yale. A palavra
“copiam” aparece na edição da Banner of Truth Trust, na obra The Works of
Jonathan Edwards. V. 1. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1834, 1979. p.
xxxv.
24. Ibid. p. 785.
25. Ibid. p. 768.
26. Ibid. p. 779.
CAPÍTULO 9
1. LLOYD-JONES, D. Martyn. Os Puritanos, Suas Origens e Seus Sucessores.
PES, São Paulo, SP.
2. VALERI, Mark. “Self-Examination and the Lord’s Supper” in Edwards,
Jonathan. The Works of Jonathan Edwards. V. 17. Sermons and Discourses,
1730-1733. New Haven, Conn.: Yale University Press, 1999. p. 262.
3. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 759.
4. Ibid. p. 779.
5. MARSDEN, George. “Biography” in The Cambridge Companion to
Jonathan Edwards. Stein, Stephen J. (Ed.). Cambridge/New York:
Cambridge University Press, 2007. p. 22.
6. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 788.
7. EDWARDS, Jonathan. “Personal Narrative” in The Works of Jonathan
Edwards. V. 16. Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.).
New Haven, Conn.: Yale University Press, 1998. p. 796.
8. Ibid.
9. EDWARDS, Jonathan. “Diary” in The Works of Jonathan Edwards. V. 16.
Letters and Personal Writings. CLAGHORN, George S. (Ed.). New Haven,
Conn.: Yale University Press, 1998. p. 761-762.
10. Ibid. p. 787.
11. Ibid. p. 789.
12. Ibid. p. 783.
13. Ibid. p. 781.
CONCLUSÃO
1. MARSDEN, George. Jonathan Edwards: A Life. New Haven,
Conn./London: Yale University Press, 2003. p. 50.
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