Tese3 Zé PDF
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AVALIAÇÃO DAS
CARACTERÍSTICAS
ISOTÓPICAS E MOLECULARES
ATRAVÉS DE MARCADORES
GEOQUÍMICOS DAS FONTES E
DISTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA
ORGÂNICA SEDIMENTAR NA
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
SALVADOR BAHIA
2015
A
Documento preparado com o sistema L TEX.
Documento elaborado com os recursos grácos e de informática do CPGG/UFBA
-6
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ISOTÓPICAS E
MOLECULARES ATRAVÉS DE MARCADORES
GEOQUÍMICOS DAS FONTES E DISTRIBUIÇÃO DE
MATÉRIA ORGÂNICA SEDIMENTAR NA BAÍA DE TODOS
OS SANTOS
por
TESE DE DOUTORADO
Submetida em satisfação parcial dos requisitos ao grau de
DOUTOR EM CIÊNCIAS
EM
GEOFÍSICA
ao
da
Comissão Examinadora
Aprovada em de de 2015
A presente pesquisa foi desenvolvida no Centro de Pesquisa em Geofísica e Geologia da UFBA,
com recursos próprios, da CAPES, da CNPq, CTPETRO, ANP, PETROBRAS
A Baía de Todos os Santos é a segunda maior baía brasileira localizada no Recôncavo Baiano.
ais de treze estações, num total de trinta e nove amostras, desde a Baía de Aratu até a foz do
rio Paraguaçu, tendo como objetivo avaliar a arigem da matária orgânica, sua distribuição e
a inuência antrópica. A matéria orgânica encontrada nos sedimentos marinhos das regiões
costeiras são resultado da mistura da matéria orgânica de diversas fontes, podendo apre-
sentar variação, tanto espacial quanto temporal, na contribuição relativa das fontes. Para
identicar as possíveis fontes são utilizados diversas ferramentas, que podem incluir a análise
análise elementar (EA) para determinar os percentuais de carbono orgânico total, nitrogênio
e enxofre, além das assinaturas isotópicas do carbono e nitrogênio das matéria orgânica total.
os dezesseis HPAs listados como prioritários pela USEPA, foram também identicados os
massa de razão isotópica (GC-C-IRMS). Os valores de COT caram entre (0,6% e 1,8%); os
valores do N variaram entre (0,10% e 0,30%); os valores para o S caram entre (0,1 e 0,4)%
o teor de carbonato cou entre (20 e 77)%; os valores obtidos para o δ 13 C caram entre
o
(-23,0 a -19,4)oo e para o δ 15 N o
(3,5 a 7,1)oo . Os valores obtidos para o somatório dos HPAs
cas e mistura pirogênica/petrogênica. Os valores para o somatório dos alcanos, por estação
variaram entre (739 a 5489) ng/g. Nas análises isotópica dos n-alcanos n-C16 a n-C33,os
o
valores caram entre (-37 e -12)oo . Os resultados apresentados indicam que a Baía de Todos
de vista molecular e isotópico, com componente de mistura variável entre as fonte, marinha,
plantas e esgoto.
5
6 Resumo
Abstract
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xxxxxxxxx
7
8 Abstract
Índice
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Abstract . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Índice de Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Índice de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1 Revisão Bibliográca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.1.1 n-Alcanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.1 Amostragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.3.1 GC-MS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.3.2 GC-C-IRMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3 Resultados e Discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
9
10 Índice
3.3 n-Alcanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Referências Bibliográcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Índice de Tabelas
C.1 Valores obtidos para os HPAs das estações E01, E02 e E03, resultados expres-
C.2 Valores obtidos para os HPAs das estações E04, E05 e E06, resultados expres-
C.3 Valores obtidos para os HPAs das estações E07, E09 e E10, resultados expres-
C.4 Valores obtidos para os HPAs das estações E11, E12 e E13, resultados expres-
C.5 Valores obtidos para os HPAs da estação E14, resultados expressos em ng/g
de massa seca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
D.1 Valores obtidos para os n-alcanos das estações E01, E02, E03, resultados
D.2 Valores obtidos para os n-alcanos das estações E04, E05, E06, resultados
D.3 Valores obtidos para os n-alcanos das estações E07, E09, E10, resultados
11
12 Índice de Tabelas
D.4 Valores obtidos para os n-alcanos das estações E11, E12, E13, resultados
E.1 Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E01, E02 e E03 resultados
E.2 Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E04, E05 e E06 resultados
E.3 Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E07, E09 e E10 resultados
E.4 Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E11, E12 e E13 resultados
relação ao VPDB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Índice de Figuras
1.1 Estruturas dos 16 HPAs denidos como poluentes prioritérios pela USEPA.
de reação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.14 PCA envolvendo as variáveis obtidas por análise elementar, variância acumu-
lada 78,7% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
13
14 Índice de Figuras
3.16 (a)Todos Apresenta o PCA envolvendo as razões isotópicas dos n-alcanos C16
razões isotópicas dos n-alcanos onde foram usados apenas os n-alcanos com
PCA envolvendo as razões isotópicas dos n-alcanos onde foram usados apenas
Muitas vezes os danos causados pelo homem ao planeta retornam para ele de forma indireta,
seja pelas mudanças climáticas causadas pelas emissões dos gases responsáveis pelo efeito
estufa, ou pela ingestão de água ou alimentos impróprios para o consumo, devido à conta-
minação do solo, rios e mares, devido à má gestão dos resíduos sólidos e a baixa eciência
nos sistemas de tratamento de euentes ou sua total inexistência. Nas últimas décadas a
comunidade cientíca tem dado grande atenção às causa e efeitos da poluição dos oceanos,
devido à quantidade e variedade de poluentes que são lançados diretamente nos oceanos
todos os dias ou nos rios que têm como destino nal o mar.
Os rios e os ventos são responsáveis pelo transporte da maior parte do carbono de origem
terrígena encontrado nos oceanos (Birgel et al., 2004), sendo muito importante no ciclo de
carbono global, tendo um papel fundamental nos ciclo biogeoquímico e na capacidade dos
Neste contexto, os sedimentos são uma importante ferramenta nos estudos ambientais
ção contínua de novas camadas, aprisiona e mantém protegidas as camadas mais antigas.
Neste processo, a matéria orgânica, os metais e outros tipos de poluente, podem ser xados,
somente uma pequena quantidade da matéria orgânica que chega ao ambiente é preservada
A matéria orgânica encontrada nos sedimentos marinhos das regiões costeiras são resul-
tado da mistura da matéria orgânica de diversas fontes, podendo apresentar variação, tanto
espacial quanto temporal, na contribuição relativa das fontes. Entre as principais fontes
15
16 Introdução
terrígena, marinha, atmosférica e antropogênica (Volkman et al., 2007; Xu et al., 2006; Wa-
orgânica nos sedimentos é fundamental para o entendimento dos ciclos biogeoquímicos. Con-
incertezas envolvidas, seja devido à variação natural na oferta de matéria orgânica ou fatores
Uma grande variedade de parâmetros podem ser utilizados no estudo das fontes da maté-
para obter informações complementares. Alguns parâmetros podem ser representativos das
características de uma fonte, mas ser pouco conclusivo em relação a outra. Parâmetros fí-
total, enquanto os parâmetros moleculares dizem respeito somente a uma pequena porção
da matéria orgânica total, a parte que foi extraída (Pancost e Boot, 2004).
possíveis fontes da matéria orgânica são utilizados biomarcadores geoquímicos que têm suas
origens conhecidas e são preservados nos sedimentos. O estudo dos biomarcadores constitui
biológicas e geológicas (Jeng et al., 2003; Lu e Zhai, 2006; Medeiros e Bícego, 2004b; Pancost
e Boot, 2004). Esses compostos apresentam diferentes capacidades de preservar sua estrutura
original durante a sedimentação. Os compostos que apresentam maior anidade com a água
são degradados mais rapidamente, sendo mais afetado na diagênese que os insolúveis em
Os sedimentos constituem uma matriz apropriada para a análise química e são reco-
suas propriedades, uma grande fração dos hidrocarbonetos é adsorvida sobre as partículas
servados no sedimento de fundo são uma ótima ferramenta no estudo histórico de possíveis
contaminações (Gearing et al., 1980; Lee, 1980). Os hidrocarbonetos apresentam boa cor-
relação com suas fonte, sendo considerados bons traçadores da origem da matéria orgânica
encontrada nos sedimentos (Meyers, 2003). As ceras das plantas terrestres, toplâncton,
de petróleo e seus derivados estão entre as possíveis fontes antrópicas dos hidrocarbonetos
cipais componentes do petróleo bruto, um dos principais poluentes em áreas costeiras. Tanto
biente marinho (Gao e Chen, 2008; Hostettler et al., 1999; Page et al., 1996; Wu et al., 2001;
pode ser utilizado para identicar sua origem, distinguindo os hidrocarbonetos alifáticos
entre biogênicos ou antropogênicos. As concentrações dos HPAs também são úteis para dife-
renciar as suas principais fontes, sendo usada principalmente para distinguir a origem como
Os n-alcanos lineares são hidrocarbonetos alifáticos que podem ter origem natural ou
antrópica, são resistentes à degradação devido a sua alta massa molar e apresentam boa
correlação com suas fontes (Cranwell, 1981; Hoefs et al., 2002; Pancost e Boot, 2004). Entre
toplâncton marinho, por exemplo, sintetiza n-alcanos, com número de carbonos, abaixo
superiores, apresentam cadeias com número de átomos de carbono cima de C23. Por outro
ímpares ou pares (Nishigima et al., 2001). Os n-alcanos são usados como indicativos de
fonte, mas a análise simples do perl de n-alcanos não é suciente por não existir n-alcanos
especícos e únicos para cada possível fonte. A análise da assinatura isotópica do carbono
dos n-alcanos possibilita uma distinção entre fontes de matéria orgânica (Wang et al., 1999;
é justicada pelo fracionamento isotópico, processo que discrimina o isótopo mais pesado
em relação ao mais leve em fenômenos físicos, químicos ou biológicos (Boutton et al., 1996;
Meyers, 2003). O efeito do fracionamento pode ser entendido pela fotossíntese, onde plantas
podem ser classicadas de acordo com o mecanismo que utilizam para xar o CO2 atmosférico
em três grupos: as plantas tipo C3, que realizam o ciclo Calvin-Benson; plantas do tipo C4
que realizam o ciclo Hatch-Slack; e as do ciclo CAM, Metabolismo Ácido das Crassuláceas. A
18 Introdução
matéria orgânica que tem origem nas plantas superiores, que seguem o ciclo C3, apresentam
entre −17o
oo e−7ooo (Meyers, 1994). As algas marinhas seguindo o ciclo C3 apresentam
também apresentam valores distintos. Os n-alcanos das plantas do ciclo C3 têm valores entre
−39o
oo e −31o
oo , as plantas do ciclo C4 têm valores entre −18o
oo e −25o
oo (Schefub et al.,
2003).
A razão isotópica dos compostos especícos pode ser usada para identicar a origem
da matéria orgânica em ambiente onde a análise do perl formado pelos n-alcanos não
é suciente, como em regiões que apresentam mais uma fonte para o mesmo composto
especíco, regiões costeira com inuencia de mangue apresentam essa característica (Sikes
et al., 2009). A razão isotópica também pode ser usada para identicar a contaminação
pela entrada de petróleo e seus derivados no ambiente (Meier-Augenstein, 1999; Philp et al.,
2002).
A Baía de Todos os santos, localizada nas bordas da terceira maior cidade brasileira,
Salvador, capital da Bahia. Sua riqueza natural, com expressiva extensão de recifes de corais,
estuários e manguezais e sua forte relação com a história do Brasil fazem da BTS um pólo
A Baía de Todos os Santos vem sendo explorada desde o século XVI, contudo, com
da baía e a degradação dos estuários trazem conseqüências aos seres humanos devido à
contaminação biota. Neste trabalho será realizado o estudo dos compostos orgânicos presente
Hipótese de trabalho
A matéria orgânica depositada na Baía de Todos os Santos é fortemente inuenciada
pela presença dos estuários que a circunda e pelas atividades humanas no seu entorno.
Os efeitos da contribuição de diferentes fontes para a matéria orgânica pode ser observada
Objetivos
O presente trabalho teve por objetivo caracterizar a matéria orgânica presente nos se-
Objetivos especícos
? Identicar as variações na matéria orgânica total depositada nos ambientes costeiros
estudados, identicando sua variação espacial por análise elementar usando o carbono, o
sentes nos sedimentos, usando-os como indicativos de poluição com a aplicação dos índices
moléculas que tem sua origem na decomposição de organismos vivos. Esses compostos de
carbono tem grande estabilidade em ambientes com baixo teor de oxigênio, como é o caso
estáveis no processo de diagênese, que é causada principalmente por agentes biológicos. Nesse
processo os agentes biológicos modicam a matéria orgânica da produção primária nos pri-
sejam catalisadas pelas superfícies de argilominerais (Harvey, 2006; Killops e Killops, 2005).
Os sedimento supercial estão na zona de transição onde matéria orgânica de origem bioló-
envolvidas, seja devido à variação natural na oferta de matéria orgânica ou fatores associa-
dos às inuencias antrópicas (Sampaio et al., 2010; Waterson e Canuel, 2008). Nas regiões
21
22 Revisão Bibliográca
sedimentação da matéria orgânica são inuenciados pela dinâmica uvial, pelo clima e pelo
geoquímicos que tem sua origem conhecida e são preservados no sedimento. O estudo dos
ambientais, climáticas, biológicas e geológicas (Jeng et al., 2003; Lu e Zhai, 2006; Medeiros
e Bícego, 2004b; Pancost e Boot, 2004). Esses compostos apresentam diferentes capacidades
tam maior anidade com a água são degradados mais rapidamente, sendo mais afetado na
alcançarem o fundo dos corpos hídricos (Medeiros et al., 2005). OS hidrocarbonetos apresen-
tam um elevado tempo de residência no ambiente, fator que está ligado principalmente ao seu
elevado peso molecular, sua baixa solubilidade e pressão de vapor, que ajudam na adsorção
destes compostos ao sedimento em suspenção; além disso, apresentam uma baixa suscetibi-
lidade a degradação quando comparada a outros compostos orgânicos, que está associado à
duos de petróleo (Daskalou et al., 2009). Desta forma, os hidrocarbonetos são encontrados
no sedimento como uma mistura de inúmeras fontes. A distinção entre origens biogênicas e
comuns que tem origem nas ceras das folhas de plantas vascularizadas incluem os n-alcanos,
plantas superiores. (Cranwell, 1981; Hoefs et al., 2002; Pancost e Boot, 2004).
1.1 Marcadores Moleculares 23
1.1.1 n-Alcanos
ser identicados em muitas espécies de plantas e animais (Xing et al., 2011; Izart et al.,
2012). Vários tipos de plantas, terrestres e marinhas, sintetizam n-alcanos com predomi-
nância de cadeias com número ímpar de carbonos (Nishigima et al., 2001). Fator que está
que normalnente tem número par de carbono (Killops e Killops, 2005). Os n-alcanos são
Os n-alcanos podem ter sua origem nas bactérias, algas, toplâncton, plantas terrestres e
animais, ou ainda, antrópica, principalmente petróleo e seus derivados (Wang et al., 1999).
organismos vivos sintetizam um número reduzido de compostos formados por carbono e hi-
drogênio (Volkman et al., 1992; Killops e Killops, 2005). Os n-alcanos originários das plantas
C21 e C35, sendo que as maiores concentrações estão associadas ao C27, C29 e C31 havendo
uma maior presença de cadeias com número ímpar de carbono comparada aos de números
pares. Os n-alcanos encontrados nos extratos das algas apresentam cadeias com números
de carbono entre C15 e C21, com maiores concentrações no C15, C17 e C19 (Eglington e
variam de C14 a C31, com picos máximos de um ou dois compostos nesta faixa. Em geral,
não é comum que ocorra o predomínio de n-alcanos pares em amostras de origem biogênica,
contudo, a predominância de estruturas C18, C20 e C22, foram atribuídos a fontes autócto-
nes como degradação bacteriana e detritos de algas (Elias et al., 1997; Ekpo et al., 2005). O
mente por n-alcanos, normais saturados de cadeia linear e de cadeia ramicada (Ludwing,
1965). Em virtude das diculdade para identicar a origem, tornou-se comum a utilização
de índices para avaliar a origem dos n-alcanos presentes em amostras de sedimento (Asia
et al., 2009; Azevedo et al., 2007; Gao et al., 2008; Jaé et al., 1995; Silva et al., 2008).
Entre os índices comunmente usados estão: a razão entre o somatório de alcanos e o C16; a
Razão Terrestre Aquático; Índice Preferencial de Carbono; a razão entre a soma dos alcanos
24 Revisão Bibliográca
A razão entre o somatório de alcanos e o C16 (ΣAlc/C16), é usada para indicar a presença
de matéria orgânica biogênica e a presença de óleo. Valores elevados desta razão, em torno de
de 15 estão associados à presença de óleo (Colombo et al., 1989; Clark e Finley, 1973).
Σn=35
i=14 [C(i)]
ΣAlc/C16 = , (1.1)
C16
A Razão Terrestre Aquático (RTA), é denida pela razão dos principais n-alcanos que
tem origem nas plantas superiores, C27, C29 e C31, e os comumente encontrados em algas,
C15, C17 e C19. Os resultados são indicativos de origem. Valores altos em sedimentos
continental pode causar elevação na concentração dos compostos de cadeia longa de origem
(Bray e Evans, 1961; Morel et al., 1991; Hong et al., 1995). Desta forma, o IPC é denido
como a razão entre o somatório das concentrações dos n-alcanos impares sobre o somatório
dos pares, valores próximos à unidade são característicos de hidrocarbonetos de origem pe-
plantas vasculares (Colombo et al., 1989). Valores intermediarios, entre 1 e 3, são atribuídos
1 C25 + C27 + C29 + C31 + C33 C25 + C27 + C29 + C31 + C33
IP C = + , (1.3)
2 C24 + C26 + C28 + C330 + C32 C26 + C228 + C30 + C332 + C34
A razão entre a soma dos alcanos de baixa massa molar e a soma dos de alta massa
molar (LMW/HMW), sugere como fonte biogênica os valores menores que a unidade, valores
indicam a presença de óleo recente (Wang et al., 2006; Gao et al., 2007).
1.1 Marcadores Moleculares 25
LM W Σn=20
i=13 [C(i)]
= k=33 , (1.4)
HM W Σj=21 [C(j)]
O estudo dos n-alcanos tem sido aplicado para identicar as fontes da matéria orgânica
elevada abundância entre a classe dos lipídeos e estabilidade estrutural, sendo a concentração
desses compostos nos sedimentos uma importante fonte de informações sobre possíveis fontes
e condições ambientais passadas (Xiao et al., 2008; Xia et al., 2008; Seki et al., 2009).
por dois ou mais anéis aromáticos, que podem ser de origem natural ou antropogênica.
et al., 2003; Wilcke et al., 2003). A quantidade de HPAs oriunda de processos naturais
ambiente. Esses contaminantes são muitas vezes hidrofóbicos e facilmente acumulados nos
organismos através das cadeias alimentares, e apresentam uma ameaça potencial para os
ecossistemas aquáticos e até mesmo para a saúde humana (Chang et al., 2002; Fang et al.,
2003; Hartmann et al., 2004; Medeiros e Simoneit, 2008; Yunker et al., 2002). Os HPAs
podem ser usados para diferenciar as origens dos hidrocarbonetos, particularmente para
1999).
Os HPAs são substâncias lipofílicas, possuindo anidade com solventes orgânicos, baixa
solubilidade em água, que são adsorvidos no sedimento e permanecem por muitos anos no
molar aumenta com o numero de anéis aromáticos que o constituem (Costa, 2001). O caráter
hidrofóbico dos HPAs é determinandes na acumulação dos HPAs nos sedimentos (Baumard
et al., 1999), sendo que alguns ecossistemas são mais afetados por apresentarem sedimetos
et al., 2001). Alguns desses compostos apresentam natureza tóxica, com características
States Environmental Protection Agency (USEPA) cita 16 HPAs como poluentes prioritários
para monitoramento, Figura 1.1, (Wang et al., 2004; Schirmer et al., 1998). A concentração e
e do processo pelo qual estes são gerados. Estas relações estão associadas aos processos
termodinâmicas, sendo caracterizado por uma maior concentração de HPAs de baixa massa
molar que apresentam até três aneis aromáticos. Na combustão as temperaturas envolvidas
são elevadas, neste caso a distribuição dos HPA passa a ser resultado de processos cinéticos,
sendo caracterizados por apresentarem HPAs com mais de quatro aneis aromáticos(Baumard
et al., 1998; Medeiros e Bícego, 2004a; Medeiros e Bícego, 2004b; Readman et al., 2002;
A análise dos HPAs de acordo com sua estabilidade é feita através de índices diagnósticos
que são usados para identicar sua fonte prioritária, podendo ser devido à queima de com-
fontes (Baumard et al., 1998). Os HPAs isômeros, em geral, são isômeros geométricos, apre-
sentando a mesma massa molecular e apresentando diferença no aranjo geométrico, esse tipo
de isomeria está ligado à presença de dupla ligação ou aneis aromáticos (Solomons e Fryhle,
Macdonald, 2003). No petróleo a formação dos HPA ocorre de forma lenta e em baixas
enquanto que seus parentais homólogos são formados a altas temperaturas, sob aquecimento
mais rápido e controlado por processos cinéticos, como acontece durante a combustão ( ). ?
1.1 Marcadores Moleculares 27
Figura 1.1: Estruturas dos 16 HPAs denidos como poluentes prioritérios pela
USEPA. (Fonte: Schimer et al., 1998)
28 Revisão Bibliográca
com massa molecular 202; Benzo(a)antraceno e Criseno, que tem massa molecular de 228;
nadas razões moleculares que representam as principais fontes com o objetivo de identicar
A análise elementar é usada para determinar a composição química de uma amostra, com
abundância dos elementos que compõe a materia orgânica (C, N, H, O, S, e P) podem fornecer
razão entre o carbono orgânico total (COT) e o nitrogênio (N) é bastante utilizada para
O uso da razão COT /N é explicada pela diferença que existe nas concentrações de
As diferenças são atribuidas aos componentes estruturais das fontes. Plantas vascularizadas
tem em sua constituição compostos ricos em carbono, como a celulose, enquanto as algas
são compostas principamente por proteinas ricas em nitrogênio (Bianchi e Canuel, 2011).
Valores de COT /N comumente encontrados para algas marinhas estão entre 4 e 8, enquanto
A razão COT/S é usada para diferenciar regiões de deposição marinha normal, em geral
oxigenada, das regiões de deposição anóxicas ou semianóxicas, desta forma a razão COT/S é
Os isótopos de um mesmo elemento químico podem participar das mesmas reações que
o isótopo mais abundante, formando compostos químicos que apresentam as mesmas carac-
terísticas. Porém, diferentes isótopos têm diferentes tamanhos e massas atômicas, e reagem
1.3 Isótopos Estáveis 29
a diferentes taxas. Processos físicos como evaporação e biológicos como a ação enzimática
equilíbrio dos isótopos mais pesados causam variações entre a composição isotópica da ma-
téria primas e seus produtos. Essa diferença é chamada de fracionamento isotópicos, sendo
pode ser causado por processo físicos, químicos ou biológicos, tendo como resultado a vari-
ação da concentração do isótopo mais pesado, e as variações estão associadas aos processos
O fracionamento isotópico pode ser explicado pelas diferenças existentes nas proprieda-
des termodinâmicas das moléculas contendo diferentes isótopos. A energia de uma molécula
(Hoefs, 2009).
sistema, se a temperatura tender a zero kelvin a energia tenderá à energia de ponto zero, a
energia mais baixa possível que um sistema físico pode assumir, ou seja, estando no estado
isótopos pesados será diferente das que não apresentam isótopos pesados. A armação está
2
ilustrada na Figura 1.2, uma consequência disso é que as moléculas de água contendo H ou
30 Revisão Bibliográca
18
O, terão taxa de mudança de estado diferente das moléculas formadas apenas por átomos
padrão adequado. Os resultados são expressos em termos do padrão pela notação delta, que
Ramostra − Rpadro
δXamostra = × 1000o
oo , (1.5)
Rpadro
adequado, sendo dado em partes por mil. A razão isotópica, um conceito importante em
estudos envolvendo isótopos, é denida como a razão entre o número de átomos mais raro,
que normalmente é mais pesado, e o número de átomos mais abundante (Fry, 2006)
Ar
Rx = . (1.6)
Aa
Os isótopos estáveis têm sido usados nas mais diversas áreas da ciência. Os primeiros
processo de fotossíntese, tendo como fonte o CO2 atmosférico. Mas somente com os trabalhos
de Wichiman (1952) e Craig (1953) foi mostrado que os xadores de CO2 são seletivos
com relação aos isótopos. A seletividade dos produtores primários depende do seu ciclo
O fracionamento causado por processos metabólicos foi identicado por Craig, (1953),
13
onde ele percebeu que plantas diferentes continham quantidades diferentes de isótopos C
embora naquela época não fosse claro a razão de tais diferenças. Além disso, foi vericado
A fotossíntese é o método pelo qual as plantas, algas e alguns tipos de bactérias trans-
formam a energia proveniente da luz solar em energia química, processo que é fundamental
1.3 Isótopos Estáveis 31
na presença de luz solar (Raven et al., 2014). As plantas, no processo metabólico, causam
fracionamento quando xam o CO2 atmosférico, que depende do ciclo metabólico realizado.
de −27o
oo em relação ao VPDB. As plantas que seguem o ciclo C4, por sua vez, apresentam
cando com valores mais elevados para o δ 13 C , que podem variar entre (−17 a −9)o
oo e
média de −13o
oo (Meyers, 1994). As plantas CAM, fracionam o carbono inorgânico em até
−20o
oo , sendo caracterizadas por composição isotópica intermediária às plantas dos outros
algas marinhas seguem o ciclo C3, tendo como fonte de carbono inorgânico principalmente o
desta forma a matéria orgânica marinha apresenta valores mais altos para o δ 13 C , cando
O uso da razão isotópica do carbono como um traçador da matéria orgânica para dife-
renciar as possíveis fontes, sejam elas marinha ou terrestre em sedimentos, está associado
à relação intrínseca que existe entre a fonte e o matérial encontrado. Essa característica
isotópica e a contribuição individuais de cada fonte (Craig, 1953; Hayes, 1993). A Figura
fontes variadas.
retamente pela maioria dos seres vivos, e sua utilização depende da atividade de alguns
bactérias, fungos e algas azuis, que podem viver livres ou associados a plantas num sistema
porado aos aminoácidos das plantas que estão ligados, enquanto o N H3 e N H4+ produzido
por bioxadores de vida livre é utilizando por bactérias nitricantes, sendo transformado em
nitrito pelas Nitrosomonas e esse em nitrato pela Nitrobacter, Essas bactérias são autótro-
namento inicial tem reexo no valor encontrado na matéria orgânica sintetizada pela plantas
entre 7o
oo e 10ooo , difere do valor isotópico encontrado do nitrogênio atmosférico, aproxima-
damente 0o
oo . Essa diferença isotópica apresentada pelo nitrogênio inosrgânico disponivel
nos dois ambientes, tem como resultado valores distintos para o δ 15 N da matéria orgânica
o
produzida pelo plâncton, entre 5oo e 7o
oo , e aquele encontrado na matéria orgânica produ-
nitrôgenio também pode ser usado para distinguir a origem da matéria orgânica(Meyers,
1997).
Amostras contendo mais de uma fonte para o mesmo isótopo podem ser analisadas
resultado da soma das razões individuais ponderadas pelo percentual de cada fonte, sendo
δ 13 C = A × δ 13 C + B × δ 13 C + C × δ 13 C + ... + N × δ 13 C
(1.7)
total 1 2 3 n
onde
A + B + C + ... + N = 1 (1.8)
tes. De um modo geral é possível avaliar a importância de duas fontes usando unicamente
um isótopo, o que poderia ser feito por exemplo usando δ 13 C e a Equação 1.7. Nos que
apresentam três fontes são necessários dois parâmetros isotópicos, neste caso poderiam ser
as equaçõs que descrevem o modelo de mistura linear para o balanço de massa (Schwarcz,
1991), assim
δ 13 C = A × δ 13 C + B × δ 13 C + C × δ 13 C
(1.9)
amostra a b c
δ 15 N = A × δ 15 N + B × δ 15 N + C × δ 15 N
(1.10)
amostra a b c
A+B+C =1 (1.11)
A assinatura isotópica dos n-alcanos presentes nos sedimentos pode ser usada para indi-
car suas possiveis fontes. Na bases desta técnica altamente especializada está o fracionamento
os n-alcanos originários de uma mesma fonte devem apresentar razões isotópicas semelhan-
(Gong e Hollander, 1997). Segundo Tanner et al., 2010, os n-alcanos sofrem pouco efeito na
Os valores encontrados para o δ 13 C dos n-alcanos são normalmente mais negativos que os
obtidos para a matéria orgânica total. Entretanto, o efeito do fracionamento isotópico ligado
ao ciclo fotossitetizante permanece inalterado, desta forma, as plantas que seguem o ciclo
o
A Baía de Todos os Santos está centralizada nas coordenadas 12 50' S e longitude 38 38'
o
2
W, é a segunda maior baía brasileira com uma área de aproximadamente 1.233 km , loca-
lizada nas bordas de Salvador, capital da Bahia e terceira maior cidade brasileira. O con-
tingente populacional em torno da BTS ultrapassa os três milhões, espalhados pelas cidades
litorâneas. Devido às suas características, como canais naturais que possibilitam a navega-
ção, tem sido de grande importância no desenvolvimento da região, sendo a única baia da
costa leste a apresentar dez terminais portuários de grande porte (Hatje e Andrade, 2009).
Vizinha ao Copec, maior complexo industrial integrado do hemisfério sul. Reservas de óleo
e gás são exploradas na plataforma interna a menos de 100 km da entrada da baía (Cirano
e Lessa, 2007).
Foi nesta região em que o petróleo nacional se mostrou pela primeira vez, na cidade de
Lobato, em 1939. Em 1941, foi descoberto o campo de Candeias, em atividade até hoje,
com 1,8 mil barris diários. Depois, vieram Aratu, Itaparica e Dom João. A capacidade de
1.4 Área de Estudo 35
produçãodiária dos quatro campos era de 2,5 mil barris em 1947, quando o CNP decidiu
construir uma renaria na região. A Renaria começou a ser construída em 1949 e está
diretamente ligada à descoberta dos primeiros poços de petróleo no País. Com a criação da
A Baía de Todos os Santos pode ser considerada como uma baía de maré, categoria
especial de estuário formada por processos tectônicos de larga escala. Sua morfologia é
cavo. Apresenta caracteristicas marinhas, com salinidade que varia entre 28 e 36, sendo
muito inuenciada pelas massas oceânicas. O volume de água doce oriunda dos diversos
cursos uviais que nela deságuam são duas ordens de grandeza inferior ao aporte de água
Figura 1.4: Textura dos sedimentos de fundo no interior da Baía de Todos os Santos.
(Fonte Xavier, 2002)
Na maior parte de sua extensão a Baía de Todos os Santos é rasa, apresentando uma
2
profundidade média de 6 m e máxima de 70 m. A bacia de drenagem total de 60.000 km ,
sendo que mais de 90% são drenados por seus principais tributários, os rios Paraguaçu,
Jaguaripe e Subaé (Cirano e Lessa, 2007). O rio Paraguaçu é o principal tributário da Baía
36 Revisão Bibliográca
de Todos os Santos, seguido pelos rios Jaguaripe e Subaé e de pequenos rios periféricos. A
geometria é caracterizada por suas diversas planícies estuarinas e pequenas baías internas,
dentre as quais estão as baías de Iguape, Aratu e de Itapagipe. A pequena descarga uvial é
apenas próximo à saída dos rios, em estuários com ecosiologia complexa, os quais abrigam
uma rica biodiversidade de alto interesse ecológico e extrativista (Hatje e Andrade, 2009).
vai da baía de Aratu até o estuário do rio Subaé, sendo encontrados também no estuário do
Os sedimentos encontrados na Baía de Todos os Santos variam desde argila a areia muito
grossa. Os sedimentos lamosos caracterizam a maior parte da metade norte e são também
bem evidentes dentro do Canal do Paraguaçu, na Baía de Iguape e na Baía de Aratu (Hatje
e Andrade, 2009). A distribuição dos sedimentos de fundo está ilustrado na Figura 1.4.
A área estudada neste trabalho foi a parte norte da Baía de Todos os Santos, desde
a Baía de Aratu até a foz do rio Paraguaçu. A região é caracterizada principalmente por
sedimentos lamosos.
2
Materiais e Métodos
2.1 Amostragem
A coleta das amostras de sedimentos foi realizada na missão de campo na BTS, que
ocorreu em julho de 2011, onde foram coletadas amostras de 13 estações em triplicata, tota-
superciais lamosos, por apresentar uma maior concentração de matéria orgânica em sua
composição. Os pontos foram amostrados na maré baixa de sizígia com o mínimo de três
estão ilustrados na Figura 2.1, os pontos em vermelho representam as regiões onde foram
Na amostragem dos sedimentos recentes foi utilizado um amostrador tipo draga (van
veen) de aço inoxidável para coleta do sedimento supercial de fundo. Em cada estação fo-
ram coletadas três amostras de lançamentos distintos. O material supercial foi coletado com
37
38 Materiais e Métodos
estado físico da água depende da temperatura e da pressão, a transição entre estados pode ser
controlada por estes dois fatores. Na liolização a água passa do estado sólido para o gasoso
(sublimação) sem passar pelo estado liquido, devido à baixa pressão imposta à amostra.
retirar o carbonato presente nas amostras. Após 24 horas, as amostras foram centrifugadas
2.2 Análise elementar de carbono, nitrogênio e enxofre 39
por 5 minutos a 5000 rpm para retirar o sobrenadante. Durante o tratamento é perceptível a
reação entre o HCl e o CaCO3 , devido à liberação do CO2 , assim o procedimento foi repetido
até que não houvesse mais reação, para garantir que todo carbonato das amostras fosse
vezes para retirar o HCl. As amostras foram então secas em estufa a aproximadamente
◦
50 C. As amostras secas foram novamente pesadas para quanticar o carbonato eliminado
no tratamento ácido, sendo o carbonato presente nas amostras quanticado pela Equação
2.1
M assaantes − M assadepois
CaCO3 = . (2.1)
M assaantes
tratadas e secas foram pesada numa cápsula de estanho. Para as amostra de toplâncton e
tor, foram separados, analisados e quanticados. A calibração foi vericada por um padrão
and Technology), sob o número de identicação 1941b, que sofreu o mesmo processo de
solvente de extração, sendo mantido o reuxo por um período mínimo de 24 horas em uma
temperatura de -20
o C até a separação das frações de interesse.
metro de massa (GC-MS), para identicar os compostos extraídos dos sedimentos é necessário
separá-los de acordo com sua polaridade. A separação é realizada por cromatograa líquida
Nesse tratamento os extratos foram eluídos em uma coluna de vidro empacotada com 10
◦
g de sílica , ativada 140 C por 12 horas, tendo como solvente de preparação o n-hexano
2.3 Frações orgânicas 41
(HEX). O extrato foi adicionado na parte superior da coluna antes do menisco do solvente
tangenciar a sílica. A primeira fração foi eluída com 40 ml de HEX, fração que corresponde
aos hidrocarbonetos saturados. A segunda fração foi eluida com HEX/DCM (4 : 1v/v),
fração que corresponde aos aromáticos. Após a eluíção as frações foram reduzidas a 1 ml por
de -20
o C até a analise por GC-MS e GC-C-IRMS.
2.3.1 GC-MS
a gás onde eles são separados pela interação com a fase estacionária da coluna capilar. sendo
utilização das frações lipídicas no estudo da matéria orgânica se deve a sua resistência à
degradação por parte de bactérias e a inter-relação com sua fonte (Volkman, 2006; Meyers,
2003). Cada pico representado nos espectros resultantes das analises por GC-MS indica um
determinado composto, podendo este ter mais de uma origem. Assim cada pico representa
Com uma coluna DB5-HP e hélio como gás de arrasto,.As condições de aquecimento da
◦
coluna estão expressas na Tabela 2.2. A fonte de íons à temperatura de 280 C. O com uxo
Os compostos foram identicados com base no padrão externo (nome dos padrões). A
quanticação foi realizada via padrão externo, com a construção de curvas analíticas com
sete pontos com concentrações distintas. Os resultados foram expressos em termos do volume
2.3.2 GC-C-IRMS
particular, são analisados os n-alcanos que permitem identicar sua origem tanto pelo ta-
manho da cadeia, quanto pela composição isotópica, sendo possível determinar a existência
de contaminação por petróleo e seus derivados (Gao et al., 2007; Reddy et al., 2000). A
razão isotópica dos n-alcanos depende da composição isotópica da fonte e do eventual fra-
de lipídios que sejam originários da mesma fonte deve ter valores semelhantes para a razão
frem combustão de maneira a transformar estes compostos em gases para que suas razões
Esta técnica de análise é uma ferramenta importante na distinção de fontes que contribuem
dade isotópica de cada componente das frações orgânicas extraídas previamente identicadas
por GC-MS, sendo possível identicar as fontes das frações que constituem a matéria orgâ-
nica. Não havendo entrada de outras fontes de matéria, a assinatura isotópica de cada
componente deve ser muito próxima à assinatura da matéria orgânica total (Ortiz et al.,
O sistema usado para a realização das medidas é composto por um cromatografo gasoso
da Agilent modelo HP6890A, com uma coluna DB-5; acoplato a um sistema combution
◦
III (DETALHES DO C), com o reator de combustão operando a 940 C e o de redução a
◦
650 C, acoplado a um Delta-plus da Thermo Finnigan. A temperatura do injetor do GC
◦
foi mantida em 300 C e o uxo contínuo de hélio em 1,5 lm/min. A temperatura inicial da
◦ ◦ ◦
coluna foi 60 C com uma rampa de aquecimento de 6 C/min até 300 C, permanecendo nessa
temperatura por 10 minutos. A calibração isotópica foi feita usando uma mistura padrão
A análise dos HPAs no sistema GC-C-IRMS foi inviabilizada pela baixa concentração
que as amostras apresentaram desses compostos. As analises dos padrões de HPAs indicaram
que a concentração deveria ser superior a 10 µg/g para os analitos individuais. O valor mais
Tabela A.1 Apendice A. As medidas foram realizadas com o auxílio de uma sonda muitipa-
Os resultados obtidos por análise elementa e isotópica das matéria orgânica total e os
Tabela B.1. Os valores médios usados nas análises das estações estão listados na Tabela 3.1.
Os valores de COT encontrados nas amostras analisadas caram entre (0,6 e 1,8)% com
média de 1,2%, estando de acordo com os teores apresentados em outros trabalhos que foram
realizados na Baía de Todos os Santos. Veiga et al., 2008 obteve valores entre (2,4 e 4,18)%;
Costa et al., 2011 obtiveram valores entre (0,95 e 2,72)%; Celino et al., 2008 encontraram
valores entre (1,04 e 2,59)%; Santos et al., 2013 obtiveram valores entre (0,09 e 2,05)%. Os
valores do N variaram entre (0,10% e 0,30%) com média de 0,20%, que concordam com os
resultados obtidos em outros trabalhos na região. Celino et al., 2008 encontraram valores
entre (0,14 e 0,27)%; Costa et al., 2011 obtiveram valores entre (0,1 e 0,33)%; Onofre et al.,
2007 encontraram valores entre (0,10 e 0,16)%. Os valores para o S caram entre (0,1 e
0,4)% com média de 0,2%, que corroboram com os valores obtidos por Costa et al., 2011
45
46 Resultados e Discussões
que caram entre (0,05 e 1,04)% e Venturini et al., 2004 que obtiveram valores entre (0,01
e 1,34)%. O teor de carbonato de cálcio encontrado nas amostra cou entre (20 e 77)%
com média de 31%, compatíveis com os resultados obtidos por Campos, 2010 que obteve
valores entre (0,8 e 42)% e Venturini et al., 2004 que obtiveram valores entre (0,3 e 93,2)%.
Os valores mais altos estão associados à estação E07 nas proximidades da ilha de Maré.
A região é descrita por Hatje e Andrade, 2009 como zona de ocorrência de corais. Além
disso, segundo Lessa et al., 2000, a região vizinha a ilha de Maré pode apresentar valores de
Os resultados para o teor de carbonato que foram obtidos por diferença de massa na
preparação das amostras de sedimento para análise elementar, foram usados para construir a
Figura 3.1, onde é apresentado uma comparação visual entre os teores médios de carbonato
enquanto a estção E09 foi a que apresentou os menores. Os valores observados na estação E03
podem ser atribuidos à proximidade com a estação E07, associada a regição com ocorrência
de corais (Hatje e Andrade, 2009). A estação E05 apresenta valores compatíveis com os
Usando os valores de COT e N foi construída a Figura 3.2. O diagrama é usado para
3.1 Análise Elementar e Razão Isotópica 47
avaliar a composição da matéria orgânica através da correlação dos pontos. Nesta avaliação,
dados que apresentam uma boa correlação entre COT e N indicam que as proporções de
contribuições das fontes presentes nas diferentes amostras se mantêm constantes (Ruttenberg
e Goni, 1997). Contudo, pode ser observado no diagrama que algumas estações derivam para
valores maiores de COT, modicando a tendência geral. Resultados que pode justicado
pelo aumento da inuência de matéria orgânica terrestre, efeito que é mais marcante nas
as estações E13 e E14, podendo ser associado a uma maior presença de matéria orgânica
transportada pelo rio Paraguaçu. Resultado semelhante pode ser observado na estação E05,
da razão COT/N, que permite distinguir a matéria orgânica como marinha ou terrestre.
nio apresentando valores altos para a razão COT/N (Hecky et al., 1993). As diferenças
são atribuídas aos componentes estruturais das fontes. Plantas vascularizadas tem em sua
constituição compostos ricos em carbono, como a celulose, enquanto as algas são compostas
principalmente por proteínas ricas em nitrogênio (Bianchi e Canuel, 2011). Valores acima
2003; Lallier-Verges et al., 1998). Valores para essa razão entre 6 e 8 são característicos da
e Kaplan, 1987). Valores intermediários para a razão COT/N indicam zonas de mistura
de fontes marinha e terrestre. Os valores obtidos para razão caram entre (5,1 e 9,6) com
média de 6,3, sendo os valores maiores próximos associados à foz do rio Paraguaçu. Em um
48 Resultados e Discussões
estudo envolvendo 6 testemunhos da Baía de Todos os Santos, Costa et al., 2011 obtiveram
valores para a COT/N entre (1,9 e 16,8). Os resultados para a razão corroboram com a
indicação analisada na Figura 3.2, onde o aporte de matéria orgânica de origem terrestre
A razão COT/S pode ser usada para distinguir as condições de deposição como oxidantes
ou redutoras, sendo que valores para esta razão menores que 2,8 indicam ambiente redutor e
valores acima indicam ambiente oxidantes (Bernner, 1995; Borrego et al., 1998). Usualmente
pode ser observado a condição de deposição com a construção do diagrama entre COT e
S, conforme a Figura 3.3. Neste diagrama é possível observar que apenas a estação E01
cou na região abaixo do curva, indicando que a região apresenta características redutoras.
toplâncton cou entre (6,6 e 8,4) com média de 7,7. A do zooplâncton cou compreendida
entre (6,3 e 8,5) com média de 7,3 valores que concordam com Azevedo, 2003. O δ 13 C
o o
do toplâncton cou entre (-22,0 e -15,6)oo com média de -18,6oo . A do zooplâncton cou
3.1 Análise Elementar e Razão Isotópica 49
o o
compreendida entre (-19,6 e -15,0)oo com média de -18,0oo . O δ 15 N do toplâncton cou
o o
entre (5,0 e 11,2)oo com média de 7,7oo . A do zooplâncton cou compreendida entre (5,5 e
o o
12,8)oo com média de 9,3oo .
oxidação bacteriana da matéria orgânica (Mitchell et al., 1996; Wefer et al., 1999). Os valores
a razão COT/N mostra que existem diferenças nas contribuições das fontes, corroborando
com a análise anterior. A partir da Figura 3.4 é possível observar o efeito do aumento da
50 Resultados e Discussões
contribuição de fontes terrestre, sendo possível indicar a presença de esgoto nas estações E05,
E13 e E14 que estaria associado ao material transportado pelos rios Paraguaçu e São Paulo
(Meyers, 1997; Kumara, 2011; Goñi et al., 2003; Barros et al., 2010; Carreira et al., 2002).
obtidos na literatura (Meyers, 1997; Kumara, 2011; Goñi et al., 2003; Barros et al., 2010;
Carreira et al., 2002). O diagrama indica que as amostras apresentam composições variadas
relativas às fontes propostas. A estação E07 tem característica principalmente marinha com
uma possível entrada de esgoto e as Estações E02, E05, E09, E13 e E14 têm forte inuência de
matéria orgânica terrígena. A análise conjunta das Figuras 3.4 e 3.5 indica que a contribuição
de esgoto deve está presente em todas as estações, contudo o efeito do aumento na presença
fontes.
A avaliação das contribuições das fontes de matéria orgânica proposta, pode ser usando
preciso conhecer N-1 variáveis isotópicas para relacionar o total de N fontes. Para o presente
3.1 Análise Elementar e Razão Isotópica 51
estudo, considerando as quatro possíveis fontes, são necessários três isótopos. Para realizar
a análise das contribuições usando apenas dois isótopos, foi considerado uma fonte única
13
associada a origem de mangue e terrígena, sendo tratada com Plantas, com os valores (δ C=
−26o
oo e
15
δ N= 3o
oo ); para fonte marinha foram usados os dados de toplâncton com valores
13 o 15 o 13 o
(δ C = −18, 6 oo e δ N = 7, 7oo ); e para o esgoto foram usados os valores(δ C = −22oo e
δ 15 N = 1o
oo ). Os resultados obtidos na análise de fontes estão listados no Apêndice B na
apresentou o maior percentual de esgoto com 42%, enquanto as estações E09 e E10 não
contribuição por toplâncton com 72%, sendo que a estação E02 apresentou a menor com
32%. As plantas contribuem com 55% da matéria orgânica total na estação E09, mas não
tem contribuição signicativa na estação E07. O resultado observado pela análise é que a
contribuição marinha supera os 30% em todas as estações, resultado que está em acordo com
Foram identicados os dezesseis HPAs caracterizados como poluentes prioritários pela USEPA.
ções estão expostos no Apendice C nas Tabelas de C.1 a C.5. Os resultados para a média
do somatório dos HPAs por estação são apresentados na Figura 3.7, sendo que dos valo-
res obtidos somente a estação E01 ultrapassou o TEL (Threshold Eect Level), denido
pelo Canadian Council of Ministers of the Environmental para o somatório dos HPAs como
Os valores obtidos para os HPAs em todas as amostras com entre (4 e 514) ng/g. As
estações que apresentaram maiores valores para os HPAs totais foram as E01 e E02, sendo
que as duas estações estão dentro a Baía de Aratu. Os valores para a estação E01 caram
entre (506 e 514) ng/g com média de 510 ng/g e para a estação E02 (336 e 401) ng/g com
média de 365 ng/g. Os resultados são justicados pela presença dos terminais marítimos,
o porto de Aratu, o porto da Ford, o estaleiro de Aratu e a Base Naval, além de Centro
Figura 3.7: Comparativo dos somatórios dos HPAs médios com o TEL
A estação E05, no canal a leste da Ilha de Maré, apresentou valores entre (247 e 365)
ng/g com média de 288 ng/g, resultado que pode ser atribuído à inuência do rio São Paulo.
A região em que está localizado o rio São Paulo está associada a atividades de exploração,
domésticos (CRA, 2004). Os resultados obtidos corroboram com valores obtidos para o
estuário de rio São Paulo, que caram entre (345 e 2500) ng/g para os HPAs totais (Celino
e Queiroz, 2006). Em outros trabalho, Venturini et al., 2004 obtiveram valores entre (773 e
As estações E03 e E04 apresentaram valores próximos. Para a estação E03 os valores
caram entre (103 e 119) ng/g com média de 109 ng/g e os da estação E04 caram entre
(107 e 143) ng/g com média de 121 ng/g. As duas estações estão dentro do canal a leste da
Ilha de Maré, próximos ao canal de Aratu, onde o material encontrado pode ser originário
com exceções das estações E11 e E14. A estação E09 apresentou valores entre (22 e 40)
54 Resultados e Discussões
ng/g com média de 34 ng/g. Os valores para a estação E10 caram entre (7 e 39) ng/g
com média de 23 ng/g. A estação E11 teve como resultado (98 e 110) ng/g com média de
105 ng/g. Para a estação E12 com valores entre (11 e 16) ng/g com média de 13 ng/g. A
estação E13 apresentou valores entre (14 e 30) ng/g com média de 23 ng/g. A estação E14
teve os valores entre (128 e 136) ng/g com média de 132 ng/g. Os valores encontrados para
a estação E14 podem ser justicados pelo material transportado pelo rio Paraguaçu. De
modo geral os resultados obtidos para os HPAs totais está em acordo com valores obtidos
por outros trabalhos na Baía de Todos os Santos. Costa, 2006 obteve resultados entre (2 e
549) ng/g; Silva, 2002 obteve valores entre (16 e 3048) ng/g.
A análise da origem dos HPAs encontrados nos sedimentos é feito de acordo com sua
estabilidade termodinâmica, onde são usadas as concentrações dos isômeros. O estudo é feito
através de índices diagnósticos que são usados para identicar sua fonte prioritária, podendo
direto de petróleo e/ou seus derivados (petrogênica)(Asia et al., 2009; Mille et al., 2006). Os
valores maiores que 15 e pirogênicos os menores que 10, onde valores intermediários são
característicos de mistura das duas fontes (Gschwend e Hites, 1981). A razão Antra-
menores que 0,10 e como pirogênicos os maiores que 0,10 (Yunker et al., 2002).
que a unidade e pirogênica os valores maiores que a unidade (Baumard et al., 1998); A razão
são petrogênicos, os valores entre 0,40 e 0,50 indicam queima de combustíveis fósseis e os
valores maiores que 0,50 são indicativos da queima de biomassas (Budzinski et al., 1997;
de origem petrogênica e os maiores que 0,9 são de origem pirogênicas, sendo que os va-
lores intermediários indicam mistura das duas fontes (Gschwend e Hites, 1981);A razão
gênicos os valores menores que 0,20 e como pirogênicos os valores maiores que 0,35, os
valores intermediários indicam mistura; A razão que fornece melhores faixas de estabili-
massa molar elevada em derivados de petróleo, essa razão dene que valores menores que
0,20 são petrogênicos e os maiores que 0,50 são pirogênicos, valores intermediários são carac-
A construção de diagramas usando os índices facilita a análise de fontes, nesse sentido foi
Pode ser observado no diagrama que os HPAs usados em sua construção tem origem pirogê-
nica, sendo possível indicar pelo eixo vertical a presença de HPAs originários da combustão
para os HPAs que denem os índices usados. Os diagramas apresentados indicam que os
HPAs tem origem principalmente pirogênica, mas em algumas estações existem contribuições
56 Resultados e Discussões
Figura 3.8: Comparativo dos somatórios dos HPAs médios com o TEL
petrogênicas.
3.3 n-Alcanos
Foram analisados os n-alcanos com número de carbono entre 15 e 35, (C15 a C35) e os
isoprenóides tano e pristano. Os valores para o somatório dos alcanos, por estação variaram
entre (739 a 5489) ng/g de massa seca, sendo o valor maior associado à estação E09 e o menor
à estação E07. As concentrações para todas as análises estão no Apêndice D, nas Tabelas
D.1 a D.5. Os Pers de contribuições percentuais para os n-alcanos estão expostos na Figura
3.10. Os resultados obtidos por Santos et al., 2013 caram entre (130 e 5500) ng/g; Costa,
amostras de uma mesma estação são muito semelhantes, para a maioria dos casos. Os
melhores resultados para essa semelhança podem ser observados na estação E03 e E13 e a
A estação E07 apresentou um predomínio claro dos n-alcanos pares, com pico máximo
3.3 n-Alcanos 57
Figura 3.9: Comparativo dos somatórios dos HPAs médios com o TEL
no C18, resultado que pode ser atribuido à produção bacteriana e detritos de algas (Elias
et al., 1997; Ekpo et al., 2005). Em experimentos em laboratório Elias et al., 1997 obteve,
em condições aeróbicas, pers com valores máximos em C22 a partir de sedimentos que
produção bacteriana. O comportamento descrito pela análise elementar para esta estação
presentes nesta estação pode ser usados como referência para as características das fonte
E01 apresentou um predomínio claro dos n-alcanos pares, com pico máximo no C20, apre-
elevado de C16 indicam contribuição de outra fonte. A estação E02 apresenta em seu perl
um caracteristica bimodal, com o predominio dos n-alcanos pares nos compostos mais leve,
com máximo no C18, resultado equivalente ao encontrado na estação E07, e também o pre-
dominio de compostos de número ímpar de carbono na região dos mais pesados, com máximo
e detritos de algas, além dos originários das ceras das plantas vascularizadas (Eglington e
As estações E03, E04 e E05, que estão no canal a leste da ilha de Maré, mostram um
do material transportado pelo rio São Paulo. A estação E03 ainda apresenta contribuições
3.3 n-Alcanos 59
importantes que podem ser associadas à produção bacteriana e detritos de algas enquanto
a estação E05 tem claro predomínio de compostos com número ímpar de carbono, com
Hamilton, 1967; Rieley et al., 1991). Os resultados observados na estação E06 são proximos
aos descritos para a estação E03, tendo contribuição de ceras de plantas e da produção
marinha.
As estações do lado oeste da Baía de Todos os Santos, E09, E10, E11, E12, E13, e
E14, todas apresentam predomínio de n-alcanos ímpares sobre os pares com máximo no
Brasileira de Geoci; Rieley et al., 1991). As estações de E11 a E14 apresentam uma variação
gradual na importãncia do C33 indicando a inuência do material trazido pelo rio Paraguaçu.
os picos C16, C18, C20 e C22, que são indicativos de atividades bacterianas e detritos
de algas, apresentaram maiores concentrações dentro da baía de Aratu. Efeito que pode ser
decorrente da maior disponibilidade de nutrientes dentro desta baía que pode ser causado
primária que tem como resultado uma maior quantidade de biomassa que, consequentimente,
tem repercussão na atividade bacteriana que poderia ser responsável pelo incremento nos
Usualmente a análise da origem dos n-alcanso é feita usando índices característicos que
para indicar a presença de matéria orgânica biogênica e a presença de óleo. Valores elevados
valores próximos ou abaixo de 15 estão associados à presença de óleo (Colombo et al., 1989).
ou ímpares (Bray e Evans, 1961; Morel et al., 1991; Hong et al., 1995). Desta forma, o ICP
60 Resultados e Discussões
é denido como a razão entre o somatório das concentrações dos n-alcanos ímpares sobre o
zidos por plantas vasculares (Colombo et al., 1989). As estações E01 e E07 tiveram valores
contudo valores de IPC proximos a 1 também podem ser atribuídos a atividade bacteriana
(Qiu et al., 1991). As estações E02, E03, E04 e E06, apresentaram valores entre 1 e 3,
sugerindo uma mistura de fontes. As estações E05 e de E09 a E14, apresentaram valores
A Razão Terrestre Aquático (RTA), Figura 3.11c, é denida pela razão dos principais
n-alcanos que tem origem nas plantas superiores, C27, C29 e C31, e os comumente encon-
trados em algas, C15, C17 e C19. Os resultados são indicativos de origem. Valores altos
As estações de E09 a E14, apresentam valores altos para a RTA indicando forte inuência
A razão entre a soma dos alcanos de baixa massa molar e a soma dos de alta massa
molar (LMW/HMW), Figura 3.11d, sugere como fonte biogênica os valores menores que a
maiores que 2 indicam a presença de óleo recente (Wang et al., 2006; Gao et al., 2007). Os
obtidos sugerem que a estação E01 apresenta óleo recente; as estações E03 e E07 apresentam
valores que podem ser atribuídos à presença de petróleo ou plâncton. As demais estações
Nas análises Por GC-C-IRMS foram analisados os n-alcanos n-C16 a n-C33. Os valores
o
encontrados para todas as amostras caram entre (-37 e -12)oo , todos os resultados obtidos
por GC-C-IRMS estão no Apêndice E nas Tabelas E.5 a ??. Os resultados foram utilizados
para construir a Figura 3.12, onde foram plotados os três resultados para cada estação.
Costa, 2006 analisou n-alcanos C22 a C30 de seis testemunhos da Baía de Todos os Santos,
o
seus resultados caram entre (-35,6 e -26,4)oo .
A razão isotópica dos n-alcanos analisados está ligado à sua fonte, onde n-alcanos que
têm a mesma origem deve apresentar valores próximos, no caso de uma mistura o valor
isotópico depende da composição de suas fontes, valores com diferença superior a 3% sugerem
variação nas fontes(Gong e Hollander, 1997). A presença de n-alcanos que tem sua origem em
plantas superiores causa uma empobrecimento do δ 13 C nos n-alcanos com cadeias carbônicas
62 Resultados e Discussões
contendo mais de 24 átomos de carbonos (Sikes et al., 2009), fato que está associado ao
processo metabólico na xação do CO2 atmosférico (Hayes, 1993). Além das fontes naturais
3.4 Análise isótopica dos n-alcanos 63
origem natural e petrogênica em sedimentos tem como resultado o padrão zig-zag, resultados
observado por nos sedimentos da baía de Tókio por Ishiwatari et al., 1994, mostraram que os
n-alcanos pares apresentaram valores mais pesados quando comparados aos ímpares próximos
cm a 200 cm, a parte do qual não existia mais diferença entre isotópica entre os alcanos
ímpares e pares, as diferenças entre isotópica entre alcanos pares e imperes foram atribuídas
Os pers obtidos apresentaram uma tendência para valores mais negativos de δ 13 C nos
compostos de cadeias mais longas. Os n-alcanos ímpares são relativamente mais empobrecido
em δ 13 C com o aumento da cadeia carbonica, sendo que geralmente o C29 e C31 são os
compostos mais empobrecido em δ 13 C (Maioli et al., 2012). A maior parte das estações
apresentou resultados proximos para as três amostras analisadas, resultado que pode ser
A estação E01 apresentou o padrão zig-zag para os n-alcanos de C16 a C28, sendo os pares
enriquecidos em relação aos ímpares, sugerindo mistura de fontes. Resultado semelhante foi
observado na estação E02 para os compostos C16 s C20; também na estação E06 para
os compostos C28 a C33; igualmente na estação E09 para os compostos C28 s C33, com
particular variação em C20 e C21; na estação E13 para os compostos C28 a C33; e na
E14 para os compostos C27 s C33. O padrão zig-zag quando está presente nos n-alcanos
entre C28 a C33, que são associados à origens biogênicas, sugere mistura de fonte biogênica
e petrogênica. Maioli et al., 2012 obtiveram resultados semelhante para o estuário do rio
Paraiba do Sul, Rio de Janeiro, sendo atribuído o efeito zig-zag à presença de hidrocarbonetos
de petrogênicas. As estações E10, E11 e E12 apresentaram algumas variações, mas não
de δ 13 C encontrados na estação E07 podem ser justicados pela produção dos organismos
fotossintetizantes marinhos, que são inuenciada por diversos factores, como a salinidade,
plantas aquáticas também pode utilizar o bicarbonato, o qual é conhecido por ser enriquecido
1
3C em relação ao CO2 dissolvido (OLeary, 1988). Nesta situação, a interpretação das fontes
de matéria orgânica em áreas de mar aberto e sistemas estuarinos torna-se incerto (Maioli
et al., 2012).
64 Resultados e Discussões
Um resultado particularmente importante pode ser observado nos pers obtidos por
uma mudança de comportamento nas amostra com profundidades 40 cm e 42,5 cm. Neste
ponto o perl que era inicialmente suave à profundidade de 42,5 cm, passa a mostrar o
2012; Ishiwatari et al., 1994). Resultado que pode ser observado na Figura 3.13.
Figura 3.13: Padrão zig-zag no δ 13 C dos n-alcanos indicando contribuição por pe-
tróleo
(Fonte: Costa, 2006)
renaria através da datação realizada por Costa, 2006, fato que corrobora com a associação
uma ferramenta estatística apropriada para a melhor interpratação dos resultados de forma
ambientais são variados e generalizada, sendo a técnica aplicada comumente em estudos en-
as variáveis importantes para ns de monitoramento ambiental (Carlon et al., 2001; Reid e
Spencer, 2009). A análise estatística foi realizada utilizando o software PASW Statistics.
A análise PCA-EA, onde foram usados os parâmetros obtidos por análise elementar,
13
o δ C, 0 δ 15 N, a razão COT/NT, o COT, O N e o carbonato, apresentou uma variância
acumulada de 78,7%, sendo o PC1 e PC2 com valores de 44,9% e 33,8% respectivamente.
Figura 3.14: PCA envolvendo as variáveis obtidas por análise elementar, variância
acumulada 78,7%
O PC1 separou as estações como terrestre e marinho, onde a estação E14, mais próxima
da foz do rio Paraguaçu, teria a maior inuência terrestre e a estação E07, ao sul da ilha
composição variada destas fontes, sendo que a quantidade da matária orgânica terrestre
diminui com a diatancia da foz do tributário, como pode ser observado vas estações E11 a
E14 sob inuência do rio Paraguaçu e nas estações de E03 a E05, dentro do canal a leste da
O PCA-Alcanos, onde foram usados os n-alcanos de C15 a C35, apresentou uma variância
total acumulada de 76,1%, sendo o PC1 e PC2 com valores de 50,9% e 25,2% respectivamente.
Figura 3.15: PCA envolvendo os n-alcanos C15 a C35, variância acumulada 76,1,7%
As estações que apresentam maios inuência terrígena apresentaram boa correlação com
os n-alcanos característicos de plantas vasculares, C27, C29 e C31. Resultado que corrobora
com a análise anterior dos dados de análise elementar, onde as estações foram separadas por
inuência de fontes. A estação E07 sendo denida como prioritáriamente marinha inuenci-
a maior característica terrigenas dentre as estações estudadas. A estação E01 apresenta ca-
racterísticas singulares com valores elevados para os compostos mais leves com predomínio
dos n-alcanos pares e valor máximo no C20, podendo sua característica está associada a ati-
E01. O aproximação das outras estações mostra semelhança nas contribuições individuais
de fontes, que pode ser visto nas estações E14, E13 e E09; assim como nas E12, E11 e E04;
Com o objetivo de melhor entender as semelhanças nas assinaturas isotópicas dos com-
postos especícos, foram realizadas três PCAs, PCA-Isótopos. O primeiro contendo todos
3.5 Análise estatística 67
os n-alcanos observados de C16 a C33, apresentou uma variância total acumulada de 58,3%,
sendo o PC1 e PC2 com valores de 35,6% e 22,7% respectivamente Figura 3.16a. O segundo
contendo os n-alcanos com números pares de carbono, que apresentou uma variância total
acumulada de 58,7%, sendo o PC1 e PC2 com valores de 32,0% e 26,7% respectivamente
Figura 3.16b. O terceiro contendo todos os n-alcanos com números ìmpares de carbono,
tendo apresentado uma variância total acumulada de 86,5%, sendo o PC1 e PC2 com valores
Os resultados apresentados na Figura 3.16, mostram que algumas estações que se correla-
cionam pelos n-alcanos pares não apresentam igual correlação nos ímpares, como as estações
E01 e E02, ou as estações E03 e E14, indicando podem existir divergências de origem entre
68 Resultados e Discussões
os n-alcanos pares e ímpares. As estações E10 a E13 apresentaram boa corelação nas três
fontes da matéria orgânica que chega às estações estudadas. Resultado que ca mais evi-
dente com o estudo isotópico da matéria orgânica total aplicando o modelo de mistura, onde
mistura mostra que a matéria orgânica depositada na Baía de Todos os Santos é fortemente
inueciada por fontes marinhas, apresentanto o mínimo de 32% da matéria orgânica total
Estes resultados estão em acordo com a característica marinha apresentada pela Baía. A
matéria orgânica de origem terrestre é mais sigincativa na regiões oeste da Baía, e na zona
mais próximas à foz dos rios Paraguaçu, E13 e E14 e São Paulo, E05. O PCA-EA separou
as estações principalmente como terrestre e marinho, com a estções E07 e E14 nos extremos
da correlação, sendo que as demais estações apresentam composição variada destas fontes,
Os n-alcanos apresentam, para a maioria das estações, pers com predomínio de ímpares
biogênica, não sendo observado nenhum padrão característico de petróleo recente, sem pre-
domínio entre pares e ímperes. A maioria das estações apresenta a característica que pode
ser associada à atividade bacteriana, efeito muito importante nas estações E01 e E02. Carac-
terística que pode ser atibuída a uma maior disponibilidade de nutrientes na coluna de água,
69
70 Conclusões
ogênicos ligados às plantas vasculares. A estação E02 apresenta hidrocarbonetos que tem
origem nas plantas vasculares e compostos mais leves relacionado à produção bacteriana,
Os índices característicos empregados no estudo dos n-alcanos mostras que a Baía têm
principalmente n-alcanos de origem biogênica. o IPC indica para a parte oeste, e a estação
também são coerentes com a avaição do IPC, indicando a origem como biogênica com com
Os resultados para os HPAs totais caram abaixo dos TEL (468 ng/g) para quase to-
das as estações, sendo a exceção a estação E01 que teve valor médio de 510 ng/g. Os
índices característicos dos HPAs indicaram principalmente fontes pirogênicas e mistura pi-
rogênica/petrogênica.
A composição isotópica dos n-alcanos indica que as estações E01 e E02, sugerindo mistura
devido à presença do padrão zig-zag. Contudo, o enriquecimento dos n-alcanos pares também
poderia está ligado ao processo de diagênese. O padrão zig-zag também foi observado nas
estações E13 e E14, a presença deste efeito particularmente nos n-alcanos pesado evidenciam
mostram que a estação E07 tem assinatura isotópica diferente das estações E01 e E02 tanto
na análise dos pares quanto dos ímpares, Apesar de apresentar valores característicos da
Os resultados apresentados indicam que a Baía de Todos os Santos apresenta matéria or-
Agradeço à minha familia pelo apoio incondicional em todos os momentos da minha jornada.
À minha orientadora, Profa Dra. Maria do Rosário Zucchi, pela oportunidade, pela
conança, pela paciência e por todo apoio no desenvolvimento e conclusão de mais essa
trabalho.
Ao prof. Dr. Antônio Expedito Gomes de Azevedo, pelo apoio e por dividir sua grande
experiência.
Ao prof. Dr. Guilherme Lessa, por toda ajuda fornecida durante o curso da pesquisa.
Aos colegas do LFNA-Isótopos, Tárcio, Danilo, Clementino, Renato, Saulo, entre outros,
por todos os momentos de descontração que são fundamentais e que tornaram estes anos
menos árduos.
Aos demais pesquisadores do LFNA e aos momentos memoráveis na copa com as con-
71
72 Agradecimentos
Apêndice A
Dados hidrogeológicos
Temp OD Temp OD
Estação ◦ pH Salinidade Estação ◦ pH Salinidade
( C) (mg/L) ( C) (mg/L)
E1A 25.19 7.99 20.2 33.36 E9A 24.85 7.93 0 32.48
E1B 25.21 8.11 16.5 35.47 E9B 24.83 8.11 0.5 33.11
E1C 25.34 8.12 13.7 35.31 E9C 24.83 8.15 2.5 33.07
E2A 25.36 8.3 26.3 35.25 E10A 24.65 8.2 2.2 33.19
E2B 25.41 8.26 26.2 35.27 E10B 24.69 8.18 3 33.15
E2C 25.46 8.1 22.7 35.31 E10C 24.61 8.16 3.8 33.2
E3A 25.65 8.25 16.1 35.39 E11A 24.73 8.26 3.6 32.94
E3B 25.48 8.29 8.6 35.32 E11B 24.9 8.2 4.3 33.01
E3C 25.47 8.27 4.2 35.26 E11C 24.91 8.18 5 33.05
E4A 25.41 8.26 2.7 35.45 E12A 24.94 8.25 4.4 33.29
E4B 25.46 8.25 2.7 35.07 E12B 24.98 8.27 5.9 33.32
E4C 25.39 8.29 2.5 35.11 E12C 25.02 8.2 6.1 33.41
E5A 25.48 8.13 11.5 35.23 E13A 25.27 8.3 10.5 32.73
E5B 25.34 8.28 9.4 35.2 E13B 25.14 8.23 10.2 32.86
E5C 25.34 8.25 8.2 35.3 E13C 25.14 8.21 9.8 32.85
E6A 25.41 8.25 12.4 35.14 E14A 25.18 8.26 7 32.96
E6B 25.08 8.29 8.2 35.33 E14B 25.13 8.21 7.3 33
E6C 25.21 8.31 6.1 34.93 E14C 25.13 8.21 8.3 33.02
E7A 25.16 8.27 5.2 35.48
E7B 25.22 8.29 6.5 35.37
E7C 25.21 8.27 7.4 35.22
73
74 Dados hidrogeológicos
Apêndice B
Resultados da análise elementar
75
76 Resultados da análise elementar
Tabela C.1: Valores obtidos para os HPAs das estações E01, E02 e E03, resultados
expressos em ng/g de massa seca
HPA E1A E1B E1C E2A E2B E2C E3A E3B E3C
Naftaleno 0.04 0.03 0.04 0.01 0.01 0.00 0.00 0.01 0.00
Acenaftileno 0.28 0.22 0.23 0.12 0.14 0.14 0.00 0.00 0.00
Acenafteno 0.16 0.15 0.18 0.01 0.00 0.00 0.00 0.01 0.00
Fluoreno 1.27 1.98 1.57 0.56 0.51 0.53 0.02 0.02 0.01
Fenantreno 47.93 48.75 49.12 23.53 26.71 25.86 2.69 2.21 2.48
Antraceno 2.07 3.12 2.59 5.31 5.01 5.16 0.14 0.15 0.18
Fluoranteno 72.68 76.56 77.97 68.55 61.19 64.45 13.02 12.69 15.58
Pireno 55.72 53.28 55.56 46.18 48.37 43.21 12.33 10.72 14.50
Benzo(a)antraceno 27.24 26.68 22.51 22.88 22.25 21.41 6.37 6.99 6.07
Criseno 39.36 38.21 36.63 44.38 41.23 42.20 12.30 10.52 13.94
Benzo(b)uoranteno 63.98 66.15 66.09 7.87 57.56 3.81 12.73 14.97 15.27
Benzo(K)uoranteno 45.03 46.13 47.68 35.11 37.25 32.74 12.38 11.94 14.57
Benzo(a)pireno 49.80 46.35 43.72 23.48 23.34 21.89 8.48 8.83 8.00
Indeno (123cd)pireno 49.79 54.22 54.33 34.49 33.41 32.27 11.77 10.64 13.63
Benzo(ghi)perileno 50.46 52.34 54.48 46.19 43.97 43.13 12.59 13.23 14.98
79
80 Resultados para os Hidrocarbonetos Policiclicos Aromáticos
Tabela C.2: Valores obtidos para os HPAs das estações E04, E05 e E06, resultados
expressos em ng/g de massa seca
HPA E4A E4B E4C E5A E5B E5C E6A E6B E6C
Naftaleno 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.02 0.01 0.01
Acenaftileno 0.01 0.01 0.01 0.05 0.07 0.06 0.02 0.02 0.01
Acenafteno 0.00 0.01 0.02 0.06 0.01 0.04 0.00 0.00 0.01
Fluoreno 0.04 0.08 0.09 0.17 0.09 0.18 0.04 0.06 0.09
Fenantreno 3.02 4.15 3.45 5.41 4.96 7.97 2.74 3.38 4.69
Antraceno 0.14 0.37 0.17 0.36 0.25 0.44 0.22 0.22 0.43
Fluoranteno 13.14 19.43 11.25 23.54 23.37 33.41 12.16 13.06 15.50
Pireno 11.31 16.95 11.58 23.42 22.38 33.37 8.94 9.27 10.78
Benzo(a)antraceno 6.71 10.23 7.22 17.05 15.31 23.56 5.04 4.68 5.30
Criseno 11.25 15.55 11.90 23.81 23.54 35.27 10.83 10.91 11.34
Benzo(b)uoranteno 16.37 17.60 15.18 38.68 40.22 59.67 17.37 19.32 12.38
Benzo(K)uoranteno 14.08 14.53 11.72 27.87 30.91 40.45 11.40 10.29 11.35
Benzo(a)pireno 10.60 14.40 10.94 27.42 27.57 41.33 7.45 6.39 7.06
Indeno (123cd)pireno 11.59 12.07 9.30 25.98 29.15 40.38 8.08 8.28 6.10
Benzo(ghi)perileno 15.53 16.65 14.28 33.36 34.78 48.59 11.91 12.16 10.66
Tabela C.3: Valores obtidos para os HPAs das estações E07, E09 e E10, resultados
expressos em ng/g de massa seca
HPA E7A E7B E7C E9A E9B E9C E10A E10B E10C
Naftaleno 0.00 0.01 0.00 0.01 0.01 0.01 0.01 0.00 0.01
Acenaftileno 0.00 0.01 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.01 0.01
Acenafteno 0.00 0.00 0.01 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.01
Fluoreno 0.01 0.01 0.01 0.05 0.03 0.04 0.02 0.04 0.03
Fenantreno 0.82 0.62 0.20 2.50 2.72 1.38 0.67 2.29 1.15
Antraceno 0.09 0.05 0.03 0.45 0.28 0.12 0.06 0.12 0.06
Fluoranteno 3.87 3.95 0.89 9.95 9.33 4.00 1.53 7.39 4.00
Pireno 1.94 2.17 0.52 7.77 7.01 2.86 1.22 5.61 2.89
Benzo(a)antraceno 0.52 0.74 0.17 2.71 2.82 1.15 0.33 2.28 1.10
Criseno 1.39 2.03 0.44 4.33 4.81 2.38 0.71 4.31 2.83
Benzo(b)uoranteno 1.61 2.59 0.43 2.89 3.02 3.19 0.77 4.86 3.89
Benzo(K)uoranteno 1.11 1.93 0.44 2.74 3.19 2.08 0.51 4.10 2.65
Benzo(a)pireno 0.53 0.95 0.18 2.70 2.68 1.18 0.29 1.79 0.89
Indeno (123cd)pireno 0.81 1.24 0.17 0.96 0.84 1.36 0.25 2.38 1.81
Benzo(ghi)perileno 1.77 2.14 0.50 2.43 3.06 2.05 0.55 3.56 2.66
Resultados para os Hidrocarbonetos Policiclicos Aromáticos 81
Tabela C.4: Valores obtidos para os HPAs das estações E11, E12 e E13, resultados
expressos em ng/g de massa seca
HPA E11A E11B E11C E12A E12B E12C E13A E13B E13C
Naftaleno 0.01 0.02 0.01 0.01 0.01 0.87 0.00 0.01 0.00
Acenaftileno 0.01 0.01 0.02 0.01 0.00 0.01 0.00 0.00 0.00
Acenafteno 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.01 0.00 0.00 0.01
Fluoreno 0.02 0.03 0.02 0.01 0.01 0.04 0.01 0.01 0.02
Fenantreno 2.94 3.04 3.12 0.42 0.81 0.73 0.53 1.00 1.18
Antraceno 0.25 0.27 0.23 0.03 0.04 0.07 0.04 0.06 0.07
Fluoranteno 13.94 16.28 11.98 1.89 2.82 1.76 2.28 4.55 5.75
Pireno 12.86 11.88 11.47 1.42 2.18 1.34 1.55 3.02 3.83
Benzo(a)antraceno 6.11 6.53 6.69 0.67 0.88 0.61 0.74 1.58 1.80
Criseno 12.61 12.31 11.41 1.30 1.78 1.30 1.38 2.92 3.13
Benzo(b)uoranteno 17.97 19.05 18.73 1.52 2.26 1.88 1.59 3.69 3.93
Benzo(K)uoranteno 12.73 11.76 11.52 1.25 1.74 1.25 1.50 3.21 3.48
Benzo(a)pireno 1.20 6.81 0.69 0.58 0.78 0.61 0.70 1.42 1.60
Indeno (123cd)pireno 11.95 10.00 10.95 0.65 1.17 0.93 0.72 1.70 1.98
Benzo(ghi)perileno 12.67 12.27 11.33 1.09 1.62 1.23 2.74 2.76 2.85
Tabela C.5: Valores obtidos para os HPAs da estação E14, resultados expressos em
ng/g de massa seca
HPA E14A E14B E14C
Naftaleno 0.02 0.01 0.10
Acenaftileno 0.02 0.00 0.00
Acenafteno 0.01 0.01 0.01
Fluoreno 0.04 0.03 0.03
Fenantreno 4.19 4.20 3.96
Antraceno 0.24 0.18 0.11
Fluoranteno 18.46 18.69 16.49
Pireno 12.92 13.89 14.30
Benzo(a)antraceno 7.08 7.15 7.03
Criseno 12.29 15.14 13.60
Benzo(b)uoranteno 20.22 22.30 21.48
Benzo(K)uoranteno 16.87 15.92 14.15
Benzo(a)pireno 9.45 9.42 9.24
Indeno (123cd)pireno 14.05 13.50 13.00
Benzo(ghi)perileno 16.63 15.25 14.02
82 Resultados para os Hidrocarbonetos Policiclicos Aromáticos
Apêndice D
Resultados para os n-Alcanos
Tabela D.1: Valores obtidos para os n-alcanos das estações E01, E02, E03, resulta-
dos expressos em ng/g de massa seca
n-Alcano E1A E1B E1C E2A E2B E2C E3A E3B E3C
C15 24.9 32.5 30.7 17.8 23.5 10.7 30.4 17.4 2.5
C16 732.8 420.0 581.2 476.5 571.8 185.7 148.7 99.3 37.8
C17 58.0 60.5 55.4 45.3 83.8 50.3 63.1 72.7 29.3
Pistano 22.8 16.4 16.6 15.0 32.5 21.0 20.7 30.4 11.1
C18 385.4 390.4 365.3 664.0 429.7 337.2 235.7 245.1 108.1
Fitano 11.8 8.6 7.9 14.0 12.2 26.0 26.3 28.6 11.2
C19 31.6 21.5 20.6 21.7 32.4 26.1 58.8 66.0 16.0
C20 718.2 813.5 743.2 403.2 612.9 212.4 216.4 220.1 80.6
C21 27.8 20.7 17.2 22.0 36.0 31.7 71.6 64.7 18.5
C22 395.8 369.2 415.7 218.5 371.9 139.0 134.2 131.1 51.6
C23 0.9 29.6 21.8 0.8 3.2 0.5 0.8 0.6 0.4
C24 235.2 199.1 218.9 138.4 246.8 125.4 72.5 80.1 36.8
C25 74.4 55.5 42.3 101.8 170.8 159.6 54.6 63.4 35.6
C26 155.4 117.2 122.8 98.4 192.5 132.3 51.5 52.5 31.5
C27 98.9 82.4 68.1 148.6 278.8 238.2 76.9 80.0 53.2
C28 109.7 86.4 68.8 91.7 196.2 154.8 54.0 54.7 39.7
C29 110.7 104.4 70.9 345.8 720.6 581.5 176.9 193.6 120.3
C30 57.6 41.5 28.1 70.9 208.5 151.3 54.1 53.8 44.5
C31 127.0 125.8 48.4 260.6 657.8 537.1 184.7 204.0 119.9
C32 37.8 26.8 20.9 36.4 184.5 124.0 35.7 35.8 37.5
C33 68.2 67.5 37.1 113.1 670.2 504.7 171.0 191.1 103.0
C34 29.8 19.8 10.7 20.7 93.8 73.5 28.3 30.1 26.5
C35 48.7 40.3 22.0 70.7 182.4 240.1 112.5 167.8 89.8
83
84 Resultados para os n-Alcanos
Tabela D.2: Valores obtidos para os n-alcanos das estações E04, E05, E06, resulta-
dos expressos em ng/g de massa seca
n-Alcano E4A E4B E4C E5A E5B E5C E6A E6B E6C
C15 12.7 10.2 15.3 21.8 11.8 30.3 14.4 26.5 17.8
C16 27.4 94.2 99.8 58.2 30.7 65.2 51.5 181.9 57.8
C17 55.2 61.2 69.6 55.5 46.8 80.0 49.2 64.9 60.3
Pistano 14.4 16.5 16.0 18.9 15.4 23.1 17.3 21.3 24.8
C18 51.2 257.9 219.4 108.2 65.2 125.6 83.2 350.9 105.0
Fitano 17.2 18.3 17.0 17.2 21.1 23.5 21.9 27.6 30.7
C19 25.4 24.9 22.0 20.8 27.0 34.4 25.4 31.7 29.6
C20 44.5 217.3 177.8 128.3 73.9 106.9 54.2 240.2 72.6
C21 31.3 0.0 31.7 25.9 30.3 33.6 27.7 32.6 28.7
C22 45.9 171.6 119.4 135.5 72.9 96.8 44.5 144.4 57.0
C23 2.2 2.0 3.1 0.3 0.7 4.9 3.8 0.9 4.2
C24 62.9 136.2 95.4 115.3 77.1 85.5 48.0 110.5 52.0
C25 99.1 95.8 137.0 166.0 183.0 201.4 73.2 108.6 69.6
C26 64.0 109.0 96.4 105.6 74.0 86.7 52.9 105.2 54.0
C27 131.9 147.6 191.6 240.4 242.1 281.0 98.7 147.0 94.6
C28 98.8 130.1 132.5 142.8 115.6 124.2 63.1 119.2 72.8
C29 306.3 333.9 469.7 562.3 609.8 720.2 250.3 302.1 217.3
C30 103.7 126.5 146.6 138.0 126.5 148.1 68.0 125.9 83.6
C31 273.4 318.5 474.9 386.1 430.8 533.0 183.5 242.6 175.0
C32 85.2 122.3 132.1 102.4 90.4 103.7 39.7 97.3 59.1
C33 256.1 310.9 459.1 302.9 337.7 454.7 153.3 214.5 150.4
C34 57.0 84.1 89.2 53.5 49.2 57.8 28.1 53.8 44.0
C35 186.7 229.1 317.3 190.0 201.3 304.1 132.7 171.1 133.7
Resultados para os n-Alcanos 85
Tabela D.3: Valores obtidos para os n-alcanos das estações E07, E09, E10, resulta-
dos expressos em ng/g de massa seca
n-Alcano E7A E7B E7C E9A E9B E9C E10A E10B E10C
C15 2.2 8.3 6.5 17.7 31.4 32.0 16.3 22.8 5.6
C16 39.7 68.8 39.8 34.0 198.4 58.4 233.3 95.2 38.5
C17 26.1 35.7 34.2 34.3 68.3 54.0 33.4 39.2 19.8
Pistano 10.0 15.0 15.3 19.3 31.2 26.2 14.2 19.7 9.8
C18 132.2 157.4 98.0 55.1 340.7 160.1 375.0 145.6 81.7
Fitano 12.3 27.6 24.3 28.1 39.7 28.4 19.6 24.7 15.9
C19 16.3 29.5 36.2 35.0 62.4 40.2 31.6 42.0 27.3
C20 92.8 168.3 86.7 41.4 232.5 178.6 256.2 109.9 66.4
C21 14.8 24.5 25.8 39.0 62.2 53.5 31.3 30.5 23.6
C22 54.5 137.1 75.9 36.9 160.9 123.6 151.0 62.6 38.9
C23 0.3 1.3 4.5 4.0 1.4 2.2 0.8 1.1 0.8
C24 38.4 83.7 54.5 56.6 146.3 106.2 107.9 49.7 50.1
C25 17.0 32.4 37.2 238.6 299.0 295.6 91.9 81.9 77.5
C26 36.3 62.3 53.8 82.4 116.0 91.3 85.3 45.5 49.0
C27 23.3 36.0 52.2 360.7 447.5 455.8 163.7 138.4 133.6
C28 28.3 61.0 56.4 168.8 162.8 163.7 91.4 64.8 64.8
C29 42.0 80.4 77.4 976.1 1242.7 1320.9 467.1 422.2 408.0
C30 23.4 57.2 55.0 174.2 162.5 156.6 86.8 67.1 64.8
C31 32.5 69.4 79.8 541.2 628.1 674.7 264.3 229.9 221.3
C32 17.3 46.4 43.7 148.7 133.1 135.2 72.0 55.0 52.6
C33 35.9 75.9 68.6 459.6 557.9 608.1 213.8 191.2 184.1
C34 9.6 26.3 29.0 108.3 86.1 88.3 41.2 35.0 33.3
C35 33.9 84.5 76.2 224.8 278.2 301.0 63.7 120.1 90.7
86 Resultados para os n-Alcanos
Tabela D.4: Valores obtidos para os n-alcanos das estações E11, E12, E13, resulta-
dos expressos em ng/g de massa seca
n-Alcano E11A E11B E11C E12A E12B E12C E13A E13B E13C
C15 9.0 11.9 20.2 19.3 23.5 46.5 7.1 13.6 10.9
C16 47.2 90.1 40.9 59.4 101.0 74.0 60.8 60.8 77.2
C17 28.8 45.1 47.0 51.8 58.5 65.2 37.8 40.9 39.8
Pistano 12.9 18.3 19.9 22.3 19.6 25.7 13.7 15.2 14.0
C18 88.8 185.6 51.6 93.7 199.8 97.4 124.1 87.4 185.3
Fitano 18.0 19.1 23.4 21.6 22.0 25.2 15.7 17.6 21.1
C19 36.2 36.2 46.0 37.1 44.2 48.6 26.0 0.3 42.9
C20 75.2 133.7 61.5 84.8 177.1 84.1 97.1 83.3 245.9
C21 27.4 37.7 58.8 45.3 61.2 45.8 29.2 36.2 37.6
C22 40.2 95.2 51.0 52.0 115.5 59.0 106.5 66.3 176.9
C23 0.8 0.3 0.3 0.3 0.3 0.9 0.8 0.8 0.9
C24 34.2 104.4 51.7 45.5 103.1 51.2 91.1 51.1 114.0
C25 51.5 74.3 94.3 72.6 88.6 80.5 73.6 70.1 88.4
C26 36.3 74.0 66.1 45.8 84.5 54.9 61.8 47.1 79.9
C27 100.7 141.6 178.2 142.8 167.1 156.9 167.8 147.6 187.5
C28 52.2 84.5 105.6 72.8 99.1 82.4 83.7 70.2 99.8
C29 363.0 517.9 620.9 518.7 598.8 578.0 667.3 548.7 745.6
C30 56.5 80.4 112.4 75.3 100.0 89.9 79.2 74.4 101.9
C31 214.2 319.3 420.0 324.8 400.2 385.6 344.3 347.7 481.2
C32 45.4 65.5 100.5 65.3 89.1 88.4 67.5 65.2 91.3
C33 188.7 283.0 382.0 299.8 387.5 374.8 419.6 368.6 524.9
C34 27.0 38.3 61.0 36.0 49.0 49.9 33.4 33.9 46.3
C35 110.8 187.2 266.7 170.8 242.6 108.8 77.3 138.2 110.9
Resultados para os n-Alcanos 87
Tabela D.5: Valores obtidos para os n-alcanos da estação E14, resultados expressos
em ng/g de massa seca
n-Alcano E14A E14B E14C
C15 16.9 19.8 43.6
C16 70.4 75.6 51.3
C17 46.1 49.0 16.7
Pistano 16.7 16.2 59.9
C18 104.5 129.9 15.9
Fitano 15.7 16.0 23.3
C19 26.8 26.0 54.6
C20 96.8 115.8 34.1
C21 45.8 36.3 49.5
C22 105.9 98.5 1.0
C23 0.7 0.2 50.0
C24 114.4 76.8 95.2
C25 89.9 99.3 52.1
C26 80.3 65.2 226.3
C27 179.5 240.5 100.5
C28 95.8 105.4 909.6
C29 684.8 979.8 108.4
C30 88.7 112.9 517.5
C31 380.0 568.1 94.9
C32 71.6 90.4 555.6
C33 409.1 622.2 49.2
C34 38.9 52.5 115.3
C35 86.5 128.9 3224.7
88 Resultados para os n-Alcanos
Apêndice E
Resultados Isotópicos para os n-Alcanos
Tabela E.1: Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E01, E02 e E03 re-
sultados expressos em relação ao VPDB (∗ Valores não detectados.)
n-Alcano E1A E1B E1C E2A E2B E2C E3A E3B E3C
C16 -25.3 -28.3 -25.6 -25.3 -26.8 -25.3 -25.7 -26.3 -25.2
C17 -28.3 -29.6 -28.4 -27.2 -28.4 -27.0 -24.1 -23.4 -24.9
C18 -23.3 -27.2 -26.1 -27.2 -27.3 -25.7 -27.3 -26.5 -27.3
C19 -28.3 -27.9 -28.9 -28.3 -28.6 -27.8 -27.7 -28.9 -28.7
C20 -26.2 -23.7 -23.4 -23.9 -25.6 -25.4 -25.6 -26.4 -25.7
C21 ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗
C22 -26.6 -25.3 -28.5 -26.6 -26.1 -30.2 -30.2 -27.8 -32.2
C23 -31.1 -29.5 -29.2 -27.1 -28.3 -27.7 -28.3 -29.5 -28.1
C24 -27.8 -26.3 -27.5 -26.8 -26.8 -27.6 -29.6 -27.3 -30.6
C25 -29.7 -28.9 -29.6 -29.7 -28.4 -28.5 -28.9 -28.3 -31.0
C26 -31.9 -27.1 -26.0 -31.9 -28.9 -30.2 -30.7 -29.9 -29.5
C27 -31.8 -29.7 -29.4 -31.8 -31.0 -30.1 -31.1 -31.7 -31.9
C28 -30.3 -27.8 -29.3 -30.3 -29.3 -30.4 -30.9 -30.8 -30.6
C29 -31.3 -27.8 -30.3 -31.3 -29.2 -31.6 -31.2 -31.3 -30.9
C30 -32.2 -28.0 -33.7 -33.2 -33.4 -32.8 -33.0 -29.6 -32.9
C31 -32.9 -28.7 -31.1 -31.9 -30.8 -31.5 -32.9 -33.7 -32.8
C32 -31.4 -30.4 -29.2 -31.4 -30.4 -29.2 -30.4 -31.5 -30.9
C33 -31.7 -28.3 -28.4 -30.7 -29.6 -28.5 -30.2 -30.8 -31.6
89
90 Resultados Isotópicos para os n-Alcanos
Tabela E.2: Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E04, E05 e E06 re-
sultados expressos em relação ao VPDB (∗ Valores não detectados.)
n-Alcano E4A E4B E4C E5A E5B E5C E6A E6B E6C
C16 -28.3 -27.8 -28.0 -32.5 -28.7 -32.3 -30.1 -26.6 -30.8
C17 -28.3 -21.3 -27.7 -25.7 -24.1 -25.6 -22.2 -22.8 -25.5
C18 -27.3 -25.8 -25.9 -26.9 -26.2 -23.0 -26.3 -25.6 -26.8
C19 -26.3 -26.9 -27.1 -27.1 -26.6 -27.2 -26.9 -26.1 -27.5
C20 -25.9 -29.7 -25.7 -24.9 -30.4 -25.8 -29.2 -27.4 -28.3
C21 ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗
C22 -28.6 -27.9 -29.7 -30.1 -31.6 -32.5 -27.7 -29.5 -29.8
C23 -28.1 -28.9 -28.1 -28.5 -28.3 -29.0 -29.2 -26.5 -30.1
C24 -27.8 -28.3 -28.8 -26.4 -26.0 -27.0 -27.2 -27.7 -27.3
C25 -29.7 -28.9 -28.8 -24.1 -26.7 -27.9 -27.5 -26.7 -28.7
C26 -31.9 -31.7 -33.2 -30.1 -33.9 -34.5 -29.2 -29.0 -29.7
C27 -31.8 -30.6 -30.9 -31.4 -29.6 -30.6 -30.7 -28.1 -31.2
C28 -30.3 -30.8 -31.2 -33.1 -28.3 -29.7 -32.2 -30.6 -32.1
C29 -31.3 -31.3 -31.3 -31.0 -28.5 -30.3 -31.5 -29.9 -31.1
C30 -32.2 -31.4 -33.0 -29.7 -29.3 -29.6 -29.2 -30.0 -32.6
C31 -32.9 -33.1 -32.9 -32.9 -32.9 -31.6 -31.5 -32.9 -31.1
C32 -31.4 -30.8 -32.5 -34.0 -31.7 -32.9 -33.0 -31.7 -32.7
C33 -31.7 -30.2 -29.7 -28.4 -27.0 -29.7 -28.2 -27.6 -27.0
Tabela E.3: Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E07, E09 e E10 re-
sultados expressos em relação ao VPDB (∗ Valores não detectados.)
n-Alcano E7A E7B E7C E9A E9B E9C E10A E10B E10C
C16 -26.1 -26.6 -28.4 -27.6 -27.7 -32.5 -27.0 -27.2 -27.2
C17 -23.5 -22.7 -23.7 -27.5 -25.6 -27.0 -27.0 -28.6 -27.4
C18 -26.3 -26.1 -28.3 -26.8 -25.7 -27.4 -29.9 -28.1 -27.1
C19 -27.5 -26.2 -28.0 -26.3 -26.6 -26.3 -29.9 -28.5 -27.4
C20 -28.5 -29.1 -30.1 -29.9 -29.2 -36.3 -31.3 -32.1 -34.5
C21 -21.7 -22.7 -21.2 -18.2 -18.2 -12.4 -30.8 -30.4 -33.0
C22 -31.3 -27.7 -31.2 -29.3 -27.3 -30.2 -30.3 -30.3 -29.5
C23 ∗ ∗ ∗ -29.3 -29.7 -28.9 -31.4 -29.3 -29.3
C24 -25.6 -25.1 -27.6 -30.8 -27.7 -28.5 -29.7 -29.6 -28.5
C25 -24.5 -23.5 -24.8 -23.2 -28.9 -29.0 -31.1 -29.8 -29.2
C26 -35.9 -25.2 -29.2 -28.5 -31.8 -33.9 -31.1 -30.0 -31.5
C27 -35.4 -28.7 -30.2 -26.5 -33.0 -31.7 -32.0 -30.4 -31.7
C28 -35.0 -32.2 -32.0 -25.7 -35.2 -33.1 -32.1 -21.8 -31.7
C29 -31.5 -30.6 -30.8 -21.1 -33.8 -32.8 -32.7 -32.1 -33.4
C30 -28.8 -29.1 -31.2 -23.3 -34.3 -31.3 -32.3 -32.6 -31.7
C31 -33.4 -34.2 -31.1 -19.3 -36.3 -34.4 -32.9 -32.4 -34.3
C32 -32.6 -36.9 -32.6 -27.4 -29.1 -29.6 -31.6 -31.8 -31.7
C33 -28.9 -29.0 -28.4 -22.4 -31.4 -31.2 -31.8 -32.0 -29.9
Resultados Isotópicos para os n-Alcanos 91
Tabela E.4: Valores isotópicos para os n-alcanos das estações E11, E12 e E13 re-
sultados expressos em relação ao VPDB
n-Alcano E11A E11B E11C E12A E12B E12C E13A E13B E13C
C16 -27.7 -27.2 -27.2 -28.7 -27.5 -27.9 -27.4 -27.2 -27.7
C17 -26.3 -27.9 -25.5 -27.4 -26.3 -26.1 -28.7 -26.5 -25.1
C18 -29.4 -27.5 -28.8 -29.7 -27.0 -24.6 -29.7 -25.4 -26.9
C19 -29.3 -28.3 -27.1 -30.0 -28.7 -28.1 -30.0 -25.6 -27.9
C20 -29.1 -29.0 -30.6 -30.0 -29.8 -30.9 -31.4 -28.9 -29.1
C21 -33.3 -32.5 -33.2 -32.3 -31.5 -33.2 -31.8 -27.2 -33.2
C22 -30.1 -28.3 -29.4 -31.1 -28.7 -32.6 -30.5 -29.2 -29.0
C23 -30.2 -30.9 -27.7 -30.5 -29.9 -28.9 -30.6 -28.3 -30.8
C24 -28.8 -28.1 -30.6 -30.7 -27.4 -28.8 -29.8 -29.7 -28.7
C25 -31.0 -28.0 -28.8 -30.7 -29.3 -29.4 -30.4 -28.6 -29.0
C26 -29.4 -29.9 -31.4 -31.4 -30.6 -30.7 -30.8 -30.3 -29.3
C27 -31.7 -30.7 -31.0 -32.1 -31.4 -31.8 -31.8 -30.6 -31.8
C28 -32.7 -29.7 -31.7 -32.5 -30.6 -32.2 -31.6 -30.9 -31.1
C29 -32.6 -30.8 -32.5 -32.7 -32.4 -32.2 -32.5 -32.1 -33.1
C30 -32.8 -31.2 -30.9 -31.8 -30.6 -32.2 -30.5 -30.2 -31.3
C31 -33.1 -32.4 -33.5 -33.0 -33.5 -33.0 -33.8 -32.7 -33.1
C32 -31.8 -33.1 -32.4 -32.2 -31.3 -25.1 -31.6 -29.7 -30.8
C33 -31.2 -30.5 -31.0 -32.1 -30.9 -31.0 -32.1 -30.7 -32.2
Tabela E.5: Valores isotópicos para os n-alcanos da estação E14, resultados expres-
sos em relação ao VPDB
n-Alcano E14A E14B E14C
C16 -27.0 -27.5 -27.0
C17 -27.0 -26.2 -25.1
C18 -28.8 -26.9 -26.1
C19 -29.8 -27.3 -28.9
C20 -31.0 -27.3 -28.9
C21 -30.4 -30.4 -32.4
C22 -30.3 -27.8 -30.9
C23 -30.5 -28.0 -28.0
C24 -29.8 -25.3 -29.0
C25 -30.6 -26.1 -28.5
C26 -30.4 -25.8 -30.2
C27 -31.9 -27.3 -31.3
C28 -31.5 -28.9 -30.7
C29 -32.7 -26.5 -32.5
C30 -31.9 -27.0 -31.0
C31 -32.8 -31.2 -32.2
C32 -31.1 -30.2 -29.5
C33 -32.0 -30.9 -31.5
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