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Fatec Sorocaba
TECNOLOGIA DE ESTAMPAGEM
Professor: Eng. Msc. Ivar Benazzi Jr.
Elpidio Gilson Caversan
Apoio:
Monitora: Denise A. Queiroz Lima
DM 0206007-01
Revisão Março 2010
www.fatec.org
TECNOLOGIA DE ESTAMPAGEM – ÍNDICE
1- INTRODUÇÃO
1.1- Operações de corte ................................................................................................ pág 04
1.2- Operações de deformação ..................................................................................... pág 06
1.3- Generalidades dos Metais...................................................................................... pág 07
A - Operações no Trabalho dos Metais em Chapas................................................pág 08
B - Os Metais em Chapas ..................................................................................pág 08
C - Fabricação dos Metais Laminados.................................................................. pág 08
D - Características dos Metais em Chapas............................................................ pág 09
E - Características das Chapas.............................................................................. pág 10
F - Verificações das Chapas ........................................................................... pág 10
2- OPERAÇÕES DE CORTE
2.1- Corte com tesoura guilhotina .......................................................................pág 12
A - Força de corte em tesoura guilhotina............................................................. pág 12
B - Fases do corte em tesoura guilhotina............................................................. pág 13
C - Tesoura guilhotina com facas paralelas.......................................................... pág 14
D - Tesoura guilhotina com facas inclinadas....................................................... pág 15
E - Condição máxima de inclinação das facas............................................... pág 16
F - Geometria de corte das facas.......................................................................... pág 18
G - Folga entre as facas da guilhotina................................................................... pág 18
2.2- Puncionamento........................................................................................................pág 18
A - Força de corte no puncionamento................................................................... pág 19
B - Folga entre punção e matriz............................................................................ pág 19
C - Estudo de Lay-out da tira (Baixa Produção)................................................... pág 21
- Utilização racional do material.............................................................. pág 21
- Estampo com disposição normal (Vertical) .......................................... pág 22
- Estampo com disposição normal (Horizontal) ..................................... pág 24
- Estampo com disposição e inversão de corte.................................. pág 25
- Estampo de peças circulares.................................................................... pág 26
D – Estudo de Lay-out de fita (Alta Produção) .................................................... pág 30
- Utilização racional do material.............................................................. pág 30
- Estampo com disposição normal (Vertical) .......................................... pág 31
- Estampo com disposição e inversão de corte................................... pág 32
- Estampo de peças circulares.................................................................... pág 34
E - Determinação do posicionamento da espiga.................................................... pág 36
- Método analítico..................................................................................... pág 36
- Método do baricentro do perímetro ................................................. pág 38
- Espiga de Fixação ............................................................................ pág 41
F - Construção e execução dos estampos de corte ...................................... pág 42
- Simples de corte ......................................................................................... pág 42
- Aberto com guia para o punção ................................................... pág 43
- Fechado com guia p/ o punção e p/ a chapa............................................ pág 43
- Aberto com colunas de guias ................................................................ pág 43
- Aberto com extrator flutuante guiado por colunas ......................... pág 44
- Aberto com extrat. flut. e porta-punção guiado por colunas.................. pág 44
- Progressivo.............................................................................................. pág 45
G - Estampos progressivos de corte ............................................................... pág 45
H - Elementos construtivos dos estampos de corte ...................................... pág 48
- Limitadores de avanço............................................................................ pág 48
- Placas de choque ............................................................................. pág 51
- Punções ......................................................................................... pág 52
- Porta-punção ................................................................................... pág 54
- Régua de Guia da Fita............................................................................ pág 54
- Apoio da tira ......................................................................................... pág 56
- Placa Guia ......................................................................................... pág 56
- Fatec - So - Tecnologia de estampagem -
-2-
- Molas ...................................................................................................... pág 57
I- Matrizes ...................................................................................................... pág 59
- Características geométricas ............................................................... pág 59
- Cálculo da vida útil e espessura do talão ..................................... pág 59
- Cálculo da espessura da matriz ................................................... pág 60
- Cálculo da espessura da parede entre furos ..................................... pág 61
- Materiais para punções e matrizes.......................................................... ........... pág 61
3- OPERAÇÕES DE DEFORMAÇÃO
3.1- Dobra ................................................................................................................... pág 62
A - Cálculo da força de dobramento ................................................................ pág 62
B - Raio mínimo de dobra ............................................................................ pág 64
C - Retorno elástico ............................................................................................ pág 64
D - Cálculo do comprimento desenvolvido ................................................... pág 67
E - Dobras de perfil em “U” ............................................................................. pág 70
- Força de dobramento s/ planificação de fundo....................................... pág 70
- Força de dobramento c/ planificação de fundo....................................... pág 70
- Força de dobramento c/ utilização de sujeitadores ........................ pág 71
E - Estampos de enrolar ............................................................................. pág 75
3.2 - Repuxo...................................................................................................... ............ pág 75
A - Cálculo do diâmetro do blanque ............................................................... pág 76
- Método das igualdades entre as áreas..................................................... pág 76
- Método do baricentro do perímetro ................................................... pág 77
B - Repuxo em vários estágios............................................................................... pág 78
3.3 - Etapas do Repuxo ................................................................................................ pág 83
A - Análise do produto ......................................................................................... pág 83
B – Diâmetro do disco ......................................................................................... pág 83
C – Número de estágios ....................................................................................... pág 85
D – Força de Repuxo .......................................................................................... pág 85
E – Sujeitadores .................................................................................................. pág 86
F – Extratores ....................................................................................................... pág 86
G – Folga entre punções e matrizes .................................................................... pág 86
H – Componentes do primeiro repuxo ............................................................... pág 87
I – Componentes dos demais estágios de repuxo ................................................. pág 87
J – Guias Flutuantes ............................................................................................ pág 87
K – Escolha da Prensa – força total .................................................................... pág 87
4- FERRAMENTAIS DIVERSOS
4.1- Classificações das ferramentas.............................................................................. pág 88
4.2- Elementos Normalizados ............................................................................. pág 90
5- EQUIPAMENTOS
5.1 – Prensas ....................................................................................................... pág 92
A - Características das Prensas.............................................................................. pág 92
B - Escolha da Prensa Conveniente ............................................................... pág 93
C -Dispositivos de Proteção ............................................................................ pág 93
D - Esquema de Repuxo e Estampo Progressivo.................................................. pág 95
5.2 – Dobradeira ....................................................................................................... pág 95
5.3 - Automações em Prensas..................................................................................... pág 96
A - Desbobinador para Fitas ............................................................................ pág 96
B - Endireitadores para Fitas ............................................................................ pág 97
6 - SIMBOLOGIA DE ESTAMPAGEM ................................................................ pág 103
7 - ROTEIRO DO PROJETO DE ESTAMPAGEM .................................................... pág 104
8 - COMPONENTES FUNDAMENTAIS DE UM ESTAMPO................................... pág 105
9 - TABELA DE TOLERÂNCIAS PUNÇÃO - MATRIZ ................................... pág 108
10 - SEQUÊNCIA DE CORTE DE PEÇAS INCLINADAS ................................... pág 110
12 – BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... pág 111
Estampagem é o conjunto de operações com as quais sem produzir cavaco submetemos uma
chapa plana a uma ou mais transformações com a finalidade de obtermos peças com geometrias
próprias. A estampagem é uma deformação plástica do metal.
Os estampos são compostos de elementos comuns a todo e quaisquer tipos de ferramentas
(base, inferior, cabeçote ou base superior, espiga, colunas de guia, placa de choque, placa guia,
parafusos e pinos de fixação, e outros) e por elementos específicos e responsáveis pelo formato da
peça a produzir (matriz e punções).
01- Espiga
02- Cabeçote ou Base Superior
03- Placa de choque
04- Porta Punção
05- Punção
06- Colunas de guia
07- Buchas
08- Pinos de fixação
09- Parafusos
10- Extrator
11- Guia das chapas
12- Matriz
13- Base inferior
Outra definição dá-se por processos de conformação mecânica, realizado geralmente a frio, que
compreende um conjunto de operações, por intermédio das quais uma chapa plana é submetida a
transformações por corte ou deformação, de modo a adquirir uma nova forma geométrica.
• Corte
• Entalhe
• Puncionamento
• Recorte
• Transpasse
• Dobramento
• Repuxo
• Extrusão
• Cunhagem
• Forjamento à frio
Repuxo - Obtenção de peças ocas a partir de chapas ou placas planas devido à penetração do material
na matriz forçada pelo punção (Ex. lataria de automóvel, copo de filtro de óleo, etc).
Utilização de vanguarda – caixilharia, tubos sem costura, tubos de pasta de dente, cápsculas de
armamentos, etc.
Forjamento à frio – obtenção de formatos que alteram drasticamente a geografia do blanque, Ex:
cabeças de parafusos , esferas (processo inicial), calibragem (operação de redução de espessura do
material após repuxo),etc.
• Capacidade de Produção
• Baixo preço de Custo
• Intercambiabilidade
• Leveza e Solidez das Peças Obtidas
Na origem deste método estava baseado na prática adquirida e no empirismo. As ferramentas eram
fabricadas nas oficinas sem intervenção de qualquer assistência técnica. Atualmente a maioria das
oficinas possui um escritório técnico (engenharia) para estudos de ferramentaria.
Indústrias inteiras nasceram do mencionado processo de trabalho. As aplicações deste método de
fabricação de peças encontram-se nos setores mais variados, desde brinquedos até material de
transporte entre muitos outros.
1 – Separação da matéria;
2 – Modificação da forma do material.
A primeira categoria abrange todas as operações de corte: cisalhar, puncionar, recortar as sobras,
corte parcial, cortar, cortar na forma, repassar.
Na segunda categoria encontram-se:
a) Modificação simples da forma: Curvar, Dobrar, Enrolar totalmente, enrolar os extremos,
aplainar, estampar;
b) embutir e repuxar
B - Os Metais em Chapas
A maioria dos metais pode ser trabalhada sob forma de chapas. Nesta apostila, nos limitaremos á
citar os principais metais utilizados:
• Aço;
• Cobre;
• Alumínio;
• Níquel e suas ligas;
• Zinco;
• Metais Preciosos.
As chapas obtidas por laminação a frio devem ter uma espessura regular e um perfeito acabamento
superficial.
Para obter tais resultados é indispensável que os lingotes utilizados para a fabricação de “blooms”
e placas estejam isentos de defeitos, pois estes se transmitirão à chapa.
Estes defeitos são principalmente:
1) bolhas: furos produzidos na chapa, por inclusão de gás;
2) picadas: bolhas muito pequenas e muito numerosas; Estes defeitos, tornados mais ou menos
invisíveis, ao laminar, podem, após a decapagem, dar chapas arqueadas ou picadas;
3) bolsadas: vácuo central, criado pela contração; exige a eliminação das extremidades do lingote
antes da laminação;
4) fendas: produzidas durante o resfriamento do lingote ou devido a um forjado a tempeatura
muito baixa (defeito grave, difícil de se descobrir).
Para efetuar as distintas operações a que está sujeito o metal e, principalmente o repuxo, é
necessário que este seja homogêneo, maleável, dúctil, com grão suficientemente fino e com um bom
acabamento superficial.
As chapas caracterizam-se por:
Ao receber o material pedido, é preciso ter certeza de que o mesmo obedece às prescrições
exigidas.
As chapas devem ser verificadas conforme dentro dos limites de tolerância especificadas no pedido
e normas. Essas verificações serão efetuadas nas:
a) dimensões
- comprimento;
- largura;
- espessura.
b) características mecânicas
Verificação das Qualidades Mecânicas:
- Ensaio de Tração;
- Ensaio de Dureza;
- Dureza Rockwell;
- Dureza Shore.
c) qualidades tecnológicas
- Ensaio de Dobra;
- Ensaio de Embutição;
- Máquina Ericksen;
- Máquina Guillery.
Fc = Ac x τcis
Obs: a folga excessiva das facas de corte pode conduzir em quebra da ferramenta de corte.
2ª fase: Cisalhamento
Obs: Para materiais mais moles, se utilizam facas de corte com ângulos de corte menores.
Deformação: Região 1
Um canto arredondado, no contorno em contato com um dos lados planos da chapa, e que
corresponde à deformação do material no regime plástico. Quanto mais duro for o material menor será
esta região.
Cisalhamento: Região 2
Uma faixa brilhante, ao redor de todo o contorno de corte,com espessura quase constante, e que
corresponde a um cisalhamento no metal cortado. Também é menor para materiais mais duros.
Ruptura: Região 3
Uma faixa áspera, devido à granulação do material,levemente inclinada que corresponde ao
trecho onde ocorreu o destacamento,visto que a área útil resistente vai diminuindo até que se dê a
separação total das partes.
Comentários:
Exercício:
Determinar qual é a força de corte (Fc) necessária para cortar uma chapa em uma guilhotina de facas
paralelas.
l = 30cm
e = 3mm
τcis = 30kgf/mm²
Neste equipamento observa-se nas tiras muito finas um fenômeno conhecido como efeito “hélice”
em que a chapa tende a se enrolar.
Esta construção necessita um curso um pouco maior devido ao desalinhamento sendo isto uma
limitação.
e_ = tg λ (1)
x Ac = e² (3)
2.tg.λ
Ac = e.x (2)
2
Exercício:
Determinar qual é a força de corte (Fc) necessária para cortar uma chapa em kgf com uma guilhotina
de facas inclinadas.
l = 30cm
e = 3mm
λ = 8°
τcis = 30 kgf / mm²
2 Fat ≥ Ft (1)
P = FN . cos λ (2) Obs : Valores típicos de λ = de 8° a 10°
Ft =FN . sen λ (3)
Fat = P. µ (4)
2 Fat = 2P. µ
.
·. 2 P. µ ≥ Ft 2µ ≥ tg λ (5)
2 FN.cos λ . µ ≥ FN.sen λ
2cos λ . µ ≥ sen λ
Exercícios:
1- Determinar qual é a máxima inclinação das facas para a mesma chapa do caso anterior, porém,
considerando faca inclinada, onde:
µ = 0,15 (aço/alumínio).
2 - Uma indústria deseja comprar uma tesoura guilhotina para cortar chapas de aço, cobre e
alumínio. Determinar a capacidade da tesoura e o ângulo de inclinação das facas, sabendo-se que as
espessuras máximas das chapas são:
Particularidades :
Um ângulo menor de β implica em redução na resistência da faca.
A potência requerida aumenta para maiores ângulos de β.
Ângulos típicos:
Folga = Espessura
25
Obs : Folgas grandes podem provocar a quebra das facas.
Folgas pequenas provocam o rápido desgaste das arestas de corte.
2.2 – Puncionamento
É uma operação utilizada para se efetuar o corte de figuras geométricas por meio de punção e matriz
por impacto.
Fc = Ac x τcis
Fc = Força de corte
Onde τcis = Tensão de cisalhamento do material (kgf/mm²)
Ac = Área de corte (secção resistiva de corte) = l . e
l = comprimento de corte ( mm) (Perímetro)
e = espessura de corte (mm)
Neste caso:
Segundo Oehler: (f = D - d)
____
f/2 = 0,005 . e . √ τcis p/ e ≤ 3 mm
___
f/2 = (0,010.e - 0,015) . √τcis p/ e >3mm
Exercício:
Determinar as dimensões dos punções e matrizes para estampagem da arruela abaixo.
Calcular a força de corte e esquematizar o ferramental.
Material : Aço SAE 1020 τcis = 28 kgf/mm²
Resolução:
Esquematizar o Ferramental:
Exemplo:
Determinar as diferentes disposições sobre a tira possíveis para cortar a peça acima. Utilize chapa de
aço padronizada de 2000x1000x1.
Calcular:
Cálculo de S : (S)
% de Utilização: (%U2)
% de Utilização: (%U1)
Cálculo de S : (S)
Número de peças por tira: (npt1) Número de peças por tira: (npt2)
Número de peças por chapa: (npc1) Número de peças por chapa: (npc2)
Cálculo de S : (S)
% de Utilização: (%U2)
% de Utilização: (%U1)
Número de tiras de 1 metro de
comprimento por chapa: (ntc2)
B = largura da tira
a = avanço
n = número de peças
B = D + 2S
a+D+S
B= (D+S).sen60°+D+2S
a+D+S
n = [(l - (D + S) . sen30° + D + 2S)] . 2 + 2
D+S
B= (2D+2S).sen60°+D+2S
A+D+S
n = { [l-(D+2S)].3} + 2
D+S
Exemplo:
Determinar o número de peças circulares com diâmetro de 80 mm que se pode obter de uma chapa
2000x1000x1 mm considerando:
Resolução:
S= 1,5(0,4e+0,8) mm
S= 1,5.0,4+0,8 = s+1,8o mm
a =D+S
a =80+1,8
a =81,8 mm
B= D+2 s
B= 80+2.1,8
B= 83,6 mm
Cálculo de B para 2 carreiras
B=(D + s).sen60°+D+2S
B=(80+1,80)sen 60º+80+2.1,8
B= 154,5 mm
B= (2D+2S)sen60°+D+2S
B=(2.80+2.1,80)sen60°+80+2.1,80
B= 225,28 mm
n = l – D + 2S +1
D+S
n = 1000-80+2.1,80 +1
80+1,8
n = 2000-80+2.1,80 +1
80+1,8
n ={[ n-(D+2S)].3} +2
D+S
n ={ [1000-(80+2.1,8)].3} +2
80+1,8
n = 35 . 8 n = 280 peças
n = 2000-(83,16) .3 +2
81,8
n = 72 . 4
n = 288 peças
L = Largura da fita
B = Largura aproximada da fita apenas para efeito de cálculo do “S”
A economia do material é o aspecto mais importante, que justifica os cálculos para assegurar uma
utilização racional do material.
A determinação do intervalo ou espaço a deixar entre as duas peças e nos cantos da chapa varia
conforme as dimensões da peça e espessura do material.
Adota-se geralmente:
- Fatec - So - Tecnologia de estampagem -
- 30 -
Porcentagem de utilização da Fita
% Utilização = Ap.n x 100
Af
Peças retangulares
Exemplos:
Determinar as diferentes disposições sobre a fita possíveis para cortar a peça acima.
Calcular:
Passo = 35 + 1,2
Passo = 36,2
L = 1,2+50+1,2
L = 52,4
Cálculo de S : (S)
S = 0,4 . E + 0,8 porque B< 70mm ; e > 0,5mm
S = 0,4 . 1 + 0,8
S = 1,2
Passo = 35 + 10+2x1,2
Passo = 47,4
L = 1,2+50+1,2
L = 52,4
Cálculo de S : (S)
S = 0,4 . E + 0,8 porque B< 70mm ; e > 0,5mm
S = 0,4 . 1 + 0,8
S = 1,2
Passo = 35 + 1,2
Passo = 36,2
Cálculo da largura da fita: (2B)
L = 1,2+50+1,2+10+1,2
L = 63,6 mm
B = largura da tira
a = avanço
B=D+
a+D+S
B= (D+S).sen60°+D+2S
a+D+S
B= (2D+2S).sen60°+D+2S
A+D+S
Exemplos:
Determinar o melhor lay-out para a produção de peças circulares com diâmetro de 80 mm em:
Resolução:
S= 1,5(0,4e+0,8) mm
S= 1,5.0,4+0,8 = s+1,8o mm
a =D+S
a =80+1,8
a =81,8 mm
L= D+2 s
L= 80+2.1,8
L= 83,6 mm
Área do Passo: 81,8 * 83,6 = 6838,48
L=(D + s).sen60°+D+2S
L=(80+1,80)sen 60º+80+2.1,8
L= 154,5 mm
Área do Passo: 81,8 * 154,5 = 12638,10
L= (2D+2S)sen60°+D+2S
L=(2.80+2.1,80)sen60°+80+2.1,80
L= 225,28 mm
Área do Passo: 81,8 * 225,28 = 18427,90
Xg = P1.x1+P2.x2+P3.x3+P4.x4
(P1+P2+P3+P4)
XG = P1.X1+P2.X2+P3.X3
P1+P2+P3
P1 = L1.e.τcis
P2 = L2.e.τcis
P3 = L3.e.τcis
XG = e. τcis . (L1.X1+L2.X2+L3.X3)
e.τcis.(L1+L2+L3)
XG = ΣLi.Xi
ΣLi
YG = ΣLi.Yi
ΣLi
Ponto Xi Yi Li Li.Xi Li.Yi
1
2
3
Σ
ΣLi ΣXiLi ΣYiLi
XG = Σ Li.Xi
Σ Li
YG = Σ Li.Yi
Σ Li
Exemplo :
Não é válido calcular o CG em relação à área para figuras irregulares. Nestes casos
calculamos o CG em relação ao perímetro que é onde haverá corte.
Determinar o CG do estampo :
YG = Σ Li.Yi =
Σ Li
YG =
Espiga de Fixação
O peso da parte superior é calculado sempre para este caso de uma maneira aproximada,
considerando-o até por estimativa. A letra “S” encontrada logo após a fórmula será o coeficiente de
segurança que adotaremos com sendo 2,5 a 3 para determinarmos a área do núcleo da rosca.
Depois que calcularmos a área do núcleo da rosca, podemos encontrar o diâmetro do mesmo
com a fórmula a seguir:
Obs: Alguns tipos de Ferramentas progressivas, de vários estágios e, ou de grande parte são fixadas
ao cabeçote superior através de grampos mecânicos (com parafusos)ou hidráulicas
Dificilmente iremos calcular um diâmetro de núcleo que coincida com uma rosca normalizada, por
este motivo, podemos aumentá-lo até encontrar um diâmetro de rosca imediatamente superior.
Obs: É usado apenas um alimentador . A opção C1 é utilizada quando a fita é extremamente fina ou quando
se deseja manter a integridade da fita de retalho para uso posterior. Apenas neste caso é utilizado o bobinador
“E”.Caso não seja usado o retalho podemos “pica-lo” através de uma pequena guilhotina, para facilitar o
descarte como sucata.
Para melhorar a produção é necessário que a prensa seja alimentada com continuidade e a
chapa colocada em disposição correta. Para isto, existem dispositivos simples e complexos,com
funcionamento manual ou automático. Eles limitam o avanço da fita a cada golpe da prensa.
Limitadores centralizadores
Avanços Automáticos
São dispositivos mecânicos ou pneumáticos que funcionam com movimentos sincronizados com
as prensas utilizadas para estampar.
– Placas de choque
Para impedir que a punção penetre no cabeçote, coloca-se entre a cabeça do punção e o
cabeçote do estampo, uma placa de aço temperado com espessura máxima de 5 mm a 8mm. Outra
função é a distribuição da pressão da punção.
O Material é normalmente utilizado o aço SAE 1045 e levando um tratamento térmico não
obrigatório de HRC 45-48, não havendo necessidade de maior dureza para não torná-la quebradiça.
Podemos usar também uma única placa com o mesmo dimensionamento (largura e
comprimento) do porta punção, por haver um menor tempo de usinabilidade e/ou por motivos de
punções com geometrias mais complexas, para isso chamamos de placa de choque inteiriça.
Onde:
- Punções
Tipos e forma de fixação:
O tipo mais utilizado é o retificado em esquadro (1); é o mais barato e sempre usado para corte
de chapas com e ≤ 2mm.
Verificação 2: Flambagem
Alguns Valores de J
Jmin = πd4
64
Jmin = _a4
12
Jmin = b.h3
12
Porta-punção
p/
p/
Em geral:
p/
p/
p/
p/
p/
p/
e = espessura da chapa
a = largura da tira
Caso esta régua seja temperada e acima de 400 mm de comprimento, é conveniente dividi-la
em segmentos para evitar empenamentos durante tratamento térmico.
Apoio da tira
É uma simples placa fabricada em material comum SAE 1010, fixada com parafuso não
sendo necessário colocar pinos. Quanto a usinagem, pode ser feita somente do lado em que a tira do
produto seja apoiada.
Geralmente tem largura igual ao somatório entre os elementos, régua guia e a largura do
produto. A espessura em geral é igual a 8 mm. O comprimento é determinado pelas réguas de guia.
Em estampos cujo produto tem espessura fina aplicamos um tipo de apoio formando um
túnel, que seria o apoio normal, e uma placa montada na parte superior, dando o intervalo nesta
montagem de 2 espessuras mínimas do produto.
Placa Guia
A placa de guia geralmente é confeccionada de aço SAE 1020 não havendo necessidade de
tratamento térmico. Sua espessura deve-se relacionar com o comprimento do punção sendo que, em
geral, aplicamos:
h= L
4
A distância da placa guia á matriz, ou seja, o intervalo (i), depende da espessura da peça e da
régua guia como antes já foi observado.
Molas
Para se calcular as molas, devemos conhecer a força de extração. Esta força é aquela que
tem o objetivo de extrair o punção de dentro do furo cortado, pois, quando furamos uma
determinada peça o furo pode prender o punção.
Para o entendimento, a extração é determinada com os pontos em que se dará interferência
na extração.
Então consideremos a força de extração (Fe):
A mola ainda deve ser pressionada de 0,5 a 1 mm para que já inicie com uma pré-
compressão. Os cálculos devem ser verificados rigorosamente se as molas atingem o curso de
trabalho “f” mais a pré-compressão, assim como devem ser observados com o mesmo rigor, se no
ponto “a” tiverem força suficiente para extrair a peça.
Para determinarmos a capacidade da prensa devemos somar a “Fc” a todas as cargas das
molas quando estão totalmente comprimidas e, no final desta somatória, acrescentamos um
coeficiente de segurança de 10 a 30%, dependendo da máquina.
Por outro lado, podemos adquirir as molas no mercado, pois os fabricantes normalmente nos
informam todas as referências, tais como Ø do arame, Ø da mola, carga que pode suportar, curso,
etc., tendo disponível no mercado uma enorme série para ser escolhida de acordo com a situação.
Para efeito de conhecimento, temos a seguir as formulas para os cálculos das molas.
Onde:
Logo
I - Matrizes
Matrizes e punções constituem os elementos fundamentais das ferramentas. Na matriz está
recortado o formato negativo da peça a ser produzida. A matriz é fixada rigidamente sobre a base
inferida com parafusos, porta matriz ou outro meio, sempre de modo a formar um conjunto bem
sólido.
A matriz deverá ser confeccionada com material de alta qualidade e com acabamento finíssimo.
Características principais das matrizes de corte são:
Características Geométricas
T= n º de peças x 0,15
40.000 a 60.000
T = espessura do talão
Espessura retirada numa afiação (média) = 0,15 mm
Expectativa de peças produzidas entre afiações = 30000 a 40000 peças
Espessura da Matriz:
F E
ton cm
kgf mm
D 3-6 6 - 12 12 - 20
X 6 10 13
F (ton) 10 15 20 30 50 90 120
E (mm) 16 16 22 28 34 40 46
C (mm) 9 - 10 12 - 13 14 - 15 17 - 18 21 - 23 29 - 30 34 - 35
C' (mm) 11 - 12 14 - 15 17 - 18 21 - 22 26 - 27 36 - 37 41 - 42
2 a 3 . em OBS: Para matrizes inteiriças
Y (mm) ou encaixadas podemos
Z (mm) α . e (e = espessura da chapa em mm) tomar 0,8 . em
Valores de α :
p\e 0,2 – 0,5 0,8 – 1 1,2 – 1,5 1,8 – 2,5 2,8 – 3,5
16 4 – 10 2,5 – 3 1,7 – 2 1,2 - 1,5 0,8 – 1
30 4 – 13 3–4 2–3 1,5 - 1,8 1,4 – 1,5
60 6 – 15 4–5 3 – 3,5 2,2 - 2,6 1,8 – 2
100 8 – 20 5–6 4 – 4,2 3 – 3,5 2 – 2,5
150 10 – 25 6–7 4,5 – 5 3,2 – 4 2,8 – 3
200 15 – 30 7–8 5–6 3,8 – 5 3,5 – 4
300 15 – 35 7,5 – 9 5,5 – 6,5 5 – 6,2 4 – 4,6
onde: p = perímetro de corte (mm); e = espessura da chapa (mm)
Características:
1. Elevada resistência mecânica
2. Dureza elevada após tratamento térmico.
3. Resistência ao desgaste.
4. Resistência ao choque.
5. Boa temperatura e usinabilidade.
6. Indeformabilidade durante o tratamento térmico.
Onde:
P = força de dobramento.
la = abertura da matriz.
lb = comprimento da dobra.
e = espessura da chapa.
σd = tensão de dobra.
ω = módulo de resistência.
σd = M
ω
M = P . la ω = Jy = lb . e³ / 12 = lb . e²
sendo:
4 y e/2 6
P = 2 . lb . e² . σd
σd = P . la . 6 3 la
4 . lb . e²
Devido a dificuldade de se obter o valor correto de σd, costuma-se trabalhar com σr (tensão de
ruptura).
Nota: Segundo Schuler e Cincinati; σd = 2 . σr, isto é, a tensão de dobra é o dobro da tensão
de ruptura à tração, porém para dobras a 90° com la / e ≤ 10 não se aplica esta definição.
I - Caso
Se a ferramenta é como a figura do caso 2 (compressão), a força de dobra é dada por:
P = 2 . lb . e² . 2 .σr σr = tensão de ruptura (kgf/mm²)
3 la e = espessura da chapa (mm)
la = abertura da matriz (mm)
lb = comprimento da dobra(mm)
I – Exemplo
Qual é a força necessária para dobrar em ângulo reto uma tira de 1m de comprimento, espessura
de 3mm , σr = 40 kgf/mm² e a abertura ''V'' = 50mm.
Dados: lb = 1000mm
la = 50mm
σr = 40 kgf/mm²
σd = 2 . σr = 2 . 40 = 80 kgf/mm²
Resolução:
P = 2 . lb . e² . 2 .σr =
3 la
A força necessária para efetuar dobras em ângulos retos, em presas depende de:
Material Raio
Aço r = (1 a 3)e
Cobre r = (0,8 a 1,2)e
Latão r = (1 a 1,8)e
Zinco r = (1 a 2)e
Alumínio r = (0,8 a 1)e
Ligas de Alumínio r = (0,9 a 3) e
α’ = kα
O retorno elástico depende do material e da relação r/e . É maior nos materiais mais duros .
Valores de k
Exemplo:
Determinar o raio do punção e o ângulo de dobra para a peça em figura.Material : aço inox. 18 – 18.
Pelo diagrama sendo r = 5 = 2,5 .·. k =0,85
e 2
Observações:
Na dobra de perfis em “U”,os punções são executados com fundo levemente côncavo, para
compensar a ação elástica do material que tende a abrir o ângulo da dobra.
EXERCÍCIOS:
a) Abertura da matriz;.
b) Comprimento desenvolvido;
c) Força de dobramento;
d) Esquematizar a matriz;
Nas dobras de perfil em U as forças necessárias estão de acordo com a construção da ferramenta.
Em primeiro plano temos como influência a folga ente o punção e a matriz, e em segundo plano a
forma das entradas da matriz nos pontos de apoio do material.
A folga deve ser escolhida, suficientemente grande de forma que não haja estiramento do
material, e sim apenas as dobras nos raios internos.
Raios internos das dobras (tanto na peça como na matriz), devem ser no mínimo igual a
espessura do material. Nas dobras de perfis em “U” sem pisadores tornam-se os fundos abaulados,
que em parte necessitam de grandes forças para a sua planificação.
As forças para planificar o fundo no fim do dobramento podem alcançar valores de até duas vezes e
meia a força de dobramento normal.
P = 2 . lb . e² . σd
3 u
u ≥ 2 . e
Onde:
lb = Comprimento da dobra.(mm)
σd = Tensão de dobra ???
Força de dobramento com planificação de fundo
ε ≈ 2,5
P = 1,2 . lb . e² . σd ≈ 1,2 . lb . e² . σd . ε
u u
EXERCÍCIO:
1 - Calcular a força necessária para dobrar em ' u', 1 m de chapa de aço com σr = 40kgf/mm² e
espessura e = 3mm+/-0,1; em ferramentas de dobrar tipo matriz e punção.
Fd = 1 . σd . e .b
6
A peça a ser dobrada se considera como uma viga engastada com balanço l = e.
Exemplo:
Para dobrar uma cantoneira de aço com σr = 40Kgf/mm², 1m de comprimento e 3mm de
espessura, é necessária a fora de:
II- Caso
Fd =2 . 1 . σd . e .b
6
Para e = ≤ 6mm
a = 4,5 e
σd = 18 σr para σr = 30 ÷ 35 Kgf/mm²
20 σr para σr = 32÷ 52 Kgf/mm²
DEVEM SER EVITADAS DOBRAS EM “V” OU EM “U” em prensas excêntricas, pois uma
regulagem deficiente provocaria a ruptura da prensa.
a- Força de dobra
Fd = 2 ( 1 . σd . e . b ) = 2 ( 1 . 40 . 3 . 1000) = 80000 Kg
6 6
b- Força do extrator
c- Força total
F - Estampos de Enrolar
3.2 - Repuxo
Na operação de repuxo obtem-se peças ocas partindo-se de placas ou chapas planas.
Durante a operação de repuxo o material sofre esforços de compressão (nas bordas da matriz) e
esforços de estiramento.
Exemplo:
Calcular o diâmetro do blanque para a peça da página abaixo:
Ou seja
π . D² = π . d1 . h1 + π . d1²
4 4
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π . D² = 4π . d1 . h1 + π . d1²
4 4
D² = 4d1 . h1 + d1² D = √4d1 . h1 + d1² D = √4 . 100 . 50 + 100²
D = √30000 D = 173,205mm
ou ainda:
S = π . d1 . h1 + π . d1 ² S = π .100 . 50 + π .100²
4 4
S = 15707,96 + 7853,98
S = 23561,94 como S = π x D²
4
então temos:
π . D² = 23561,94 π . D² = 4 . 23561,94
4
D² = 4 . 23561,94 D² = 30000
π
D = √30000 = 173,205mm
π . D² = 2π . R1 . L1 + 2π . R2 . L2
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4
π . D² = 4 . 2π (R1 . L1 + R2 . L2)
D² = 8 (Σ Ri . Li)
D = √30000 D = 173,205mm
Este processo é o mais utilizado pois pode utilizar a fórmula D = √8 (Σ Ri . Li), para qualquer
que seja o repuxo que quisermos determinar o diâmetro do blanque.
A sequência do calculo é:
1°- Dividir o repuxo em figuras regulares como cilindros, discos, anéis, etc.
2°- Determinar o C.G de cada figura e a distância destes até o centro da peça (Ri)
3°- Determinar o comprimento desenvolvido de cada parte na seção mostrada (Li)
4°- Aplicar a fórmula: R² = 2π . R . m x Σ li
Peças com grandes profundidades de repuxo devem ser repuxados em várias operações:
O número das operações depende da profundidade de repuxo e das características de
estampabilidade do material da chapa.
Coeficiente de repuxo - O coeficiente de repuxo fornece a menor relação entre o diâmetro do
punção e o diâmetro do blanque (ainda peça intermediária) em função do material da chapa.
Material m m1
Aço para repuxo 0,60 – 0,65 0,80
Obs: Deixar 3% de sobremetal do blanque para usinagem posterior da altura, arredondar para o
número inteiro mais próximo.
Pela tabela temos:
m = 0,55
m1 = 0,85
Diâmetro do blanque.
D = √4d1 . h1 + d² D = √4 . 72 . 56 + 70²
D = √21028 D = 145,01
h1 = 15153,39 h2 = 17017
335,8 288
h1 = 45126mm h2 = 59,086mm
Exercício:
1 - Determinar o número de operações de repuxo e as respectivas profundidades para
estampagem da peça abaixo: Calcular o diâmetro do blanque pela igualdade das áreas:
Material – Latão
0,5m
0,8m1
Resolução:
1- Cálculo do blanque
S1 = π . d1 . h1 S1 = π . 52 . 48 = 7841,41
S2 = 2π . r² + π² . r . d onde d = 50 – (2 . 2) = 46
2
S2 = 2π . 3² + π² . 3 . 46 = 56,54 + 681 = 737,54
2
S3 = π . d² S3 = π . 46² = 1661,85
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4 4
Sblanque = Speça
D = 114,18 mm
D = √ 8 (Σ Ri . Li)
Material – Aço
Inoxidável
0,55m
0,85m1
1- Análise do Produto
2- Desenvolvimento do Blanque
4- Força de Repuxo
5- Sujeitadores
6- Extratores
A - ANÁLISE DO PRODUTO
B – DIÂMETRO DO DISCO
Uma das maneiras mais precisas de se calcular o diâmetro do Disco de Blanque, para peças de
repuxo cilindrico, é o método do volume. Temos abaixo algumas formulas mais usuais para o
cálculo manual:
Figura 1
D=√d1²+4.d.[h+0,57(R+r)]
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Figura 2
Figura 3
Figura 4
V2 = ((π*D²)/4) * e ou V2= π * R² * e
Vt = V1+ V2+Vn
D = √[(4*Vt)/( π*e)]
C – NÚMERO DE ESTÁGIOS
onde:
d1 = 0,6*D h1 = 0,266*D
d2 = 0,48*D h2 = 0,401*D
d3 = 0,384*D h3 = 0,555*D
d4 = 0,307*D h4 = 0,737*D
d5 = 0,245*D h5 = 0,959*D
d6 = 0,796*D h6 = 1,225*D
Obs.: A partir do segundo Repuxo há necessidade de furos de saída de ar nos punções, para
evitar deformações.
Fr = K* π *d*e*σt*1,25
onde:
Fr = Força de Repuxo
d = Diâmetro do Punção
e = Espessura do material
σt = Tensão de tração para repuxo
1,25 = Fator de correção
K = Obtido através da relação entre d e D (onde D = Diâmetro do Disco de Blanque)
d/D 0,55 0,575 0,6 0,625 0,65 0,675 0,7 0,725 0,75 0,775 0,8
K 1,0 0,93 0,86 0,79 0,72 0,66 0,6 0,55 0,5 0,45 0,4
Obs.: Para peças não cilíndricas substituir π*d pelo perímetro da peça.
P = F / A => Fsj = P . A
Obs.: Para ferramentas de baixa precisão ou aplicação grosseira usa-se de maneira genérica:
F – EXTRATORES
Os extratores têm a função de retirar o produto de dentro das matrizes e/ou dos punções.
Genericamente usa-se:
A folga necessária entre punção e matriz para repuxo deve levar em conta a espessura da chapa
a ser repuxada, mas tem uma pequena variação para chapas finas, até aproximadamente 1,5mm
e as de maior espessura:
Exemplo:
Para uma chapa com espessura de 5mm com tol. ±0,2:
Fpm = 5 + 0,2 + 0,04 = 5,24mm
J – GUIAS FLUTUANTES
As guias flutuantes são um recurso muito usado em ferramentas progressivas que envolvem
repuxo, pois se a fita não for elevada após a operação de repuxo, não há como transportá-la
para o próximo estágio.
Em todos os itens aqui estudados estamos considerando um sistema convencional de repuxo,
em prensas excêntricas. Existem máquinas especiais, do tipo “Transfer”, por exemplo, que são
desenvolvidas especialmente para repuxar peça e trabalha em alguns casos com “Repuxo
Invertido”, ou seja, as matrizes estão na parte superior do estampo e os punções na parte
inferior. Nestas máquinas o transporte das peças para o próximo estágio são feitos por um
sistema de transporte exclusivo; daí o nome “Transfer”.
Como fator de segurança recomenda-se acrescentar 20% à Força total da operação, para escolha
da máquina necessária, que é dada por:
4 – FERRAMENTAS DIVERSAS
Classificação:
a) Ferramentas de corte
A classificação destas ferramentas pode ser feita somente em função do serviço a ser realizado:
- ferramenta de dobra em V, U ou L;
- ferramenta de enrolar (extremo ou total)
- ferramenta de aplainar
- ferramenta de estampar
d) Ferramentas Combinadas
Colunas
Para definir uma prensa devem ser indicadas as características que se seguem:
- tipo;
- força máxima em toneladas e trabalho;
- percursos;
- distância entre mesa e cabeçote;
- potência do motor;
- dimensões externas.
Ademais, o fabricante deve definir sempre as dimensões das fundações previstas para
instalação da máquina.
Prensas Mecânicas: Para prensas de pequena e média potência, pode ser executado em
ferro fundido, aço fundido ou em chapas de aço soldadas. Esta armação aberta por três lados,
permite a passagem lateral da fita. Possuem mancais na parte superior, guias verticais e uma
mesa para fixação das ferramentas. Os principais tipos são: balancim, fricção, excêntrica,
virabrequim, rótula.
Para se escolher uma prensa para uma determinada operação, devemos conhecer as
características das prensas de que dispõe. Para um trabalho a se realizar devem ser
determinados:
Estas especificações vão tomar a escolha mais fácil. A primeira permite que se determine a
força exigida da prensa. A segunda fixa a escolha entre uma prensa de comando direto ou com
aparelhos. A terceira permite assegurar a possibilidade de montagem das ferramentas.
Para a escolha de uma prensa, deve-se evidentemente ter em conta o tipo de trabalho a ser
executado.
Os trabalhos de corte podem ser realizados em todos os tipos de prensas de simples efeito.
As dobras deverão ser efetuadas em prensas excêntricas, prensas de fricção, ou em prensas
especiais para dobrar.
A escolha é mais delicada para trabalhos de embutição. As prensas de duplo efeito, com
mesa móvel, deverão ser utilizadas para trabalhos embutição cilíndrica profunda em chapas
finas.
As prensas hidráulicas permitem grandes pressões a grandes profundidades.
As prensas de simples efeito, providas de almofada pneumática, podem ser utilizadas como
prensas de embutir. Estas prensas permitem exercer grandes pressões de deformação e maior
produção.
C - Dispositivos de Proteção
As prensas são máquinas perigosas para as mãos dos operadores, por esta razão são empregados
diversos dispositivos para que se aumente a segurança, no trabalho.
Uma das mais simples é que se obrigue a utilizar as duas mãos para o comando, o que evita que
o operário deixe uma das mãos debaixo do cabeçote (bi-manual).
Nas grandes prensas, manejadas por vários operadores, dispositivos elétricos no comando
obrigam-lhes a utilizar as mãos na manobra.
Algumas prensas têm uma pantalha protetora, a qual deve ser descida, a fim de acionar a
máquina. Este movimento força o operário a retirar as mãos da zona perigosa.
5.6 - Dobradeira
Faca
chapa
Canal
Características técnicas
• Expansão do diâmetro manualmente acionada
• Suportes laterais para sustentação e guiamento do material
• Freio de inércia para controle do desbobinamento (modelo sem motorização)
• Acionamento por motorredutor (modelo com acionamento)
• Velocidade variável por inversor de freqüência
• Seletor para reversão do sentido de rotação
• Sensor eletrônico para controle de laço - “looping” (modelo com acionamento)
Acessórios opcionais
• Braço pneumático com rolo pressor
• Freio de inércia de atuação pneumática
• Controlador de laço por ultrasom ou sensores fotoelétricos
• Expansão hidráulica do mandril
• Carro transportador / elevador de bobinas
• Telas de proteção conforme PPRPS
• Rolos cônicos para guiamento lateral do material
Características técnicas
• Rolos puxadores para tracionamento do material
• Regulagem da pressão dos rolos tracionadores por molas
• Número de rolos endireitadores: (05) cinco ou (07) sete
• Ajuste individual da posição dos rolos endireitadores superiores
- Fatec - So - Tecnologia de estampagem -
- 97 -
• Comando por inversor de freqüência
• Sensor eletrônico para controle do laço (“looping”)
• Seletor no painel para modo de operação “Automática / Manual”
• Guia fita na entrada / cesto de rolos na saída do material
Acessórios opcionais
• Abertura manual ou hidráulica do cabeçote endireitador (introdução da ponta)
• Controlador de laço por ultrasom ou sensores fotoelétricos
• Abertura pneumática para os rolos tracionadores
• Mesa articulada para introdução da ponta da bobina
• Rolo pré-endireitador para preparação
Aços rápidos
6 - Simbologia de Estampagem
Apêndice II
- Fatec - So - Tecnologia de estampagem -
- 103 -
7- Roteiro do Projeto de Estampo Progressivo de Corte
P a r t e 1. Memorial de Cálculo
1. Estudo da Fita
1.1. Definir a posição ideal da peça na fita, com no mínimo:
2 estudos com inversão de corte e 2 sem inversão
1.2. Calcular o número de peças por chapa padronizada
1.3. Calcular a porcentagem de utilização da chapa (considerar o limitador de avanço)
1.3.1. Considerar peça real (com furos)
1.3.2. Considerar a peça bruta (desconsiderar furos)
3. Dimensionamento da Matriz
3.1. Calcular a folga entre punção e matriz
3.2. Efetuar o estudo da parede entre furos
3.3. Calcular a espessura do talão
3.4. Determinar a espessura, comprimento e largura da matriz
3.5. Determinar a vida útil de cada matriz
5. Espiga
5.1. Calcular o centro de gravidade do perímetro de corte
5.2. Sugerir tipo da espiga
5.3. Indicar a prensa adequada (fator segurança entre 10 e 20%)
P a r t e 2. D e s e n h o s
1. Apresentar uma pasta com desenhos em tamanho máximo A1
2. Fazer o desenho do conjunto (montagem) em 3 vistas se necessário
3. Fazer o detalhamento de todos os itens do ferramental
4. Punções e Matrizes deverão ter todas as especificações para fabricação. Considerar que esses elementos
operam em conjunto
5. Todos os elementos deverão apresentar: tolerâncias e acabamentos
Apêndice III
- Fatec - So - Tecnologia de estampagem -
- 104 -
8 - Componentes Fundamentais de um Estampo
1. Pino de Fixação
Sua função é fixar componentes do estampo que podem ter movimentos horizontais.
4. Pino de Fixação
Sua função é fixar componentes do estampo que podem ter movimentos horizontais.
Material: Aço prata.
6. Régua de Guia
Sua função é guiar a tira durante o processo de estampagem.
Material: Aço SAE 1045 – não havendo obrigatoriedade de tratamento térmico com HRC 45-48.
7. Chapa de Apoio
Sua função é apoiar a tira antes de entrar no estampo.
Material: SAE 1020.
Peça 1