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Constelação Sistemica

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Constelação Sistêmica

Constelação Sistêmica é um método psicoterápico e de coaching profissional que trabalha principalmente as


emoções e energias inconscientes que influenciam nossas decisões. Seu alcance é diverso: tem sido usada tanto
em tratamentos terapêuticos diversos, como também na busca de soluções profissionais e empresariais. O método
sistêmico é tão versátil e abrangente que pode ser utilizado até em desenvolvimento de produtos, estratégias,
soluções para criação de roteiros, divulgação e propaganda, etc.
A utilização mais usual, por enquanto, da constelação sistêmica, refere-se ao trabalho com pessoas e as diversas
questões de relacionamento interpessoal ou conflitos emocionais e de crenças pessoais. A dinâmica da constelação
demonstra que existe uma ligação inconsciente que influencia mutuamente as pessoas que convivem dentro de um
sistema: seja uma família, uma empresa, um departamento, uma cidade ou até um país. Quando não ajustada, esta
ligação exerce uma influência que traz conflito, dor, dificuldades, mantendo pessoas que criam um sentimento de
co-dependência entre si. Quando ajustada, naturalmente as pessoas partem em busca de seus próprios caminhos de
realização pessoal, de forma independente, respeitando os outros indivíduos, porém, sem sentir-se na obrigação de
agir ou reagir devido às atitudes dos outros. A dinâmica da constelação deixa claro a necessidade da liberdade
individual, do respeito aos papéis que cada um exerce e do limite entre “o dar e receber” nas relações, para que os
grupos possam estar em harmonia.

A liberdade a que me refiro é interior: é uma libertação das próprias crenças limitantes e da necessidade de viver e
agir pelo e para o outro. É uma liberdade madura e que provoca efeitos positivos em todos os clientes que se
permitem desfrutar desta liberdade.

Como tudo começou

Como eu não poderia me apaixonar pelo caos, já que ele me trouxe as soluções mais surpreendentes, inteligentes e
bem humoradas; soluções que ninguém poderia imaginar; soluções que vêm de onde menos se espera, como
ocorreu no meu primeiro e tímido contato com o caos em uma constelação que eu estava facilitando.

O fenômeno fundamental no qual as Constelações Familiares se baseiam é o fenômeno das percepções dos


representantes. Essas percepções se manifestam nos representantes que são escolhidos pelo cliente para
representá-lo e também representar certos membros de sua família.

Constelação Familiar é um método psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica fenomenológica, de


fundo filosófico, desenvolvido pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.

Introdução e Desenvolvimento do método[editar]


Hellinger desenvolveu seu método a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de
psicoterapia familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de
gerações.
Esse filósofo deparou-se com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos
70, quando esta trabalhava com o seu método das “esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a
representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes
reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela.
Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy
Moreno, criador do psicodrama. Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de
evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo britânico Rupert Sheldrake e apoiando-se em
conceitos da Física Quântica como, por exemplo, a não localidade1 .
De posse de detalhadas observações sobre tal fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na
técnica descrita por Eric Berne e aprimorada por sua seguidora Fanita English de “análise de histórias”, descobriu
que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligadas a destinos de membros
anteriores de seu grupo familiar.
As descobertas fundamentais[editar]
Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e
“consciencia pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de
algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de
“ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do
destino de outros membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:
• 1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã
• 2 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos
• 3 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã
As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos.
Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu
fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo.
O procedimento[editar]
A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida,
o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces,
suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos.
Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência
estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes
são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações
entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do
amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os
representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro
do sistema familiar.
Nos anos recentes (2003-2005), Hellinger apurou sua forma de trabalho para um desenvolvimento ainda mais
abrangente, que ele denominou de "movimentos da alma". Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo
familiar, tais como o grupo étnico. Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções (chamado de “ajuda”)
e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda efetiva, criando assim também as chamadas “ordens da ajuda”.
Aplicações[editar]
A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas devido aos seus efeitos esclarecedores no campo
das relações humanas, como:
• melhoria das relações familiares
• melhoria das relações interpessoais nas empresas
• melhoria das relações no ambiente educacional
Tais aplicações deram início a abordagens derivadas, denominadas de constelações familiares, constelações
organizacionais e pedagogia sistêmica.
Críticas[editar]
Embora os participantes de sessões de Constelações Familiares reportem resultados positivos (Cohen 2009; Cohen
2005; Franke 2003; Lynch & Tucker 2005; Payne 2005), a abordagem diverge explicitamente de muitas
psicoterapias cognitivas, comportamentais e psicodinâmicas. Como o método utilizado pelas Constelações
Familiares não se deixa ser validado empiricamente por métodos de investigação científicos, só pode ser
defendido numa abordagem fenomenológica.
Referências
1. ↑ Neurônios espelho, Física Quântica, campos mórficos e Constelações Familiares - por Idris Lahore
Hellinger possui uma vasta literatura publicada em mais de 10 idiomas, especialmente em alemão. Em português
possui diversos livros publicados pela editora Cultrix e pela Editora Atman.
Os mais significativos são:
• A fonte não precisa perguntar pelo caminho - Ed. Atman - ISBN - 978-85-98540-15-3
• Ordens do Amor - Ed. Cultrix - ISBN 85-316-0785-X
• Ordens da Ajuda - Ed. Atman - ISBN 85-98540-05-6
• Cohen, Dan Booth (2006): “Family Constellations”: An Innovative Systemic Phenomenological Group
Process From Germany. The Family Journal July 2006 vol. 14 no. 3, 226-233
• Cohen, Dan Booth (2008). Systemic Family Constellations and their use with prisoners serving long-term
sentences for murder or rape. A dissertation presented to the Faculty of Saybrook Graduate School and Research
Center in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Philosophy (Ph.D.) in Psychology.

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