Precipitação PDF
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PHD5013 – Hidrologia
Determinística Escola Politécnica da
Departamento Engenharia Hidráulica e
Ambiental
Precipitação
Distribuição tempora, espacial,
Chuvas intensasação
Aula 1
Periélio Afélio
“peri ” = próximo “af ” = distante
“helio” = sol
Atmosfera
Fina
Gasosa
99% repousa numa camada de 30 km
Protege a superfície da radiação ultravioleta
e de materiais do espaço
Vapor H2O
Varia de acordo com o local (locais quentes
4% ; locais frios 0%)
Determina a precipitação
Libera grande quantidade de calor latente
quando se condensa
Importante no balanço de calor-energia
Gás % ar seco Gás % ar seco
(Permanente) (Variável)
Ne 0,0018 N2 O 0,00003
He 0,0005 O3 0,000004
Eletricamente neutra
Eletricamente carregada (íon)
massa de moléculas
Densidade =
volume ocupado
Força
Pressão Atmosférica =
Área
ZCET
ZCIT
Na macro-escala, devido à
Isso faz com que a atmosfera posição relativa Terra-Sol, os
seja mais expandida no equador raios solares são mais intensos e
e mais contraída nos pólos mais absorvidos na região
Equatorial do que nos Pólos
ZCET
Convergência dos ventos de W e de E forma as frentes
frias, que posteriormente se deslocam em direção ao
equador provocando chuvas.
Latitudes de Cavalos
Subsidência de ar, formando as altas
pressões (H) que inibem os movimentos
convectivos e consequentemente,
desfavorecem a formação de nuvens e
chuvas.
L ZCIT
Ventos alíseos de SE (HS) e de NE (HN) se
encontram formando áreas de baixa
pressão (L). Favorece a formação de
nuvens e chuvas.
CÉLULA DE HADLEY
• Célula de Hadley: direção norte-sul.
• A Zona de Convergência Intertropical – ZCIT está localizada no ramo ascendente
da célula de Hadley.
• Um dos sistemas meteorológicos mais importantes que atuam nos trópicos.
• Parte integrante da circulação de grande escala da atmosfera.
ZCIT – O Clima no Brasil
• Essa circulação atua no sentido de transferir calor e umidade (dos oceanos) dos
níveis inferiores da atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da
troposfera e para médias e altas latitudes (manutenção do balanço térmico global).
• Principal fonte de precipitação nos trópicos.
• Banda de nuvens convectivas alinhadas na direção leste-oeste identificadas em
imagens de satélite.
Tempo x Clima
- Tempo: representa a condição atmosférica (temperatura, pressão, umidade, vento, etc.) num
determinado tempo e lugar
- Clima: representa a condições médias do tempo em intervalo diário ou sazonal, num longo
período. Também inclui a análise da frequência de eventos extremos.
1 nó = 1,9 km/h
Correntes de Jato
Correntes de Jato
As figuras a seguir mostram a posição média da ZCIT nos meses de Janeiro e Julho. É
possível notar que durante o verão no HS a ZCIT desloca-se para o sul, o que contribui
para o aumento das chuvas nas regiões N, CO e SE do Brasil.
ZCIT ZCIT
No mês de julho (inverno no HS), por outro lado, a ZCIT desloca-se para o norte, o que
contribui para a diminuição das chuvas nas regiões SE, CO e inclusive em parte da região
N do Brasil.
ZCIT
ZCIT
ZCIT – POSICIONAMENTO
• A ZCIT apresenta uma variabilidade sazonal com relação à sua posição geográfica.
• O conjunto de características que forma a ZCIT possui um deslocamento latitudinal
no decorrer do ano e varia de acordo com o movimento aparente do Sol (equador
térmico).
• A ZCIT tem uma dependência direta com o aquecimento da superfície, estando
sempre mais próxima do hemisfério de verão.
• Alcança a posição média mais ao sul (~1ºS) nos meses de março e abril e mais ao
norte (~8ºN) nos meses de agosto e setembro (Uvo, 1989)
• Em média, a ZCIT ao longo do globo fica para o norte do equador durante o verão
no HN e para o sul durante o verão do HS.
• Além da oscilação sazonal, a ZCIT apresenta oscilações com maiores freqüências
com períodos variando de semanas a dias.
• Essa variação na posição da ZCIT pode resultar em períodos de estiagem ou de
chuvas intensas sobre o sertão nordestino durante a estação chuvosa (FMAM)
(Kousky, 1985).
ZCIT – POSICIONAMENTO: INFLUÊNCIA DAS ÁREAS
CONTINENTAIS
• A distribuição global dos continentes influencia os sistemas de ventos de grande
escala nos trópicos.
• Na região dos Oceanos Atlântico e Pacífico, os continentes têm menor influência,
predominando os ventos alísios de leste (variação leste-oeste na
termoclina/profundidade das águas).
• A grande quantidade de terra que envolve o Oceano Índico faz com as monções
que cruzam o equador terrestre sejam mais proeminentes do que os alísios.
ZCIT – POSICIONAMENTO: INFLUÊNCIA DAS ÁREAS
CONTINENTAIS
• Pequena oscilação latitudinal entre as longitudes de 160ºW e 10ºE (Pacífico leste e
Atlântico)
• Grande migração da ZCIT nas longitudes a leste da África, Austrália e Ásia.
ZCIT – INFLUÊNCIAS NO TEMPO E NO CLIMA
Convecção: processo de
condução de calor numa
massa de ar
Advecção: transferência
de vapor de superfície de
água líquida para a
atmosfera causado pelo
vento
Radiação
Umidade atmosférica e pressão de vapor
T = 30oC; 𝑒𝑠 = 42 𝑚𝑏
12
UR = 𝑥100 = 29%
42
Cristal de gelo
Chuva
Neve
Granizo
Precipitação
Bacia Saída da
Bacia
Vazão (m3/s)
Hidrograma
Tempo (h)
Formação das gotas de chuva nas nuvens
Precipitação suave de
longa duração
Precipitação intensa
de curta duração
Chuvas Convectivas (ou de Verão)
Grandes
intensidades
Curtas durações
Pequena
abrangência
espacial
Grande impacto
em drenagem
urbana
Chuvas Orográficas
Influência da
topografia
Intensidades variáveis
Impactos em
pequenas bacias em
serras
Estação pluviográfica
Papel para Pluviograma
Pluviograma
Pluviograma (intensidade de chuva)
h (mm)
h
Intensidade = i
t
tg a =i
Tempo (minuto)
Radar meteorológico
A refletividade possui
uma relação física com o
espectro de gotas
observado
Pode-se determinar a
partir deste espectro uma
relação entre a
refletividade do radar (R)
e a taxa de precipitação
(Z) correspondente
𝑍 = 𝐴 ∙ 𝑅𝑏
Radar meteorológico
mm/h
Cuhva acumulada
01/10/2001
mm
Chuva acumulada em alguns postos da rede
telemétrica
Alto Tietê – 01 out 2001 20:00h
35
29.0
30 27.4
25
Precip (mm)
20
15
10 6.97.6 7.67.6
6.16.1
3.84.14.3 4.63.83.8
5 2.52.83.0 3.03.03.03.03.03.03.0
0
15
45
75
5
10
13
16
19
22
25
28
31
34
Tempo (min)
Hietograma
Hietograma
Tempo (min)
5
15
45
75
10
13
16
19
22
25
28
31
34
0
5 2.52.83.0 3.03.03.03.03.03.03.0
3.84.14.3 4.63.83.8
6.97.6 6.16.1
10 7.67.6
Precip (mm)
15
20
25
30 27.4
29.0
35
Hietograma acumulado
Hietograma Acumulado
180
160 149.4152.4
146.3
140.2143.3
137.2
140 131.1134.1
127.3
123.4
118.9
Precip (mm)
120 112.8
106.7
99.1
100 91.4
80
62.5
60
35.1
40 27.4
20.6
16.3
20 8.4
12.2
2.5 5.3
0
15
45
75
5
10
13
16
19
22
25
28
31
34
Tempo (min)
Hietograma acumulado adimensional
Hietograma Acumulado Adimensional
98.0100.0
100 92.0 94.0 96.0
90.0
90 86.0 88.0
83.5
81.0
78.0
80 74.0
Precip (%Total)
70.0
70 65.0
60.0
60
50 41.0
40
30 23.0
18.0
20 13.5
10.7
8.0
10 1.7 3.5
5.5
0
2
.5
.8
.2
.5
.8
.2
.5
.8
.2
.5
.8
4.
12
20
29
37
45
54
62
70
79
87
95
Tempo (%Duração)
Gráfico de Intensidade x Tempo
Intensidades x Tempo
2.0
1.8
Intensidade (mm/min)
1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.2 0.2 0.2 0.3 0.3 0.3 0.4 0.51.8 1.90.50.5 0.40.4 0.3 0.3 0.3 0.2 0.2 0.2 0.20.2 0.2 0.2
0.0 0.0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Tempo (min)
Consistência dos dados (Diagrama Duplo-
Acumulativo)
Diagrama Duplo-Acumulativo
Sazonalidade das Precipitações
Ano hidrológico
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Hietogramas de projeto
Hietograma
Bacia Saída da
Bacia
Vazão (m3/s)
Hidrograma
Tempo (h)
Precipitação Máxima Pontual
Pfafstetter (1957) (para 98 postos pluviográficos do Brasil)
P R at b log 1 ct
a
T
R T
• P é a precipitação total máxima (mm);
• R é um fator associado a um período de retorno;
• [ at + b log(1+ct)] é a precipitação máxima associada a um período de retorno de um ano
(série parcial);
• a, b e c são parâmetros do local
• a, parâmetros que dependem da duração da precipitação
• t duração da precipitação
• T período de recorrência (anos)
• pouco influencia no ajuste da curva ( = 0,25 para todos os postos)
Precipitação Máxima Pontual
Valores de a
Valores de ,
a, b e c para
algumas
cidades
brasileiras
K T m
i R
t t
n
0
Local K m t0 n
São Paulo 57,71 0,172 22 1,025
Curitiba 20,65 0,150 20 0,740
R.de Janeiro 99,154 0,217 26 1,150
Belo Horizonte 24,131 0,100 20 0,840
Curvas IDF
Intensidade x Duração x Freqüência
10 200 anos
100 anos
Intensidade Média ( mm/min)
50 anos
25 anos
10 anos
5 anos
2 anos
0.1
10 100 1000
Duração (min)
Duração Altura- mm Local Data
1 min 38 Barot Guadeloupe 26/11/1970
8 min 126 Fussen, Bavaria 25/5/1920
15 min 198 Plumb Point, Jamaica 12/5/1916
20 min 206 Curtea de Arges, Romania 7/7/1947
42 min 305 Holt, Mo 22/6/1947
2 h 10 min 483 Rockport, W.V. 18/7/1889
2 h 45 min 559 D'Hanis, Tex(17 mi NNW) 31/5/1935
4 h 30 min 782 Smethport, Pa. 18/7/1942
9h 1087 Belouve, La Réunion 18/2/1964
Chuvas mais 12 h 1340 Belouve, La Réunion 28-29/2/1964
Intensas 18 h 30 min 1689 Belouve, La Réunion 28-29/2/1964
24 h 1825 Foc Foc, La Réunion 15-16/3/1952
observadas no 2 dias 2259 Hsin-Liao, Taiwan 17-18/10/1967
mundo 3 dias 2759 Cherrapunji, India 12-14/9/1974
4 dias 3721 Cherrapunji, India 12-15/9/1974
8 dias 3847 Bellenden Ker, Queensland 1-8/1/1979
15 dias 4798 Cherrapunji, India 24/6 -8/7/1931
31 dias 9300 Cherrapunji, India 7/1861
2 meses 12767 Cherrapunji, India 6-7/1861
3 meses 16369 Cherrapunji, India 5-7/1861
4 meses 18738 Cherrapunji, India 4-7/1861
5 meses 20412 Cherrapunji, India 4-8/1861
6 meses 22454 Cherrapunji, India 4-9/1861
11 meses 22990 Cherrapunji, India 1-11/1861
1 ano 26461 Cherrapunji, India 8/1860-7/1861
2 anos 40768 Cherrapunji, India 1860-1861
Variação temporal da precipitação
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
LS / 12h / Tipo II Manaus (AM) Salvador (BA) São Paulo (SP) Porto Alegre (RS) Goiânia (GO)
Distribuição Temporal
𝑡𝑑 ∙ ℎ 2∙𝑃
𝑡𝑑 = 𝑡𝑎 + 𝑡𝑏 𝑃= ∴ℎ=
2 𝑡𝑑
Coeficientes de avanço de tormentas
Local r =ta/td Referência
2 P 2 55
h 65,99 mm/h
65,99 td 1, 67
I (mm/h)
ta
r= ta 0,5 100 50 min
h td
50 100
Tempo (min)
Método dos blocos alternados
57, 7 T 0,172
57, 7 5 0,172
i 2,18
t 22 10 22
1,025 1,025
P(cm) A(km2)
0,72 20,0
1,54 20,1
1,65 20,1
2,3 19,6
2,45 20,2
100
Rede Polígonos de
pluviométrica Isoietas
Thiessen
𝑃 = 1,732 𝑐𝑚 P(cm) A(km2)
2 57,5
1 42,5
0,72 ∙ 20 + 1,54 ∙ 20,1 + 1,65 ∙ 20,1 + 2,3 ∙ 19,6 + 2,45 ∙ 20,2
𝑃= = 1,731 𝑐𝑚 100
100
2 ∙ 57,5 + 1 ∙ 42,5
𝑃= = 1,575 𝑐𝑚
87,5
Exercício
Precipitação média na bacia
Método de Thiessen
Variação espacial discreta da chuva
Resultado é único (independe do autor)
Não considera a distribuição espacial de um evento
Seu cálculo é facilmente automatizado
Isoietas
Variação espacial contínua da chuva
Resultado não é único (depende do autor)
Considera a distribuição espacial de um evento
Seu cálculo pode ser parcialmente automatizado (SIG)
2
𝐶𝑣 𝑆 𝑚
𝑃𝑖 − 𝑃 2
𝑁= 𝐶𝑣 = 𝑆= 𝑖=1
𝜀 𝑃 𝑚−1
𝑃𝐴 𝐴 ∙ 𝐷𝑚
=1−
𝑃𝐶 𝑎+𝑏∙𝐴