Arroio Cavalhada PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 226

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ESGOTOS PLUVIAIS

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA


Bacia do Arroio Cavalhada

Volume 9

Instituto de Pesquisas Hidráulicas


Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Dezembro 2002
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

Trabalho iniciado sob:


Prefeito
Raul Jorge Anglada Pont

DEPARTAMENTO DE ESGOTOS PLUVIAIS


Diretor
Augusto Damiani

Equipe técnica de acompanhamento


Odete Viero
Magda V. Carmona
Ana Margarida Xavier
Daniela Bemfica

Trabalho concluido sob:

Prefeito
Tarso Fernando Herz Genro

DEPARTAMENTO DE ESGOTOS PLUVIAIS


Diretor
Airto Ferronato

Equipe técnica de acompanhamento


Jorge Moojen
Magda V. Carmona
Daniela Bemfica
Marcus A. S. Cruz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Reitora
Wrana Maria Panizzi

Instituto de Pesquisas Hidráulicas

Diretor
Luiz Fernando de Abreu Cybis

Coordenador do projeto
Carlos E. M. Tucci

Coordenador executivo
Adolfo O. N. Villanueva

Equipe técnica

Daniel G. Allasia
Rutineia Tassi
Marllus G. F. P. das Neves
André L. L. da Silveira
David da Motta Marques
Francisco A. Bidone
Joel A. Goldenfum

Estagiários

Simone Bernhardt
Apresentação

Este volume faz parte do Plano Diretor de Drenagem Urbana elaborado pelo
Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As
bases do desenvolvimento do PDDUA da cidade de Porto Alegre podem ser
encontrados no volume I do relatório final. Este volume faz parte de um conjunto de
volumes elaborados para cada bacia da cidade que trata especificamente das soluções
adotadas nos estudos de alternativas de planejamento da drenagem urbana. Os estudos
e projetos foram elaborados a nível de planejamento e necessitam de projetos
específicos para a sua implantação.

No primeiro capítulo deste volume são apresentadas a descrição das


características físicas principais da bacia; no segundo capítulo é apresentada a
ocupação urbana da bacia, sua evolução e a caracterização atual, além do prognóstico
para os cenários previstos no projeto. No terceiro capítulo são apresentados os critérios
relativos aos cenários utilizados no estudo, a definição dos riscos escolhidos para
simulação e para, estudo das alternativas de projeto e as simulações com os cenários
definidos.

No quarto capítulo são apresentadas as alternativas de controle estudadas e os


resultados de suas simulações. No capítulo seguinte é apresentada a avaliação
econômica das alternativas e a análise daquela recomendada. No capítulo 6 são
apresentados os aspectos ambientais relacionados com a bacia e com as alternativas
escolhidas e finalmente no capítulo 7 é apresentado o Plano de Ações da bacia que
envolve as medidas e ações propostas para a bacia.

Este Plano foi desenvolvido com dados disponíveis, porém na implantação das
obras e no desenvolvimento dos programas é necessário que outras informações sejam
coletadas para o aprimoramento deste Plano.

Porto Alegre, 20 de dezembro de 2002.

Prof. Carlos E. M. Tucci


Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Índice
1. Características da bacia 01
1.1 Geologia e solos 03
1.2 Rede de drenagem 05
1.3 Caracterização das sub-bacias 05

2. Ocupação Urbana 08
2.1 Situação atual 08
2.2 Ocupação prevista na projeção de população pelas Zonas de 13
Tráfego Internas do Município
2.3 Ocupação prevista no Plano Diretor de Desenvolvimento 15
Urbano e Ambiental

3. Simulação dos Cenários 18


3.1 Cenários de planejamento 18
3.2 Riscos de avaliação 19
3.3 Modelos de simulação 19
3.3.1 Modelo hidrológico IPHS1 20
3.3.2 Modelo Hidrodinâmico 21
3.4 Discretização 22
3.5 Precipitação de projeto 24
3.6 Estimativa dos parâmetros das metodologias de simulação 26
3.6.1 Parâmetros para o cenário atual de ocupação 29
3.6.2 Parâmetros para o cenário previsto nas Macrozonas de 30
Transporte
3.6.3 Parâmetros para o cenário previsto no PDDUA 32
3.6.4 Comparação entre os cenários 33
3.7 Avaliação das condições das redes de drenagem existente 37
3.7.1 Cenário de ocupação atual 38
3.7.2 Cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de 51
transporte
3.7.3 Cenário de ocupação previsto no PDDUA 63

4. Alternativas de controle 71
4.1 Alternativa I: Ampliação da rede de drenagem com capacidade 72
insuficiente.
4.1.1 Cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de 73
transporte
4.1.2 Cenário de ocupação previsto no PDDUA 75
4.2 Alternativa II: Ampliação da rede de drenagem com
capacidade insuficiente e implantação de reservatórios de
detenção
4.2.1 Descrição dos reservatórios de detenção. 80

-i-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.2.2 Avaliação para o cenário de ocupação previsto nas 100


Macrozonas de Transporte.
4.2.3 Avaliação para o cenário de ocupação previsto no 103
PDDUA.
4.2.4 Comparação entre os cenários. 106

5 Avaliação econômica das alternativas 121


5.1 Custo de implementação da Alternativa I 122
5.1.1 Cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de 122
transporte
5.1.2 Cenário de ocupação previsto no PDDUA 123
5.2 Custo de implementação da Alternativa II – Ampliação da rede 124
e implementação de reservatórios.
5.2.1 Cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de 124
transporte
5.2.2 Cenário de ocupação previsto no PDDUA
5.2.3 Custo de implantação dos reservatórios de detenção.

6 Qualidade da água 128


6.1 Impactos na qualidade da água 128
6.2 Características das cargas na bacia 129
6.2.1 Carga do esgoto cloacal 129
6.2.2 Resíduos sólidos 131
6.2.3 Carga do esgoto pluvial 132
6.3 Controle da qualidade da água 140

7 Plano de Ações. 141


7.1 Medidas não-estruturais. 141
7.1.1 Riscos na bacia. 141
7.1.2 Medidas propostas 141
7.2 Medidas estruturais 142

8 Referências Bibliográficas 144

Anexo A – Levantamento Fotográfico AI


Anexo B – Hidrogramas BI
Anexo C – Modelo Hidrodinâmico CI
Anexo D – Detalhamento dos Custos DI
Anexo E – Método para estimativa de cargas pluviais EI

- ii -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

1. Características da bacia

A bacia do Arroio Cavalhada possui uma área de aproximadamente 24,52 km², sendo
drenada pelo arroio que recebe o mesmo nome e corre pelo centro da bacia em direção ao Lago
Guaíba. Seu principais afluentes são o Arroio Passo Fundo e o Arroio do Morro Teresópolis.

Os limites da bacia são: ao norte a bacia drenada pela Casa de Bombas 11 (que termina
descarregando dentro da trecho final do arroio); a Oeste pelo lago Guaíba ; e ao sul e ao leste,
pela bacia do Arroio Capivara (ver figura 1.1).

Figura 1.1 – Localização da bacia do Arroio Cavalhada

A bacia apresenta cotas a montante que chegam a 260 m de altitude. Já a jusante,


chegando próximo da foz do arroio, as cotas ficam mais baixas, com declividades uniformes,

-1-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

atingindo no ponto próximo da chegada no lago Guaíba a cota de 2,0 m. Assim, a bacia tem
uma alta velocidade de resposta nas áreas da cabeceira, que se contrapõe com a baixa
capacidade de drenagem da região plana, provocando uma situação extremadamente crítica
para o escoamento, dado que as águas descem com alta velocidade, gerando o encontro das
mesmas na região plana.

O tempo de concentração da bacia foi calculado para todas as sub-bacias utilizando os


métodos de Kirpich e Manning. O método de Kirpich foi utilizado para as regiões de cabeceira
da bacia, onde ainda não existem tubulações, e a partir do início das canalizações o tempo de
concentração foi determinado por Manning. A soma dos tempos de concentração obtidos pelos
dois métodos forneceu o tempo de concentração total da bacia. Dessa forma, selecionou-se
dentre os tempos de concentração obtidos o maior tempo de concentração total na bacia, ou
seja, aproximadamente 50 minutos.

Nesta bacia encontramos as maiores densidades habitacionais na faixa compreendida


entre o Lago Guaíba e as Av. Teresópolis/Nonoai/Cavalhada, conforme pode-se observar
esquemáticamente na figura 1.2. Na mesma figura, pode-se observar que a cabeceira da bacia é
pouco urbanizada, sendo que as regiões mais a montante encontram-se praticamente
desocupadas. No entanto, junto ao morro Teresópolis, o processo de ocupação da cabeceira
vem se intensificando, tornando-se uma região de empreendimentos imobiliários de alto
padrão.

Figura 1.2. – MNT esquemático da bacia (Menegat et. al.)

-2-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

1.1 Geologia e Solos

O substrato da bacia é formado na parte mais alta por rochas graníticas, com cores de
amarelo a vermelho de sienogranito grosso, sendo a formação predominante na bacia. Uma
pequena porção mais a jusante da bacia tem no substrato depósitos aluvionares.

Em resumo os solos são predominantemente do tipo litólico, com associações de solos


litólico e podozólico, com pequena faixa de solo aluvial na parte baixa da bacia proveniente de
depósito fluvial.

Na figura 1.3 é apresentada a classificação dos diferentes tipos de solo para a bacia do
Arroio Cavalhada, conforme a legenda que segue na página seguinte.

Figura 1.3 – Classificação do solo da Bacia do Arroio Cavalhada


(adaptado Atlas Ambiental de Porto Alegre)

-3-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Associação planossolo e podzólico vermelho-amarelo, com horizonte B textural,


apresenta elevada concentração de argila por ação iluvial, substrato sienogranito grosso
rosado; (PL/PVg2)

Aluvial, de cor acinzentada proveniente de depósitos fluviais. Tem como substrato


depósito fluvial antigo; (Asq4)

Associação planossolo e podzólico vermelho-amarelo, apresenta uma boa quantidade de


argila, substrato de depósito eluvionar, coluvionar e leque aluvial. (PL/PVsq1)

Planossolo, perfis de cor cinza provenientes de gleização, solos típicos de terras com
excesso de água, substrato de terraço lacustre antigo; (PLsq2)

Podzólico vermelho-amarelo. Substrato: sienogranito grosso rosado. (PVg2)

Podzólico vermelho-amarelo, boa drenagem, com perfis profundo e permeáveis,


provenientes de depósito eluvionar, coluvionar e leque aluvial; (PVsq1)

Associação litólico e podzólico vermelho-amarelo, apresenta razoável permeabilidade,


substrato de granodiorito e monzogranito porfirítico cinza. (R/PVgd1)

Associação litólico e podzólico vermelho-amarelo, solos com boa drenagem, com perfis
profundo e permeáveis, substrato sienogranito grosso rosado; (R/PVg2)

Litólico. Substrato: sienogranito e monzogranito isótropo rosado. (RG1)

Litólico, solo pouco desenvolvido e não hidromórfico, solo raso e com pouca
permeabilidade, substrato de sienogranito grosso rosado; (Rg2)

Podzólico vermelho-amarelo. Substrato: granodiorito e gnaisse. (PVmgd)

Podzólico vermelho-amarelo, com horizonte B textural, não hidromórfico, boa


drenagem, substrato de granodiorito e monzogranito porfirítico cinza. (PVgd1)

-4-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

1.2 Rede de drenagem

A bacia do arroio Cavalhada é drenada para o arroio que recebe o mesmo nome e corre
pelo centro da bacia em direção ao Lago Guaíba (Figura 1.3). Seu principais afluentes são o
Arroio Passo Fundo e o Arroio do Morro Teresópolis.

O Arroio Cavalhada é um arroio maiormente sem canalização, recebendo somente


contenções nas seções em que cruza ruas e avenidas (conforme pode observar-se no
levantamento fotográfico incluído no Anexo A deste relatório).

O Arroio Passo Fundo, principal afluente, apresenta características similares. Já o arroio


do morro Teresópolis, percorre áreas com características rurais e sub-urbanas, com exceção da
sua cabeceira que se encontra localizada numa das regiões de maior crescimento demográfico
da bacia.

É importante destacar que, durante a fase de visita, constatou-se que nas margens dos
arroios, principalmente nas regiões urbanizadas, a população tem invadido a área de drenagem
do arroio. Muitas vezes a população que ocupa as margens chega a construir verdadeiras obras
de contenção, na tentativa de isolar a água do arroio de suas casas (ver foto 58 – levantamento
fotográfico), que dificultam de sobremaneira a drenagem das águas. Cada obra representa um
provável ponto de estrangulamento do arroio, com as conhecidas conseqüências tanto a
montante como a jusante.

1.3 Caracterização de sub-bacias


Para a análise hidrológica, a bacia do arroio Cavalhada foi inicialmente subdividida em
29 sub-bacias, de acordo com as condições de fluxo da rede de drenagem e apoiando-se nos
cadastros fornecidos pelo Departamento de Esgotos Pluviais de Porto Alegre (DEP). A figura
1.3 apresenta esta subdivisão, e na tabela 1.1 são apresentadas as características físicas das sub-
bacias, onde se identifica se a água ingressa como uma contribuição concentrada (no extremo
de montante da tubulação), ou como contribuição lateral, distribuída ao longo do comprimento
do conduto.

-5-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 1.4 - Sub-bacias e rede de drenagem simulada da Bacia do Arroio Cavalhada.

-6-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 1.1 Características físicas das sub-bacias do arroio Cavalhada


Sub-bacia Área de drenagem Tipo de simulação¹ Desnível
(Km²) (m)
A 751.63 Concentrada 190
B 189.57 Concentrada 240
C 77.51 Concentrada 155
D 48.25 Concentrada 131
E1 176.93 Distribuída 32
E2 72.83 Distribuída 50
F1 137.85 Concentrada 234
F2 43.24 Conc. na cabeceira – Distrib a jusante 155
G1 64.78 Distribuída 38
G2 45.05 Conc. na cabeceira – Distrib a jusante 177
H 57.99 Concentrada 59
I1 96.97 Conc. na cabeceira – Distrib a jusante 94
I2 49.38 Distribuída 25
I2m 15.48 Concentrada 30
J1 49.64 Distribuída 35
J2 35.86 Distribuída 17
K1 25.82 Concentrada 35
K2 13.39 Concentrada 13
L1 13.92 Distribuída 20
L2 11.19 Distribuída 4
M 43 Concentrada 28
N1 74.97 Distribuída 40
N2 60.22 Distribuída 86
N1m 34.21 Concentrada 10
P 20.09 Distribuída 3
Pm 10.11 Concentrada 5
S 22.36 Concentrada 20
T 10.39 Distribuída 5
U 24.47 Concentrada 10

-7-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

1 - concentrada: quando a bacia contribui em apenas um ponto para a simulação; distribuída: quando a bacia
contribui ao longo do canal simulado.

2. Ocupação Urbana

Neste capítulo são descritos os cenários de ocupação atual (utilizado na fase de diagnóstico
do sistema de drenagem), e os cenários de previsão de ocupação futura (utilizado na fase de
previsão). No capítulo 3 estes cenários fornecerão os parâmetros que possibilitem a simulação
do sistema.

2.1 Situação Atual

A bacia apresenta ocupação urbana de jusante para montante. A maior densificação


urbana encontra-se próximo ao Lago Guaíba, onde ficam os bairros Cristal, Camaquã, Vila
Assunção e Tristeza. A área ocupada da bacia é predominantemente residencial.

Boa parte da bacia ainda encontra-se sem ocupação urbana, principalmente a leste,
onde se localizam grandes áreas de proteção ambiental. A pesar disso, e conforme previsto no
PDDUA, existem assentamentos nos corredores vizinhos às grandes avenidas que circundam as
áreas de proteção. Estes assentamentos tendem a avançar com ocupações irregulares sobre as
áreas protegidas. È de fundamental importância a manutenção destas áreas devido aos sérios
impactos ecológicos da sua destruição (elevação da temperatura urbana, aumento das vazões
de pico, aumento da degradação do solo, diminuição da qualidade do ar e das águas, etc.)

Uma melhor visualização pode ser feita através da imagem de satélite SPOT (figura
2.1), de janeiro de 1998, com resolução de 10 m, onde as linhas verdes delimitam as sub-bacias.
A figura 2.2 mostra o arruamento atual existente na bacia.

-8-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 2.1 – Situação atual de urbanização da bacia ( Janeiro de 1998)

-9-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 2.2 – Arruamento existente na bacia

- 10 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Estimativa da urbanização

Para a estimativa da urbanização Campana e Tucci (1994) desenvolveram uma relação


entre área impermeável e densidade habitacional. Para aplicar a metodologia no caso atual
foram levantados os dados recentes de densidade habitacional da bacia.

A atual distribuição da população, correspondente ao primeiro cenário analisado


(Ocupação Atual), foi obtida do Atlas de Porto Alegre para o ano de 1998 e pode ser vista na
tabela 2.1 e figura 2.3, organizada por bairros compreendidos dentro da região da bacia do
arroio Cavalhada.

Figura 2.3 – Densidade populacional no Bairros da bacia do arroio Cavalhada

- 11 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 2.1 População nos bairros da bacia do arroio Cavalhada


Bairro Densidade (hab./ha)
Belém Velho 8,13
Camaquã 91,02
Cascata 24,51
Cavalhada 54,39
Cristal 66,93
Ipanema 34,64
Nonoai 69,38
Santa Tereza 86,63
Teresópolis 31,54
Tristeza 52,19
Vila Assunção 33,24
Vila Nova 30,98

Todas as informações relativas às características das bacias foram relacionadas e


combinadas, para obter os elementos guia do Plano Diretor de Drenagem Urbana.

Para tanto, as diferentes divisões existentes (bairros, sub-bacias) foram traçadas em um


plano único para análise. Foram superpostas as características (tipo de ocupação, densidade
habitacional, rede de drenagem, etc.) atuais e/ou previstas nos distintos cenários de simulação.

Como resultado de parte do cruzamento efetuado, obteve-se a densidade populacional


atual por bacia, que pode ser observada na figura 2.4.

- 12 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 2.4 – Densidade populacional atual nas sub-bacias da bacia do Arroio


Cavalhada (hab/ha)

2.2 Ocupação prevista na projeção de população pelas Zonas de Tráfego Internas do


Município (Macrozonas de Transporte)

O segundo cenário que está sendo analisado representa a ocupação máxima para 2013
com base na projeção de população prevista pelas zonas de tráfego internas do município, que
foi elaborada nos estudos do Plano Diretor Setorial de Transporte Coletivo do Município de
Porto Alegre (maio de 2000).

O Plano Diretor Setorial de Transporte Coletivo trata a cidade como zonas de tráfego e
prevê o crescimento de acordo com as vias de transporte. O zoneamento da área de estudo foi
realizado com o objetivo de se agrupar as origens e destinos dos deslocamentos dos usuários
em unidades territoriais, delimitados geograficamente por critério de homogeneidade de

- 13 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

padrão de ocupação urbana e sócio-econômica. Este zoneamento é composto de 72 zonas que,


para facilitar, foram agregadas pelos mesmos critérios em 20 macrozonas.

Cada Zona e Macrozona de Transporte apresenta características particulares quanto a


densidades habitacionais, tipos de ocupação, etc. Isto possibilita a projeção de cenários de
ocupação e impermeabilização para o ano de horizonte de projeto de 2013. A figura 2.5
apresenta as Macrozonas de Transporte para a bacia em estudo, e na tabela 2.2 são
apresentadas as suas principais características.

Figura 2.5 – Densidades (hab./ha) previstas nas Macrozonas de transporte incluídas na


Bacia do Arroio Cavalhada

- 14 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 2.2 – Macrozonas de transporte da bacia do arroio Cavalhada


Zona Nome População 2013
42 Santa Tereza 44.106
42A Teresópolis 67.487
44 Cascata 39.317
44B Nonoai 15.794
45 Camaquã 80.171
45B Vila Nova 36.619
45C Ipanema 6.391
45D Parque do Salso 32.730

Neste caso também foi realizado um cruzamento de informações de forma de obter a


densidade populacional atual por bacia, que pode ser observada na figura 2.6.

Figura 2.6 – Densidade populacional previstas de acordo com as Macrozonas de Transporte nas
sub-bacias da bacia do Arroio Cavalhada (hab/ha)

2.2 Ocupação prevista no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental

O terceiro cenário de ocupação que está sendo estudado representa a ocupação máxima
futura prevista limitada pelas normas do uso do solo descritas no PDDUA (2000) de Porto

- 15 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Alegre. È importante destacar que não existe garantia de que a densidade prevista seja, alguma
vez, alcançada.

O PDDUA localiza a bacia em diversas Unidades e Sub-unidades de Estruturação


Urbana conforme descrito na tabela 2.3. ,

Tabela 2.3 - Divisão territorial e zoneamento de usos, conforme PDDUA


Aproveitamento

Aproveitamento
Brutas(hab./ha)

Brutas(hab./ha)
Sub-Unidade

Sub-Unidade
Densidades

Densidades
Macrozona

Macrozona
Ocupação

Ocupação
UEU

UEU
4 034 1 128 1 66,60% 4 050 2 0 0 0
4 034 2 0 0 0 4 050 3 128 1,3 75%
4 034 3 128 1,3 75% 5 002 1 128 1 66,60%
4 040 2 0 0 0 5 002 6 0 0 0
4 040 4 0 0 0 5 002 7 205 1,3 75%
4 040 5 205 1,3 75% 5 004 1 128 1 66,60%
4 042 1 128 1 66,60% 5 004 2 0 0 0
4 042 2 0 0 0 5 004 3 128 1,3 75%
4 042 4 0 0 0 5 008 1 128 1 66,60%
4 042 5 205 1,3 75% 5 008 2 0 0 0
4 044 1 128 1 66,60% 5 008 3 128 1,3 75%
4 044 2 0 0 0 5 010 1 128 1 66,60%
4 044 4 0 0 0 5 010 2 0 0 0
4 044 5 205 1,3 75% 5 010 3 128 1,3 75%
4 046 1 128 1 66,60% 5 012 1 128 1 66,60%
4 046 2 0 0 0 5 012 2 0 0 0
4 046 3 128 1,3 75% 8 016 1 128 1 66,60%
4 046 4 0 0 0 8 018 1 128 1 66,60%
4 046 5 205 1,3 75% 8 018 2 0 0 0
4 050 1 128 1 66,60% 8 018 3 128 1,3 75%

- 16 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

A partir do mapa de densidade máximas do PDDUA (figura 2.7), determinam-se as


densidades populacionais máximas para as sub-bacias (figura 2.8) que integram a bacia do
Arroio Cavalhada. A partir dele, pode-se prever a impermeabilização futura da bacia, e os
novos parâmetros para a simulação do cenário.

Figura 2.7 - Densidade populacional máxima (hab/ha) previstas nas unidades do PDDUA.

Figura 2.8 - Densidade populacional máx. (hab/ha) nas sub-bacias de acordo com o PDDUA.

- 17 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

3 . Simulação dos Cenários

Neste capítulo são apresentados os resultados da simulação da propagação


hidrodinâmica dos hidrogramas, para os cenários de desenvolvimento urbano, considerando a
rede de drenagem existente.

Cabe ressaltar que a rede de drenagem foi discretizada a partir de informações


cadastrais fornecidas pelo DEP, e que as seções em que a drenagem desenvolve-se em canal
natural foram obtidas a partir de levantamentos topográficos adicionais, também fornecidos
pelo DEP.

3.1 Cenários de planejamento

Os cenários de planejamento da bacia do Arroio Cavalhada foram definidos quanto à


ocupação urbana (mencionado no capítulo anterior) e quanto ao risco das enchentes. Estes
cenários são definidos através da densificação urbana prevista para cada bairro da cidade, e em
conseqüência, das bacias correspondentes.

Os cenários utilizados neste estudo são os seguintes:

Cenário 1: Atual : condições de urbanização atual, obtida de acordo com estimativas


demográficas e imagens de satélite;

Cenário 2: Projeções de População pelas Zonas de Tráfego Interno do Município: O


Plano Diretor Setorial de Transporte Coletivo do Município de Porto Alegre prevê o

- 18 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

desenvolvimento da cidade em zonas de transporte, e dá condições de ocupação para o ano de


projeto de 2013.

Cenário 3: Projeção do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental: O


plano de desenvolvimento em vigor na cidade estabelece diferentes condicionantes de
ocupação urbana para a cidade, e fornece dados de ocupação máxima para 30 anos.

3.2 Riscos de Avaliação

A escolha do risco de projeto se baseia no compromisso entre o prejuízo devido à


inundação e o custo da construção da drenagem. Admite-se que para riscos superiores ao
dimensionamento poderá existir lâmina de água nas ruas por curto período de tempo.

De acordo com o manual de drenagem, o risco entre 2 e 5 anos é adotado para


dimensionamento da drenagem para lotes e loteamentos. Enquanto que na drenagem principal
são adotados riscos de 10 a 25 anos de acordo com potenciais danos por interrupção de trafego,
prejuízo material e humano.

Os riscos simulados nesta bacia para os cenários anteriores foram de 2, 5, 10, 25 e 50


anos na macrodrenagem urbana e 2 anos de tempo de retorno na altura da água no Lago
Guaíba (este valor é muito próximo da vazão média de enchente, ou seja, o corresponde ao
nível dágua que se espera que em média aconteça num ano qualquer).

Neste caso em particular foi adotado um risco de 20 anos de tempo de retorno no


projeto das estruturas (correspondente à consideração da possibilidade de, em média, acontecer
a chuva de projeto cada 10 anos e o nível do Guaíba ter 2 anos de tempo de retorno).

3.3 Modelos de simulação

A simulação das bacias contemplou dois fenômenos: i) a transformação chuva-vazão,


para obter os escoamentos gerados em cada cenário, e poder avaliar o impacto da urbanização

- 19 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

nas sub-bacias; ii) simulação do escoamento em canais, para aquelas sub-bacias para as quais
foram fornecidas informações da rede de macrodrenagem, para as diversas alternativas de
medidas analisadas.

Para a transformação chuva-vazão foi utilizado o modelo hidrológico IPHS1, e para


simulação do escoamento nos canais de macrodrenagem, e nos reservatórios de controle, fi
utilizado um modelo hidrodinâmico de redes de drenagem pluvial.

3.3.1 Modelo hidrológico IPHS1 (Tucci, et al, 1989)

Neste modelo existem os seguintes módulos:

Precipitação de projeto: Determina a distribuição temporal e espacial da precipitação de


projeto utilizada no modelo;

Transformação precipitação-vazão: Este módulo possui várias alternativas de simulação, SCS,


Hidrograma Unitário, Hortan;

Propagação de vazão: Neste módulo existem duas situações: (a) propagação em reservatório,
descrito pelo modelo de Puls, (b) propagação em rios, simulado pelo modelo Muskingun-
Cunge.

O sistema computacional modulado permite ao usuário a determinação de hidrogramas


de projeto em diferentes seções do sistema.

Este modelo foi utilizado para cálculo dos hidrogramas de aporte à rede de condutos,
sendo que os módulos 1 e 2 foram utilizados.

- 20 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

No desenvolvimento do Plano Diretor de Drenagem Urbana foi utilizado o modelo SCS


caracterizado pelo seu parâmetro CN (curva número) para a determinação da precipitação
excedente; e a propagação superficial por pelo método de Clark .

3.3.2 Modelo Hidrodinâmico (Villanueva, 1990)

Este modelo utiliza os resultados dos primeiros dois módulos do modelo anterior, e
simula o escoamento em condutos e canais, considerando efeitos de jusante e condutos sob
pressão.

O módulo de propagação de vazão simula o escoamento através das equações de Saint


Venant com a fenda de Preissman, resolvidas por um sistema de diferenças finitas implícito.

A maioria dos métodos usados no projeto de redes de drenagem utiliza a hipótese de


fluxo à superfície livre, de uma vazão máxima escolhida, não levando em consideração os
seguintes fatores:

Ø Armazenamento (que produz atenuação);

Ø Fluxos não permanentes em diversos pontos da rede, que interagem


mutuamente;

Ø Ondas com efeitos dinâmicos não desprezíveis à medida que se propagam na


rede. Uma rede de drenagem com declividades pequenas pode afetar
significativamente a evolução do escoamento.

Com o modelo hidrodinâmico se superam estas limitações obtendo resultados


confiáveis, principalmente em regiões submetidas a fortes efeitos de remanso.

Este modelo foi utilizado na propagação do escoamento nos canais, permitindo verificar
o dimensionamento dos mesmos para o risco de projeto, e para os riscos superiores ao de

- 21 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

projeto, identificando o impacto das inundações na bacia. Além desta verificação, foi possível a
simulação integrada dos reservatórios, entre outras estruturas especiais.

Uma questão relevante em relação a representação que o modelo faz do comportamento


da rede, é referente ao tratamento das vazões que excedem a capacidade de escoamento dos
condutos. O modelo utilizado considera que a água pode entrar na rede de duas maneiras:
pelos extremos da rede simulada e/ou ao longo dos condutos. Em ambos casos existem
limitações físicas à entrada das vazões na rede por:

- falta de capacidade dos condutos;

- pressões na rede (por causa da várias ligações entre a rede e a superfície,


principalmente bocas de lobo, galerias e poços de visita);

Para contemplar essas limitações e evitar o aparecimento de pressões fisicamente


incoerentes, o modelo limita a entrada de vazões na rede, tanto nos extremos quanto ao longo
dos mesmos. Assim, pode acontecer que parte do volume escoado pelas bacias de aporte não
consiga entrar na rede. Essa situação é monitorada permanentemente, e ao final da simulação, é
fornecida uma informação detalhada, identificando os trechos e as seções críticas.

Outra simplificação adotada é a de supor que as vazões geradas na bacia conseguem


chegar na rede de condutos de macrodrenagem. Isto deve ser levado em conta devido a que,
muitas vezes, se verificam alagamentos originados por insuficiência das redes de
microdrenagem que não são captados pelo modelo.

3.4 Discretização

A bacia foi dividida de forma a identificar a área de captação dos principais condutos a
serem simulados. Na figura 3.1 é representada essa divisão para a bacia do Arroio Cavalhada.

- 22 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 3.1 – Discretização da bacia do Arroio Cavalhada.

- 23 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

A bacia foi discretizada segundo comportamentos convergentes da drenagem


implantada, ou seja, enfatizou-se a característica de escoamento do curso principal que recebe
contribuições de coletores menores. Sendo assim, alterações na capacidade hidráulica dos
coletores principais foram representadas através de subdivisões das áreas antes consideradas.

Esta forma de discretização permite a avaliação de pontos problemáticos na rede


principal de acordo com a forma de funcionamento do sistema.

3.5 Precipitação de Projeto

Atualmente 4 estações pluviográficas encontram-se funcionando na cidade de Porto


Alegre: O posto pertencente ao 8o Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET); o
posto instalados no Bairro Cavalhada, na zona Sul da cidade; outro no IPH; e outro no
Aeroporto Salgado Filho. O posto mais antigo da cidade, o situado no Parque da Redenção
deixou de fornecer dados para avaliação das series de chuva

A partir das relações IDF (Tabela 3.5), é possivel construir as curvas PDF (Figura )
atualmente usadas nos projetos de drenagem urbana da cidade.

Tabela 3.1 – Relações IDF usadas em Porto Alegre (DEP, 2002)


Posto Equação
Redenção 1265,7.T 0,052
i= 0 , 88

(t + 12 ) T
0 , 05

Aeroporto 826,8.T 0,143


i=
(t + 13 ,3)0 , 79
IPH 509,86.T 0,196
i=
(t + 10)0 , 72
8o Distrito 1297,9.T 0,171
i=
(t + 11 ,6)0 , 85

- 24 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

70

60

» 15mm
50
60 anos
Precipitação (mm)

40

30
Redenção
20 Aeroporto
8odist
10 IPH

0
0 20 40 60 80 100 120 140
tempo (min)

Figura 3.2- Curvas PDF usadas na cidade de Porto Alegre para TR=10 anos.

Da análise da figura anterior é possível concluir que os postos Aeroporto e IPH, têm
comportamento similar, assim como os posto 8o Distrito e Redenção entre eles, existindo
diferenças significativas de volumes precipitados entre ambos grupos (no 8o Distrito a
precipitação chega a ser 15mm maior que no Aeroporto, ou em outros termos, a diferença pode
chegar até 60 anos no tempo de retorno) embora a distância entre os postos não supere os 10
Km e as séries de dados sejam similares. Isto chama a atenção sobre a necessidade de
implementação de uma rede de pluviógrafos que diminuam a incerteza em quanto ao valor da
chuva precipitada nas distintas regiões da cidade, possibilitando melhoras na qualidade dos
projetos ou, em outras palavras uma economia significativa em danos e obras. Segundo
Silveira (1997), a provável diferença é devida a urbanização e condicionantes orográficas.

Devido a não disponibilidade dos dados do posto Cavalhada para determinação do


hietograma de projeto da bacia, adotou-se a relação IDF obtida no posto Redenção para a
obtenção da chuva de projeto (figura 3.4) por ser aquele que se encontra mais perto da região.

É importante destacar que devido às diferenças existentes na chuva registrada nos


postos da cidade (as diferenças significam variações de quase 80% no valor da vazão de pico
(Allasia, 2002), resulta obrigatória a verificação da chuva de projeto uma vez que esteja

- 25 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

disponível a informação do posto existente na bacia.

70
Precipitação Acumulada (mm)

60
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Tempo (minutos)

2 anos 5 anos 10 anos 25 anos 50 anos

Figura 3.3 - Precipitação de projeto para diferentes períodos de retorno para o posto Aeroporto.

A duração total da precipitação foi adotada em 1 hora de forma que superasse o tempo
de concentração total da bacia que é de 50 minutos, e as precipitações foram discretizadas em
intervalos de tempo de 1 minuto, ou seja, em um intervalo menor que o menor tempo de
concentração observado dentre as sub-bacias.

3.6 Estimativa dos parâmetros das metodologias de simulação.

A determinação dos parâmetros para conversão chuva-vazão foi realizada através das
densidades de ocupação, as áreas impermeáveis em cada sub-bacia, juntamente com a
informação do tipo de solo da região.

A estimativa das porcentagens de áreas impermeáveis está relacionada com a densidade


populacional em cada sub-bacia, através de uma relação desenvolvida para a cidade de Porto
Alegre (Tucci e Campana 1994). A relação é apresentada na tabela 3.2, e a curva ajustada para
esta relação é apresentada na figura 3.5.

- 26 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 3.2- Relação entre densidade e área impermeável para a cidade de Porto Alegre
Densidade % Área
(hab./ha) Impermeável
25 11,3
40 26,7
60 36,7
80 46,6
100 49,0
120 53,4
140 57,2
160 60,4
180 63,2
200 65,8

Assim, foi realizada a determinação dos valores de população por área através de
valores das densidades por bairro, pelas Macrozonas de Transporte e pelo Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Para regiões pouco urbanizadas ( a maioria das sub-
bacias da bacia do Arroio Cavalhada), onde não se deve utilizar essa relação, a determinação
dos parâmetros foi feita à partir do tipo e da forma de ocupação do solo (foram utilizadas as
tabelas contidas no Manual de Drenagem Urbana).

Feita a determinação da porcentagem de área impermeável dentro da sub-bacia,


podemos relacioná-la com a o parâmetro da curva número (CN) do Soil Conservation Service
(SCS). O SCS fornece um conjunto de valores de CN para diferentes tipos de solo e ocupação
em bacias urbanas. Na figura 3.6 é apresentado o gráfico do ajuste dessas curvas.

- 27 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

70

60

50
% Área Impermeável

40

30

20

10
y = 25.416Ln(x) - 68.065
R2 = 0.9927
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Densidade (hab/ha)

Figura 3.4 – Gráfico da ajuste da curva densidade x área impermeável

Segundo a classificação do SCS (Tucci, 1993) utilizada para a estimativa do escoamentoo


solo da bacia tem características intermediárias entre os tipos C e D, utilizando-se este valor no
cálculo.

100

90

80

70

60
CN

50

40

30

20

10 Solo A Solo B Solo C Solo D

0
15 25 35 45 55 65
% Área Impermeável

Figura 3.5 – Gráfico da ajuste da curva número (CN).

- 28 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

O tempo de concentração de cada bacia foi calculado pela formulação


estabelecida por Kirpich (eq. 3.1), e corrigidos para as bacias urbanas (Tucci, 1998),
através de fatores que contemplam a porcentagem de modificação no comprimento
hidráulico (f1) e percentagem de área impermeável (f2), segundo a equação 4.2.

3 ,989 . L0.77
Tc = (3.1)
S 0.385

onde:
L: comprimento do talvegue em km.
S: declividade do talvegue em m/m.
Tc corr = f1 *f2* Tc (3.2)

3.6.1 Parâmetros para o cenário de ocupação atual

Os valores de CN para o cenário de ocupação atual, bem como o tempo de concentração


para todas as sub-bacias foram determinados com base na ocupação existente. Um resumo dos
parâmetros para o cenário atual de ocupação é apresentado na tabela 3.3, e um mapa com
valores de CN pode ser visto na figura 3.6.

Figura 3.6 - Valores de CN para cada sub-bacia no cenário atual.

- 29 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 3.3- Parâmetros para o cenário atual de ocupação


Sub- Área Populaçao Densidade Lc DH Tc corr CN
bacia
ha Hab, Hab/ha km m min
A 751,6 2 128 2,83 2.84 190 25,24 68,4
B 189,6 2 320 12,24 2.40 240 18,99 76,2
C 77,51 268 3,45 1.65 155 14,58 69,4
D 48,25 147 3,05 1.00 131 8,72 68,8
E1 176,9 711 4,02 1.10 32 16,76 70,3
E2 72,83 547 7,52 0.35 50 3,76 73,6
F1 137,9 1 447 10,49 2.00 234 15,52 75,4
F2 43,24 665 15,38 1.22 155 10,08 77,5
G1 64,78 956 14,76 0.43 38 5,27 77,2
G2 45,05 693 15,38 1.12 177 8,68 77,5
H 57,99 889 15,33 1.25 59 15,06 77,4
I1 96,97 1 120 11,55 1.31 94 13,54 75,9
I2 49,38 943 19,10 0.15 25 1,67 78,6
I2m 15,48 436 28,14 0.55 30 5,99 80,7
J1 49,64 825 16,63 0.20 35 2,15 77,9
J2 35,86 552 15,38 0.41 17 6,70 77,5
K1 25,82 394 15,27 0.20 35 2,22 77,4
K2 13,39 204 15,22 0.50 13 9,38 77,4
L1 13,92 211 15,16 0.48 20 7,59 77,4
L2 11,19 170 15,16 0.15 4 3,68 77,4
M 43,00 563 13,08 0.50 28 7,10 76,6
N1 74,97 2 247 29,97 0.56 40 5,33 81,1
N2 60,22 1 835 30,47 1.00 86 7,71 81,1
N1m 34,21 1 140 33,33 0.34 10 4,89 81,6
P 20,09 555 27,63 0.18 3 4,03 80,6
Pm 10,11 376 37,22 0.32 5 5,68 82,2
S 22,36 472 21,10 0.66 20 9,72 79,2
T 10,39 215 20,71 0.10 5 1,88 79,1
U 24,47 675 27,57 0.60 10 10,19 80,6

3.6.2 Parâmetros para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de Transporte

Para este cenário a área impermeável em cada sub-bacia foi estimada seguindo a mesma
metodologia anteriormente apresentada, através da projeção da população nas zonas de
tráfego. Assim como para o cenário apresentado anteriormente, na tabela 3.3 são apresentados
os parâmetros utilizados para a simulação, e na figura 3.7 é apresentado um mapa com os CNs
em cada uma das sub-bacias.

- 30 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 3.7 - Valores de CN para cada sub-bacia no cenário previsto nas Macrozonas de
transporte
Tabela 3.4- Parâmetros para o cenário previsto nas macrozonas de transporte.
Sub- Área Populaçao Densidad Lc DH Tc corr CN
bacia e
ha Hab. Hab/ha km m min
A 751.6 12,075 16.06 2.8 190 24.35 77.7
B 189.6 5,573 29.40 2.4 240 14.48 80.9
C 77.51 3,443 44.42 1.7 155 9.30 83.2
D 48.25 1,570 32.54 1.0 131 6.38 81.5
E1 176.9 9,857 55.70 1.1 32 9.62 84.4
E2 72.83 3,682 50.55 0.4 50 2.26 83.9
F1 137.9 6,984 50.66 2.0 234 9.32 83.9
F2 43.24 1,431 33.10 1.2 155 7.46 81.6
G1 64.78 8,093 124.9 0.4 38 1.99 88.7
G2 45.05 2,255 50.06 1.1 177 5.35 83.8
H 57.99 2,159 37.23 1.3 59 10.59 82.2
I1 96.97 1,066 10.99 1.3 94 13.54 75.7
I2 49.38 4,567 92.49 0.2 25 0.82 87.1
I2m 15.48 318 20.55 0.6 30 6.78 79.0
J1 49.64 5,982 120.51 0.2 35 0.86 88.5
J2 35.86 4,461 124.39 0.4 17 2.57 88.7
K1 25.82 2,929 113.42 0.2 35 0.90 88.2
K2 13.39 1,469 109.67 0.5 13 3.85 88.0

- 31 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Sub- Área Populaçao Densidad Lc DH Tc corr CN


bacia e
ha Hab. Hab/ha km m min
L1 13.92 790 56.72 0.5 20 4.39 84.5
L2 11.19 860 76.861 0.2 4 1.83 86.1
M 43 2,042 47.48 0.5 28 4.39 83.5
N1 74.97 7,803 104.08 0.6 40 2.93 87.7
N2 60.22 3,098 51.43 1.0 86 6.12 84.0
N1m 34.21 3,564 104.17 0.3 10 2.81 87.7
P 20.09 2,093 104.17 0.2 3 2.14 87.7
Pm 10.11 1,053 104.17 0.3 5 3.42 87.7
S 22.36 2,115 94.56 0.7 20 4.90 87.2
T 10.39 1,082 104.17 0.1 5 0.89 87.7
U 24.47 2,549 104.17 0.6 10 5.41 87.7

3.6.3 Parâmetros para o cenário de ocupação previsto no PDDUA

Para este cenário os parâmetros em cada sub-bacia foram estimados seguindo a


metodologia anteriormente apresentada, através da densificação máxima prevista no Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre. A tabela 3.4 apresenta um
resumo dos parâmetros utilizados na simulação, e a figura 3.8 mostra o mapa dos CNs nas sub-
bacias.

Figura 3.8 - Valores de CN para cada sub-bacia no cenário PDDUA.

- 32 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 3.4- Parâmetros para o cenário futuro de ocupação


Sub- Área Populaçao Densidade Lc DH Tccorr, CN
bacia
ha Hab Hab/ha km m min
A 751.6 11,584 15.41 2.84 24.72 0.41 77.5
B 189.6 5,219 27.53 2.4 14.88 0.25 80.6
C 77.51 6,330 81.66 1.65 6.92 0.12 86.4
D 48.25 5,260 109.01 1 3.54 0.06 88.0
E1 176.9 24,316 137.44 1.1 5.93 0.10 89.2
E2 72.83 8,883 121.96 0.35 1.43 0.02 88.6
F1 137.9 17,488 126.86 2 5.76 0.10 88.8
F2 43.24 5,351 123.75 1.22 3.88 0.06 88.7
G1 64.78 13,276 204.94 0.43 1.45 0.02 91.4
G2 45.05 5,080 112.76 1.12 3.52 0.06 88.2
H 57.99 7,518 129.64 1.25 5.62 0.09 88.9
I1 96.97 13,201 136.13 1.31 4.82 0.08 89.2
I2 49.38 6,962 141.00 0.15 0.64 0.01 89.4
I2m 15.48 2,050 132.40 0.55 2.79 0.05 89.0
J1 49.64 10,176 205.00 0.2 0.62 0.01 91.4
J2 35.86 7,351 205.00 0.41 1.87 0.03 91.4
K1 25.82 5,293 205.00 0.2 0.62 0.01 91.4
K2 13.39 2,745 205.00 0.5 2.61 0.04 91.4
L1 13.92 1,786 128.30 0.48 2.84 0.05 88.9
L2 11.19 1,798 160.68 0.15 1.20 0.02 90.1
M 43 5,429 126.25 0.5 2.64 0.04 88.8
N1 74.97 13,009 173.52 0.56 2.15 0.04 90.5
N2 60.22 7,764 128.93 1 3.77 0.06 88.9
N1m 34.21 5,176 151.30 0.34 2.25 0.04 89.8
P 20.09 2,940 146.34 0.18 1.75 0.03 89.6
Pm 10.11 1,415 140.00 0.32 2.88 0.05 89.3
S 22.36 4,584 205.00 0.662 3.05 0.05 91.4
T 10.39 1,949 187.55 0.1 0.62 0.01 90.9
U 24.47 3,473 141.94 0.6 4.52 0.08 89.4

3.6.4 Comparação entre os cenários

Para uma melhor compreensão e análise dos parâmetros encontrados, é apresentada na


tabela 3.5 uma comparação entre os dados encontrados nos diversos cenários simulados,
separados por sub-bacias, e na figura 3.9 um resumo dos CNs.

- 33 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 3.5- Parâmetros para os distintos cenários analisados.


Cenário atual Cenário Macrozonas Cenário PDDUA
Sub- Área Densidade CN Densidade CN Densidade CN
bacia
ha Hab/ha Hab/ha Hab/ha
A 751.6 2,83 68,4 16.06481 77.7 15.41 77.5
B 189.6 12,24 76,2 29.40063 80.9 27.53 80.6
C 77.51 3,45 69,4 44.42472 83.2 81.66 86.4
D 48.25 3,05 68,8 32.54073 81.5 109.01 88.0
E1 176.9 4,02 70,3 55.70875 84.4 137.44 89.2
E2 72.83 7,52 73,6 50.55614 83.9 121.96 88.6
F1 137.9 10,49 75,4 50.66193 83.9 126.86 88.8
F2 43.24 15,38 77,5 33.10466 81.6 123.75 88.7
G1 64.78 14,76 77,2 124.9259 88.7 204.94 91.4
G2 45.05 15,38 77,5 50.06542 83.8 112.76 88.2
H 57.99 15,33 77,4 37.23286 82.2 129.64 88.9
I1 96.97 11,55 75,9 10.99566 75.7 136.13 89.2
I2 49.38 19,10 78,6 92.49365 87.1 141.00 89.4
I2m 15.48 28,14 80,7 20.55448 79.0 132.40 89.0
J1 49.64 16,63 77,9 120.5062 88.5 205.00 91.4
J2 35.86 15,38 77,5 124.3974 88.7 205.00 91.4
K1 25.82 15,27 77,4 113.4215 88.2 205.00 91.4
K2 13.39 15,22 77,4 109.6759 88.0 205.00 91.4
L1 13.92 15,16 77,4 56.72 84.5 128.30 88.9
L2 11.19 15,16 77,4 76.86187 86.1 160.68 90.1
M 43 13,08 76,6 47.4835 83.5 126.25 88.8
N1 74.97 29,97 81,1 104.084 87.7 173.52 90.5
N2 60.22 30,47 81,1 51.43681 84.0 128.93 88.9
N1m 34.21 33,33 81,6 104.17 87.7 151.30 89.8
P 20.09 27,63 80,6 104.17 87.7 146.34 89.6
Pm 10.11 37,22 82,2 104.17 87.7 140.00 89.3
S 22.36 21,10 79,2 94.56941 87.2 205.00 91.4
T 10.39 20,71 79,1 104.17 87.7 187.55 90.9
U 24.47 27,57 80,6 104.17 87.7 141.94 89.4

- 34 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 3.9 – Comparação dos CNs para os três cenários simulados.

- 35 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Na figura 3.10 é apresentada uma comparação das vazões de pico geradas em cada uma
das sub-bacias, separados por sub-bacias, e na no anexo B se encontra um detalhe dos
hidrogramas para cada cenário.

Figura 3.10 - Comparação das vazões de pico geradas em cada um dos cenários.

- 36 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

3.7 Avaliação das condições das redes de drenagem existentes

Nos itens seguintes, são apresentados os resultados obtidos para a simulação da bacia
do arroio Cavalhada considerando a rede de drenagem atualmente implantada. Dado o elevado
número de trechos de macrodrenagem, são apresentados os hidrogramas em seções específicas
da rede, como por exemplo, a travessia de um canal ou tubo junto a uma avenida ou rua
importante.

Os hidrogramas são apresentados de forma a poder comparar as variações nas vazões


para os diferentes tempos de retorno considerados nas simulações. Os trechos selecionados,
bem como a localização (Figura 3.X), estão indicados a seguir:

Trechos Analisados:
Trecho 1: Av. Nonoai esq. Costa Lima
Trecho 8: Av Cruz Alta
Trecho 11: Rua Sepe Tiarajú Lopez
Trecho 12: Inicio Rua Otávio de Souza
Trecho 13: Rua Miguel Ascolese
Trecho 15: Beco João Conte
Trecho 23: Rua Liberal (Perto do Safari)
Trecho 32: Rua Prof. Gilberto Jorge Gonçalves
Trecho 40: Rua Santa Flora
Trecho 42: Rua Dr. Barcelos
Trecho 43: Rua Xavier da Cunha
Trecho 44: Confluência dos Arroio Passo Fundo e Cavalhada
Trecho 59: Foz do Arroio Cavalhada no Lago Guaiba

A apresentação para cada uma das bacias é sub-dividida em:


- Cenário de ocupação atual;
- Cenário de ocupação Macrozonas de Transporte;
- Cenário de ocupação PDDUA.

- 37 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Para cada uma destes cenários são apresentados, sob o ponto de vista de vazões, os
resultados encontrados para os tempos de retorno das precipitações utilizados no estudo, e um
mapa identificando os trechos críticos para chuvas com até TR = 10 anos. Os trechos críticos
apresentados podem ser tubos ou galerias enterradas, além dos canais abertos.

Os hidrogramas dos excedentes que não conseguem ingressar na rede de drenagem, -


seja pela contribuição lateral das bocas-de-lobo, ou pelo estrangulamento junto a um poço-de-
visita - estão apresentados no Anexo C, para os diferentes cenários de simulação e para os
tempos de retorno 2, 5 e 10 anos.

Ao final da análise de cada uma das bacias, é apresentado um mapa com os locais onde
foram detectados os pontos de inundação, a partir da modelagem hidrodinâmica. Os locais ou
regiões de inundação representam trechos onde o modelo detecta a falta de capacidade para
escoar as vazões. No entanto, podem ocorrer situações onde esse fenômeno não esteja
fisicamente ocorrendo no local, visto que em muitos casos existem problemas nas redes de
microdrenagem a montante, e a vazão gerada não consegue chegar às redes de macrodrenagem.
Também pode acontecer que a água que não consegue entrar nas tubulações devido À falta de
capacidade, escoe pelas ruas e apareça o alagamento em regiões mais a montante.

Aos fins do relatório não caracterizam alagamento laminas de água menores a 10 cm nas
ruas por períodos curtos de tempo (<10 min).

3.7.1 Cenário de ocupação atual

Na figura 3.11 e na tabela 3.5, encontram-se discriminados os trechos com capacidade


insuficiente para escoar as águas na rede existente na bacia do Arroio Cavalhada, para o
cenário atual da bacia.
Tabela 3.5 - Trechos com capacidade insuficiente.
TR da chuva (anos) Trechos com capacidade insuficiente
2 41,42,46
5 2,3,9,23,27,32,41,42,45,46
10 2,3,8,9,10,16,17,20,23,27,35,41,42,45,46

- 38 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 3.11 - Trechos com capacidade insuficiente para escoar as águas.

- 39 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Na seqüência se encontram discriminados, os distintos pontos analisados com maior


detalhe.

Ø Trecho 1- : Av. Nonoai esq. Costa Lima

Na figura 3. 12 se observam os hidrogramas no trecho 1 da rede atualmente existente na


bacia, obtidos com a partir da simulação da mesma para o cenário de ocupação atual.

20

18
TR=2
TR=5
16
TR=10
TR=25
14

12
Vazão (m3/seg)

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 12 – Hidrogramas no trecho 1 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Na região do trecho 1, no cenário atual de ocupação se verificam alagamentos, não


muito graves, para o cenário atual, com chuva a partir de TR=5 anos na confluência dos trechos
1 e 2 ( próximo ao cruzamento da Av. Nonoai esq. Costa Lima). Esta é um área particularmente
baixa, e que conforme a imagem SPOT de 1998 não apresentaria população. A falta de
população poderia ser um indicativo indireto dos alagamentos registrados na modelagem.

- 40 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

O trecho 2 é insuficiente para o escoamento das vazões produzidas por chuvas


superiores a TR=5. Provavelmente ás águas que não conseguem escoar pelo trecho 2, escoam
pelas ruas e se depositam na região da confluência entre os trechos 1 e 2.

Outro ponto com problemas é a região final do trecho 3, onde o potilhão sobre a rua
Erechim, representado pelos trechos 4 e 5, junto com áreas baixas na metade do trecho 3
produzem a saída d’água da calha do arroio Passo Fundo.

Figura 3.13– Ponto de alagamento na região do trecho 1.

Ø Trecho 8 : Av Cruz Alta

Na figura 3. 14 se observam os hidrogramas no trecho 8 da rede atualmente existente na


bacia, obtidos com a partir da simulação da mesma para o cenário de ocupação atual.

- 41 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

25

TR=2
TR=5
20
TR=10
TR=25

15
Vazão (m3/seg)

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 14 – Hidrogramas no trecho 8 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Na região do trecho 8, não se observam grandes alagamentos nas ruas.

Ø Trecho 11 : Rua Sepe Tiarajú Lopez

Na figura 3. 15 se observam os hidrogramas no trecho 11 da rede atualmente existente


na bacia, obtidos com a partir da simulação da mesma para o cenário de ocupação atual.

35

30 TR=2
TR=5
TR=10

25 TR=25
Vazão (m3/seg)

20

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 15 – Hidrogramas no trecho 11 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 42 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Nesta região unicamente apresenta problemas o trecho 9, onde a existência de condutos


circulares de 0,80m impede a drenagem de todas as águas da região.

Ø Trecho 12 : Inicio Rua Otávio de Souza

No trecho 12 (figura 3.16), não se registram alagamentos até TR=10 anos. Podem
acontecer alagamentos muito localizados nas casas que invadem a várzea nas regiões do arroio
Passo Fundo entre a Av. Campos Velho e a Confluência com o Arroio Cavalhada. Deve ser
recomendada a re-locação da população assentada sobre a várzea porque põe em perigo a suas
vidas, e ainda, dificulta o escoamento das águas agravando as enchentes.

35

30 TR=2
TR=5
TR=10

25 TR=25
Vazão (m3/seg)

20

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 16 – Hidrogramas no trecho 12 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 13 : Rua Miguel Ascolese

No trecho 13 (figura 3.17) concentra-se o escoamento de grande parte da cabeceira da


bacia do Arroio Cavalhada. A região encontra-se atualmente pouco urbanizada e protegida
ambientalmente.

- 43 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Não se registram alagamento até com TR de 25 anos, acontecendo falta de capacidade


localizada em alguns setores do trecho 13.
60

TR=2
50
TR=5
TR=10
TR=25

40
Vazão (m3/seg)

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 17– Hidrogramas no trecho 13 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 15 : Beco João Conte

A figura 3.18 mostra os hidrogramas no trecho 15. Nesta região do rio não se registram
extravasamentos da Calha do arroio.
70

60 TR=2
TR=5
TR=10

50 TR=25
Vazão (m3/seg)

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)
Figura 3. 18 – Hidrogramas no trecho 15 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 44 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 23 : Rua Liberal (Perto do Safari)

O trecho 23 (figura 3.19) é um dos mais problemáticos da rede pois no trecho se reúnem
condições extremamente críticas: baixa declividade logo após um trecho de alta declividade
e canal de baixa altura.

70

60 TR=2
TR=5
TR=10

50 TR=25
Vazão (m3/seg)

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 19 – Hidrogramas no trecho 23 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Na figura 3.20 podem-se observar os níveis aproximados de água no trecho para cada
um das recorrências analisadas. Observa-se que para TR > 2 anos se registram alturas
superiores à altura média do trecho (2,20m), fato que produz alagamentos na região.

Na imagem de satélite (figura 2.1) observa-se na região a escassa ocupação como


resultado dos contínuos alagamentos.

- 45 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

6
TR=2
TR=5
TR=10
5
TR=25

4
Altura (m)

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)
Figura 3. 20 – Altura aproximada das águas no trecho 23 da rede atual, para o cenário de
ocupação atual.

Ø Trecho 32 : Rua Prof. Gilberto Jorge Gonçalves

No trecho 32 (figura 3.21 as condições de escoamento são muito similares às encontradas no


trecho 23, podendo estender-se a descrição da situação realizada no trecho 23 para este caso.
60

TR=2
50
TR=5
TR=10
TR=25

40
Vazão (m3/seg)

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)
Figura 3. 21 – Hidrogramas no trecho 32 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 46 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 40 : Rua Santa Flora

No trecho 40 não se registram alagamentos para TRs de até 10 anos, verificando-se assim,
as condições de projeto da rede atual.

90

80
TR=2
TR=5
70 TR=10
TR=25

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 22 – Hidrogramas no trecho 40 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 42 : Rua Santa Flora

Na figura 3.23 que mostra os hidrogramas na rede atualmente existente na bacia para as
condições atuais de urbanização, observa-se um patamar em torno de 3,5 m3/seg. que
corresponde a máxima capacidade da tubulação existente.
Os trechos 41 e 42 que concentram em grande parte as águas escoadas do parque
estadual do morro do osso, são os mais críticos de toda a rede devido a que possuem
capacidade muito baixa, de forma que produzem alagamentos na região com eventos de baixa
recorrência.
As águas que não conseguem entrar na rede de condutos, devido às declividades
envolvidas, muito provavelmente escoam pelas ruas provocando os maiores alagamentos na
região da confluência dos arroios Cavalhada e Passo Fundo.

- 47 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

3.5 TR=2
TR=5
TR=10
3
TR=25

2.5
Vazão (m3/seg)

1.5

0.5

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 23 – Hidrogramas no trecho 42 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 43 : Rua Xavier da Cunha

90

80
TR=2
TR=5
70 TR=10
TR=25

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 24 – Hidrogramas no trecho 43 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 48 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 44 : Confluência dos Arroio Passo Fundo e Cavalhada

No trecho 43 unicamente se registra incapacidade hidráulica dos condutos para escoar a


às águas para TR a partir de 10 anos. Desta forma se conclui que a situação geral do trecho é
satisfatória.
O maior problema nesta região se concentra nos trechos a ambos lados da rua Icaraí
(trecos 46 e 49, vizinhos a CB11), onde se localiza o nível de 1,1m que existe no Guiaiba para
TR=2 anos.
A remanso produzido pelo Lago Guaíba, junto com a baixa capacidade de drenagem,
rovocam alagamentos nas áreas muito próximas dos diques de proteção contra enchentes
localizado nas márgenes do arroio Cavalhada para recorrências a partir de TR=2 anos.

120

TR=2
100
TR=5
TR=10
TR=25

80
Vazão (m3/seg)

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 25 – Hidrogramas no trecho 44 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 59: Foz do Arroio Cavalhada no Lago Guaíba


Ø
Na foz do Arroio Cavalhada no lago Guiba, os hidrogramas não mostraram uma
situação muito crítica (Figura 3.26), por quanto chuvas soamente acima de TR=10 anos
provocam alagamentos na região.

- 49 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

140

120 TR=2
TR=5
TR=10

100 TR=25
Vazão (m3/seg)

80

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 26 – Hidrogramas no trecho 59 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Análise da bacia.

Da análise da situação geral da bacia se deduz, que no cenário atual, a rede não
apresenta grandes problemas, com exceção dos trechos que escoam as águas provenientes do
Morro do Oso (trechos 41 e 42).

A água que não consegue escoar nos trechos 41 e 42, devido às altas declividades
existentes, provavelmente desce pelas ruas ocasionando alagamentos na região encerrada pelas
avenidas Icaraí, Cavalhada, Campus Velho e rua Tamandaré (trechos 43 a 46). E prioritária a
realização de intervenções nas bacias N1, N2 e N1m para mitigar os alagamentos registrados na
região.

Outro trecho com problemas, mas de menor gravidade é o trecho 23 (região próxima ao
Supermercado Safári Cavalhada), devido a que as grandes quantidades de água provenientes
da bacia A (Morro da Cruz), chegam com grande velocidade no trecho (como conseqüência dos

- 50 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

condicionantes topográficos), sofrendo uma rápida desaceleração causada pela baixa


declividade do trecho.

Nos trechos 9 e 10 e baixa capacidade de escoamento induzida por trechos de tubulação


de 0,80m de diâmetro produz alagamentos, que provavelmente estejam manifestando-se a
jusante devido à topografia. Idênticas considerações para o trecho 7.

Finalmente um outro trecho crítico localiza-se na região próxima à rua Icaraí (perto da
CB11).

3.7.2 Cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

Na figura 3.27 e na tabela 3.5, encontram-se indicados os trechos com capacidade


insuficiente para escoar as águas na rede existente na bacia do Arroio Cavalhada, para o
cenário previsto nas Macrozonas de transporte.

Tabela 3.5 - Trechos com capacidade insuficiente.


TR da chuva (anos) Trechos com capacidade insuficiente
2 3,9,16,21,22,23,24,26,27,28,29,30,31,32,34,
36,37,41,42,46,50
5 1,2,11,12,13,14,17,18,19,20,25,35,38,40,43
10 4,5,6,7,10,

- 51 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 3.27 - Trechos com capacidade insuficiente para escoar as águas.

- 52 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Na seqüência se encontram discriminados, os distintos pontos analisados com maior


detalhe.

Ø Trecho 1- : Av. Nonoai esq. Costa Lima

Na figura 3.28 se observam os hidrogramas no trecho 1 da rede atualmente existente na


bacia, obtidos com a partir da simulação da mesma para o cenário de ocupação previsto nas
macrozonas de transporte.

25

TR=2

20 TR=5

TR=10

15
Vazão (m3/seg)

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 28 – Hidrogramas no trecho 1 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Na região do trecho 1, para o cenário de ocupação previsto nas macrozonas de


transporte verificam-se alagamentos, com chuva a partir de TR=2 anos na confluência dos
trechos 1 e 2 ( próximo ao cruzamento da Av. Nonoai esq. Costa Lima), sendo esta área
particularmente baixa.
O trecho 1 e 2 particularmente somente apresentam problemas derivados da falta de
capacidade hidráulica para chuvas superiores a TR=5 anos. Provavelmente ás águas que não

- 53 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

conseguem escoar pelos trechos 1 e 2, escoam pelas ruas e se depositam na região da


confluência entre os trechos 1 e 2.
No pontilhão sobre a rua Erechim, representado pelos trechos 4 e 5, se verificam
alagamentos para TR=10 anos.

Ø Trecho 8 : Av Cruz Alta

Na figura 3. 29 se observam os hidrogramas no trecho 8 da rede atualmente existente na


bacia, obtidos com a partir da simulação da mesma para o cenário de ocupação previsto nas
macrozonas de transporte.

30

TR=2

TR=5
25
TR=10

20
Vazão (m3/seg)

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 29 – Hidrogramas no trecho 8 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Na região do trecho 8, não se observam grandes alagamentos nas ruas.

- 54 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 11 : Rua Sepe Tiarajú Lopez

Na figura 3.30 se observam os hidrogramas no trecho 11 da rede atualmente existente na


bacia, para o cenário de ocupação previsto nas macrozonas de transporte.

35

TR=2
30
TR=5

TR=10

25
Vazão (m3/seg)

20

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 30 – Hidrogramas no trecho 11 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

O trecho 9 é extremamente critico devido à existência de condutos circulares de 0,80m


que impedem a drenagem de todas as águas da região.

Ø Trecho 12 : Inicio Rua Otávio de Souza

No trecho 12 (hidrogramas na figura 3.31), se registra insuficiência hidráulica com TR>5


anos, principalmente na região da confluência dos arroios Passo Fundo e Cavalhada.

- 55 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

40

35
TR=2

TR=5
30
TR=10

25
Vazão (m3/seg)

20

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 31 – Hidrogramas no trecho 12 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 13 : Rua Miguel Ascolese

No trecho 13 (figura 3.32) concentra-se o escoamento de grande parte da cabeceira da


bacia do Arroio Cavalhada. A região encontra-se atualmente pouco urbanizada e protegida
ambientalmente.

A situação do trecho seria muito crítica se as previsões de ocupação previstas nas


Macrozonas de Transporte, por quanto chuvas de até TR=2 anos colapsariam a rede atual.

- 56 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

90

80
TR=2

TR=5
70
TR=10

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)
Figura 3. 32 – Hidrogramas no trecho 13 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 15 : Beco João Conte

A figura 3.33 mostra os hidrogramas no trecho 15. Nesta região do arroio Cavalhada
também se registram extravasamentos da Calha do arroio com chuvas de até TR=2 anos.

100

90
TR=2

80 TR=5

TR=10
70

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 33 – Hidrogramas no trecho 15 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 57 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 23 : Rua Liberal (Perto do Safari)

O trecho 23 (figura 3.34) é um dos mais problemáticos da rede pois no trecho se reúnem
condições extremamente críticas: baixa declividade logo após um trecho de alta declividade
e canal de baixa altura.

100

90
TR=2
TR=5
80
TR=10
TR=25
70

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 34 – Hidrogramas no trecho 23 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 32 : Rua Prof. Gilberto Jorge Gonçalves

As condições de escoamento no trecho 32 (figura 3.35) são muito similares às encontradas


no trecho 23, podendo estender-se a descrição da situação realizada no trecho 23 para este caso.

- 58 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

80

70 TR=2
TR=5
TR=10
60
TR=25

50
Vazão (m3/seg)

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3.35 – Hidrogramas no trecho 32 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 40 : Rua Santa Flora

No trecho 40 não se registram alagamentos para TRs de até 5 anos, sendo um dos trrechos
menos críticos do arroio no cenário previsto pelas Macrozonas de Transporte. No entanto, a
situação no trecho não deixa de ser grave.
100

90
TR=2

80 TR=5

TR=10
70

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)
Figura 3. 36 – Hidrogramas no trecho 40 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 59 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 42 : Rua Santa Flora

Na figura XX que mostra os hidrogramas na rede atualmente existente na bacia para as


condições atuais de urbanização, observa-se um patamar em torno de 3,5 m3/seg. que
corresponde a máxima capacidade da tubulação existente.

Os trechos 41 e 42 que concentram em grande parte as águas escoadas do parque


estadual do morro do osso, são os mais críticos de toda a rede devido a que possuem
capacidade muito baixa, de forma que produzem alagamentos na região com eventos de baixa
recorrência.

As águas que não conseguem entrar na rede de condutos, devido às declividades


envolvidas, muito provavelmente escoam pelas ruas provocando os maiores alagamentos na
região da confluência dos arroios Cavalhada e Passo Fundo.

4
TR=2

3.5 TR=5

TR=10

2.5
Vazão (m3/seg)

1.5

0.5

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 37 – Hidrogramas no trecho 42 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 60 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 43 : Rua Xavier da Cunha

100

TR=2

TR=5
80
TR=10
Vazão (m3/seg)

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 38 – Hidrogramas no trecho 43 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 44 : Confluência dos Arroio Passo Fundo e Cavalhada

No trecho 43 unicamente se registra incapacidade hidráulica dos condutos para escoar a


às águas para TR a partir de 10 anos. Desta forma se conclui que a situação geral do trecho é
satisfatória.

O maior problema nesta região se concentra nos trechos a ambos lados da rua Icaraí
(trecos 46 e 49, vizinhos a CB11), onde se localiza o nível de 1,1m que existe no Guaíba para
TR=2 anos.

A remanso produzido pelo Lago Guaíba, junto com a baixa capacidade de drenagem,
provocam alagamentos nas áreas muito próximas dos diques de proteção contra enchentes
localizado nas margens do arroio Cavalhada para recorrências a partir de TR=2 anos.

- 61 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

140

120 TR=2

TR=5

TR=10
100
Vazão (m3/seg)

80

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 39 – Hidrogramas no trecho 44 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 59: Foz do Arroio Cavalhada no Lago Guaíba


Na foz do Arroio Cavalhada no lago Guaiba, os hidrogramas não mostraram uma
situação muito crítica (Figura 3.40), por quanto chuvas somente acima de TR=10 anos
provocam alagamentos na região.

140

120 TR=2

TR=5

TR=10
100
Vazão (m3/seg)

80

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)
Figura 3.40 – Hidrogramas no trecho 59 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 62 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Análise da bacia.

Da análise da situação geral da bacia se deduz, que no cenário previsto nas macrozonas
de transporte, a rede apresenta sérios problemas de falta de capacidade no arroio Cavalhada.
No arroio Passo Fundo a situação e levemente melhor, embora seja igualmente problemática,
principalmente em certos pontos onde a população têm invadido as margens.

Nos trechos 41 e 42, os problemas de falta de capacidade são extremos, podendo


ocasionar serias perdas. E prioritária a realização de intervenções nas bacias N1, N2 e N1m para
mitigar os alagamentos registrados na região.

O trecho 23 (região próxima ao Supermercado Safári Cavalhada), ao igual que os trechos


anteriores, apresenta uma situação extremamente grave.

Nos trechos 9 e 10 (braço do Passo fundo paralelo a rua Erebango) a falta de capacidade
de escoamento induzida por trechos de tubulação de 0,80m de diâmetro (Esquina da Av Quarai
e Erebango) produz represamento das águas, que desta forma se armazenam na calha do rio
que corre encaixado entre as encostas de morros. O represamento nesta região atua como bacia
de detenção natural.

3.7.3 Cenário de ocupação previsto no PDDUA

A maioria dos trechos da rede atualmente existente na da bacia têm capacidade insuficiente
para escoar as águas no cenário previsto no PDDUA, sendo desta forma unicamente
apresentados os hidrogramas nos distintos pontos analisados com maior detalhe.

Neste caso não pode falar-se de trechos alagados ou não, e sim, de trechos críticos ou muito
críticos. A análise do cenário atual, serve como indicativo dos trechos muito crítico no cenário
previsto no PDDUA.

- 63 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 1- : Av. Nonoai esq. Costa Lima

25

TR=2

TR=5
20
TR=10

15
Vazão (m3/seg)

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 41 – Hidrogramas no trecho 1 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 8 : Av Cruz Alta

35

30 TR=2

TR=5

TR=10
25
Vazão (m3/seg)

20

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 42 – Hidrogramas no trecho 8 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 64 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 11 : Rua Sepe Tiarajú Lopez


40

35
TR=2

TR=5
30
TR=10

25
Vazão (m3/seg)

20

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 43 – Hidrogramas no trecho 11 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 12 : Inicio Rua Otávio de Souza


40

35
TR=2

TR=5
30
TR=10

25
Vazão (m3/seg)

20

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 44 – Hidrogramas no trecho 12 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 65 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 13 : Rua Miguel Ascolese


90

80
TR=2

TR=5
70
TR=10

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 45 – Hidrogramas no trecho 13 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 15 : Beco João Conte


100

90
TR=2

80 TR=5

TR=10
70

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3.46 – Hidrogramas no trecho 15 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 66 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 23 : Rua Liberal (Perto do Safari)


100

90
TR=2

80 TR=5

TR=10
70

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 47 – Hidrogramas no trecho 23 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 32 : Rua Prof. Gilberto Jorge Gonçalves

80

70
TR=2

TR=5
60
TR=10

50
Vazão (m3/seg)

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 48 – Hidrogramas no trecho 32 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 67 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 40 : Rua Santa Flora

100

90
TR=2

80 TR=5

TR=10
70

60
Vazão (m3/seg)

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 49 – Hidrogramas no trecho 40 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 42 : Rua Santa Flora


4

3.5
TR=2

TR=5
3
TR=10

2.5
Vazão (m3/seg)

1.5

0.5

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 50 – Hidrogramas no trecho 42 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 68 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 43 : Rua Xavier da Cunha

120

TR=2
100
TR=5

TR=10

80
Vazão (m3/seg)

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3.51 – Hidrogramas no trecho 43 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Trecho 44 : Confluência dos Arroio Passo Fundo e Cavalhada


140

120 TR=2

TR=5

TR=10
100
Vazão (m3/seg)

80

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 52 – Hidrogramas no trecho 44 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

- 69 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 59: Foz do Arroio Cavalhada no Lago Guaiba

140

120 TR=2

TR=5

TR=10
100
Vazão (m3/seg)

80

60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (min)

Figura 3. 53 – Hidrogramas no trecho 59 da rede atual, para o cenário de ocupação atual.

Ø Análise da bacia.

A rede atualmente existente na bacia do arroio Cavalhada apresenta sérios problemas de


falta de capacidade no cenário previsto no PDDUA. Neste cenário a rede atualmente existente
falha para TR menores ou iguais a 2 anos.

A situação limite apresentada pelo PPDUA indica sérios riscos para a população nas
margens dos cursos de água na bacia, em caso de que aconteça a situação prevista neste
cenário.

- 70 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4. Alternativas de controle

Conforme a análise apresentada no capítulo anterior, existem algumas regiões na bacia


onde a capacidade de escoamento das redes de drenagem, atualmente implantadas, já é
insuficiente para uma chuva com 2 anos de tempo de retorno. A falta de capacidade torna-se
mais acentuada, evidentemente, quando analisados os cenários de ocupação previstos no
PDDUA, onde foram identificados acréscimos de vazão de até 80% com relação ao cenário
atual.

Os locais mais críticos sob o ponto de vista de falta de capacidade das redes de
drenagem são as regiões que atualmente encontram-se menos povoadas, onde, no entanto, o
PDDUA prevê forte densificação.

Neste item são previstas medidas de controle que podem ser implantadas na bacia
para contornar os problemas decorrentes da urbanização. As alternativas propostas
contemplam, desde a medida tradicionalmente adotada, ou seja a ampliação das redes de
drenagem, até uma alternativa mais sustentável sob o ponto de vista de bacia, que é a
distribuição de reservatórios de detenção.

Para tal estudo, considerou-se que as redes de macrodrenagem devem ser


dimensionadas de forma a não permitir alagamento para uma chuva com até TR =10 anos. Da
mesma forma, os reservatórios foram dimensionados para não extravasarem para uma chuva
com esta mesma recorrência.

Com relação ao cenário escolhido, a análise das alternativas propostas foi realizada
objetivando atender a demanda conseqüente da ocupação prevista nas Macrozonas de
transporte e no PDDUA .

- 71 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

A seguir são apresentadas as medidas de controle propostas, estudadas de forma


integrada na bacia, buscando tratar os problemas identificados no capítulo anterior.

4.1 Alternativa I: Ampliação da rede de drenagem com capacidade insuficiente

Nesta alternativa considerou-se que todos os trechos com falta de capacidade seriam
dimensionados de forma a permitir o adequado escoamento, eliminando assim os alagamentos
detectados na etapa anterior.

A ampliação foi realizada, considerando que sejam implantadas redes de drenagem


(tubos e galerias) com seções atualmente utilizadas pelo DEP (ver tabela 4.1).

No anexo D são apresentados indicadores econômicos e detalhes dos elementos usados


na caracterização dos custos da rede, sendo caracterizada a continuação resumidamente, a
forma em que foram estimados os custos.

Foi considerando no dimensionamento que as tubulações circulares comerciais seriam


utilizadas até um diâmetro de 1,50m, sendo empregadas para capacidades maiores galerias
retangulares pré-fabricadas até a capacidade equivalente a uma galeria de 1,7mx1,7m, e depois,
galerias construídas in loco. As galerias, exceto quando indicado têm as suas dimensões
variando de 5 em 5 cm (Por exemplo as medidas poderiam ser 1,5 – 1,55 – 1,60m). A forma de
estimativa do custo apresentada anteriormente é a usada pelo DEP - Porto Alegre nos projetos
de drenagem urbana.

No desenvolvimento do cenário que prevê a ampliação de condutos, considerou-se que


as declividades de fundo dos condutos fossem mantidas; por tratar-se de um relatório de
planejamento, não foi verificada a existência de espaço físico nas ruas para alojar os condutos
ampliados.

Nos itens seguintes são apresentadas as vazões máximas resultante para os cenários
analisados.

- 72 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.1.1 Cenário MACROZONAS

Na tabela 4.1 e na Figura 4.1 são apresentadas as vazões máximas existentes e vazões
máximas necessárias para evacuar a água gerada pelo evento de projeto.

Tabela 4.1 - Vazão máxima necessária e existente para a Alternativa I – cenário previsto
nas Macrozonas de transporte.

Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg) Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg)
necessária existente necessária existente
1 23.76 3,7 23 105.42 16,6
2 5.65 2,0 24 104.74 19,1
3 36.41 5,4 25 4.06 1,3
4 18.20 9,4 26 4.06 1,3
5 18.20 9,4 27 4.32 3,8
6 36.33 300 28 3.58 2,1
7 2.76 1,2 29 3.58 2,1
8 42.35 15,3 30 7.14 3,6
9 5.31 0,9 31 2.03 1,0
10 6.01 *1 32 112.18 30,9
11 53.80 36,7 33 39.93 37,4
12 52.30 37,5 34 152.40 64,9
13 86.31 23,7 35 153.35 58,5
14 89.00 46,92 36 7.32 2,2
15 88.85 22,9 37 7.56 2,1
16 98.09 53,03 38 142.73 171,5
17 6.32 2,5 39 6.55 8,0
18 3.86 2,4 40 141.48 653
19 2.46 2,4 41 25.00 1,9
20 6.75 3,7 42 29.98 4,5
21 2.87 2,4 43 155.98 45,7
22 4.66 2,4 44 194.66 48,6

- 73 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg) Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg)
necessária existente necessária existente
45 6.35 6,0 53 51.13 10,0
46 201.15 45,0 54 204.52 45,0
47 9.40 3,0 55 50.68 11,0
48 202.07 45,0 56 50.68 11,0
49 206.59 45,0 57 50.68 11,0
50 51.13 10,0 58 50.68 11,0
51 51.13 10,0 59 202.49 45,0
52 51.13 10,0
1: Sofre efeito de remanso que altera significativamente o valor
2: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 71,8 m3/seg.
3: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 76,5 m3/seg.
4: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 134 m3/seg.

Qmáx necessária(m3/seg)
250
Qmáx existente(m3/seg)

200
Q (m3/seg)

150

100

50

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59
trecho

Figura 4.1 - Vazão máxima necessária e existente para a Alternativa I – cenário previsto
nas Macrozonas de transporte.

- 74 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.1.2 Cenário PDDUA

Na tabela 4.2 e na Figura 4.2 são apresentadas as vazões máximas existentes e vazões
máximas necessárias para evacuar a água gerada pelo evento de projeto.

Tabela 4.1 - Vazão máxima necessária e existente para a Alternativa I – cenário previsto
no PDDUA.
Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg) Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg)
necessária existente necessária existente
1 33.48 3,7 24 134.89 19,1
2 9.16 2,0 25 6.23 1,3
3 50.03 5,4 26 6.23 1,3
4 25.02 9,4 27 5.42 3,8
5 25.02 9,4 28 5.00 2,1
6 50.00 300 29 5.00 2,1
7 3.25 1,2 30 10.27 3,6
8 57.60 15,3 31 2.28 1,0
9 7.19 0,9 32 141.99 30,9
10 8.16 *1 33 44.85 37,4
11 69.33 36,7 34 180.97 64,9
12 66.39 37,5 35 180.97 58,5
13 90.07 23,7 36 9.34 2,2
14 94.96 46,92 37 9.73 2,1
15 104.85 22,9 38 177.53 171,5
16 116.60 53,03 39 8.07 8,0
17 17.67 2,5 40 177.91 653
18 10.35 2,4 41 31.57 1,9
19 7.38 2,4 42 37.25 4,5
20 19.27 3,7 43 196.91 45,7
21 7.67 2,4 44 250.23 48,6
22 13.91 2,4 45 6.65 6,0
23 134.89 16,6 46 259.85 45,0

- 75 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg) Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg)
necessária existente necessária existente
47 11.40 3,0 54 259.59 45,0
48 262.66 45,0 55 64.35 11,0
49 264.73 45,0 56 64.35 11,0
50 64.90 10,0 57 64.35 11,0
51 64.90 10,0 58 64.35 11,0
52 64.90 10,0 59 257.26 45,0
53 64.90 10,0
1: Sofre efeito de remanso que altera significativamente o valor
2: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 71,8 m3/seg.
3: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 76,5 m3/seg.
4: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 134 m3/seg.

350

300 Qmáx necessária


Qmáx existente

250

200
Q (m3/seg)

150

100

50

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59
Trecho

Figura 4.2 - Vazão máxima necessária e existente para a Alternativa I – cenário previsto
no PDDUA.

- 76 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.2 Alternativa II: Ampliação da rede de drenagem com capacidade insuficiente e


implantação de reservatórios de detenção

Os reservatórios de detenção são uma medida de controle estrutural, utilizadas para


controlarem o pico das enchentes através do armazenamento de volumes em áreas
devidamente projetadas. Embora com a utilização dos reservatórios, deve-se considerar que,
principalmente os trechos localizados nas regiões de cabeceira das bacias necessitarão ser
ampliados. Além destes trechos mencionados, trechos a jusante dos reservatórios também
foram ampliados, quando necessário.

Para este estudo foram utilizados principalmente reservatórios do tipo off-line, ou seja,
são reservatórios que não entram em funcionamento para todos e qualquer evento, mas para
determinados eventos, definidos em projeto. O funcionamento deste tipo de reservatório é
simples: existe uma estrutura de desvio da vazão, que aqui será chamada de by-pass; a função
do by-pass é permitir que a água continue escoando pela rede de drenagem até uma
determinada vazão; a partir deste pico de vazão, o restante da água é jogado para o
reservatório.

Na simulação dos reservatórios, considerou-se uma redução de 25% nas vazões das sub-
bacias (A, B, C, D, E1, N1m, I2m). A redução leva em conta o efeito do controle na fonte a ser
implementado nos futuros loteamentos. Caso não sejam implementados os reservatórios no
lote, o acréscimo de vazão deverá ser absorvido pela rede, devido a que os reservatórios que
serão implementados já tem comprometida a sua capacidade máxima. O não controle no lote
nos loteamentos novos significa um acréscimo de aproximadamente 10-15% no custo da rede.

Nos casos em que não foi possível evitar que chuvas com recorrência menor a 6 meses
entrassem no reservatório (devido aos grandes volumes necessários para a manutenção dos
trechos o mais próximo às condições naturais existentes, foram utilizados reservatórios de duas
câmeras. O principio de funcionamento é simples: uma primeira câmera armazena os volumes
necessários para o controle dos eventos freqüentes, e a segunda somente recebe água nos
eventos pouco freqüentes. Desta forma as operações de limpeza e manutenção do reservatório
se restringem a uma pequena área atingida pelas águas após um evento normal. O espaço
restante pode assim ser usado sem maiores inconvenientes.

- 77 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

O uso mais freqüente de uma das câmeras (aproximadamente 1 vez cada 6 meses), não
inabilita seu uso durante o tempo seco para outros usos, como ser pista de skate, estádio de
basquete, área verde gramada, lago artificial, No projeto executivo final, deve-se dar aos
reservatórios um segundo uso, priorizando a amenização paisagística, de forma de elevar o
valor agregado da área.

As áreas públicas ou potencialmente públicas foram preferencialmente escolhidas para


o armazenamento. A escolha dos locais (Figura 4.3) baseou-se na localização estratégica na
bacia, visando a otimização da reservação. Na alguns dos casos, os reservatórios previstos
representam capacidade a armazenar na bacia, devido a impossibilidade de fixar a localização
dos reservatórios nesta etapa, devido a não definição dos usos específicos futuros da área. No
entanto, as medidas a ser contempladas nestas áreas foram planejadas.

As características dos reservatórios de detenção foram determinadas a partir do


levantamento no cadastro topográfico e visitas “in loco” aos locais. Embora tenham sido
respeitadas e verificadas as condições hidráulicas para a implantação dos reservatórios, é
necessário que este estudo seja seguido de um projeto executivo, na fase de implantação de tais
estruturas.

AS CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO APRESENTADOS SÃO INDICATIVAS,


PRODUTO DE PRE-DIMENSIONAMENTO. NA ANÁLISE DOS RESERVATÓRIOS FOI VERIFICADA A
VIABILIDADE DE LOCALIZAÇÃO E A VIABILIDADE HIDRÁULICA (COTAS DE ENTRADA E SAÍDA, E
ESTRUTURAS HIDRÁULICAS). NÃO FOI FEITO PROJETO DETALHADO DOS MESMOS. PORTANTO, A
DIMENSÃO BÁSICA DO RESERVATÓRIO, QUE DEVE SER NECESSARIAMENTE RESPEITADA PARA
MANTER AS CARACTERÍSTICAS DE AMORTECIMENTO, É O VOLUME; AS OUTRAS DIMENSÕES PODEM
SER ALTERADAS, SUJEITO ÀS VERIFICAÇÕES DE VIABILIDADE E COMPORTAMENTO HIDRÁULICA.

Em alguma regiões poderá acontecer que devido à elevação dos tirantes d’água, o que
proporciona aumento na declividade da linha d’água, não seja necessário o aumento dos
condutos.

- 78 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.3 – Localização dos reservatórios de detenção.

- 79 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.2.1 Descrição dos reservatórios de detenção.

Na tabela 4.3 encontram-se descritas as principais características dos reservatórios de


detenção a serem implementados.

Tabela 4.3 – Principais características dos reservatórios de detenção.


Reservatório Tipo Volume (m3)
1 On-line 13.000
2 On-line 1.200
3 Off-line 16.250
4 Off-line 42.000
5 Off-line, de 2 câmeras 15.100
6 Off-line, de 2 câmeras 26.350
7 Off-line 13.230
8 Off-line 6.500
9 Off-line 13.000
10 Off-line 20.000

A continuação é descrito com maior detalhe cada um dos reservatórios de detenção a ser
implementado na bacia para a alternativa 2.

Ø Local 1 – Morro Teresópolis.

Neste local (Figura 4.4) deverá ser construído um reservatório do tipo on-line com uma
capacidade aproximada de 18.000 m3 . A construção do reservatório é bem simples e consiste no
levantamento de uma barragem de terra com um descarregador de fundo de 0,80m na saída e
um vertedor de demasias que elimine os excessos de água, acima do volume indicado

As características físicas e hidráulicas do reservatório de detenção encontram-se


especificadas na tabela 4.4.

- 80 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Local aprox. para


reservatório

Figura 4.4 – Fotografia do local do reservatório

No projeto executivo, com o detalhamento das cotas no local, poderão ser analisadas as
alternativas de construção de mais de um dique, com a finalidade de que a altura do dique não
supere os 5m de altura, por motivos de segurança.

O tipo de reservatório sugerido, tem como vantagens o uso de área pública destinada a
reserva ecológica (de nulo custo aquisitivo e muito baixo impacto ecológico), baixo custo de
implementação. Como desvantagem é que, por ser on-line, vai suportar freqüentes
alagamentos, que, não entanto, não prejudicam a população nem o ecossistema.

Tabela 4.4 – Características do reservatórios de detenção Nº 1.


Características Físicas
Tipo On-line ; de 1 câmera
Volume (m3) 13.000
Área utilizada aproximada (m2) 6.500
Cota entrada (m) Mesma do arroio
Cota vertedor emergência 3,00m *
Descarregador fundo Conduto φ 0,80m
Características de funcionamento
Altura TR=10 anos PDDUA (m) 1,25
Altura TR=10 Macrozonas (m) 2,03
• altura aproximada. È necessário levantamento topográfico.

- 81 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Local 2 – Av Quarai esq. Etzberger.

O reservatório 2, localizado na esquina da Av. Quarai com a Rua Etzberger (Figuras 4.5
e 4.6) atualmente encontra-se implementado. O bueiro localizado abaixo da Av. Quarai para
dar passo as águas do braço do Passo fundo é insuficiente para o escoamento das águas, de
forma que acontece o represamento das mesmas. Desta forma, e em forma fortuita o
reservatório encontra-se implementado.

Figura 4.5 –Localização do reservatório

Figura 4.6 – Fotografia do local do reservatório

- 82 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

È importante o cercado da região, assim como a demarcação do mesmo, a fim de que a


área não seja invadida nem ocupada. Sugere-se a formação de uma praça ou parque, atuando
na implantação em conjunto com os moradores da região. A integração da comunidade no
controle do uso da área .

As características físicas e hidráulicas do reservatório de detenção encontram-se


especificadas na tabela 4.5.

Tabela 4.5 – Características do reservatórios de detenção Nº 2.


Características Físicas
Tipo On-line ; de 1 câmera
Volume (m3) 1.200
Área utilizada aproximada (m2) 2.000
Cota entrada (m) Mesma do arroio
Cota vertedor emergência 3,00m *
Descarregador fundo Conduto φ 0,80m
Características de funcionamento
Altura TR=10 anos PDDUA (m) 0,60
Altura TR=10 Macrozonas (m) 0,50
• altura aproximada. È necessário levantamento topográfico.

Ø Local 3 – Monte Arraes.

Nesta localização (Figura 4.7a e Figura 4.8) foi constatado in loco a existência de área para a
instalação do reservatório. Dada a pouca disponibilidade de espaço para armazenagem na
bacia do arroio Passo Fundo, deverá ser utilizada ao máximo a capacidade existente neste local.
Resultou assim um reservatório de 2,5m de profundidade, devendo ser canalizado o
descarregador de fundo uma distância aproximada de 50m até que as cotas no canal sejam
menores às cotas dentro de reservatório (Tabela 4.6).

Devido também as características próprias do local, o reservatório contará com 2 câmeras


interligadas (Fig 4.7b), onde a água somente ingressa aproximadamente 1 vez por ano. Neste
caso se diferença dos outro casos em que as duas câmeras tem a mesma freqüência de uso.

- 83 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.7–a) Croquis em planta do reservatório de detenção. b) Croquis em


corte do reservatório de detenção.

- 84 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.8 – Fotografia do local do reservatório.

Tabela 4.6 – Características do reservatórios de detenção Nº 3.


Características Físicas
Tipo Off-line ; de 2 câmeras que
por estar interligadas
trabalham em conjunto (as
duas são alagadas ao
mesmo tempo)
Volume (m3) 16.250
Área utilizada aproximada (m2) 6.500
Cota entrada (m) 11.0
Cota Fundo (m) 8.5
Cota vertedor emergência 11.4
Descarregador fundo Conduto φ 0,40m
Características de funcionamento
Altura TR=10 anos PDDUA (m) 2.5
Altura TR=10 Macrozonas (m) 2.00

- 85 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Local 4 – Região de montante da bacia do arroio Cavalhada.

No local 4 não se representou um reservatório de detenção propriamente dito e sim um


volume necessário de armazenar na cabeceira do arroio Cavalhada (sub-bacias A e D).

Não foi possível estabelecer uma localização exata devido à necessidade de novos estudos
topográficos no Arroio Cavalhada e no Arroio do Morro Teresópolis.

Uma vez disponíveis esses estudos, deverá realizar-se a reserva de locais para instalação de
reservatórios de detenção com capacidade total combinada de aproximadamente 42.000 m3 Em
valores aproximados, e considerando uma altura média de 2m, isso significa a ocupação de
22.400m2 para reservatórios de detenção além dos reservatórios nos lotes.

Ø Local 5 – Entre Av. Vicente Montegia e João Salomoni.

Na figura 4.9 encontra-se um croquis esquemático de uma vista em planta do


reservatório e na figura 4.10 croquis esquemático de uma vista em corte do reservatório.

Figura 4.9– Croquis em planta do reservatório..

- 86 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.10– Croquis de um corte do reservatório.

- 87 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

O desenho de campos de esportes na primeira câmera tem como objetivo ressaltar a que o
uso da área como reservatório de detenção não inutiliza seu uso para outros fins como ser lazer,
esporte ou paisagismo.
Tabela 4.7 – Características do reservatórios de detenção Nº 5.
Características Físicas
Tipo Off-line ; de 2 câmeras
Volume 1ª 2ª total
(m3) câmera câmera
2.100 13.000 15.100
Área aproximada utilizada 1ª 2ª total
(m2) câmera câmera
1.000 6.000 7.000
Cota entrada (m) 24,83
Cota fundo (m) 22,63
Cota vertedor emergência 25,00
Descarregador fundo Conduto φ 0,40m até o arroio a
jusante do reservatório
Características de funcionamento
Altura TR=6 meses PDDUA 1,60
na primeira câmera (m)
Altura TR=6 meses 1,45
Macrozonas na primeira
câmera (m)
Altura TR=10 anos PDDUA 2.15
Altura TR=10 anos 2,00
Macrozonas (m)

Ø Local 6 – Entre Av. Vicente Montegia e João Salamoni.

A instalação de este reservatório é uma das primeiras prioridades, devido a que


melhora consideravelmente as características hidráulicas a na rede do cavalhada. A sua
importância radica em que permite “desafogar” a região vizinha ao Supermercado Safari

- 88 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Cavalhada. No entanto, a sua urgência não minimiza a necessidade de implantação dos


outros reservatórios na bacia.

Nas Figura 4.11 pode observar-se uma fotografia do local do reservatório, e nas
figuras 4.12 e 4.13, desenhos esquemáticos de vistas em planta e em corte do local do
reservatório.

Local aprox. para


reservatório

Figura 4.11 – Fotografia do local do reservatório.

Figura 4.12– Croquis da vista em planta do reservatório..

- 89 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.13– Croquis de um corte do reservatório.

- 90 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 4.8 – Características do reservatórios de detenção Nº 6.


Características Físicas
Tipo Off-line ; de 2 câmeras
Volume 1ª 2ª total
(m3) câmera câmera
3.000 23.350 26.350
Área aproximada utilizada 1ª 2ª total
(m2) câmera câmera
1.500 11.600 13.100
Cota entrada (m) 21,29
Cota fundo (m) 19,18
Cota vertedor emergência 21,49
Descarregador fundo Conduto φ 0,40m até o arroio a
jusante do reservatório
Características de funcionamento
Altura TR=6 meses PDDUA 1,85
na primeira câmera (m)
Altura TR=6 meses 0,40
Macrozonas na primeira
câmera (m)
Altura TR=10 anos PDDUA 2,15
Altura TR=10 anos 1,86
Macrozonas (m)

Ø Local 7 – Entre Av. Cavalhada e Rua Gregório Lopez. Região vizinha ao


Supermercado Safari Cavalhada.

A região onde se espera localizar o reservatório (Figura 4.14) encontra-se atualmente


ocupada com a criação de cavalos, devendo ser expropriada para seu uso como bacia de
detenção.

- 91 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Em caso de expropriação da mesma, o uso do local pode continuar com o proprietário


devido a que o reservatório só será utilizado, em média, 1 vez por ano. Desta forma é de
esperar menor resistência ao destino do local.

Figura 4.14 – Croquis de localização e vista em planta do reservatório 7.

Devido a necessidade de expropria área para se uso como reservatório de detenção, o


que implica em um alto custo do mesmo, procurou-se maximizar o espaço. Desta forma o
reservatório projetado é do tipo lateral, com entrada d’água num vertedor localizado a
montante; incorpora válvulas tipo “flap” (Figura 4.15) com a finalidade de permitir a saída
d’água uma vez que desce o nível da mesma, ao mesmo tempo que impede o ingresso das
águas do canal. Também deverá ser instalado um descarregador de fundo de 0,40m de
diâmetro, que se entende até aproximadamente o local do nó 21. Em outras palavras, o ponto
final da tubulação do descarregador de fundo deve ser numa cota inferior à cota de fundo do
reservatório para evitar o reingresso da água.

Como conseqüência da escassa informação disponível, e á crítica situação da região, é


muito importante realizar um levantamento plani-altimétrico detalhado do sitio do reservatório
e dos trechos de canal imediatamente a montante e a jusante antes de realizar o projeto
executivo final do reservatório.

- 92 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.15– Croquis de um corte do reservatório.

Na tabela 4.9 encontram-se detalhadas as principais característcias do reservatório de


detenção Nº 7.

Tabela 4.9 – Características do reservatórios de detenção Nº 7.


Características Físicas
Tipo Off-line ; de 1 câmera
Volume (m3) 13.230
Área aproximada utilizada (m2) 6.300
Cota entrada (m) 15,40
Cota fundo (m) 13,30
Cota vertedor emergência 15.60
Descarregador fundo Conduto φ 0,40m até o
arroio no nó 21
Características de funcionamento
Altura TR=10 anos PDDUA(m) 2,60*
Altura TR=10 Macrozonas (m) 1,90
* cota de trabalho com o reservatório afogado.

Ø Local 8 – Loteamento Cavalhada.

No loteamento cavalhada, deverá ser localizado um reservatório de 6.500 m3; este volume
sugere o uso de aproximadamente 4.500 m2 de área pública considerando a utilização de uma

- 93 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

profundidade de 1,50m.Os locais escolhidos para implantação de reservatórios com a


capacidade necessária são a praça do lado da escola Escola Municipal de 1o Grau Neuza
Goulart Brizola, assim como o banhado que se localiza nos fundos da mesma.

O detalhe da rede existente na região pode ser observado na figura 4.16, que é incompleta
devido a que não se dispõe de informação plani-altimétrica da região onde serão
implementados os reservatórios. A falta de levantamentos detalhados impede maiores
detalhamentos das estruturas complementares, assim como das cotas de entrada.

A Simulação de acordo com o cenário previsto nas Macrozonas de transporte, que prevé a
urbanização em 2013, indica que uma chuva de TR=10 anos, utilizaria aproximadamente ,50m
nos reservatórios a ser instalados. Desta forma, até 2013 poderiam ser utilizada tanto a praça do
lado da escola, assim como o banhado que se localiza nos fundos da mesma sem muita
escavação, unicamente executando um pequeno dique nos limites do banhado. A construção
dos reservatórios com estas características iniciais, permitiria adiar a
ampliação da rede existente na sub-bacia até 2013, com excepção de alguns pontos críticos.

As simulações utilizando o cenário previsto no PDDUA indicam a necessidade da


utilização completa dos 6.500m3 de reservatório e a ampliação dos condutos para galerias de
1,5x1,5m. Como o cenário previsto no PDDUA indica o máximo permissível, pode não
acontecer a situação limite, devendo ser constantemente monitorado o crescimento de
impermeabilidade na bacia

Todas as simulações realizadas consideram que os loteamentos novos controlariam sua


vazão com medidas no lote.

Na figura 4.17 pode observar-se a rede imediatamente a jusante dos locais escolhidos para
ser utilizados como reservatórios de detenção. É importante ressaltar a necessidade de estudos
plani-altimétricos detalhados devido à falta de informação existente que impede projetos mais
particularizados.

- 94 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.17 – Rede imediatamente a jusante do reservatório 7.

- 95 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Escola

Figura 4.18– Fotomontagem do local do reservatório do lado da escola

.
Figura 4.19 – Fotografia do local do reservatório atrás da escola

Ø Local 9 – Morro do Osso.

Na encosta sul do Morro do Osso (sub-bacias N1, N1m e N2) deverão ser alocados
10.000m3 de reservatório. Os locais para ditos reservatórios se localizam :
• Local A (Figura 4.21): Entre ruas Liberal, Padre J. Batista réus,
Prof. Joaquim Louzada e Victor Silva. Pela sua localizaçã ao
montante da região provavelmente permitirá armazenar um terço
do volume necessário.
• Local B (Figura 4.22): Entre ruas Joaquín Louzada, Camaquá, Av.
Otto Niemayer e trav. Albano. Permitirá armazenar o volume
restante.

- 96 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

A inexistência de detalhamentos topográficos da região não permite grandes precisões


sobre os reservatórios, no entanto, de acordo com os levantamentos existentes (Figura 4.22)
pode dizer-se que os reservatórios serão do tipo off-line, de duas câmeras. A primeira câmera
será de aproximadamente o 20% do volume do reservatório que é de 13.000 m3. A
profundidade média seria aproximadamente 2,2m.

No local A provavelmente um reservatório lateral, similar ao apresentado no local 3 será


a melhor escolha, ficando do design final a cargo da equipe do projeto executivo.

Devido às condições registradas na região, é necessária a implantação destes


reservatórios o mais rápido possível.

Figura 4.20 – Fotografia do local A

Figura 4.21 – Fotografia do local B.

- 97 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.22 – Croquis de localização do reservatório 9.

- 98 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Local 10 – Estrada Aracajú e rua Amapá.

O reservatório indicado nesta região expressa a capacidade necessária de ser


armazenada nas sub-bacias B e C a medida que acontece a urbanização das mesmas. Na figura
4.23 pode observar-se um fotomontagem da região.

Na simulação foi considerada que os novos empreendimentos controlariam a sua vazão


mediante reservatórios no lote, assim como a manutenção das condições naturais dos banhados
existentes nas sub-bacias, que poderão ter sua área computada dentro dos reservatórios de
detenção, sempre que a lamina de água desviada não supere 50 cm, de forma de não prejudicar
o hábitat ecológico. Na figura 4.24 pode observar-se a destruição e aterro de um banhado
existente na bacia, situação que deverá ser monitorada no futuro.

O volume total a ser armazenado é de 20.000m3 , o que significa aproximadamente


10.000 m2 de área necessária para implantação dos reservatórios de detenção, onde
aproximadamente 20% será destinado à primeira câmera, num sistema de reservatórios dos tipo
off-line de duas câmeras.

Figura 4.23– Fotomontagem da região de localização do reservatório 10.

Figura 4.24– Fotografia que mostra a drenagem para posterior aterro de um banhado.

- 99 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.2.2 Avaliação para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de Transporte

Neste cenário, embora sejam implementados os reservatórios de detenção, alguns


trechos devem ser ampliados.

Os trechos a ser ampliados encontram-se indicados na figura 4.25 e na tabela 4.10.

Tabela 4.10 - Vazão máxima necessária e existente no caso de ampliação da rede.


Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg)
necessária existente
2 5.77 2,0
3 18.81 5,4
7 2.83 1,2
8 25.26 15,3
9 5.37 0,9
23 20.96 16,6
24 20.63 19,1
25 4.95 1,3
26 5.20 1,3
27 4.79 3,8
28 2.56 2,1
29 2.56 2,1
30 5.21 3,6
31 1.94 1,0
32 29.47 30,9
33 31.89 37,4
34 54.43 64,9
35 54.79 58,5
36 6.77 2,2
38 61.22 171,5
39 6.56 8,0
40 66.98 653

- 100 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Trecho Qmáx (m3/seg) Qmáx (m3/seg)


necessária existente
41 14.34 1,9
42 19.78 4,5
43 80.95 45,7
44 107.55 48,6
45 5.59 6,0
46 111.76 45,0
47 9.40 3,0
48 116.48 45,0
49 116.29 45,0
50 28.76 10,0
51 28.76 10,0
52 28.76 10,0
53 28.76 10,0
54 114.95 45,0
55 65.55 11,0
56 16.38 11,0
57 16.38 11,0
58 16.38 11,0
59 114.68 45,0
1: Sofre efeito de remanso que altera significativamente o valor
2: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 71,8 m3/seg.
3: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 76,5 m3/seg.
4: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 134 m3/seg.

- 101 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.25– Localização dos trechos que devem ser ampliados no cenário macrozonas.

- 102 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.2.3 Avaliação para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Os trechos a ser ampliados, no cenário previsto no PDDUA considerando a


implementação de reservatórios de detenção, encontram-se indicados na figura 4.26 e
na tabela 4.11.

Qmáx
Qmáx (m3/seg)
Trecho (m3/seg)
necessária Existente
2 9,15 2,0
3 22,20 5,4
7 3,21 1,2
8 30,02 15,3
9 7,32 0,9
17 6,62 2,5
18 3,64 2,4
20 7,50 3,7
23 23,77 16,6
24 23,60 19,1
25 6,85 1,3
26 6,98 1,3
27 5,08 3,8
28 ,99 2,1
29 ,99 2,1
30 2,05 3,6
31 2,32 1,0
32 22,48 30,9
34 56,88 64,9
35 57,68 58,5
36 7,41 2,2
38 65,60 171,5
39 8,08 8,0

- 103 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Qmáx
Qmáx (m3/seg)
Trecho (m3/seg)
necessária Existente
40 73,35 653
41 17,11 1,9
42 23,03 4,5
43 90,58 45,7
44 118,62 48,6
45 6,32 6,0
46 123,57 45,0
47 11,40 3,0
48 129,74 45,0
49 129,59 45,0
50 32,13 10,0
51 32,13 10,0
52 32,13 10,0
53 32,13 10,0
54 128,45 45,0
55 74,57 11,0
56 17,88 11,0
57 17,88 11,0
58 17,88 11,0
59 128,21 45,0

1: Sofre efeito de remanso que altera significativamente o valor


2: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 71,8 m3/seg.
3: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 76,5 m3/seg.
4: Removendo um pontilhão existente, a capacidade existente se incrementa a 134 m3/seg.

- 104 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura 4.26– Localização dos trechos que devem ser ampliados no cenário macrozonas.

- 105 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

4.2.4 Comparação entre os cenários.

Para completar a análise dos cenários são comparadas as vazões para as alternativas
simuladas dentro cada cenário analisado.

4.2.4.1 Cenário de ocupação previsto pelas Macrozonas de transporte.

A maioria dos trechos da rede atualmente existente estariam compromentidos em 2013 que
é u horizonte de previsão das Macrozonas de transporte.

As alternativas de ampliação dos trechos (alternativa I) é a de implantação de reservatórios


(alternativa II), procuram a adpatação da rede atual ao novo cenário utilizando metodologias
distintas.

A seguir são apresentados em forma comparativas os hidrogramas para as distintas


alternativas planteadas

Ø Trecho 1- : Av. Nonoai esq. Costa Lima

Figura 4. 27 – Hidrogramas no trecho 1 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 106 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 8 : Av Cruz Alta

Figura 4. 28 – Hidrogramas no trecho 8 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

Ø Trecho 11 : Rua Sepe Tiarajú Lopez

Figura 4. 29 – Hidrogramas no trecho 11 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 107 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 12 : Inicio Rua Otávio de Souza

Figura 4. 30 – Hidrogramas no trecho 12 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

Ø Trecho 13 : Rua Miguel Ascolese

Figura 4. 31 – Hidrogramas no trecho 13 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 108 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 15 : Beco João Conte

Figura 4. 32 – Hidrogramas no trecho 15 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

Ø Trecho 23 : Rua Liberal (Perto do Safari)

Figura 4. 33 – Hidrogramas no trecho 23 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 109 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 32 : Rua Prof. Gilberto Jorge Gonçalves

Figura 4. 34 – Hidrogramas no trecho 32 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

Ø Trecho 40 : Rua Santa Flora

Figura 4. 35 – Hidrogramas no trecho 40 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 110 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 42 : Rua Santa Flora

Figura 4. 36 – Hidrogramas no trecho 42 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

Ø Trecho 43 : Rua Xavier da Cunha

Figura 4. 37 – Hidrogramas no trecho 43 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 111 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 44 : Confluência dos Arroio Passo Fundo e Cavalhada

Figura 4. 38 – Hidrogramas no trecho 44 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

Ø Trecho 59: Foz do Arroio Cavalhada no Lago Guaiba

Figura 4. 39 – Hidrogramas no trecho 42 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 112 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Análise das alternativas de controle.

As gráficas anteriores mostram que na alternativa de simplesmente ampliação dos


condutos, as vazões na rede previstas de acordo com as macrozonas de transporte, duplicam as
vazões atuais na rede. A duplicação das vazões implica num incremento considerável das
dimensões dos condutos e canais, que não necessariamente é viável sob ponto de vista técnico
(falta de espaço nas ruas para alojar os condutos).

A alternativa II, de implantação de reservatórios, mantêm as vazões no final da rede,


ligeiramente acima das vazões atuais, de forma que as intervenções sobre a rede sejam
mínimas. Para lograr seu cometido, é devido à inexistência de locais melhor localizados para
implantação dos reservatórios de detenção, os reservatórios armazenam a maior quantidade
possível de água a montante. O efeito dos reservatórios retarda o escoamento da cabeceira,
permitindo que ás águas de jusante escoem primeiro, é diminui as vazões na rede de montante
ligeiramente abaixo das atuais na região de montante.

4.2.4.1 Cenário de ocupação previsto no PDDUA

Os hidrogramas em distintos trechos selecionados da rede, obtidos da simulação da


alternativa de simplesmente ampliação da rede, e da alternativa de implantação de
reservatórios de detenção e ampliação dos trechos críticos para o cenário de ocupação previsto
no PDDUA; junto com a as vazões para o cenário atual de ocupação da bacia, encontram-se nos
gráficos seguintes.

- 113 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 1- : Av. Nonoai esq. Costa Lima

Figura 4. 40 – Hidrogramas no trecho 1 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Ø Trecho 8 : Av Cruz Alta

Figura 4. 41 – Hidrogramas no trecho 8 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 114 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 11 : Rua Sepe Tiarajú Lopez

Figura 4. 42 – Hidrogramas no trecho 11 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Ø Trecho 12 : Inicio Rua Otávio de Souza

Figura 4. 43 – Hidrogramas no trecho 12 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 115 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 13 : Rua Miguel Ascolese

Figura 4. 44 – Hidrogramas no trecho 13 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Ø Trecho 15 : Beco João Conte

Figura 4. 45 – Hidrogramas no trecho 15 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 116 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 23 : Rua Liberal (Perto do Safari)

Figura 4. 46 – Hidrogramas no trecho 23 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Ø Trecho 32 : Rua Prof. Gilberto Jorge Gonçalves

Figura 4. 47 – Hidrogramas no trecho 32 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 117 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 40 : Rua Santa Flora

Figura 4. 48 – Hidrogramas no trecho 40 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Ø Trecho 42 : Rua Santa Flora

Figura 4. 49 – Hidrogramas no trecho 42 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 118 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 43 : Rua Xavier da Cunha

Figura 4. 50 – Hidrogramas no trecho 43 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Ø Trecho 44 : Confluência dos Arroio Passo Fundo e Cavalhada

Figura 4. 51 – Hidrogramas no trecho 1 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 119 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Ø Trecho 59: Foz do Arroio Cavalhada no Lago Guaiba

Figura 4. 52 – Hidrogramas no trecho 1 da rede para os cenários atual e as alternativas


estudadas para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

Ø Análise da bacia.

De forma que no cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de Trasnporte, as


gráficas anteriores mostram que na alternativa de simplesmente ampliação dos condutos, as
vazões na rede previstas para o cenário futuro, excedem em muito as vazões atualmente
existentes.

No entanto, a alternativa II, de implantação de reservatórios, mantêm as vazões no final


da rede, ligeiramente acima das vazões atuais, de forma que as intervenções sobre a rede sejam
mínimas.

- 120 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

5. Avaliação econômica das alternativas

Neste item são apresentadas as avaliações realizadas para quantificar os gastos


envolvidos com a implantação das medidas de controle analisadas no item 4, para os cenários
considerados.

Os itens, considerados nesta avaliação de custos são citados a seguir:

• Remoção de pavimento;
• Escavação;
• Remoção de material escavado;
• Escoramento;
• Concreto magro;
• Radier;
• Concreto armado;
• Fornecimento;
• Assentamento;
• Reaterro;
• Poços-de-visita;
• Bocas-de-lobo
• Meio-fio.

- 121 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Os custos foram estimados a partir de valores praticados pelo Departamento de Esgotos


Pluviais de Porto Alegre – DEP/PMPA, e apresentados em maior detalhe no Anexo D, onde
também é incluída uma séria de índices que possibilitam a atualização dos valores.

Os custos correspondem a uma estimativa, servindo apenas para uma avaliação


preliminar, em termos de comparação de alternativas, visto que não é possível estimar custos
envolvidos com remanejos de redes de drenagem, soluções para interferências,
desassoreamento e desobstruções. Para a quantificação de tais elementos seria necessário um
levantamento cadastral apurado que não traria grandes contribuições nesta fase de
planejamento, mas que é extremamente importante em caso de projeto executivo.

5.1 Custo de implementação da Alternativa I

A estimativa de custo para esta alternativa foi realizada de forma a considerar que
todas as redes de drenagem, com capacidade insuficiente sejam ampliadas até que absorvam
todo o excedente de vazão.

5.1.1 Cenário Macrozonas de transporte.

Na tabela 5.1 são apresentado os resultados da análise de custo realizadas para o cenário
de ocupação previsto nas Macrozonas de Transporte.

Tabela 5.1 – Estimativa de custos para Alternativa I – Cenário previsto nas Mac rozonas de
Transporte.
Trecho Custo (R$) Trecho Custo (R$)
1 811,760 13 3.151.438
2 227,341 14 3.998.213
3 1.677.123 15 2.748.033
4 63.184 16 2.859.907
5 63.184 17 430.954
6 - 18 83.596
7 248.081 19
83.596
8 1.477.827
20 249.669
9 1.283.254
21 221.638
10 0
22 309.392
11 4.340.076
23 4.195.586
12 3.821.750

- 122 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Trecho Custo (R$) Trecho Custo (R$)


24 604.511 44 878.568
25 489.240 45 226.874
26 749.653 46 7.244.357
27 94.899 48 387.095
28 35.587 49 5.271.630
29 35.587 50 344.483
30 36.165 51 344.483
31 894.175 52 344.483
32 3.300.574 53 344.483
33 467.106 54 2.070.164
34 2.625.328 55 276.277
35 5.220.091 56 276.277
36 526.040 57 276.277
37 653.828 58 276.277
38 2.852.098 59 0
40 3.057.893 total 85.766.869
41 7.747.587
42 2.534.190
43 3.950.267

Esta alternativa tradicional de ampliação das redes de drenagem gera um problema, não
quantificado nesta fase preliminar, que são eventuais obras relacionadas, por exemplo com a
necessidade de mudar as pontes sobre o arroio nas Avenidas Diário de Noticias, Icaraí e no
Hipódromo.

A estimativa de custos restringiu-se basicamente em quantificar as despesas com a


implementação de tubos e galerias com capacidade necessária. Não foram considerados,
portanto, aspectos como a indisponibilidade de espaço físico para a colocação de redes
maiores, ou ainda a necessidade de intervenção em residências que encontram-se sobre
coletores de fundo.

5.1.2 Cenário PDDUA.

Na tabela 5.2 são apresentados os resultados da análise de custo realizadas para o


cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 123 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 5.2 – Estimativa de custos para Alternativa I – Cenário previsto no PDDUA.


Trecho Custo (R$) Trecho Custo (R$)
1 963.848 31 894.175
2 675.465 32 3.300.574
3 1.677.124 33 361.353
4 85.115 34 3.202.534
5 85.115 35 4.966.996
6 0. 36 351.818
7 441.438 37 828.320
8 1.642.613 38 2.096.034
9 1.408.746 40 3.443.576
10 0 41 8.612.272
11 5.277.644 42 2.671.137
12 4.415.515 43 4.494.017
13 2.900.030 44 878.568
14 4.438.633 45 118.371
15 3.037.827 46 8.208.609
16 2.704.784 48 543.986
17 1.591.261 49 6.111.352
18 330.636 50 344.483
19 330.636 51 344.483
20 578.978 52 344.483
21 267.388 53 344.483
22 668.132 54 2.070.165
23 4.195.586 55 276.277
24 604.511 56 276.277
25 879.250 57 276.277
26 811.253 58 276.277
27 94.899 59 711.377
28 35.587 Total 96 562 045
29 35.587
30 36.165

5.2 Custo de implementação da Alternativa II – Ampliação da rede e implementação


de reservatórios.

A análise desta alternativa inclui a estimativa de custo de ampliação dos trechos críticos
e a análise do custo dos reservatórios.

5.2.1 Cenário previsto nas Macrozonas de transporte.

Na tabela 5.3 são apresentados os resultados da análise de custo da ampliação dos


trechos críticos para o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte.

- 124 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 5.3 – Estimativa de custos de ampliação dos trechos para Alternativa II – Cenário
previsto nas macrozonas de transporte.
Trecho Custo
(R$)
2 411.615
3 910.138
7 350.281
8 924.528
9 650.477
23 1.580.660
24 107.271
1
25
26 545.695
27 80.542
28 42.524
29 42.524
30 60.379
31 190.179
32 673.500
34 1.356.805
35 1.151.955
36 229.076
38 231.202
40 636.397
41 5.821.600
42 2.081.726
43 1.456.834
44 635.648
45 110.806
46 3.591.032
49 3.731.609
50 155.830
51 155.830
52 155.830
53 155.830
54 1.307.336
55 240.081
2
59 300.000
total 28.478,920
1 O aumento necessário da tubulação é pequeno pudendo não ser necessário (se admite que a água fica temporariamente
armazenada nas ruas).
2 Considera unicamente o custo de revestimento das paredes do canal com pedra ou “blockets”.

5.2.2 Cenário previsto no PDDUA.

Na tabela 5.4 são apresentados os resultados da análise de custo da ampliação dos


trechos críticos para o cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 125 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 5.3 – Estimativa de custos de ampliação dos trechos para Alternativa II – Cenário
previsto no PDDUA.
Trecho Custo Trecho Custo
(R$) (R$)
2 675.905 36 229.076
3 910.138 38 231.202
7 350.281 40 636.397
8 994.919 41 5.743.705
17 596.426 42 2.081.726
18 18.477 43 1.456.834
20 326.881 44 635.648
23 1.580.660 45 110.806
24 107.271 46 3.591.032
25 612.148 49 3.731.609
26 545.695 50 155.830
27 80.542 51 155.830
28 42.524 52 155.830
29 42.524 53 155.830
30 60.379 54 1.307.336
31 270.795 55 240.081
32 673.500 59 300.000
34 1.356.805 total 29.720.077
35 1.151.955
2 Considera unicamente o custo de revestimento das paredes do canal com pedra ou “blockets”.

5.2.3 Custo de implantação dos reservatórios de detenção.

A experiência indica a impossibilidade de incremento posterior dos reservatórios de


detenção, uma vez que estes se encontram implementados. Desta forma os reservatórios
deverão ser construídos de acordo com as características físicas necessárias para o cenário de
ocupação previsto no PDDUA, verificando-se seu funcionamento para os outros cenários.

Na tabela 5.5, encontram-se indicados os custos de implementação dos reservatórios de


detenção de acordo com as características expressadas no capítulo 4.

- 126 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 5.5– Estimativa de custos de implementação dos reservatórios para a Alternativa II.
Reservatório Tipo Custo (R$)
1 On-line 260.000

2 On-line 20.000

3 Off-line 1.625.000

4 Off-line 4.200.000

5 Off-line.de2câmeras 2.265.000

6 Off-line.de2câmeras 3.952.500

7 Off-line 2.646.000

8 Off-line 325.000

9 Off-line 1.300.000

10 Off-line 2.000.000

Total 18.593.500

O custo total para a alternativa II resulta em aproximadamente R$ 47000.000 para


o cenário de ocupação previsto nas Macrozonas de transporte, e R$ 48.000.000 para o
cenário de ocupação previsto no PDDUA.

- 127 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

6. Qualidade da água

6.1 Impactos na qualidade da água

A qualidade da água resultante de áreas urbanizadas depende do seguinte:

• sistema de coleta e tratamento de esgotos cloacais;


• freqüência da limpeza das ruas;
• estágio de desenvolvimento da bacia;
• características de urbanização.

Na realidade das bacias brasileiras, como em Porto Alegre, a rede de coleta de esgoto
cloacal não cobre toda a bacia. Inicialmente utilizam-se fossas sépticas e à medida que a bacia se
desenvolve , com a densificação e a verticalização, este sistema não suporta o volume gerado e
parte do volume que não é coletado é transferido para a rede de escoamento pluvial.

A água proveniente do sistema pluvial pode ser contaminada pelas seguintes fontes:

• contaminação aérea devido as partículas existentes na atmosfera;


• contaminação devido as superfícies urbanas devido a lavagem de superfícies
como telhados, passeios, ruas e outras que estão contaminadas com metais,
graxas e óleos, além do lixo e sedimentos que são transportados para o sistema
de drenagem;
• deposição de lixo pela população no sistema de drenagem.

- 128 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

6.2 Características das cargas na bacia

Assim, procedeu-se ao levantamento dos sistemas coletores de esgotos e de lixo


existentes na bacia, de forma a possibilitar uma visualização aproximada da qualidade da água
conduzida pela rede de drenagem.

6.2.1 Carga do esgoto cloacal

Foram coletados junto ao DMAE e no Atlas de Porto Alegre, mapas que forneciam
traçados de redes de esgoto nas ruas e a partir destes foram determinadas as áreas cobertas por
coleta. O mapa da figura 6.1 mostra a situação da bacia do arroio Cavalhada com relação ao
serviço sanitário.

Área não urbanizada


Rede de esgoto misto
Fossa domiciliar ou coletiva
Estação de tratamento de esgoto
Rede de esgoto cloacal separado

Figura 6.1 - Coleta sanitária na bacia do Cavalhada (Atlas- POA, 1998)

Com base no mapa e nos valores de população atual na bacia por sub-bacia, foram
estimadas as cargas de efluentes gerados de forma distribuída.

- 129 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Supondo que o consumo de água diário da população seja de 200 l/hab/dia e


estimando-se a carga de efluente gerada como o correspondente a 80% da água utilizada,
chega-se ao valor de 416 t/ano de efluentes que são lançados diretamente nos corpos d'água
locais ou na rede pluvial.

Na tabela 6.1 são apresentadas as cargas em cada sub-bacia e a estimativa da vazão. A


concentração média devido a DBO nas seções da bacia é estimada em 300 mg/l. Desta forma,
não são considerados:
• mistura com a vazão de estiagem da bacia que deve ser pequena;
• reaeração do sistema fluvial que tenderia a reduzir a concentração;
Não existe estimativa da quantidade das habitações que utilizam fossa séptica, que
poderia reduzir a carga estimada.

Tabela 6.1 - DBO gerada por sub-bacia da bacia do arroio Capivara


Sub-bacia Area População Densidade CargaEfl, DBO DBO
ha Hab/ha (m3/dia) (kg/dia) (T/ano
)
A 751,6 2,128 2,83 340,5 102,16 37,44
B 189,6 2,320 12,24 371,2 111,35 40,81
C 77,51 268 3,45 42,8 12,84 4,71
D 48,25 147 3,05 23,6 7,07 2,59
E1 176,9 711 4,02 113,7 34,12 12,51
E2 72,83 547 7,52 87,6 26,28 9,63
F1 137,9 1,447 10,49 231,5 69,44 25,45
F2 43,24 665 15,38 106,4 31,93 11,70
G1 64,78 956 14,76 153,0 45,89 16,82
G2 45,05 693 15,38 110,9 33,27 12,19
H 57,99 889 15,33 142,2 42,66 15,63
I1 96,97 1,120 11,55 179,2 53,77 19,71
I2 49,38 943 19,10 150,9 45,27 16,59
I2m 15,48 436 28,14 69,7 20,91 7,66
J1 49,64 825 16,63 132,1 39,62 14,52
J2 35,86 552 15,38 88,3 26,48 9,71
K1 25,82 394 15,27 63,1 18,93 6,94
K2 13,39 204 15,22 32,6 9,78 3,59
L1 13,92 211 15,16 33,8 10,13 3,71
L2 11,19 170 15,16 27,1 8,14 2,98
M 43 563 13,08 90,0 27,00 9,90
N1 74,97 2,247 29,97 359,5 107,84 39,52
N2 60,22 1,835 30,47 293,6 88,07 32,28
N1m 34,21 1,140 33,33 182,5 54,74 20,06
P 20,09 555 27,63 88,8 26,65 9,77
Pm 10,11 376 37,22 60,2 18,06 6,62
S 22,36 472 21,10 75,5 22,65 8,30

- 130 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Sub-bacia Area População Densidade CargaEfl, DBO DBO


ha Hab/ha (m3/dia) (kg/dia) (T/ano
)
T 10,39 215 20,71 34,4 10,33 3,79
U 24,47 675 27,57 107,9 32,38 11,87

6.2.2 Resíduos sólidos

A estimativa da geração per capita na bacia do arroio Cavalhada é apresentada na tabela


6.2. A geração per capita de cada sub-bacia foi obtida a partir da geração por bairro, contida no
Atlas Ambiental de Porto Alegre. Para se obter a quantidade de resíduos sólidos que chegam à
rede de drenagem, foi susposto que esta representa 5% do total coletado, ou seja, 5% da geração
per capita.
Sob estas condições, 0,5 toneladas de resíduos sólidos estariam sendo depositadas
diariamente nos corpos d´água. Para estimar o volume, tem-se que obter a densidade em
kg/m3. Em Porto Alegre, uma pesquisa feita por amostragem com alguns bairros vem sendo
realizada (REIS et al., 2002). A primeira etapa, realizada no inverno de 2002, detalha os
resultados por classe da população. De acordo com o Plano Diretor Setorial de Transporte
Coletivo do Município de Porto Alegre, a área correspondente ao arroio Capivara possui uma
população com renda entre 5 e 8 salários mínimos. Isto significa que a população está entre as
classes B e C da pesquisa de REIS et al. (2002).

Para a classe B, tem-se 170 kg/m3 e para a classe C, 187,50 kg/m3. A média entre estes
fornece cerca de 178,75 kg/m3. Utilizando esta média, a bacia receberia diariamente cerca de 3
m3 de resíduos sólidos.

Tabela 6.2 – Produção de resíduos sólidos na bacia do arroio Cavalhada


Sub-bacia Area População Densidade Total de Total de resíduos
resíduos sólidos na drenagem
sólidos
ha Hab/ha T/ano T/ano
A 751,63 2.128 2,83 383,10 19,16
B 189,57 2.320 12,24 417,56 20,88
C 77,51 268 3,45 48,17 2,41
D 48,25 147 3,05 26,50 1,33
E1 176,93 711 4,02 127,96 6,40

- 131 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Sub-bacia Area População Densidade Total de Total de resíduos


resíduos sólidos na drenagem
sólidos
ha Hab/ha T/ano T/ano
E2 72,83 547 7,52 98,54 4,93
F1 137,85 1,447 10,49 260,41 13,02
F2 43,24 665 15,38 119,73 5,99
G1 64,78 956 14,76 172,10 8,60
G2 45,05 693 15,38 124,76 6,24
H 57,99 889 15,33 159,97 8,00
I1 96,97 1.120 11,55 201,64 10,08
I2 49,38 943 19,10 169,74 8,49
I2m 15,48 436 28,14 78,41 3,92
J1 49,64 825 16,63 148,56 7,43
J2 35,86 552 15,38 99,31 4,97
K1 25,82 394 15,27 70,98 3,55
K2 13,39 204 15,22 36,69 1,83
L1 13,92 211 15,16 37,99 1,90
L2 11,19 170 15,16 30,54 1,53
M 43 563 13,08 101,26 5,06
N1 74,97 2.247 29,97 404,38 20,22
N2 60,22 1.835 30,47 330,26 16,51
N1m 34,21 1.140 33,33 205,26 10,26
P 20,09 555 27,63 99,92 5,00
Pm 10,11 376 37,22 67,74 3,39
S 22,36 472 21,10 84,94 4,25
T 10,39 215 20,71 38,73 1,94
U 24,47 675 27,57 121,43 6,07
Total 23.703 4266,58 213,33

Alguns dos problemas relacionados com os resíduos sólidos na drenagem urbana são:

• Há grande coleta de resíduos informal. Contudo, nem todo a fração reciclável é


interessante, fazendo com que esta parte entre no sistema de drenagem;
• O tipo de resíduos que atua fortemente na obstrução da drenagem são as
garrafas plásticas do tipo PET. Pode-se observar grandes quantidades deste tipo
de detrito nas redes de drenagem.

6.2.3 Carga do esgoto pluvial

A qualidade da água devido a drenagem urbana foi estimada pelo método Simples
apresentado por Schueller (1987), que se baseia em valores médios das características da bacia

- 132 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

(veja descrição no anexo E). Embora esta metodologia tenha sido desenvolvida para os E.U.A.,
a mesma foi utilizada, visto que não foram encontrados dados específicos para bacias urbanas
de Porto Alegre, e nem mesmo para bacias urbanas brasileiras.

Na tabela 6.3 a 6.5 são apresentados os valores das variáveis utilizadas no cálculo da
carga de cada bacia para as diferentes substâncias de qualidade da água para cada um dos
cenários analisados. Neste cálculo foi adotada uma precipitação média em Porto Alegre de
1450 mm e o cenário atual de desenvolvimento urbano.

Nas tabelas 6.6 a 6.8 são apresentadas as cargas para cada substância geradas em cada
sub-bacia e o total de toda a bacia em kg/ano para cada um dos cenários analisados. Para o
cálculo dos valores da carga foram utilizados os valores de concentração da coluna de média
nacional da tabela F.1.

Pode-se observar dos totais simulados que a carga poluente de cada sub-bacia é
significativa. Estes valores podem variar em função do seguinte:

• A bacia possui ruas com paralelepípedos, o que pode reduzir a carga devido a
maior infiltração e retenção desta superfície;
• Os valores de concentração utilizados são de outra realidade urbana;
• Estes valores devem ser interpretados como uma primeira estimativa.

- 133 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 6.3 - Valores utilizados para cálculo da carga de cada substância Cenário Atual
Baci Are Área Área Concentração média da Carga
a a impermeável impermeável substância anual
km 2 % km 2 (mg/l) kg/ano/
(mg/l)
A 7,52 2,50 0,188 0,014 0,139
B 1,90 2,50 0,047 0,001 0,002
C 0,78 2,50 0,019 0,000 0,000
D 0,48 2,50 0,012 0,000 0,000
E1 1,77 2,50 0,044 0,001 0,002
E2 0,73 2,50 0,018 0,000 0,000
F1 1,38 2,50 0,034 0,000 0,001
F2 0,43 2,50 0,011 0,000 0,000
G1 0,65 2,50 0,016 0,000 0,000
G2 0,45 2,50 0,011 0,000 0,000
H 0,58 2,50 0,014 0,000 0,000
I1 0,97 2,50 0,024 0,000 0,000
I2 0,49 6,901 0,034 0,000 0,000
I2m 0,15 16,754 0,026 0,000 0,000
J1 0,50 3,379 0,017 0,000 0,000
J2 0,36 2,50 0,009 0,000 0,000
K1 0,26 2,50 0,006 0,000 0,000
K2 0,13 2,50 0,003 0,000 0,000
L1 0,14 2,50 0,003 0,000 0,000
L2 0,11 2,50 0,003 0,000 0,000
M 0,43 2,50 0,011 0,000 0,000
N1 0,75 18,351 0,138 0,001 0,001
N2 0,60 18,773 0,113 0,001 0,001
N1m 0,34 21,057 0,072 0,000 0,000
P 0,20 16,290 0,033 0,000 0,000
Pm 0,10 23,862 0,024 0,000 0,000
S 0,22 9,441 0,021 0,000 0,000
T 0,10 8,962 0,009 0,000 0,000
U 0,24 16,231 0,040 0,000 0,000

- 134 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 6.4 - Valores utilizados para cálculo da carga de cada substância Cenário previsto
nas Macrozonas de transporte
Bacia Area Área Área Concentração média da Carga
impermeável impermeável substância anual
km 2 % Km 2 (mg/l) kg/ano/
(mg/l)
A 7,52 5,0 0,376 0,028 0,277
B 1,90 17,9 0,339 0,006 0,016
C 0,78 28,4 0,220 0,002 0,002
D 0,48 20,4 0,099 0,000 0,000
E1 1,77 34,1 0,604 0,011 0,025
E2 0,73 31,6 0,230 0,002 0,002
F1 1,38 31,7 0,437 0,006 0,011
F2 0,43 20,9 0,090 0,000 0,000
G1 0,65 54,6 0,354 0,002 0,002
G2 0,45 31,4 0,141 0,001 0,000
H 0,58 23,9 0,138 0,001 0,001
I1 0,97 5,0 0,048 0,000 0,001
I2 0,49 47,0 0,232 0,001 0,001
I2m 0,15 8,8 0,014 0,000 0,000
J1 0,50 53,7 0,267 0,001 0,001
J2 0,36 54,5 0,196 0,001 0,000
K1 0,26 52,2 0,135 0,000 0,000
K2 0,13 51,3 0,069 0,000 0,000
L1 0,14 34,6 0,048 0,000 0,000
L2 0,11 42,3 0,047 0,000 0,000
M 0,43 30,1 0,129 0,001 0,000
N1 0,75 50,0 0,375 0,003 0,003
N2 0,60 32,1 0,193 0,001 0,001
N1m 0,34 50,0 0,171 0,001 0,000
P 0,20 50,0 0,100 0,000 0,000
Pm 0,10 50,0 0,051 0,000 0,000
S 0,22 47,6 0,106 0,000 0,000
T 0,10 50,0 0,052 0,000 0,000
U 0,24 50,0 0,122 0,000 0,000

- 135 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 6.5 - Valores utilizados para cálculo da carga de cada substância Cenário previsto
no PDDUA
Bacia Area Área Área Concentração média da Carga
impermeável impermeável substância anual
Km2 % Km2 (mg/l) kg/ano/
(mg/l)
A 7,52 5,000 0,376 0,028 0,277
B 1,90 16,197 0,307 0,006 0,014
C 0,78 43,831 0,340 0,003 0,003
D 0,48 51,173 0,247 0,001 0,001
E1 1,77 57,062 1,010 0,018 0,041
E2 0,73 54,027 0,393 0,003 0,003
F1 1,38 55,027 0,759 0,010 0,019
F2 0,43 54,397 0,235 0,001 0,001
G1 0,65 67,217 0,435 0,003 0,002
G2 0,45 52,031 0,234 0,001 0,001
H 0,58 55,577 0,322 0,002 0,001
I1 0,97 56,820 0,551 0,005 0,007
I2 0,49 57,712 0,285 0,001 0,001
I2m 0,15 56,114 0,087 0,000 0,000
J1 0,50 67,225 0,334 0,002 0,001
J2 0,36 67,225 0,241 0,001 0,000
K1 0,26 67,225 0,174 0,000 0,000
K2 0,13 67,225 0,090 0,000 0,000
L1 0,14 55,314 0,077 0,000 0,000
L2 0,11 61,033 0,068 0,000 0,000
M 0,43 54,905 0,236 0,001 0,001
N1 0,75 62,987 0,472 0,004 0,003
N2 0,60 55,439 0,334 0,002 0,002
N1m 0,34 59,505 0,204 0,001 0,000
P 0,20 58,658 0,118 0,000 0,000
Pm 0,10 57,532 0,058 0,000 0,000
S 0,22 67,225 0,150 0,000 0,000
T 0,10 64,963 0,067 0,000 0,000
U 0,24 57,881 0,142 0,000 0,000

- 136 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 6.6 - Carga dos poluentes estimadas em kg/ano – Cenário Atual


Bacia Fósforo total Nitrogênio Total COD DBO Zinco Chumbo Cobre
A 0,064 0,459 12,579 1,649 0,024 0,025 0,007
B 0,001 0,007 0,202 0,026 0,000 0,000 0,000
C 0,000 0,001 0,014 0,002 0,000 0,000 0,000
D 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000
E1 0,001 0,006 0,164 0,022 0,000 0,000 0,000
E2 0,000 0,000 0,011 0,001 0,000 0,000 0,000
F1 0,000 0,003 0,078 0,010 0,000 0,000 0,000
F2 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000
G1 0,000 0,000 0,008 0,001 0,000 0,000 0,000
G2 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000
H 0,000 0,000 0,006 0,001 0,000 0,000 0,000
I1 0,000 0,001 0,027 0,004 0,000 0,000 0,000
I2 0,000 0,000 0,010 0,001 0,000 0,000 0,000
I2m 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
J1 0,000 0,000 0,005 0,001 0,000 0,000 0,000
J2 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
K1 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
K2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
L1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
L2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
M 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000
N1 0,000 0,003 0,092 0,012 0,000 0,000 0,000
N2 0,000 0,002 0,049 0,006 0,000 0,000 0,000
N1m 0,000 0,000 0,010 0,001 0,000 0,000 0,000
P 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000
Pm 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
T 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
U 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000
Total 0,067 0,483 13,27 1,739 0,025 0,026 0,007

- 137 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 6.7 - Carga dos poluentes estimadas em kg/ano – Cenário previsto nas
Macrozonas de transporte.
Bacia Fósforo total Nitrogênio Total COD DBO Zinco Chumbo Cobre
A 0,127 0,917 25,158 3,297 0,047 0,050 0,013
B 0,007 0,053 1,442 0,189 0,003 0,003 0,001
C 0,001 0,006 0,156 0,021 0,000 0,000 0,000
D 0,000 0,001 0,027 0,004 0,000 0,000 0,000
E1 0,011 0,082 2,239 0,293 0,004 0,004 0,001
E2 0,001 0,005 0,145 0,019 0,000 0,000 0,000
F1 0,005 0,036 0,984 0,129 0,002 0,002 0,001
F2 0,000 0,001 0,020 0,003 0,000 0,000 0,000
G1 0,001 0,006 0,176 0,023 0,000 0,000 0,000
G2 0,000 0,001 0,034 0,004 0,000 0,000 0,000
H 0,000 0,002 0,055 0,007 0,000 0,000 0,000
I1 0,000 0,002 0,054 0,007 0,000 0,000 0,000
I2 0,000 0,002 0,067 0,009 0,000 0,000 0,000
I2m 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
J1 0,000 0,003 0,078 0,010 0,000 0,000 0,000
J2 0,000 0,001 0,030 0,004 0,000 0,000 0,000
K1 0,000 0,000 0,011 0,001 0,000 0,000 0,000
K2 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
L1 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
L2 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
M 0,000 0,001 0,028 0,004 0,000 0,000 0,000
N1 0,001 0,009 0,250 0,033 0,000 0,000 0,000
N2 0,000 0,003 0,083 0,011 0,000 0,000 0,000
N1m 0,000 0,001 0,024 0,003 0,000 0,000 0,000
P 0,000 0,000 0,005 0,001 0,000 0,000 0,000
Pm 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
S 0,000 0,000 0,006 0,001 0,000 0,000 0,000
T 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
U 0,000 0,000 0,009 0,001 0,000 0,000 0,000
Total 0,157 1,133 31,086 4,074 0,058 0,062 0,016

- 138 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela 6.8 - Carga dos poluentes estimadas em kg/ano – Cenário previsto no PDDUA.
Bacia Fósforo total Nitrogênio Total COD DBO Zinco Chumbo Cobre
A 0,127 0,917 25,158 3,297 0,047 0,050 0,013
B 0,007 0,048 1,307 0,171 0,002 0,003 0,001
C 0,001 0,009 0,242 0,032 0,000 0,000 0,000
D 0,000 0,002 0,068 0,009 0,000 0,000 0,000
E1 0,019 0,137 3,745 0,491 0,007 0,007 0,002
E2 0,001 0,009 0,247 0,032 0,000 0,000 0,000
F1 0,009 0,062 1,708 0,224 0,003 0,003 0,001
F2 0,000 0,002 0,052 0,007 0,000 0,000 0,000
G1 0,001 0,008 0,217 0,028 0,000 0,000 0,000
G2 0,000 0,002 0,056 0,007 0,000 0,000 0,000
H 0,001 0,005 0,128 0,017 0,000 0,000 0,000
I1 0,003 0,022 0,614 0,080 0,001 0,001 0,000
I2 0,000 0,003 0,082 0,011 0,000 0,000 0,000
I2m 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000
J1 0,000 0,004 0,097 0,013 0,000 0,000 0,000
J2 0,000 0,001 0,037 0,005 0,000 0,000 0,000
K1 0,000 0,000 0,014 0,002 0,000 0,000 0,000
K2 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000
L1 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000
L2 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
M 0,000 0,002 0,052 0,007 0,000 0,000 0,000
N1 0,002 0,011 0,314 0,041 0,001 0,001 0,000
N2 0,001 0,005 0,143 0,019 0,000 0,000 0,000
N1m 0,000 0,001 0,028 0,004 0,000 0,000 0,000
P 0,000 0,000 0,006 0,001 0,000 0,000 0,000
Pm 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
S 0,000 0,000 0,009 0,001 0,000 0,000 0,000
T 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000
U 0,000 0,000 0,010 0,001 0,000 0,000 0,000
Total 0,174 1,252 34,345 4,501 0,064 0,068 0,018

- 139 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

6.3 Controle da qualidade da água

O controle da qualidade da água da bacia depende do seguinte:

• Completar a rede de coleta de esgoto cloacal e tratamento da carga. Quando esta situação
estiver completa será necessário identificar as ligações existentes na rede pluvial;
• Incentivar a redução da geração dos resíduos sólidos, através de orientação da população,
visando ao reuso e à reciclagem dos resíduos;

• Melhorar os serviços de coleta, varrição e coleta seletiva dos resíduos;

• Redução da carga devido às águas pluviais com as detenções previstas no estudo.

O projeto previsto para o sistema de detenções envolve 9 detenções. Nesta parcela da


bacia as detenções podem ser utilizadas para:

• Reduzir a carga de poluentes para jusante de acordo com o detalhamento do projeto das
detenções;

• Completar a coleta e tratamento do esgoto cloacal da bacia;

• Utilizar medidas estruturais de retenção de resíduos sólidos produzidos nesta parcela da


bacia. Desta forma concentrando a coleta e evitando o entupimento dos condutos.

- 140 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

7. Plano de Ações.

7.1 Medidas não-estruturais.

7.1.1 Riscos na bacia.

A bacia hidrográfica do arroio Cavalhada possui regiões de grande declividade a


montante, tornando-se extremamente plana a jusante.

Em geral a bacia encontra-se pouco urbanizada, com muitas zonas disponíveis para
desenvolvimento. Conforme os resultados do diagnóstico apresentado neste relatório, a
ocupação da bacia tem grande impacto no âmbito da drenagem da região, como por exemplo:

• Incapacidade de condução do escoamento em toda a;


• Ocorrência de inundações localizadas na bacia em pontos de estrangulamento
internos do escoamento;
• Aumento da produção de lixo com conseqüências desastrosas ao sistema de
drenagem;

7.1.2 Medidas propostas

Ø Contenção do aumento da vazão

A regulamentação do Plano Diretor recentemente aprovado permitirá criar bases para


evitar o aumento da vazão. Esta regulamentação envolverá a redução das vazões acrescidas de
qualquer lote ou loteamento na aprovação de qualquer projeto junto a Prefeitura. Desta forma,
será possível manter as condições atuais de escoamento e mesmo evitar que atinja o nível

- 141 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

previsto no Plano Diretor de Drenagem. A regulamentação proposta é apresentada no volume I


do Plano Diretor de Drenagem Urbana.

A bacia do arroio Cavalhada promete problemas futuros muito mais graves com a
ocupação prevista no PDDU, mesmo com as medidas de detenção sugeridas, o que torna
indispensável a implementação imediata de regulamentação para controle na fonte nos
empreendimentos novos e até mesmo em antigos que necessitem de qualquer tipo de
autorização da prefeitura para ampliação de área impermeável.

Ø Produção material sólido

Recomenda-se que as construções na bacia apresentem planejamento para a drenagem


durante a execução visando reduzir a quantidade de sedimentos transportada para a
drenagem.

7.2 Medidas estruturais

A alternativa mais econômica, hidráulica e ambientalmente adequada é a alternativa II


que envolve as obras apresentadas no capítulo 5.

As ações dentro destas medidas envolvem o seguinte:

1. Levantamento complementar

§ Levantamento topográfico dos locais das detenções: a estimativa das detenções foi realizada com
base topográfica precária dos locais, exigindo-se quando dos projetos definitivos um estudo
mais detalhado.

- 142 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

2. Projetos

§ Projetos das detenções: Desenvolver os projetos executivos das detenções considerando a sua
capacidade de retenção do lixo e melhoria da qualidade da água, revisando a capacidade de
amortecimento. Este projeto deverá envolver o paisagismo das detenções e seu
aproveitamento para lazer, dentro do possível;

§ Projeto dos condutos de desvio:: projeto das canalizações, de acordo com as detenções;

§ Melhorias nos canais dos Arroios Passo das Pedras e Mangueira : definição física dos trechos de
canal aberto com preservação de distâncias mínimas das margens, preservando ou
recuperando a vegetação com paisagismo.

§ Revisão da alternativa com base nos projetos: Rever as simulações e controles quantitativos e
qualitativos com base nos projetos detalhados.

3. Obras

O desenvolvimento das obras deve iniciar pelas detenções, seguido das ligações e da
fixação do canal. A opção pelo uso das áreas de praças próximas aos pontos escolhidos para
detenção ou da desapropriação de terrenos para este fim deve ser analisada cuidadosamente, e
se necessárias novas simulações devem ser realizadas.

Deve-se acrescer ainda a complementação deste sistema sugerido com a inserção de um


controle efetivo em nível de lote, utilizando microrreservatórios e estruturas de implemento de
infiltração, de forma a promover uma melhoria nas condições de funcionamento das obras
maiores, principalmente dos condutos forçados, que sem este tipo de controle trabalharão em
carga com muita freqüência, reduzindo a sua vida útil e necessitando de maior periodicidade
de manutenção.

- 143 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

8. Referências Bibliográficas

ALLASIA, D. G. . 2002. Impacto no custo das incertezas no cálculo de uma rede de


macrodrenagem urbana. Dissertação de mestrado -.IPH/FRGS. Porto Alegre, RS.

BASTOS, C.A.B., VALENTE, A.L.S., DIAS, R.D. 1998. Mapa geológico de solos. In: Atlas
Ambiental de Porto Alegre. Ed. Universidade/UFRGS. Porto Alegre, RS.

BEMFICA, D.C. 1999. Análise da aplicabilidade de padrões de chuva de projeto a Porto Alegre.
Porto Alegre: UFRGS - Curso de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento
Ambiental. 213f. Dissertação de Mestrado.

CAMPANA, N. A., TUCCI, C.E.M. 1994. Estimativa da área impermeável de macro-bacias


urbanas. Revista Brasileira de Engenharia. Vol. 12. N 2. (Dez 1994). p 79 - 94.

HASENACK, in MENEGAT, R. (org.) , PORTO, M.L. , CARRARO, C.C., FERNANDES, L.A.D.


1998. Atlas Ambiental de Porto Alegre. Ed. Universidade/UFRGS. Porto Alegre, RS.
MENEGAT, R. (org.) , PORTO, M.L. , CARRARO, C.C., FERNANDES, L.A.D. 1998. Atlas
Ambiental de Porto Alegre. Ed. Universidade/UFRGS. Porto Alegre, RS.

PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria de Planejamento Municipal. 2000. PDDUA :


Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre. Porto Alegre, RS.

PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal dos Transportes. 2000. Plano
Diretor Setorial de Transporte Coletivo do Município de Porto Alegre. Porto Alegre, RS.

- 144 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

TUCCI, C.E.M., Zamanillo, E.A, Pasinato, H.D. 1989. Sistema de Simulação Precipitação-Vazão
IPHS1. Porto Alegre: UFRGS - Curso de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental.

VILLANUEVA, A.O.N. 1990. Modelo para escoamento não permanente em uma rede de
condutos. Porto Alegre: UFRGS - Curso de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental. 145. Dissertação de Mestrado.

- 145 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Anexo A – Levantamento
Fotográfico

-A 1-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 1: arroio Cavalhada na Av. Diário de Notícias, 4 células de 2,5m

Foto 2: arroio Cavalhada na Av. Diário de Notícias, 4 células de 2,5m

-A 1 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 3: arroio Cavalhada na Av. Diário de Notícias

Foto 4: arroio Cavalhada na Av. Icaraí

-A 2 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 5: moradias ao longo do arroio

Foto 6: detalhe da saída da casa de bombas

-A 3 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 7: detalhe da saída da casa de bombas

Foto 8: detalhe da saída da casa de bombas

-A 4 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 9: moradias ao longo do arroio

Foto 10: seção junto à travessia do hipódromo

-A 5 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 11: vista a montante do arroio

Foto 12: travessia do hipódromo sobre o arroio

-A 6 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 13: esgoto sendo despejado diretamente no arroio

Foto 14: moradias junto ao arroio

-A 7 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 15: esgoto sendo despejado diretamente no arroio

Foto 16: lixo dificultando obstruindo a passagem da água

-A 8 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 17: moradias construída muito próximas às margens do arroio

Foto 18: moradias ao longo do arroio

-A 9 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 19: chegada na casa de bombas

Foto 20: chegada na casa de bombas

-A 10 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 21: chegada na casa de bombas

Foto 22: segundo poço da casa de bombas

-A 11 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 23: segundo poço da casa de bombas

Foto 24: arroio Passo Fundo no cruzamento da rua Dr. Campos Velho

-A 12 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 25: arroio Passo Fundo no cruzamento da rua Dr. Campos Velho

Foto 26: arroio Passo Fundo no cruzamento da rua Dr. Campos Velho

-A 13 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 27: arroio Passo Fundo no cruzamento da rua Dr. Campos Velho

Foto 28: arroio Cavalhada próximo a rua Xavier da Cunha

-A 14 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 29: casa sobre o arroio Cavalhada no cruzamento da rua Santa Flora

Foto 30: arroio Cavalhada no cruzamento da rua Santa Flora

-A 15 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 31: casa com passarela sobre arroio Cavalhada

Foto 32: a jusante tubo com diâmetro de 1 metro

-A 16 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 33: arroio Cavalhada sob a ponte

Foto 34: saída de tubo de 1 metro

-A 17 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 35: chegada tubo de 1 metro

Foto 36: arroio Cavalhada cruzando av. Cavalhada

-A 18 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 37: arroio Cavalhada cruzando av. Cavalhada

Foto 38: arroio Cavalhada cruzando av. Cavalhada

-A 19 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 39: arroio Cavalhada próximo a rua Arroio Grande

Foto 40: arroio Cavalhada próximo a rua Arroio Grande

-A 20 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 41: arroio Cavalhada próximo a rua Arroio Grande

Foto 42: arroio Cavalhada próximo a rua Arroio Grande

-A 21 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 43: arroio Cavalhada no cruzamento com a rua Otto Niemeyer

Foto 44: arroio Cavalhada no cruzamento com a rua Otto Niemeyer

-A 22 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 45: praça (possível local de detenção) localizada entre a rua Arroio Grande e a
rua Gramado

Foto 46: praça localizada entre a rua Arroio Grande e a rua Gramado

-A 23 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 47: cruzamento da av. Vicente Monteggia próximo a av. Paulo Pontes

Foto 48: cruzamento da av. Vicente Monteggia próximo a av. Paulo Pontes

-A 24 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 49: cruzamento da av. Vicente Monteggia próximo a av. Paulo Pontes

Foto 50: arroio Cavalhada cruzando a Estrada Aracajú

-A 25 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 51: arroio Cavalhada cruzando a Estrada Aracajú

Foto 52: arroio Cavalhada cruzando a Estrada Aracajú

-A 26 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 53: arroio Cavalhada cruzando a rua Angelo Barbosa

Foto 54: arroio Cavalhada cruzando a rua Angelo Barbosa

-A 27 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 55: arroio Cavalhada cruzando a rua Angelo Barbosa

Foto 56: arroio no cruzamento das ruas Angelo Barbosa com Gregório Peres

-A 28 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 57: arroio próximo a rua Gregório Peres

Foto 58: detalhe da contenção com pneus velhos

-A 29 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 59: arroio próximo a rua Gregório Peres

Foto 60: vista da bacia

-A 30 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 61: arroio Cavalhada no cruzamento com Estrada João Vedana

Foto 62: arroio Cavalhada no cruzamento com Estrada João Vedana

-A 31 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 63: arroio Cavalhada no cruzamento com Estrada João Vedana

Foto 64: muro sobre arroio na rua João Salamoni

-A 32 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 65: arroio no cruzamento da rua João Salamoni

Foto 66: beco 1 próximo a rua João Salamoni

-A 33 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 67: arroio no cruzamento da Av. Vicente Monteggia

Foto 68: lixo acumulado ao longo do arroio na Av. Vicente Monteggia

-A 34 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 69: arroio no cruzamento da Av. Vicente Monteggia

Foto 70: arroio cruzando a rua Miguel Ascolese

-A 35 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 71: chegada do esgoto pluvial ao arroio – diferente coloração da água

Foto 72: arroio cruzando a rua João Passuelo

-A 36 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 73: vista da bacia do Cavalhada na Estrada das Furnas

Foto 74: vista da bacia do Cavalhada no morro Teresópolis

-A 37 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Foto 75: vista da bacia do Cavalhada no morro Teresópolis

Foto 76: vista da bacia do Cavalhada no morro Teresópolis

-A 38 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Anexo B – Hidrogramas de
projeto
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B1- Hidrogramas de projeto da sub-bacia A para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B2- Hidrogramas de projeto da sub-bacia B para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B2 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B3- Hidrogramas de projeto da sub-bacia C para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B4- Hidrogramas de projeto da sub-bacia D para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B3 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B5- Hidrogramas de projeto da sub-bacia E1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B6- Hidrogramas de projeto da sub-bacia E2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B4 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B7- Hidrogramas de projeto da sub-bacia F1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B8- Hidrogramas de projeto da sub-bacia F2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B5 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B9- Hidrogramas de projeto da sub-bacia G1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B10- Hidrogramas de projeto da sub-bacia G2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B6 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B11- Hidrogramas de projeto da sub-bacia H para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B12- Hidrogramas de projeto da sub-bacia I1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B7 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B13- Hidrogramas de projeto da sub-bacia I2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B14- Hidrogramas de projeto da sub-bacia I2m para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B8 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B15- Hidrogramas de projeto da sub-bacia J1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B16- Hidrogramas de projeto da sub-bacia J2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B9 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B17- Hidrogramas de projeto da sub-bacia K1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B18- Hidrogramas de projeto da sub-bacia K2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B10 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B19- Hidrogramas de projeto da sub-bacia L1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B20- Hidrogramas de projeto da sub-bacia L2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B11 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B21- Hidrogramas de projeto da sub-bacia M para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B22- Hidrogramas de projeto da sub-bacia N1 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B12 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B23- Hidrogramas de projeto da sub-bacia N2 para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B24- Hidrogramas de projeto da sub-bacia N1m para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B13 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B25- Hidrogramas de projeto da sub-bacia P para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B26- Hidrogramas de projeto da sub-bacia Pm para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B14 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B27- Hidrogramas de projeto da sub-bacia S para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

Fig B28- Hidrogramas de projeto da sub-bacia T para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B15 -
Bacia do Arroio Cavalhada – DEP (POA-RS) – IPH (UFRGS))

Fig B29- Hidrogramas de projeto da sub-bacia U para Tr =10 anos nos cenários atual e PDDUA

-B16 -
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Anexo C
Modelo Hidrodinâmico
-C 1-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Modelo Hidrodinâmico de Redes de Drenagem de Águas Pluviais

Para representar as condições de escoamento, o modelo foi desenvolvido sob o princípio


de que, a qualquer momento, a maior parte do fluxo pode ser representada pelas equações de
Saint Venant. Para o fluxo livre subcrítico, elas são utilizadas na forma completa. Com fluxo sob
pressão, as equações são adaptadas utilizando a fenda de Preissmann. Para o fluxo supercrítico,
adota-se a simplificação do modelo de difusão. Esta decisão é tomada automaticamente. Os
casos especiais são tratados como Condição de Contorno Interna (CCI), com equações
específicas. O modelo é capaz de simular remansos e inversão de escoamento, além do
escoamento sob pressão, inclusive devido a estrangulamentos de seção transversal a jusante de
uma seção qualquer.

As equações para o escoamento subcrítico são a de continuidade e quantidade de


movimento unidimensionais, equações B1 e B2 respectivamente.

∂Z 1 ∂Q q
+ ⋅ = (C.1)
∂t Bs ∂x Bs

∂Q ∂  Q2  ∂Z
+ + g ⋅ Am ⋅ + g ⋅ Am ⋅ Sf = 0 (C.2)
∂t ∂x  Am  ∂x

onde Am (m2) é a área molhada, Bs (m) é a largura da superfície livre, Z (m) é a cota, Q (m3/s) é
a vazão, g (m/s2) é a aceleração da gravidade, Sf (m/m) é a declividade da linha de energia, x
(m) é a distância no sentido longitudinal, t (s) é o tempo e q (m3/s/m) é a contribuição lateral
por unidade de comprimento longitudinal de um conduto ou canal. A declividade Sf é obtida
Q⋅ Q
da equação de Manning para o movimento uniforme, ou seja, Sf = , onde K é a
K2
condutância hidráulica dada por

K = Am.R2/3/n (C.3)

e R e n são o raio hidráulico e o coeficiente de rugosidade de Manning, respectivamente.

-C 2-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

No caso do escoamento sob pressão, utilizam-se as mesmas equações do fluxo a


superfície livre. O cálculo da largura Bs utiliza a adaptação da fenda de Preissmann, através da
expressão C.6.
∂Z 1 ∂Q q
+ ⋅ = (C.4)
∂t Bs ∂x Bs

∂Q ∂  Q2  ∂Z
+ + g ⋅ Ao ⋅ + g ⋅ Ao ⋅ Sf = 0 (C.5)
∂t  
∂x  Am  ∂x

g ⋅ Ao
Bs = (C.6)
2
a
onde Bs (m) é a largura da fenda de Preissmann, Ao (m2) é a área transversal do conduto cheio;
o parâmetro a (m/s) da equação C.6 é a celeridade da onda do golpe de aríete. O escoamento
sob pressão é resolvido como se ocorresse escoamento livre na extensão fictícia da tubulação,
segundo duas paredes paralelas de altura infinita, como indicado na figura 1. Sjöberg (1981)
afirma que a fenda de Preissmann permite uma transição contínua do fluxo livre para o fluxo
sob pressão de uma seção para outra. Ele recomenda, no seu trabalho, a celeridade a em torno
de 50 m/s.

Figura C.1. A fenda de Preissmann. (Fonte: Chaudry apud Villanueva, 1990)

No caso de escoamento supercrítico, a equação C.2 é substituída pela equação C.7


(analogia de difusão).

∂Z
+ Sf = 0 (C.7)
∂x

-C 3-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Esquema numérico

A discretização é realizada através do esquema numérico implícito de diferenças finitas


de Preissmann, gerando um sistema de equações não-linear, chamado por Villanueva (1990) de
Sistema Geral de Equações (SGE). As incógnitas deste sistema aparecem em todas as seções. A
matriz dos coeficientes deste sistema, resultante da aplicação do esquema numérico, é esparsa.
O sistema é resolvido pela utilização de um algoritmo de eliminação local, que divide uma rede
em trechos e nós; a um nó, confluem dois ou mais trechos e um trecho une dois nós. Os pontos
utilizados no esquema numérico de Preissmann estão ilustrados na figura C.2. As variáveis
dependentes e suas derivadas são tratadas segundo as expressões abaixo:

θ t +1 t +1 (1 − θ) t
f (x, t ) ≅ [
⋅ f +f
2 i+1 i
+ ]
2
[
⋅ f i+1 + f it ] (C.8)

t +1 t +1
∂f f i + 1 − f i + 1 + f i − f i
t t
≅ (C.9)
∂t 2 ⋅ ∆t

∂f (
f t + 1 − f t +1
≅ θ ⋅ i +1 i
) (
ft − ft
+ (1 − θ ) ⋅ i +1 i
) (C.10)
∂x ∆x ∆x

onde, f(x,t) representa a função em um ponto entre as seções i e i+1, e entre os tempos t e t+1,
∂f
correspondendo às variáveis dependentes Q(x,t) e Z(x,t), representa a derivada parcial de f
∂t
∂f
em relação a t, representa a derivada parcial de f em relação a x e ∆x é a distância entre duas
∂x
seções consecutivas i e i+1. As equações anteriores são utilizadas para 0,5 ≤ θ ≤ 1,0 , que é
condição de estabilidade da versão linear das equações. O parâmetro θ é o ponderador do
tempo. O valor recomendado para ele é de 0,66 (Cunge et al., 1980, Ligget e Cunge, 1975).

Este esquema é então utilizado nas equações básicas, gerando o SGE. Este último é
linearizado e resolvido mediante um método iterativo. Isto é comum no tratamento de sistemas
fortemente não-lineares. Segundo Cunge et al. (1980), na maioria dos casos a segunda
aproximação, ou primeira iteração, é suficiente, tornando a solução muito próxima da solução
do sistema não-linear. Todavia, o número de iterações pode ser bem maior em situações onde
há uma combinação de diferentes declividades, seções transversais com diferentes formas e
dimensões, entre outros fatores.
-C 4-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Figura C.2. Quatro pontos utilizados no esquema de Preissmann. (Fonte: Neves, 2000)

Num processo não-iterativo, a função f pode ser escrita como abaixo:

t +1
= f + Äf
t
f (C.11)

significando que a estimativa da função f no tempo t+1 é obtida a partir de um único valor, o de
f em t.

Introduzindo o processo iterativo, f é estimada em iterações que ocorrem no tempo t+1,


ou seja, ft+1 não é escrita mais como função de ft; a definição é mudada para:

t + 1 = it + ∆f (C.12)
f f

onde f it é a estimativa obtida na iteração anterior, do intervalo de tempo corrente t+1. Então, ∆f
continua sendo o incremento da função f entre t e t+1, mas que é estimado após um
determinado número de iterações em t+1.

Substituindo a equação A.12 no esquema de Preissmann, para as variáveis Z, Q, Am, K e


Bs, obtêm-se as equações da continuidade e dinâmica entre duas seções quaisquer i e i+1. Os
termos dos incrementos ∆Am, ∆Bs e ∆K, são linearizados da seguinte maneira:

-C 5-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

∂Am
∆Am = ⋅ ∆Z (C.13a)
∂Z z =Zit

∂Bs
∆Bs = ⋅ ∆Z (C.13b)
∂Z z =Zit

∂K
∆K = ⋅ ∆Z (C.13c)
∂Z z =Zit

Outras linearizações foram feitas, segundo o procedimento adotado em Ligget e Cunge


(1975), como ilustram as equações abaixo.

1 1  ∆f 
≅ ⋅ 1 − i  (C.14a)
(f i + ∆ f i) f i  f i 
1 1  ∆ 
≅ ⋅ 1 − 2 ⋅ f i  (C.14b)
2 
(f i + ∆ f i)2
fi  fi 

(f i + ∆ f i)2 ≅ f i2 + 2 ⋅ f i ⋅ ∆ f i (C.14c)
(f i + ∆ f i) ⋅ f i + ∆ f i ≅ f i ⋅ f i + 2 ⋅ f i ⋅ ∆ f i (C.14d)

Os termos que contém produtos do tipo ∆f . ∆g são desprezados, sendo as funções f e g


quaisquer variáveis hidráulicas do modelo. O resultado das operações acima está representado
no sistema de equações C.15, que é o SGE. A primeira equação é obtida da equação da
continuidade e a segunda, da equação da quantidade de movimento. As incógnitas são os
incrementos ∆Q e ∆Z em todas as seções, obtidas a cada iteração. No final de cada iteração,
somam-se os incrementos aos valores de Z e Q, obtidos na iteração anterior. Os coeficientes A,
A´,...,G´ são função dos valores das variáveis Z, Q, Am, K e Bs, conhecidos do intervalo de
tempo anterior e também função dos valores das mesmas variáveis no intervalo de tempo
corrente, na iteração anterior (Villanueva, 1990 e Neves, 2000). São também função do valor de
θ, de ∆x e ∆t.

A ⋅ ∆Zi+1 + B ⋅ ∆Qi+1 + C ⋅ ∆Zi + D ⋅ ∆Qi + G = 0


(C.15)
A′ ⋅ ∆Zi+1 + B′ ⋅ ∆Qi+1 + C′ ⋅ ∆Zi + D′ ⋅ ∆Qi + G′ = 0

-C 6-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Solução do sistema de equações

No algoritmo de eliminação local, uma rede é vista como um conjunto de trechos e nós.
A "eliminação" é feita nas incógnitas do trecho, após o cálculo dos coeficientes do SGE, através
de relações lineares recursivas. Em seguida, mediante equações de compatibilidade nos nós
(continuidade e dinâmica), um sistema de equações lineares é gerado tendo como incógnitas os
incrementos ∆Z nos nós. Após a resolução deste Sistema linear de Equações nos Nós (SEN),
num processo inverso ao de "eliminação", são calculados os valores de ∆Z e ∆Q nas seções dos
trechos, fazendo uma varredura de montante para jusante, determinando as variáveis nesse
trecho. O resultado desta operação é a redução do SGE ao SEN, este tendo como ordem o
número de nós (Cunge et al., 1980).

A figura B3 ajudará a compreender todos os passos. Nela, há uma rede com 4 nós e 3
trechos, cujas seções estão também representadas. Os nós destacados contém Condições de
Contorno Externas (CC), sendo uma delas indicada no nó 1, a entrada de um hidrograma Q(t).

Legenda:

Si: Seção i

Q(t): Hidrograma de entrada


Sentido do escoamento

j Nó j

Q(t) S9
3
S8
S7
S6
S1 S2 S3 S4 S5
1 2 S10
S11

S12
S13
4

Figura C.3. Ilustração da resolução do sistema de equações dos nós. (Fonte: Neves, 2000)

Para a determinação dos valores de Q e Z em todas as seções, o modelo segue os passos


abaixo, a cada iteração:

-C 7-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

1. Primeiramente são conhecidos os valores de Q e Z como Condições Iniciais (CI),


como resultado do intervalo de tempo anterior, ou iteração anterior;
2. Calculam-se os coeficientes A, A', B,..., G, G' (equações B15), correspondentes às
equações de continuidade e dinâmica, incluindo as CCI, em todas as seções, montando assim o
SGE na iteração corrente;
3. Neste ponto são calculados os coeficientes das equações lineares recursivas, em
função dos coeficientes calculados em 2 e utilizados nos passos seguintes;
4. Montagem do sistema de equações: aqui, supõe-se válida a equação seguinte (Cunge
et al., 1980, Villanueva, 1990):

∆ Qi+1 = Ei+1 ⋅ ∆ Zi+1 + Fi+1 + Hi+1 ⋅ ∆ Zsadj (C.16)

onde esta equação expressa a dependência parcial das incógnitas ∆Q e ∆Z em qualquer i+1 de
um trecho, do valor de ∆ Zsadj adjacente ao nó de montante ou jusante ao trecho. Os coeficientes

E, F e H são obtidos eliminando das equações B15 e B16 os valores de ∆ Qi+ 1 e ∆ Zi+1 e chegando

à relação:

∆ Qi = Ei ⋅ ∆ Zi + Fi + Hi ⋅ ∆ Zsadj (C.17)

Os coeficientes Ei, Fie Hi são conhecidos nos pontos correspondentes às seções sadj e sadj-1,
eliminados das equações 16 um valor correspondente ao que seria ∆ Qsadj . Com base na figura

B3, por exemplo, a dependência das incógnitas da seção 6 em relação ao valor de ∆ Z9 , seria

expresso por:

∆ Qs6 = Es6 ⋅ ∆ Zs6 + Fs6 + Hs6 ⋅ ∆ Zs9 (C.18)

Para calcular os valores de Es6, Fs6 e Hs6, faz-se uma varredura de jusante para montante
a partir da seção 8. Assim também pode ser pensado para a seção 9 em relação a seção 6, seção 1
em relação a seção 5 e vice-versa, seção 10 em relação à seção 13 e vice-versa. No caso da seção
9, para determinar a dependência entre esta e a seção 6, faz-se a varredura de montante para
jusante, a partir da seção 6.

-C 8-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tomam-se agora as equações de compatibilidade nos nós, substituindo nelas as


equações do tipo B18. Na rede da figura B3, no nó 2, isto é feito reconhecendo que o somatório
das vazões nas seções 5, 6 e 10 é nulo e que as cotas nestas seções são iguais. Caso haja um poço
de visita (PV) no nó 2, o somatório das vazões é igual ao armazenamento nele, no intervalo de
tempo ∆t. Fazendo o mesmo em todos os nós, chega-se ao sistema abaixo:

F[∆ Z1, ∆ Z2 , ∆ Z3 , ∆ Z4] = 0 (C.19)

onde ∆ Z1, ∆ Z2 , ∆ Z3 , ∆ Z4 são os valores dos incrementos de cota nos nós. Este é o SEN;

5. Resolve-se o sistema de equações lineares 19, obtendo-se os valores de ∆Z nos nós.


6. Atualizam-se os valores de Z nos nós, a partir dos valores de ∆Z obtidos na fase 5.

Aqui, utiliza-se Z it + ∆Z ;
7. Calculam-se os valores de ∆Z e ∆Q nas seções dos trechos, através de equações do
tipo:

∆ Zi + 1 = L ⋅ ∆ Zi + M ⋅ ∆Q i + N (C.20)

∆ Zi = L ⋅ ∆ Zi + 1 + M ⋅ ∆Q i + 1 + N (C.21)

Os valores de ∆Q são obtidos através de B16 ou B17. L, M e N são função dos


coeficientes obtidos em 2;
8. Atualizam-se os valores de Z e Q nas seções, a partir dos valores de ∆Z e ∆Q

calculados na etapa anterior, utilizando-se Zit + ∆Z e Qit + ∆Q , respectivamente.

As CC são introduzidas, considerando os pontos de entrada delas como nós. A equação


utilizada juntamente com as equações do tipo 16 ou 17 é a seguinte:

∆ Qcc = Ecc⋅ ∆ Zcc + Fcc (C.22)

onde os coeficientes Ecc e Fcc são obtidos de maneira similar à introdução de CC de montante do
algoritmo de dupla varredura em Ligget e Cunge (1975). Assim, para o nó 1, além das equações

-C 9-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

dos tipos C.16 e C.17, particularizadas pela equação C.23 seguinte, tem-se a equação C.24, que é
a particularização da equação C.22, para a entrada do hidrograma Q(t).

∆ Qs1 = Es1 ⋅ ∆ Zs1 + Fs1 + Hs1 ⋅ ∆ Zs5 (C.23)

∆ Qcc (1) = Ecc (1)⋅ ∆ Zcc (1) + Fcc (1) (C.24)

onde o valor entre parênteses, (1), representa o nó 1. Estas equações, substituídas nas equações
de compatibilidade no nó 1, semelhantemente ao passo 4, fornecem uma das linhas da matriz
do sistema 19, ou seja, a entrada das CC são incorporadas nos coeficientes do SEN, nos nós das
extremidades de montante e jusante da rede. Analogamente, é feito nos nós de número 3 e 4.

Condições de contorno internas

Quando as equações básicas não podem ser utilizadas para representar o escoamento,
tem-se uma situação denominada de Condição de Contorno Interna (CCI). Estas situações
ocorrem quando há pontos com poços de visita em redes, reservatórios, degraus, vertedores,
etc. No modelo em estudo, a representação de uma CCI pode ser de duas maneiras,
dependendo do local onde ocorre o fenômeno:

1)Confluências e fenômenos que acontecem nelas, ponto de convergência de dois ou mais


trechos, onde a CCI é incorporada na etapa de montagem do SEN (equação C.19);
2)Situações que acontecem entre duas seções de um trecho, onde a CCI é incorporada nos
coeficientes calculados no trecho. Estes coeficientes são os do SGE (equações C.15).

No primeiro caso, as equações da continuidade e dinâmica são trabalhadas na


montagem do SEN. Um exemplo é a confluência simples. Nela, a equação da continuidade
expressa que o somatório das vazões que chegam e saem do nó é zero. A equação dinâmica é
estabelecida igualando as cotas dos trechos adjacentes ao nó. Outro exemplo é a coincidência de
uma confluência com um poço de visita (PV). A equação da continuidade expressa que o
somatório das vazões de chegam e saem do nó é igual a um montante de volume armazenado
no PV. Esta parcela de armazenamento é calculada a partir de curvas cota x área no PV.

-C 10-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Sentido do Fluxo nó k+1


p

i+1
r i
nó k-1 nó k
i+2

nó k+2

Figura C.4. Poço de visita em um nó. (Fonte: Neves, 2000)

A figura C.4 ilustra o tratamento dado na presença de um PV em um nó. O modelo


primeiramente constrói curvas cota x área de armazenamento, que abrange o dispositivo e a
área superficial em torno do mesmo.

O ganho ou perda de volume no intervalo de tempo é dividido em duas etapas: a


primeira ocorre quando o tirante não ultrapassa o topo do PV, sendo o armazenamento muito
pequeno dentro dele. Nesta fase, a área horizontal permanece constante e igual a área adotada
pelo modelo na construção do dispositivo, de maneira que o volume armazenado no tempo
pela diferença de cota varie somente com a taxa de variação da cota no PV. A segunda etapa
ocorre quando o tirante ultrapassa a cota máxima do PV e atinge o nível do terreno. Sabe-se que
neste caso, a água se espalha, de modo que a área horizontal muda. Cria-se uma bacia de
armazenamento na superfície, que posteriormente deverá se esvaziar, pois a água deverá escoar
para jusante e tentar entrar em outro ponto da rede. Na verdade, o volume acima do PV é
excedente e não armazenado nele.

A formulação supõe que os PVs são retangulares. A largura é tomada como o maior
entre dois valores: o somatório das larguras dos trechos que chegam ao nó e o somatório dos
trechos que saem do nó. O comprimento é adotado com o valor de 2 m. A equação utilizada na
construção expressa que o armazenamento no tempo no PV é igual a área (constante dentro PV)
vezes a taxa de variação da cota dentro do PV.

No caso 2, entre duas seções de um trecho, equações da continuidade e dinâmica são


trabalhadas para que se obtenham, a cada iteração, os valores dos coeficientes do SGE (equações
C.15). No caso de um reservatório entre duas seções de um trecho, por exemplo, a equação da
-C 11-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

continuidade expressa que o somatório das vazões de chegam e saem do nó é igual a um


montante de volume armazenado no reservatório. A equação dinâmica é estabelecida igualando
as cotas das duas seções onde o reservatório está inserido. Como dados, entra-se no programa
com as dimensões do reservatório.

-C 12-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Anexo D
Detalhamento dos Custos
-D 1-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

DETALHAMENTO DOS CUSTOS

Com a finalidade de estabelecer um valor de referência para atualização dos valores, se


informam diversos índices econômicos na data de estudos dos preços (Dezembro 2001).

Salário Mínimo (R$) 180,00


CUB Ponderado (R$) 572,59
CUB Material (R$) 293,83
CUB Mão-de-Obra (R$) 278,76
Valor Dolar (R$/US$) 2,40

Os custos respondem a características médias dos condutos nas sub-bacias, podendo


apresentar variações significativas em distintos pontos em quanto a recobrimento e
profundidade de escavação. A profundidade de escavação foi determinada a partir do
dimensionamento e das cotas do terreno ao longo dos trechos.

Nas figuras D.1 e D.2 pode-se observar os desenhos esquemático dos elementos
considerados no custo.

Os preços unitários foram avaliados a partir informações fornecidas pelo DEP


completadas com informações obtidas dos custos unitários de referência praticados pelo
Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER) com data em dezembro de 2001.

Foram incorporados na avaliação os distintos itens fornecidos pelo DEP através de


memórias de cálculo de projetos já implementados.

Nas tabelas D.1 e D.2 são apresentados a composição do custo das tubulações circulares
e galerias respetivamente.

-D 2-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Pavimento asfalto
1,5 b
H ou
b Prof.

Concreto armado

h
0,10 h
0,10 b
0,10 m
Concreto magro
brita 0,20 m
rachão 0,30 m

1,05 b
1,2 b
Figura D.1 – Croquis dos elementos considerados no custo das galerias retangulares.

Pavimento asfalto
2.D ou 0,80m

H ou Prof.

0,10.D m
Radier
Enrocamento 0,10.D m

D
Figura D.2 – Croquis dos elementos considerados no custo das galerias circulares.

-D 3-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela D.1 - Composição do custo das tubulações


circulares.

-D 4-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Tabela D.2 - Composição do custo das galerias

-D 5-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Anexo E
Método para estimativa de cargas pluviais

-E1-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Este método foi apresentado por Schueller (1987). O método é recomendado para áreas de
até 2,9 km2 (1 mi2) e apresenta várias simplificações que serão discutidas abaixo, mas permitem
uma primeira avaliação empírica da carga existente na bacia.

A carga anual é estimada por

L = 31,536.Q.C. (E.1)

onde Q é a vazão produzida durante os eventos chuvosos; C é a concentração média da


substância em mg/l.

A vazão produzida durante os eventos pode ser estimada por

r.Pm .C s A
Q= (E.2)
31536

onde r é a proporção da precipitação que produz escoamento superficial. Existem vários


eventos de pequena intensidade que não produzem escoamento superficial, este valor
geralmente é da ordem 0,8 a 0,95, ou seja de 5 a 20% dos eventos de chuva possuem
precipitação pequena para não produzirem escoamento superficial. Neste estudo foi adotado o
valor de 0,9; A é a área de drenagem em km2; Pm é a precipitação em mm; Cs é o coeficiente de
escoamento de eventos chuvosos, obtido por

Cs = 0,047 + 0,9.AI (E.3)

onde AI é a proporção de área impermeável (entre 0 e 1 ). Esta equação foi obtida com dados de
12 bacias urbanas brasileiras, na sua maioria de Porto Alegre.

Desta forma a carga resultante em kg/ano é a seguinte

r.Pm .A.(0 ,047 + 0 ,9AI).C


L= (E.4)
1000

-E2-
Plano Diretor de Drenagem Urbana – Bacia do Arroio Cavalhada - IPH – DEP (Porto Alegre)

Segundo Athayde (1986) a variação das cargas entre os usos da terra depende
principalmente volume do escoamento superficial. A concentração C deve variar com a
magnitude da vazão, que neste caso foi adotada constante. A concentração C pode ser estimada
segundo Schuler (1987) com base em dados americanos (tabela E1).

Tabela E1 - Valores médios de concentração médio C, em mg/l (Schueller, 1987)


Áreas
Novas áreas Áreas Média
urbanas
Poluente suburbanas Centrais Nacional Floresta Rodovias
antigas
(Washington) (Washington)
(Baltimore)
Fósforo
Total 0,26 1,08 - 0,46 0,15 -
Ortho 0,12 0,26 1,01 - 0,02 -
Solúvel 0,16 - - 0,16 0,04 0,59
Orgânico 0,10 0,82 - 0,13 0,11 -

Nitrogênio
Total 2,00 13,6 2,17 3,31 0,78 -
Nitrate 0,48 8,9 0,84 0,96 0,17 -
Ammônia 0,26 1,1 - - 0,07 -
Orgânico 1,25 - - - 0,54 -
TKN 1,51 7,2 1,49 2,35 0,61 2,72

COD 35,6 163 - 90,8 >40 124


BOD5 5,1 - 36 11,9 - -
Metais
Zinco 0,037 0,397 0,250 0,176 - 0,380
Chumbo 0,018 0,389 0,370 0,180 - 0,550
Cobre - 0,105 - 0,047 - -

-E3-

Você também pode gostar