IBET Seminário 4 Módulo 4
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QUESTÕES DE PLENÁRIO
1. Na sua opinião, são imunes: (a) quanto ao ISS os serviços de guarda e estacionamento de
veículos automotores prestados por entidades religiosas; (b) quanto ao IPTU, o imóvel destinado
à locação, pertencente à mesma entidade e os cemitérios particulares; (c) quanto ao ITR as áreas
de reserva indígena, bem como a renda auferida pelos indígenas (vide Petição n. 3388 STF).
Justifique sua resposta.
2. Entidade assistencial importa bem destinado a seu laboratório de pesquisas, bem como
equipamento de informática, destinado a revenda. Tais bens são imunes ao imposto de
importação, ICMS e IPI? Adquire ainda, no mercado interno, ambulância destinada ao
atendimento de pessoas carentes. Alega ser contribuinte de fato do ICMS e IPI incidentes sobre a
operação e que, em face da sua condição de entidade imune, não estaria sujeita a oneração por
tais impostos. Procede a alegação da entidade?
3. Que se entende por normas gerais em matéria tributária? Normas que instituem responsabilidade
tributária, inclusive solidariedade e substituição tributária, devem ser instituídas por lei
complementar ou podem ser instituídas por lei ordinária? Podem os Estados tratar de
responsabilidade tributária do ICMS por Convênio CONFAZ? Analisar as cláusulas oitava e nova
do Convênio ICMS n. 52 de 2017.
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
SEMINÁRIO DE CASA
Leitura básica,
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30 ed. São Paulo: Saraiva, 2019. Capítulos VI
e VII.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7 ed. São Paulo: Noeses, 2018.
Capítulo I, item 1.4 (Imunidades tributárias) e Capítulo II, item 2.1. (Normas gerais de direito
tributário) da segunda parte.
Leitura complementar
• CARVALHO, Paulo de Barros. Derivação e positivação no direito tributário. Vol I. São Paulo: Noeses .
Tema VIII (Imunidades condicionadas e suspensão de imunidades: análise dos requisitos do artigo
14 do Código Tributário Nacional impostos às instituições de educação sem fins lucrativos).
• LINS, Robson Maia. Curso de Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Noeses. Capítulos 3 e 5 da
segunda parte.
• CHIESA, Clélio. A competência tributária do estado brasileiro: desonerações nacionais e imunidades
condicionadas. São Paulo: Max Limonad .Capítulos V, VII e VIII.
• COSTA, Regina Helena. Imunidades tributárias: teoria e análise da jurisprudência do STF. São Paulo:
Malheiros .
• GAMA, Tacio Lacerda. Competência tributária: fundamentos para uma teoria da nulidade. São Paulo:
Noeses. Item 8.1.2.3 do Capítulo 8.
• MCNAUGHTON, Charles William. Hierarquia e Sistema Tributário. São Paulo: Quartier Latin. Capítulo
VII.
• MOURA, Frederico Araújo Seabra de. Lei complementar tributária. São Paulo: Quartier Latin. Capítulos V,
VI, VII e VII.
• BORGES, José Souto Maior. Normas gerais de direito tributário: velho tema sob perspectiva nova.
Revista Dialética de Direito Tributário, n. 213.
• SEHN, Solon. Lei complementar e normas gerais de direito tributário. In: VALLE, Maurício Dalri
Timm do; VALADÃO, Alexsander Roberto Alves; DALLAZEM, Dalton Luiz. Ensaios em homenagem ao
Professor José Roberto Vieira. São Paulo: Noeses, 2017.
• ANDERLE, Ricardo. Conflitos de Competência tributária entre o ISS, o ICMS e o IPI. São Paulo: Noeses.
Capítulos 3, 4 e 5.
Questões
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
1. Que é imunidade tributária? Diferençar imunidade, isenção, não incidência e
incidência tributária. O conceito de imunidade tributária pode ser aplicável às
taxas, às contribuições e as contribuições de melhoria?
Resp. A imunidade tributária trata-se de um preceito constitucional que possui o condão de
“frear” o legislador no momento de criação de tributos, para que tal ação seja realizada
apenas em situações permitidas e já delimitadas. As diferenciações ficam por conta que a
imunidade é uma norma constitucional que corrobora com a questão da competência
tributária; já a isenção trabalham na seara das leis ordinárias, funcionando para restringir a
abrangência dos critérios de hipótese ou consequência da regra matriz tributária; a
incidência e não incidência acabam por ser auto explicativos, tratando do encaixe ou não do
que está tipificado na legislação pátria, no caso concreto. O conceito de imunidade pode sim
ser aplicado aos tributos supracitados, tendo em vista que estes são tratados pelo próprio
texto constitucional em artigos como o 5, XXXXIV, b e no 195, 7°.
2. As imunidades são cláusulas pétreas na Constituição Federal? Uma Emenda
Constitucional pode revogar alguma das imunidades dispostas na Carta Magna?
As normas constitucionais que veiculam imunidades são autoaplicáveis ou
dependem de regulamentação infraconstitucional?
Resp. Sim, tendo em vista que as imunidades regulam e protegem garantias individuais e
coletivas dos cidadãos, estas devem ser recepcionadas como cláusulas pétreas, impedindo
assim que haja mudança, inclusive por meio de Emenda Constitucional. Partindo do
pressuposto previamente citado, acredito que uma EC não tenha força para revogar as
imunidades tipificadas. Quanto a questão da autoaplicabilidade, não é uma ciência exata pois
algumas imunidades ficam em uma condição suspensiva, dependendo de uma certa atitude,
como no caso dos partidos políticos que devem seguir o que está estipulado no art 14 do CTN.
3. Na sua opinião, são imunes:
(a) quanto ao ISS: os serviços de guarda e estacionamento de veículos automotores prestados
por entidades religiosas (vide anexos I e II);
Desde que o lucro auferido com tal atividade seja revertido em atividades com o propósito
religioso, não deverá incidir o ISS.
(b) quanto ao IPTU: o imóvel destinado à locação, pertencente à mesma entidade (vide anexo
III); e os cemitérios particulares (vide anexo IV);
O entendimento é similar, pois caso o valor auferido seja revertido no propósito religioso, o IPTU
não incidirá.
(c) quanto ao ITR: as áreas de reserva indígena (vide STF, Petição n. 3388, DJ 04/02/14);
Tais áreas são completamente imunes.
(d) quanto aos serviços prestados por empresas públicas no regime de concorrência (vide
anexos V);
O caso retrata que deverá ser aplicada a chamada imunidade recíproca, impedindo que um ente
público tribute outro. Nesse caso o serviço prestado não visa lucro.
(e) quanto aos serviços “públicos” prestados por sociedades de economia mista (vide anexo
VI e VII);
Desde que estejam desempenhando um serviço público, a sistemática de entendimento deverá
ser a mesma no item acima, da imunidade recíproca.
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
(f) quanto aos serviços “públicos” prestados por sociedades de economia mista cujas ações
sejam negociadas na bolsa de valores (vide anexo VIII).
O mesmo entendimento dos últimos dois itens, pois enquanto desenvolver um serviço público,
incidirá a imunidade recíproca. Já as atividades que visem lucro não estarão abarcadas pela
imunidade.
Justifique suas respostas.
4. A agência de publicidade Bravia foi contratada pela empresa Xilitol para que produzisse a
campanha de seus novos produtos e, após definida a estratégia, indicasse os melhores meios
para a divulgação do anúncio. Além da mídia na TV Tupi, a agência Bravia recomendou a
exposição da campanha via folder a ser inserido na revista “A Pastorinha” por dois domingos
seguidos, após a veiculação do anúncio na TV Tupi. No orçamento referente à divulgação do
anúncio, a agência inseriu o preço da sua veiculação no horário nobre passado pela TV Tupi e
também o preço informado pela revista “A Pastorinha”. Ambos associaram o preço de seus
serviços aos tributos inerentes às suas atividades (gross up, em especial do ISS, PIS e
COFINS).
Ao receber o orçamento, o depto. jurídico da Xilitol questionou o gross up do ISS apresentado
pela revista “A Pastorinha”, com base no item “17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros
materiais de propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em livros, jornais,
periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita)”, introduzido na lista de serviços da LC 116/2003 pela LC
157/2016, e manifestou sua recusa no pagamento. Considerando o disposto no art. 150 da
CF, e os fundamentos utilizados pelos Ministros do STF no julgamento dos RE 330.817 e RE
595.676, na sua opinião o questionamento apresentado pelos advogados da Xilitol quanto à
incidência do ISS sobre os serviços prestados pela revista “A Pastorinha” procede?
5. Como deve ser interpretado o disposto no art. 150, VI, “d” da CF: “livro, jornais e
periódicos e o papel destinado a sua impressão”. Pode-se dizer que livros e periódicos
eletrônicos (“e-books”), bem como o material utilizado para sua comportá-los (“e-book
readers”) são imunes com fundamento neste dispositivo? E os Tablets? (Vide anexos XII
e XIII e considere para sua resposta, os fundamentos utilizados pelos Ministros do STF
no julgamento dos RE 330.817 e RE 595.676)
Resp. Consoante recente entendimento já consolidado por doutrina e jurisprudência (julgados
de ministros do STF) pátria, o parecer é favorável a abarcar os livros eletrônicos ao rol de
imunidades. Na mesma toada, os e-book readers incluem-se nesse rol elencado pelo art 150,
VI, d da CF, muito em função do objetivo maior da imunidade já citada, que é difundir a
cultura e o fomento à leitura (nesses casos específicos). Tal entendimento não encontra
mesma recepção com relação aos Tablets, tendo em vista que estes extrapolam a função
primordial da imunidade, servindo para diversas funções além das buscadas pelo
ordenamento.
6. No caso da imunidade para as instituições de assistência social sem fins lucrativos, o
cumprimento do art. 14 do CTN é suficiente para garantir sua aplicação ou ainda é
necessária a comprovação do caráter assistencial e filantrópico previsto no art. 203 da
CF/88? É possível que lei ordinária garanta sua aplicação? (Vide anexo XIV).
Resp. No caso dessas imunidades, o mero cumprimento do que o art 14 do CTN preceitua já
basta para que se alcance o fim buscado pela Norma. Caso uma lei ordinária garantisse tal
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aplicação, acabaria por incorrer em inconstitucionalidade por ir num caminho contrário ao
que a Constituição, em seu art 146, II traz, que é a necessidade indissociável de uma Lei
Complementar para tal regulamentação.
7. Explicar as diferenças entre as correntes dicotômica e tricotômica na aplicação das
normas gerais de direito tributário. Precisar o sentido da expressão “normas gerais de
direito tributário”, diferenciando lei complementar nacional e lei complementar federal.
Resp. A corrente dicotômica elenca duas funções às leis complementares, que são prevenir
conflito de competência entre entes federativos, e regular a questão da limitação ao poder de
tributar (essa é a corrente minoritária de entendimento do tema); enquanto isso, a corrente
tricotômica por sua vez, como o nome já indica, prevê uma tríplice função à lei complementar,
que seria prevenir o conflito de competência, regular o poder de tributar e fixar normas
gerais no tocante à legislação tributária (esta é a corrente de entendimento majoritária). A
expressão supracitada, no entendimento do professor Paulo de Barros Carvalho, seria a
função monotônica da Lei Complementar, enquanto prevenir conflitos e limitar o poder de
tributar estariam abarcadas nessas normas gerais de direito tributário. Alei nacional abarca
uma gama maior do que a federal, pois engloba todos os entes da federação União, Estados,
DF e Municípios, enquanto a Lei Federal trata apenas da União.
8. O art. 146, inciso III, da CF, autoriza a lei complementar a definir os fatos geradores,
bases de cálculo e contribuintes dos impostos já discriminados na Constituição? Isso não
violaria o princípio da autonomia das pessoas políticas? Considerar as recentes decisões
proferidas pelos Ministros do STF no RE 566.622 e ADI´s 2028, 2036, 2228 e 2621.
Resp. Sim. Através de uma simples leitura, apura-se que é possível definir FG, base de cálculo e e
contribuintes por meio de Lei Complementar, mas com o fito de solucionar um conflito entre
entes federativos acerca do tema. Pelo entendimento do professor Paulo de Barros Carvalho,
não ocorreria violação a este princípio, pois essa prevenção de conflitos é exatamente uma
das funções da Lei Complementar.
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
Cavalho (Coord.). São Paulo: Noeses .
• Artigo: “Requisitos objetivos para gozar de imunidades de estabelecimentos de ensino e saúde só
podem ser regulados por lei complementar”, de Ives Gandra da Silva Martins, in O direito tributário
entre a forma e o conteúdo, Paulo de Barros Carvalho (Coord.). São Paulo: Noeses .
Anexo I
RE n. 144.900/SP
DJ 22/04/1997
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, VI, C, DA CONSTITUIÇÃO. INSTITUIÇÃO DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL. EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO CALCULADO SOBRE O PREÇO COBRADO EM
ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS NO PÁTIO INTERNO DA ENTIDADE. Ilegitimidade. Eventual
renda obtida pela instituição de assistência social mediante cobrança de estacionamento de
veículos em área interna da entidade, destinada ao custeio das atividades desta, está abrangida
pela imunidade prevista no dispositivo sob destaque. Precedente da Corte: RE 116.188-4.
Recurso conhecido e provido.
Anexo II
REsp n. 41.002/SP
DJ 13/11/1995
EMBARGOS À EXECUÇÃO. ISS. ASSOCIAÇÃO HOSPITAL OSVALDO CRUZ. ESTACIONAMENTO EM
ÁREA DO PRÉDIO DA EMBARGANTE. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. DESCABIMENTO. COISA
JULGADA. INOCORRÊNCIA. I – a imunidade tributária conferida à fundação hospital Osvaldo
Cruz compreende tão somente os serviços relacionados com as finalidades essenciais da
instituição, não alcançando atividades desenvolvidas com intuito de lucro, como no caso da
exploração de estacionamento de veículos, que se caracteriza como prestação de serviço, sujeita
à incidência do ISS. II – “in casu”, não restou configurada a coisa julgada, porquanto a sentença
garantiu isenção e não imunidade, institutos jurídicos de características próprias. III – recurso a
que se nega provimento, sem discrepância.
Anexo III
AI n. 742.230 AgRg/SP
DJ 03/05/2013
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
INSTITUIÇÃO. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA DAS NORMAS DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, DE
MODO A MAXIMIZAR O SEU POTENCIAL DE EFETIVIDADE.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal vem flexibilizando as regras atinentes à
imunidade, de modo a estender o alcance axiológico dos dispositivos imunitórios, em
homenagem aos intentos protetivos do constituinte originário.
2. A Corte já reconhece a imunidade do IPTU para imóveis locados e lotes não edificados.
Nesse esteio, cumpre reconhecer a imunidade ao caso em apreço, sobretudo em face do
reconhecimento, pelo Tribunal de origem, do caráter assistencial da entidade.
3. Agravo regimental não provido.
Anexo IV
RE n. 578.562/BA
DJ 12/09/2008
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE
ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades
de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do
Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos de
que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que
o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, “b”. 3. As áreas
da incidência e da imunidade tributária são antípodas. Recurso extraordinário provido.
Anexo V
RE 627.051
DJe 11/02/2015
Recurso extraordinário com repercussão geral. Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos. Peculiaridades do Serviço Postal. Exercício de atividades em regime de exclusividade e em
concorrência com particulares. Irrelevância. ICMS. Transporte de encomendas. Indissociabilidade do
serviço postal. Incidência da Imunidade do art. 150, VI, a da Constituição. Condição de sujeito passivo de
obrigação acessória. Legalidade. 1. Distinção, para fins de tratamento normativo, entre empresas públicas
prestadoras de serviço público e empresas públicas exploradoras de atividade econômica. 2. As conclusões
da ADPF 46 foram no sentido de se reconhecer a natureza pública dos serviços postais, destacando-se que
tais serviços são exercidos em regime de exclusividade pela ECT. 3. Nos autos do RE nº 601.392/PR,
Relator para o acórdão o Ministro Gilmar Mendes , ficou assentado que a imunidade recíproca prevista no
art. 150, VI, a, CF, deve ser reconhecida à ECT, mesmo quando relacionada às atividades em que a empresa
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não age em regime de monopólio. 4. O transporte de encomendas está inserido no rol das atividades
desempenhadas pela ECT, que deve cumprir o encargo de alcançar todos os lugares do Brasil, não importa
o quão pequenos ou subdesenvolvidos. 5. Não há comprometimento do status de empresa pública
prestadora de serviços essenciais por conta do exercício da atividade de transporte de encomendas, de
modo que essa atividade constitui conditio sine qua non para a viabilidade de um serviço postal contínuo,
universal e de preços módicos. 6. A imunidade tributária não autoriza a exoneração de cumprimento das
obrigações acessórias. A condição de sujeito passivo de obrigação acessória dependerá única e
exclusivamente de previsão na legislação tributária. 7. Recurso extraordinário do qual se conhece e ao qual
se dá provimento, reconhecendo a imunidade da ECT relativamente ao ICMS que seria devido no
transporte de encomendas.
Anexo VI
RE n. 363.412 AgRg/BA
DJ 19/09/2008
INFRAERO – EMPRESA PÚBLICA FEDERAL VOCACIONADA A EXECUTAR, COMO ATIVIDADE-
FIM, EM FUNÇÃO DE SUA ESPECÍFICA DESTINAÇÃO INSTITUCIONAL, SERVIÇOS DE
INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA – MATÉRIA SOB RESERVA CONSTITUCIONAL DE
MONOPÓLIO ESTATAL (CF, ART. 21, XII, “C”) – POSSIBILIDADE DE A UNIÃO FEDERAL
OUTORGAR, POR LEI, A UMA EMPRESA GOVERNAMENTAL, O EXERCÍCIO DESSE ENCARGO, SEM
QUE ESTE PERCA O ATRIBUTO DE ESTATALIDADE QUE LHE É PRÓPRIO – OPÇÃO
CONSTITUCIONALMENTE LEGÍTIMA – CRIAÇÃO DA INFRAERO COMO INSTRUMENTALIDADE
ADMINISTRATIVA DA UNIÃO FEDERAL, INCUMBIDA, NESSA CONDIÇÃO INSTITUCIONAL, DE
EXECUTAR TÍPICO SERVIÇO PÚBLICO (LEI N. 5.862/1972) – CONSEQÜENTE EXTENSÃO, A ESSA
EMPRESA PÚBLICA, EM MATÉRIA DE IMPOSTOS, DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL FUNDADA
NA GARANTIA DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA (CF, ART. 150, VI, “A”) – O ALTO
SIGNIFICADO POLÍTICO-JURÍDICO DESSA GARANTIA CONSTITUCIONAL, QUE TRADUZ UMA
DAS PROJEÇÕES CONCRETIZADORAS DO POSTULADO DA FEDERAÇÃO – IMUNIDADE
TRIBUTÁRIA DA INFRAERO, EM FACE DO ISS, QUANTO ÀS ATIVIDADES EXECUTADAS NO
DESEMPENHO DO ENCARGO, QUE, A ELA OUTORGADO, FOI DEFERIDO,
CONSTITUCIONALMENTE, À UNIÃO FEDERAL – DOUTRINA – JURISPRUDÊNCIA –
PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – AGRAVO IMPROVIDO. – A INFRAERO, que
é empresa pública, executa, como atividade-fim, em regime de monopólio, serviços de
infraestrutura aeroportuária constitucionalmente outorgados à União Federal, qualificando-se,
em razão de sua específica destinação institucional, como entidade delegatária dos serviços
públicos a que se refere o art. 21, inciso XII, alínea “c”, da Lei Fundamental, o que exclui essa
empresa governamental, em matéria de impostos, por efeito da imunidade tributária recíproca
(CF, art. 150, VI, “a”), do poder de tributar dos entes políticos em geral. Consequente
inexigibilidade, por parte do Município tributante, do ISS referente às atividades executadas pela
INFRAERO na prestação dos serviços públicos de infraestrutura aeroportuária e daquelas
necessárias à realização dessa atividade-fim. O ALTO SIGNIFICADO POLÍTICO-JURÍDICO DA
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, QUE REPRESENTA VERDADEIRA GARANTIA
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INSTITUCIONAL DE PRESERVAÇÃO DO SISTEMA FEDERATIVO. DOUTRINA. PRECEDENTES DO
STF. INAPLICABILIDADE, À INFRAERO, DA REGRA INSCRITA NO ART. 150, § 3º, DA
CONSTITUIÇÃO. – A submissão ao regime jurídico das empresas do setor privado, inclusive
quanto aos direitos e obrigações tributárias, somente se justifica, como consectário natural do
postulado da livre concorrência (CF, art. 170, IV), se e quando as empresas governamentais
explorarem atividade econômica em sentido estrito, não se aplicando, por isso mesmo, a
disciplina prevista no art. 173, § 1º, da Constituição, às empresas públicas (caso da INFRAERO),
às sociedades de economia mista e às suas subsidiárias que se qualifiquem como delegatárias de
serviços públicos.”
Anexo VII
ARE n. 763.000 AgRg/ES
DJ 30/09/2014
Anexo VIII
REsp 1.091.198/PR
DJe 13/06/2011
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1. A controvérsia refere-se à possibilidade ou não da incidência de IPTU sobre bens públicos
(ruas e áreas verdes) cedidos com base em contrato de concessão de direito real de uso a
condomínio residencial.
3. A incidência do IPTU deve ser afastada nos casos em que a posse é exercida precariamente,
bem como nas demais situações em que, embora envolvam direitos reais, não estejam
diretamente correlacionadas com a aquisição da propriedade.
(REsp 1091198/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/05/2011,
DJe 13/06/2011)
Anexo IX
RE 594.015
DJe 25/08/2017
IMUNIDADE – SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA ARRENDATÁRIA DE BEM DA UNIÃO –
IPTU. Não se beneficia da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, inciso VI, alínea
“a”, da Constituição Federal a sociedade de economia mista ocupante de bem público.
Anexo X
RE 601.720
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DJe 05/09/2017
IPTU – BEM PÚBLICO – CESSÃO – PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. Incide o imposto Predial e
Territorial Urbano considerado bem público cedido a pessoa jurídica de direito privado, sendo esta a
devedora.
Anexo XI
ARE 1.062.946
DJe 25/10/2017
Anexo XII
ARE 330.817
DJe 31/08/2017
Recurso extraordinário. Repercussão geral. Tributário. Imunidade objetiva constante do art. 150,
VI, d, da CF/88. Teleologia multifacetada. Aplicabilidade. Livro eletrônico ou digital. Suportes.
Interpretação evolutiva. Avanços tecnológicos, sociais e culturais. Projeção. Aparelhos leitores
de livros eletrônicos (ou e-readers). 1. A teleologia da imunidade contida no art. 150, VI, d, da
Constituição, aponta para a proteção de valores, princípios e ideias de elevada importância, tais
como a liberdade de expressão, voltada à democratização e à difusão da cultura; a formação
cultural do povo indene de manipulações; a neutralidade, de modo a não fazer distinção entre
grupos economicamente fortes e fracos, entre grupos políticos etc; a liberdade de informar e de
ser informado; o barateamento do custo de produção dos livros, jornais e periódicos, de modo a
facilitar e estimular a divulgação de ideias, conhecimentos e informações etc. Ao se invocar a
interpretação finalística, se o livro não constituir veículo de ideias, de transmissão de
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pensamentos, ainda que formalmente possa ser considerado como tal, será descabida a
aplicação da imunidade. 2. A imunidade dos livros, jornais e periódicos e do papel destinado a
sua impressão não deve ser interpretada em seus extremos, sob pena de se subtrair da
salvaguarda toda a racionalidade que inspira seu alcance prático, ou de transformar a imunidade
em subjetiva, na medida em que acabaria por desonerar de todo a pessoa do contribuinte, numa
imunidade a que a Constituição atribui desenganada feição objetiva. A delimitação negativa da
competência tributária apenas abrange os impostos incidentes sobre materialidades próprias
das operações com livros, jornais, periódicos e com o papel destinado a sua impressão. 3. A
interpretação das imunidades tributárias deve se projetar no futuro e levar em conta os novos
fenômenos sociais, culturais e tecnológicos. Com isso, evita-se o esvaziamento das normas
imunizantes por mero lapso temporal, além de se propiciar a constante atualização do alcance
de seus preceitos. 4. O art. 150, VI, d, da Constituição não se refere apenas ao método
gutenberguiano de produção de livros, jornais e periódicos. O vocábulo “papel” não é, do mesmo
modo, essencial ao conceito desses bens finais. O suporte das publicações é apenas o continente
(corpus mechanicum) que abrange o conteúdo (corpus misticum) das obras. O corpo mecânico
não é o essencial ou o condicionante para o gozo da imunidade, pois a variedade de tipos de
suporte (tangível ou intangível) que um livro pode ter aponta para a direção de que ele só pode
ser considerado como elemento acidental no conceito de livro. A imunidade de que trata o art.
150, VI, d, da Constituição, portanto, alcança o livro digital (e-book). 5. É dispensável para o
enquadramento do livro na imunidade em questão que seu destinatário (consumidor) tenha
necessariamente que passar sua visão pelo texto e decifrar os signos da escrita. Quero dizer que
a imunidade alcança o denominado “audio book”, ou audiolivro (livros gravados em áudio, seja
no suporte CD-Rom, seja em qualquer outro). 6. A teleologia da regra de imunidade igualmente
alcança os aparelhos leitores de livros eletrônicos (ou e-readers) confeccionados exclusivamente
para esse fim, ainda que, eventualmente, estejam equipados com funcionalidades acessórias ou
rudimentares que auxiliam a leitura digital, tais como dicionário de sinônimos, marcadores,
escolha do tipo e do tamanho da fonte etc. Esse entendimento não é aplicável aos aparelhos
multifuncionais, como tablets, smartphone e laptops, os quais vão muito além de meros
equipamentos utilizados para a leitura de livros digitais. 7. O CD-Rom é apenas um corpo
mecânico ou suporte. Aquilo que está nele fixado (seu conteúdo textual) é o livro. Tanto o
suporte (o CD-Rom) quanto o livro (conteúdo) estão abarcados pela imunidade da alínea d do
inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. 8. Recurso extraordinário a que se nega
provimento. TESE DA REPERCUSSÃO GERAL: 9. Em relação ao tema nº 593 da Gestão por Temas
da Repercussão Geral do portal do STF na internet, foi aprovada a seguinte tese: “A imunidade
tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se ao livro eletrônico (e-book), inclusive
aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo.”
Anexo XIII
RE 600.867 RG
DJe 10/02/2012
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TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PARTICIPAÇÃO
ACIONÁRIA DISPERSA E NEGOCIADA EM BOLSA DE VALORES. EXAME DA RELAÇÃO ENTRE OS SERVIÇOS
PÚBLICOS PRESTADOS E O OBJETIVO DE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS A INVESTIDORES PÚBLICOS E
PRIVADOS COMO ELEMENTO DETERMINANTE PARA APLICAÇÃO DA SALVAGUARDA CONSTITUCIONAL.
ART. 150, VI, A DA CONSTITUIÇÃO. Tem repercussão geral a questão consistente em saber se a imunidade
tributária recíproca se aplica a entidade cuja composição acionária, objeto de negociação em Bolsas de
Valores, revela inequívoco objetivo de distribuição de lucros a investidores públicos e privados.
Anexo XIV
AI n. 740.563 AgRg/SP
DJ 25/04/2013
1. O agravo é inadmissível quando interposto contra decisão suscetível de impugnação na via recursal
ordinária. O esgotamento da instância é condição de acesso à via do apelo extremo. Precedentes: AI
670.775-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJe 17.4.2009 e AI 713.039-AgR-ED, Rel. Min. ELLEN
GRACIE, 2ª Turma, DJe 25.9.2009.
2. Deveras, não foi interposto o agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC, contra decisão monocrática
proferida nos embargos de declaração.
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os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável. 5.
Ofensa ao art. 146, II, da Constituição Federal, que determina competir à lei complementar regular as
limitações constitucionais ao poder de tributar. 6. A imposição tributária também estaria tributando o
patrimônio da entidade, o que é vedado pela Constituição Federal, porquanto as aplicações financeiras não
têm a finalidade de auferir lucros, mas sim de resguardar o patrimônio dos efeitos corrosivos da inflação. 7. O
dispositivo teve sua vigência suspensa por força de decisão proferida em Medida Cautelar na ADIN n. 1802.
Leitura complementar
Tema VIII (Imunidades condicionadas e suspensão de imunidades: análise dos requisitos
do artigo 14 do Código Tributário Nacional impostos às instituições de educação sem
fins lucrativos), do livro Derivação e positivação no direito tributário, volume I, de Paulo
de Barros Carvalho. São Paulo: Noeses.
Capítulos V, VII e VIII do livro A competência tributária do estado brasileiro: desonerações
nacionais e imunidades condicionadas, de Clélio Chiesa. São Paulo: Max Limonad.
Imunidades tributárias: teoria e análise da jurisprudência do STF, de Regina Helena
Costa. São Paulo: Malheiros.
Item 8.1.2.3 do Capítulo 8, do livro Competência tributária: fundamentos para uma teoria
da nulidade, de Tácio Lacerda Gama. São Paulo: Noeses.
Capítulo VII, do livro Hierarquia e Sistema Tributário, de Charles William McNaughton. São
Paulo: Quartier Latin.
Capítulos V, VI, VII e VII do livro Lei complementar tributária, de Frederico Araújo Seabra
de Moura. São Paulo: Quartier Latin.
Artigo: “Normas gerais de direito tributário: velho tema sob perspectiva nova”, de José
Souto Maior Borges, Revista Dialética de Direito Tributário n. 213.
Artigo: “Lei complementar e normas gerais de direito tributário”, de Solon Sehn, no livro
Ensaios em homenagem ao Professor José Roberto Vieira. São Paulo: Noeses.
Capítulos 3, 4 e 5 do livro Conflitos de Competência tributária entre o ISS, o ICMS e o IPI,
de Ricardo Anderle. São Paulo: Noeses.
Questões
1. Que é imunidade tributária? Diferençar imunidade, isenção, não incidência e incidência
tributária. O conceito de imunidade tributária pode ser aplicável às taxas, às contribuições
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e as contribuições de melhoria?
2. As imunidades são cláusulas pétreas na Constituição Federal? Uma Emenda
Constitucional pode revogar alguma das imunidades dispostas na Carta Magna? As
normas constitucionais que veiculam imunidades são autoaplicáveis ou dependem de
regulamentação infraconstitucional?
3. Na sua opinião, são imunes:
(a) quanto ao ISS: os serviços de guarda e estacionamento de veículos automotores
prestados por entidades religiosas (vide anexos I e II);
(b) quanto ao IPTU: o imóvel destinado à locação, pertencente à mesma entidade (vide
anexo III); e os cemitérios particulares (vide anexo IV);
(c) quanto ao ITR: as áreas de reserva indígena (vide STF, Petição n. 3388, DJ
04/02/14);
(d) quanto aos serviços prestados por empresas públicas no regime de concorrência
(vide anexos V);
(e) quanto aos serviços “públicos” prestados por sociedades de economia mista (vide
anexo VI e VII);
(e) quanto aos serviços “públicos” prestados por sociedades de economia mista cujas
ações sejam negociadas na bolsa de valores (vide anexo VIII).
Justifique suas respostas.
4. Considerando a imunidade recíproca, responda:
(i) o fato de um imóvel de propriedade do ente público ter seu uso transferido a
particulares gera repercussão direta na manutenção da imunidade? (vide anexo IX, X e
XI)
(ii) um automóvel alienado fiduciariamente por instituição financeira a município está
imune ao IPVA? (vide RE 7271851 MG, disponível em www.stf.jus.br).
4. Como deve ser interpretado o disposto no art. 150, VI, “d” da CF: “livro, jornais e
periódicos e o papel destinado a sua impressão”. Pode-se dizer que livros e periódicos
eletrônicos (“e-books”), bem como o material utilizado para sua comportá-los (“e-book
readers”) são imunes com fundamento neste dispositivo? E os Tablets? (Vide anexos XII
e XIII e considere para sua resposta, os fundamentos utilizados pelos Ministros do STF
no julgamento dos RE 330.817 e RE 595.676)
5. No caso da imunidade para as instituições de assistência social sem fins lucrativos, o
cumprimento do art. 14 do CTN é suficiente para garantir sua aplicação ou ainda é
necessária a comprovação do caráter assistencial e filantrópico previsto no art. 203 da
CF/88? É possível que lei ordinária garanta sua aplicação? (Vide anexo XIV).
6. Explicar as diferenças entre as correntes dicotômica e tricotômica na aplicação das
normas gerais de direito tributário. Precisar o sentido da expressão “normas gerais de
direito tributário”, diferenciando lei complementar nacional e lei complementar federal.
7. O art. 146, inciso III, da CF, autoriza a lei complementar a definir os fatos geradores,
bases de cálculo e contribuintes dos impostos já discriminados na Constituição? Isso não
violaria o princípio da autonomia das pessoas políticas? Considerar as recentes decisões
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proferidas pelos Ministros do STF no RE 566.622 e ADI´s 2028, 2036, 2228 e 2621.
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