Atividade Avaliativa Certo

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Ano: 9º Turma: Turno:

ALUNO: Fernanda Pereira A( ) B( ) 1º( ) 2º( )


Data da entrega Valor:
Educador(a): Bruna Miller 19 /04/ 2016 25
ATIVIDADE AVALIATIVA Nota:
“Mais que um nome,
um sonho de vida!” História
Antes de começar a atividade leia atentamente as orientações:

1. A atividade deverá ser entregue no máximo até o dia 19/04 (terça-feira), devendo ser enviada para o
email da professora: [email protected]
2. Não se esqueçam de colocar o NOME na atividade.
3. As questões discursivas devem ser respondidas dentro do quadro que está logo abaixo da questão.
4. As questões objetivas devem ser sinalizadas realçando toda a alternativa dessa forma, da mesma
forma que fiz com esse texto. OBS: É só selecionar a alternativa e clicar na tecla “Realce do texto” está
na barra de ferramentas ao lado da cor da fonte.
5. Bom trabalho!!!

1. Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a República pelo marechal Manoel Deodoro da Fonseca com o apoio
de grande parte da oficialidade do Exército e ausência do povo nas primeiras decisões republicanas, instaurando-se no
País um novo regime de governo, que pôs término ao período do Brasil Imperial. O Imperador D. Pedro II e a sua
família são obrigados a deixar o país.
O período de 1889 a 1930, identificado no processo histórico brasileiro como Primeira República, teve por traço
marcante:

a) o fortalecimento da burguesia mercantil, que se utilizou do Estado como instrumento coordenador do


desenvolvimento.
b) a abertura para o capital estrangeiro, principal alavanca do rápido desenvolvimento da região amazônica.
c) a modificação da composição social dos grandes centros urbanos, com a transferência de mão de obra do Centro-
Sul para áreas do Nordeste.
d) o pleno enquadramento do Brasil às exigências do capitalismo inglês, ao qual o país se mantinha cada vez mais
atrelado.
e) o predomínio das oligarquias dos grandes Estados, que procuravam assegurar a supremacia do setor
agrário-exportador.

2. O quadro abaixo demonstra uma prática comum do período republicano e toda a estrutura política que existia na
época.

Assinale a alternativa com a definição correta sobre a política dos governadores.


a) a articulação do coronelismo à política nacional, através da ideologia do favor, assegurando a hegemonia das
oligarquias paulistas e mineiras sobre o poder central;
b) a organização constitucional republicana em função do predomínio dos interesses agroexportadores do café,
representados por São Paulo;
c) a representação majoritária dos Estados, cujos governadores eram solidários com o poder central, tanto no Senado
quanto na direção dos órgãos federais;
d) a participação de todos os governadores estaduais na definição da política externa do país e a garantia da União
aos empréstimos externos dos Estados;
e) a distribuição dos recursos federais entre os municípios, segundo a influência dos coronéis, favoráveis aos
respectivos governadores estaduais.

3. Analise a frase abaixo e reponda a questão a seguir.

"Todas as manhãs, antes de saírem da porta, devem recordar: fazerem-se respeitar os patrões (...) e serem solidários com
qualquer companheiro maltratado, dando-lhe todo o apoio que se queira".
("O Catecismo do Chapeleiro", 1905)

Este texto expressa na "República Velha":


a) a questã o de dificuldade de incorporaçã o do operariado fabril ao cená rio político brasileiro;
b) a tentativa de classes empresariais em ordenar o operariado fabril;
c) a necessidade de se promover a solidariedade e a identificação do operariado como classe;
d) o traço de amizade e apoio que se desenvolveu entre os operários e os patrões nos locais de trabalho;
e) a existência de regras de comportamento que definiam as diferenças entre os vários tipos de operários.

4."Entendi que não era lícito assistir indiferentemente a esta luta [política na Câmara Federal], cujos resultados poderiam
acarretar a ruína da República. Dirigi-me para este fim aos governadores dos Estados, onde reside iniludivelmente a força política
deste regime. (...) Outros deram à minha política a denominação de Política dos Governadores. Teriam acertado se dissessem
Política dos Estados."
(Campos Sales: DA PROPAGANDA À REPÚBLICA)

A partir do texto acima, explique o fenômeno político denominado "Política dos Governadores" e relacione algumas de suas
consequências para a República Velha.

Resposta: Era uma política que garantia a harmonia entre o governo federal e estadual para assegurar ambos os interesses. Esse
esquema governamental levou a vareas revoltas ocorridas na época como a guerra de canudos.

5. O brasileiro Jesuíno Alves de Melo Calado foi o boiadeiro romântico, espécie matuto de Robin Hood, adorado pela população
pobre, defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas, das crianças agredidas. Sua fama ainda resiste, indelével,
num clima de simpatia irresistível. Certas injustiças acontecem porque Jesuíno não existe mais. Uma justificação do prestígio
natural de Jesuíno Brilhante para os sertanejos seria o horror ao ladrão. Não roubava e o seu bando era rigorosamente vigiado
para respeitar o décimo mandamento. Recebia o que lhe davam e, às vezes, pedia. Era auxiliado pela multidão dos admiradores,
nada lhe faltando e mesmo possuía recursos de lavoura e gado.

(Trindade, 2010 in: Nonato, 1998, p. 86.)

Nascido em Patu, no Rio Grande do Norte, em 1844, e morto num tiroteio, em 1879, Jesuíno Brilhante, foi um legítimo
representante de um movimento de banditismo social característico da Primeira República Brasileira (1889-1930), que assolou o
Nordeste brasileiro conhecido como
a) Chibata.
b) Cangaço.
c) Canudos.
d) Contestado.

6. Analise a fotografia e leia a carta a seguir.

Ilmo. Sr. Francisco de Souza

Aspiro boa saúde com a Exma. Família. Tendo eu frequentado uma fazenda sua deliberei, saudando-o em uma cartinha, pedir um
cobrezinho. Basta dois contos de réis. Eu reconheço que o senhor não se sacrifica com isto e eu ficarei bem agradecido e não terei
razão de lhe odiar nem também a gente de Virgulino terá esta razão.

Sem mais do seu criado, obrigado.

Hortêncio, vulgo Arvoredo, rapaz de Virgulino.

A TARDE. 20 jan. 1931. In: Coletânea de documentos históricos para o primeiro grau. São Paulo: SE/CENP, 1980, p. 51.

A fotografia e a carta apresentadas remetem ao cotidiano do Cangaço brasileiro, entre as décadas de 1920 e 1930. Nesse
contexto, esse fenômeno social era interpretado pelo Estado brasileiro, que o combatia, como símbolo de desordem social. Diante
do exposto, explique uma característica

a) associada ao Cangaço brasileiro, presente na carta;


RESPOSTA-
A Carta não é uma forma usual de apresentação do Cangaço, entendido normalmente como a ação violenta de
um bando armado. Através da carta, há um pedido formal de dinheiro com uma ameaça velada, na medida em
que sugere que, realizado o pagamento, não haverá problema com os homens de Virgulino (lampião).

b) atribuída, na fotografia, ao Cangaço e aos cangaceiros.

RESPOSTA-
A fotografia retrata uma imagem convencional dos cangaceiros - a de bando armado.
7. A instauração da República no Brasil, no final do século XIX, provocou insatisfação popular que deu origem a diversos
movimentos sociais, políticos, religiosos e militares. São exemplos da realidade rural do Brasil desse contexto os movimentos
conhecidos como
a) Revolta da Chibata, Revolta da Armada e Cangaço.
b) Revolta da Chibata, Revolta da Vacina e Revolta da Armada.
c) Canudos, Contestado e Cangaço.
d) Canudos, Revolta da Armada e Revolta da Vacina.
e) Canudos, Contestado e Revolta da Chibata.

8. Leia o cordel a seguir e responda:

O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião

(Trecho de Cordel)

Foi Virgulino Ferreira


Pobre homem injustiçado
E por isto vingativo
Se tornou um acelerado,
Se a justiça fosse reta
Nem jornalista ou poeta,
O teria decantado.
(...)
Embora seja criança
Com meus 15 anos de idade
Pude ver em Lampião
Vítima da sociedade.
Talvez ele em outro meio
(Posso dizer sem receio)
Era útil à humanidade ! (...)

CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr,
Roberto. História: texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006. p. 499.

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social
resultante
a) das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro.
b) das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem.
c) dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos.
d) das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela
miséria e pela fome.
e) das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas
cidades ou região.

9. Parte do território do Estado de Santa Catarina foi envolvida em um conflito armado entre os anos de 1912 e 1916: a Guerra
do Contestado. Sobre esse conflito, assinale a alternativa CORRETA.
a) Uma das causas da Guerra do Contestado foi a expulsão de camponeses de suas terras para a construção de uma estrada de
ferro.
b) A Guerra do Contestado foi um movimento apenas contra a instalação da estrada de ferro que ligaria São Paulo ao Rio Grande
do Sul.
c) O Contestado foi um movimento messiânico articulado com Canudos. A proposta era que esses movimentos acontecessem ao
mesmo tempo, exigindo a transformação da república brasileira.
d) A Guerra do Contestado terminou em acordo entre os rebeldes e as forças do exército, o que poupou a vida de todos os
envolvidos.
e) A Guerra do Contestado foi um conflito religioso liderado por monges com o propósito de expandir o catolicismo no Brasil.

10. Analise os textos abaixo e responda:

I.
“Em Canudos representa de elemento passivo o jagunço que corrigindo a loucura mística de Antônio Conselheiro e dando-lhe
umas tinturas das questões políticas e sociais do momento, criou, tornou plausível e deu objeto ao conteúdo do delírio, tornando-
o capaz de fazer vibrar a nota étnica dos instintos guerreiros, atávicos, mal extintos ou apenas sofreados no meio social híbrido
dos nossos sertões, de que o louco como os contagiados são fiéis e legítimas criações. Ali se achavam de fato, admiravelmente
realizadas, todas as condições para uma constituição epidêmica de loucura.”

(Nina Rodrigues, As coletividades anormais. 2006)

II.
Ergueu-se contra a República
O bandido mais cruel
Iludindo um grande povo
Com a doutrina infiel
Seu nome era Antônio
Vicente Mendes Maciel
[...]
Os homens mais perversos
De instinto desordeiro
Desertor, ladrão de cavalo
Criminoso e feiticeiro
Vieram engrossar as tropas
Do fanático Conselheiro

(João Melchíades Ferreira da Silva apud Mark Curran, História do Brasil em cordel. 1998)

Acerca das leituras que os textos fazem de Canudos, é correto afirmar que
a) I pondera sobre a necessidade de se compreender a Guerra de Canudos no contexto das rebeliões contra o avanço do
capitalismo no sertão brasileiro; II refere-se aos rebeldes do sertão baiano como principais responsáveis pela instabilidade
político-institucional dos primeiros anos da República brasileira.
b) I analisa o evento ocorrido no sertão baiano a partir de referências médicas e antropológicas, tratando-o como o embate entre
a barbárie, em função da condição primitiva e enlouquecida do sertanejo, e a civilização; II identifica a prática dos combatentes
do Arraial de Canudos à dos cangaceiros.
c) I reconhece legitimidade na rebelião dos sertanejos baianos, em razão do abandono institucional de que essas pessoas foram
vítimas ao longo do tempo; II mostra o líder Antônio Conselheiro como um importante articulador político, vinculado aos mais
importantes oligarcas baianos, os chamados coronéis.
d) I condena as principais lideranças da rebelião baiana pela postura de defesa das práticas religiosas primitivas e rústicas, que se
contrapunham aos princípios cristãos; II acusa o líder Antônio Conselheiro de provocar tensões étnicas e de classe, ao propor
uma sociedade igualitária social e economicamente.
e) I denuncia a ausência de uma compreensão científica, por parte do poder público, sobre as motivações dos rebeldes de
Canudos; II critica os moradores do arraial de Canudos pela violência gratuita contra as forças legais, que estavam preocupadas
em oferecer aos sertanejos a entrada no mundo da civilização.

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