ANTROPOLOGI

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Índice

Introdução....................................................................................................................................3
Etnia Chuabo-Zambezia da Zona Centro de Moçambique...........................................................4
Conceitos de Cultura....................................................................................................................4
Característica da cultura...............................................................................................................5
Proibições rituais........................................................................................................................16
Preparação do inteiro..................................................................................................................18
Conclusão...................................................................................................................................21
Referência Bibliográfica............................................................................................................22

Introdução
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O presente trabalho de antropologia vou descrever acerca de algumas características


marcante na população da Zambézia começando a descrever sobre o rito de circuncisão.
Na zona norte e centro da Zambézia a cerimonia e feita de acordo com idade. a Segundo
Valente de Matos, “cerimónia decorre da seguinte maneira: os iniciandos
acompanhados dos padrinhos vão sentar-se em linha próximo da barraca do
circuncidado, todos voltados para a mesma banda. Ensinar de respeito para com o
mestre operador, mantem se de cabeça baixa. Logo que os rapazes se sentaram no chão
na ordem prevista o circuncidador surge a porta da sua palhota empunhando o rabo dos
medicamentos Mila, e avança em direcção aos rapazes pondo o rabo estendido sobre
cada uma das cabeças. É no momento quando o mestre da circuncisão coloca o rabo do
boi-cavalo na Cabeça de cada iniciandos e a deixa ficar em equilíbrio, que cada uma faz
entrega duma moeda em valor consoante a idade de rapaz. Em tempos mais remotos
pagavam-se com galinha, enxadas, cordoes de missanga e muito mais.

Etnia Chuabo-Zambezia da Zona Centro de Moçambique


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O nome Chuabo é de origem Loló e designa o povo do litoral zambeziano entre Pebane
e a foz do grande rio. O fundo populacional da região é de estrato lomwé e a mitologia
local considera os Chuabos oriundo do monte limeme em Tacuane, (Keesing, 1972).

A maioria dos autores que escreveram sobre este povo, dizem nos originários dos
Maráveis, por conseguintes aos Nyanjas e aos Chewas de Tete e de Niassa. Mas, mais
correcta parece ser a tese que considera os Chuabos uma etnia mais recente resultante da
miscigenação dos povos que percorreram o vale de Zambeze devido as guerras e ao
comércio.

Se entendermos os restantes da população da Província da Zambézia, o fundo


populacional conhecia uma filiação matrilinear. É através do estudo da economia
política do país. Chuabo que das terras compreenderemos as transformações actual do
sistema patrilinear.

Todo chuabo se considera descendente de um antepassado remoto, todos indivíduos


com este antepassado formavam antigamente um clã e consideravam parentes. Segundo
a velha tradição lomwe, o clã tinha por formadura uma matriarca: a descendência fazia-
se por uma via uterinal, por isso o clã era matrilinear, os membros do mesmo clã não
podia casas entre si.

Conceitos de Cultura

Edward Brunet Tylor (1871) foi o primeiro a formular o conceito de cultura. Para ele a
“cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral,
a lei, os costumes e todos outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como
membro da sociedade.

Característica da cultura

A cultura é simbólica. O símbolo é uma chave para a compreensão da cultura. Ao


estudar uma cultura é necessário referir se à função e simbolismo de determinados
objectos, acções e instituições.
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O homem vive entre dois espaços, dois mundos que se completam: o mundo do
referente, isto é, o espaço exterior; e o mundo simbólico ou espaço imaginário.

Para este povo é diversa característica marcante em cada região começando no sul da
província da Zambézia.

Uma da característica marcante e Ritos de iniciação - circuncisão e o tempo no


namuhakwani

Segundo Valente de Matos, “cerimónia decorre da seguinte maneira: os iniciandos


acompanhados dos padrinhos vão sentar-se em linha próximo da barraca do
circuncidador, todos voltados para a mesma banda. Ensinar de respeito para com o
mestre operador, mantem se de cabeça baixa. Logo que os rapazes se sentaram no chão
na ordem prevista o circuncidador surge a porta da sua palhota empunhando o rabo dos
medicamentos Mila, e avança em direcção aos rapazes pondo o rabo estendido sobre
cada uma das cabeças. É no momento quando o mestre da circuncisão coloca o rabo do
boi-cavalo na Cabeça de cada iniciandos e a deixa ficar em equilíbrio, que cada uma faz
entrega duma moeda em valor consoante a idade de rapaz. Em tempos mais remotos
pagavam-se com galinha, enxadas, cordoes de missanga e muito mais.

A imposição de rabo anda ligada a crença de que se mantiver em equilíbrio o rapaz há-
de ter filhos, se ao contrário o rabo cair ao chão é o indício de que o circuncindado não
terá filhos, por simples esterilidade ou fítico.

Terminada esta cerimónia, o velho circuncidador retira-se e, depois de se munir de


todos os apetrechos necessário a operação da circuncisão:

 Um cesto (mavuku) com varias facas (myàlo) e um corno de antílope cheio de


medicamentos em pó (estutha) para provocar a fecundidade, vai se instalar no
local de circuncisão.
 Os adultos dizem aos rapazes que vão encontrar nesse local uma grande colmeia,
mas que não deverão ter medo pois isso significara uma grande falta de
coragem.
 Todavia os jovens vivem em momentos de trágica ansiedade, por quanto
ignoram tudo quanto esta para lhes acontecer.
 Os iniciandos dispõem-se em fila, ficando a frente os filhos dos escravos, se os
houver e, depois os filhos dos homens livres, noutros lados e em épocas mas
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recentes, o primeiro da fileira era um filho de chefe ou pessoa importante, e essa


posição era considerada um privilégio.

Os padrinhos tapam-lhes os olhos e, quando chegam próximo do circuncidador, os


ajudantes arrancam-lhes violentamente as trangas (ikara) e arruam-nas para o lado ao
mesmo tempo que, agarrando os jovens pelas pernas os deitam de costas, muito
justamente os ajudantes são chamados os milhafres (ashaka) num epiceno velho
circuncidador toma o pénis do moco distende-lhe o prepúcio (ntusu) e corta-o de um só
golpe. O rapaz só tem tempo de lançar um grande grito de dor, pois que e retirando
imediatamente pelo padrinho e levando para um lugar, não muito distante, onde todos
vão se ajudar.

Mas para nascente, em Ribaué por volta dos anos 50 o circuncidador procedia ao corte
com um objecto de ferro, afiando numa das extremidades chamado nejembo. puxava a
pele que cobria a grande e extraia dela um anel da extremidade. O mestre da circuncisão
estava mascarado para não ser reconhecido pelos rapazes, essa mascara que usava
chama-se otambo apos cada corte, o circuncidador aplicava na ferida um remedio
chamado mutupulo obtido da casca de árvore Manágua, um outro, designado pelo termo
wachila-wacueque, o significado e wachila (moer) designa a operação feita pelas
mulheres quando estão a moer a mapira nas pedras que usavam para o efeito.

As mulheres executavam esse trabalho de joelho no chao, fazendo movimento de trás


para diante com as ancas pelo que provocam nos homens que as observavam desejos
sexuais, o termo “wacuveque’ quer dizer: depressa rapidamente. Deste modo, havia a
crença que o referendo remédio aplicado no pénis após o corte do prepúcio daria ao
rapaz grande desejo pelas mulheres.

Nas regiões orientais, mais próxima daorais o tambor (ekalawe) obedecido as instruções
do operador, retena a acção dos ajudantes e do padrinho do iniciando, há sons para que a
fila se desloque lentamente, sons para marcha, sons para correr, para tomar a casa, para
lamber o mel, finalmente para o corte de prepúcio.

Para evitar que os outros rapazes dançam os gritos, os tambores soam internamente, e,
por cima das árvores estão empoleirados alguns homens que imitam os zumbidos das
abelhas.
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Se durante a operação e circuncidando urinava ou defecava de dor ou de medo era


obrigado a conspurcar-se para mas tarde, relações normais com a esposa.

A partir corte do prepúcio os rapazes circuncidados recebem o nome de alukhu, termo


particularmente honroso e dignificante, usado na vida social como afirmação de palavra
da honra. Durante a caminhada os jovens vão cantando o refrão ou repetem asa canções
entoadas pelos adultos.

Vimos já que algumas a partida para o mato se faz ante s da dança da “mwanamá” a que
estes se executam durante a noite nas proximidades do recinto da iniciação. Quando
assim é os presentes que foram participar nela retiram para as aldeias, as mulheres
principalmente não mais poderão voltar aquele local antes de terminadas de as
cerimónias. Esta dispersão faz-se de um modo violente e deixam de tocar. Então os
dançarinos desfazem a roda, rompem e desenfreada algazarra, correm por entre os
bambus e vergastadas, e avançam um contra os outros acostando-se mutuamente e
clamando oravo!... oravo!... (isto é abelhas!.. Abelhas!). Aturdidas por aquela guerra
feroz, as mulheres presente debandam em fuga desordenada para suas casas pois que de
contrário seriam perseguidas pelos homens. É de realçar que os iniciandos não
participam na dança e que se mantem silenciosos no outro barracão

Características gerais do povo Macua-lomué

Este povo surge a partir da divisão de uma árvore chamada macua, devido a existência
de varias zonas com o povo Macua, houve sempre a necessidade de se deslocar este
povo para vários cantos do país, e cada local onde se instalava o povo Macua era
chamado por outro nome, portanto este povo é vasto podemos encontrar nos distritos de
Mecanhelas (Niassa), Malema, Ribaué, Murupula, Moma (Nampula); Ile, Gilé, Alto-
Molocué, Gurué e Pebane (Zambézia).

Este grupo é conhecido também por Lomué; que tradicionalmente ELOMUÉ, dentro
dos Lomué existem vários subgrupos como: Amalessane, Amole; Amulima, Amaloa,
Ahabo, só para citar.

Os lomué caracterizam-se pela forma de articulação das palavras, tradicionalmente


usam a vogal (A) para designar o grupo de animais e (E) para designar os objectos; por
exemplo: Atitio ou Atata (tio), Atxo (pessoas); Eipha (enxada), Ecadeira (cadeira).
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Autoridade

O povo macua-lomué é constituído por uma justaposição (unidades) de união entre


famílias formadas por grupos de parenteses unilineares, uxorilocais e exogâmicas. O
parentesco mergulha as raízes no ordenamento da natureza humana, mediante o qual o
homem se divide em macho e fêmea, mutuamente atraídos na relação sexual necessária
para a geração e continuidade da espécie. O parentesco é um vínculo que liga os
indivíduos entre si com vista à geração e à descendência.

O NLOKO (Linhagem)

Linhagem é um grupo de pessoas descendentes de um mesmo antepassado cujo vínculo


de descendência é genealogicamente demonstrável e não pressuposto miticamente. Uma
vez que o povo Macua-Lomué tem uma linhagem materna, considera-se o NLOKO,
como o conjunto de unidades uterinas (ERUKULO), em que todos os membros se
consideram irmãos legítimos (NLOKO NIMOHA). O mais velho dos NLOKOS, é
considerado como NIKOLO e é o dirigente da família que se forma. Entre os Macua-
Lomué, grupo de família NLOKO é o homem mais velho a quem manda noutros
membros de famílias. Este homem, é o tio materno chama (ATATA).

O NIHIMO (Tribo)

De acordo com BERNARDI tribo é um conjunto de pessoas unidas por descendência,


ou é um grupo de população distinto, por parte dos seus membros e dos outros com base
em critérios culturais regionais. Na sociedade Macua-Lomué todos os membros de
unidades uterinas (NLOKO) usam o mesmo apelido familiar, chamado (no plurar,
MAHIMO) que deriva do antepassado fundador e transmite-se matriliarmente.

Ter o mesmo NIHIMO significa pertencer ao mesmo NLOKO que implica


fundamentalmente três coisas:

Um aspecto afectivo entre os membros: as relações de respeito íntimo;

Etiqueta própria: leis convencionais e procedimentos assumidos pela comunidade;

Aspectos jurídicos: deveres e direitos positivos e negativos, que orientam as mutuas


relações.
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O MWENE

É o chefe máximo do povoado, este é responsável da comunidade, celebra todos os


eventos importantes da região, é o coordenador do conselho constituído pelo grupo dos
tios mais velhos de cada família (ATATAS).

A direcção do chefe máximo é acompanhada por dois grupos importantes, os velhos e a


irmã, mais velha do chefe máximo.

Símbolos de autoridades

O chefe máximo do povoado (MWENE), é visto como a estrutura mais poderosa


daquela comunidade, por isso tem características que o identificam durante o processo
de governação, podemos aqui destacar:

Um chapéu de cor preto, feito de pano ou tecido de caqui;

Alguns instrumentos feitos a partir da pele de animais de grande porte;

Formas de poder

O poder do chefe máximo do povoado, é represe Mapa de Moçambique com o destaque


a província da Zambézia, (distrito de Pebane) ntativo e ao mesmo tempo simbólico,
porque:

É representativo, no caso em que o rei é empossado pelo antigo rei, ou seja quando for
uma sucessão do tio (antigo MWENE), para o sobrinho (novo MWENE).

É simbólico, no caso em que não existe uma sucessão, acontece quando o antigo
MWENE por motivos de força maior deixa o poder e nesse caso quando o MWENE não
tiver um sobrinho materno, mais velho capaz de dirigir o povoado.

Formas de casamento (Matrimónio)

De acordo com BERNARDI, O matrimónio é uma relação sexual entre dois indivíduos
de sexo diferente socialmente sancionada com vista à procriação e à inculturação dos
filhos; RADCLIFFE-BROWN define matrimónio como uma ordenação social por meio
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da qual a criação recebe uma posição legítima na sociedade determinada pelo


parentesco.

O casamento é um acontecimento que ocupa lugar importante no ciclo da vida. É a


terceira fase do ciclo. Pelo casamento o homem e a mulher, formando a célula mais
elementar na sociedade, colocam-se ao serviço directo e concreto da transmissão da
vida. Desta maneira integram-se na corrente vital participando na função dos
antepassados, intermediários entre a fonte original e os homens. O casamento tem o seu
funcionamento neles e a sua raiz esta na fonte vital. O tal propósito, o pensamento
macua-Lommué é muito claro: OTHELANA ORIMWA MAKHOLO (o casamento
fundamenta-se nos antepassados).

Na sociedade Macua-Lomué O novo agregado familiar, que nasce com um casamento,


constrói a própria casa perto da residência dos pais da noiva. Normalmente se situa na
localidade dos grupos de famílias matrilineares da noiva. Por isso podemos falar do
modelo de residência uxorilocal e, mais concretamente, matrilocal.

Concepção de família

Os grupos de parentesco mais vulgares são a família, a linhagem e tribo.

A família é um menor grupo do parentesco e da sociedade. De acordo com BERNARDI


as formas de família são múltiplas e a organização social não é tão rígida. A natureza da
família apresenta-se complexa em todas as suas formas quer pelos elementos que a
compõem quer pela multiplicidade de funções que desempenha e das estruturas que
apresenta.

Os Ritos 

Ritos são experiências vividas para garantir a maturidade das crianças, os ritos podem
ser quentes ou frios.

Quentes são aqueles que se repetem muitas vezes durante a vida e frios são aqueles que
não se repetem ou seja acontece apenas uma vez.

O nascimento (oyariwa)
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O nascimento de uma criança é um dos acontecimentos mais importantes da sociedade


macua-lomué. Ela é desejada e esperada pelos pais, responsáveis, membros da família e
por toda sociedade porque todos amam a vida e desejam que esta continua. Um filho
significa para família e para a sociedade, a esperança concreta que a vida não acaba, é o
sinal que os antepassados continuam a ser intermediários entre a fonte da vida e a
sociedade. Por isso o nascimento de uma criança é motivo de festa.

A confissão ritual das faltas (OLAPHULE)

Se o parto difícil ocorre-se às praticas rituais de emergência. Em primeiro lugar, uma


das anciãs assistente ao parto fala com o marido para que este ponha as coisa de
casa( especialmente a roupa) ao ar livre e adopte, mesmo na maneira de vestir, uma
atitude de tristeza. Se os problemas continuam, então deve consultar-se imediatamente o
especialista de averiguação e realizar-se o rito de confissão das faltas (olaphulela). É um
rito de auto-critica e de conciliação.

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No nascimento de uma criança as mulheres gritam ELULU para manifestar a alegria


pelo êxito do parto. O grito pode ter maior ou menor duração, conforme o sexo da
criança: será mais prolongado se se tratar de uma menina, porque a menina no futuro ira
aumentar a família e não abandonara a casa; pelo contrário o grito por um menor terá
menor duração, porque este quando for adulto abandonará a sua casa para beneficiar o
crescimento de uma família distinta da sua.

O rito de agregação 

Depois de 8 dias do parto e de cicatrizar a ferida do umbigo, realiza-se uma cerimónia


designado por fogo apagado (OTXIPIHIA MORO). Neste processo dá-se banho ritual
(ORAPIHIWA MWANA), cortam o cabelo (OKWATXA MAHI), e assim a criança
tira-se para a sociedade em geral e é atribuído o nome (OVAHIWA NSINA).

Proibições rituais (MWIKHO)

Há uma série de proibições rituais que os pais do recém-nascido têm de observar, desde
a data de nascimento até ao dia dos ritos do fogo apagado. Este período de tempo vai
normalmente de um ano e meio a dois.
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As proibições mais importantes são:

Os pais do recém-nascido não podem fazer sexo durante todo o período de


amamentação;

O pai não pode entrar dentro da casa para ver a criança antes de se realizar a cerimónia
de fogo apagado;

A mãe deve abster-se durante todo o período de amamentação da criança;

A mãe não deve acender fogo, cozinhar para o marido e preparar-lhe água para o banho
antes do fogo apagado;

Durante este período de tempo, todas anciãs devem abster-se de relação sexual;

As pessoas solteiras não podem pegar na criança até ao referido dia cicatrização do
umbigo.

O desmame

Depois de a criança começar a caminhar, realizam-se ritos de desmame. Este rito


consiste, fundamentalmente num banho da criança, a qual assistem todos os membros
da família chefe da aldeia (MWENE), o chefe da linhagem e as restantes famílias. É um
rito de purificação de integração definitiva da vida. Depois do banho e ungido todo
corpo da criança com óleo.

Durante este rito, o chefe da aldeia faz uma exortação aos pais da criança sobre o bom
comportamento. A mãe oferece uma galinha como agradecimento. A partir deste
momento, os pais da criança podem começar as relações conjugais íntimas e todas as
actividades familiares e sócias.

Iniciação masculina

Com o nascimento e os ritos correspondente a criança não fica completamente integrado


na sociedade. O seu verdadeiro nascimento social ocorrerá com a participação nos ritos
de iniciação em macua (WINELIWA).

A sociedade macua-lomué ritualiza a passagem da adolescência para o estado adulto em


ambos sexos havendo ritos próprios para os rapazes (OCILEIWA), para raparigas
(EMWALI).
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Pela iniciação, o indivíduo passa da infância a idade adulta, participando nos ritos de
iniciação, o jovem adquiri a maioridade e toma consciência da própria identidade e do
lugar que lhe compete na comunidade, pode tomar parte do pleno direito em todas
actividades da sociedade (casar-se, participar nos sacrifícios tradicionais, sentar no meio
dos adultos, falar publicamente nas reuniões dos adultos).

Os ritos de iniciação são, em primeiro lugar, ritos de separação, o jovem abandona a sua
infância anterior, em segundo lugar são ritos liminares pelos quais o indivíduo vive uma
particular transformação da sua personalidade em clima de separação física e social; e,
em terceiro lugar o rito de incorporação na situação normal da sociedade.

Ritos preliminares (sua preparação)

A criança, entre os 8 e 12 anos os responsáveis das respectivas famílias, reúnem-se e


discutem, e apresentam a questão ao chefe da aldeia, para que comunique ao chefe
máximo (MWENE), por sua vez o mwene anuncia oficialmente a celebração dos ritos
de iniciação, os rapazes (OCILEIWA). O MWENE antes de anunciar reúne com os seus
conselheiros chefes da linhagem, os anciãos e outras pessoas importantes (MAKOLO).
Normalmente o rito de iniciação dos rapazes nas sociedades macua- lomué faz-se em
cada dois ou três ano conforme o número de rapazes que existe no povoado. O tempo
mais é no inverno calhando nos meses de Julho, Agosto e Setembro, tempo de frio e
seco.

Inauguração da iniciação (corte de cabelo)

Na manha do dia indicado para o inicio dos ritos, na casa de cada um dos iniciados
realiza-se o rito preliminar do cabelo (OTXEMIWA). Faz se sacrifício tradicional pelos
representantes da família (ATATA) e o chefe da linhagem.

Refeições comunitárias

É uma constituição da festa, prepara-se papa de farinha de milho (EXIMA) sem açúcar
e sem sal, mais outra refeição com carne de galinha, de cabrito, de Javali ou antílope.

O fogo novo
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Neste processo, acaba a festa os iniciados e os seus familiares reúnem-se em casa do


chefe do chefado (MWENE) e passam a noite a volta da fogueira celebrando o começo
da iniciação, cantam e dançam.

Marcha para o acampamento no dia seguinte os iniciados (ALUKHU) acompanhados


pelo chefe da família (ATATA) e outros familiares próximos, pelo MWENE, instrutores
(ANAMUKU), o direito a iniciação, os padrinhos (AMOLE), deixam a aldeia e
encaminham-se para o acampamento chamado (ONVERANI), um lugar escolhido e
escondido na mata.

Cada família reúne-se três dias para passar os dias de festa de iniciação.

Ao terceiro dia os iniciados tomam a refeição ritual no acampamento chamado


EPILIKO. Os remédios para iniciação e os instrumentos necessários para os ritos de
iniciação ficam nos centros das instalações do acampamento, num monte de areia, esses
medicamentos tem nome simbólico de cauda (MWILA).

A circuncisão

No dia seguinte, a refefeição ritual do EPLIKO, o MWENE, com uma vara nas mãos
(MUKOSI) bate no recepiente contendo remédios, que se encontra no centro de
acampamento, cada LUKHO acompanhado pelo seu sobrinho aproxima-se do local. Ao
chegar ao local, indicado pelo chefe, o padrinho coloca-se com o afilhado junto do
director da iniciação e os restantes ajuntantes, com o movimento rápido, coloca-se ao
chão o rapaz. Nesta posição, o circunsizante corta uma parte do percúcio. As gotas de
sangue são recolhidas imediadamente e posto num lugar apropriado para
posteriorimente prepara-se uma comida ritual.

O recém-circunsizante, senta-se no chão com as pernas abertas e as mãos faz o pó para


ajudar a cicatrizar a siua ferida. Passado algumas horas o padrinho coloca no pénis do
seu afilhado uma rodilha ou uma argola de folhas e amara-lhe com uma corda atráz
como forma de fixar. Esta argola tem o nome de EKHARA. Seguem os cânticos de
intruções denominadas de NTHURKWE, já conhecidos por parte dos circunsizantes.

Terminado rito, dirigem-se ao local chamado NAMUHAKA, para recebem os ritos


(conselhos de boa conduta), tais ritos são:

As proibições rituais (MWIKHO)


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Os jovens que não participam nos ritos de iniciação devem observar as seguintes
proibições durante tempo de iniciação:

 Não pode tomar banho nem lavar-se, com excepção banhos rituais;
 Não usar roupa que usam normalmente, de facto vestem-se de farrapos e andam
quase nus;
 Tem de se abster de alimentos preparados por mulheres;
 Não podem comer alimentos, que pela sua cor, tamanho ou forma possa assumir
um valor simbólico;

Não podem se afastar do acampamento.

Proibições aos pais.

 Não podem tomar banho durante o período de iniciação;


 Não podem se vestir com elegância nem roupa nova;
 Não podem pentear;
 Devem comer comida sem sal;

Não podem manter relações sexuais durante esse período.

O nome indica ao mesmo tempo um estado ´´ dimensão essencial ´´e uma missão
(dimensão funcional), e pode relacionar com a anterior vida do jovem, com algum
acontecimento familiar ou com algum pressentimento.

A imposição do nome confere por ordem de prioridade ao chefe de família ou pais do


jovem, e outras pessoas particularmente relacionada com a família. Entre a pessoa que
dá o nome a que recebe restabelece-se uma relação de facto e respeito e observa-se uma
determinada etiqueta. Os nomes da comunidade Macua-Lomwe, tem um determinado
valor cultural que podemos s esquecer. O nome identifica a pessoa que liga-se ao
mundo dos antepassados e indica também uma missão na vida.

Proibições rituais
As proibições gerais (MWIKHO), nesta fase dos ritos de iniciação são as seguintes
proibições:

Silêncio: os rapazes não podem falar com os chefes do acampamento.


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Abstinência alimentar: Proibição de consumo de mel, ovo e comidas com sal ou


pimenta. Também não podem comer peixe de cor escura e nem carne de galinha.

Iniciação feminina

Paralelamente aos ritos de iniciação masculina, existem na sociedade Macua-Lomué,


ritos próprio para a iniciação feminina chamada EMWALI. Estes ritos diferenciam-se
dos ritos de iniciação dos rapazes pelo facto do conteúdo das instruções, pelas pessoas
que nela participam, pela data de celebração, pela sua duração, pelo seu lugar e pela
menor solenidade das cerimónias.

Até a realização dos ritos, rapariga macua-lomwe fica ligada estreitamente a mãe, num
ambiente de total confiança e liberdade, sem discriminação sexual e à margem de vida
social

A primeira educação, básica e genérica ao mesmo tempo sugere-se na ordem do tempo


e da importância, a iniciação propriamente dita na vida sócia, ou seja a verdadeira
passagem de menina para jovem (EMWALI), trata-se da descoberta e assimilação da
rapariga e faz a sua própria personalidade e do plano acesso à vida social.

Ritos preliminares

A iniciação da rapariga inicia desde pequena ate progrida para participar nos ritos
propriamente ditos da iniciação não é necessariamente obrigatório que ainda não
tiveram a primeira a primeira menstruação. Por vezes juntam-se raparigas que ainda não
tiveram a primeira menstruação com outras já menstruadas, neste caso, durante a
instrução (IKANO), são divididas em dois grupos.

Os ensinamentos consistem fundamentalmente, no seguinte:

Explicar sobre o facto fisiológico da menstruação e sobre cuidados higiénicos que a


jovem devem ter de então para diante.

Como se pode comportar perante a sociedade (durante a menstruação não pode falar
com os homens, deve respeitar os adultos e, de modo particular as instrutoras,
comporta-se com o público.
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A forma de vestir durante esse tempo, a rapariga não pode usar roupa de todos os dias,
muitos menos a roupa do dia de festa, também não se pode embelezar;

A alimentação – deve abster-se de certos alimentos, como o caso de ovo (NOTXE), e


peixe (MUKOPO). Deve comer papas de milho (EXIMA) mal cozidas com folhas de
mandioca e feijão.

Trabalhos caseiros: preparação de comida, limpeza de casa, evitar fazer refeições para
os homens, na altura de menstruação.

Proibições de relações sexuais tratando-se duma rapariga já casada, ficam proibidas as


relações sexuais durante o tempo da iniciação.

Período de entrada

O ritual usado é normalmente, o que se usa para entrada para os rapazes na iniciaçaão.

Instrução (OLAKA)

A instrução, que começa com a primeira fase de iniciação é que continuará ápos a
conclusão dos ritos, principalmente a no período de gravidez e na celebração de
casamento, agora, nesta segunda fase é mais intensiva, adquire uma totalidade mais
formal e abrangente a educação em todos os aspectos da vida. Esta educação, para além
de preparar as jovens para assumirem a sua responsabilidade na sociedade, promove
nelas legalidades às instruções comunitárias. As mestres, no seu discurso educativo
usam linguagem simbólica, acompanhada de gestos, enigmas, cânticos formas literárias
que ajudam as jovens a fixar os ensinamentos recebidos.

As instruções para além de iniciarem os jovens para a vida sexual, educam-nas e


preparam-nas para a vida familiar e social.

As raparigas aprendem a cumprimentar os adultos, os superiores e todas as outras


pessoas. Sempre que tenha que entregar alguma coisa ao marido, aos pais e as outras
pessoas mais importantes devem fazê-los de joelhos e com as duas mãos. É lhes
ensinado que não podem casar com pessoas da mesma linhagem, sendo obrigadas a
conhecerem o apelido (NIHIMO) do jovem com quem se querer casar. Aprendem como
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se deve comportar na vida conjugal, neste campo, devem ter cuidado em abster-se de
relações sexuais durante a menstruação porque é proibido por tradição.

Para evitar o marido de que estão menstruadas, deixam na cama uma porcelana de
sementes vermelhas, quando acabam a menstruação, deixa na cama uma porcelana de
sementes brancas. Desta forma, o marido sabe como se deve portar para não transgredir
as leis tradicionais.

Morte

Chegando o momento da morte, quando o moribundo (MULIPA OLUWELA) espira, o


familiar que anteriormente lhe humedecia a boca diz aos parentes “ deixou o coração”
(OHIA MURIMA). Observa-se então uma figura de estilo que equivale dizer “morreu”.
Então fecham-lhe os olhos e a boca, colocam-no deitado na esteira, coberto com um
pano. Imediatamente as mulheres presentes gritam e choram de dor. Os homens não
devem gritar nem chorar, podem somente soluçar.

Passados alguns momentos leva-se o cadáver para o banho duplo, com valor higiénico e
purificador. Normalmente isto é feito com água quente preparada no momento. As
mulheres encarregadas de o fazer são as familiares mais próximas do defunto e as
amigas da família.

Preparação do inteiro
O tio materno mais velho do falecido ou, na falta deste, o que segue por ordem de
importância na família assume a responsabilidade de organizar a cerimonia para a
realização dos ritos fúnebres, distribuindo os encargos entre os familiares e pessoas
mais chegadas: uns encarregam-se de tratar do cadáver com varias abluções e unções e
de o envolver num pano grande e numa esteira; outros preparam a cova, no lugar
indicado pela família; outro grupo prepara a cova, no lugar indicado pela família; outro
grupo prepara a comida para todos os que participara no funeral e a água para as
abluções.

O lugar da sepultura
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A sepultura do cadáver faz-se, normalmente, num lugar escolhido pelo tio materno mais
velho do defunto fora da aldeia, afastado dos caminhos, entre as árvores do bosque.

Quando se trata de chefe da aldeia ou do régulo, costuma escolher-se um lugar especial,


perto da sua casa. A cova (MAHIYE) tem um ou dois metros de profundidade,
conforme a idade do falecido (mais ou menos, conforme o defunto é mais velho ou mais
novo), tem no fundo ou ao lado esquerdo, conforme os gostos, um nicho ou cova
secundaria, que é o lugar exacto onde é deposto o cadáver.

As tradições na Zambézia

As tradições na Zambézia incluem música, dança e artes performativas. Estas são


expressão da profunda relação entre a sua população e as práticas religiosas e sociais
reproduzidas diariamente.  

A música em Zambézia por exemplo pode servir as varios propósitos que vão da
expressão religiosa às cerimónias tradicionais. Os instrumentos musicais são geralmente
feitos à mão. Alguns dos instrumentos utilizados na expressão musical zambeziana
incluem tambores feitos de madeira e pele de animal.  

Junto com as músicas, também as danças tem muita vezes um carácter ritual, tornando-
se diferentes por cada tribo e de difícil compreensão e reprodução.  

Pelo que se refere à escultura esta vem pela maioria produzida em Madeira. Famosa é a
tradição de algumas comunidades do interior da Zambézia que utilizam máscaras com
rostros de pessoas, usadas nas danças tradicionais. No entanto as esculturas de madeira
representam em muitos casos “árvores genealógicas”, refigurastes a histórias da
comunidade o de um grupo familiar.  

Outra característica e Aspectos culturais

Viajando pela Zambézia A diversidade cultural da província da Zambézia desenrola-se


pela miscelânea tradicional dos chuabos, senas, lomues, marendjes e manhauas.
Zambézia, província por excelência matrilinear é rica em recursos minerais, faunísticos,
agrários e marinhos. Na Zambezia, pode-se conhecer a encantadora Lagoa Azul, a praia
de Zalala bela e ladeada por imensas casuarinas, as águas termais e a cordilheira do
monte Namuli.
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Outro aspecto e Cerimónia tradicional

No âmbito magico- religioso é prático a realização das cerimónias tradicionais


denominadas Mukutho, em todos os níveis e eventos sociais. É ainda comum na
Zambézia solicitar um feiticeiro (curandeiro) para se proteger,  tratar uma doença,
garantir a fidelidade de um marido ou uma esposa ou seduzir a sua amada. Do pequeno
comerciante ao mais alto político, todos, pelo menos uma vez na vida, consultaram um
feiticeiro e ninguém pensaria de duvidar da eficácia dessas práticas.  

Na região zambeziana também vive um numero considerável de hindus e confucianos


pela forte presença de indianos e chineses, sobretudo na Capital. Esta mistura de crenças
torna a Zambézia uma região reconhecida pela sua tolerância religiosa.

Cobras

“Dança das cobras” – Uma das manifestações artísticas mais famosas da província da
Zambézia é a Enowa N’niketxe ou dança das cobras, que se caracteriza por um conjunto
de homens e mulheres que realizam movimentos em forma de dança com cobras no
pescoço e nas mãos. Os integrantes do grupo executam os seus movimentos de dança
com cobras enroladas nos pescoços e braços. Esta dança fascinante é um legado do
povo de Namarroi, transmitido de geração em geração. Antes da dança existe um ritual
a ser seguido pelos dançarinos, obedecendo regras tais como: absterem-se do sexo uma
semana antes e durante o evento, a alimentação das cobras escolhidas na mata é ovo e
farinha e as cobras escolhidas deve ser mambas finas e verdes daquelas muito
venenosas.

Depois de verificado estes aspectos preliminares, as cobras ficam hipnotizadas


permitindo desse modo, aos dançarinos de poderem dançar com elas demonstrando os
mais variados movimentos.

Carnaval

Carnaval de Quelimane  – A Província da Zambézia é também conhecido como palco


das celebrações carnavalescas em Moçambique. Este evento realiza-se entre os meses
de Fevereiro e Março. O carnaval, um evento bastante apreciado pela sua forma
exuberante na apresentação e no calor que empresta, torna-o numa das manifestações
culturais mais importantes e celebrados na cidade de Quelimane.
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Dança Niketxe 

Niketxe é uma manifestação cultural praticada por uma grande maioria da população da
Alta Zambézia. Surge como um ritual ligado às cerimónias fúnebres. Caracterizada pela
mímica e a teatralidade e o uso da máscara, a sua denominação deriva som (ketxe,
ketxe, ketxe) produzido pelos chocalhos que os dançarinos usam nas pernas durante a
sua actuação. (Lemia e Vilanculos: 2013).

Conclusão

Depois de desenvolver o trabalho de antropologia descobri que são vários aspectos


marcante na província da Zambézia começando aspetos culturais, tradicional e
linguístico. Começando no aspecto cultura no norte da província da Zambézia aspeto
cultural marcante e danças e ritos de iniciação e sepultura de mortes vindo para zona
centro da Zambézia característica de mante e dança de cobra e também a forma de
tratamento dos mais velhos enquanto na zona sul da Zambézia a cultura marcante e
dança tradicional que serve para rito de proteção de feitiçaria e outra característica e
danças nibondo, também outras característica e gastronómica. Comentando no sul da
Zambézia caracata e francisco Mbeu vulgo rato da machamba, e na zona centro da
Zambézia temos mlatalata e caracata enquanto na zona sul o prato favarito e totwe e
farinha de mandioca misturando. O Outro aspeto e danças no sul da Zambézia temos
dança de Cobras e na zona centro de Zambézia e Dança Niketxe  enquanto na zona sul e
yalola e nibodo
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Referência Bibliográfica

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Universidade. 1899

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