DIREITO PENAL – PARTE GERAL (Art.
1º à 28)
(RODRIGO GOMES)
1 Aplicação da lei penal.
1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade.
1.2 Lei penal no tempo e no espaço.
1.3 Tempo e lugar do crime.
1.4 Lei penal excepcional, especial e temporária.
1.5 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal.
1.6 Pena cumprida no estrangeiro.
1.7 Eficácia da sentença estrangeira.
1.8 Contagem de prazo.
1.9 Frações não computáveis da pena.
1.10 Interpretação da lei penal.
1.11 Analogia.
1.12 Irretroatividade da lei penal.
1.13 Conflito aparente de normas penais.
2 Infração penal: elementos, espécies, sujeito ativo e
sujeito passivo.
3 O fato típico e seus elementos.
3.1 Crime consumado e tentado.
3.2 Pena da tentativa.
3.3 Concurso de crimes.
3.4 Ilicitude e causas de exclusão.
3.5 Punibilidade.
3.6 Excesso punível.
3.7 Culpabilidade (elementos e causas de exclusão).
4 Imputabilidade penal.
5 Concurso de pessoas.
6 Crimes contra a pessoa.
7 Crimes contra o patrimônio.
8 Crimes contra a dignidade sexual.
9 Crimes contra a fé pública.
10 Crimes contra a administração pública.
11 Lei nº 11.343/2006 (tráfico ilícito e uso indevido de
substâncias entorpecentes).
12 Lei nº 9.034/1995 (crime organizado).
13 Lei nº 8.072/1990 (crimes hediondos).
14 Lei nº 7.716/1989 (crimes resultantes de preconceitos de
raça ou de cor).
15 Lei nº 9.455/1997 (crimes de tortura).
16 Lei nº 9.605/1998 (crimes contra o meio ambiente).
17 Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento).
18 Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
19 Lei nº 9.503/1997 (crimes de trânsito - Código de Trânsito
Brasileiro).
20 Lei nº 11.340/2006 (Lei Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher “Lei Maria da Penha). 21 Decreto-Lei nº
3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).
22 Lei nº 4.898/1965 (abuso de autoridade).
23 Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal.
1- Tempo do Crime - Art. 4º
Quando momento da ação/omissão –> Conduta do caboco (teoria
da atividade)
2- Lugar do Crime - Art. 6º
Local da ação/omissão ou resultado (consumação/tentativa)
-> (Teoria da ubiquidade)
3- Lei penal no tempo - Art. 2º e 3º
Aplica-se a lei vigente à época ao fato
Extratividade – Retroatividade (volta a ser aplicada) e
Ultratividade (aplicada após a revogação) = Benefício do
réu (Abolitio criminis, Novatio legis in mellius, Novatio
legis in pejus e Novatio legis incriminadora)
Leis excepcionais e temporárias = aplicam-se à fatos
ocorridos durante a sua vigência
4- Legalidade
Crime(primário) + Pena(secundário)
Não há crime sem lei anterior que o defina
Não há pena sem prévia cominação legal
Reserva legal: Só lei federal
Taxatividade: Tipo penal fechado
OBS: Princípio da intranscendência da pena
A pena não passa da pessoa do condenado, exceto para
reparar o dano, causando a perda de herança, é a única
forma de atingir dos herdeiros.
Princípio da lesividade ou ofensividade
Conduta de lesar/ofender bens alheios (salvo autolesão)
Salvo: Art. 171, §2º, V do CP – Fraude a seguro
Princípio da insignificância ou bagatela
STF = Ofensa (mínimo) + perigo (ausente) + reprovação
(reduzida) + lesão (inexpressiva) valor é de até 10% do
salário mínimo = R$100 (ínfimo valor)
5- Teoria Geral do Crime
Conceito analítico de crime
FATO TÍPICO
Conduta = ação/omissão humana (Pessoa jurídica = crime
ambiental / Animal não responde) - Não há conduta:
Movimento reflexo, força maior que a sua natureza/humana,
estados de inconsciência (sonâmbulo).
Resultado = Art. 13 – tudo aquilo que depende de existência
material (crimes formais = corrupção)
Nexo causal = Toda ação/omissão sem qual a qual o resultado
(ligação da conduta com o resultado)
Tipicidade = Ajuste/Molde na conduta no tipo penal
ILÍTICO
Exceções = Estado de necessidade, Legítima defesa, Estrito
cumprimento de um dever legal, Exercício regular de um
direito
CULPÁVEL
Imputabilidade, Potencial consciência da ilicitude e
Exigibilidade da conduta diversa
Tipos Penais (Previsões Legais)
- Dolosos = Direto = quis o resultado de forma direta /
Eventual = assume o risco de produzi-lo
- Culposos - Fato típico = Conduta voluntária (falta do
dever de cuidado) = Negligência, imprudência e imperícia
(previsibilidade = com consciente / sem inconsciente) +
Resultado (involuntário) + Nexo causal = relação da conduta
com o resultado + Tipicidade = encaixar o fato à norma
Crime consumado Art. 14, I: se reunir todos os elementos
(núcleo-verbo, normativo-interpretação, subjetivo-
dolo/culpa) do crime
Crime tentado Art. 14, II: Não se consuma por
circunstâncias alheias
Inter criminis = fases do crime
1- Cogitação = fase íntima
2- Preparação = atos que antecedem a execução
3- Execução = início ao núcleo do tipo penal
4- Consumação = reúne todos os elementos (não executa por
vontade própria = desistência voluntária arrependimento
eficaz) # Responde pelos atos até então praticados –
Desistência alheia = tentativa pena consumada com a redução
5- Exaurimento = indiferente
Arrependimento posterior Art. 16 = sem violência/ameaça,
reparação do dano total, até o recebimento da denúncia.
Tentativa idônea: aquela que é capaz de produzir o
resultado
Tentativa inidônea: ineficácia do meio ou impropriedade do
objeto
Art. 17
DIREITO PROCESSUAL PENAL
(RODRIGO GOMES)
1 Inquérito policial.
1.1 Histórico, natureza, conceito, finalidade,
características, fundamento, titularidade, grau de
cognição, valor probatório, formas de instauração, notitia
criminis, delatio criminis, procedimentos investigativos,
indiciamento, garantias do investigado.
1.2 Conclusão, prazos.
2 Prova. 2.1 Exame do corpo de delito e perícias em geral.
2.2 Interrogatório do acusado.
2.3 Confissão.
2.4 Qualificação e oitiva do ofendido.
2.5 Testemunhas.
2.6 Reconhecimento de pessoas e coisas.
2.7 Acareação.
2.8 Documentos de prova.
2.9 Indícios.
2.10 Busca e apreensão.
3 Restrição de liberdade.
3.1 Prisão em flagrante.
3.2 Prisão preventiva.
3.3 Lei nº 7.960/1989 (prisão temporária).
3.4 Alterações da Lei nº 12.403/2011.
4 Processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos
funcionários públicos. 5 Habeas corpus e seu processo.
6 Lei nº 9.296/1996 (interceptação telefônica).
7 Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito
Processual Penal.
(Art. 4ª a 23 do CPP)
Conceito de I.P. – procedimento adm realizado por meio de
diligências a fim de elucidar e buscar indícios de autoria
e materialidade.
Procedimento Adm = sequência de atos por órgão adm
Diligências = investigações ou as medidas cabíveis Art. 6º
e 13
Elucidar = esclarecer
Indícios de Autoria (quem) = conduta e Materialidade (o
que) = tipicidade
Atribuição Art. 4º = autoridade policial
Quem é a autoridade policial? Art. 144 CF
PF – Policia investigativa judiciária (Federal)
PRF – Polícia ostensiva (Federal)
PFF –Polícia ostensiva (Federal)
PC – Policia investigativa judiciária (Estadual)
PM/CBM – Polícia ostensiva / Defesa civil (Estadual)
OBS: outras autoridades podem realizar Inquérito art. 4º p.
único. MP/CPI/IPM
Características do I.P.
A) Escrito (art. 9º) = registro/formal/autuado = auto de
prisão em flagrante
B) Sigiloso (art. 20) = não p Juiz e MP – Súmula 14 do STF
(adv só acessa os já documentados)
C) Oficialidade = órgãos oficiais
D) Autoritariedade = prerrogativas
E) Oficiosidade = de ofício
F) Indisponível (art. 17) = p/ autoridade policial, pois a
mesma ñ pode arquivar
G) Inquisitivo (art. 14) = s/ contraditório s/ ampla defesa
= ñ acusação
OBS: nasce a discricionariedade (conveniência e
oportunidade) da autoridade podendo negar diligências ao
ofendido ou até ao acusado
H) Dispensabilidade (art. 12) = p/ MP se tiver autoria +
materialidade pode ser dispensável
I) Vícios(IP)/Nulidades(Processo) = Não anula o processo
J) Valor Probatório = Sim – relativo = confirmação
necessária em juízo
Salvo: as prova urgentes ou antecipadas e as provas não
repetíveis
E) Incomunicabilidade do preso
Sim art. 21 CPP
Não art. 5, LXII e LXIII, CF
Notitia Criminis
Levar o conhecimento de um fato criminoso
A) Imediata = espontânea – atividade de rotina / delatio
criminis / delação anônima possível sim – instaurar IP não
mas sim uma investigação (averiguação) prévia
B) Mediata = provocada através de requerimento do ofendido/
querelante/representante legal ou requisição do MP/Juiz
C) Coercitiva = uso da força legítima = prisão em flagrante
(APF)
Início do Inquérito Policial
Crime de iniciativa
Pública = Condicionada a representação da vítima ou
requisição do Ministro da Justiça / Incondicionada = ofício
(portaria/APF), requerimento ou requisição
Privada = requerimento do ofendido
Diligências (Art. 13-A e 13-B)
Sequestro / Cárcere privado
Redução à condição análoga de escravo
Tráfico de pessoas
Sequestro relâmpago
Extorsão mediante sequestro
72h p/ instaurar inquérito
Indiciamento
Imputação da autoria e materialidade
Encerramento (conclusão)
Relatório conclusivo
OBS: Prazo do I.P
Preso = 10d (denúncia 5d)
Solto = 30d prorrogado por + 30d (denúncia 15d)
Justiça Federal
Preso = 15d
Solto = 30d Prorrogável
Entorpecentes
Preso = 30d
Solto = 90d
Ambos prorrogáveis 2x
Arquivamento (art. 17 e 28)
Polícia não pode arquivar
Quem arquiva é o Juiz (ñ pode sem o MP) e o MP
(Requerimento fundamentado)
Se o juiz discordar do MP = encaminha ao chefe do MP PGR
(Federal) PGJ (Estadual)
