Trabalho Ev127 MD1 Sa1 Id757 19092019154925
Trabalho Ev127 MD1 Sa1 Id757 19092019154925
Trabalho Ev127 MD1 Sa1 Id757 19092019154925
RESUMO
Este trabalho é resultado de uma investigação acerca do Programa do Governo Federal Residência
Pedagógica, sub projeto Pedagogia da UFPB. O programa foi lançado pelo edital Capes no 6º /2018
com o objetivo de colaborar com o aperfeiçoamento da formação dos discentes de cursos de
licenciatura, através de projetos que viabilizem ao licenciando exercitar ativamente a relação teoria e
prática profissional docente; propiciar também a reformulação do estágio supervisionado nos cursos de
licenciatura, através das experiências da residência pedagógica. O fortalecimento da relação entre as
Instituições de Ensino Superior e a Escola. O objetivo da pesquisa foi investigar o desenvolvimento do
projeto a partir das três etapas: a) formação, b) ambientação nas escolas e c) a intervenção e verificar
quais as contribuições desse projeto para a formação dos estudantes do curso de Licenciatura em
Pedagogia da UFPB - Campus IV. Para ancoragem teórica, dialogamos com autores do campo da
formação de professores (NÓVOA, 1995; GATTI, 2010) e os dispositivos legais que orientam a
formação dos professores no Brasil. Por meio da pesquisa qualitativa de cunho exploratória e
descritiva, apresentamos os resultados da pesquisa que revela a contribuição desse projeto para os
cursos de licenciaturas, em específico de Pedagogia no Campus IV-UFPB, a preocupação de
consolidar a formação docente com maior vínculo entre teoria e prática e oportuniza os residentes a
manter-se por mais tempo em seu campo de atuação como futuros professores para reflexões diante da
ação docente.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
A pesquisa realizada possui uma natureza qualitativa, na qual deve-se levar em
consideração a veracidade dos fatos com base na realidade investigada. Nesse sentido, autores
como Ludke e André (1996, p.12) ressaltam que na pesquisa qualitativa “o material obtido
nessa pesquisa é rico em descrições de pessoas, situações e acontecimentos”. Nessa
perspectiva em que pese que a:
“A pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos
estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados,
envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos
interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada,
procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos,
ou seja, dos participantes da situação em estudo”. (GODOY, 1995, p. 58).
Optamos, neste estudo, por realizar inicialmente uma pesquisa bibliográfica, sobre o
tema Pedagogia e formação de professores. Nesta etapa também estudamos os documentos
orientadores do programa do governo federal, Residência Pedagógica. O estudo teórico reuniu
elementos de grande relevância para a compreensão do objeto de estudo e dos resultados a
que se pretendeu chegar. Sobre estes dois tipos de pesquisa: a bibliográfica e documental, Gil
(2002), diz que:
A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A
diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes/Enquanto a
pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos
diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se
de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda
podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. (GIL, 2002 p.
45).
DESENVOLVIMENTO
Caminhos e descaminhos da formação dos professores
A formação de professores no Brasil é uma tarefa complexa em que se apresentam
diferentes desafios e numerosas críticas. Dentro desse campo trazemos como inquietação a
questão sobre a formação inicial encorpada para a prática docente.
Levando em consideração algumas pesquisas e entre elas a pesquisa realizada por
Bernadete Gatti referente à formação de professores, observa-se que a formação dada aos está
sendo uma tarefa abstrata, em que não está contextualizando com o campo de atuação
profissional do professor. Gatti (2010) menciona que:
observou-se um evidente desequilíbrio na relação teoria-prática, em favor
dos tratamentos mais teóricos, de fundamentos, política e contextualização e
que a escola, como instituição social e de ensino, é elemento quase ausente
nas ementas, o que leva a pensar numa formação de caráter mais abstrato e
pouco integrado ao contexto concreto onde o profissional-professor vai atuar
( GATTI, 2010, p. 1372).
A orientação dada reforça que a formação deve-se basear pela relação teoria-prática
fazendo com que o sujeito em formação possa ter contato com o seu contexto de atuação de
forma reflexiva e crítica e não só colocar em prática seus conhecimentos e habilidades de
forma mecânica, simplesmente para completar a carga horária obrigatória estabelecida pelo
curso. Além disso, fortalece a conexão entre a Instituição de Ensino Superior e as Escolas de
Educação Básica.
As políticas que norteam os direitos da educação estão sempre em discussão em
busca de melhor organicidade da formação inicial e continuada de professores, viabilizando a
valorização desses profissionais. Partindo dessa perspectiva, segundo Dourado (2015) as
novas DCNs aponta a nacesseidade da maior articulação entre as instituições de Educação
Superior e de Educação Básica, definindo que a formação inicial e continuada deve
contemplar:
I. Sólida formação teórica e interdisciplinar dos profissionais;
II. A inserção dos estudantes de licenciatura nas instituições de educação
básica da rede pública de ensino, espaço privilegiado da práxis docente;
III. O contexto educacional da região onde será desenvolvido;
IV. Atividades de socialização e avaliação dos impactos;
V. Aspectos relacionados à ampliação e ao aperfeiçoamento do uso da língua
portuguesa e à capacidade comunicativa, oral e escrita, como elementos
funda-mentais da formação dos professores e à aprendizagem de Libras;
VI. Questões socioambientais, éticas, estéticas e relativas a diversidade
étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional e sociocultural
como princípios de equidade ( DOURADO, 2015 p. 306).
Acredita-se que essa amplitude apresentada nos cursos de Pedagogia pode proporcionar
uma complexidade para a formação dos currículos e uma insuficiência formativa para o
trabalho docente. Tendo em vista que as diretrizes aprovadas definiram a docência como base
da formação do pedagogo a exemplo da Resolução de n. 1, de 15/05/2006.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante das discussões realizadas sobre a formação docente, focalizamos o nosso olhar
sobre o Programa Residência Pedagógica, compreendendo-o como política que visa melhorar
o processo da formação dos educandos das Licenciaturas das Instituições de Ensino Superior
– IES, particularmente do curso de Pedagogia da UFPB, CCAE, Campus IV. Partindo dessa
ótica, as análises serão apresentadas a partir dos três eixos organizacionais do projeto: Período
de Formação, Período de Imersã e período de Intenversão.
Formação
Nessa primeira etapa do projeto foi oferecido aos alunos e aos professores preceptores
formação teórico, tendo como objetivo preparar os alunos para a participação do progama e a
preparação dos professores como supervisores. Tiveram como subsídio alguns documentos
legais como a BNCC, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de
nove anos e para a Educação Infantil, Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação
inicial de professores e outros textos que revelam pesquisas sobre a formação docente no
Brasil. Partindo dessa base teórica dada, observamos enquanto residentes a importância desse
primeiro processo do programa.
Levando em consideração esses caminhos legais é importânte os estudos
desssesdocumentos, pois a BNCC é:
É um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de
modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional
de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à
educação escolar, tal como a define o § 1o do Artigo 1o da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/1996) 1 ,e está orientado
pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana
integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva,
como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Básica (DCN)2. (BRASIL, 2017 p. 7).
A Residência Pedagógica na expectação da Licenciatura em Pedagogia no Campus IV
dentro de sua fase inicial traz a preocupação de que se faça uma formação contextualizada
com o campo de atuação do público alvo, que nessa circunstância são os pedagogos na
perspectiva de ampliar e solidifcar os conhecimentos desses sujeitos já obtidos no próprio
curso. Principiando com desígnio a formação docente temos a Resolução N° 2, de 1° de Julho
de 2015 em seu Artigo 6°:
Imersão/Ambientação na escola
Essa fase proporciona a aproximação das Istiuições de Ensino Superior (IES) com as
Escolas da Educação Básica na possibilidade de garantir uma formação crítca e reflexiva.
Esse espaço abre a oprtunidade para que as residentes possam ter o contato com todos os
setores das escolas para além da sala de aula, porém sem perder o foco central que é a
formação para a docência.
O programa encontra-se em fase de conclusão e pôde-se perceber a relevância desse
projeto para a formação dos alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia do Campus IV,
pois os insere na realidade em qual atuarão, ou seja, na realidade das escolas públicas do Vale
do Mamanguape, no qual foi possível ter acesso a documentos que orientam as ações da
escola, seus princípios, seu corpo escolar, sua rotina, seus objetivos/metas, além de perceber
também suas carências, estrutura física, realidade local, enfim, toda sua organização
institucional e social.
Durante o período de ambientação, os residentes eralizaram observações do cotidiano
das turmas, anotando os respectivos pontos chaves das aulas, buscando identificar as maiores
dificuldades dos alunos, com o objetivo de elaborar nosso projeto de intervenção voltado para
as dificuldades deles, para que assim possamos ajudar na melhoria do ensino e aprendizagem
dos educandos das escolas contempladas com a RP.
A patir desse período de observação e ambientação nas escolas percebe-se a necessidade
de refletir e discutir sobre a prática realizada na sala de aula para que seja feito uma
intervenção coerente com as problemáticas existente para que haja progressos na área da
educação e não simplesmente colocar em prática as habilidades de se dar uma aula, mas atuar
na possibilidade de buscar caminhos que façam transformações. É por esse prisma que nessa
fase do projeto é crucial a orientação de forma conjuta com os precpetores e coordenadores a
partir das problemáticas levantadas pelos residentes identificados na sala de aula para que
objtiva-se elaborar planos de atividade para intervir de forma armônica e adequada.
Intervenção
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na
graduação. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Brasília, DF: 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. 3ª versão. Brasília,
DF, 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz
e Terra, 1996.
LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e aprendizagem da profissão docente. Brasília: Líder Livro,
2012.
LIMA, Maria Socorro Lucena; GOMES, Marineide de oliveira. Redimensionando o papel dos
profissionais da educação: algumas considerações. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN,
Evandro. Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. (Orgs.) -2 Ed. São
Paulo: Cortez, 2002.
NÓVOA, A. Vidas de Professores. 2. ed., Porto Editora, Porto, 1995. (Coleção Ciências da
Educação).
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GODOY, A. S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas.
São Paulo, v. 35, n. 3, p. 20-29, mai/jun de 1995.
Colocar a BNCC