O Amante Perfeito

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Romance
Amante perfeito
1ª Edição
2020
Beira-Moçambique
Alberto Marcos

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Agradecimentos

Primeiro a Deus pela vida e sabedoria que tem me concedido.

Aos meus familiares por várias vezes terem suportado minha ausência nos
momentos que me ocupava na produção do livro.

A Crisleine Bulha, minha colega, que sempre me ajudou durante todo processo
em que o livro foi escrito.

Ao Elias dos Santos e Chiposse Domingos por sempre estarem disposto a ler o
livro dando sempre bons comentários que ajudaram na finalização.

A Leonardo Marijane que sempre motivou-me para escrever a obra.

A todos que gentilmente ajudaram na publicidade do antes da data do


lançamento.

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Autor

Nome: Alberto Manuel Marcos

Profissão: Contabilista e Financeiro

Email: [email protected]

Whatsapp: 84 260 2410

Facebook: Alberto Manuel Marcos

Instagram: alberto_m_marcos

Naturalidade: Moçambicana

Cidade atual: Beira-Moçambique

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Sem
prefácio

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O presente livro possui conteúdos eróticos. Por isso não é
recomendando a nenhum leitor que tenha uma idade inferior a
dezoito anos.

Desejo a todos uma ótima leitura!

Obrigado

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Capitulo 1

Consequências de uma traição

Meu nome é Alberty Bill, me formei muito cedo, muito jovem ainda consegui
ter meu diploma de contabilidade, não quis trabalhar na altura, me
considerava muito novo pra tal, preferi dar continuidade aos meus estudos. Foi
nesta altura que conheci a Leonilde Pires minha namorada. Três anos depois
arranjei meu primeiro emprego como contabilista em uma das principais
empresas na cidade, o trabalho era meio chato mas eu gosto de ser
Contabilista, além de ter um bom salário as pessoas nos respeitam
simplesmente por sermos. Nesta altura eu já namorava a três anos com a
Leonilde mas estávamos noivos a um ano. Ela era a pessoa mais importante na
minha vida, sinceramente não sei como seria minha vida sem ela,
compartilhávamos quase tudo, não existiam segredos entre nós, tudo era um
mar de rosa, como qualquer casal tínhamos pequenas brigas mas tudo se
resolvia num piscar de olhos, ambos morávamos fora da cidade isso tornava as
coisas difícil, assim que nos tornamos noivos decidimos morar juntos e assim o
fizemos. Ela trabalhava no caixa de um supermercado, não ganhava muito mas
juntando o salário dela e o meu conseguíamos fazer algumas coisas como:
alugar nosso apartamento, fazer rancho, pagar água, luz, entre outras
despesas e sobrava algum para uma poupança. Tudo estava um mar de rosa na
altura.

Com a crise financeira no mercado as coisas começaram a ficar muito chatas


para nós, éramos obrigados a fazer horas extras no serviço para conseguirmos
cobrir nossas despesas, já não havia muito tempo para namoricos nos finais de
semana, por causa da fadiga que nos consumia praticamente só dormíamos na

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mesma cama e conversávamos quando assunto fosse sobre as despesas da
casa, mas juramos enfrentar aquela crise juntos, como casal, como amigos … e
assim ia acontecendo, estávamos vencendo a crise as coisas estavam voltando
ao normal foi então que decidimos marcar a data do nosso casamento que
seria realizado dentro de seis meses.

- Amor, peço para arrumar o quarto de hóspedes minha prima vem


passar uns dias connosco. Disse ela.

-Tudo bem. Quando ela chega? Perguntei.

-Esta noite.

- E só estas a me dizer isso agora?

- Desculpa, estava completamente esquecida.

-ok. Respondi

A prima chegou, era muito bonita, com um corpo muito Sex, não tinha muitas
exigências, em algumas horas familiarizou-se com o ambiente e sentia-se a
vontade entre nós.

Chegou o final de semana eu ficava sozinho em casa a Leonilde ia ao trabalho.


Mas este final de semana foi diferente eu não estava sozinho em casa. Sentado
no sofá, passa a Odete a prima da Leonilde que estava hospedado em nossa
casa, sua beleza era fascinante qualquer homem a desejaria, ela foi ao quarto
do banho com uma toalha prendida nela, cobrindo do peito até suas pernas
por cima do joelho, exibindo assim suas lindas pernas, logo depois ela saiu do
quarto de banho com a toalha do mesmo jeito mas desta vez com uma
calcinha de renda prendendo seus cabelos, ela passou, eu respirei fundo.

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-Cunha podes ajudar-me aqui um instante? Era ela pedindo ajuda.

-Em que posso ajudar? Respondi.

- Vem para ca, estou no quarto.

Tranquilamente abri a porta, fui logo entrando no quarto quando a vi. Ela
estava só de uma calcinha e um sutiã, ambas da mesma cor, vermelha, a
calcinha era de renda, tentei ficar a vontade mas a saliva precisou descer
enumeras vezes, então ela virou-se de frente para mim e disse:

- Estou com dúvida sobre que calcinha vestir, visto esta vermelha ou esta
preta? A preta estava em suas mãos exibindo-a para mim igual fazem mulheres
quando estão escolhendo calcinhas nas lojas. Ela estava seduzindo-me deu
para perceber.

- Esta vermelha está perfeita em te. Respondi rápido.

- Tens certeza? Se ainda não me viste com a preta, como podes dizer que
esta é perfeita. Por favor feche seus olhos. Disse ela.

Fechei meus olhos pensando que ela iria vestir a preta, quando então senti ela
se aproximando a mim, meu coração ficou acelerado, tendo batimentos
tremendos, senti meu sangue circular muito rápido, o ar se tornou pesado,
pareceu que o oxigénio estava acabando naquele lugar, o silêncio encheu o
quarto, parecia que eu estava num mundo paralelo ao normal, era só eu e ela
ai. Ela chegou mais perto igual uma serpente pronta a dar o bote ia
observando-me, cruzou seus braços sobre meu ombro, eu abri os olhos em
silêncio e lá estava ela, com aquele olhar de pantera, mordendo seus adoráveis
lábios. Durante este cenário pareceu que a Leonilde havia sido apagada na
minha memória, eu fiquei cego, enquanto a contemplava bem junto de mim,

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meu pau ficou extremamente duro, ela era muito bonita e com um corpo
perfeito. Sem ter dito mais nenhuma palavra mergulhei-me aos beijos em sua
boca, intercalando nossas línguas em incríveis movimentos. Levei minhas mãos
para seu traseiro acariciando-a enquanto nos beijávamos de uma forma muito
suave, fui passando minha mão pelo seu fabuloso corpo, aquilo era uma
verdadeira paisagem onde se podia viajar para muito longe sem ter que sair do
lugar, fui passando minhas mãos até chegar aos seus órgãos íntimos, ela estava
completamente lubrificada pronta para receber meu adorável pau em sua
boceta, fui passando a mão pelo seu clítoris, ela começou a soltar um gemido
leve muito excitante, abri seu sutiã, ela agora estava só daquela linda calcinha,
com um único movimento vi minha camiseta arrancada de mim nem me
apercebi como, mas o meu cinto também já estava aberto e o meu pau em sua
mão direita, ela masturbava-me muito gostoso. Foi então que ela sussurrou
bem baixinho no meu ouvido, faz tempo que eu não me sentia tão excitada
assim, por favor deixe-me chupar o teu pau, da para sentir pelo volume que
não é pouca coisa. Me sentei na cama, ela ajoelhou-se entre as minhas pernas
e com sua adorável boca ia chupando meu pau com incríveis movimentos de
vai-vem, enquanto sua língua fazia maravilhas em torno da cabeça do meu
pénis, aquilo era fantástico, por um momento todos meus problemas foram
colocados no esquecimento. Brincando ela disse: será que estas bolas de
basebol cabem na minha boca? Experimenta para saberes. Respondi. Então ela
passou sua língua sobre minhas bolas, o mais profundo dos arrepios caíram
sobre minha pele, puxei seus cabelos enquanto observava minhas bolas sendo
engolidas por sua boca. Levantei-a colocando-a deitada de costas na cama,
tirei meu calcões e minha boxa que estavam a altura dos joelhos, me
aproximei dela rebentando sua frágil calcinha com um único movimento,
aquela visão que tive foi linda, a boceta dela toda lubrificada suplicando

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profundamente para ser visitada pelo meu fabuloso pau, passei meu pénis
para cima e para baixo sobre sua boceta antes de enfia-lo. Fiz isso algumas
poucas vezes. De seguida fui lentamente enfiando meu adorável pénis nela o
seu canal era apertado mas o seu natural liquido lubrificador ajudou na
penetração, entrei nela, ela gemeu suavemente contorcendo seu corpo,
agarrando os lençóis como uma pantera agarra suas presas, entrei nela com
tudo ela gemeu abrindo sua boca soltando um grito leve, e então fui repetindo
enumeras vezes os movimentos de vai-vem, eu estava muito excitado não
demorei muito mais tempo ejaculei dentro dela com muito prazer.

Logo após eu me retirar dela me veio a mente a minha adorável Leonilde, falei
comigo mesmo que merda acabei de fazer, eu trai minha noiva, não há
justificação para o que eu fiz. Virei-me para ela e disse isso não pode se repetir
nunca mais, afastei-me dela, dei uns passos tranquei a porta por fora e fui
fazer um banho.

Deitei-me na cama de costas enquanto relembrava tudo que aconteceu, senti


alguém abrindo a porta do meu quarto era ela, a Odete de novo, desta vez
com a calcinha preta e com sutiã também preto, logo que a vi daquele jeito
meu coração acelerou seus batimentos eu fiquei excitado mas tentei disfarçar.

- Eu ainda estou muito excitada, você não pode deixar-me assim. Ela
falou se aproximando a mim.

- Isso não está certo. Disse eu.

- Nós decidimos o que é certo ou errado nas nossas vidas. Ela falou
tirando o sutiã, exibindo seus adoráveis peitos que estavam em perfeita forma.

Não resisti, fui com tudo para cima dela, coloquei-a diante da parede
posicionei-me em suas costas baixando sua calcinha até ao joelho, entrei nela

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por trás com duras penetrações enquanto ela segurava a parede em pé. Fazia
tempo que eu não tinha uma foda safada com a Leo. Fui acelerando os
movimentos ela gemia cada vez mais alto, isto gostoso, por favor fode-me
"Cunha", ai que maravilha, não pare seu gostoso enfia esta porah… depois de
um tempo tirei meu pau dela, ela virou-se para mim, empurrou-me para cama
eu cai deitado de costas, ela disse-me: hoje serás meu cavalo quero cavalgar
em te como ninguém nunca antes, segura bem as cordas porquê vamos dar
um passeio nas nuvens agora, ela falava se aproximando a mim, pôs-se a
sentar sobre o meu pau rebolando de um jeito que só ela sabia.

Durante aquele ato, Leonilde sentiu-se mal no trabalho e recebeu uma


dispensa para poder descansar. Ela entrou na casa, nem eu nem a Odete
percebemos sua chegada ela veio diretamente para o nosso quarto onde
encontrou a porta aberta, Odete ia cavalgando em mim ao mais alto ritmo, não
percebemos que a Leonilde estava ai, vendo tudo.

Percebi que tinha alguém nos olhando, ela já estava paralisada a uns
minutinhos nos olhando, afastei a Odete e vi que era a Leo. Dois rios brotaram
dos seus olhos nascendo águas que rasgaram suas bochechas em uma posição
vertical, ela começou a perder a respiração, não conseguiu dizer nenhuma
palavra deu dois passos para trás e trancou a porta. Sentei na cama sem roupa
alguma sobre mim, peguei a cabeça, respirei fundo, a Odete estava de outro
lado em silêncio, falei comigo mesmo, e agora? Naquele mesmo dia a Odete
arrumou suas coisas e partiu sem dizer a Deus. Agora ficamos só eu e a
Leonilde.

Passaram-se catorze dias a Leonilde não se alimentava direito e nem falava


comigo, ela entrou em um crítico estado de depressão, ficou duas semanas
sem conseguir ir ao serviço, acabou perdendo o emprego. Eu implorava todos

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os dias para que ela me perdoasse mas ela nunca respondia nada e foi assim
durante catorze dias, no dia em que ela abriu a boca para dizer alguma coisa,
ela terminou o nosso relacionamento, arrumou suas coisas, levou seus cartões,
renunciou oficialmente todas mobílias que adquirimos juntos e partiu para
uma terá desconhecida deixando-me vagando sozinho pela terrível escuridão
deste maldito mundo.

Com a sua ida eu sofri feito um sovaco aleijado, entrei em um estado crítico de
depressão, acabei perdendo meu emprego, minha vida ficou totalmente
arruinada tudo isso por causa de um momentinho de prazer que me custou um
sonho que lutei anos para o realizar. Perdi a vontade de viver, comecei a
pensar em suicídio, tudo parou na minha vida, me afastei de todo mundo, vivia
insolado, minha aparência física ficou um caos.

Um ano depois vi uma publicação no facebook, era ela a Leo apresentando


oficialmente o seu novo namorado, morando já em um outro país, pelas
estruturas aquilo parecia europa. Aquilo foi como se tivessem enfiado uma
espada no meu coração, eu percebi naquele momento o quanto eu a amava.
Mais um ano se passou entrei no facebook ela estava publicando fotos do seu
casamento, ela estava grávida do atual marido, pela barriga já devia estar no
sexto mês de gravidez, eles pareciam tão felizes, teria sido eu no lugar dele
mas infelizmente.

Lendo o livro de Mark Manson «A sútil arte de ligar o foda-se» ele dizia: A vida
em si já é uma forma de sofrimento. Os ricos sofrem por serem ricos. Os pobres
sofrem por serem pobres. Pessoas sem família sofrem por não terem família.
Pessoas com família sofrem por terem família. Pessoas que buscam os prazeres
mundanos sofrem por causa dos prazeres mundanos. Pessoas que se abstém
dos prazeres mundanos sofrem por se absterem. Se o sofrimento é inevitável,

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se os problemas da vida também são, a pergunta que devemos fazer não é
“Como paro de sofrer?”, e sim “Pelo que estou sofrendo? Com que propósito?”.

Então eu me fiz esta pergunta pelo que eu estava sofrendo? E percebi que já
não havia motivos para tal. Depois disso decide levar a minha vida para frente,
com aquele filho que ela carregava já não havia mais nada que podia fazer.
Levantei-me arrumei minhas coisas, aluguei um novo apartamento para poder
recomeçar de zero em um outro lugar. Foram dois anos de sofrimento e
solidão. Naquele momento eu estava colocando um ponto final naquela
história.

Capitulo 2

Uma luz no fundo do túnel

Catorze horas e trinta minutos, "No air" a música de Chris Brow e da Jordan
Spark começou a tocar, este era o meu toque de chamada, atendi com a voz
meio roca pois estava dormindo, acabei despertando do sono pelo incómodo
do toque do celular, eu estava na hora de intervalo no meu pequeno negócio,
era uma Tipografia e Reprografia. Por isso estava dormindo, já era habitual
tirar um cochilo durante o intervalo. Pois bem, peguei no telefone meio
sonolento ainda, vi que era um número desconhecido, movido de uma
curiosidade apertei a tecla verde.

- Alo, boa tarde. Escutei de outro lado da linha uma voz feminina muito
linda e encantadora, dizendo:

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- Boa tarde como estas?
- Estou bem e você? Desculpa, não tenho este número gravado gostaria
de saber com quem falo.
- Desculpa, estou aqui na Reprografia, vi este número estampado bem
em frente da entrada, gostaria de reproduzir cópias de um documento que
porto comigo, queria saber que horas abrem?
- O horário de trabalho esta bem ai, nas tardes abrimos as quinze horas.
- Moço é muito importante, não podes fazer um favor de vires
despachar-me agora? Agradecia imenso.
- Tudo bem, aguarde um instante dentro de cinco minutos estarei ai.

Cinco minutos passaram-se e la estava eu, dentro de uma calça jeans de cor
azul, uma camisa mangas curtas com um pano quase jeans também azul e
umas sapatilhas rasas de marca All star, de cor preto e branco, logo que
cheguei vi uma moça parada bem próximo a reprografia com papeis nas mãos
falei comigo mesmo só pode ser ela, ela era muito linda, de pele clara, devia
ter um metro e setenta centímetros ou menos que isso, usava um vestido de
alças simples, um pouco acima de joelhos com desenhos de flores, olhos
castanhos, um relógio preto muito pequeno acompanhando o seu sapatinho
também preto, pelo perfume que usava dava para saber que não era de uma
classe social baixa e o mais chamativo suas adoráveis dreides na cabeça, depois
de tanto tempo não enxergando beleza alguma em mulheres, meus olhos se
encheram de alegria brilhando como as estrelas do céu nas noites frias de
inverno, sua beleza era incrível, precisaria de pelo menos umas cem páginas
para descrever um terço da sua beleza.

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- Ola, cumprimentei a moça que estava la parada, desculpa foi você
quem ligou-me em busca de nossos serviços?
- Sim fui eu, muito obrigada por vires tão rápido. Preciso com muita
urgência de cópias destes documentos.
- De nada, queremos sempre satisfazer os nossos clientes, me dê já vou
reproduzir. Peguei no exemplar sem ter dito mais nenhuma palavra, reproduzi
as cópias e a entreguei. Desculpa não pude deixar de ler teus documentos,
estas a fazer algum curso relacionado com a saúde? Perguntei.
- Sim, estou a me formar em TMG.
- Sorri meio bobo, o que significa TMG?
- Ohhh desculpa-me, já estou habituada a trabalhar com siglas la no
instituto, TMG significa Técnica de Medicina Geral.
- Que bom, força ai. A incentivei
- Obrigada, opahhh!!! Aonde anda minha cabeça, já ia esquecer-me de
fazer o pagamento, tome aqui o seu dinheiro, muito obrigada mais uma vez.
Tchau ate mais
- Tchau, volte sempre!

Queria ter pedido para acompanha-la mas não podia, a reprografia já estava
aberta e os clientes já estavam chegando um a um. E la se foi ela, voltei as
minhas atividades laborais
Passaram-se algumas horas e ela não saia da minha cabeça, droga que mulher
é esta, falei nos meus pensamentos, outra voz dizia-me você a deixou ir e
agora lamentas. Este tipo de pensamento faziam-se sentir muito forte na
minha mente, comecei a entrar em briga comigo mesmo, aquilo poderia ser
definido como uma paixão a primeira vista mas eu não sabia o que realmente
estava acontecendo comigo, desesperado sem saber onde a achar novamente,

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o vento soprou e lembrei que ela havia ligado para mim e agora seu número de
telefone estava no registo das minhas chamadas, não perdi tempo precisava
achar e gravar o contacto dela, não fiz muitas chamadas naquele dia foi fácil de
achar o número, prontos ca está o número, e agora com que nome gravo?
Afinal eu não havia perguntado o nome dela, este foi quebra cabeça mais fácil
de resolver, pensei rápido e gravei o contacto com o nome "Cópia" isso até eu
saber o nome dela para depois renomear, e assim o fiz, passou aquele dia, foi
um dia muito agitado não tive mais tempo de entrar em contacto com ela…

Dias depois eu estava rolando a lista dos meus contactos quando avistei o seu
contacto, de seguida entrei no Whatsapp para ter uma conversa com ela.
- Ola. Cumprimentei-a.
Nenhuma resposta houve naquela altura, horas depois ela respondeu
- Ola
- Tudo bem? Perguntei.
- Eu estou ótima, desculpa não tenho este número gravado, gostaria de
saber a quem pertence, mas o rosto no perfil me parece familiar, mas não me
recordo exatamente de onde o conheço. Disse ela.
- Meu Nome é Alberty Bill, se eu explicar-te de onde nos conhecemos
levarei uma eternidade aqui. Nos conhecemos praticamente só de vista, levei
teu número com um amigo que temos em comum, queria poder te conhecer
um pouco mais do que já te conheço, nada mais que isso. Desculpa qual é teu
nome?
- A pessoa que te deu meu número não te disse qual é meu nome?
-Me disse mais eu prefiro saber mesmo de te, de seguida usei o emoji do
macaquinho cobrindo o rosto com as mãos.

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- Tudo bem Alberty, você parece ser uma boa pessoa vou lhe dizer o
meu nome, olha que eu não faço isso para qualquer pessoa, não sei como
ainda não te bloqueei, kkkkkk!!!! Vou dizer-te o meu nome, eu chamo-me e
gosto também que me chamem de Priscila, este é o meu nome. Se a nossa
intimidade desenvolver e eu não te bloquear nas próximas vinte e quatro
horas poderás chamar-me apenas por Cila se preferires.

E foi assim que a nossa história começou . . .

Capitulo 3
Noite de cinema
O tempo foi passando a conversa foi rolando, conversávamos de coisas banais
nada relevante, era ainda uma amizade superficial nem se quer havíamos
arrumado tempo para nos encontrarmos embora trocássemos mensagens dia
e noite sem falar dos longos minutos em vídeo e áudio chamadas.

O primeiro encontro desde o cenário na reprografia


Isso já havia passado quase duas semanas, mas a intensidade do que eu sentia
por ela só aumentava. Realmente depois de um longo tempo meu coração
descongelou.
Se aproximava o inverno na nossa cidade, num belo domingo estávamos a
organizar um mini cinema em minha casa eu e uns amigos ao todo seriamos
quase umas vinte pessoas no máximo.

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Dezasseis horas e trinta minutos meu celular começou a chamar era o Elias
umas das pessoas que estava na organização do cinema, atendi de imediato
- Puto como é? Perguntei
- Good e ai irmão? Perguntou ele.
- nice!
-Já esta quase na hora para nossa noite de cinema. Disse ele
- Sim, estou a organizar as coisas, mas estou a ser muito lento, estou
sozinho se poderes vir ajudar-me seria muito bom.
- Ok, dentro de cinco minutos chego ai.
A campainha tocou, era o Elias, ele vinha acompanhado e pela voz era o
Walter, o Albino e o Duba. Oh trouxeste um exercito de guerreiros falei
brincando, entrem por favor toda ajuda é bem-vinda, quanto maior for a mão-
de-obra mais cedo terminamos isso.
Desculpa, estou meio desatualizado, que filme vamos projetar hoje?
Perguntou o Duba. Vamos projetar o filme "Avenger - End game". Respondi.
Espero que tenhas visto o primeiro da serie, se não, não vais compreender
nada. Kkkkkkk, sorri. Sim já vi o primeiro e terminou num episódio muito
curioso, já estou louco para ver este filme, quero ver o que vai acontecer com
o vilão Thanos após ter absorvido o poder das cinco joias do universo.
Tudo estava se saindo como planeado já estava quase tudo arrumado, todos
trabalhávamos com muita energia, as meninas cuidariam dos alimentos,
pipocas, refrigerantes entre outros.

Durante aquela agitação toda, senti meu celular vibrar, era uma SMS, abri era
a Priscila, a moça das cópias.
- Oi, preciso de te. Disse ela na SMS.
- Será um prazer poder ajudar-te querida. Respondi com outra SMS.

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- Obha! Que bom, à algum tempo atrás, perdi meu celular, minha
carteira e com ela os meus documentos cartões do banco, bilhete de
identidade entre outros que la continham. Hoje recebi uma chamada de um
número desconhecido dizendo, que havia achado meus documentos,
marcamos um encontro onde poderei recupera-los. Estou com medo de ir para
la sozinha, peço que me acompanhes.

Apos esta ultima SMS, minhas emoções ficaram extremamente abaladas,


minha alma se alegrou, minhas bochechas soltaram um sorriso, senti a brisa do
vento tocando minha pele de uma forma muito profunda e macia, parecia que
o tempo havia parado dava para ouvir os cânticos dos pássaros, naquele
momento minha mente produziu milhares de imaginações alegres, afinal era a
Priscila a moça de pele clara mais macia que de um recém-nascido, olhos
castanhos, uma cintura que dava para segurar boa parte dela com apenas uma
mão… era ela me pedido para acompanha-la, minutos depois imaginando,
percebi que não havia respondido a SMS, entrei no campo de SMS para
responde-la.
- Sim, é claro que posso acompanha-la. É só me dizeres quando e onde
te encontro? Falei.
- Marcamos para hoje as dezoito horas. Respondeu ela. Isso quer dizer
que deves encontrar-me agora, minhas sinceras desculpas por te exigir isso,
não vejo mais ninguém que possa confiar e também não faz muito tempo
desde que falei com eles por isso tudo está quase em cima da hora.
A minha resposta tardou vir desta vez, reparei ao meu redor vi meus amigos
muito empolgados nas arrumações, correndo daqui para la, mexendo as
cadeiras, aquele seria um momento especial e eu precisava estar naquele
convívio, ainda mais por ser na minha casa, logo depois meu coração se

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levantou contra estes pensamentos, e eu lembrava que de outro lado estava
ela sozinha a espera de mim, eu não podia desperdiçar aquela oportunidade.
Por incrível que pareça ela pesou mais na minha balança, chamei o Elias,
ficando a sós com ele passei todas as responsabilidades para ele e disse que
me ausentaria por alguns minutos e voltaria depois, ele aceitou as
responsabilidades.

Fiz um banho, vesti um calções jeans azul, uma camiseta preta, uma sapatilha
rasa, apliquei perfume, penteei meu cabelo, coloquei um colar de prata sobre
meu pescoço, levei meus pertences pessoais, celular lencinho, dinheiro entre
outros, aquele seria praticamente o nosso primeiro encontro "planeado", eu
não podia cometer nenhum tipo de bobagem.
Peguei no celular, Trooo! Trooo! Trooo! Era eu discando para o Número
dela, de outro lado da linha ouvi uma voz incrivelmente linda dizendo:
- Alo.
- Oi, já estou a sair de casa te encontro daqui a 15 minutos no local
combinado.
- Tudo bem, estou a tua espera aqui. Respondeu ela.
Assim que cheguei, avistei um conjunto de beleza concentrada numa só
pessoa, ela era inconfundível, me aproximei com meus olhos brilhando,
enquanto saltava um sorriso sedutor exibindo o branco claro dos meus
caninos.
- Ola Priscila, é um prazer encontrar-te pessoalmente.
Ela estava sentada, levantou-se deu-me dois beijinhos molhado na bochecha. E
disse:
- O prazer é todo meu, não sabes o quanto esperei por este momento.
Tua cara realmente não me é estranha. Mais deixemos isso do lado. Podemos

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ir? Vamos encontrá-los na próxima padaria, fica daqui a três quarteirões,
podemos ir andando.

Íamos caminhando jogando conversa fora enquanto nos aproximávamos do


local combinado, chegamos, conseguimos recuperar os documentos de
seguida ela deu uma gorjeta significativa em forma de agradecimento aos
rapazes que haviam achado seus pertences. Voltando pelo mesmo caminho
com a conversa super agradável íamos caminhando pelas ruas a passos de
tartaruga.
- Já já, estaremos em casa, o que vais fazer? Perguntei.
- Nada, porquê? Queres levar-me para um passeio, ela falou sorrindo.
- Soltei um sorriso correspondendo ao dela. Um grupinho de meus
amigos está projectando um filme na minha casa, se quiseres podemos nos
juntar a eles, minha casa fica daqui a uns cinco minutos de caminhada é bem
no fundo desta rua.
- hummm, vocês brincam bem, eu topo, vamos nos juntar a eles. Vai ser
bom conhecer teus amigos e tua casa.

Pronto, cinco minutos depois estávamos la, bati três vezes a porta Goh, Goh,
Goh depois abri, todos se viraram para nós, havia ali quase umas quinze
pessoas. Dava para ouvir o pessoal cochichando quem é ela, ela não estava na
lista, Como ela é linda. Calma pessoal não percam o foco depois do filme
vamos as apresentações. Sorriram e todos voltaram suas atenções para o
filme. Sentamos lado a lado eu e a Priscila, ela estava tímida, tudo aquilo era
novo para ela, a luz estava apagada para o melhor reflexo do projetor. Ela se
aproximou para bem juntinho de mim eu engoli a saliva, ela cochichou no meu
ouvido a temperatura do AC esta muito baixa, estou com frio, calma vou

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arrumar uma camisola para te, levantei e trouxe uma camisola para ela, ela
vestiu a camisola, assim me sinto mais confortável segurou minha mão
intercalando nossos dedos, aquilo era fantástico, nossa combinação parecia
branco no preto, o clima em que vivíamos parecia algo cultivado a muitos
anos, parecia coisas de filmes de romance interpretado pelos grandes autores
da Hollywood.
- Eu preciso urinar. Disse ela.
- Tudo bem te acompanho,
-chegado a porta do quarto de banho ela disse, o senhor fica por aqui,
falou sorrindo.
- Respondi: é claro que eu não entraria contigo.
- Tens certeza?
Aproximei-me dela dando um beijo simples, mas sincero. Então ela disse:
- Deixa entrar antes que urino sobre minhas pernas aqui. Ela falou rindo.

Trinta minutos depois, o filme terminou e a levei para casa em segurança,


chegado em frente do seu portão, ainda vestindo minha camisola… olhou para
mim sorrindo, abraçou-me e disse: esta camisola irá substituir-te esta noite.
Tudo bem, mas a camisola não fará nada comparado ao que eu faço, cochichei
no seu ouvido, dei-lhe um beijo na testa em forma de despedida, ela deu uns
passos em direcção a seu portão eu ia seguindo meu caminho quando a ouvi
dizer espera, ela veio até mim sorrindo beijou-me profundamente naquela
noite fria, a estrada estava deserta, só os morcegos e as corujas
testemunharam aquele lindo momento, as folhas das árvores se alegraram
curvando-se enumeras vezes diante de nós. De seguida entrou para sua casa
quase aos pulos balançando as mãos para frente e para trás ambas no mesmo
sentido enquanto segurava as pontas das mangas da camisola.

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Capitulo 4
Um banho de água gelada antes do sexo

Alguns poucos dias depois do último encontro, já era sexta-feira. Eu estava


com saudades dela, já não aguentava, precisava ver-lhe naquele momento. Me
lembro que ainda era inverno fazia muito frio naquela noite, já não havia
clientes na reprografia, peguei no celular disquei o número dela, de outro lado
da linha ouvi sua voz:
- Alo!
- Oi, tudo bem? Perguntei
- Tudo e contigo?
-Também estou bem. Posso ver-te agora? Já terminei todo meu serviço
aqui, e ainda é cedo. São ainda dezanove horas. Falei.
- Sim. Podemos ver-nos, estou na praça da juventude indo para casa,
chego dentro de trinta minutos.
- Tudo bem. Te espero na tua rua, bem frente do teu portão.
-ok.
Trinta minutos depois lá estava ela.

- Está muito frio aqui. Por favor entremos para minha casa.

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- Realmente está frio. Entremos.
Entramos, ela morava sozinha, a casa não era muito grande, mas para uma
pessoa havia até espaço de sobra. Tudo estava tão arrumado, elogie a beleza
de sua casa, o verde com uma mistura da cor cinza cobrindo suas paredes
tornava aquele lugar tão natural. Ela sorriu e agradeceu pelos elogios, de
seguida tirou uma garrafa de uísque na sua prateleira, trouxe mais dois copos,
e disse: que tal vamos nos divertirmos um pouco? Ela falou rindo. Demos o
primeiro "shot" juntos simultaneamente. A conversa foi rolando, riamos de
quase tudo a conversa estava divertida o uísque tornou-nos mais abertos e
sociais, ela estava fazendo jantar enquanto eu a ajudava com pequenas
tarefas, como, descascar batatas. Terminamos e nos colocamos a mesa para
jantar.
Aproximei-me dela, fixando meus olhos aos seus, ela ficou tímida, seus olhos
brilharam, seus lábios clamavam em silêncio para receber a visita dos meus, foi
então que aproximei-me mais, ela fechou seus olhos pronta para receber meu
beijo e assim o fiz, toquei seus lábios com os meus e num sentido giratório as
nossas línguas se envolveram misturando as nossas salivas, o beijo foi tão
suave e agradável. Arrancamos os casacos que cobriam nossos corpos, eles já
não eram úteis, o calor dos nossos corpos é que nos aquecia enquanto nos
esfregávamos um no outro. Depois, as demais vestes que estavam sobre nós
foram arrancadas num trabalho de duas pessoas como se fosse uma grande
tarefa, o clima foi ficando cada vez mais acelerado. Agora estávamos só da
roupa interior.
- Onde fica teu quarto? Perguntei em meio aos beijos.
- A esquerda no fundo do corredor.

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Fomos ate la tropeçando em vários objetos enquanto nos agarrávamos
loucamente. Chegamos, joguei-a sobre a cama, fui beijando-a lentamente
começando dos pés, passando para suas pernas, de um jeito sedutor passei
mordendo sua calcinha, subi mais um pouco para sua barriga fui beijando-a,
ela gemia suavemente, tirei seu sutiã chupando gostoso seus mamilos, ela
gemia, se esfregando sobre os lençóis respirando fundo. Então levei minha
mão para sua vagina manuseando num sentido giratório, ela gemia forte.
Segurei sua calcinha para tira-la dela. Ela não deixou, de uma forma
desconfortada ela disse. Para, isso não pode acontecer, afastou-se de mim
sentando no canto da cama e disse:
- Nós não podemos transar. Não é que eu não queira. Tem uma coisa
que não te contei e é importante que você saiba.
- Seja la o que for vais contar-me em outra oportunidade. Deixemos as
coisas acontecer, estou cheio de vontade para ter este momento contigo.
- Eu não quero iludir-te. Você precisa saber isso.
- Agora fiquei concentrado, meu pau que estava todo volumoso, perdeu
seu volume. O clima já não estava bom ai. Diga-me o que é querida?
- Eu sou comprometida. Eu tenho um namorado.

Este foi o banho de água gelada que me referi no início deste capítulo. Falei
comigo mesmo, eu só devo estar a pagar pelos pecados que cometi contra a
Leonilde.
Ela continuo:
- Eu ia contar-te mas, estava a espera de um momento oportuno, não
era para ser assim é que as coisas foram muito rápidas entre nós. No princípio
eu não pensei que ia apaixonar-me por te, julguei que seria só uma amizade e
nada mais, percebes? Mas as coisas estão saindo do controlo agora. Não

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passam sete dias desde que nos conhecemos pessoalmente e você já esta no
meu quarto quase sem roupa, sinceramente as coisas fugiram do meu
controlo.
Eu estava em um total silêncio processando aquela informação, sem saber o
que fazer eu estava perdidamente apaixonado por ela, o pouco que vivemos
foi suficiente para deixar-me escravo de um amor proibido. Mas sabia que ela
não devia-me satisfações da sua vida pois éramos apenas amigos até então.
Pedi que colocasse mais uísque no meu copo e assim ela fez.

- Com isso estas a dizer-me que tudo que vivemos foi uma ilusão?
Perguntei.
- Não, não foi uma ilusão. O que sentimos um pelo outro não é ilusão e
você sabe muito bem disso.
- Realmente. O que sinto por te é real. Eu estou perdidamente
apaixonado por te. Quais são teus planos com este relacionamento? Perguntei.
- Eu gosto de te, por mim vamos continuar assim como estamos. Ate eu
dar um jeito de terminar meu namoro. Já estou farta. É só uma questão de
tempo. Promete que vais ficar comigo.
- Eu estava planeando ter algo serio contigo, esta informação que me
deste esta deixando-me confuso, eu preciso de um tempo para pensar em
tudo isso.
- Você terá o tempo que precisar. Respondeu ela. Mas o facto de eu ter
namorado não significa que eu não gosto de te. Eu gosto de te, sinceramente
eu estou perdidamente apaixonada por te, se você me der mais algum tempo
eu me livrarei deste meu relacionamento, até porque é algo que está andando
do mal ao pior. Por favor diga-me que terás paciência enquanto eu resolvo
esta situação.

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- Tudo bem. Respondi. Você não precisa se pressionar em terminar o teu
relacionamento, faça isso se for da tua vontade e quando você achar que já é o
momento certo para o fazer.
-ok, obrigada pela compreensão. Respondeu ela. Agora vamos jantar.
- Perdi o apetite, fica para próxima. Agora preciso ir.

Capitulo 5
Uma noite de prazer

Aquilo acabou comigo, eu tentei disfarçar que estava tudo bem, que não me
atingiu tanto assim. Mas ela acabava de enfiar uma espada em mim. Levantei-
me, ela acompanhou-me ate a saída, olhei para o relógio, já era vinte e três
horas, despedimo-nos, ela abraçou-me forte. Sai sem saber o que fazer, se eu
fosse para casa sabia que não pegaria no sono, então não valeria nada.

Foi então que decide ir a boate para ver se aliviava o estresse. Fui a boate onde
passei maior parte do tempo após perder a Leonilde, lá foi onde eu pensei que
enterraria minhas dores. Logo que entrei avistei a Naty. Naty era a prostituta
que transava comigo sempre que eu fosse para la. Ela não era só uma
prostituta para mim, já éramos praticamente amigos, ela era gente boa.
- Oi, querido. Por onde andaste, senti tua falta. Disse ela.
- Andei meio ocupado, mas o bom filho sempre volta a casa e ca estou
eu, por favor me arrume o uísque mais forte que vocês tem ai.
- É para já meu gostosão.

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Ela saiu e foi em busca da bebida, minutos depois voltou com ela, sentamos no
sofá da boate enquanto bebíamos e conversávamos. O ambiente estava bom,
os Djs tocando bons ritmos, Eu já estava ficando bêbado, então comecei a ficar
mais solto, soltando grandes gargalhadas com a Naty, mas aquilo não estava
sendo suficiente. Foi então que aproximei-me no ouvido dela para facilitar a
audição por causa do barulho da música que interferia a comunicação e disse:
- Quer saber de uma coisa? Hoje eu quero transar até ejacular a última
gota de esperma que esta no meu organismo.
- Ela sorriu com o copo de uísque na mão. Só isso meu bem? Perguntou
ela.
- Não. Não é só isso. Respondi. Quero você e mais duas garotas de
programas para uma festa privada no meu apartamento, tome meu cartão
bancário, compre bebidas, pague as garotas, mas escolhe as melhores. Se
alguma das garotas consome drogas arrume para elas o que precisarem,
depois vamos ao meu apartamento.

Eu já estava bêbado. Para os que bebem sabem que beber enquanto sofreste
algum tipo de dor amorosa é o mesmo que se suicidar, porque você não irá
parar enquanto não estiver caído no chão não sabendo responder qual é o teu
nome.
- Nunca te vi deste jeito, hoje o bicho vai pegar. Deixa-me despachar isso
querido. Aguarde só cinco minutos. Era a Naty falando.

E assim a Naty fez, meia hora depois estávamos no meu apartamento, ligamos
a música a um som alto, apaguei as luzes normais e acendi as luzes negras
deixando a casa com clima de uma boate, tirei a roupa ficando só de boxa, as
prostitutas usavam poucas roupas em seu corpo exibindo suas partes mais

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sedutoras. Tudo estava girando na minha cabeça, uma das prostitutas
aproximou-me e disse:

Você quer transar feito um prisioneiro nesta noite?


- É tudo que eu quero amor, falei rindo muito bêbado.
- Se é o que você quer, coloca esta droga no teu copo, mistura com teu
uísque e beba.
- Que droga é esta?
- É um pequeno reforço, toma isso, teu pau estará duro feito uma pedra
durante toda esta madrugada.
- Aye? coloca todo este frasco. Hoje eu quero comer todas vocês.

Tomei a droga que elas me deram, então meu pau que já estava teso, se
tornou ainda mais teso, duro e muito rígido. Me envolvi aos beijos com uma
das prostitutas enquanto outra pôs-se de joelhos a altura do meu pénis
fazendo-me um broxe, chupando meu poderoso pau com todo seu
profissionalismo, tudo ia tao rápido, estávamos bêbados. Virei-me para Naty
que já estava toda nua cheirando cocaína no canto da sala e disse: você
acertou em cheio nestas garotas olha só este mulherão trabalhando meu pénis
com sua boca. Eu não consumia drogas, só as meninas estavam usando.

Peguei a Naty joguei-a no sofá, ela estava toda nua, me aproximei dela levando
minha língua aos seus órgãos íntimos e fui chupando gostoso seu clítoris,
fazendo um minete que só minha boca sabe fazer, ela gemia forte dizendo:
isso seu gostoso, continua, ai que boca deliciosa, eu ia contudo chupei aquela
boceta igual um vampiro sugando sua vítima, peguei no uísque bebia enquanto
a deixava louca de prazer, senti ela ficar descontrolada pelo alto nível de

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excitação, ela agarrou minha cabeça que estava entre suas pernas apertando
bem forte e suplicou, por favor enfia este teu pau em mim já não aguento
mais, as outras prostitutas iam se masturbando entre elas bebendo e fumando
maconha. Coloquei a Naty de quatro, entrei nela, enfiei todo meu pénis dentro
da sua vagina ela gemeu batendo sua bunda, como sinal de quem diz vai
devagar, eu não levei em consideração estava descontrolado, bêbado e
fudendo uma puta. Acelerei as minhas penetrações e ela gemia cada vez mais
alto. Isso enfia gostoso este caralho, isso, vai, mete, não diminua o ritmo,
acelera, contínua, por favor me faz gozar, já sinto o orgasmo descer mais
rápido por favor continua e assim eu a comia com força com meu super pau
possuído de um reforço extra até que seu orgasmo desceu feito uma
avalanche.
De seguida chamei uma das prostitutas, pegando-a pelo pescoço trouxe-a para
bem junto de mim e disse: quero comer teu cú esta noite, ela sorriu e disse o
cú esta incluso no pacote podes comer da forma que quiseres, ele é todo teu.
Então virei-a, colocando a ajoelhada de costa a mim. Peguei minha carteira
tirei o lubrificante e um preservativo, passei pelo seu ânus, e comecei a comer
violentamente aquele cú apertado, ela gemia muito alto pedindo para eu
parar, mas eu não parava quanto mais ela gritava mais excitado eu ficava. E foi
assim durante toda aquela noite. Muita música, sexo, bebida e drogas. Quando
paramos já era quase cinco horas da manhã.

A bebida e as drogas tomaram conta de nós até que apagamos por completo.
Quando despertei só estávamos eu e Naty em casa, as duas prostitutas já
haviam ido embora. A Naty ainda estava dormindo no sofá toda nua. Eu
levantei-me do chão com uma ressaca terrível olhei para o relógio já eram

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quinze horas, peguei no celular encontrei dez chamadas perdida da Priscila e
tantas SMS.
Fiz um banho, acordei a Naty, ela arrumou-se, nos despedimos e ela se foi.

Entrei em contacto com a Priscila.

- Oi, tudo bem? Desculpa por não ter respondido tuas chamadas e SMS,
estava longe do celular.
- Já são quinze horas, eu comecei a ligar-te as seis horas da manhã. Por
onde andaste?
- Tudo bem. Não vou mentir para te. Eu estava bêbado, assim que sai da
tua casa ontem anoite fui para um bar, bebi até não aguentar mais, passei toda
manhã dormindo, assim estou com a porah de uma ressaca terrível, os vómitos
já começaram surgir, as dores de cabeça também, não consigo fazer
absolutamente nada, nenhum tipo de comida desce a meu estomago. Odeio
sentir-me assim.
- kkkkkk. Ela sorriu. Acredite já estive no teu lugar. Venho ai te fazer
companhia. Dentro de quinze minutos estarei ai.

Quinze minutos depois ela chegou. Realmente estás péssimo. Disse ela. Deixa-
me preparar uma sopa para te, irá ajudar-te a recuperar e assim ela fez, apesar
de tudo ela era gente boa cuidou de mim durante aquele dia todo até que me
senti melhor. Já eram vinte e três horas quando despertei deitado em um sofá
sobre suas pernas, ela não quis dormir na minha casa e então voltou para sua,
levando mais uma das minhas camisolas. Assim que ela chegou colocamo-nos
a falar pelo vídeo chamada até a madrugada.

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Capítulo 6
Caderno de desabafo
Priscila
Olá prazer, meu nome é Priscila Semedo, sou filha mais nova de Fernando
Semedo e de Cristina Semedo, meus pais já são de idade avançada, tenho três
irmãs, pela sorte ou pelo azar meus pais não tiveram nenhum filho varão. Este
é meu caderno de desabafo é assim que o chamo, é aqui onde tiro tudo para
fora e coloco as minhas profundas dores no fundo deste poço, aiiiih!!! O que
seria de mim sem este poço de fundo branco com linhas azuis sobre ele, aqui
eu coloco as minhas dores, depois delas estarem bem no fundo do poço abro o
céu que esta em meu rosto e derramo chuvas de lágrimas sobre ele, afim de
certificar-me que as dores não sobrevivam a inundação. Normalmente eu
escrevo durante a calada da noite, quando o mais profundo do silêncio cai
sobre a terra e tudo que se ouve são só os gritos das corujas, o ruído das folhas
sopradas pelo vento e há quem diga que nas noites de lua cheia da para ouvir
passos de fantasmas. Em algum momento durante este tenebroso silêncio da
para ouvir o som das batidas do meu coração, ahhh como eu amo a
tranquilidade da madrugada, acredito que é o melhor momento para pensar
na vida, traçar planos, até mesmo dirigir uma oração aos céus.

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Querido caderno hoje eu quero falar de algo que está acontecendo, a poucos
meses atrás apareceu um homem na minha vida, ele é jovem, forte, lindo,
inteligente e muito carinhoso o nome dele é Alberty. De uma certa forma ele
conseguiu conquistar meu coração e agora eu estou perdidamente apaixonada
por ele. Mas de outro lado está o meu namorado, o Filipe, Homem honesto,
integro, humilde e muito simpático ele trata-me como se eu fosse um ovo em
suas mãos. Todas dizem que eu sou sortuda por estar com ele, algumas dizem
isso por ele ser rico, outras dizem porque realmente o conhecem e sabem que
ele tem realmente um coração enorme, o que eu concordo, aquele homem
tem um coração enorme, o muito dinheiro que ele tem não muda a sua
personalidade.
Há algum tempo atrás quando mudei-me para esta cidade onde daria
continuidade aos estudos, três meses depois meu pai o principal financiador da
minha formação adoeceu e entrou em coma não conseguindo trabalhar, desta
forma ele não teve como continuar a sustentar minha formação, eu me vi
obrigada a abandonar os estudos até que o Filipe, na altura só tínhamos dois
meses de namoro e hoje já temos dois anos. Ajudou-me, pagou todas minhas
despesas na instituição de ensino, alugou um apartamento para mim, sem
contar a mesada que ele me da para suprir outras pequenas despesas pessoais,
realmente ele é gente boa, é solteiro e só tem a mim em sua vida, digo só a
mim como namorada. Ele prometeu-me que nos casaríamos logo que eu
terminasse os estudos. Eu sinto uma pequena atracão por ele, mas não sinto
que seja algo suficiente para construir minha vida inteira ao lado dele, a não
ser que este sentimento venha desenvolver um dia.
Como farei para lhe explicar que estou apaixonado por outro homem, que
todo plano que traçamos juntos seriam anulados, que não teria mais nenhum
casamento, que tipo de mulher seria eu se fizesse isso? As vezes olho para ele

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e contemplo sua inocência e vejo que ele não merece isso. Muitas vezes já sai
de casa decidida a terminar o nosso relacionamento, mas sempre que o
encontro percebo que ele não merece sentir aquela dor, seria tamanha
decepção para aquele bom homem, que culpa tem ele se eu não me apaixono
por ele? Nenhuma culpa. O destino decidiu assim. Por um tempo eu acreditei
que nós é que fazemos o nosso destino, mas agora percebo que não funciona
bem assim.
De outro lado está o Alberty, eu mal o conheço, mas o que sinto por ele é
extremamente extravagante, verdadeiro e real. Ele meche com todos os meus
sentidos, em sua presença eu me sinto em paz e em segurança, ele é divertido,
louco… Ele se encaixa perfeitamente em mim, com ele aceitaria casar-me sem
pensar duas vezes. Mas eu me pergunto irá valer a pena largar o Filipe para ir
aventurar-me com alguém que mal o conheço? E pela minha dignidade eu não
posso ficar com dois homens. Algum dia eu terei que decidir com quem fico. Se
eu seguir os caminhos do meu coração certamente ficarei com o Alberty e
seremos felizes e se eu seguir a razão ficarei com o Filipe e talvez um dia eu
seja feliz. Querido caderno ajuda-me nesta situação, sinceramente não sei o
que faço.
Enquanto escrevia, meu celular começou a tocar, vi a chamada, era a minha
mãe, olhei para o relógio já eram quase duas horas da madrugada, falei comigo
mesmo o que será que ela quer a esta hora, peguei no celular e atendi
- Alo!
- Alo filha, desculpa pela hora, não aguentei esperar até amanhã para
contar-te isso.
- O que é mãe? Já são duas horas da madrugada. Falei.
- Estou aqui no hospital, seu pai saiu de coma.

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- Que noticia agradável mãe. Que Deus esteja com ele, que receba alta
logo.
No meio da conversa minha mãe perguntou sobre o Filipe.
-Teu namorado como esta, ele ligou-me a dias dizendo que andas um
pouco estranha.
- Ele esta bem. Estranha eu? Deve ser imaginação dele. Respondi.
- E quando a senhorita pretende trazer ele para a família? Amo aquele
meu genro.
- Próximo ano mãe, assim que eu terminar meus estudos.
- Juízo filha. Homens bons como o Filipe não se encontram duas vezes,
segura-o com duas mãos.
- Ta bom mãe. Boa noite, já esta tarde, deixa-me dormir.
-Durma bem filha. Bjs

Desliguei o celular, meu cérebro pôs-se a girar a velocidade da luz com aquela
conversa que tivemos sobre o Filipe. E agora, a minha mãe acredita que ele é o
homem certo para mim. Mas eu não sou tão feliz assim ao lado dele como as
pessoas pensam. Eu preciso de mais um tempo para processar esta
informação.

O Alberty esta perdidamente apaixonado por mim, brevemente ele irá


pressionar-me para eu escolher um lado. Esta situação vai explodir minha
cabeça. Eu preciso estar pronta para escolher um, tomara que eu faça a
escolha certa se não, viverei o resto dos meus dias arrependida.

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Agora eu tenho um namorado e um amante. Enrolada nestes pensamentos cai
no sono quando despertei já eram nove horas da manhã, alguém batia minha
porta como se fosse arromba-la, abri, era a Rita minha melhor amiga.
- Bom dia, dormindo até tarde, o que andaste aprontar durante a
madrugada? Disse ela.
- Nada de mais, só dormi tarde. Já faz muito tempo que não nos vemos
já estava com saudades tuas.
- Por isso eu vim visitar-te já que ultimamente nunca tens tempo para
visitar outros.
- Minha vida está uma bagunça, preciso concertar umas coisas logo logo,
eu terei um monte de tempo só para te. Falou a Priscila.

A conversa ia rolando, eu não sabia se contava a ela sobre o Alberty ou não,


acabei não contando, o tempo passou, ela se foi e voltei a ficar só no meu
apartamento.

Capitulo 7
A um passo da nossa primeira vez

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Após uma semana laboral super cansativa, finalmente chegou o final de
semana, já era sexta-feira quando peguei o celular e liguei para a Priscila.
- Oi, podemos nos ver amanhã? Para uma saída, um passeio ou um
jantar. Seja lá como for, só quero ter algo diferente amanhã. Perguntei.
- Sim, já estou com muitas saudades tuas, preciso mesmo ver-te. Para
onde vamos?
- Estou a pensar em jantarmos fora, depois passarmos a noite num hotel.
O que achas?
- A ideia parece boa, mas você conhece minha situação prefiro lugares
mais reservados.
- Tudo bem. Percebo. Vou arrumar um lugar reservado onde possamos
estar a vontade, longe de tudo e de todos.
- Me diga em que estas a pensar. Porque tuas opções por vezes são
muito aceleradas, ela falou rindo.
- Será uma surpresa.
- Para, eu não gosto de surpresas. Fala logo, estas a deixar-me curiosa,
posso não conseguir dormir esta noite.
- Calma amanhã já é sábado e vais saber, aposto que irás gostar.
- Tudo bem. Pelo menos me diga que horas iremos nos encontrar, já que
não vais dizer-me para onde vamos.
- Com certeza, dezanove horas. Para te esta bem?
- Sim está ótimo. Pode ser as dezanove horas mesmo. Que tipo de roupa
posso vestir? Só para não estar fora do padrão social.
- Não se preocupe, vista como se amanhã fosse teu último dia de vida,
coloque sua melhor roupa, roupa de gala. Acredite amanhã será um dos dias
mais felizes da tua vida.

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- Ela sorriu, o que estas a aprontar Sr Alberty? Ok, vou tomar conta do
recado. Prometo não perdoar na indumentária.

A conversar foi rolando ate que não houve mais assunto, enceramos a
chamada e nos recolhemos nas nossas camas.

Sábado oito horas, Trooo!!! Trooo!!! Trooo!!! Era eu ligando para o Walter.
Walter era um amigo que alugava seu apartamento gigantesco super luxuoso
que ficava no trigésimo sétimo andar em um dos prédios mais luxuosos da
cidade.
O apartamento tinha uma vista perfeita da cidade, durante o dia dava para ver
as pessoas correndo de um lado para outro, o tráfego dos caros, os belos
jardins na cidade até mesmo o grande oceano que banha a cidade, a visão era
fantástica. Durante a noite, os grandes luzeiros trazendo clareza a cidade, o
farol dos poucos caros que ainda giravam pelas ruas, tudo era perfeito, as luzes
dos navios no mar, sem falar dos sinalizadores, as três cores dos semáforos
faziam tão sentido a aquela vista. Isso sem falar da perfeita vista que o prédio
dava na parte traseira, era possível contemplar todo porto da cidade com
todos seus luminares.
O apartamento era composto por três suites com varandas e dois quartos
normais, duas salas uma de estar e uma de jantar, dois banheiros fora os das
suites, duas varandas também fora das que estavam na suite, uma cozinha
enorme que podia caber todo meu apartamento la e alguns outros cómodos a
casa tinha. O apartamento era feito de dois andares onde em baixo ficava a
sala e a cozinha e por cima os restantes cómodos.
Finalmente ele atendeu o celular.
- Alo.

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- Alo, como estas Walter? Perguntei.
- Esta tudo bem e ai irmão? Senti tua falta. Disse ele.
- Também sinto tua falta precisamos de um tempo para nos vermos. Mas
não é disso que quero falar agora.
- O que foi algum problema? Perguntou ele.
- Não, nenhum problema. Eu preciso de teu apartamento só para esta
noite pretendo organizar um jantar para a Priscila, aquela moça que te falei.
- Sim, lembro dela. Não há problema, podes vir. Fica a vontade
- Tudo bem. Depois acertamos os pagamentos.

Depois disso liguei para uma empresa de ornamentação, pedi que


ornamentassem a principal suite da casa, desde o banheiro ate a varanda, e
assim o fizeram, ornamentando com flores e tudo mais igual a cena dos filmes
de romance ilustrando ornamentações do dia dos namorados. Tudo estava
perfeito, mandei preparar sua comida favorita, ela amava um bom camarão.
Tudo já estava no ponto perfeito, o jantar foi servido na varanda, não tinha um
lugar melhor para passar a refeição ao lado dela. Aquela varanda nos traria não
só uma bela vista da cidade, teríamos também a brisa natural e podíamos
contemplar os pássaros cantando e sorrindo para nós.

Dezanove horas, meu celular chamou, desta vez não a música do Crhis Brow e
da Jordan Spark. Eu já havia mudado o meu toque de chamada para a música
"Naked" de James Arthur, apertei a tecla verde.
- Alo!
- Oi, já estou pronta. Disse ela.
Tudo bem passo a levar-te, os mecânicos já concertaram meu caro, dentro de
dez minutos chego ai.

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- Tudo bem, estou aguardando.

Vesti meu terno preto, com uma camisa branca, a gravata era preta, os sapatos
também pretos, o relógio era prateado, ajeitei meu cabelo, alinhei as barbas
que cobriam meu rosto, apliquei perfume. Peguei meus pertences pessoais, a
carteira, meu lencinho e mais algumas coisinhas. Preservativos e lubrificantes
já estavam na suite ornamentada, no apartamento do Walter. Por último levei
o presente que havia comprado para ela, era um anel de platina muito bonito.
Eu já estava pronto para sair de casa, levei as chaves do caro e fui ao encontro
dela.
Dezanove horas e vinte minutos eu já estava em frente do seu portão, ela
abriu o portão. Sinceramente ela estava excessivamente linda, vestia um
vestido vermelho aqueles de gala mesmo, com uma racha no seu lado
esquerdo que ia até sua perna bem próximo da cintura, exibindo assim suas
adoráveis pernas, seu cabelo e maquilhagem estavam perfeitos, suas sombra
celhas alinhadas eu nunca antes havia visto-lhe daquele jeito, acabou
ganhando mais alguns centímetros de altura por causa do sapato alto que
calçava, seu pescoço era coberto de um colar lindo com detalhes brilhantes
que pareciam diamantes, seus brincos também. Era tudo material de classe
social alta. Em suas mãos uma carteira minúscula de cor branca, o vestido era
extremamente justo acompanhando as adoráveis curvas do seu corpo,
moldando-a de tal forma que dava para acompanhar o trajecto da sua
pequena calcinha que deixava leves marcas no vestido. Suas unhas pintadas a
um preto tenebroso acompanhando a cor do batom que cobria seus lábios, o
cheiro do seu perfume era tão suave que mudou aquele ambiente num raio de
pelo menos trinta metros.

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Fiquei congelado quando a vi, minhas bochechas soltaram um sorriso, eu
estava maravilhado com sua beleza.
- Então, vais convidar-me para entrar ou não? Perguntou ela sorrindo.
Desci do caro muito rápido abri a porta do caro para que ela entrasse,
enquanto entrava ela passou bem perto de mim e disse olhando nos meus
olhos você fica perfeito de terno, falou ajeitando minha gravata.
-Obrigado. Respondi. Você está perfeita. Falei também com os olhos
fixos aos delas. Ela sorriu e entrou no caro.

Tranquei a porta. Dez minutos depois já estávamos na porta do elevador.


Entramos no elevador, marquei trigésimo sétimo andar, ela viu e disse:
- Vamos tão alto assim?
- Sim querida, vamos sim. Hoje eu quero colocar o mundo aos seus pés.
- Como você é romântico. Disse ela.

O elevador ia subindo, eu estava posicionado ao seu lado segurando sua


cintura com a mão direita, estava tudo perfeito. Chegamos, o elevador abriu,
fomos para o apartamento.
- Nossa, que apartamento lindo. Como conseguiste este lugar? Ela falou
admirada, o apartamento estava decorado de mobílias extremamente
luxuosas.
- Sorri e disse: por te eu consigo tudo. Mas isso não é nada, a verdadeira
surpresa ainda esta por vir. Feche seus olhos.

Com seus olhos fechados a conduzi bem devagar para a suite ornamentada,
chegado lá perguntei: estás pronta? Ela balançou a cabeça para cima e para
baixo querendo dizer sim. Ok abra os olhos. Ela abriu os olhos e se maravilhou,

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espantada levou suas mãos a boca. Virou-se para mim e abraçou-me como
nunca antes.
- Não precisava, foi tanta gentileza da sua parte. Disse ela. Este lugar
está fantástico, eu nunca estive em um lugar tão bonito, este quarto está
realmente incrível, estas ornamentações o vermelho das rosas combinando
perfeitamente com meu vestido, cada detalhe está tão incrível, a porta do
banheiro estava aberta dava para ver os incríveis detalhes lá ornamentados.
Muito emocionada sem querer ela disse. Obrigada meu amor.

Tudo parou naquele momento, ela chamou-me de amor, fiquei maravilhado,


foi a primeira vez que ela chamou-me assim.
- De nada. O melhor ainda está por vir, estás pronta?
- Ainda tem mais? Respondeu ela. Sinceramente eu não estou pronta
desta vez, minhas emoções já estão extremamente abaladas. É tanta coisa
para uma só pessoa. Obrigada por tudo querido.
- Feche seus olhos. Falei.
- De novo? Preciso fechar meus olhos? O que será que vem desta vez?
Por favor poupe meu coração.

Abri a cortina que dava acesso a varanda colocando-a na varanda ainda de


olhos fechados.
- A brisa aqui é tão boa, parece estarmos em um céu aberto.
- Podes abrir seus olhos.
- Ai meu Deus!!! Isso é uma varanda ou um Céu? Olha só esta vista amor
(mais uma vez ela chamou-me de amor), é tudo tão belo daqui. Porquê
demoraste tanto para apareceres na minha vida. Hoje posso dizer que sou a
mulher mais feliz deste mundo, ela falava muito emocionada.

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Convidei-a para mesa de jantar. Puxei a cadeira e ela sentou-se ajeitando seu
vestido.

Enquanto jantávamos, conversamos de muitas coisas alegres, não houve


espaço para tristeza nem brigas naquela noite, o jantar estava perfeito.
Servimos o jantar, peguei a garrafa de champanhe abri e brindamos dizendo
em coro: que o nosso amor nunca perca o seu brilho. Um dia daremos este
brinde no altar de uma igreja quando nos tornarmos casados. A conversa ia
rolando, nos apaixonávamos a cada segundo que passava, falávamos do
passado, do presente e do futuro.
- Estás pronta para mais uma surpresa? Perguntei
- Amor, ainda tem mais? Ela falou.
- Sim, a última surpresa. É um presente que tenho para te. Espero que
gostes.
Meti a mão no bolso, tirei o anel que comprei para ela. Abri a caixinha de
enfeite. Ela viu que era um anel de platina e pôs-se a chorar de emoção,
cobrindo a boca com a sua mão direita enquanto estendia sua mão esquerda
para que eu colocasse o anel sobre o seu dedo. Eu sorri fechei a caixa com o
anel lá dentro e disse:
- Não vais usar hoje este anel, só guarda contigo até a altura certa.
- Tudo bem. Muito obrigada, agora este é o meu maior tesouro. O
guardarei com sete chaves.
Ela recebeu o anel e o guardou. E continuamos com o jantar ao som da música
jazz do Morreira Chonguiça.

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Capitulo 8
A nossa primeira vez
Enquanto jantávamos ela puxou sua cadeira deixando de estar frente-frente
comigo passando a sentar-se ao meu lado, colocou sua cabeça no meu ombro
ficou alguns segundos em silêncio o ambiente ficou parado, puxei-a pelo
queixo beijando-a suavemente e ela correspondia perfeitamente ao meu beijo,
isso acontecia enquanto estávamos sentados, logo depois levantei-a
colocando-a na parede e íamos nos beijando de um jeito romântico, leve, doce
e suave. Fazendo com que nossas línguas se comunicasse a um idioma do
além. Senti minha calça ganhar um volume extra, era o meu pau ficando duro,
continuamos então em meio aos beijos ela arrancou meu casaco jogando-o no
chão, de seguida minha gravata, desbotou minha camisa que ainda estava sob
a calça, naquele momento parecia que éramos só nós em todo grande
universo, estávamos completamente desligados do mundo real. Minutos
depois minha camisa estava fora do meu corpo ficando só de calça e sapatos.
As minhas mãos iam dando um passeio por aquela paisagem natural, como o
vento sem um destino sopra para todas as direções, minhas mãos ia sobre ela,
descrevendo cuidadosamente suas perigosas curvas da morte. Ainda com o
vestido sobre seu corpo servindo de barreira entre meu corpo e dela eu ia
deslizando minhas mãos sobre ela ate que cheguei ao ponto mais alto da
montanha, sua bunda, que estava completamente lisa, a calcinha era quase
um fio-dental, aquele rabo era tão fofo, apertei-o ela suspirou excitadamente.
O passeio não terminou por ai, minhas mãos movidas como um vento foram
logo de encontro aos seus lindos, formosos e adoráveis peitos que estava em
forma sem o auxílio de uma sutiã, aqueles peitos me excitaram de um jeito

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maravilhoso. Me pus logo a chupa-los delicadamente, lambendo seus mamilos
enquanto a via tremer de prazer.
Depois pus-me a chupar o seu pescoço, e então sua respiração se tornou
audível, ela respirava alto como se houvesse falta de oxigénio naquele lugar,
mesmo estando na varanda de um apartamento que fica no trigésimo sétimo
andar.
Então comecei a ver seu lado animal se libertar, era a pantera que estava presa
no seu interior despertando, senti minhas costas sendo arranhadas, mas em
vez de dor eu sentia prazer com aqueles aranhões. Como uma vampira ela ia
fazendo-me um chupão no pescoço excessivamente excitante, enquanto suas
unhas iam arranhando minhas costas.
Não perdi mais tempo levantei seu vestido carregando-a com suas pernas
abraçando minha cintura, enquanto a colocava entre a parede e o meu peito,
agora com suas mãos atravessando meu pescoço uma de cada lado, ela me
beijava violentamente, a pantera já estava rompendo as ultimas correntes para
estar totalmente livre.
Levei minhas mãos ao encontro dos seus clitóris movendo no sentido horário,
então os gemidos começaram a se ouvir mais alto, ela respirava
simultaneamente pelas narinas e pela boca, eram efeitos colaterais da
excitação. Em meio a aquele clima, ela dizia: se continuares assim ainda vais
enlouquecer-me, estou cheia de prazer. Seus olhos viravam sei la para onde,
seus cabelos despenteados. Dependendo do conceito eu poderia dizer que ela
estava louca naquele momento.
- Por favor leve-me para o quarto. Disse ela.
Ainda em silêncio tomei-a em meus braços como quem carrega um bebe
recém-nascido, aquilo pareceu uma cena de Arnold Schwager saindo em meio
as chamas com o menino que salvaria o futuro. Mas naquele momento estava

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acontecendo o contrario, com ela em meus braços eu a levava para o quarto
onde tudo pegaria fogo, chegando no quarto com ela ainda sobre os meus
braços usei meu calcanhar para trancar a porta, joguei-a na cama que estava
toda ornamentada, ela levantou-se e disse que seja tu a arrancar este vestido
de mim, e assim o fiz, tirei devagarzinho aquele vestido de cima para baixo
contemplando aquele corpo perfeito que podia muito bem ser usado em uma
aula de geografia para descrever uma região montanhosa. Pronto, o vestido já
estava fora do corpo, ela ficou só de uma calcinha vermelha com alguns
detalhes de renda. Ela ia dando passos lentos para trás chupando seu dedo
indicador igual fazem as garotas nas boates quando se interessam por alguém.
Até que chegou na cama ficando de joelhos como uma pantera, chamava-me
com o seu dedo movendo-o para frente e para trás.
Em alguns segundos minha calca já estava fora de mim, ficando só de boxa
diante dela. Me aproximei, fui lentamente arrancando sua calcinha enquanto
ela estava deitada de costas na cama, o tesouro escondido estava prestes a se
revelar aos meus olhos, lentamente fui arrancando sua calcinha enquanto ela
fixava bem o seu olhar em mim, com sua calcinha fora, o tesouro agora já
estava a vista, meus olhos brilharam e o meu pau ficou muito mais duro do
que já estava. Fui passando minhas mãos sobre o seu clitóris, ela se contorcia
para as direções do vento, desarrumando a cama, puxando os lençóis,
esfregando suas pernas. Então enfiei um dedo na sua vagina, ela gemeu, enfiei
mais um, ela gemeu forte, então fui metendo e tirando meus dedos na sua
vagina e ela gemia forte a cada penetração dos meus dedos. Por favor fode-
me, enfia logo a droga deste caralho na minha vagina.
Abri suas pernas na posição de uma mulher que está dando parto, levei minha
língua ao seu clitóris, ela segurou forte minha cabeça que estava entre suas
pernas, foi algo parecido com um golpe dos lutadores da WWE. Ela implorava

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profundamente, que não parece. E eu a chupava como se aquela fosse minha
última noite de prazer. Ela não aguentando, precisava de algo que iria mais
fundo que uma língua, disse-me: por favor enfia logo a porah do pénis na
minha vagina, eu estou estupidamente excitada, me coma do jeito que
quiseres, eu só quero que me comas, me conceda este momento. Ela falava
quase aos gritos, a pantera que estava presa nela já estava completamente
livre.

Ela ainda deitada com suas pernas abertas na posição de uma mulher que esta
dando parto, posicionei-me em sua entrada, metendo meu pénis lentamente
na sua vagina, ela gemia forte abrindo a boca, agarrando os lençóis,
arranhando minhas costas, eu já estava dentro dela, então fui intensificando os
movimentos, sua vagina estava toda lubrificada criando muitos prazeres, senti
meu pau ficar mais duro a cada penetração que fazia, e assim foi, transamos
naquela posição com todo prazer, com suas pernas amarando minha cintura
senti que estava muito preste a ejacular e assim aconteceu ejaculei toda minha
merda dentro dela.
Me levantei, ela continuou deitada em silêncio, não disse nenhuma palavra.
Naquele momento eu contemplei a incrível potência masculina que havia em
mim.
Ela ainda deitada na cama, vesti a boxa e fui parar na varanda apreciando a
paisagem, os grandes luminares da cidade, sorrindo aquele foi meu momento
de glória, finalmente eu a conheci, demorou mas valeu a pena ela é muito mais
gostosa do que parece. Agora já rompemos os limites de intimidade que um
homem e uma mulher poderiam ter.

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Minutos depois parado na varanda tendo estes tipos de pensamento a vi
aparecendo na varanda surgindo em meio as cortinas que moviam-se pela
força do vento, ela estava completamente nua exibindo aquele corpo de
guitarra, seus seios tesos apontando tudo que estivesse em sua frente. Eu a
olhei sorrindo contemplando sua beleza, senti meu pau ganhando volume eu
estava ficando pronto para mais uma foda, ai mesmo na varanda ela
aproximou-se de mim falou bem baixinho no meu ouvido, quero chupar teu
pau. Eu sorri respondendo, ele é todo teu.
Então ela ajoelhou-se levando sua boca quente a altura do meu pénis, eu
segurava o corrimão da varanda enquanto a contemplava chupando o meu
pénis com sua adorável boca, cada vez que ela chupava, trazia grandes
arrepios sobre mim e eu segurava forte o corrimão, sua boca parecia mágica
pelo incrível prazer que me proporcionava, chegou um tempo que já não
aguentava, eu precisava de um lugar mais quente que aquela boca.

Ela disse você já mostrou o que sabe fazer e mostraste que és bom agora é
minha vez, por favor deite-se neste chão gelado porque ele esta prestes a ficar
quente, pegou na minha gravata que estava jogada no chão, amarou meus
braços no corrimão da varanda. De seguida sentou sua vagina sobre o meu pau
enterrando todo ele dentro dela, então começou a rebolar de um jeito mágico,
sua cintura se movia seguindo as direções do vento, me enlouquecendo de
prazer, suas mãos estavam sobre meu peito, enquanto ela trabalhava com sua
cintura e sua quente vagina derramando o liquido precioso sobre meu pau, ela
fodeu-me gostoso. Se retirou de mim, com os meus braços amarados ao
corrimão foi chupando o meu pau com sua mágica boca. Eu já não aguentava
era tanto prazer.
- Me solta, por favor. Pedi

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- Aye, o mocinho quer se vingar? Ela falou sorrindo.
- Se prepare. Eu vou levar-te para as nuvens agora.

De seguida ela soltou-me desamarrando minhas mãos. Posicionei-me a sua


trás colocando-a a posição dogstyle, naquela posição dava para ver
perfeitamente a incrível beleza da sua vagina, então fui metendo a cabeça do
meu pénis e tirando isso para a deixar irritada e excitada e funcionou
perfeitamente, minutos depois ela estava implorando enfia tudo, o máximo
que poderes e assim o fiz, fui penetrando nela com muita flexibilidade
mantendo o ritmo no nível certo quando a vi empurrar-me, se retirou de mim
muito rápido passando suas mãos no sentido giratório do seu clitóris com
muita flexibilidade então um rio nasceu dela, era orgasmo.
- Puta merda, Alberty isso é orgasmo? É a primeira vez que atinjo. Eu
nunca esquecerei esta noite, ela falava sentada encostando suas costas em
uma das paredes da varanda, respirando fundo em busca do fôlego que
perdeu.
-Fico feliz em saber. Este será o primeiro dos muitos orgasmos que
vamos atingir juntos.

Levanta-te, vamos, façamos um banho, estamos soados. Então ela se levantou


e fomos caminhando juntos ela na frente e eu ia seguindo, fomos até a
banheira que estava cheia de água. Bebendo champanhe fazíamos o nosso
banho, conversando, brincado e nos divertindo na banheira.

Saímos da banheira, fomos para a mesa de jantar na varanda, mas desta vez
não de grandes indumentarias sobre nossos corpos, eu estava só de roupa
interior e ela completamente nua. Sentados comíamos enquanto

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conversávamos na companhia da leve brisa que se fazia sentir. Quando
olhamos para o relógio já era quase duas horas de madrugada então decidimos
nos recolher e assim o fizemos. Nos recolhemos e dormimos feito pombinhos
naquela noite.

Capitulo 9
O rato com características humanas
Nove horas a Priscila despertou do profundo sono que teve, abriu a cortina, os
violentos raios solares inquietaram-me cortando meu sono, despertei
tentando evitar os raios com as mãos.
- Bom dia querido. Disse ela parada na grande janela misturando sua
beleza com o brilho do sol, produzindo assim uma grande paisagem natural
enfeitado pelo seu incrível sorriso inocente.
- Venha ver como está o dia, está lindo lá fora, está uma verdadeira
manhã de domingo, famílias indo a igreja, os pássaros cantando louvores, a
cidade menos agitada, gosto desta tranquilidade.

Aproximei-me dela, abraçando-a por trás, cruzando meus braços sobre sua
cintura. O dia estava realmente lindo as poucas nuvens que estavam no céu, o
forte brilho do sol, era tudo muito encantador.
- Querido já esta ficando tarde, precisamos voltar aos nossos aposentos.

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- Realmente está tarde falta um quarto de hora para o relógio marcar
dez. Façamos um banho e regressemos.

E assim o fizemos, liguei novamente para empresa de ornamentação, pedi para


que deixassem tudo em ordem. Depois de estarmos vestidos, descemos pelo
elevador, entramos no caro e a levei diretamente para casa.
-Pronto, chegamos. Falei.
- Assim o que vais fazer? Perguntou ela.
- Vou para casa, não tenho nada em mente, possivelmente irei ver um
filme.
- O que achas de passares o pequeno-almoço comigo depois podes
seguir para tua casa. Assim não terás o serviço de preparar o pequeno-almoço.
Por favor permita que tua doce companheira mostre-lhe o que sabe fazer com
suas mãos na cozinha.
Ela falava feliz, com um sorriso sedutor, não tive condições para recusar, eu
acabava de provar o veneno dela a poucas horas atrás, Além de mais, naquela
manhã eu acordei mais apaixonado por ela.
- Tudo bem. Conseguiste convencer-me. Vamos.

Entramos para a sua aconchegante casa, sentei-me na sala, liguei a TV e


acompanhava um programa de humor que dava nas manhãs de domingo. Ela
ia preparando o pequeno-almoço quando de repente ela ouviu som de motor
de um caro que lhe era familiar, era o caro do oficial namorado dela, o Filipe.
Ela saiu da cozinha muito apressada, abriu a cortina, espreitou e viu o seu
namorado estacionando seu caro fora do quintal bem atrás do meu. O Filipe já
havia recebido algumas fofocas sobre mim mas não foi nada que a Priscila não
pode cobrir com aquela cara inocente.

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Ela fechou a cortina, encostou suas costas a parede, trancou a porta com
chaves, virou-se para mim e disse:
- Alberty, por favor entra para o meu quarto e por favor não faça
nenhum tipo de barulho, coloca seu celular no modo vibrador, fica em total
silêncio se possível não respire o meu namorado está lá fora prestes a entrar
aqui, ficas quieto no meu quarto se me ouvires a tossir muito forte entenda
como um sinal que estarei dando-te para te esconderes. Por favor faça isso por
mim. Eu vou tentar despacha-lo o mais rápido possível.
- Ok, respondi.

De seguida entrei para o quarto estando em total silêncio, tudo que ouvia-se
naquele quarto não era nada mais que o profundo e tenebroso silêncio e as
fortes batidas do meu coração. Meu coração palpitava forte pelo que podia
acontecer se o Filipe descobrisse que havia um homem com a sua namorada.
Ainda por cima o homem dos rumores de que sua namorada lhe traia com ele.
As pessoas surtam quando descobrem que estão sendo traídas e único jeito de
evitar o pior era seguindo as instruções da Priscila.

Tindooo!!! Tindoooo!!! Era o som da campainha, mas a Priscila não atendia.


Então ouviu-se Umas tremendas batidas na porta Goh !!! Goh!!! Goh!!!
- Já vai. Respondeu a Priscila.
Ela abriu a porta. Ele, o Filipe, o namorado dela, deu alguns passos entrando na
casa e disse:
- Passei toda noite ligando e mandando mensagens para te, mas não me
respondeste em nenhum momento, que mal te fiz para merecer este castigo?
Amor esta tudo bem contigo? Já a uns dias que andas com estes defeitos,

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estou realmente muito preocupado contigo. Sinto que algo esta
transformando-te, não sei o que é, mas eu sofro cada minuto que somes sem
dizer nada, a cada chamada que não atendes e cada SMS que não respondes.
- Calma, esta tudo bem comigo. Não há motivos para estares
preocupado. Percebo tua situação, eu só andei meio ocupada estes dias,
tentando organizar-me porque no próximo mês meu estágio inicia. Eu preciso
deixar tudo pronto porque não terei mais tempo.
- Então diga-me, porquê não atendeste minhas chamadas na noite
passada? Perguntou o Filipe. Eu passei a noite em claro preocupado contigo.
- Sabe amor eu não vou mentir para te, e nem posso em algum
momento fazer isso. Eu vou dizer porquê não atendi suas chamadas. Mas por
favor não zangue comigo, eu admito passei dos limites.

Eu estava no quarto, mas dava para ouvir a conversa que eles estavam tendo.
Quando ela disse que precisava contar algo eu fiquei preocupado, que besteira
está ela prestes a fazer, quer mesmo ter está conversa agora na minha
presença? Me interrogava, então aproximei a porta para poder ouvir melhor.

- Diga-me querida, o que tens para me contar? Falou o Filipe.


- Na noite passada eu não atendi suas ligações porque eu estava
embriagada, sai com umas amigas, estávamos bebendo, não me controlei e a
bebida tomou conta de mim. Por isso não atendi suas chamadas. Eu mal sabia
onde estava meu celular, acabei apagando de tanto beber.
- Esta tudo bem querida, mas nas próximas vezes por favor avisa-me
quando tiveres planos de sair para beber nas noites.

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Filipe o namorado dela, não era uma pessoa de querer brigar, deu para
perceber pela paciência que ele teve, ele pareceu uma boa pessoa. A conversa
ficou normal eram só ladainhas até quando o ouvi dizer: amor Já faz tempo
que não transamos, o que achas de uma boa transa nesta manhã. Podemos
transar em todos cómodos desta casa como nos velhos tempos. Naquele
momento me deu vontade de sair daquele quarto e enfiar minhas mãos no seu
rosto, eu estava possesso de ciúmes, mas eu estava de mãos atadas por mais
que minha raiva, meu ciúme estivessem torturando-me, eu sabia que eu não
podia fazer aquilo, não por mim mas pela Priscila. Eu não queria meter-lhe em
problemas.
De repente na sala se fez um silêncio, fiquei preocupado porquê eles pararam
de conversar, o que esta acontecendo, de repente ouvi barulho de um objecto
caindo. Era eles se esfregando um no outro. Depois gargalhadas surgiram.
Minha mente me torturava querendo saber o que estava acontecer naquela
sala, porquê eles não falam? Quando finalmente ouvi a voz da Priscila.
- Para por favor!
- Porquê devo parar amor? Era o filipe
- Porque eu não estou afim. Estou mal disposta. A bebida que consumi
na noite passada foi forte estou com uma ressaca dos infernos, náuseas, dores
de cabeça. Sinceramente não vou conseguir encontrar prazer se transarmos e
se continuares agarrando-me posso vomitar em te, a ressaca está acabando
comigo.
- Oh, me desculpa querida. Sei bem como te sentes, após uma ressaca
destas todo mundo jura nunca mais beber. Mas na próxima oportunidade
vamos matar esta saudade. Se prepara porque vamos voltar aos velhos
tempos.
- Esta bem. Respondeu ela. Curto, grossa e fria.

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- O que fazias antes que eu chegasse? Perguntou ele.
- Estou preparando meu pequeno-almoço.
- Que bom. Conta comigo estou cheio de fome.
- Está bem querido, contarei contigo.
- Então, enquanto preparas. Por favor permita-me deitar na tua cama
preciso lembrar os velhos tempos em que a fazíamos estremecer. Ele falou
sorrindo. Além de mais preciso descansar um pouco passei a noite em claro
preocupado contigo.
- Não. Respondeu ela, muito assustada. No meu quarto não.
- Não, porquê querida? Estou exausto e não cabo neste teu sofá.
- Meu quarto está muito desarrumado, você não pode entrar lá naquelas
condições.
- Deixa de frescura mulher, já estive la em momentos piores. Quando
estiveste doente, lembras.
- É que, sei la, meu quarto hoje, talvez na próxima, minha cama, não a
janela. Ela estava ficando nervosa amarando-se em suas próprias palavras.

Naquele estado de nervosismo ela acabou dizendo o que não podia dizer: É
que no meu quarto entrou um Rato muito grande, ele é assustador, nas noites
caminha como gente e ele ainda está lá. Mas já contratei uma equipe para vir
elimina-lo, amanhã eles estarão aqui para fazer o serviço. Já a uma semana
que não durmo neste quarto por causa deste rato, o quarto está todo
empoeirado. Por favor não entre la, podes pegar uma gripe. Ela estava nervosa
tentando achar uma saída, mas em vez de achar a saída ela acabou assinando
sua sentença de morte com aquela história do Rato assustador.
- Você contratou uma equipe de profissionais para eliminar um rato? Ele
falou rindo. Vocês mulheres as vezes são tao inocentes e medrosas.

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Eu ainda estava no quarto ouvindo suas conversas.
Quando ouvi passos largos se movendo para longe da porta do quarto, meu
coração ficou aliviado, pensei que a Priscila havia finalmente convencido o
Filipe a não entrar no quarto. Na verdade o Filipe se movia para longe do
quarto sim. Ele ia a cozinha, arrancou o cabo da vassoura que estava por detrás
da porta e voltava com passos muito acelerados. Eu estava parvo la dentro não
conseguia perceber o que realmente estava acontecendo. Quando ouvi a Rosa:
- O que vais fazer com este cabo de vassoura?
- Eu não vou deixar que um rato tire a tranquilidade da minha rainha.
Fique sossegada amor, porque este rato morre hoje pelas minhas mãos. Farei
um picadinho dele. Depois jogarei seus restos mortais na lixeira para serem
comidos pelos gatos sem-abrigo.
A Priscila pôs-se na frente do filipe
- Não precisa amor, amanhã virá uma equipa profissional para resolver
está situação.

Quando de repetente sentiu-se um cheiro estranho, era algo queimando na


panela la na cozinha.
- O Filipe pôs-se a dizer: amor tua panela esta queimando na cozinha,
vamos perder o pequeno-almoço se continuares parada na minha frente.
Apreça-te a ir salvar nossa comida.

Agora, a situação estava extremamente complicada, a Priscila começou a suar.


Era o nervosismo sobre o que poderia acontecer se o Filipe descobrisse que ela
estava traindo-o na casa que ele mesmo paga o aluguer.

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A Priscila ficou em silêncio, mas o cérebro funcionava como uma máquina
industrial, tentando achar uma saída.
- Todo bem amor. Façamos tudo juntos hoje, como uma verdadeira
dupla de amor. Primeiro cuidemos do pequeno-almoço, depois vamos atrás
deste maldito rato e acabamos com ele.
- Tudo bem amor. Respondeu o Filipe. Está é a minha Priscila, como você
demorou para aparecer, onde estavas, ele falou brincando.

Prontos, ambos foram para cozinha tratar do pequeno-almoço o Filipe estava


em constante movimentos, não dava para ariscar sair as escondidas do quarto,
além de mais a porta do quarto produzia um ruído ao abrir.
Terminaram de preparar o pequeno-almoço.

- Amor, agora vamos na verdadeira batalha. Falou o Filipe.


- Primeiro, vamos nos servir, nenhum guerreiro vai a batalha de barriga
vazia. Disse ela.
- Não, eu só comerei e beberei após a morte deste rato. Se estas com
fome podes se alimentar, eu tomo conta do recado sozinho.

O Filipe não sabia e nem desconfiou do que realmente estava acontecendo.


Quando ouvi passos fortes se movendo na direção do quarto e com um pau de
vassoura em sua mão direita, ele ia pilando o chão, igual os guerreiros fazem
nos filmes de batalha. Desta vez a Priscila não estava em sua frente para
impedi-lo de entrar. Tudo o que ela fez foi tossir forte duas vezes. Este era o
sinal que combinamos, assim que eu a ouvisse tossir, eu tinha que me
esconder. Mas aonde eu me esconderia? O Filipe estava a procura de um rato,

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ele olharia até dentro das sapatilhas. Com certeza ele não levaria muito tempo
para achar-me la dentro.
A Priscila estava apavorada não podia ter um pior jeito para sua farsa ser
revelada, saiu para a cozinha, enquanto o Filipe organizava objectos para
impedir que o rato fugisse do quarto. Ele estava cerrando o campo de batalha,
o rato não podia sair vivo de la o que ele não sabia era que o rato que estava lá
dentro era igualzinho a ele. Tendo pernas, boca, mãos, cabeça e um pau bem
no meio das suas pernas.
Ouvi alguém abrindo a fechadura do quarto, meu coração disparou, o da
Priscila nem sei em que estado estaria naquele momento.

Quando recebi a SMS da Priscila: Por favor aguenta só uns minutinhos, tive
uma ideia. Eu não sabia o que ela estava pensando, que ideia ela teve.
Também não me restava mais nada além de confiar nela. Como um covarde
enfiei-me em baixo da cama quando vi os pés do Filipe bem em frente da
minha cara, igual as cenas dos filmes de terror. Ele já estava dentro do quarto.
Violentamente trancou a porta e acendeu a luz.
Começou sua busca pelas gavetas, não achando o rato, olhou pelas demais
esquinas do quarto e não teve sucesso, único lugar que lhe sobrava era ver
entre as sapatilhas por baixo da cama. E era exactamente ai onde o suposto
rato estava escondido. Ele dobrou seus joelhos para poder espreitar por baixo
da cama, inclinando devagarzinho sua cabeça quando de repente, ouviu-se
gritos vindo da cozinha: amor por favor me ajude, por favor amor, esta tudo
pegando fogo, amor apreça-te, esta queimando tudo. O Filipe encerou sua
busca de imediato saindo do quarto a velocidade da luz. Respirei fundo me
entregando totalmente ao alívio. A Priscila havia provocado um incêndio
propositado na cozinha. Assim o Filipe ficou ocupado apagando o fogo,

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enquanto ela veio tirar-me daquele quarto me despedido com um adorável
beijo logo que eu estive do lado de fora da casa.

Capitulo 10
Reflexões
A situação ficou calma, o Filipe controlou o incêndio, foi um trabalho duro mas
ele conseguiu. Cansado após o incidente, ele sentou-se na cadeira.
- O que causou este incêndio? Perguntou ele.
- Sei lá, eu estava meio tonta por causa desta ressaca, quando me
apercebi o fogo já estava alastrado. Talvez tenha sido o pano da panela que
pegou fogo e acabou se alastrando criando este incêndio.
- As coisas complicaram agora. Temos que arrumar tudo e calcular os
danos.
- Façamos isso amor. Respondeu ela.

E assim o fizeram, após o término da limpeza e os cálculos dos danos que não
era grande coisa. Os dois sentaram-se no sofá, muito exaustos. Então ele disse:
- O maldito rato ainda esta lá, eu não capturei-o ainda. Disse o Filipe.
- Deixaste a porta aberta quando vieste apagar o fogo, talvez o rato
tenha escapado. Deixemos isso para outro dia. Agora eu só quero deitar-me no
teu colo.

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Logo que sai da casa, entrei no meu caro e fui diretamente para meus
aposentos. Foram quase duas horas de muito suspense, tudo o que queria era
beber um uísque e dormir feito uma pedra que faz da montanha sua cama e
das folhas seu cobertor.
Naquela manhã eu percebi qual era meu verdadeiro lugar, a venda invisível
que estava sobre os meus olhos caiu, eu percebi que diante do Filipe eu
sempre seria um amante para ela, sempre o número dois que devia ceder
espaço assim que o verdadeiro se aproximasse. Foi difícil aceitar mas eu estava
extremamente apaixonado por ela e resolvi mesmo assim lutar pelo seu amor.
Apesar daquela situação eu a amava e não me afastaria dela, acreditei que um
dia ela seria só minha e não teria que a compartilhar com ninguém, então
voltei a pergunta de Mark Manson. "Pelo que estou sofrendo"? "Com que
propósito"? Será que vale a pena sofrer por amor dela? A resposta surgiu
naturalmente, sim vale a pena, um dia ela será só minha e de mais ninguém,
compraremos uma casa no campo onde vamos passar os finais de semana na
companhia da virgem natureza ouvindo a melodia dos pássaros coloridos. Eu
não vou desistir dela, só os fracos desistem, eu irei ate ao último combate
nesta batalha, o troféu será meu. Mas enquanto isso não acontece eu vou
acautelar-me e traçar estratégias de como a conquistar mais.

E assim foi acontecendo. Depois deste incidente tivemos mais alguns


encontros, onde transavamos feito loucos, nossa relação ia desenvolvendo dia
após dia, se não estivéssemos juntos passávamos horas falando pelo celular e
assim ia nossa vida em um romance lindo que não podia ser exibido além das
quatros paredes que serviam de carapuça para nós e venda para o resto do
mundo.

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Priscila
Uma conversa com Rita sua melhor amiga
- Rita, por favor assim que veres esta mensagem, peço para vires a
minha casa, preciso muito conversar, estou entupida, preciso aliviar-me de
tanto peso que tenho, mas como aliviar se não tenho alguém para receber um
pouco da carga que a em mim? Beijos.

Uma hora depois a Rita se fez presente.

- Rita querida, tudo bem? Já faz tempo que não nos víamos. Senti muito
tua falta. Disse a Priscila.
- Nem me digas querida, realmente andamos muito distante uma da
outra mas ca estamos nós. O que tens para me contar.
- Eu serei direta, já não aguento ficar com isso dentro de mim. É muita
informação para meu pobre cérebro, Preciso tirar para fora. Não recorri ao
meu caderno, ela já deve estar farto de ouvir-me sempre com a mesma
história. Desta vez achei por bem falar com alguém que dar-me-ia respostas.
Porque estou perdida.
- O que é? Desembucha logo, estas a deixar-me curiosa e preocupada.
Disse a Rita.
- Se eu te dissesse que tenho traído o Filipe já a uns bons meses o que
me dirias?
- Amiga, tens mesmo um amante e não me contaste nada?
- Desculpa amiga. Depois resolvemos esta parte de não contar-te. Agora
me ouça, por favor.
- Tudo bem. Continua. Respondeu a Rita.

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- Eu tenho um amante, estou perdidamente apaixonada por ele, estou
numa situação que só Deus sabe, ele me completa, a química entre nós é algo
natural parece que fomos feitos um para outro sabes como é nem? Mas do
outro lado está o Filipe, você já sabe as características dele nem vou
mencionar aqui. Eu gosto dele, mas a vibração com ele não é a mesma como a
minha relação com o Alberty. Ele faz de tudo para agradar-me mas
sinceramente eu não vejo graça nele como namorado, sinto aquela atracão por
ele, afinal ele é bonito, tem nível, carinhoso e bom de cama ela falou sorrindo.
Todo mundo vive apoiando o nosso namoro até minha mãe se simpatizou com
ele. Esta tudo uma verdadeira confusão. Por favor me ajuda.
- Na minha opinião seria burrice você deixar o Filipe querida. Vocês
formam um lindo casal, se esforça mais um pouco você ainda pode ama-lo ou
se calhar o amas mas ainda não percebeste isso. Se você gosta tanto assim
deste teu amante o Alberty porquê não consegues terminar com o Filipe? Isso
é porque sabes que não está tudo perdido entre você e o Filipe. O que preferes
teres um pássaro na mão ou teres dois sobrevoando no ar deste mundo com
tantos ramos onde eles podem pousar, se divertir e esquecer de te e nuca mais
regressarem? Pensa bem nisso.
- Gostei da questão, é por isso que ate hoje não terminei com o Filipe,
neste caso o Filipe seria o pássaro que esta nas minhas mãos, embora não sirva
para grandes refeições mas ele esta presente e já se pode ver o futuro ao seu
lado ou eu posso arriscar abrir mão do único pássaro que esta nas minhas
mãos, me posicionar para capturar dois pássaros que estão sobrevoando ao
meu redor e realizar um grande banquete.
- Quem te garante que irás capturar os pássaros que estão
sobrevoando? Amiga os homens se apaixonam fácil, hoje este teu amante
pode estar apaixonado por te, amanhã estar apaixonado por uma outra

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pessoa, tens que ter isso em mente. O que você prefere estar com alguém que
te ame embora não o ames ou amares alguém que não te ame?
- Com tuas palavras tudo esta ficando cada vez mais confuso, parece que
nunca sairei deste labirinto. Não prefiro nenhuma destas opções. Eu quero
amar alguém que me ame. Eu sinto que o Alberty e o Filipe ambos amam-me.
Mas eu gosto dos dois porem o estilo de vida do Alberty se completa mais ao
meu. Você precisa conhece-lo. Tenho a certeza que vais ama-lo também.

A conversa foi rolando a Priscila ia ouvindo os concelhos da Rita. Mas não


chegou em conclusão alguma. E a história foi continuando, ela com um pássaro
na mão e dois pássaros sobrevoando o ambiente a espera de espaço para
pousar nela. Mas os dois pássaros não tinham como pousar enquanto ela
segurasse outro pássaro com ela. Isso se parece com um dos capítulos da
economia "custo de oportunidade" é uma teoria que ensina a abrir mão de
um bem para posteriormente ganhar um bem maior que o bem
sacrificado.

Capitulo 11
A festa de aniversário com uma cena no banco de trás
Manhã de sexta-feira, o tempo ia passando rápido, nosso caso, meu e da
Priscila, nem sei ao certo se posso dizer o nosso "namoro" ia completar um ano
no sábado o dia seguinte, era o nosso aniversário que coincidia exatamente
com o aniversário do meu rival. Enquanto completávamos um ano de
"namoro" o Filipe completava mais um ano de vida.

Peguei no celular e envie uma mensagem para a Priscila.

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- Bom dia querida.
- Bom dia meu bem. Como dormiste?
- Tive uma noite tranquila. Acordei feliz por saber que amanhã o nosso
namoro completa um ano. Falei.
- É verdade já se passou um ano, olha como o tempo passou rápido. Este
foi meu melhor ano, vivemos tantas coisas juntos. Cada momento mais lindo
que outro.
- Pois é querida. Amanhã desejo leva-la para um jantar, onde iremos
comemorar o nosso aniversário.
- Um jantar? Amanhã?
- Sim, amanhã. Alusivo ao nosso aniversário. Acho que merecemos isso.

Priscila:
Puta merda, falei nos meus pensamentos, amanhã é o aniversário do Filipe, ele
dará uma festa em sua residência, todos estarão lá, até minhas amigas foram
convidadas, já esta tudo organizado para a festa, como me safo dessa agora.
Meus sogros matam-me se eu não for para lá. Como falo para o Alberty que
amanhã não estarei disponível porque estarei ao lado do Filipe meu namorado.
Meu cérebro funcionavam ao mais extremo de suas capacidades. Respirei
fundo, fiquei calma, direi a verdade para o Alberty espero que ele
compreenda.
- Querido é assim, o aniversário do nosso namoro coincide exatamente
com o aniversário do Filipe, amanhã ele dará uma festa, já está tudo
organizado, não tenho como não me fazer presente. Por favor tenta
compreender-me só mais uma vez. No domingo podemos ter o nosso jantar.
Eu prometo.

66
- Realmente estás em uma situação complicada. Tudo bem, eu
compreendo. Podes ir para a festa eu passo por lá para te dar um oi. Não posso
deixar que o dia de amanhã termine sem que a tenha visto nem que seja por
cinco minutinhos.
- Como assim? Por favor. Vamos evitar isso é arriscado de mais. Não
podes vir para ca. A Rita e algumas das minhas amigas estarão aqui e elas te
conhecem. Elas não podem ver-te. Por favor não venha.
- Fica calma querida, eu não entrarei para festa. Ficarei mesmo do lado
de fora tu viras ter comigo.
-ok. Mas por favor tome cuidado.

Chegou sábado o grande dia, todos convidados estavam chegando a festa, era
uma grande festa com muitos convidados. Crianças, adolescentes, adultos até
mesmo idosos. Familiares, amigos, colegas, vizinhos e tantas outras pessoas
que haviam sido convidadas. Todo mundo estava bem vestido.
A festa seria realizada no quintal do Filipe, era uma vivenda linda e enorme o
chão estava revestido de uma relva sintética com um verde-escuro em
algumas partes um verde-claro, estava tudo ornamentado ao mais alto estilo.
Com um pequeno salão onde as crianças iam brincando, saltando no pula-
pula.
Estava tudo pronto, o Filipe não tinha descido ainda para ser recebido pelos
convidados. A Priscila ia vagabundeando pelo quintal entretendo todo mundo,
seus sogros, suas cunhadas, e os convidados com o seu lindo sorriso. Ela estava
linda dentro de um vestido simples que terminava um pouco em baixo dos
joelhos, um sapato alto, um colar prateado sobre seu pescoço, brincos
pequenos brilhantes e um relógio sobre seu pulso. O cabelo penteado a um
estilo vaidoso. Enquanto aguardavam pela chegada do aniversariante.

67
Eu realmente precisa ver-lhe naquela noite. Sai de casa para a encontrar na
casa do Filipe, cheguei ficando do lado de fora, estacionei meu caro a uns
poucos metros da casa e liguei para ela.
- Oi, estou aqui fora, consegues sair por uns minutinhos?
-Sim, estou saindo. Respondeu ela.
Ela saiu do quintal falando ao telefone ainda, fechou o portão, logo ela avistou
o meu caro. Vinha na minha direção olhando para as quatros direções se
certificando que ninguém estivesse olhando. Então ela chegou abriu a porta do
caro que tinha os vidro fumado, entrou e foi logo me beijando violentamente,
e eu correspondi ao seu ardente beijo, estávamos com saudades.
- Feliz aniversário para nós amor. Disse ela.
- Oh sim, feliz aniversário. Que tenhamos muitos e mais anos juntos.

Continuamos nos beijando dentro do caro, então o volume das minhas calças
aumentou significativamente, era o meu pau, ficando teso. Enquanto nos
beijávamos, nos amaçando um no outro, Senti a pantera adormecida nela
despertando aos poucos, ela levantou seu vestido se masturbando sozinha.
Girando suas mãos sobre seu clítoris. De seguida senti suas mãos abrindo o
cinto das minhas calças, depois o zipe, e em um instante meu pau já estava
fora encontrando a felicidade que um preso encontra após ser libertado.
- Passemos para o banco de trás querida. A "mudança" do caro entre nós
incomoda-me. Disse eu.
- Aqui não, estamos muito próximo da festa, há muita gente circulando
por aqui, por favor vamos para o próximo quarteirão, lá ficaremos mais a
vontade.
- Tudo bem. Vamos.

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Liguei o motor do caro, então ela inclinou sua cabeça a altura do meu pau
chupando-o enquanto o caro estava em movimento, puta merda, que merda
gostosa você sabe fazer com a sua doce boca, abri o vidro do lado do motorista
senti a brisa natural roçando minha pele enquanto tirava minha mão pela
janela, igual faz-se quando se dirige com um cigarro aceso. Ela ia chupando
gostoso meu pau. Subindo e descendo, de vez enquanto manobrava sua língua
ao redor da cabeça do meu pénis. Nos aproximamos a um cruzamento com
semáforo precisávamos atravessa-lo para irmos ao próximo quarteirão. O
semáforo era frustrante eu detestava encontrar um semáforo fechado. Mas
desta vez foi diferente nunca antes me senti feliz por ter encontrado um
semáforo fechado. Parei o caro diante do semáforo. O caro parou mas ela não.
Continuava chupando-me de todas maneiras possíveis e eu desejei que aquele
semáforo nunca mais abrisse, mas infelizmente semáforo abriu e avançámos.

Pronto chegamos ao próximo quarteirão.


- Pare por baixo daquela árvore, no escuro só os fantasmas poderão nos
ver ainda bem que eles não falam com os vivos. Disse ela brincando.
Estacionei o caro. Por baixo daquela tenebrosa árvore, desci dei uma mijadinha
no pneu. Ela atravessou entre as cadeiras passando para o banco de trás. E lá
estávamos nós. Dei um jeito de coloca-la deitada naquele pequeno espaço,
abrindo suas pernas, levando uma das suas pata a pisar o vidro enquanto outra
estava sei lá aonde. Nem se quer tivemos tempo de tirar sua calcinha.
Posicionando a calcinha do lado da vagina ajoelhei-me colocando meu pau a
altura daquela entrada escorregadia. Meti todo meu pau de uma só vez, ela
gemeu forte, fui fodendo-a muito intensamente, enquanto ela gemia de
prazer. Fode seu gostoso, fode mais fundo, por favor acelera, esta merda é boa
de mais… Estas palavras saiam de sua boca de formas descontroladas.

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Então sentei-me sobre o banco do caro, colocando-a sentada sobre minhas
pernas, então ela mesma agarrou meu pau com suas próprias mãos enfiando
devagarzinho na sua boceta, enquanto gemia levemente. Segurando meu
pescoço com suas mãos jogou seu corpo para trás, me fodendo com muito
prazer, ela já estava descontrolada. O sexo estava bom, muito bom, num ritmo
acelerado, quando o celular dela pôs-se a chamar.
Por favor não atenda. Continua, estou quase ejaculando. Falei segurando sua
cintura enquanto ela subia e descia. E ela continuou rebolando com todo meu
pau enterrado nela até que uma avalanche de espermas saiu de mim
inundando-a.

Então o celular pôs-se a tocar novamente, era a Rita a melhor amiga da


Priscila. Desta vez ela atendeu o celular.
- Alo querida. Era a Priscila falando.
- Oi, já esta tudo pronto para iniciar a festa aqui, em cinco minutos o
Filipe vai se apresentar. Onde estas? Te procurei por todo lado não te
encontro.
- Já estou chegando amor, segura as cordas para mim ai, chegarei dentro
de cinco minutos.
- Apreça-te o mais rápido possível. O pessoal já está sentindo tua falta
aqui.

Ela desligou o celular. Virou-se para mim, Alberty por favor põe este caro a
máxima velocidade, perdemos a noção do tempo aqui. A festa já vai iniciar. Já
estão notando a minha ausência. E assim o fiz, conduzi rápido estávamos só a
dois minutos de distância para chegar a festa.

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Enquanto conduzia, ela ia se arrumando, ajeitando sua calcinha que estava
fora do lugar, arrumando seu cabelo…
- Pronto, chegamos. Falei.
-ok. Você fica me devendo uma foda gostosa. Quero que me pagues
amanhã. Falou ela sorrindo.
- Sem problemas. Corre logo, o pessoal deve estar preocupado contigo.
- Tachão nos vemos amanhã.
- Amanhã não. Ate já. Eu vou entrar na festa. Falei rindo.
-Alberty já falamos disso. Ninguém pode ver-te na festa. Não vais entrar
e ponto final não falemos mais disso.
- E quem disse que alguém me verá?
- Como achas que estarás lá sem que ninguém te veja? E passes pelos
seguranças sem convite?
- Ninguém? Não. Haverá uma pessoa que me verá. Só você irá ver-me
passeando entre toda aquela gente. Mais ninguém.
- Como assim? Aprendeu a andar nas sombras agora? Por acaso o senhor
virou um fantasma?
- Você está ficando atrasada. Eu levarei um boque de rosas vermelhas
até você ainda está noite naquela festa, no meio de toda aquela gente sem
que ninguém perceba. Então saberás que eu estou vagando no vosso meio
igual um fantasma andando nas sombras e só você terá olhos para mim.
- Tchau, meu fantasma. Pare com estás imaginações de fantasmas podes
sonhar mal. Ela falava brincando enquanto passava o seu dedinho sobre meu
nariz.
- Tchau ate já querida. Não esqueça, se vires um fantasma com um
boque de rosa nas mãos lembre-se que é o teu fantasma preferido.

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Então ela saiu do carro correndo, entrando para festa. O Filipe não tinha
aparecido ao público ainda. Ela dirigiu-se logo para o quarto de banho
reforçando o make-up, aplicando perfume e ficando pronta para estar no meio
das pessoas sem que ninguém desconfiasse do que aconteceu.

Capitulo 12
O Panda com a rosa vermelha
Com tudo pronto para iniciar a festa, anunciaram a entrada do aniversariante.
Então o Filipe apareceu, com umas roupas clássicas, ele estava muito bem
apresentado, assim que ele chegou a Priscila aproximou-se dele recebendo-o
com um beijo ardente e todos aplaudiam muito sorridente.
Assim que terminaram e os aplausos pararam o mestre-de-cerimónias
convidou-os à aproximarem a mesa do bolo para corta-lo.
- Por favor antes que cortemos o bolo gostaria de ouvir o discurso de
algumas pessoas que quiserem discursar nesta noite, porque sempre aprendo
muito com discursos nas datas do meu aniversário. Disse o Filipe.
E assim os convidados o fizeram. A última pessoa a discursar foi a Priscila, ela
fechou o discurso com a chave de ouro e todo mundo aplaudiu quando mais
uma vez eles beijavam-se feitos pombinhos.

A coisa mais sabia ou sortuda que eu fiz naquela noite foi não ter entrado para
festa naquele momento. Sinceramente eu não suportaria ver a "minha" garota
nos braços de outro e sendo aplaudido por todo mundo. Eu tinha inveja do
Filipe pelo facto de ele poder andar a luz do sol com ela e eu sempre ter que
andar nas sombras igual um vampiro. Eu me matava de raiva por saber que ele

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tinha uma maior percentagem que a minha, mas eu estava lutando por ela
acreditando que um dia tudo aquilo iria acabar. Já se passava um ano que lutei
dia e noite para a conquistar e eu consegui mas não havia alcançado minha
meta ainda. Apesar daquele tormento que sentia por não ser o oficial eu
estava feliz ao lado dela. As vezes parecia que o Filipe nem existia em nossas
vidas.
Depois disso estando já na mesa do bolo acenderam as velas e juntos de mãos
dadas iam cortando o bolo bem devagar enquanto os convidados cantavam a
música tradicional: parabéns para você!!!… nesta data querida!!! …. Os
fotógrafos fotografavam cada momento cobrindo-os com flashes das câmaras.

Eu realmente estava decidido a entrar na festa. Não porque queria festejar


com o Filipe. Eu queria estar perto da Priscila mesmo que tivesse que sofrer
serias crises de ciúmes. Foi quando contactei uma empresa de entretenimento
para festas, pedindo seus serviços:
-Alo boa noite. Preciso urgentemente de seus serviços. Preciso de dois
homens com uma fantasia que cubra dos pés a cabeça para entreter crianças
numa festa.
-Boa noite. Senhor, Boa parte das fantasias já estão ocupadas. As únicas
que ficaram aqui é a do Homem aranha e de um Panda. Qual preferes?
-Pode ser o Panda. Respondi. Tragam dois homens fantasiados e uma
fantasia extra para mim. E por favor mais três boques de flor, dois brancos e
um vermelho.
-Pode deixar senhor. Os teus pedidos chegam em 30 minutos.

Trinta minutos depois lá estavam eles dois homens vestidos de Panda com o
capacete gigante da cabeça do Panda nas mãos, e uma fantasia extra que seria

73
para mim. Deste jeito eu andaria por toda aquela gente sem que ninguém me
reconhecesse e nem desconfiasse que eu estivesse vagando por ai.
Peguei a fantasia vesti, distribui as rosas brancas para meus dois parceiros e a
vermelha ficando nas minhas mãos.
- O recado é seguinte, chegado lá vocês não precisam fazer nada mais
que entreter os convidados, especificamente as crianças, este será vosso
papel, nada mais que isso. Vocês entenderam-me?
- Ficou claro senhor, não se preocupe.

Levei-os para festa. Chegamos no portão e lá estavam os seguranças. Homens


fortes, todos vestidos de preto, auriculares com conexão bluetooth, cara
amarada que chegavam a meter medo. Por favor vocês fiquem quietos que eu
falo com os seguranças. Fantasiados de panda, aproximamos ao portão com
nossos capacetes da cabeça de Panda nas mãos, chegamos todos sorridentes.
- Boa noite senhores. O senhor Filipe, o aniversariante contratou-nos
com urgência para entreter os convidados com nossas fantasias.
- Mas porquê vocês não estão na lista?
- Acho melhor o senhor ir perguntar para ele. Porque ele ligou-nos a
uma hora atrás. Pedindo que o fizéssemos este favor. Nosso chefe é um amigo
dele então mandou-nos para fazermos o serviço. Mas em via das dúvidas
podes ir consulta-lo. Nós esperamos aqui.
- O senhor Filipe está cortando o bolo agora. Nenhum de nós ousaria
perturba-lo. Vocês podem entrar. Faz sentido vosso nome não estar na lista,
esta lista foi feita de manhã, se ele contratou-vos a uma hora atrás com
certeza vosso nome não constaria.
Apesar de serem todos grandões eram todos fáceis de enganar.

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Os seguranças abriram os portões. Vestimos o grande capacete da fantasia do
Panda. Ficando só a imagem de um Panda em nós. Esta era a maneira que eu
planei para estar na festa sem que ninguém percebesse, fantasiado dos pés a
cabeça com a fantasia do Panda cobrindo totalmente o meu corpo. Tudo o que
os convidados podiam ver seria um Panda gordo passeando no meio deles.

Assim que a Priscila terminou seu discurso veio a parte da fatia do bolo,
logicamente a primeira fatia foi para ela. Neste momento eu estava cruzando
os portões vestido a Panda com rosas vermelhas nas mãos acompanhado por
dois parceiros, eu ia andando no meio, deixando um a esquerda e outro a
direita. O mestre de cerimónia convidou os convidados a oferecer seus
presentes para o aniversariante. E então viu-se uma fila enorme de convidados
oferecendo presentes e parabenizado o Filipe.
Os Pandas não ficaram para trás, colocamo-nos na fila com as nossas rosas. Na
mesa em que se depositavam os presentes estava a Priscila, o Filipe e uma
sobrinha do Filipe muito esperta e inteligente com aproximadamente a uns
sete anos de idade. Então o primeiro panda foi e depositou o primeiro boque
nas mãos do Filipe. Deu lhe um abraço exagerado as pessoas sorriram. Depois
o segundo Panda depositou o segundo boque nas mãos da sobrinha, e a levou
para o céu brincando com ela, ela se maravilhou depois a devolveu para terra.
E lá veio o terceiro panda, o fantasma da festa com um boque de rosas
vermelhas depositou-os nas mãos da Priscila falando bem baixinho o fantasma
já esta ca entre os convidados. Ela logo percebeu que era o Alberty. Recebeu
as flores deixando-as sobre a mesa, sorriu e deu um forte abraço no Panda.

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Puta merda, que louco, ele realmente esta ca. Esta cabecinha só vive
aprontando. O que será que vai acontecer daqui para frente? Ela questionava-
se.
A festa foi seguindo. Comeu-se, bebeu-se, abriu-se a sala ao ritmo da música,
"my heart will go on" da Celin Dion. Os Panda iam fazendo seus serviços de
entreter os convidados, corriam, brincavam, dançavam divertidamente. A
Priscila sentada na mesa de honra sempre com os olhos fixos no seu Panda,
punha-se a pensar, desejando-o ardentemente.
O Filipe percebeu que ela estava gostando de olhar os pandas dando show.
- Quem contratou estes palhaços amor?
- Sei lá. Mas gostei da ideia, eles estão divertindo todo mundo.
- Realmente são excelentes profissionais.

A Priscila retirou-se da mesa para banheiro. Mas não o banheiro que os demais
convidados usariam. Ela entrou na casa, e foi a um banheiro particular. O
Alberty, o Panda das rosas vermelhas a observava milimetricamente. Quando
decidiu segui-la no banheiro.
A Priscila dentro do banheiro sentia alguém se aproximando. A casa estava
muito silenciosa todo mundo estava no pátio, comendo, bebendo e dançando.
- Quem esta ai?
- Sou eu. O fantasma.
Ela saiu apreçada muito irritada.
- Que merda queres me arranjar. Todos estão aqui ate meus sogros.
- Desculpa eu não consegui ficar longe de te, precisava toca-la.
- Eu também precisava toca-lo, beija-lo ate fode-lo e tudo mais. Mas
aqui é muito arriscado. Disse ela.
- Na vida tudo envolve riscos. Respondi.

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- Você não esta controlar tuas emoções. Mas quer saber de uma coisa?
Que se dane todo mundo me segue, vamos.

Então ela segurou minha mão arrastando-me para um quarto anexo que ficava
por trás da vivenda. Entramos para o quarto, tinha uma cama-solteiro, um
espelho, um armário do lado da janela, uma mesa e alguns objetos simples,
ninguém morava ai. Tirei a cabeça do Panda revelando meu rosto para ela, foi
então que ela agarrou minha cabeça puxando-me para um beijo gostoso.
Fomos nos agarrando, afastei as alças do seu vestido para fora do ombro,
então de uma só vez o vestido caiu todo para o chão. Ela ofereceu-me uma
paisagem linda naquele momento, sua calcinha tinha a cor do vinho, seu sutiã
também, então senti um incómodo por estar dentro do traje gigante do Panda.
- Me ajude a tirar esta fantasia, abra o zipe que está nas minhas costas.
E assim ela fez, abrindo o zipe, então me retirei do traz, me revelando
completamente para ela.
Agora semi nus, continuamos com os beijos entrelaçando nossas línguas em
todos sentidos, coloquei minhas mãos dentro da sua calcinha, brincando com
seu clítoris movendo minhas mãos num sentido giratório sua vagina já estava
molhada, deixando-a louca de prazer, enquanto a colocava entre a parede e o
meu peito, ela ia masturbando meu pau com suas mãos e nossas línguas se
envolviam aos mais profundo nível.
Violentamente ela empurrou-me para cama e vinha para cima de mim
andando como uma vampira, colocando um pé em frente do outro com aquele
olhar sex levando seu dedo indicador a boca. O clima ficou tenso, eu
contemplava sua beleza, ela se aproximou de mim arrancou minhas boxas,
atirando-a pelos ar, deixando-me completamente num deitado naquela cama.

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Deu uns passos para trás, virou-se de costas, abriu seu sutiã deixando-o cair
no chão, lentamente foi descendo sua calcinha inclinando sem dobrar os
joelhos mostrando-me sua saborosa vagina por parte de trás, então deu mais
uns passos chegando a parede foi fazendo uma dança ao estilo stripper. Eu não
pude conter-me, levantei-me, ela olhou para mim e com um simples gesto
movendo seus dedos ela disse: não levante-se, continua deitado. Quando ela
veio para cima de mim colocando sua boceta na minha boca e levando sua
boca ao meu pau. Fazendo assim o famoso estilo sessenta e nove.
Simultaneamente fomos nos chupando gostoso. Cada vez que eu aumentava o
ritmo chupando sua vagina assim também ela fazia chupando meu pau.
Empurrei-a tirando-a de cima de mim, abri suas pernas pendurando-as sobre
meus ombros fui passando meu pau sobre sua vagina lentamente, lubrificando
a cabeça do pénis com o seu liquido que estava todo saindo para fora. Então
fui penetrando lentamente na sua vagina. Naquela posição, ela deitada de
costas, agarrava os lençóis muito forte, então acelerei os meus movimentos
transando violentamente com ela. O sexo foi acontecendo em todas posições
possíveis até que ambos nos entregamos ao orgasmo no mesmo momento.

- Afinal por onde anda a Priscila. Era o Filipe perguntando para a mãe.
- Eu a vi por aqui há pouco tempo. Deve estar em algum canto tentando
descansar, não se preocupe já já ela aparecerá.

Depois do sexo íamos vestindo nossas roupas conversando e rindo. A janela


estava aberta mas não nos importamos ela havia garantido que ninguém tinha
o hábito de chegar por aqueles lugares, quase ninguém ia por lá a meses, se
não os empregados quando quisessem fazer limpeza. Mas para o nosso azar

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naquele dia foi diferente. Alguém chegou até aquela área e nos viu naquele
quarto.

Capitulo 13
O princípio do fim

Era a Jade, sobrinha do Filipe, estava vagando por aquela área escura
silenciosa. Sei lá o que uma criança de sete anos estaria fazendo sozinha
naquela tenebrosa escuridão. A janela estava aberta, a luz acesa, quem
estivesse do lado de fora podia perfeitamente enxergar quem estivesse por
dentro e o contrário quem estivesse por dentro não enxergava nada na
escuridão que cobria a área por fora. Eu já tinha colocado o traje até a altura
da cintura deixando o resto do meu corpo descoberto, a espera de uma
mãozinha para fechar o zipe do traje. A Priscila estava só de calcinha fechando
seu sutiã.

A menina saiu de lá correndo até onde estava seu tio. Nenhum de nós
percebeu que estávamos sendo observados. Lá chegou ela quase sem fôlego
de tanto correr.
- Tio Filipe….!!! Tio Filipe …..!!! Você precisa vir agora comigo. O Panda
mau sequestrou a princesa, a tia Priscila. Está prestes a engoli-la, ele já abriu
sua barriga, vamos logo tio. Você precisa salva-la do Panda mau.

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O Filipe estava numa roda de amigos colocando o papo em dia enquanto bebia
champanhe.
- Tudo bem meu amor. Deixa só terminar aqui. Depois vamos salvar a
princesa, o tio está um pouco ocupado agora.

Ele julgou que a sobrinha só estava querendo brincar que tudo aquilo foi só
uma história para brincarem pelo jardim. Então ele a ignorava, mas ela estava
insistindo de uma forma irritante. Foi então que o Filipe decidiu ir com ela para
a caverna do Panda mau, onde salvaria a princesa. Ele não fazia a mínima ideia
do que ia achar lá.
- Tudo bem amor, vamos juntos salvar a princesa. Ele falou igual aos
desenhos animados.

A carregou, colocou-a sobre seus ombros e iam juntos na direção da caverna


do Panda mau onde encontraria a Priscila e o Alberty seu amante,
comemorando seu aniversário de namoro.
- Tio espera. Esquecemos a moeda de troca. Precisamos levar uma
oferenda para o Panda mau libertar a princesa.
- Eu tenho dinheiro no meu bolso. Vamos pagar o resgate querida.
- Não tio. Os Pandas não aceitam dinheiro por causa de sua cultura.
Precisamos levar uma oferenda comestível, uma comida para ele.

Enquanto tudo aquilo acontecia os amigos do Filipe punham-se a rir em


grandes gargalhadas. Dizendo: é isso ai Tio Filipe. Vá salvar a princesa.

- Que tal este pequeno bolo? Achas que o Panda mau vai aceitar?

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- Sim este bolo está ótimo tio, acende a vela estará mais lindo.

E assim o Filipe fez.

De seguida iam marchando para a caverna do Panda mau que ficava por trás
da vivenda. Alberty e a Priscila estavam distraídos, vestindo. Sem imaginar o
que lhes estava vindo. A Priscila nem havia vestido direito ainda, estava
ajudando o Alberty com zipe. Quando de repente ouviram voz de uma criança
dizendo:
- É por ai. A caverna do Panda mau fica logo ai, aprecemo-nos.
- Esta bem querida. Já estamos chegando vamos resgatar a princesa e
dar um fora daqui.

Puta merda, é o Filipe e a Jadi sua sobrinha. Parece que ela está trazendo ele
para ca. O que será que ela viu, será que ela nos viu transando e foi contar
tudo para o Filipe? Meu Deus, a Priscila estava ficando nervosa, andava de um
lado para outro a passos rápidos, estamos sem saída Alberty pensa rápido em
algo que nos safe desta. O Filipe ia se aproximando muito rápido ao quarto.
Hoje a verdade ou a mentira seja lá como for será descoberta. A Priscila falava
muito nervosa. Não conseguia pensar direito. Então eu assumi o comando.

- Façamos o seguinte, não tem muito tempo que você comeu. A comida
no teu estômago não está completamente digerida. Basta dois dedos enfiados
ao fundo da tua garganta que toda comida sairá em um grande vómito.
Se ele quiser saber como viemos parar aqui diga o seguinte: estavas a passar
mal, com este mau estar decidiste se retirar da festa para não tirar-lhe a
tranquilidade, ficando sozinha neste tenebroso silêncio por trás da vivenda. Eu

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ia em busca de um objeto para entreter as crianças com algumas brincadeiras.
Foi então que vi-te passando mal e resolvi ajudar-te, mas você não quis
aparecer no meio de toda gente passando mal para não deixar ninguém
preocupado, foi então que decidiste que eu a levasse para este quarto. Onde
poderias descansar por um tempinho. Você entendeu?
- Ela respondeu acenando a cabeça para cima e para baixo.
- Eu vou ouvindo o som de suas pisadas quando eles estiverem bem
próximos. Ao meu sinal enfias o teu dedo na garganta e poe tudo para fora.
- Tudo bem. Respondeu ela.

O Filipe e Jadi aproximavam-se da porta, logo que senti a fechadura ser aberta,
coloquei meu capacete de Panda, cobrindo totalmente o meu corpo. Dei sinal
para a Priscila vomitar e assim ela fez justamente quando o Filipe estava
entrando no quarto. E foi assim que aconteceu, ela vomitou logo que o filipe
cruzou a porta.
- Amor o que se passa? Falou o Filipe muito preocupado.
- Estou mal. Muito mal amor. Eu não sei ao certo o que tenho mas minha
barriga esta mordendo muito, alguma comida não caiu-me bem. Eu preciso
descansar. Mas não quero que ninguém lá na festa me veja neste estado.
- Você sabe que pode contar comigo seja na doença ou na saúde, porquê
não me avisaste que estavas passando mal?
- Hoje é teu aniversário amor. Não queria estragar o teu dia. Olha como
estás preocupado agora.

Enquanto eles iam conversando eu e a Jadi estávamos num canto. A Jadi ainda
no seu mundo animado entregou-me o bolo em forma de uma oferenda para
libertar a princesa. Com o Filipe preocupado com a Priscila. Eu retirei-me dai,

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passando por meio de toda gente na festa com o bolo em minhas mãos com a
vela acesa. Saindo da festa igual um fantasma que podia ser visto pelo amor de
sua vida e por uma criança especial.

Capitulo 14
O peso da consciência
Depois de um tempo a Priscila disse: já me sento melhor. Então o Filipe a tirou
daquele lugar subindo com ela para seu quarto onde planeava ter uma noite
de prazer, aquela era sua noite, era seu aniversário, ela estaria sendo cruel se
inventasse histórias para não se envolver com ele. E foi assim que ela deixou o
Filipe entrar nela, e ela fingia estar gostando. Quanto mais ela fingia mais o
Filipe entrava nela e foi assim durante toda aquela noite.

Dia seguinte
Ela acordou chorando nos braços do Filipe. Enquanto ele dormia, ela arrumou-
se, deixou um bilhete se despedindo, dizendo: tenho algo urgente para tratar,
preciso mesmo voltar para casa. Manda um forte abraço para seus familiares,
gostaria de ter ficado mais e passar o pequeno-almoço convosco mas preciso
mesmo ir. Se der tempo voltarei mais logo. Beijos. No fim assinado, Priscila.

Ela voltou para casa, ligou para a Rita sua melhor amiga chorando
profundamente.
- O que foi querida porquê choras tanto, como se lhe tivessem tirado
tudo na vida. Falou a Rita.

83
- E não me tiraram tudo? Respondeu a Priscila.
- O que poderiam ter tirado? Você tem tudo aos seus pés.
- Tiraram de mim minha integridade como mulher.
- Como assim, do que estas a falar? O que aconteceu?
- Eu virei uma vadia que transa com dois homens no mesmo dia. Como
fui capaz de transar com dois homens no mesmo dia. Eu estou sentindo-me
um lixo, nunca pensei que esta história chegaria a este nível, que tipo de
mulher faz sexo com vários homens ao dia? Você sabe? Eu sei, só vadias fazem
sexo com vários. Eu já não aguento esta vida falsa que tenho levado, as vezes
tenho sido tão falsa que chego a ter medo de mim mesma. Eu não estou
enganando só o Filipe, eu estou enganando todo mundo que acredita em nós.
Ela falava em meio as lágrimas, a dor do desprezo vinda dela mesma estava
acabando com ela.
- Você sabe que não é bem assim querida. Só foi um momento de
fraqueza. Falou a Rita tentando motiva-la.
- Minha integridade como mulher acaba de ser enterrada. Eu já não sei
mais o que fazer.
- Sabe amiga eu vou dizer-te a verdade, esta tua história esta indo longe
de mais. Você precisa se decidir com quem irá ficar, precisas escolher um
deles. Disse a Rita.
- E com quem achas que devo ficar? Eu estou perdida.
- Eu não posso escolher por te. Mas na minha opinião devias ficar com o
Filipe. Mas a decisão é sua. Pense bem querida.
- Obrigado por tudo. Assim que eu estiver melhor. Vou pensar nisso. Foi
bom ouvir-te, obrigada querida. Beijos
- De nada, você sabe que sempre podes contar comigo.

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Era manhã de domingo eu estava no supermercado fazendo compras quando
avistei um rosto familiar. Era a Odete, a prima da Leonilde, aquela que causou
a destruição do meu noivada.
Empurrei minha carinha me aproximando dela. Ela estava distraída
escolhendo produtos, entre os produtos fraldas descartáveis, leite para criança
e tantas outras coisas tinha em sua carinha.
- Ola Odete, como estas?
Ela virou-se para mim, logo que me viu, ficou meio assustada.
- Ola. Estou bem e você como esta?
- Eu também estou bem.
- Eu estou morrendo de vergonha, pensei que nunca mais iria ver-te.
-Acho que precisamos conversar. Tem uma lanchonete ai fora é um lugar
perfeito.
- Tudo bem. Vamos.

E assim o fizemos, fomos para uma lanchonete bem próxima, ficava mesmo no
recinto do supermercado.
- Ca estamos nós. Disse ela. Antes de mais nada, eu quero pedir-te
desculpas pelos transtornos que causei na sua vida. Fiquei sabendo da terrível
desgraça que aconteceu depois que a Leonilde encontrou-nos.
- Realmente uma terrível desgraça me veio, provocando danos
irreparáveis ate hoje. Não há de que se desculpar, eu sou adulto e sabia o que
estava fazendo.
- Obrigada, por ser tão gentil comigo eu pensei que me odiarias para
sempre. Mas como esta sua vida hoje?
- Está tudo normalizando. E tua? já tens alguém?
- Sim. Estou casada. Tive um bebe a seis meses atrás. E você?

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- Não, ainda não. Namorando só. Me fala da Leonilde tens notícias dela?
- Sim tenho. Ela mora na europa com actual marido já tem um filho
juntos.
- Se poderes passe o meu contacto para ela, diga para ela entrar em
contacto comigo assim que poder.
- Tudo bem.
A conversa foi rolando. Colocávamos o papo em dia na maior passividade
possível, sem brigas e sem seduções como da última vez. Ela parecia mais
madura talvez tenha sido o poder de ser mãe a transformando.

Enquanto conversávamos entrou uma mensagem no meu celular. Era a


Priscila.
- Oi, Preciso muito conversar contigo.
- Tudo bem querida. Aconteceu algo?
- Não se preocupe. O problema é comigo, irá te afetar sim, mas vai ficar
tudo bem. Me encontra as vinte horas no primeiro andar do restaurante que
fica a beira da praia onde a Rita deu seu corte de bolo. Por favor seja pontual.
- Tudo bem. Até lá. Beijos

Fiquei assustado, com medo, fiquei gelado, deu para sentir seriedade nas suas
palavras. Então despedi a Odete e fui seguindo meu caminho muito pensativo.

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Capitulo 15
O fim
Vinte horas, lá estava eu, entrei no restaurante, subi para o primeiro andar
quando a avistei, ela estava sentada na varanda do restaurante, sentamos em
frente ao mar, tendo uma vista linda da escuridão do oceano. Ela estava linda.
Me aproximei, vi seu rosto apagado, nenhum sorriso havia nela, ela estava
triste, melancólica, deprimida e não havia dito nenhuma palavra. Percebi logo
que havia algo errado. Fiquei gelado ainda, eu já estava tendo pressentimentos
do que estava prestes a acontecer. Arrastei minhas mãos pela mesa indo de
encontro a dela tocando-a levemente com carinho.
- Como estás querida?
Ela respondeu acenando a cabeça para cima e para baixo sem dizer nada
ainda.
- Tens certeza que esta tudo bem mesmo? Você não parece bem.
- É assim Alberty, eu não pretendo tomar muito do seu tempo. Eu não
estou bem, não estou nada bem. Eu gosto muito de te, muito mesmo, nem
imaginas o quanto, mas esta nossa relação está levando-me a fazer coisas que
eu já mais imaginei fazer algum dia na minha vida, esta vida dupla não é para
mim, eu estou cansada de ser falsa para as pessoas, estou cansada de fingir ser
o que não sou, estou cansada de receber elogios que não mereço, estou
cansada de ter que gerir duas relações, estou cansada de mentir dia e noite
produzindo mentiras que terão que ser sustentadas por outras mentiras, estou
cansada de andar na sombra, chega. Se o amor é isso então prefiro não amar.
Eu gosto muito de te mas …

Seus olhos ficaram vermelhos e então rios de lágrimas nasceram deles, no


silêncio da varanda em que estávamos insolado de todo mundo. O choro era

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profundo, as lágrimas corriam pelo seu rosto igual água das montanhas sobre
as rochas, nunca antes havia a visto naquele estado. Ao lhe ver chorar daquele
jeito, todo meu orgulho masculino se rendeu caindo por terra, lágrimas
surgiram nos meus olhos, por mais que eu quisesse conte-las não consegui.
Juntos chorávamos sem dizer nenhuma palavra era só lágrimas criando
enormes rios em nossos rostos.

- Ela continuou: Alberty eu gosto muito de te mas, até quando eu levarei


este estilo de vida. Ontem transei com dois homens, num só dia. Você sabe o
que é isso, eu já não aguento mais. Não é que eu não queira ficar contigo. Eu
só não estou pronta ainda para deixar o Filipe. Me desculpa Alberty.

Neste momento eu sumi daquele lugar, meu corpo estava lá sentando


derramando rios de lágrimas, mas a minha alma, o meu espírito, meus
pensamentos não estavam ai. Tudo o que sentia não era nada mais que o
carinho da brisa do mar beijando minha pele. Eu já não ouvia o que ela dizia se
não os movimentos do seus lábios aparecendo em uma imagem desfocada.
Tudo parou naquele momento, senti flechas e lanças vindo em forma de
palavras acabando comigo, atravessando meu peito a sangue frio. Cada vez
que saia uma palavra da sua boca era mais uma flechada me atingindo.

- Ainda em silêncio escutando-a, ela falava: com isso eu quero terminar


o nosso namoro, enquanto eu não largar o Filipe. Nós nunca mais nos veremos.
Não será fácil, mas deve ser assim. Por favor se possível apague meu número,
eu quero estar completamente distanciada de te sem nenhum tipo de
contacto. Eu não vou aguentar encontrar-te e não me jogar nos teus braços,

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por isso em nenhuma ocasião iremos nos encontrar. Você não imagina o
quanto está sendo difícil dizer-te estas palavras.

Depois destas palavras ela continuou chorando, eu senti que o choro dela era
sincero. Mas do que adiantava ela gostar de mim se estava escolhendo outro
homem. Em meio as lágrimas abri minha boca:
- Eu desejo-lhe fazer uma única pergunta. Porquê eu e não o Filipe se
dizes gostar tanto de mim?

Não dando-me nenhuma resposta, levantou-se, abriu sua bolsa, tirou o anel
que eu havia lhe oferecido de presente na noite que tivemos a nossa primeira
vez e deixou sobre a mesa. Sem ter dito mais nenhuma palavra ela retirou-se
chorando e foi se embora sem olhar para trás.

Trinta minutos depois, peguei no anel e sai do restaurante. Não estando em


condições para dirigir, fui caminhando em direcção a casa. Mas eu sabia que o
sono na seria fácil de pegar. Desta vez eu não fui a uma boate para afogar
minhas dores com bebidas e vadias. Sem destino fui caminhando lentamente
quando vi uma igreja com as portas aberta, entrei nela, sentei-me no último
banco insolado de todo mundo havia uma reunião em vídeo-conferência do
pastor Marcos Feliciano, ele dizia:
- Amados irmãos, a vida ela é igual as quatro estações do ano. Verão,
outono, primavera e o inverno. Cada um de nós passará por todas estás
estacões em tempos diferente.

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Neste momento alguns estão vindo o verão das suas vidas. Estão alegres em
festa, sorridentes, diversão para ca e para la, cantando pulando dia e noite, o
sol está brilhando sobre sua vida…

Outros estão no outono de suas vidas, estão perdendo o brilho, a beleza que
outra hora todo mundo admirava começa a murchar aos poucos, a vaga de
emprego que praticamente já estava vencida num sopro tudo para e o
telefonema nunca mais entra. O relacionamento que todo mundo admirava
começa a ficar sem brilho…

Outros estão vivendo a primavera, tudo está perfeitamente colorido, tudo é


novo em sua vida, uma chuva de novidades cai sobre seus caminhos dia e
noite, um novo emprego, um novo caro, uma nova casa, tudo vai dando fruto,
casamento marcado e tantas outras novidades…

Mas é muito triste saber que muitos estão entrando pelo caminho do inverno,
estão tendo que buscar água nas profundezas dos lençóis, estão sucumbindo,
já não suportam nada, sua vida está um caos, já não sabem se vale a pena
continuar vivendo, tudo que toca congela, tudo que faz dá errado, parece que
o sofrimento foi feito só para si. Vê todo mundo se dando bem, sorrindo, feliz
enquanto ela sofre exageradamente igual chinelo de um mendigo, tudo mundo
na família se casa só você não consegue arrumar um parceiro. …

Mas a bênção que o senhor quer deixar nesta noite é que tudo funciona em
um circulo. Hoje você está vivendo o inverno da sua vida mas, amanhã virá o
verão e você voltará a sorrir. Todo mundo vai sofrer um dia, tanto o impio
como o justo, todos debaixo do sol estamos sujeito ao sofrimento a diferença

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não é em sofrer e não sofrer. A diferença é em como passar pelo momento de
sofrimento?
É preciso estar preparado para os momentos maus na vida. Alguns entram
pelo caminho de inverno e nunca mais saem de lá porque não tinham
estruturas fortes o suficiente para suportar os momentos de crise. Entregue
sua vida a Deus ele vai mudar sua estrutura. Ele não vai arrancar o sofrimento
da sua vida, em nenhum momento Ele fará isso. Ele vai preparar-te para
quando vier o sofrimento, quando chegar o inverno, quando chegar aqueles
momentos que da vontade de morrer. Você estará preparado com estruturas
suficientes para enfrentar de peito aberto, dizendo é só um momento de dor,
logo isso irá passar. E no final você sairá vitorioso, sorrindo entrando no verão
da sua vida. Calma é só um momento de dor.

Enquanto o pastor pregava, rios de lágrimas rasgaram meu rosto. Tendo mil
flashbacks por segundo de cada momento lindo que passei ao lado da Priscila.
Tudo estava desmoronando. Aquele era o inverno da minha vida, naquele
momento eu sofri. Mas segundo o pastor aquele era só um momento de dor,
prestes a passar.

Foi então que senti a presença de uma moça linda, jovem, vestida de uma
forma reservada muito atraente. Sentou-se ao meu lado no banco da igreja
com a cabeça direcionada para frente, sem olhar-me, disse: seja o que
estiveres passando Deus manda-me dizer que o teu sofrimento está chegando
ao fim. Uma nova história revestida de grandes momentos de glórias está a
caminho. E lembre-se a glória da segunda casa será maior que a da primeira.

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De seguida, levantei-me, olhei para ela e retirei-me da igreja. Fui vagando
pelas ruas da cidade durante toda aquela noite, regando as ervas daninhas
com lágrimas que brotavam dos meus olhos.

Fim

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Fim
Volume 2
Brevemente.

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