Pim III Ambev

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UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP

CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS


GERENCIAIS

PROJETOS INTEGRADOS MULTIDISCIPLINARES


PIM III

AMBEV

POLO JAGUARIÚNA – SP
2012
UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP

CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS


GERENCIAIS

PROJETOS INTEGRADOS MULTIDISCIPLINARES


PIM III

AMBEV

NOME: RODRIGO FRAISLEBEN PEREIRA


RA: 1200215
NOME: CAMILA APARECIDA MORETTI
RA: 1231603
CURSO: PROCESSOS GERENCIAIS
SEMESTRE: 2º
ORIENTADOR: PROF. MAURO TRUBBIANELLI

ORIENTADORA: PROF. ANDREA MAROTTI

POLO JAGUARIÚNA – SP

2012
UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP

CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS


GERENCIAIS

PROJETOS INTEGRADOS MULTIDISCIPLINARES


PIM III

AMBEV

NOME: RODRIGO FRAISLEBEN PEREIRA


RA: 1200215
NOME: CAMILA APARECIDA MORETTI
RA: 1231603
CURSO: PROCESSOS GERENCIAIS
SEMESTRE: 2º
ORIENTADOR: PROF. MAURO TRUBBIANELLI

ORIENTADORA: PROF. ANDREA MAROTTI

POLO JAGUARIÚNA – SP

2012
RESUMO

O trabalho de pesquisa para o PIM III (Projeto Multidisciplinar ) teve como


foco principal o estudo financeiro da Companhia de Bebidas das Américas – AMBEV
no 1° semestre de 2018.

A pesquisa abordará as disciplinas de Contabilidade, Fundamentos


da Gestão Financeira e Estatística, seus conceitos e aplicações na empresa.

Sua reconhecida excelência em gestão gera retorno aos


acionistas e garante atuação sustentável. No primeiro semestre de 2018,
atingiu a receita líquida de R$ 2,516 bilhões, um crescimento de 14,4%
em relação ao 3 primeiro meses de 2017.

O maior patrimônio da Ambev, no entanto, é a sua gente. A companhia


investe de modo contínuo no desenvolvimento de seus funcionários -
aproximadamente 35 mil funcionários (ao final de 2017) no Brasil e em mais 13
países.
ABSTRACT

The research work for PIM III (Multidisciplinary Project) had as its main
focus the financial study of Companhia de Bebidas das Américas - AMBEV in
the first half of 2018.

The research will cover the disciplines of Accounting, Fundamentals of


Financial Management and Statistics, its concepts and applications in the
company.

Its recognized excellence in management generates returns to


shareholders and guarantees sustainable performance. In the first half of 2018,
it reached net revenue of R $ 2.516 billion, an increase of 14.4% compared to
the first 3 months of 2017.

Ambev's biggest asset, however, is its people. The company invests


continuously in the development of its employees - approximately 35 thousand
employees (by the end of 2017) in Brazil and in 13 other countries.
SUMÁRIO

1.0 - INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................01

2.0 – CONTABILIDADE.....................................................................................................................................................03

2.1 – CONCEITO.........................................................................................................................................................................03

2.2 – FUNÇÕES............................................................................................................................................................................04

2.3 – A ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL...................................................05

2.4 – O PATRIMÔNIO: BENS, DIREITOS E DEVERES......................................................05

2.5 – ATIVO.........................................................................................................................................................................................05

2.5.1 – CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO ATIVO.................................................................06

2.6 - PASSIVO.................................................................................................................................................................................07

2.6.1 – CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO.......................................................08

2.7 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO...................................................................................................................................08

2.7.1 – CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO...........09

2.8 – BALANÇO PATRIMONIAL.........................................................................................................................09

2.9 – REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO............10

3.0 – CONTABILIDADE APLICADA NA EMPRESA...............................................................10

3.1 – ATIVO, PASSIVO E BALANÇO PATRIMONIAL DA AMBEV (GRÁFICOS) 11

3.2 – RECEITA E LUCRO LÍQUIDO...............................................................................................................12

3.3 – INVESTIMENTOS DA AMBEV EM 2011 E 2012..........................................................13

4.0 – FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA.................................................................14


4.1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................. 14

4.2 – OS CONCEITOS DE GESTÃO, ANÁLISE E FUNÇÃO FINANCEIRA.............15

4.2.1 – A FUNÇÃO FINANCEIRA.............................................................................. 15

4.2.2 – OS CONCEITOS DE GESTÃO, ANÁLISE E FUNÇÃO FINANCEIRA..........16

4.2.3 – PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA.................................18

4.2.4 – O GESTOR FINANCEIRO............................................................................. 20

4.2.5 – ANÁLISE FINANCEIRA.................................................................................. 21

4.2.6 – AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA ANÁLISE FINANCEIRA.............................. 21

4.3 – O EFEITO TESOURA....................................................................................... 22

4.4 – EBITDA: INDICADOR IMPORTANTE PARA O INVESTIDOR.........................22

4.5 – AMBEV: BONS NÚMEROS NO 2º TRIMESTRE.............................................. 23

5.0 – ESTATÍSTICA................................................................................................... 26

5.1 – CONCEITO........................................................................................................ 26

5.2 – POPULAÇÃO.................................................................................................... 26

5.3 – AMOSTRA......................................................................................................... 27

5.4 – VARIÁVEL......................................................................................................... 27

5.4.1 – VARIÁVEL QUALITATIVA.............................................................................. 27

5.4.2 – VARIÁVEL QUANTITATIVA........................................................................... 28

5.5 – MÉDIA, MODA E MEDIANA.............................................................................. 28

5.5.1 – MÉDIA............................................................................................................ 28

5.5.2 – MODA............................................................................................................. 28
5.5.3 – MEDIANA.......................................................................................................................................................................29

5.6 – ESTATÍSTICA APLICADA NA EMPRESA...........................................................................29

6.0 – CONCLUSÃO.................................................................................................................................................................34

7.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................35


01

1.0 – INTRODUÇÃO

Vista da Fabrica da Ambev em Jaguaríúna (SP) - Foto Marcelo Brandt -G1

A apresentação deste projeto tem a finalidade de integrar os


conhecimentos teóricos adquiridos nas aulas interativas com os conhecimentos
práticos até agora adquiridos, coletando dados de uma empresa real.
A fusão da Companhia Antarctica Paulista e da Companhia Cervejaria
Brahma anunciada em 1º de julho de 1999 para a criação da AmBev - Companhia de
Bebidas das Américas só foi aprovada em 30 de Março de 2000 pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Já de início a AmBev foi considerada a
quinta maior empresa de bebidas do mundo, além de ser a maior da América Latina.
A fusão dessas duas grandes empresas de bebidas, a Brahma e a Antarctica, foi
considerada um marco histórico no mercado brasileiro. Apesar disso, os órgãos
reguladores do governo só aprovaram essa fusão com a condição de que algumas
medidas deveriam ser tomadas. A marca Bavária deveria ser vendida, assim como
cinco fábricas, cada uma em uma região do país. A AmBev também não poderia
fechar nenhuma fábrica até o ano de 2004, sem oferecê-la ao mercado antes.
02

Também deveria ser feitos programas de treinamento e recolocação


de trabalhadores que perderam emprego em razão da fusão. Criada com o
intuito de ser uma autêntica multinacional brasileira a AmBev conseguiu
consolidar sua posição de destaque e mantém operações em 14 países das
Américas, a partir de cinco unidades de negócio: Cerveja Brasil, a maior
operação, com aproximadamente 70% do mercado; RefrigeNanc Brasil, com
refrigerantes, bebidas não alcoólicas e não carbonatadas; Quinsa (Argentina,
Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai); Hila-ex (Equador, Guatemala, Nicarágua,
El Salvador, Peru, República Dominicana e Venezuela) e Canadá.
Individualmente a Ambev é quarta maior cervejaria do mundo e
líder do mercado latino-americano, produzindo e comercializando
cervejas, refrigerantes e bebidas não carbonadas.
Os seus produtos são distribuídos em aproximadamente dois milhões de
pontos de venda, metade deles no Brasil. Tem no portfólio as principais marcas
do mercado, entre elas as cervejas Antarctica, Brahma, Bohemia, Budweiser,
Quilmes e Skol - a quarta mais consumida no mundo. São os maiores
engarrafadores da PepsiCo fora dos Estados Unidos. Tem a marca líder do
mercado brasileiro no segmento guaraná, o Guaraná Antarctica, e lançam
inovações como H2OH!, Fusion e Antarctica Citrus.
03

2.0 – CONTABILIDADE

2.1 - CONCEITO

A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando


representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua
interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a tomada
de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa.

É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos


ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração
expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações
sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza econômica.

COLOCAR ALGUMA DEFINIÇÃO SOBRE CONTABILIDADE..


04

2.2 - FUNÇÕES
As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar,
demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da
atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico.

- Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser


representados em valor monetário;
- Organizar: um sistema de controle adequado à empresa;
- Demonstrar: com base nos registros realizados, expor
periodicamente por meio de demonstrativos, a situação
econômica, patrimonial e financeira da empresa;
- Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a
finalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa;
- Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa,
prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem
recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas.

Desde os seus primórdios que a finalidade básica da


Contabilidade tem sido o acompanhamento das atividades realizadas
pelas pessoas, no sentido indispensável de controlar o
comportamento de seus patrimônios, na função fundamental da
produção e comparação dos resultados obtidos entre períodos
estabelecidos.

A contabilidade faz o registro metódico e ordenado dos negócios


realizados e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Ela deve identificar
classificar e anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de alguma
forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Com esta
acumulação de dados, convenientemente classificados, a Contabilidade procura
apresentar de forma ordenada, o histórico das atividades da empresa, a
interpretação dos resultados, e através de relatórios produzirem as informações
que se fizerem precisas para o atendimento das diferentes necessidades.
05

As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da


administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto a Contabilidade
é o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade sócio-econômica.

- Controle: a administração através das informações contábeis, via


relatórios pode certificar-se na medida do possível, de que a organização
está agindo em conformidade com os planos e políticas determinados.
- Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se refere ao
estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os
planos orçamentários, são de grande utilidade no planejamento empresarial,
ou seja, no processo de decisão sobre que curso de ação deverá ser tomado
para o futuro.

2.3 – A ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL


2.4 – O PATRIMÔNIO: BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES

O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos,


denominada ativo, e de uma parte com valores negativos denominada
passivo. O ativo é formado pelos bens e direitos e o passivo pelas
obrigações. O excesso do ativo sobre o passivo é o capital, conhecido como
patrimônio líquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre
o total do ativo e o do passivo, resultando na equação patrimonial.

2.5 - ATIVO: Representa a parte dos valores positivos do patrimônio,


tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros.
Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade.

Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumas


características especiais, tais como: devem apresentar a potencialidade
de gerar benefícios econômicos para a entidade, devem ser um recurso
econômico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma
entidade contábil e devem ser mensuráveis monetariamente.
Assim, todo o elemento ativo que não seja mais útil à entidade
e, portanto tenha perdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa, não
deve ser classificado como um elemento ativo. Existem entidades que
apresentam de 10 a 15% do seu ativo totalmente obsoleto, não tendo
nenhuma utilidade, devendo ser excluído do patrimônio.
2.5.1 - CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO ATIVO

De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por


ações (S.A.), as contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente
do grau de liquidez (capacidade de pagamento), enquanto as contas do
passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades.

Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que


é um instrumento contábil que indica em um determinado momento a
situação financeira, econômica e patrimonial de uma entidade e no
qual as contas são classificadas nos seguintes grupos:

Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em
dinheiro, no prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos:
disponível, realizável em curto prazo, estoques e despesas antecipadas.
Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas
contas de caixa, bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações
no mercado aberto. Ex: caixa, bancos e fundo de aplicação financeira.

Realizável a Curto Prazo : alocam os direitos a receber no prazo de até 12


(doze) meses. Ex: impostos a recuperar, duplicatas a receber ou
clientes, (-) duplicatas descontadas, (-) provisão para devedores
duvidosos. Estas duas últimas contas representam contas retificadoras
da conta duplicatas a receber ou clientes e são classificadas no ativo,
tendo saldos credores, por isso são demonstradas com o sinal (-).

Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo


com a atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em
elaboração, matérias-primas e mercadorias.
07

Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente


que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício
seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão


recebidos após o término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses.
Ex: duplicatas a receber (+12 meses), aluguéis a receber e contas a receber.

Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com


a Lei nº 6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos à
acionistas, empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc...

Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a


entidade alcance seus objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos,
imobilizado e diferido.

Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por


finalidade o objetivo principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel,
terrenos para expansão, ações em outras empresas, participação em
empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras de arte.

Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens


instrumentais que servem de meios para que a entidade alcance seus
objetivos. Os bens materiais sofrem depreciação, os bens imateriais sofrem
amortização e os terrenos sofrem exaustão. Ex: veículos, máquinas e
equipamentos, imóveis, embarcações, marcas e patentes e direitos autorais.

Diferido: representa as aplicações de recursos em despesas que irão


influenciar o resultado de mais de um exercício. Ex: gastos de implantação,
gastos pré-operacionais, gastos com modernização e reorganização.

2.6 - PASSIVO: Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa


tem para com terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a
prazo, com data de vencimento e beneficiário certo e conhecido. Todas as
contas do passivo representam os valores negativos do patrimônio.
08

Neste grupo está incluído por força de lei o capital próprio, apesar de não ser
uma obrigação do patrimônio. A classificação do capital próprio no grupo do
passivo é uma mera questão para atender à necessidade da Contabilidade para
garantir a igualdade entre os dois grupos (ativo e passivo).

O passivo abrange então o capital de terceiros (obrigações) e o


capital próprio e suas variações.
2.6.1 - CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO

Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com


prazo de vencimento em até 12 (doze) meses. Ex. fornecedores,
duplicatas a pagar, salários a pagar, provisão para férias, provisão
para imposto de renda e empréstimos bancários.

Passivo Exigível a Longo Prazo : representa as obrigações com prazo de


vencimento após 12 (doze) meses. Ex: empréstimos bancários e financiamentos.
Neste grupo também são classificadas as seguintes contas:
adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas, empréstimos
de coligadas e empréstimos de controladas.

Resultado de Exercício Futuro: compreende as receitas recebidas


antecipadamente que de acordo com o regime de competência pertence a
exercício futuro. Ex: receita antecipada e custos atribuídos à receita antecipada.

2.7 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO: É a diferença entre os valores positivos do ativo


(bens e direitos) e os valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade
em um determinado momento. É a parte do balanço que representa o capital
investido pelos sócios e está graficamente localizado no seu lado direito.

“Sendo o patrimônio líquido a diferença algébrica entre o ativo e o passivo,


não tem sentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim concluímos que a
entidade terá sempre A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero . Se a entidade
possuir ativos e/ou passivos, ela os terá positivamente, ou não os terá. “
09

2.7.1 - CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Patrimônio Líquido : representa o capital que pertence aos


proprietários. Ex: capital social, reservas de capital, reservas de
lucros (legal, estatutária, contingência, investimentos e lucros a
realizar), lucros acumulados ou prejuízos acumulados.

Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda


será realizado pelos sócios ou acionistas.

Reservas de Capital: são as contas que registram doações


recebidas, eventualmente, pela entidade.

Reservas de Lucros: são as contas formadas pela apropriação


de lucro da empresa.
Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela
entidade, quando ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista.

2.8 - BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante

Disponível Exigível a Longo Prazo

Realizável a Curto Prazo Resultado de Exercício Futuro

Estoques PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Despesas Antecipadas Capital Social

Ativo Realizável a Longo Prazo Reservas de Capital

Ativo Permanente Reservas de Reavaliação

Investimentos Reservas de Lucros

Imobilizado Lucros ou Prejuízos Acumulados

Diferido
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2.9 - REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA DO PATRIMÔNIO:

Sendo o patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros e


capital próprio, a equação fundamental do patrimônio é assim definida :

CAPITAL PRÓPRIO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS

P.L. = A – P

3.0 – CONTABILIDADE APLICADA NA EMPRESA


3.1 – ATIVO, PASSIVO E BALANÇO PATRIMONIAL DA AMBEV

Balanço Financeiro Ambev - ABEV3


 

Todos estes dados referem-se à consolidação do resultado financeiro da companhia Ambev com o resultado financeiro de todas as
suas companhias subsidiárias.

Balanço Patrimonial
2T 2018
Ativo Total 90.921.356
Ativo Circulante 26.409.115
Ativo Não Circulante 64.512.241
Passivo Total 90.921.356
Passivo Circulante 27.354.843
Passivo Não Circulante10.126.972
Patrimônio Líquido 53.439.541
Valores em R$ Mil

Ativo / Passivo

Demonstração de Resultados
Acumulado
2T 2018 1T 2018 4T 2017 3T 2017
12 Meses
Receita Líquida 49.539.282 11.509.54511.640.21915.027.21511.362.303
Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -18.318.429-4.387.233 -4.460.748 -4.988.326 -4.482.122
Resultado Bruto 31.220.853 7.122.312 7.179.471 10.038.8896.880.181
Despesas/Receitas Operacionais -13.927.636-3.469.525 -3.417.686 -3.769.479 -3.270.946
Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos17.293.217 3.652.787 3.761.785 6.269.410 3.609.235
Resultado Financeiro -3.515.840 -1.049.068 -544.293 -1.247.547 -674.932
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 13.777.377 2.603.719 3.217.492 5.021.863 2.934.303
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -5.319.747 -179.558 -619.863 -1.722.513 -2.797.813
Resultado Líquido das Operações Continuadas 8.457.630 2.424.161 2.597.629 3.299.350 136.490
Resultado Líquido das Operações Descontinuadas N/D N/D N/D N/D N/D
Lucro/Prejuízo Líquido 8.457.630 2.424.161 2.597.629 3.299.350 136.490
A coluna Acumulado 12 meses refere-se à soma dos valores dos últimos 4 trimestres
Valores em R$ Mil
BOV^ABEV3^d
3.2 - RECEITA E LUCRO LÍQUIDO

A companhia Ambev encerrou o primeiro semestre de 2018 com um lucro líquido de R$ 2.42 bilhões. No acumulado dos últimos
doze meses, a empresa acumulou um lucro líquido de R$ 8.46 bilhões. No dia 30 Junho 2018, a companhia Ambev possuía um
ativo total de R$ 90.92 bilhões e um patrimônio líquido de R$ 53.44 bilhões.
13

3.3 – INVESTIMENTOS DA AMBEV EM 2011 E 2012


“De Janeiro a Setembro a Companhia investiu R$ 2,1 Bilhões no Brasil”

Em 2011, a AmBev investiu mais de R$ 2 bilhões no Brasil para


expandir em 10% sua capacidade total de produção e assim atender a
demanda de curto e médio prazo. Os recursos foram empregados em obras
de ampliação, manutenção e modernização de unidades por todo o Brasil.

O Sudeste recebeu R$ 1,112 bilhão. A região é estratégica. Em


seus estados a Ambev possui 13 fábricas, 26 Centros de Distribuição
Direta (CDDs) e mantém cerca de 15.400 empregos diretos.
No Centro-Oeste, destinamos R$ 245 milhões para duplicar a
capacidade da nossa fábrica em Anápolis (GO).
No Nordeste, três grandes ampliações - que fizeram parte do
pacote de investimento realizado pela Ambev em 2010 - foram
inauguradas esse ano nas cidades de Camaçari (BA), São Luís (MA) e
João Pessoa (PB). O cronograma prevê ainda o início das operações da
nova fábrica da companhia construída na cidade de Itapissuma (PE).
A região Sul recebeu R$ 181 milhões em investimentos - dos
quais R$ 75 milhões foram para o Rio Grande do Sul.
“Ambev – Investimentos de R$ 2,5 Bilhões em 2012”

A Ambev, maior companhia de bebidas do país, está investindo


cerca R$ 2,5 bilhões em 2012, tendo como estratégia principal
aumentar seu volume de vendas nas regiões Norte e Nordeste.

De acordo com a empresa, essas duas praças estão abaixo da


média de participação de 69% do mercado obtida em 2011, o que
demonstra o potencial de crescimento da companhia nesses locais.

Com esse investimento, a Ambev mantém o mesmo nível dos aportes


realizados no ano passado, mas a companhia ressalta que o montante final
dependerá da manutenção da carga tributária pelo governo, que no ano
passado ficou em torno de 15% para o segmento, segundo a própria empresa.
14

"Será o terceiro ano consecutivo de altos investimentos pela empresa e


visamos ampliar nosso mix de produtos, realizar inovações em nosso portfólio
e expandir os negócios nas regiões Norte e Nordeste", comenta Nelson Jamel,
vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev.

No ano passado, foram destinados R$ 800 milhões para iniciativas nos


estados do Nordeste, o que correspondeu a 32% do total investido pela empresa.

Com relação à Bahia, ele antecipou que já estão fechados os patrocínios


que garantem exclusividade na venda de bebidas nos festejos juninos do projeto
Transbaião (trem que percorre 13 municípios do Recôncavo e Litoral Norte) e das
cidades de Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Jequié e Cruz das Almas.

“Além desses patrocínios, em fevereiro inauguramos o centro de


distribuição de Vitória da Conquista e, no mês de julho, devemos inaugurar o
de Feira de Santana. No segundo semestre, está prevista a inauguração do
centro de distribuição em Ilhéus. Cada centro está orçado em cerca de R$ 6
milhões. Esses empreendimentos atendem ao plano de ampliação da Ambev
no Nordeste nos próximos cinco anos”, explicou.

4.0 - FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

4.1 – INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende dar uma visão geral sobre a gestão


financeira, procurando explicar o objetivo da maximização do valor da
empresa referindo ainda os mais importantes conceitos relacionados com as
trocas de valores (económicos e financeiros)da empresa, como se organiza
a função financeira na empresa e anunciando os principais documentos
contabilísticos para análise da situação financeira da empresa.

Gerir é procurar a optimização, implementando as competências e os


meios humanos,técnicos e financeiros, com vista a atingir os objetivos fixados.
15

Devido a esta necessidade surge a gestão financeira nas empresas


na qual se concentra sobre o estudo das decisões financeiras necessárias
ás empresas, ocupando sempre um lugar privilegiado na sua gestão porque
diz respeito á sua política geral: o seu nascimento,crescimento e autonomia.
Numa economia de mercado, baseada nas trocas, é sob forma monetária que
aparecem ligações entre os agentes econômicos.

A gestão financeira procura combinar recursos dentro da empresa quer


através dos acionistas, quer através de financiamentos que deveram ser
investidos num processo de produção e troca que liberte um excedente (lucro).

4.2 – OS CONCEITOS DE GESTÃO, ANÁLISE E FUNÇÃO FINANCEIRA

4.2.1 – A FUNÇÃO FINANCEIRA

A função financeira reporta-se através de valores que a empresa


realiza com o exterior e internamente. A empresa integra nas suas funções a
de adquirir bens e serviços, a de produzir ou de transformar e adequar à
venda e a de vender bens ou prestar serviços a outros sujeitos econômicos.

Para que a empresa se mantenha em atividade, isto é, para que compre,


produza, venda, ou simplesmente troque, carece de meios ou recursos financeiros.

A função financeira trata de os obter, procurando assegurar


que a soma dos resultados obtidos seja o mais elevado possível.

Para alem do lucro imediato, à que pensar nos lucros futuros; para
isso a empresa deve procurar manter o seu capital e desenvolver-se.
16

A gestão financeira clarificada pela política e pela estratégia financeira, visa:

Alimentar a empresa de disponibilidades quando necessário;


Assegurar a melhor situação dos recursos financeiros da

empresa; Controlar para que nenhum bem seja inutilizado ou mal

utilizado; Optimizar a rotação dos recursos e das aplicações.

4.2.2 – A GESTÃO FINANCEIRA

A razão mais importante pela gestão financeira em qualquer organização é


de assegurar que a empresa saiba de quanto dinheiro vai necessitar, como obter
o dinheiro de que necessita e como deve empregar esse dinheiro para alcançar os
seus objetivos de forma ética, responsável e sustentável.

É impossível uma organização sobreviver sem uma gestão financeira


apropriada.

Um elemento importante a lembrar é que, a menos que a


organização empregue os seus recursos financeiros de forma aberta
e responsável, a probabilidade de receber dinheiro dos doadores é
nula. Os doadores querem estar seguros que o dinheiro deles está a
ser bem empregue e, para este fim, a organização que recebe o
financiamento deve estar dotada de uma forte gestão financeira.

Estruturas fortes de gestão financeira facilitam a prestação de contas


por parte da organização perante os doadores, o que, por sua vez, instala
confiança nos doadores a respeito da gestão da organização. É lógico que
os doadores preferem dar dinheiro a organizações em que têm confiança do
que àquelas em que não confiam.
17

A gestão financeira trata-se de uma tarefa e responsabilidade


que abarca o passado, o presente e o futuro. Em primeiro lugar, uma
boa gestão financeira exige que seja mantido um registro de todo o
dinheiro que a sua organização já recebeu ou gastou (o passado).

Segundo, há que controlar o dinheiro na posse da organização


(o presente) e, por último, a gestão financeira ajuda-o a tomar
decisões acerca do futuro da organização.

Uma boa gestão financeira ajuda a direção da organização a planejar o


futuro, uma vez que indica quanto dinheiro tem em mão, quanto dinheiro é
necessário e quanto custarão os planos que tem para o futuro. A administração das
finanças do passado, do presente e do futuro da sua organização passa por três
tarefas de gestão financeira que, embora distintas, estão interligadas. Estas são:

Planejamento Financeiro:

Ajuda-o a identificar os objetivos da organização para o futuro,


de quanto dinheiro irá precisar para alcançar esses objetivos e como
ou onde encontrará recursos financeiros suficientes para alcançar
esses objetivos e manter a organização em atividade no futuro.

Controle Financeiro:

Fixar uma política: A organização deve decidir quais as normas


e procedimentos que devem ser seguidos para assegurar que o
dinheiro seja gasto prudente e seguramente;
18

Fixar as atribuições: A organização deve decidir quem será


permitido a gastar o dinheiro, quanto lhes será permitido gastar e
quando poderão gastá-lo. É importante também decidir quem pode
vincular a organização do ponto de vista financeiro;
Fixar a responsabilidade: Há que decidir quem é responsável pelos
recursos financeiros da organização. É importante que a responsabilidade
pelo dinheiro da organização seja assumida por uma determinada pessoa ou
pessoas. Nem todos podem estar encarregues das finanças.

Monitorização:

Essa atividade envolve: Registrar a informação financeira


(tesoureiro), preparar demonstrações financeiras, analisar as
informações financeiras e reporte financeiro.

4.2.3 – PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA

As ações e decisões dos gestores financeiros têm


essencialmente os seguintes objetivos:

Assegurar à empresa a estrutura financeira mais adequada;

Tal estrutura caracteriza-se pela importância relativa das diferentes


aplicações dos capitais obtidos pela empresa, comparada com a importância relativa
das fontes desses capitais. A estrutura financeira obedece a certas regras de
equilíbrio, devendo corresponder a uma perfeita adequação dos meios financeiros
postos à disposição da empresa para a realização dos seus objetivos econômicos.
19

Manter a integridade do capital e promover o seu reforço;

Este objetivo traduz-se em estudar a realização dos ciclos de


exploração da empresa de modo a evitar que nos mesmos se verifiquem
insuficiências dos proveitos e receitas obtidos relativamente aos custos e
despesas, mantendo uma taxa de lucro adequada para remunerar capital e
constituir autofinanciamento necessário. Os resultados positivos aumentam
as possibilidades financeiras da empresa mas não se deverá distribuir aos
sócios esse excedente sem comprometimento da integridade do capital. A
manutenção na empresa de uma parte dos resultados sob a forma de
reservas (autofinanciamento) permite aumentar o capital investido.

Permitir a constante solvibilidade da empresa;

Este objetivo atinge-se vigiando as evoluções dos recursos financeiros e das


suas aplicações, de modo a encontrar-se a empresa em condições de vir
satisfazendo as suas dívidas nos vencimentos. A solvibilidade é a aptidão para pagar
as suas dívidas. A solvibilidade final de uma empresa determina-se admitindo ou
considerando a hipótese da liquidação da empresa, na qual corresponde à
demonstração de que no caso de a empresa ter de extinguir-se, a realização forçada
dos ativos permite ou não pagar as dívidas existentes e as que derivam de
indemnizações e outros encargos dos atos de dissolução e liquidação. Os fatores de
solvibilidade são pois o grau de liquidez dos capitais investidos, isto é, a sua aptidão
a transformar-se em disponibilidades, e o prazo das exigibilidades.

Assegurar a rendibilidade dos capitais

A rendibilidade dos capitais analisa-se comparando os rendimentos obtidos


com os capitais próprios ou alheios. Normalmente os capitais próprios são
remunerados pelos lucros enquanto que os capitais alheios são remunerados pelos
juros. A ausência de rendibilidade vai desencorajar os sócios e eventualmente os
credores, pois a manutenção do capital garante a estabilidade e o reembolso.
20

4.2.4 – O GESTOR FINANCEIRO

Perfil de um Gestor Financeiro:

O objetivo do gestor financeiro é aumentar o valor do


patrimônio líquido da empresa, por meio da geração de lucro líquido,
decorrente das atividades operacionais da empresa. Para realizar
essa tarefa, o gestor financeiro precisa ter um sistema de informações
gerenciais que lhe permita conhecer a situação financeira da empresa
e tomar as decisões mais adequadas, maximizando seus resultados.

“Segundo um estudo realizado na London School of Economics,


intitulado “The Changing Role of the Finance Director”, o gestor financeiro
gasta em média 20% do seu tempo nas decisões estratégicas da empresa
sendo considerados elementos chave nas suas organizações. “

Neste sentido, designou-se para esta função um executivo financeiro


(diretor, gestor ou administrador), que deverá ter certas qualificações
especiais e características chave para exercer a sua função.

Da responsabilidade do gestor financeiro estão as decisões financeiras


da empresa. A função financeira, contrariamente a outras funções da empresa,
implica a previsão de acontecimentos futuros, visto que as decisões
financeiras dizem respeito ao futuro. É este fato que torna imprescindível a
integração das dimensões tempo e risco na função financeira. São
normalmente classificadas em função da duração da operação.

As decisões financeiras podem ser também de investimento e


financiamento, a curto prazo ou a longo prazo.
21

4.2.5 - ANÁLISE FINANCEIRA

Por si, os valores têm pouco significado mas, ao compará-los a


determinados outros valores, pode-se perceber a situação da organização.
Por exemplo, pode-se comparar as despesas previstas no orçamento às
despesas atuais, para ver se a despesa está no bom caminho.

Outro tipo de comparação assenta nos rácios. Um rácio trata-se de uma


comparação feita ao dividir um valor por outro. Por exemplo, as organizações não
governamentais devem reduzir os custos de modo a disponibilizar mais dinheiro
aos programas. Ao dividir as despesas de um programa pelo total das despesas
revela o custo da administração do seu programa. Ao fazer este exercício com
regularidade, irá estabelecer-se muito rapidamente se o valor que se está a gastar
na administração está a estagnar, a aumentar, ou a decrescer.

A interpretação dos resultados dos diversos tipos de comparações


depende do caráter da organização. Por exemplo, uma associação pode esperar
gastar muito menos em despesas administrativas do que uma agência de serviços
sociais. A informação que se espera obter da análise depende do tipo de
organização que administra, bem como dos objetivos particulares da organização.

4.2.6 – AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA ANÁLISE FINANCEIRA

Análise e Planejamento Financeiro: analisar os resultados


financeiros e planejar ações necessárias para obter melhorias.
Captação e Aplicação de Recursos Financeiros: analisar e
negociar a captação dos recursos financeiros necessários, bem
como a aplicação dos recursos financeiros disponíveis.
22

Crédito e Cobrança: analisar a concessão de crédito aos


clientes e administrar o recebimento dos créditos concedidos.
Caixa: efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando
o saldo de caixa.
Contas a Receber: controlar as contas a receber relativas às
vendas a prazo.
Contas a Pagar: controlar as contas a pagar relativas às
compras a prazo, impostos, despesas operacionais, e outras.
Contabilidade: registrar as operações realizadas pela empresa
e emitir os relatórios.

4.3 – O EFEITO TESOURA

O efeito tesoura é um indicador que evidencia o descontrole no


crescimento das fontes onerosas de recursos no curto prazo. Ocorre quando a
empresa financia a maior parte da NCG (Necessidade de capital de giro) através
de créditos de curto prazo. Nesse caso, o Saldo de Tesouraria (T) se apresenta
negativo e crescendo, em valor absoluto, proporcionalmente mais do que a NCG.

4.4 - EBITDA: Indicador importante para o investidor

Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital


aberto e pelos analistas de mercado é o chamado EBITDA, também conhecido
como Lajida, cujo conceito ainda não é claro para muitas pessoas. A sigla
corresponde a Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization,
ou seja, Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.

O EBITDA representa a geração operacional de caixa da companhia,


ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas através de suas
atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e
de impostos. Por isso, alguns profissionais chamam o EBITDA de fluxo de
caixa operacional. Difere do EBIT, conhecido como o lucro na atividade, no
que se refere à depreciação e amortização.
23

A utilização do EBITDA ganhou importância porque analisar apenas o


resultado final da empresa (lucro ou prejuízo) muitas vezes não ilustra bem o
potencial de desempenho em um dado período, já que muitas vezes os dados
finais são influenciados por fatores difíceis de serem mensurados. Popularizada
nos EUA dos anos 70, a análise através do EBITDA é muito comum também por
analistas brasileiros, especialmente aqueles voltados para o mercado de ações.

Segundo especialistas, o indicador pode ser utilizado na análise


da origem dos resultados das empresas e, por eliminar os efeitos dos
financiamentos e decisões contábeis, é capaz de medir com mais
precisão a produtividade e a eficiência do negócio. E isso é essencial na
hora de investir, especialmente se levado em conta o longo prazo.

É muito comum notar o termo margem EBITDA sendo usado no


mercado. Desta forma, o percentual pode ser usado para comparar as
empresas quanto à eficiência dentro de um segmento. Mais interessante, a
variação do indicador de um ano em relação a outro mostra aos investidores se
uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade.

4.5 – AMBEV: BONS NÚMEROS NO 2º TRIMESTRE

Uma das maiores empresas do ramo cervejeiro tem lucro


líquido consolidado 5,4% maior do que o ano passado. Esse é o
trunfo da AmBev (BOV:AMBV4) quando do lançamento do seu balanço
do 2T12, com o percentual representando R$ 1,932 bilhão (no ano
passado, no mesmo período, o valor foi de R$ 1,832 bilhão.
Outros valores que merecem destaque são a receita líquida (no 2t12
cresceu 17,4%, R$ 6,825 bilhões contra R$ 5,811 bilhões no mesmo período
do ano passado) e o lucro bruto (subiu 19,3% no 2t12 (R$ 4,525 bilhões, ante
R$ 3,793 bilhões no 2t11). Já o Ebitda avançou 14,3% na comparação entre
os segundos trimestres de 2011 e 2012, e agora já ultrapassa os R$ 2,57
bilhões no ano passado e atinge a marca de R$ 2,95 bilhões agora.
24

O desempenho no segundo trimestre foi marcado por uma melhora


no EBITDA (R$ 2.975,7 milhões, um crescimento orgânico de 9,3%) graças a
um melhor desempenho geral da receita líquida (aumento de 10,4%), do CPV
por hectolitro crescendo abaixo da inflação (+3,4%), e apesar do aumento do
SG&A (+18,7%). Além disso, devido ao fechamento da aliança estratégica no
Caribe, os resultados incluem pela primeira vez o desempenho dos meses
de maio e junho da Cervecería Nacional Dominicana (CND), que é reportado
como escopo na nossa divisão HILA-ex juntamente com o resultado da
Ambev Dominicana nestes dois meses.

O crescimento de volume no Brasil foi de 3,9% no trimestre, gerando no ano


um crescimento acumulado de 4,4%. O volume de cerveja aumentou 2,8% no 2T12,
ligeiramente abaixo da indústria, que cresceu em linha com o primeiro trimestre
deste ano, com uma perda de participação de mercado de 20 pontos-base (uma
média de 68,8% no 2T12 e 68,9% no acumulado até a data, +30 pontos-base
comparado com o ano anterior). Os esforços para introdução da garrafa retornável de
300 ml em outros mercados combinados com o sólido desempenho da Antártica Sub-
Zero ajudaram a impulsionar o crescimento de volume. A estratégia de premium
continua conforme esperado, tendo a Budweiser e a Stella Artois como maiores
destaques. No Brasil o Guaraná Antarctica e o peso das embalagens multi-serve
foram os principais responsáveis pelo crescimento do volume de 6,9%, com uma
participação de mercado estável em 17,8% no trimestre. O desempenho da receita
líquida melhorou consideravelmente se comparado ao primeiro trimestre, sendo que
o crescimento de receita líquida por hectolitro no Brasil foi de 7,2% em cerveja e de
10,9% refrigerante. Em relação aos custos e às despesas, o CPV por hectolitro
aumentou 0,8% no Brasil, e os maiores gastos administrativos e logísticos causaram
um aumento de 19,7% do SG&A. O EBITDA normalizado no Brasil cresceu 12,2% no
2T12, com expansão da margem de 30 pontos-base.
25

"Mesmo diante de sinais de uma desaceleração da economia brasileira no


curto prazo, o time da ambev conseguiu entregar ao mesmo tempo crescimento
de volume e de receita líquida em cerveja, executando com disciplina os planos
comerciais. O volume de refrigerante foi ainda melhor, o que mostra que os
esforços ao longo dos últimos anos para melhorar o portfólio de produtos, não só
em termos de inovação de embalagens, mas também em desenvolvimento de
novos sabores e entrando em novas categorias de bebidas não-alcoólicas, estão
dando resultados. Ainda há muito a fazer, mas creio que a AmBev está no
caminho certo", diz João Castro Neves, Diretor Geral da Ambev.
O plano de integração já está em curso para entregar a
estimativa de EBITDA combinado de USD 190 milhões para os
primeiros 12 meses de operações conjuntas".

O caixa gerado pelas operações no 2T12 totalizou R$ 2.749,0 milhões, e


encerrou o trimestre com uma posição de caixa líquido de R$ 989,8 milhões.
Segundo Nelson Jamel, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da
Ambev: "O fluxo de caixa operacional cresceu 6,2% no trimestre devido ao
crescimento do EBITDA e à diferente alocação no tempo dos investimentos em capex
comparada ao ano anterior. Já a posição de caixa líquido em 30 de junho de 2012
reduziu significativamente, como se havia antecipado em trimestres anteriores,

e ainda não contempla o pagamento de cerca de R$ 1,2 bilhão de


dividendos e JCP pagos a partir de 27 de julho”.

Por fim, com relação às perspectivas para o Brasil, o crescimento de volume


no ano deverá ser maior do que no ano passado, e a ambev continuará buscando um
maior equilíbrio entre preço e volumes do que o observado em 2011. Além disso, a
receita líquida por hectolitro deve crescer pelo menos em linha com a inflação no
ano, enquanto a expectativa para o CPV por hectolitro ainda é de aumento abaixo da
inflação. Devido ao aumento nos impostos federais no Brasil a partir de outubro de
2012, a magnitude dos investimentos no país em 2012, que estavam inicialmente
planejados para ser de até R$ 2,5 bilhões, poderá ser revista.
26

5.0 – ESTATÍSTICA

5.1 – CONCEITO

A estatística trata do conjunto de métodos utilizados para a obtenção


de d ad os , su a or ga ni za ção em tabelas e gráficos e a análise desses
dados. Grande parte das informações divulgadas pelos meios de
comunicação atual provém de pesquisas e estudos estatísticos.

A estatística, hoje, está presente em quase todas as atividades do homem,


ainda mais com o desenvolvimento da tecnologia, que facilita e agiliza os cálculos
matemáticos. Através das análises feitas a partir de dados organizados podemos,
em muitos casos fazer previsões, determinar tendências, auxiliar na tomada de
decisões e, portanto, elaborar um planejamento com mais precisão.

Em estatística ao estudarmos um conjunto de objetos, de


indivíduos ou de ocorrências, podemos considerar todo o conjunto,
chamado de população, ou parte deste conjunto,chamado de amostra.

5.2 – POPULAÇÃO

População ou universo é o conjunto de elementos (pessoas ou


objetos) que interessam à pesquisa.

Numa pesquisa sobre a qualificação dos professores do Brasil em


determinado período, por exemplo, a população é todo o conjunto de
professores do país de todos os níveis de ensino, durante um período. Se a
estatística estiver voltada apenas para as professoras de matemática, de
1ªsérie, na Cidade de Goiânia (GO), a população será bem mais reduzida.

A mesma variação pode ocorrer no caso de a população ser constituída


de objetos. Pode-se querer ter uma ideia, por exemplo, sobre a porcentagem de
alimentos vencidos disponíveis nos supermercados do Estado de Goiás.
27

5.3 – AMOSTRA

Para que os resultados obtidos através da amostra possam ser


estendidos a toda população, é necessário que essa parcela seja representativa
do universo, incluindo elementos de todos os grupos que o compõem.

Uma série de critérios orienta o pesquisador na seleção da amostra,


ou seja, na escolha dos elementos do todo que serão observados.

Se o objeto da pesquisa, por exemplo, é verificar se houve aumento da


aquisição de eletrodomésticos no ano de 2002 no Brasil, nas camadas populares,
a amostra será composta de pessoas de baixa renda, preferencialmente das
várias regiões do Brasil, de ambos os sexos, diversas faixas etárias, etc. Desse
modo pretende-se dar uma maior fidelidade à amostra com menor margem de
erro para a generalização dos resultados a todo universo.

5.4 – VARIÁVEL

Numa pesquisa, os aspectos que estão sendo considerados


são as variáveis.

Uma indústria automobilística que pretende lançar um novo modelo de


carro faz uma pesquisa para sondar a preferência dos consumidores sobre o tipo
de combustível, número de portas, potência do motor, preço, cor, tamanho, etc.,
cada uma dessas características é uma variável de pesquisa. Na variável “tipo de
combustível”, a escolha pode ser, por exemplo, entre o álcool e a gasolina.
Dizemos que esses são valores ou realizações da variável “tipo de combustível”.

5.4.1 – VARIÁVEL QUALITATIVA

Em uma pesquisa que envolve pessoas, por exemplo, as variáveis


consideradas pode ser: sexo, cor de cabelo, esporte favorito e grau de instrução.
Nesse caso dizemos que as variáveis são qualitativas, pois apresentam como
possíveis valores uma qualidade (ou atributo) dos indivíduos pesquisados.
28

Além disso, dizemos que as variáveis qualitativas podem ser ordinais,


quando existe uma ordem nos seus valores, ou nominais, quando isso não ocorre.

5.4.2 – VARIÁVEL QUANTITATIVA

Quando as variáveis são, por exemplo, altura, peso, idade em


anos e número de irmãos, dizemos que elas são quantitativas, pois
seus possíveis valores são números.

As variáveis quantitativas podem ser discretas, quando se trata


de contagem (números inteiros) ou contínuas, quando se trata de
medida (números reais).

5.5 – MÉDIA, MODA E MEDIANA

5.5.1 - MÉDIA

A média é o valor que aponta para onde mais se concentram os


dados de uma distribuição. Pode ser considerada o ponto de
equilíbrio das frequências, num histograma.

Média é um valor significativo de uma lista de valores. Se todos os


números da lista são os mesmos, então este número será a média dos
valores. Caso contrário, um modo simples de representar os números da
lista é escolher de forma aleatória algum número da lista. Contudo, a palavra
'média' é usualmente reservada para métodos mais sofisticados. Em último
caso, a média é calculada através da combinação de valores de um conjunto
de um modo específico e gerando um valor, a média do conjunto.

5.5.2 - MODA

Define-se moda como sendo: o valor que surge com mais


freqüência se os dados são discretos, ou, o intervalo de classe com
maior freqüência se os dados são contínuos.
29

Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se


imediatamente o valor que representa a moda ou a classe modal.

Esta medida é especialmente útil para reduzir a informação de um


conjunto de dados qualitativos, apresentados sob a forma de nomes ou
categorias, para os quais não se pode calcular a média e por vezes a mediana.

5.5.3 - MEDIANA

A mediana, é uma medida de localização do centro da distribuição dos


dados, definida do seguinte modo: Ordenados os elementos da amostra, a mediana
é o valor (pertencente ou não à amostra) que a divide ao meio, isto é, 50%
dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros 50%
são maiores ou iguais à mediana. Para sua determinação utiliza-se a
seguinte regra, depois de ordenada a amostra de n elementos:

Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio, e se n é par, a


mediana é a semi-soma dos dois elementos médios.

5.6 – ESTATÍSTICA APLICADA NA EMPRESA

“Segundo um executivo de Vendas da Ambev, algumas área


como, como o Norte e o Nordeste vem crescendo três vezes mais que
a média nacional.”

A Ambev aumentou a venda direta de produtos no segundo


trimestre de 2012, a fim de enfrentar melhor a concorrência no Nordeste.
Com isso, as despesas com distribuição no Brasil cresceram, conforme
apontou o balanço da companhia para os meses de abril a junho.

No Brasil, as despesas com vendas gerais e administrativas cresceu


19,7% para R$ 1,35 bilhão, puxadas principalmente pelos custos de
distribuição, além de investimentos em marketing para o mercado de
refrigerantes. No país, a empresa somou receita líquida de R$ 4,34 bilhões
no segundo trimestre, com aumento de 11,5% em relação ao mesmo período
de 2011. O valor equivale a 63,5% da receita líquida total.
30

A Ambev opera com dois modelos de venda no Brasil: via


revendedores, reunidos na Confederação Nacional das Revendas Ambev e
das Empresas de Logística da Distribuição (Confenar), que buscam os
produtos nos armazéns da fábrica para levá-los ao ponto de venda. No outro
modelo, de venda direta, a Ambev contrata operadores logísticos para
transportar a carga da fábrica ao depósito da companhia (são mais de 70 em
todo o país), e depois para entregá-la em até 50 pontos de venda por dia.

"Como o volume de distribuição direta cresce mais do que a


média, o custo logístico é maior. Por outro lado, o preço de venda
para o bar é maior do que quando venda é para o revendedor".

Segundo o executivo, em algumas áreas, como o Norte e o Nordeste do


país, a distribuição direta foi mais intensa no trimestre. "É uma área que vem
crescendo três vezes mais que a média nacional", diz Jamel, ressaltando que o
incremento da venda direta da Ambev no período procurou atender essas
regiões e também a maior venda de refrigerantes em nível nacional.

No Norte e Nordeste, a maioria dos revendedores da Ambev


atua em cidades do interior, apurou o Valor. Para garantir presença
mais competitiva nas capitais, a companhia precisa assumir a
distribuição direta. "Se aumentaram a venda direta, é porque estão
enfrentando maior concorrência na região", diz uma fonte do setor.

No segundo trimestre, segundo a Ambev, a sua participação de mercado


caiu dois décimos, para 68,8%. "O volume de cerveja cresceu 2,8%, ligeiramente
abaixo do crescimento da indústria no trimestre", informou a companhia em
relatório de resultados. A venda de não alcoólicos cresceu 6,9%.
31

“Ambev escala torcedores fiéis para elevar vendas da Brahma.”

Na briga para aumentar as vendas, a Ambev quer ocupar todos os


campos – inclusive os de futebol. Para isso, escalou um time de clubes e
supermercados para transformar a Brahma na marca preferida dos
torcedores, uma estratégia que demorou dois anos para ser traçada.

A Ambev entrou em contato com times de futebol, redes varejistas e


outras empresas de bens de consumo para estruturar uma espécie de
programa de benefícios voltado para os torcedores. A partir do dia 15 deste
mês, os consumidores que forem sócios de dez clubes do eixo Rio-São Paulo
ganharão um desconto de 7% na compra da cerveja, bastando informar o CPF
na boca do caixa dos supermercados que fazem parte da iniciativa.

O desenvolvimento do sistema que possibilita o negócio ficou a cargo da


gigante de bebidas. Instalado nos supermercados participantes (Walmart, Pão de
Açúcar e Carrefour estão entre eles), o programa lê a base de sócios cadastrados
que estão em dia com a mensalidade e automaticamente concede o abate nos
produtos que levam o selo do chamado "Movimento por um Futebol Melhor".

Para convencer os times a entrarem no barco, a Ambev explorou a


possibilidade de ganhos financeiros com o aumento da base de colaboradores.
Estima-se que 145 milhões de brasileiros tenham um time do coração, mas
apenas 290.000 contribuam regularmente com as equipes - ínfimos 0,2% do total.

“Brasileiros precisam trabalhar pouco mais de 20 minutos


para conseguir comprar meio litro de cerveja.”
32

Encabeçando o ranking dos clubes que mais ganharam em 2011, o


Corinthians deve apenas 11% da receita bruta do ano passado ao
rendimento com o clube social, algo como 32 milhões de reais. Segundo o
consultor em marketing esportivo Amir Somoggi, o Internacional foi quem mais engordou o
cofre nesse quesito, com 41 milhões de reais embolsados a título de anuidade. "Há
espaço para os times brasileiros até dobrarem essa arrecadação", afirma.

A vantagem para a Ambev com a associação seria clara, na visão de


Somoggi. Em primeiro lugar, a companhia reforça o relacionamento com os
clubes, azeitando a estratégia de fazer da Brahma a cerveja mais ligada ao
esporte. De olho nesse público, a Ambev arrematou neste ano o direito de
associar a Brahma aos quatro grandes times de São Paulo: São Paulo,
Corinthians, Santos e Palmeiras. O acordo pertencia à Kaiser desde 2009. No
Rio de Janeiro, a cerveja mantém um fundo que destina parte do dinheiro
arrecadado com vendas ao financiamento de melhorias no Fluminense,
Vasco, Flamengo e Botafogo. Recentemente, a empresa também anunciou o
lançamento de latinhas especiais, com o escudo de seis times paulistas.

"A preferência das pessoas que gostam de futebol pela Brahma é 3% maior que a

média", diz Ricardo Tadeu, vice-presidente de vendas da empresa. Não por menos, o

investimento na plataforma de futebol da Brahma chega a 50 milhões de reais. O


montante não considera o que a Ambev ainda irá gastar para conceder o desconto
aos sócios-torcedores a partir deste mês. Na pior das hipóteses, afirma Tadeu, a
empresa ficará no zero a zero. "O investimento está atrelado ao consumo, e não
pela torcida ao consumo. Então a empresa gasta se o consumidor compra."

Se o programa de benefícios deslanchar, emenda o executivo, o


aumento de vendas compensará o abatimento de cerca de 10 centavos dado
a cada latinha da cerveja. Atrás da Skol, que também pertence à Ambev, a
Brahma é a segunda marca mais vendida no país, com 19,6% do mercado.
33

Em se tratando da famosa gelada, é bom lembrar que cada ponto


percentual corresponde a cerca de 200 milhões de reais em vendas.

Tadeu reconhece que o reflexo do programa para os negócios não


deverá ser grande no curto prazo. "No balanço da Ambev é duro mexer. Os
projetos deste porte levam cerca de três anos para se consolidar”, sustenta
o vice-presidente de vendas. "Mas sabemos que são os investimentos em
inovação, como esse, que têm impacto nos resultados", completa.

Esse direcionamento do consumo, aliás, é o argumento utilizado pela


companhia para angariar outros parceiros de peso na iniciativa. Até agora,
Unilever e Pepsico também vão carimbar seus itens com o selo da iniciativa.
Omo, Elma Chips, Pepsi, Toddynho e Kibon são algumas das marcas que
poderão ser compradas com descontos de 5% a 10% pelos torcedores fiéis.
Buscando aumentar essa rede, a Ambev mantém conversas com a Nestlé.
Empresas de pagamento e rede de postos também estão no radar.

“Essa é uma estratégia bem mais avançada para ligar a Brahma ao futebol
do que as utilizadas anteriormente", acredita Adalberto Viviani, diretor da
consultoria especializada em bebidas Conceptnet. Para ele, estampar os times nas
latinhas ou a marca da cerveja nos uniformes não se traduz, necessariamente, em
aumento nas vendas da bebida. "Levando o benefício para o bolso do
consumidor, a tendência é chamar muito mais atenção para o produto", finaliza.
34

6.0 - CONCLUSÃO

Concluiu-se com o presente trabalho que a empresa Companhia


de Bebidas das Américas – AMBEV, maior empresa do ramo de bebidas da
américa latina utiliza de todos os termos abordados nos estudos feitos, até
o presente momento, no curso superior tecnológico em Processos
Gerenciais. Tais estudos abordaram as disciplinas de Contabilidade,
Fundamentos da Gestão Financeira e Estatística aplicada.

Em Contabilidade e Gestão Financeira nota-se que a ambev a alguns anos


vem de um constante crescimento econômico como mostra o seu patrimônio
líquido, consequentemente aumentando sua receita e sua credibilidade perante a
sua grande carteira de clientes. Ano passado a ambev investiu R$ 2 bilhões no
Brasil e este ano (2012) a estimativa é que a Companhia de Bebidas das Amércias
tenha investido R$ 2,5 Bilhões, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Vimos também que o maior patrimônio da Ambev, no entanto, é


a sua gente. A companhia investe de modo contínuo no
desenvolvimento de seus funcionários - aproximadamente 44,9 mil
funcionários (ao final de 2010) no Brasil e em mais 13 países.

Para concluir quando falamos em Estatística vimos que


algumas áreas como o Norte e o Nordeste vem crescendo 3 vezes
mais que a média nacional, e a preferência das pessoas que gostam
de futebol pela Brahma é 3% maior que a média.
referencia bibiografica
https://g1.globo.com/economia/noticia/ambev-tem-lucro-de-r-25-
bilhoes-no-1-trimestre-alta-de-144.ghtml

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