Grupo 2 - Arquipelago Do Bazaruto
Grupo 2 - Arquipelago Do Bazaruto
Grupo 2 - Arquipelago Do Bazaruto
ARQUIPÉLAGO DO BAZARUTO
Discentes:
Delara Mariyamo Ibraimo Cassamo
Jenifa Yacub Adam
Joana Carlos Macandza
Vasquez Inês Joaquim Muayevela
Docente:
Drª Sandra Sitoe
1. Índice ......................................................................................................................... 1
2. Introdução.................................................................................................................. 2
3. Objectivos.................................................................................................................. 3
4. Metodologia .............................................................................................................. 3
6. Conclusões .............................................................................................................. 12
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2. Introdução
Um arquipélago é um conjunto de ilhas que, além de estarem próximas uma das outras,
possuem a mesma origem e estruturas geológicas, que geralmente ocorrem em mar aberto
e são pouco comuns próximo ao continente (VASENTINI, 2011). O Arquipélago de
Bazaruto é constituído por cinco ilhas principais: de Bazaruto; de Benguere; de
Maguruque; de Santa Carolina e de Bangué,. Estas fazem parte de uma classe de ilhas
barreiras, pois são formas do relevo alongadas constituídas por areia ou cascalho, e
geralmente paralelas à linha da costa. Essas ilhas foram formadas durante o período em
que houve estabilidade na variação do nível do mar, e seguiram como resultado da acção
das ondas.
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3. Objectivos
4. Metodologia
Visto que o trabalho é de natureza teórica, foi necessário uma pesquisa bibliográfica
baseada em sites da internet, livros encontrados em bibliotecas, e alguns artigos
científicos.
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5. Arquipélago do Bazaruto
O Arquipélago de Bazaruto é composto por cinco ilhas, sendo a maior delas a Ilha do
Bazaruto com aproximadamente 120.5 Km2. Depois seguem-se as ilhas de Benguérua
com 32.86 Km2 (conhecida antigamente como Ilha de Santo António); Magaruque com
2.96 Km2 (ou Ilha de Santa Isabel como topónimo antigo); Santa Carolina com 2.10 Km2
(previamente conhecida como Ilha do Paraíso); e a minúscula Ilha de Bangué com cerca
de 0.66 Km2.
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Figura 2: Mapa de localização do Arquipélago do Bazaruto, com ênfase as ilhas que o compõem
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5.3. Caracterização Geomorfológica
Segundo REBELO et al. (2013), as ilhas que compõem o Arquipélago do Bazaruto em
termos de morfologia são caracterizadas por:
Relevo dunar costeiro, ao longo de toda a sua margem oriental, chegando a atingir
a altura de 107m a sua da Ponta Chilola, com excepção do seu extremo norte (onde
as areais estão fixadas por vegetação);
As partes centrais e ocidental, são caracterizadas por relevos que correspondem
aos braços de grandes dunas parabólicas, e as interdunares destas são
frequentemente preenchidas por pântanos e lagoas em consequência da
intersecção do nível freático com a superfície do relevo, e
As zonas aplanadas (que apesar da sua menor expressão), têm grande importância,
pois funcionam como deposito natural da agua para recarga dos aquífero. Estas
são zonas relacionadas com paleo-depositos entre marés, que se encontram
actualmente separadas por estruturas costeiras recentes.
A presença de rochas costeiras em volta das ilhas formam o encaminhamento do
sistema actual das ilhas e influenciam profundamente nos padrões de refracção
das ondas.
No arquipélago de bazaruto a formacao das ilhas foi de acordo com as seguintes fases:
A primeira ocorreu a 12.000 anos atrás, formando a ilha de Santa Carolina pelos
processos acima mencionados. As rochas costeiras submersas a norte da ilha de
Santa Carolina, representam uma extensão erodida, da cadeia que forma a série
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de ilhas. Evidências da origem desta cadeia de ilhas proveém da existência da
cadeia de rochas costeiras junto a Santa Carolina expostas acima do nível do mar.
Após a formação da ilha de St. Carolina, o nível do mar baixou e, quando voltou
a subir, uma nova barreira de ilhas foram formadas ( Benguérua e Magaruque),
isto aconteceu entre 5.000 e 7.000 anos atrás.
As ilhas subsequentes sofreram modificações até as condições actuais. O mais
provável é que estas ilhas tenham inicialmente sido uma massa arenosa contínua,
ligada ao continente pelo Sul. A separação entre ilhas resultou de sucessivos
ciclones.
Bangué teve uma genese diferente à das outras ilhas, tendo surgido da acção das ondas
em originar um delta. Como estes deltas apenas surgiram após a formação da cadeia das
ilhas principais, Bangué é a ilha mais jovem com apenas 3000 a 4000 anos.
Legenda:
A: recessão, com perda de tempo nas dunas de pilotagem
B: Costa
C: Mar
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Figura 5: resultado final da formação de uma ilha barreira
Sabendo-se que nas zonas costeiras existe estreita relação entre o aquífero livre das dunas
e o nível do mar, a existência de lagoas a ocupar as depressões interdunares dá uma
indicação de que o nível freático actual está acima do que existiria no momento da
formação das dunas, pois estas terão migrado para o interior, afastando-se da linha da
costa por acção dos ventos, originando assim um sistema transgressivo em rampa. As
dunas são em geral são mais altas no lado oeste, do que leste e tendem a ser mais baixas
para o norte, levando assim que a unidade desapareça para norte a partir da zona sul da
Ponta Sitone,
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5.5.2. Cordão Dunar Oceânico
O lado leste da ilha é formado por um cordão dunar bem desenvolvido, não sendo idêntico
em toda a sua extensão, que a norte é formado por um empilhamento de dunas parabólicas
apresentando um carácter transgressivo mais evidente, enquanto que a sul é mais contínuo,
dispondo-se paralelamente à linha de costa, isto devido aos diferentes processos eólicos
e marinhos que influenciam a zona costeira da ilha.
No Cordão Dunar Oceânico, as dunas mais antigas, são representadas pelos eoleanitos
costeiros da baía da Ponta Govane com idade de aproximadamente 90 mil anos,
sobrepondo-se a estas dunas, existe uma sucessão de dunas que se distingue pelas
diferentes cores que estão relacionadas com a fonte do sedimento, sendo que se a duna
está a ser formada com areia da praia ou pela erosão de dunas castanhas claras, a cor da
sua areia é esbranquiçada, e se a areia da duna móvel provém do desmantelamento das
dunas mais antigas, pode apresentar uma cor acastanhada ou alaranjada:
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Figura 6: Cordão Dunar Oceânico, representado pela Baía da Ponta Govane
Legenda:
1.Eoleanito
2.Dunas
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Em contraste com a formação das baías, a subida do nível do mar terá levado na
sua fase inicial, ao aparecimento de erosão intensa nas zonas costeiras mais
salientes e expostas à inundação levando à formação de falésias de erosão marinha
nas dunas existentes.
Com o abaixamento do nível do mar para valores semelhantes aos actuais, ter-se-
ão desenvolvido um conjunto de pequenas ilhas barreira, com sistemas de dunas
frontais associadas. Esta evolução terá levado à preservação das estruturas
erosivas (falésias) e deposicionais (planícies interditais e pequenas praias) criadas
durante o anterior período de alto nível do mar.
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6. Conclusões
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7. Referências Bibliográficas
RAMSAY, P,J,. & COPPER, J,A,G,. (2002). Late Quaternary sea-level change
in South Africa .Quaternary Research . South Africa
https://www.google.com/amp/s/escolakids.uol.com.br/amp/geografia/arquipelag
o.htm ; << acesso aos aos 18 de Maio de 2020 ,pelas 21:43 >>
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