ATA DTP 15 Maio
ATA DTP 15 Maio
ATA DTP 15 Maio
COLÉGIO UNIVERSITÁRIO
Aos quinze dias do mês de maio do ano de dois mil e vinte, foi realizada
a reunião extraordinária da Divisão Técnico Pedagógica do Colégio
Universitário - Colun, com a seguinte pauta: 1- Informes; 2- Possibilidade do
ensino remoto; 3- Possibilidades de retorno. A referida reunião teve início às
14:30h com a fala feita pela Professora Maria da Conceição Lobato Muniz,
Coordenadora da Divisão Técnico Pedagógica que deu as boas vindas a todos,
como também apresentou a pauta convocatória da reunião. Em seguida, a
Profa. Conceição Lobato relatou sobre a reunião da gestão da escola, onde
foram discutidos: a possibilidade do ensino remoto; e as possibilidades de
retorno às atividades pós-pandemia. Sobre as possibilidades de ensino remoto,
após análise e discussão, considerando fatores como: acesso á internet,
condições emocionais e materiais de alunos, pais e docentes, a gestão chegou
ao consenso de que não há, no momento, condições para a realização do
ensino remoto. Sobre as possibilidades de retorno às atividades pós-pandemia,
a gestão declarou que tais possibilidades só poderão se concretizar quando de
fato houver condições de retorno, considerando todas as questões pertinentes
à segurança de todos. Assim, a sugestão da gestão foi de elaborar um
documento conjunto para a Pró-Reitoria de Ensino, que apresente o
posicionamento do corpo escolar quanto às questões levantadas. A profa.
Conceição Lobato abriu as inscrições para as manifestações dos participantes
da reunião, passando, logo em seguida, a palavra à profa. Jandira, que relatou
ter entrado em contato com alguns pais, e que estes demonstraram
preocupação quanto ao retorno às atividades escolares. E afirmou que
devemos pensar nesse retorno de forma muito cautelosa, inclusive, exigindo,
para tanto, novas discussões. Na ordem de falas, passou-se a palavra ao prof.
Paulo, que levantou as seguintes questões: a impossibilidade de implantação
do ensino remoto no contexto atual; devemos pensar nas condições objetivas
de acesso aos recursos e no contexto formativo, considerando o discutido no
Encontro Pedagógico, quanto a centrar as ações do processo de ensino e
aprendizagem na formação humana; considerando as perdas e a saúde de
todos, e a pressão dos pais no que tange ao retorno às atividades, precisamos
situar alunos e pais quanto às decisões tomadas pela escola; outro aspecto é
quanto aos dias letivos. Assim, sugere fazer o levantamento dos dias letivos já
ministrados, para podermos atender ao mínimo exigido pela legislação, uma
vez que houve uma alteração recente na LDB que prevê, nesse momento, a
alteração do cômputo de dias letivos; precisamos redimensionar o calendário
escolar com base nas especificidades do Colun, atendendo ao Parecer CNE e
Decreto n. , debatidos em conjunto, que abordam a possibilidade de ensino
remoto. Podemos pensar em sistematizar o ensino remoto, nem que seja
somente a partir de alguns conteúdos; precisamos para isso, no entanto,
compreender os impactos da pandemia na vida real da comunidade escolar, e
até pensar na EAD como formação para a atuação docente no futuro. Tomando
a palavra, a profa. Conceição Lobato fez as seguintes considerações: nós
estamos refletindo, no contexto escolar, a mesma pressão que está havendo
no contexto social, que têm ignorado tudo o que é pertinente à situação de
pandemia. As instituições privadas também nos empurram para essa pressão,
porque estão inseridas no contexto econômico que exige resultados. Há
inúmeros fatores que nos conduzem a pensar de forma mais comprometida
socialmente sobre o ensino remoto. Há ainda o fator da formação docente que
precisa ser levado em conta, além do papel social da escola pública, que não é
só ensinar. Outro olhar que devemos ter ainda é para o papel docente, que
será minimizado pelo Estado e pelo próprio mercado. É importante não
perdermos de vista isso, porque podemos estar legitimando as nossas
demissões. Devemos entender que há uma parcela significativa dos nossos
alunos que não têm acesso à internet, e que o Estado, nesse processo, acaba
reforçando o seu discurso de passar para os pais a responsabilidade pelo
ensino dos filhos. Pode ser que, no futuro, pensemos na possibilidade do
ensino remoto, associado ao ensino presencial. A palavra foi passada para
Nilia, que fez a seguinte análise: estamos diante de uma questão bastante
complexa, pois não sabemos exatamente quanto tempo isso pode durar. Em
relação aos nossos alunos, precisamos ver as possibilidades reais de se
implantar o ensino remoto. Há que se pensar na realidade social dos alunos.
Então, não dá para saber se todos têm acesso à internet de qualidade. Temos
que pesar os fatores preponderantes nessa questão, atuando contra a ideia de
implantação de um ensino remoto, mesmo que pós-pandemia, pois até se pode
pensar numa mesclagem entre o ensino remoto e o presencial, mas não
apenas remoto. Em seguida, passou-se a palavra a Luiza, que apresentou as
seguintes propostas: 1. Que seja aplicado um questionário junto ao corpo
escolar para se avaliar as condições emocionais e materiais de realização do
ensino remoto; 2. Que se comunique a toda a comunidade escolar sobre as
decisões tomadas pela gestão; 3. Que se proponham materiais didáticos não
de forma obrigatória, mas como orientação de estudos; que se comece a
planejar o retorno às atividades, especialmente considerando uma mudança no
currículo escolar, e na construção de uma proposta curricular que trabalhe os
conteúdos de forma inter ou transdisciplinar. Passou-se a palavra para a profa.
Cláudia, que firmou estar participando de outros grupos, inclusive com alunos,
onde pôde perceber a ansiedade, principalmente dos alunos do terceiro ano,
em relação ao ENEM. Que o Grêmio sugeriu aos professores a elaboração de
videoaulas que têm sido realizadas e compartilhadas pelos professores em
grupos de whatsapp. Sugere, então, a elaboração de um plano emergencial
para os alunos do terceiro ano, iniciando pela aplicação de um questionário
junto a alunos e professores, tanto sobre questões emocionais, quanto sobre
as condições materiais de implantação do ensino remoto; bem comoa a
elaboração de um material para esses alunos, como vídeos de bolso, poisnão
há como ignorar o ENEM. Sugere que devemos pensar em como ajuda-los
sem nos negarmos como seres humanos. Sugere ainda pensarmos em um
trabalho coletivo, com uma reunião ampliada, para redefinição do processo de
ensino e aprendizagem, pensando num currículo que seja construído e
executado coletivamente. Em seguida, Anizia se manifestou, declarando
também não achar interessante, nesse momento, a implantação do ensino
remoto, por questões objetivas e subjetivas. Precisamos repensar as questões
objetivas, como acesso à internet, flexibilização curricular, calendário escolar
etc. sugere que, nesse momento, se disponibilize aos alunos que têm acesso,
de forma não obrigatória, algum material didático. Que quanto ao retorno às
atividades, devemos pensar numa flexibilização da carga horária para nos
adequarmos às novas condições. Marcia manifestou-se, declarando achar
importante a elaboração de um documento que nos respalde nesse momento,
que a gestão deve manifestar-se quanto à elaboração do planejamento
docente. Que, quanto ao terceiro ano, concorda com Cláudia. De fato,
devemos pensar numa estratégia específica para esse grupo de alunos. A
profa. Fernanda, tomando a fala, declarou que todos fomos pegos de surpresa
e que a preocupação atual é sobrevivermos. É preciso primeiro escutar a
comunidade escolar como um todo para saber das reais condições de cada
um. Isso é primordial, antes de tudo. Ana Zilda, em seguida, sugere fazer o
levantamento junto à comunidade escolar, para podermos pensar numa
reorganização curricular. Declarou ainda que os alunos do AEE tem sido
acompanhados pelos professores, mas sem compromisso curricular.
Finalizadas todas as falas, a profa. Conceição Lobato fez um resumo do que foi
dito: as falas convergem, nesse momento não temos como realizar o ensino
remoto; que já há algumas ações individualizadas de docentes de enviar
atividades para os alunos que têm acesso à internet; que já está em
andamento a elaboração de um questionário que deverá ser aplicado aos
membros da comunidade escolar; que devemos convocar uma nova reunião
para darmos continuidade às discussões sobre a reorganização do currículo já
pensando num possível retorno. Assim, deliberou-se, por unanimidade, pela
não aplicação, no contexto atual, do ensino remoto; bem como pela aplicação
de um questionário junto aos membros do corpo escolar para avaliar as
condições emocionais e materiais de todos para o ensino remoto; pela
realização de uma reunião ampliada entre professores e gestão para
pensarmos coletivamente sobre a elaboração de material didático para o
terceiro ano; e pela realização de uma próxima reunião do DTP para discussão
sobre o retorno às atividades escolares pós-pandemia. Nada mais havendo a
acrescentar, foi encerrada a sessão pela profa. Maria da Conceição Lobato
Muniz que agradeceu a presença de todos e todas. Para constar, eu, Luiza
Carvalho de Oliveira, pedagoga, lavrei a presente ata.