Desenvolvimento Da Motricidade E As "Culturas de Infância" Carlos Neto
Desenvolvimento Da Motricidade E As "Culturas de Infância" Carlos Neto
Desenvolvimento Da Motricidade E As "Culturas de Infância" Carlos Neto
Carlos Neto
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Quando o objectivo é o estudo da dimensão diferencial, procura-se descrever e interpretar o
significado das diferenças inter-individuais, o estudo de populações particulares (grupos, culturas,
etc.) e de casos individuais. Se o objectivo é verificar a estabilidade ou mudança de aquisição, os
estudos procuram constatar as diferenças entre indivíduos através das mudanças ocorridas em
parâmetros do desenvolvimento, focar a direcção da estabilidade ou a direcção da mudança,
entender a estabilidade das diferenças individuais e analisar as alterações e mudanças, mas
também os fenómenos de regressão ou decréscimo de desenvolvimento. Por outro lado, se o
objectivo de estudo do desenvolvimento é centrar a atenção no produto ou nos mecanismos
implicados (processo), pretende-se esclarecer por vezes algumas dinâmicas contraditórias;
perspectiva descritiva ou explicativa do desenvolvimento e por outro lado a compreensão do
comportamento observável ou dos mecanismos subjacentes que têm lugar no processo. A
perspectiva centrada no produto apenas regista as mudanças de desenvolvimento assim que elas
têm lugar, não explicando como as novas funções aparecem. Quanto à perspectiva centrada no
processo (mecanismos) procura-se entender as noções de equilíbrio, diferenciação e regularidade
do comportamento fazendo apelo às relações existentes no jogo de sistemas. Habitualmente as
pesquisas centram-se nos estudos de tipo micro-genético. Em último lugar, interessa referir o facto
do foco no estudo do sujeito ter dominado o pensamento das pesquisas realizadas em
desenvolvimento na maior parte dos casos. São raros os estudos em que se relaciona a idade com
a mudança do envolvimento, admitindo-se a dificuldade no controlo das variáveis em presença. O
estudo da relação sujeito-envolvimento é praticamente rara e difícil de controlo. Um problema deve
ser então colocado segundo esta perspectiva de abordagem do desenvolvimento humano: "é óbvio
que a unidade de desenvolvimento é por natureza claramente de índole relacional, mas a análise
tende a ser centrada no estudo do sujeito"
É nossa convicção que o estudo do desenvolvimento humano, seja qual for a dimensão ou
parâmetro considerado, deve visualizar o indivíduo como um sistema complexo e organizado e
vivendo em relações de circunstância num contexto físico e sociocultural. Recentemente uma
abordagem do desenvolvimento designada de Teoria Bio-ecológica ou Teoria Ecológica dos
Sistemas Dinâmicos; (Bronfenbrenner & Morris, 1999; Krebs, 1995; Bronfenbrenner, 1992), tem
vindo a demonstrar a importância de se estudar estas mudanças de desenvolvimento baseadas
numa visão não linear do processo, uma abordagem não determinista e baseada na compreensão
mais exacta dos comportamentos numa perspectiva interactiva e em contextos de vida real.
3
(Haywood, 1993). Apesar de todas as dificuldades de natureza conceptual1, entendemos por
Desenvolvimento Motor o aspecto do comportamento motor e do controlo motor que está
directamente relacionado com o estudo das mudanças ou transformações na "performance
motora" durante os diferentes momentos da evolução da vida do indivíduo. Procura-se
compreender as alterações progressivas do controlo motor (como decorre de forma evolutiva a
mobilização dos mecanismos prévios à acção motora) e comportamento motor (apuramento das
modificações - estabilidade e mudanças produtivas nos padrões motores) através da maturação e
experiência ao longo da vida (Neto, 1985).
Quando se estuda o Desenvolvimento Motor (quadro 1), procura-se uma explicação
integrada de acordo com o conceito chave de “adaptação”, através do estudo das manifestações,
mecanismos e factores influentes nas relações entre desenvolvimento e aprendizagem, ecologia e
crescimento, génese dos padrões motores e jogo e desenvolvimento, através da evolução de uma
visão fragmentada, dispersa e prescritiva para uma convergência multidisciplinar com coerência
interpretativa e explicativa.
Esta convergência é necessária e prioritária para verificar o impacto recente no
desenvolvimento motor de variadas influências sociais e culturais, considerando as grandes
mudanças que se tem verificado nos últimos anos (contexto familiar, contexto escolar e contexto
social) nas Sociedades Modernas. Neste sentido, o estudo do Desenvolvimento Motor procura
aproximações no âmbito das Ciências Sociais, através do modo como os quotidianos de vida e a
vivência do território (vida activa) influenciam de forma decisiva a aquisição de reportórios motores.
• Descritiva/Prescritiva • Descritiva/Explicativa
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Várias controversias têm sido desenvolvidas a propósito da definição de Desenvolvimento Motor. Por um lado
considera-se as mudanças observadas no comportamento motor de acordo com as diferenças de idade, por outro lado
entende-se o Desenvolvimento Motor como um processo em que os sujeitos fazem a aquisição de padrões motores
maturos. Esta questão aparentemente contraditória entre as duas definições (relação processo versus produto), parece ter
vindo a ser resolvida de forma progressiva ao nível conceptual e metodológico nos últimos anos. A definição mais
consensual foi apresentada por Clark & Withall (1989) “Desenvolvimento Motor são as mudanças do comportamento
motor ao longo da vida e os processos que lhe estão subjacentes” “e dos factores que afectam essas mudanças”
acrescentado por Payne & Isaacs (2001).
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Nesta perspectiva, o desenvolvimento da motricidade é o conjunto das transformações de
resposta, entendidas numa base diacrónica, e constatáveis ao nível dos movimentos, das
qualidades físicas e motoras e das actividades humanas na adaptação às variações do meio físico
e social. É um processo decididamente dependente da maturação, do crescimento e da
aprendizagem.
Se é certo que nas primeiras idades o desenvolvimento se processa a partir de uma estimulação
casual, explicado como parte de um processo maturacional que resulta da imitação, tentativa e
erro e liberdade de movimento, é também verdade que as crianças, quando expostas a uma
estimulação organizada, em que as circunstâncias sejam apropriadamente encorajadoras, as suas
capacidades e habilidades motoras tendem a desenvolver-se para além do que é normalmente
esperado (Lopes, 1997; Neto & Piéron, 1993; Neto, 1987). No âmbito da motricidade infantil os
anos críticos para a aprendizagem das habilidades motoras situam-se entre os 3 e os 9/10 anos de
idade. Depois , talvez nada do que nós aprendemos seja completamente novo. Os anos seguintes
são a continuação do processo de evolução dos “standards” da maturação (Pangrazi, Chmokos &
Massoney, 1981).
Tendo em atenção as características do crescimento e desenvolvimento motor nestes
níveis de escolaridade (3 aos 10 anos), a literatura científica produzida até ao momento, indica-nos
várias áreas do desenvolvimento humano em que a prática de actividades motoras (através dos
efeitos produzidos pelo exercício físico, jogo ou habilidades motoras) têm um efeito evidente: no
desenvolvimento físico (ósseo, muscular, cárdio-vascular e controlo da obesidade); no
desenvolvimento de habilidades não-locomotoras (posturais), locomotoras (transporte do corpo) e
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manipulativas (controlo e transporte de objectos); no desenvolvimento perceptivo-motor (imagem
corporal, direccionalidade, afinamento perceptivo e estruturação espacial e temporal); no
desenvolvimento do autoconceito (físico, académico, estima pessoal, etc.) e no desenvolvimento
psico-social, estético e moral, referente à melhoria do ajustamento social e da estabilidade
emocional (Williams, 1983; Cratty, 1986; Haubenstricker & Seefeldt, 1986; Malina & Bouchard,
1991; Haywood, 1993; Neto, 1996; Gallahue & Ozmun, 1995; Gabbard, 1996).
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dado crucial como uma variável decisiva, entre outras, na linha de investigação que têm vindo a
ser desenvolvida recentemente no quadro de estudos sobre percepção & acção.2
2
Desde que J,J, Gibson apresentou os fundamentos de uma concepção directa da percepção, em larga
medida a partir de uma abordagem da percepção visual, que se tornou evidente a característica de
reciprocidade entre percepção e acção. Esta abordagem pouco ortodoxa para a época permitiu o
desenvolvimento de uma razoável quantidade de trabalho experimental, como um incremento interessante em
anos mais recentes. De facto a partir dos anos 80 foram publicados alguns artigos fulcrais que procuram
encontrar modos mais parcimoniosos de resolução da função perceptiva. São de referir pela sua revelância os
trabalhos orientados por Whiting, na Universidade Livre de Amesterdão (Beatrix Vereijken), os trabalhos de
David Lee, de Edimburgo e de Warren nos E.U.A. Dois aspectos merecem algum destaque: o papel da visão
na organização motora de acções de intercepção, matéria de grande complexidade e que reúne a atenção de
diversos investigadores e a questão da noção de affordance e de referência de escala corporal (body-scale
references). A percepção dos limites corporais e das capacidades de acção surge como um elemento
essencial para a compreensão da compatibilidade das acções desde a infância. São referências interessantes
os estudos sobre a percepção dos declives em planos inclinados, a percepção da altura de degraus ou de
cadeiras, para subir ou sentar, a percepção de distâncias ou obstáculos transponíveis, etc.
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Desenvolvimento ao longo do tempo de uma representação consistente do espaço físico (memória,
percepção e identificação) e de liberdade progressiva de acção no espaço quotidiano de vida (Neto, 1999)
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física (Pysical Activity Play), entendido como uma manifestação do comportamento motor de forma
moderada ou intensa, envolvendo uma actividade simbólica ou de jogo de regras e realizado de
forma individual ou colectiva. Nesta perspectiva, o jogo de actividade física apresenta duas
dimensões importantes e ao mesmo tempo paradoxais no desenvolvimento humano: exercitação
da função e intencionalidade (Pellegrini & Smith, 1998).
Esta progressiva diminuição de estimulação ocasional, coloca um desafio enorme quanto à
valorização do jogo em situações educativas, nos recreios escolares, ao redor da habitação e em
outros espaços de jogo comunitários. A questão principal reside em compreender o significado das
actividades de jogo de actividade física no desenvolvimento da criança, as oportunidades de prática
e encorajamento que lhe são oferecidas em função das suas necessidades e a complexidade de
estilos de vida a que estão sujeitas no dia a dia. A criação de envolvimentos de jogo no
desenvolvimento e educação da criança é afectado por uma multiplicidade de variáveis, muitas das
quais podem ser manipuladas especialmente por educadores e “designers”. A necessidade de
promover a qualidade do jogo numa perspectiva ecológica, implica a reformulação e alteração de
estratégias em diversos contextos de acção.
Esta é uma questão da maior actualidade na abordagem do estudo do desenvolvimento
infantil. Que padrões de sedentarismo e stress caracterizam o perfil dos quotidianos das crianças
que vivem hoje nas grandes cidades? Como evoluem, decrescem ou se mantêm os padrôes de
actividade física ao longo da vida, através de actividades formais e informais? Qual o papel da
família, da escola e da comunidade no incentivo de crianças e jovens mais activas e
consequentemente mais saudáveis? Que tempo e espaço é disponibilizado no dia-a-dia ás
crianças e jovens (e também aos pais!!!) para exercitarem esta função biológica e social, como se
observa em todas as outras espécies animais? Como conciliar o nível de segurança e a margem
de risco corporal nas actividades de jogo infornal na cidade?. Parece deduzir-se pelos estudos já
realizados, que se torna urgente fomentar estilos de vida activos desde a infância (educação para
a saúde), criando condições de estimulação oferecidos pela intervenção directa dos pais
(interacção parental), pelas escolas (espaços de recreio e educação física e desporto escolar), e
pela comunidade (ruas livres de trânsito, espaços verdes, espaços e equipamentos de jogo e
recreio, projectos de animação com especialistas ou “Playworkers”).
Torna-se urgente cruzar fronteiras de saberes entre especialistas ao nível dos conhecimentos
pedagógicos, técnicos e científicos, relacionados com o desenvolvimento e aprendizagem humana,
de modo a tornar possível um novo entendimento sobre o efeito das mudanças sociais e a
emergência de novas estratégias de intervenção na infância e adolescência. Algumas linhas de
estudo e intervenção, deveriam no futuro, ser seguidas com o objectivo de esclarecer os obstáculos
existentes ás possibilidades de acção e desenvolvimento da cultura lúdica e motora na infância,
relacionada com o envolvimento físico e social:
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3) Caracterizar a tipologia de espaços e equipamentos em relação às formas de exploração lúdica
e motora das crianças, O objectivo será definir modelos de espaços de jogo de acordo com
objectivos (polivalente), relações sociais, diferenças de idade, exigências funcionais, critérios de
uso (durabilidade, quantidade de espaço, e tipo de equipamento) e a capacidade e limite das
acções de jogo (avaliação técnica, financeira e médica);
7) Realizar estudos de observação sobre a estimulação motora e lúdica dentro de casa (atitudes
parentais) e fora de casa (espaços de jogo ao ar livre). O objectivo será compreender como
acontece a gestão de tempos, de actividades e espaços e o seu impacto no desenvolvimento
motor. Uma atenção especial deve recair nas diferenças de gênero, de idade, de classe social e de
contexto cultural.
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saúde, arquitectos, economistas e gestores de projectos, pais e crianças, etc.) Nas ultimas
décadas assiste-se a uma progressiva sensibilidade política e social sobre o significado dos
quotidianos de vida e culturas específicas de infância e também a defesa do direito da criança ao
jogo, embora não exista de forma satisfatória uma legislação capaz de ultrapassar a dicotomia
entre o espaço habitacional e social, de acordo com o crescimento populacional e os problemas
relacionados com as dimensões da rede urbana.
6-Conclusão
A interpretação das disposições aprovadas na Convenção dos Direitos da Criança (ONU), bem
como a Declaração da Associação Internacional para o Direito de Brincar (Viena, IPA, 1982),
levam-nos a considerar da necessidade de pensar sobre este tema numa perspectiva universal,
bem como especificar a diversidade das suas realidades sociais e culturais. Um olhar atento sobre
a defesa destes direitos não pode conviver com soluções corporativas ou conservadoras. A
necessidade de espaço e tempo para a criança brincar, de forma livre e espontânea, depende em
larga medida da necessidade de tempo e espaço para a família. As características da Sociedade
Pós-Industrial (padrões de vida sedentária, "stress" emocional, maus hábitos de vida, e
inactividade física) e o nascimento de uma Sociedade de Informação, implica uma estratégia nova
na visualização das diferentes estruturas sociais (a família, a escola, o trabalho e a comunidade) a
partir de políticas integradas e procurando a harmonização possível, visando a qualidade de vida
de todos os cidadãos (Neto, 1998). Algumas medidas podem ser tomadas neste sentido.4
O êxito de um bom desenvolvimento motor das crianças não é um problema
exclusivamente dependente do trabalho dos profissionais de Educação Física e Desporto (diversos
contextos de acção), nem das Agências especializadas em programas estruturados destinados à
infância. O problema é mais global e implica uma resposta adequada de políticas para a infância
que sejam realistas e capazes de ultrapassar as barreiras sociais actualmente existentes. A
questão do desenvolvimento motor na infância passa pelo estudo centrado nos seus actores
(compreensão dos seus quotidianos de vida) e da identificação dos constrangimentos biológicos e
sociais existentes na Sociedade Moderna. Está ainda por elaborar um modelo sociológico do
desenvolvimento da motricidade, capaz de dar resposta à diversidade de motivações e
necessidades da infância do século XXI. A emergência das políticas centradas na Infância estão
na ordem do dia através das decisões de Organizações Não Governamentais e de diversos Países
Democráticos defensores dos direitos das Crianças. No entanto, a valorização do estudo das
“Culturas de Infância” do ponto de vista da Educação Física e Desporto encontra-se num estado
pouco desenvolvido no que respeita à formação de especialistas, à investigação científica e à
intervenção pedagógica, terapéutica e artística.
A independência de mobilidade das crianças nos meios urbanos (Serrano, 2004; Malho &
Neto, 2004; Neto, 2001; O´Brian & Rustin, 2000; Arez & Neto, 1999; Vercesi, 1999.; Heurlin-
4
1- Serem redimensionados novos modelos de construção das áreas residenciais, procurando na medida do
possível, definir condições para as crianças jogarem em liberdade e segurança, e assegurarem os dispositivos
de acção que estimulem os parâmetros fundamentais do seu desenvolvimento motor, cognitivo e social.
2-Aproveitar-se as potencialidades das escolas e edifícios públicos para o desenvolvimento lúdico da
comunidade. Os espaços de recreio poderiam com a intervenção de especialistas, criar um melhor ambiente
com mais jogos construtivos e menos tumultos. Após o período de aulas e durante as férias os espaços de
jogo deveriam ser abertos à vizinhança.
3-O planeamento de espaços de jogo para crianças é um assunto muito sério. A participação activa das
crianças no planeamento, projecto e direcção do espaço urbano é uma garantia eficaz para a sua frequência,
manutenção, e animação quanto ao acesso e participação em grupo.
4-O futuro do planeamento urbano deveria considerar as culturas específicas de infância e de jovens quanto
ao acesso aos espaços de jogo perto das áreas residenciais ou de espaços públicos exclusivamente
dedicados à recreação, desporto e tempos livres. Onde não existam espaços de jogo deveriam ser
desenvolvidos espaços alternativos como corredores, estradas e baldios, após se assegurar a segurança da
criança.
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Norinder, 1996; Kittä, 1995; Van Der Spek & Noyon, 1995; Neto, 1992; Hillman & Adams, 1992;
Sandels, 1975) está deste modo, associada a uma série de factores complexos, que passam por
uma boa definição de decisões governamentais e municipais sobre políticas centradas na infância.
O espaço para brincar com autonomia pessoal na cidade do futuro, inclui a reabilitação da rua
como lugar de encontro, a reorganização dos locais de transição com qualidade ambiental e a
renovação do espaço de recreio na escola numa perspectiva diferente da actual. Em todas estas
situações, é impossível pensar num tempo e espaço padrão como a única alternativa. O futuro é
plural e não vejo possível a existência de práticas lúdicas/ corporais e espaços de acção com uma
formatação excessivamente padronizada e obcessiva. É urgente procurar novas linguagens e
modelos de referência apropriados ao mundo actual da infância e juventude para compreendermos
as necessidades de brincar e jogar ao longo da vida do homem.
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