1) O executado opõe-se à execução movida contra si alegando que nunca residiu nas moradas para onde foi enviada a citação para os processos que deram origem aos títulos executivos.
2) Solicita a nulidade de todo o processo desde a falta de citação regular e a sua citação pessoal.
3) Alega que pode invocar qualquer fundamento de defesa em processo declarativo ao abrigo da declaração de inconstitucionalidade do Tribunal Constitucional.
1) O executado opõe-se à execução movida contra si alegando que nunca residiu nas moradas para onde foi enviada a citação para os processos que deram origem aos títulos executivos.
2) Solicita a nulidade de todo o processo desde a falta de citação regular e a sua citação pessoal.
3) Alega que pode invocar qualquer fundamento de defesa em processo declarativo ao abrigo da declaração de inconstitucionalidade do Tribunal Constitucional.
1) O executado opõe-se à execução movida contra si alegando que nunca residiu nas moradas para onde foi enviada a citação para os processos que deram origem aos títulos executivos.
2) Solicita a nulidade de todo o processo desde a falta de citação regular e a sua citação pessoal.
3) Alega que pode invocar qualquer fundamento de defesa em processo declarativo ao abrigo da declaração de inconstitucionalidade do Tribunal Constitucional.
1) O executado opõe-se à execução movida contra si alegando que nunca residiu nas moradas para onde foi enviada a citação para os processos que deram origem aos títulos executivos.
2) Solicita a nulidade de todo o processo desde a falta de citação regular e a sua citação pessoal.
3) Alega que pode invocar qualquer fundamento de defesa em processo declarativo ao abrigo da declaração de inconstitucionalidade do Tribunal Constitucional.
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Tribunal Judicial da Comarca de ·····
Proc. n.º 9 /15
1ª Secção de Execução - Juiz 2
Meritíssimo Juiz de Direito
Chen Dong Li, executado nos autos em referência, vem deduzir oposição à execução que lhe move Novaluz - Comercialização de Energia, SA, mediante embargos, o que faz nos termos e com os seguintes fundamentos:
1. A injunção n.º 222222/11.8YIPRT, na qual a ora exequente
reclama do ora executado a quantia de € 1.363,99, foi remetida para R. Arco Marquês do Alegrete, n.º 2, 3º andar, em 1100-034 Lisboa.
2. A injunção n.º 189087/11.0YIPRT, na qual a ora exequente
reclama do ora executado a quantia de € 3.975,85, foi remetida para Av.ª Fernão Magalhães, n.º 690 1, 4100 - 000 Porto.
3. Ora sucede que se verifica In casu nulidade da citação para a
acção declarativa, sendo que o réu não interveio no processo (art.º 729.º/d) do nCPC).
4. Com efeito, o ora executado nunca residiu nas moradas para
onde foi realizada a citação:
i) R. Arco Marquês do Alegrete, n.º 2, 3º andar, em
5. Verifica-se, portanto, que o ora executado não foi regular e
legalmente citado para os termos das injunções. Assim, requer- se que se digne considerar nulo todo o processado a partir do momento em que se omitiu a citação regular, válida e legal, do R. ora executado, para os termos da acção e se digne ordenar se proceda à citação pessoal do mesmo para querendo, deduzir oposição à injunção, tendo em consideração que a actual residência do mesmo é, conforme consta da notificação recebida, Rua Heróis Do Ultramar, 38a, 2670-759 Lousa Lrs
6. De harmonia com o art. 187.º al a) do nCPC é nulo tudo o que se
processe depois da petição inicial, salvando-se apenas esta, quando o réu não tenha sido citado.
7. Ulteriormente ao trânsito em julgado da sentença proferida na
acção declarativa o réu revel pode interpor recurso de revisão invocando a falta de citação, ao abrigo do disposto no art. 696º al e) do nCPC ou opor-se à execução invocando o fundamento constante do art. 729º al d) do nCPC.
8. Estabelece o art. 701º do nCPC que se o fundamento da revisão
for julgado procedente, é revogada a decisão e que, no caso da alínea e) do art.696.º, anulam-se os termos do processo posteriores à citação do réu ou ao momento em que devia ser feita e ordena-se que o réu seja citado para a causa.
9. Por sua vez, a procedência da oposição à execução extingue a
execução, no todo ou em parte.
10. Referia Alberto dos Reis, no domínio do CPC de 1939, que
«oposição à execução e recurso de revisão são meios processuais diferentes: um destina-se a extinguir ou fazer cessar a acção executiva, o outro é destruir uma sentença transitada em julgado.» (Processo de Execução, Vol 2º, pág. 30/31), mas também que no caso de falta ou nulidade de citação para a acção «o juiz deve declarar nulo o processo da acção declarativa, com excepção da petição inicial; esta anulação faz cair a sentença exequenda; consequentemente extingue-se a acção executiva, por falta de base, e assim deve declarar o juiz» (ob cit, pág. 59). 11. Assim, a procedência da oposição pelo reconhecimento da falta de citação dos réus na acção declarativa deve ter como efeito a anulação do processado da acção declarativa posterior ao momento em que ocorreu aquela falta, incluindo a sentença (neste sentido, Ac da RP de 22/2/2001 - Proc. 0130197 - in www.dgsi.pt).
12. Neste quadro, devem ser anulados todos os actos praticados na
injunção posteriores ao momento em que se omitiu a citação e ordenando a citação do réu para deduzir oposição
13. E nem se diga que fundando-se o título executivo em
requerimento de injunção, o embargante apenas poderia invocar em sede de embargos os fundamentos previstos no artigo 729º, do novo Código de Processo Civil, atendendo ao estatuído no artigo 857º, nº 1, do mesmo diploma.
14. Com todo o respeito por diferente opinião, afigura-se-nos não
ser aplicável aos autos em refª. o disposto no artigo 857º, nº 1, do novo Código de Processo Civil, publicado pela Lei nº 41/2013, de 26 de junho, «uma vez que, em nosso entender, os fundamentos dos embargos, no que respeita à execução baseada em requerimento de injunção, deverão ser reportados ao momento em que o requerido/executado poderá considerar- se notificado, sendo certo que nos requerimentos de injunção apresentados à execução a fórmula executória foi aposta em 21/10/2011, pelo que, se outros obstáculos não existissem, deveria aplicar-se à oposição a deduzir contra os mesmos o Código de Processo Civil decorrente das alterações publicadas pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de novembro.
15. De facto, se assim não fosse, estaríamos a exigir do requerido/
executado que no momento da respetiva notificação observasse procedimentos ou contasse com preclusões que, naquela altura, não existiam, caso em que o citado normativo estaria ferido de inconstitucionalidade por violação do princípio de indefesa decorrente do artigo 20º, nº 1, da Constituição. 16. Acresce que o Acórdão do Tribunal Constitucional nº 388/2013, datado de 9/07/2013, publicado no DR I Série nº 184, de 24 de setembro, pronunciou-se pela declaração de inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma constante do artigo 814.º, n.º 2, do Código de Processo Civil, na redação do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de novembro, quando interpretada no sentido de limitar os fundamentos de oposição à execução instaurada com base em requerimentos de injunção à qual foi aposta a fórmula executória, por violação do princípio da proibição da indefesa, consagrado no artigo 20º, nº 1 da Constituição.
17. O Tribunal Constitucional, ao proferir a aludida declaração de
inconstitucionalidade com força obrigatória geral, pôs termo à controvérsia originada com a alteração do artigo 814º, do Código de Processo Civil, operada pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de Novembro, devendo entender-se que nas oposições à execução referentes a requerimentos de injunção notificados ao requerido em data anterior a 1/09/2013, deverá permitir-se ao executado a invocação de todos os meios de defesa, aplicando- se o regime decorrente do novo Código de Processo Civil apenas aos casos em que essa notificação foi efetuada posteriormente.
18. E assim sendo, não podendo aplicar-se o disposto no artigo
816º, do Código de Processo Civil, na redação que lhe foi dada pelo referido Decreto-Lei nº 226/2008, concluir-se-á que o embargante poderá alegar nestes autos quaisquer factos passiveis de serem invocados em processo de declaração.» Comarca do Porto - Inst. Central - 1ª Secção de Execução - J5 Proc. Nº 1001/14.7YYPRT-A.
Termos em que, nos mais de Direito e com o mui
douto suprimento de V.ª Ex.ª, devem os presentes pedido de oposição à execução ser julgado procedente e, em decorrência, ser extinta a presente execução, por absolvição da instância executiva.
Valor da Acção: o da execução.
Rol de testemunhas: Nome e morada. Testemunha, a notificar por videoconferência na seguinte morada ····· Junta: procuração forense, e documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça.
Contestação Com Defesa Por Exceção de Incompetência Relativa (Forma de Processo), Ilegitimidade Por Preterição de Litisconsórcio Necessário (E Outras Irregularidades)
Contestação Com Defesa Por Exceção de Incompetência Relativa (Forma de Processo), Ilegitimidade Por Preterição de Litisconsórcio Necessário (E Outras Irregularidades)