Artigo Marcio Zamboni PDF
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Marcio Zamboni
Graduado em Ciências Sociais pela USP e Mestre em Antropologia Social pelo PPGAS/
USP. Doutorando em Antropologia Social pelo PPGAS/USP, sendo orientado pela Profa.
Dra. Laura Moutinho e bolsista pela FAPESP. Pesquisador vinculado ao Numas-USP
(Núcleo de Estudos de Marcadores Sociais da Diferença) e integrante do Grupo de
Trabalho “Mulher e Diversidade” da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de São Paulo.
[email protected]
RESUMO
O objetivo desse artigo é analisar a relação entre as dinâmicas de organização do espaço
prisional e as formas de identificação e diferenciação entre presos em termos de gênero
e sexualidade. Estas dinâmicas foram analisadas em múltiplas escalas. Em primeiro
lugar no que diz respeito à constituição de cadeias dos coisas (unidades prisionais
destinadas a abrigar sujeitos rejeitados em unidades alinhadas com o PCC) e ao processo
por meio do qual essas unidades concentram uma grande quantidade de sujeitos que
não se enquadram nos padrões estritos de masculinidade promovidos pelos comandos.
Depois, analisei a identificação de celas específicas no interior dessas unidades com
esses sujeitos, os chamados barracos das monas, e seu lugar na dinâmica de produção
do cotidiano na prisão.
Palavras-chave
Gênero, Sexualidade, Prisão, Presos LGBT
Abstract
The purpose of this paper is to analyze the relationship among the organization of
prison spaces and the ways of identification and differentiation of prisoners in terms of
1. De acordo com a narrativa que se tornou dominante sobre a história do PCC, este coletivo começou a se articular em 1993
em resposta ao chamado Massacre do Carandiru (quando, em 1992, uma operação policial entrou na Casa de Detenção de São
Paulo para dar fim a uma rebelião e acabou por matar pelo menos 111 presos) e se tornou hegemônico nas prisões do estado no
começo dos anos 2000. Calcula-se hoje que mais de 90% das unidades do sistema penitenciário paulista estejam alinhadas com
o PCC. Sobre o PCC ver Karina Biondi (2010) e Camila Nunes Dias (2011). Sobre o Massacre do Carandiru ver Marta Machado
e Maira Rocha Machado (2015).
2. Sigla para Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade, principal comando de oposição ao PCC no estado de São
Paulo. Ver Adalton Marques (2009).
3. Outro comando de oposição, caracterizado pela adesão de suas lideranças a religiões de matriz africana.
4. Sobre a oposição entre o mundo do crime e o mundo do trabalho ver José Ricardo Ramalho (2008) e Gabriel Feltran (2008).
5. Visitei quatro unidades localizadas na Região Metropolitana de São Paulo. Contemplei, além disso, relatos de presos, funcio-
nários e outros pesquisadores que circularam por unidades localizadas em diversas regiões deste estado.
6. Trata-se de uma atividade promovida pelo Departamento de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP que busca pro-
mover debates sobre o sistema penitenciário colocando em contato estudantes universitários e presos. O grupo que se reunia
semanalmente contava com aproximadamente 20 representantes de cada categoria e a coordenação de quatro pesquisadores
mais experientes das áreas de direito e psicologia. Sobre o GDUCC, ver Gabriela Braga & Emília Bretan (2008).
7. Aquendar a neca é o nome dado à técnica de ocultar os genitais masculinos produzindo o efeito visual de uma vagina. Ver
Larissa Pelúcio (2009).
8. Esse descompasso já vem sendo descrito e analisado em etnografias realizadas no contexto de prisões femininas. Para além
da diversidade de categorias, tem sido destacado o caráter situacional e ambivalente das identificações. Ver, por exemplo, Natália
Padovani (2010; 2011; 2015), Natália Negretti (2015) e Fabíola Cordeiro (2016).
9. Realizada no programa de Pós Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) sob a orien-
tação da Profa. Dra. Laura Moutinho e com o financiamento da FAPESP.
10. Grupo de Trabalho que reúne agentes da Pastoral Carcerária com o objetivo de construir um repertório sobre as questões
de gênero e diversidade sexual no ambiente prisional. Trata-se de um espaço de formação e encontro que tem colaborado para
a produção de dados sobre o tema e para a elaboração e manutenção de políticas públicas relacionadas com essas questões.
11. A primeira versão desse trabalho foi apresentada em 2015 na XI RAM, Reunião de Antropologia do Mercosul, em Monte-
video. Agradeço nesta ocasião os coordenadores do GT 58 (Desejos que Confrontam: Antropologia e Sexualidades): Jorge Leite
Junior, Mauricio List Reyes e María Elvira Díaz Benítez, bem como os comentários de Natânia Lopes. No processo de elaboração
deste artigo agradeço também as leituras cuidadosas de Natália Lago, Gibran Teixeira Braga e Mauro Feola.
Se uma bicha entra na cadeia do PCC, ela fecha com o PCC. Se ela entra
numa cadeia do CRBC, ela fecha com o CRBC. Se a bicha entra numa ca-
deia da Seita Satânica, ela fecha com a Seita Satânica. Ela não vai entrar
para nenhuma delas, entendeu, mas ela fecha com todas.
A bicha, portanto, não entra em nenhuma, mas fecha com todas. Ela está
relativamente fora das disputas entre coletivos, de forma que pode nego-
ciar as condições de sua estadia em cada instituição. Essa possibilidade de
sobreviver em todos os contextos não significa, no entanto, que o status da
bicha em cada um desses cenários seja o mesmo. Diante da pressão coloca-
da por sua irmã13 para que ela fique em uma unidade alinhada com o PCC,
Samanta ressalta a diferença entre essas e as cadeias de coisas, afirmando
que a permanência nestas seria para ela mais vantajosa:
A minha irmã me cobra muito para eu ir para uma cadeia do PCC. Ela
disse que já fechou com os irmãos de eu ir para lá. Eu já fiquei em ca-
deia do PCC mas para a gente que é homossexual é ruim demais, é mui-
to sofrimento. A gente fecha com eles mas tem que usar cabelo curto,
não pode usar roupa feminina, não pode ter relação. E aqui tem uns
bofe, cada homem que tem aqui, uns bofe lindo que você não acredita
e que tão querendo você. É babado, mulher!14
12. A palavra sistema é usada informalmente pelos presos para se referir ao universo do sistema penitenciário e em alguns
contextos também ao sistema socioeducativo (MALLART, 2014).
13. A irmã de Samanta era comandante do PCC, tendo sido batizada durante uma de suas passagens por uma prisão feminina.
Junto com outros parentes, elas haviam formado uma gangue que assaltava caixas eletrônicos na periferia da capital. Sobre mu-
lheres no PCC ver Natália Lago (2014) e Natália Padovani (2015).
14. Samanta, depois de saber que eu tinha um namorado, começou automaticamente a se referir a mim como mulher. Nas
primeiras vezes que deixou escapar essa expressão ainda pediu desculpa: “ai, desculpa, te chamei de mulher de novo, não sei se
você gosta”. Depois de eu dizer que eu não me importava e que achava até simpático, ela aderiu completamente a essa fórmula,
usada muito frequentemente também no diálogo com outras monas.
Joaquim fala, portanto, de uma certa ideologia para qual é preciso ser sujei-
to homem para ter voz ativa. Essa compreensão de que “no crime é preciso
ser sujeito homem” é abordada por Karina Biondi (2010) em sua etnografia
sobre o PCC e desenvolvida por Guilherme Boldrin (2014). No limite, está
a ideia de que “tem mona que é mais criminosa que muito ladrão aí”, mas
que, em última instância, “as monas são do crime mas não são o crime
porque o crime não dá o cu” (BIONDI, 2010, p. 147-8). Ou seja, mesmo
quando são reconhecidas como sujeitos com proceder17 no crime, as monas
15. Não existe na bibliografia das ciências sociais sobre o PCC e o sistema penitenciário paulista um consenso acerca do lugar da
homossexualidade (ou, de forma mais ampla, das relações sexuais entre presos) nos códigos de conduta dessa organização. Em
outro trabalho, Natália Lago e eu buscamos sistematizar as diferentes leituras e colocá-las em relação ao discurso de lideranças do
PCC (LAGO & ZAMBONI, 2016). Não entrarei aqui nos meandros desse debate: darei prioridade aos discursos com os quais tive
contato no trabalho de campo, mobilizando outros autores na medida em que eles possam iluminar determinados pontos. As prin-
cipais referências nesse sentido são os trabalhos de Karina Biondi (2010), Camila Nunes Dias (2011) e Guilherme Boldrin (2014).
16. Sobre a construção da figura do criminoso por meio dos dispositivos do sistema de justiça penal e sobre a identificação de
determinados sujeitos com esse lugar social, ver Michel Foucault (1977) e Michel Misse (2006).
17. Ter proceder significa ser reconhecido como alguém que age pelo certo, de acordo com os códigos de conduta do crime.
Ver Adalton Marques (2014).
Nós travestis não somos do crime, entendeu? A gente muitas vezes co-
mete um crime dentro daquilo que a gente faz, que é a prostituição.
Porque onde tem prostituição a gente sabe que tem muito crime. Na
pista tem muita droga, muito roubo, muita violência também. Essa coi-
sa de ciúme, de competição, dá muita briga também, muito barraco. O
crime é uma coisa que a gente pode fazer assim, e ser presa por isso, e
tem que pagar cadeia. Mas não é da nossa natureza, entendeu?
18. Desde meados de 2015 tenho ouvido rumores de que por meio de novos salves as posturas do PCC em relação a esses temas
tem se transformado – inclusive com a aceitação de homossexuais como irmãos. Mas os efeitos dessas mudanças ainda não se
fazem sentir na maior parte das unidades.
19. O termo Maricona aqui é utilizado como sinônimo de cliente em potencial. Ele pode ser usado também para designar
um homem pouco viril relativamente mais velho e em melhores condições de vida que se relaciona afetiva e sexualmente com
travestis ou homossexuais.
20. Uma compreensão semelhante motivou a criação das primeiras unidades prisionais femininas no Brasil em meados do sé-
culo XX. A ideia de que o crime é algo fundamentalmente masculino ou de que a natureza da criminalidade na mulher é intrin-
secamente diferente daquela encontrada nos homens deu força ao projeto de separação do sistema penitenciário entre unidades
masculinas e femininas. Ver a esse respeito Elça Lima (1983), Natália Padovani (2010) e Bruna Angoti (2011).
A bomba de testosterona
Numa cadeia a gente tem muita testosterona junta em um espaço mui-
to pequeno. E fica toda essa testosterona comprimida entre quatro pa-
redes, sacou? É tipo uma bomba de testosterona, a gente pode dizer
até uma bomba relógio, que pode explodir a qualquer momento. Por
isso a gente tem que ter muita ordem, muita disciplina e harmonia.
Foi assim que Edson, um dos faxinas da ala A21, justificou a necessidade
de disciplina na prisão. Faxina é o nome dado aos moradores das duas ce-
las fisicamente mais próximas da entrada de cada ala. Sendo responsáveis
por grande parte dos trabalhos de limpeza e de manutenção da prisão, eles
se movimentam mais livremente pelas suas dependências e tem um pa-
pel fundamental na circulação de informações e na mediação das relações
entre os funcionários e a população carcerária22. Trata-se de uma posição
de grande prestígio dentro da cadeia, acompanhada de pequenos privilé-
gios e grandes responsabilidades. Além dos faxinas, cada cela tem um setor
(também chamado de palavra ou voz), alguém especialmente considerado
no barraco, responsável por levar as demandas de seus companheiros de
cela para os faxinas ou para a administração. Mesmo em uma unidade nas
mãos dos funcionários, a maior parte das atividades que fazem o cotidiano
da prisão é organizada pelos próprios presos23.
As três palavras evocadas no final da fala de Edson não são gratuitas. “Dis-
ciplina, Harmonia e Ordem” foi escolhido como lema da ala em oposição a
“Paz, Justiça e Liberdade” (lema do Comando Vermelho24 incorporado pelo
21. O CDP, assim como grande parte dos CDPs do estado, possui 4 alas (também chamadas de raios) com 16 celas em cada.
22. Sobre a centralidade do faxina no cotidiano da prisão, ver Drauzio Varella (1999, p. 99-104). Sobre a disposição da cela
destinada aos faxinas no espaço prisional e sua relação com a estratificação social entre presos ver Fabíola Cordeiro (2016, p. 34).
23. Em unidades alinhadas com comandos a interferência dos funcionários nas dinâmicas de convivência entre os presos é ain-
da menor, e as funções de faxina e setor (que podem receber outros nomes também) ganham um caráter político mais acentuado
– estando fortemente associado com o lugar na hierarquia interna dos coletivos (BIONDI, 2010).
24. Coletivo de presos formado no estado do Rio de Janeiro em 1979 e atuante até hoje.
25. As celas têm dimensões de aproximadamente 5,0 x 5,0m2, são ventiladas apenas por uma porta gradeada (conhecida como
capa) voltada para o pátio da ala, possuem dois vasos sanitários, um chuveiro, e oito burras (camas de cimento).
26. Em geral partidas de futebol disputadas entre homens. Em algumas situações extraordinárias são organizadas partidas de
vôlei entre monas.
27. Sobre o entrelaçamento entre trocas econômicas, afetivas e sexuais, ver os trabalhos de Viviana Zelizer (2009), Natália
Padovani (2015) e Fabíola Cordeiro (2016).
28. Jumbo é como é chamada a sacola com alimentos, produtos de higiene pessoal, cigarros e outros produtos necessários para
a vida na prisão que internos recebem periodicamente de seus parentes ou visitantes.
29. Os cigarros industrializados são escassos no CDP e, embora circulem também nestas transações, são vistos sobretudo como
um bem de luxo.
30. Como são conhecidos os homens que mantém relações sexuais e afetivas com as monas no contexto da prisão. Muitos deles
possuem uma vida heterossexual convencional na rua.
31. Sobre a heteronormatividade característica da gestão do direito à visita íntima no sistema penitenciário paulista, ver Barbara
Soares e Iara Ilgenfritz (2002) e Natália Padovani (2011).
A gente tem que ser muito organizada, entendeu? Porque não somos de-
pravadas, nós temos respeito e esse respeito precisa sempre ser mostrado.
Os outros precisam respeitar a nossa homossexualidade. E não é homos-
sexualismo, viu? É homossexualidade mesmo, porque ismo é de doença e
a gente não é doente. Nós queremos ver o respeito que impomos. Quere-
mos ser tranquilas e respeitadas pelo que somos e como somos.
Tinha uma bicha na ala D que vivia fazendo escândalo por causa de
homem. Era sempre uma gritaria, tinha dia que ela vinha e cortava o
marido, tinha dia que ela se cortava para chamar atenção, ficava se ar-
ranhando e se atracando com as outras por causa de ciúmes. Era mes-
mo o que a gente podia chamar de uma bicha louca né...
Ouvi diversas vezes que o barraco das monas da Ala A do CDP era conside-
rado um dos mais tranquilos do sistema. Em grande parte, essa organização
era atribuída ao caráter militar da própria ala, que havia conseguido tam-
bém banir o uso do crack. Devido ao banimento do crack pelo PCC (consi-
derado uma ameaça à paz entre os ladrões), as cadeias de coisas costumam
concentrar uma grande quantidade de usuários da droga – criminalizados
pelo recente recrudescimento da legislação relativa ao tráfico de entorpe-
centes. De acordo com Samanta, “as outras alas do CDP estão cheias de
cracudos, parece que você está na Boca do Lixo”32.
32. Boca do Lixo é como é chamada uma área na região central da cidade de São Paulo caracterizada pela prostituição e pelo
tráfico de drogas.
33. Essa lógica se assemelha com aquela observada em casas de prostituição de travestis, como as pesquisadas por Letizia
Patriarca (2015).
34. Não terei espaço aqui para descrever detalhadamente essa dinâmica. Para uma descrição mais cuidadosa dessas relações,
ver Guilherme Boldrin (2015).
35. Pesquisas mais antigas como a de José Ricardo Ramalho (2008[1976]) mostram como esse critério de classificação é relati-
vamente recente – e que em prisões como a Casa de Detenção de São Paulo a posição sexual (ativo ou passivo) e a performance
de gênero (masculina ou feminina) era mais relevantes do que o sexo do parceiro para definir a identidade sexual dos presos.
Camila Nunes Dias (2011) mostra como transformações na estrutura de poder do PCC levariam a mudanças profundas nessa
lógica de classificação.
36. Em algumas unidades e raios nos quais há uma concentração especialmente grande de monas é possível haver uma separa-
ção entre o barraco das monas e o barraco dos envolvidos (em geral se tratam de celas vizinhas e igualmente precárias). Nesses
casos é comum que os envolvidos se mudem para o barraco das monas caso estabeleçam uma relação estável com alguma delas.
Considerações finais
Este artigo é o resultado parcial de um trabalho de campo em andamento.
Ao longo do texto, pude estabelecer algumas hipóteses de pesquisa e pro-
por caminhos para refletir sobre alguns dos principais dilemas que os cha-
38. Sobre Alas especiais para a População LGBT ver Gustavo Passos (2014), Guilherme Gomes Ferreira (2015) e Cícero Eustá-
quio Jr., Marília Bregalda e Bianca Silva (2015).
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