O capítulo resume as principais ideias educacionais do século XX, incluindo as propostas socialistas de educação politécnica, as ideias democráticas burguesas de aprendizagem prática e o debate entre Vygotsky e Piaget sobre o papel da sociedade versus maturação no desenvolvimento individual. Também discute as visões conservadoras da educação na Itália fascista e o pensamento de Gramsci sobre uma escola unitária que atenda às demandas industriais e técnicas sem deixar de lado a formação humanística.
O capítulo resume as principais ideias educacionais do século XX, incluindo as propostas socialistas de educação politécnica, as ideias democráticas burguesas de aprendizagem prática e o debate entre Vygotsky e Piaget sobre o papel da sociedade versus maturação no desenvolvimento individual. Também discute as visões conservadoras da educação na Itália fascista e o pensamento de Gramsci sobre uma escola unitária que atenda às demandas industriais e técnicas sem deixar de lado a formação humanística.
O capítulo resume as principais ideias educacionais do século XX, incluindo as propostas socialistas de educação politécnica, as ideias democráticas burguesas de aprendizagem prática e o debate entre Vygotsky e Piaget sobre o papel da sociedade versus maturação no desenvolvimento individual. Também discute as visões conservadoras da educação na Itália fascista e o pensamento de Gramsci sobre uma escola unitária que atenda às demandas industriais e técnicas sem deixar de lado a formação humanística.
O capítulo resume as principais ideias educacionais do século XX, incluindo as propostas socialistas de educação politécnica, as ideias democráticas burguesas de aprendizagem prática e o debate entre Vygotsky e Piaget sobre o papel da sociedade versus maturação no desenvolvimento individual. Também discute as visões conservadoras da educação na Itália fascista e o pensamento de Gramsci sobre uma escola unitária que atenda às demandas industriais e técnicas sem deixar de lado a formação humanística.
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Pedagogia/Noturno/Primeiro Ano “A” /UENP/CCHE/CJ
Caroline de Oliveira Mattozinho
Resenha Crítica do Capítulo X, “O nosso século em direção ao ano dois
mil”, do livro História da Educação, de Manacorda, (p, 374-426).
Mario Alighiero Manacorda nasceu em Roma em 1914. Formou-se
em Letras e também estudou pedagogia. Ao longo de sua vida ensinou, assim como estudou e traduziu clássicos literários e históricos-políticos. Fez parte do Instituo Gramsci e foi um ativista nas lutas educacionais na segunda metade do século XX. Seu livro “História da Educação: da Antiguidade aos nossos dias” se inicia no Egito, passa por Grécia e Roma, pela Idade Média, Moderna e Contemporânea, em uma perspectiva materialista histórico dialético.
No capítulo X “O nosso século em direção ao ano dois mil”, segundo
o autor, a proposta socialista intencionava uma formação politécnica, visando capacitar o indivíduo para exercer qualquer tipo de trabalho possuindo uma formação universal, porém esse ideal era de difícil aplicação e encontrava muitas resistências das antigas estruturas. A perspectiva democrática burguesa enfatiza o social e defende a educação juntamente com o learning by doing, o aprender fazendo proposto por Dewey, embora suas ideias se distanciem do real e contenha contradições. De modo utilitarista, essa pedagogia mostra a importância de aprender fazeres uteis à sociedade industrial, possibilitando uma melhor vida social dos indivíduos.
Dentre as diversas vertentes psicológicas que surgiram no decorrer
da história, o texto destaca os autores antagônicos Vygotsky e Piaget. Vygotsky parte do pensamento evolucionista, dando maior importância à história da humanidade do que ao indivíduo. A formação psíquica se dá no meio social, composto basicamente pela educação e pelo trabalho, através de instrumentos materiais e de linguagem. Na visão do autor, o ensino é anterior ao desenvolvimento do indivíduo, portanto, Vygotsky dá uma maior importância ao potencial do aluno, ou seja, ao “amanhã”, e não ao “ontem”. Na visão de Piaget, a maturação, experiência e sociabilidade não são suficientes para o desenvolvimento psíquico. Dessa forma, “a educação deve adequar-se ao desenvolvimento” (MANACORDA, p. 394), ideia que contrasta com a de Vygotsky, porém Piaget não exclui ou ignora a contribuição social ao desenvolvimento em certa medida.
O pensamento conservador na Itália em seu período fascista era a
favor de uma reforma da educação fazendo uma rigorosa distinção das classes privilegiadas e as subalternas. Para o conservador Giovanni Gentile “...não deve haver lugar para todos... A reforma visa exatamente isso: reduzir a população escolar”. Portanto, para os conservadores, a reforma serviria para a manutenção do nível alto da escola da classe privilegiada, assim como os fascistas de “esquerda” também contribuíam com essa concepção. A reflexão de Gramsci em torno da escola unitária, baseada nas ideias socialistas e marxistas, é sobre a necessidade de manter as escolas de formação humanística, formativa e intelectual sem deixar a demanda de seu contexto industrial e técnico de lado, caracterizado pelo crescente aparecimento de sistemas educacionais para atender os vários ramos de profissões e especializações.
Na segunda metade do século, acontecimentos como a saída do
homem da Terra em 1957 e a tomada de consciência das novas gerações sobre a desigualdade educacional, são fenômenos decisivos para a educação neste período.
Enquanto nos estados ocidentais continuaram a procurar bases mais
solidas e cientificas para a educação, os estados socialistas se basearam no pensamento de Marx e seus seguidores. A nova pedagogia católica e a marxista precisava lidar com a questão da pedagogia liberal-democrática em evidência.
Embora tantos pensadores tenham feito críticas ao sistema
educacional da época, a mais racional foi feita pelos próprios escolares, em relação a própria escola e ao descuido dos professores com a realidade e os problemas concretos dos alunos. Em 1968, ano da revolta estudantil e juvenil, os atos de vandalismo e comportamentos sádicos só revelaram a crescente tomada de consciência das massas, que deixou sinais na pedagogia e na cultura. Nas empresas, os trabalhadores, cada vez mais reconhecidos como uma pequena burguesia, foram tendo consciência de suas condições, almejando sair de suas empresas para alcançar o ideal do homem contemporâneo e independente, pois, assim como a tomada de consciência dos jovens, a classe operaria percebeu a educação como instrumento de opressão.
REFERÊNCIAS
MANACORDA, M. A. História da Educação: da Antiguidade aos
nossos dias. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
Nuances: estudos sobre Educação, Presidente Prudente-SP, v. 27,