E-Book Ethernet PDF
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Cesar S. Machado
2007
Ethernet Cesar S. Machado
Índice
1. Introdução ............................................................................. 3
2. Funcionamento do Ethernet ........................................... 8
3. Fast-Ethernet ........................................................................ 19
7. Os Fatos ................................................................................. 29
Apêndice A ................................................................................... 30
Apêndice B ................................................................................... 31
1a Edição: 2004
2a Edição: 2007
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1. Introdução
O desenvolvimento das redes de computadores teve início na década de 60
principalmente em virtude das pesquisas financiadas pela americana ARPA
(Advanced Research Project Agency). Foi assim que, em 1962, teorizou-se que a
forma mais eficiente de computadores se comunicarem em rede, seria por meio
da comutação de pacotes, o seja, transmitindo os dados em pequenas porções de
cada vez. Em 1969 esse conceito foi demonstrado na prática com a criação da
primeira rede de computadores , a ARPAnet.
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Frame Ethernet
Bits de dados
10101010101010
11110000111110
Adaptador
Ethernet
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representado por uma tensão de zero volts e o bit ‘1” por uma tensão de 3,5
volts, por exemplo.
Dessa forma, algumas regras tem de ser seguidas para possibilitar a correta
comunicação de dados entre dois sistemas ou equipamentos tais como a
codificação e o enquadramento dos dados.
A codificação é a forma pela qual os bits de dados “0” e “1” são convertidos em
sinais elétricos para a linha. Procura-se gerar um sinal com nível médio de zero
volts e concentrar a banda numa faixa de frequência mais estreita de forma a
preservar as características do sinal transmitido, mesmo a uma distância de vários
kilômetros. Existem vários tipos de codificação, empregados pelos diversos
sistemas e fabricantes. O Ethernet de 10 MBps, por exemplo, emprega a
codificação Manchester Diferencial, descrita no capítulo 2.
O enquadramento, por sua vez, especifica como os sinais referentes aos bits
transmitidos serão organizados quando entregues ao meio de transmissão.
Fornece também o sincronismo, bits de sinalização e verificação.
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No início dos anos 90 as redes Ethernet davam sinais de que logo não mais
dariam vazão as necessidades do tráfego de rede que crescia continuamente.
Dessa forma, foi desenvolvido a partir de 1991, por um consórcio de empresas
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americanas lideradas pela 3Com (empresa fundada por Robert Metcalf), uma
nova versão do Ethernet - o Fast-Ethernet - com velocidade de 100 Mbps.
Esperava-se com isso atender a demanda por aumento de velocidade por parte
das redes, mantendo, contudo, a plena compatibilidade com a tecnologia
Ethernet de 10 Mbps já existente. Para tanto o Fast-Ethernet empregava a
mesma tecnologia CSMA/CD, o mesmo formato de frame e endereçamento do
Ethernet tradicional. Sua sinalização, contudo, sofreu modificações de forma a
permitir a operação a 100 Mbps
Enfim, na medida em que vão aumentado as necessidades das redes por maior
capacidade de transmissão de dados, também vão aumentado as possibilidades
do Ethernet para atender essas demandas. Como mostraremos mais adiante, o
desenvolvimento de novas e mais rápidas versões do Ethernet não se limita a
simplesmente em aumentar a velocidade de operação mas também em melhorar
significativamente outras características que influenciam no desempenho de
adaptadores de rede, switches e outros dispositivos de rede.
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A Família Ethernet
Ethernet 10 802.3
Fast Ethernet 100 802.3u
Gigabit Ethernet 1000 802.3z
10-Gigabit Ethernet 10.000 802.3ae
100-Gigabit Ethernet 100.000 -
1.3 Resumo
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2. Funcionamento do Ethernet
O princípio de operação do Ethernet é baseado numa arquitetura de difusão
com detecção de colisão de pacotes, denominada CSMA/CD (Carrier Sense
Multiple Access with Collision Detection). A seguir, apresentamos todas as
principais características dessa tecnologia criada para possibilitar o acesso do
Ethernet ao meio de forma ordenada e minimizar os eventuais problemas que
surgem quando o mesmo o feito.
O Ethernet original foi criado para operar em uma topologia lógica constituída
por um barramento ao qual todos os nós de rede deveriam se conectar. Na
prática, essa topologia era montada por meio de um cabo coaxial grosso, padrão
10Base5 que reproduzia, fisicamente, a topologia lógica.
O cabo coaxial era caro e difícil de trabalhar, de forma que nos anos 80 surgiu a
implementação com cabo coaxial fino, padrão 10Base2, que empregava a mesma
topologia.
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Por fim, com o advento dos switches nos anos 90, as redes Ethernet passaram a
ser implementada por meio dos barramentos comutados desses equipamentos. A
interligação dos nodos passou a ser feita por meio de um cabo telefônico
trançado padrão 100BaseTX para possibilitar a operação a 100 Mbps.
Switches a servidores
Switches a switches
Switches a roteadores
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2.3 Endereçamento
Todos os dispositivos de rede devem possuir um endereço físico próprio e único
que possibilite a comunicação em rede por meio de um canal de comunicação
que pode ser um cabo, rádio (wireless) ou infravermelho.
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(11) Quando um adaptador inicia uma transmissão e detecta uma colisão, ele
suspende a mesma e envia um sinal de ocupado (32 bits aleatórios) para
informar a todos os demais que suspendam, momentaneamente, a
transmissão de dados.
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(13)O adaptador reagenda o frame que não pôde ser transmitido em virtude
de uma colisão tal como faz quando o cabo está ocupado. Se ocorrerem
várias colisões sucessivas, o retardo vai aumentando exponencialmente,
visando a eliminar novas possibilidades de colisão. Por fim, após 16
colisões sucessivas, a tentativa de transmissão é abortada.
(14)Os tamanhos mínimo (64 bytes) e máximo (1518 bytes) dos frames são
definidos em função do seu tempo de propagação no cabo (slot time),
levando-se em conta a velocidade (10 Mbps) e o alcance máximo do cabo
(2,5 Km na melhor hipótese, com uso de repetidores) de forma que todas
as placas possam detectar corretamente as colisões.
Endereço de Destino
Comprimento Preenchimento
Bytes:
8 6 6 2 0 a 1500 0 a 46 4
Endereço de Origem
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Frames Ethernet
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+0,85 V
-0,85 V
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Cabeamento Ethernet
10Base2: Operação com cabo coaxial fino RG58 (0,25 polegadas de diâmetro)
com impedância de 50 Ohms e alcance máximo de 185 metros ou até 925
metros com quatro repetidores.
10Base5: Operação com cabo coaxial grosso (0,5 polegadas de diâmetro) com
50 Ohms de impedância e alcance máximo de 500 metros ou até 2500 metros
com quatro repetidores.
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10Base2
10 Mbps 200 metros
sinal banda-base
Fig. 10 – Nomenclatura
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R R R R
Fig. 11 – Repetição
1 1
2 2
3 3
6 6
4 4
5 5
7 7
8 8
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4 Fast-Ethernet
O Fast-Ethernet foi homologado em 1995 pelo IEEE como protocolo 802.3u.
O funcionamento do Fast-Ethernet é praticamente idêntico com o Ethernet de
10 Mbps de forma a manter a compatibilidade e, dessa forma, manter o parque
instalado de dispositivos de rede. Muito criticado na época, devido a sua baixa
eficiência, essa estratégia de manter a compatibilidade mostrou ser, com o
tempo, decisiva para garantir a supremacia do Fast-Ethernet sobre outros
protocolos concorrentes.
Slot Time: Como a velocidade do Fast-Ethernet é 100 Mbps, o slot time ficou
reduzido para 5,12 µs (um décimo do slot time do Ethernet), implicando numa
redução do alcance máximo do cabo de rede para 205 metros, na melhor
hipótese. Um alcance maior provocaria colisões.
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Hub Placa
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
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5 Ethernet Gigabit
O Gigabit Ethernet teve seu desenvolvimento iniciado tão logo o Fast-Ethernet
foi concluído. Sua homologação ocorreu em 1998 como IEEE 802.3z.
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Inicialmente o Ethernet Gigabit foi proposto para operar apenas com fibra ótica.
Posteriormente o IEEE 802.3z especificou diversos tipos de cabos: 10BaseTX,
10BaseLX, 10BaseSX e 10BaseCX.
1000BaseTX: Cabo trançado não blindado (UTP) categoria 5, com quatro pares
de fios e alcance de 100 metros.
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Tabela Comparativa
Características Ethernet Fast-Ethernet Gigabit
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5. Ethernet 10G
O Ethernet 10G é uma evolução do tradicional protocolo Ethernet, operando a
uma velocidade de 10 Gbps. Suas características obedecem a especificação
IEEE802.3ae aprovada, em caráter definitivo, em 13 de junho de 2002. Assim
como o desenvolvimento do Fast Ethernet foi baseado na codificação do FDDI,
o ponto de partida do Ethernet 10G foi a tecnologia Fiber Channel, uma
interface desenvolvida a partir de 1988 com objetivo de interconectar periféricos
em alta velocidade. O formato do quadro e a topologia de rede são os mesmos
do IEEE 802.3.
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Como o WAN PHY utiliza os mesmos PMDs que a LAN PHY, não há
aumento da distância. O seu objetivo é facilitar a integração das conexões 10G
com as fibras padrão OC-192 do Sonet que opera a uma velocidade parecida
(9,953 GBps). Como o 10G não implementa o clock do Sonet, ele não pode
compartilhar diretamente um anel Sonet.
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6. Metro Ethernet
Com o desenvolvimento da tecnologia Ethernet de alta velocidade, assim como
sua onipresença em todas as empresas e usuários domésticos, surgiu a percepção
de que essa tecnologia poderia ser adaptada para constituir aquilo o que nos
Estados Unidos é conhecido como circuito de última milha, ou seja, a
interligação do usuário final a operadora de telecomunicações, no lugar de outras
tecnologias tradicionais, tais como Cable Modem, xDSL ISDN e as linhas
privativas.
EFM: Nos EUA costuma-se chamar o acesso ao usuário de Last Mile. Com o
Metro Ethernet, surgiu a designação EFM, ou seja, Ethernet First Mile.
Conexão dos Usuários: Cada usuário tem que ser interligado a um switch
ethernet com facilidade de porta Metro Ethernet, localizado na operadora local.
Muitos switches já estão sendo produzidos com essa facilidade.
Serviços: Existem dois tipos de serviços EFM, ambos oferecidos na camada L2:
Caso o cliente deseje operar com roteamento de pacotes (L3) ele deverá fazê-lo
dentro de sua própria infra-estrutura. As velocidades oferecidas pelas operados
podem variar de 10 a 1000 MBps. Outras facilidades oferecidas podem incluir o
emprego de VPNs para garantir a confidencialidade das informações.
Dark Fiber: Trata-se de uma fibra escura ou apagada onde a operadora não
fornece obrigatoriamente o sinal de dados. Com isso ela pode simplesmente ligar
uma ponta a outra, cabendo ao cliente modular o sinal ótico. Assim o cliente tem
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liberdade, por exemplo, para selecionar com qual velocidade deseja operar, por
exemplo 10 ou 100 MBps.
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7. Os Fatos
A seguir vem um resumo de tudo o que foi apresentado nos capítulos anteriores.
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