Custeio Por Absorção

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Custeio por Absorção

O CUSTEIO POR ABSORÇÃO É UM SISTEMA ELABORADO A PARTIR DA APLICAÇÃO DOS


CONCEITOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE E QUE CONSISTE NA APROPRIAÇÃO DE
TODOS OS CUSTOS DE PRODUÇÃO AOS PRODUTOS DESENVOLVIDOS, ASSIM COMO
TODOS OS DEMAIS GASTOS RELATIVOS AO ESFORÇO APLICADO NA PRODUÇÃO
(MARTINS, 2003).

DESSA FORMA, VALE DESTACAR QUE O CUSTEIO POR ABSORÇÃO RECONHECE TODOS
OS CUSTOS DE PRODUÇÃDEMONSTRANDO DE FORMA MAIS APROPRIADA A RELAÇÃO
DA RECEITA COM A DESPESA, NA APURAÇÃO DO RESULTADO.

HORNGREN, FOSTER E DATAR (2000) CONCEITUAM CUSTEIO POR ABSORÇÃO COMO “O


MÉTODO DE CUSTEIO DE ESTOQUE EM QUE TODOS OS CUSTOS, VARIÁVEIS E FIXOS,
SÃO CONSIDERADOS CUSTOS INVENTARIÁVEIS, OU SEJA, O ESTOQUE ABSORVE TODOS
OS CUSTOS DE FABRICAÇÃO”.
O COMO DESPESAS SOMENTE NO MOMENTO DA VENDA,
Continuação

Do ponto de vista administrativo, departamentalizar é a atividade de combinar tarefas em


grupos. Para a contabilidade de custos, a departamentalização consiste numa forma mais
elaborada de atribuição de custos, através de rateio, em que:

(1) se divide a empresa em unidades administrativas (departamentos);


(2) atribuem-se todos os custos incorridos aos departamentos (diretamente ou através de
algum rateio); e
(3) dos departamentos, os custos são atribuídos aos produtos (através de rateio). Repare
que, considerando a departamentalização, o custo de um determinado produto é
equivalente ao somatório dos custos atribuídos a esse produto em cada um dos
departamentos.
Cont
Em termos práticos, quando se adota o critério de departamentalização, na verdade se está considerando que:
➢ Cada departamento seja uma empresa em separado consumindo valores para elaboração do produto; e
➢ O custo atribuído ao produto deve ser o somatório dos valores consumidos por cada departamento cuja
atividade foi necessária a sua elaboração.

A determinação mais precisa do custo dos produtos ocorre porque a departamentalização


diminui a arbitrariedade dos critérios de rateio, por dois motivos:
(a) alguns custos, embora sejam indiretos em relação aos produtos, são diretos em relação aos departamentos;
(b) nem todos os produtos passam por todos os departamentos e o fazem em proporções
diferentes, recebendo o critério de rateio (MOD, por exemplo) de maneira diferenciada em
cada departamento.
Tipos de Custeio por Absorção

O sistema de custeio por absorção pode ser com ou sem departamentalização.


 Custeio sem Departamentalização:
Pode-se perceber abaixo que o custeio sem departamentalização passa por três passos
básicos:

 Separação de custos e despesas;


 Apropriação dos custos diretos; e
 Apropriação dos custos indiretos.

Conforme Martins (2000), o custeio sem departamentalização propicia uma distribuição


mais racional dos custos indiretos, uma vez que os custos são rateados nos productos.
Diferenca na atribuição de custos aos produtos X e Y sem, e com departamentalização

Seja a Empresa: EMPRESA S/A, com as seguintes características:


- a empresa está estruturada em 3 departamentos (A=24% CIF, B Manutenção e C).
- a empresa fabrica 2 produtos (X e Y).
A seguir, encontram-se os Custos Indiretos de Fabricação (CIF) a serem rateados:
MOI…………………………..………...300.000,00
Manutenção…………………………….180.000,00
Energia Elétrica…………………..….....120.000,00
Outros……………………………….….150.000,00
Total………………………….……........750.000,00
Continuação
O critério de rateio – para alocação de custos – sem departamentalização, é a MOD (alocada diretamente
a cada produto)
Produto: MOD X ………....150,00
Y………... 350,00
Total ……………………….500,00
O critério de rateio – para alocação de custos com departamentalização, também é a MOD, porém alocada
diferentemente em cada departamento, conforme tabela abaixo:

Gastos relativos ao departamento MOD - por produto/departamento


Produto/departamento A B C SOMA
X 100.00 50.00 150.00
Y 100.00 25.00 225.00 350.00
SOMA 200.00 75.00 225.00 500.00
Rateio dos Custos de Fabricação sem Departamentalização
NB: Reparemos que, para o rateio com a utilizacao da departamantalizacao, e necessario
que sejam apresentados criterios de rateio (no caso, MOD) de cada departamento.

➢ Rateio dos custos de Fabricação sem Departamentalização

Inicialmente, verifica-se que a quantidade de departamentos da empresa é um dado não


utilizado na resolução do problema (pelo fato de não se utilizar a departamentalização).
O rateio do CIF será feito conforme abaixo.
- CIF a ser rateado – R$ 750.000,00.
Item a ser rateado Criterio
- Critério – MOD Producto CIF MOD Rateio
Rateio: X ? 350,00 225,000.00
Y ? 150,00 525,000.00
Total 750,000.00 500,00 750,000.00
Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação – com departamentalização
Este rateio parte de premissa de que cada departamento fosse uma unidade independente
com CIF mensurável. O rateio, portanto, é feito por cada departamento,
independentemente.
Desta forma, cada produto receberá três parcelas de CIF (cada uma relativa a um
departamento).
Portanto, o procedimento é o de fazer um rateio por cada departamento, alocando a cada
produto o respectivo custo indireto. Em seguida, para cada produto, devem ser somados os
custos indiretos, a ele atribuídos, em cada departamento. Assim, verifica-se que o problema
deve ser dividido em três (conforme o número de departamentos).
DEPARTAMENTO A
- CIF para rateio – R$ 135.000,00
- Critério – MOD
Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação – com departamentalização

Rateio:
Produto / departamento A Item a ser rateado Criterio
X 100.00 Producto CIF MOD Rateio
X ? 100 67,500.00
Y 100.00
Y ? 100 67,500.00
Soma 200.00 Total 135,000.00 200 135,000.00

DEPARTAMENTO B
- CIF para rateio – R$ 180.000,00
- Critério – MOD Rateio:
-Produto / departamento B Item a ser rateado Criterio
X 50.00 Producto CIF MOD Rateio
X ? 50.00 120,000.00
Y 25.00 Y ? 25.00 60,000.00
Soma 75.00 Total 180,000.00 75.00 180,000.00
Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação – com departamentalização

DEPARTAMENTO C
- CIF para rateio – R$ 435.000,00
- Critério – MOD Rateio:
Produto / departamento B Item a ser rateado Criterio
X - Producto CIF MOD Rateio
Y 225.00 X ? - -
Soma 225.00 Y ? 225.00 435,000.00
Total 435,000.00 225.00 435,000.00

Somatório dos Custos Indirectos de cada departamento:


Custos Indirectos rateados por departamento (Criterio MOD)
Produto/departamento A B C SOMA
X 67,500.00 120,000.00 187,500.00
Y 67,500.00 60,000.00 435,000.00 562,500.00
SOMA 135,000.00 180,000.00 435,000.00 750,000.00
Conclusão

Fazendo-se a comparação entre os rateios sem departamentalização e com departamentalização,


tem-se:
Custos Indirectos rateados por departamento (Criterio MOD) Custos Indirectos rateado sem depart.
Produto/departamento A B C SOMA Criterio (MOD) diferenca
X 67,500.00 120,000.00 187,500.00 225,000.00 1667%
Y 67,500.00 60,000.00 435,000.00 562,500.00 525,000.00 -714%
SOMA 135,000.00 180,000.00 435,000.00 750,000.00 750,000.00 0

A diferença encontrada é devida ao fato dos Custos Indiretos de Fabricação não serem
homogêneos nos três departamentos. Assim, o rateio feito sem consideração dos departamentos
foi um critério arbitrário que gerou uma diferença, conforme apresentado acima.
Custeio com Departamentalização
O sistema de custeio por absorção com departamentalização possui Cinco passos a
seguir:
1. A separação de custos e despesas;
2. Apropriação dos custos diretos e indiretos aos departamentos;
3. Rateio dos custos indiretos comuns e dos gastos da administração da produção aos
departamentos;
4. Escolha da sequência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de
serviços;
5. Distribuição aos demais departamentos e atribuição dos custos indiretos dos
departamentos de produção aos produtos, de acordo com o critério escolhido.
Custo de produção
Inicialmente para se analisar o custo de produção deve-se separar dos gastos, os custos incorridos no
período.
Após esta separação, o próximo passo é separá-los em custo direto e custo indireto de produção.
Neste sistema de custeio, os custos diretos serão apropriados aos bens elaborados, sendo que somente
os de produção, conforme métodos aplicados para medições de consumo, já os indiretos serão
apropriados por intermédio de rateio.
Custeio com Departamentalização
Os custos de produção são divididos em:
➢ Matéria-prima: material utilizado para fabricação do produto, representa a parte física do custo;
➢ Mão-de-obra: é o que transforma a matéria-prima em produto, ou seja, o emprego da mão-de-
obra;
➢ Outros custos: além dos custos acima citados, existem outros consumos indiretos como energia
elétrica, água, telefone, etc., para a fabricação do produto
Custeio com Departamentalização
Matérias-primas
Segundo MARTINS (2003), as matérias primas, os componentes adquiridos prontos, as embalagens e
outros materiais diretos utilizados no processo de produção são apropriados aos produtos ou serviços
por seu valor histórico de aquisição.
A matéria-prima compreende os materiais aplicados na fabricação de um produto e que fazem parte
dele. Entre os materiais integrantes de um produto encontramos aqueles cuja quantidade efetivamente
consumida, podemos identificar nesse produto e aqueles que não podemos. Os primeiros são
considerados custos diretos e os demais, indiretos, pois sua apropriação se dará por rateio.
Custeio com Departamentalização
Mão-de-obra direta
Os encargos sociais são inclusos no custo horário da mão-de-obra direta. Ao se optar pela inclusão dos
encargos sociais no próprio montante da mão-de-obra, precisa-se calcular para cada empresa, ou
departamento, qual o valor para ser atribuído por hora de trabalho. Sabemos que decorrem da legislação
e do contrato de trabalho os repousos semanais remunerados, a remuneração dos feriados, as faltas
abonadas por gala, o 13º salário, a contribuição ao INSS, além de vários outros direitos garantidos por
acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais. A maneira mais fácil
de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à empresa por ano e dividi-lo pelo número de horas
em que o empregado efetivamente se encontra à sua disposição.
Custeio com Departamentalização
Sabe-se que existe o tempo não produtivo da mão-de-obra direta, assim podendo chamá-lo de tempo
ocioso que ocorre em virtude de falta de produção, avarias, etc.
Caso a ociosidade seja normal e o operário esteja sendo mantido parado, o mais comum é a
acumulação desse tempo como tempo improdutivo dentro dos custos indiretos para rateio à produção
geral. Quando houver paradas em determinadas épocas, a empresa deverá utilizar um sistema de
provisionamento para rateio destes custos indiretos a todos feitos no ano.
Adicional de horas extras e outros adicionais provocam o dilema de se debitar
diretamente ao produto ou se atribuir aos custos indiretos para rateio geral. Tudo irá
depender da análise elaborada.
Custeio com Departamentalização

Outros custos
Além do custo com a compra da matéria prima, geralmente a empresa fica
responsável por outros custos relativos à aquisição do material, ou seja, além do valor
atribuído ao fornecedor pela compra, cabe a empresa em algumas situações,
integralizar os gastos com fretes, armazenagem, seguro, impostos ao custo do
produto, etc.
Exemplo: TomeRos em conta o Seguinte Balancete da Empresa
JJ, Style que produz vestes de jeans.
Rubrica Debito Crédito
Caixa 1.000,00
Máquinas e equipamentos 10.000,00
Dividas a pagar 2.500,00
Dividas a receber 3.600,00
Impostos a pagar 1.500,00
Bancos 2.400,00
Matéria-prima consumida 3.000,00
Energia electrica consumida 1.500,00
Depreciações das máquinas 500,00
Depreciação dos escritórios 300,00
Mão-de-obra produção 6.000,00
Aluguer- fabrica 1.500,00
Aluguer de Escritório 700,00
Despesas financeiras 400,00
Gastos gerais da fábrica 600,00
Gastos gerais do escritório 200,00
Despesas de vendas 400,00
Vendas 15.000,00
Mão-de-obra supervisão 900,00
Capital Social 14.000,00
TOTAL 3.000,00 33.000,00
1. A separação de custos e despesas

Vamos separar os gastos com a produção como custos e os gastos com vendas;
administração e financeiros como despesas.
Assim, teremos:
Custos Valor Despesas Valor
Matérias-primas consumida 3.000,00
Depreciação dos equipamentos do escritório
300,00
Energia Electrica consumida 1.500,00
Depreciação das Máquinas 500,00 Despesas financeiras 400,00
Mão-de-Obra para Produção 6.000,00 Aluguer do escritório 700,00
Aluguer da Fábrica 1.500,00 Gastos Gerais do escritório 200,00
Gastos Gerais da Fábrica 600,00
Despesas de Vendas 400,00
Mão-de-Obra da Supervisão 900,00
TOTAL 14.000,00 TOTAL 2.000,00

Vejamos que todos os custos e despesas foram separados. Assim, os gastos de produção
foram de, 14.000,00MZN e as despesas de 2.000,00MZN.
2. Apropriação dos custos diretos e indiretos aos departamentos

Os Custos directos, são aqueles de fácil determinação pela produção. Assim, nesse
caso, os gastos com a mão-de-obra e matéria-prima serão considerados como directos.
Dessa forma, classificaremos os custos da seguinte maneira:
Custos Directos Valor Custos Indirectos Valor
Energia Electrica Consumida 1.500,00
Matéria-prima consumida 3.000,00
Depreciação das máquinas 500,00
Mão-de-Obra para produção 6.000,00 Aluguer da Fábrica 1.500,00
TOTAL 9.000,00 Gastos gerais da Fábrica 600,00

O total da Produção é a soma dos Custos directos e indirectos, que será de 14.000,00.
3. Distribuição dos Custos Directos aos Produtos

A empresa fabrica roupas e jeans e possui três tipos de produtos: Jaquetas, Camisas e
Calças. A matéria-prima consumida foi dada pela seguinte planilha de requisições.
Produto Consumo (Kg)
Calça 2,000
Camisa 1,200
Jaqueta 2,800
TOTAL 6,000
A mão-de-obra foi decterminada pelo número de funcionários que trabalhou em cada
produto, durante o período, da seguinte maneira:
N de
Produto
funcionários
Calça 6
Camisa 4
Jaqueta 5
TOTAL 15

Com esses dados podemos decterminar os custos directos de cada produto, conforme
tabela a seguir:
Caso pràtico

Custo da Matéria-prima: CUMP = CMP / ConsMP


Custo da matéria Prima (MZN) 3.000,00
Consumo de Matéria-prima 6.000,00
Custo Unitário da Matéria- 0.5
Produto Calça Camisa Jaqueta TOTAL
Quantidade Consumida (Kg) 2 1.2 2.8 6
Custo unitário da matéria-prima 0.5 0.5 0.5 0.5
Custo Total da Matéria-prima por Produto 1.000,00 600,00 1.400,00 3.000,00

Custo de Mão-de-Obra:
Custo da Mão-de-Obra 6.000,00
Número de Funcionários por produto 15
Custo Unitário da Mão-de-obra 400,00
Produto Calça Camisa Jaqueta TOTAL
Número de Funcionários por produto 6 4 5 15
Custo unitário da Mão-de-obra 400,00 400,00 400,00 400,00
Custo total da Mão-de-Obra por produto 2.400,00 1.600,00 2.000,00 6.000,00
Caso pràtico Vs 4 - Rateio dos Custos Indirectos aos Produtos

Para determinarmos o total dos custos directos aos produtos, ficará mais fácil juntarmos
todos esses dados em uma única tabela, da seguinte maneira:
Produto Calça Camisa Jaqueta TOTAL
Custo Total da Matéria-prima por Produto 1.000,00 600,00 1.400,00 3.000,00
Custo total da Mão-de-Obra por produto 2.400,00 1.600,00 2.000,00 6.000,00
Custo total dos Custos directos 3.400,00 2.200,00 3.400,00 9.000,00

Essa etapa é simples, pois significa apenas distribuir os custos unitários ao consumo de
matéria-prima.
Rateio dos Custos Indirectos aos Produtos
A Contabilidade, juntamente com a engenharia de produção, verificou que a maneira
mais próxima de decterminar os custos indirectos aos produtos seria por meio do rateio
por período de produção na fábrica. Assim, segundo no apontamento de ordens de
produção, o período de utilização da Fábrica por produto foi dado por:
Rateio dos Custos Indirectos aos Produtos
Produto Calça Camisa Jaqueta TOTAL
Tempo de Produção (hora) 80 60 110 250

Os Custos indirectos por hora de produção serão de:


Total dos Custos Indirectos 5.000,00
Tempo de Produção (horas) 250
Custo Indirecto por hora de produção 20,00

Assim, da mesma maneira feita para os custos directos, rateiaremos os custos indirectos
para cada produto, com base no custo indirecto por hora de producao, conforme a tabela
abaixo: Produto Calça Camisa Jaqueta TOTAL
Tempo de Produção (hora) 80 60 110 250
Custo Indirecto por hora de produção 20,00 20,00 20,00 20,00
Total dos Custos Indirectos 1.600,00 1.200,00 2.200,00 5.000,00
5. Distribuição aos demais departamentos e atribuição dos custos indiretos dos
departamentos de produção aos produtos, de acordo com o critério escolhido.
Com todos os dados apresentados, podemos calcular o custo total de cada produto,
somando os custos directos com os custos indirectos, conforme a tabela:
Produto Calça Camisa Jaqueta TOTAL
Custo Total da Matéria-prima por produto 1.000,00 600,00 1.400,00 3.000,00
Custo Total de mão-de-obra por produto 2.400,00 1.600,00 2.000,00 6.000,00
Total dos Custos Directos 3.400,00 2.200,00 3.400,00 9.000,00
Total dos Custos Indirectos 1.600,00 1.200,00 2.200,00 5.000,00
Total dos Custos por produto 5.000,00 3.400,00 5.600,00 14.000,00

Se desejarmos saber o custo unitário de cada produto, basta dividir o custo total pelo
total produzido,Produto
conforme a tabela: Calça Camisa Jaqueta TOTAL
Custo Total da Matéria-prima por produto 1.000,00 600,00 1.400,00 3.000,00
Custo Total de mão-de-obra por produto 2.400,00 1.600,00 2.000,00 6.000,00
Total dos Custos Directos 3.400,00 2.200,00 3.400,00 9.000,00
Total dos Custos Indirectos 1.600,00 1.200,00 2.200,00 5.000,00
Total dos Custos por produto 5.000,00 3.400,00 5.600,00 14.000,00
o
N de produtos elaborados 250 170 140 -
Custo unitário do produto 20,00 20,00 40,00 -
Análise dos critérios de rateio
MARTINS (2003) cita que todos os custos indiretos só podem ser apropriados, por sua
definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de
rateio, previsão de comportamento de custos. Todas essas formas de distribuição
contêm, em menor ou maior grau, certo subjetivismo, portanto, a arbitrariedade sempre
vai existir nessas alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável.

Rateio dos custos dos departamentos


Observa-se que vários departamentos são rateados em função de sua natureza. Para
cada rateio é importante verificar qual base será a mais adequada. Além de atribuir os
custos indiretos aos departamentos, precisamos também ratear os serviços existentes.
Esses departamentos são frequentemente chamados de centro de custos, sendo o menor
segmento de atividade ou área de responsabilidade para o qual se acumulam os custos.
O centro de custos são os departamentos, porém às vezes, o departamento pode ter
vários centros de custos (MARTINS, 2003).
Perdas com matérias-primas

Inúmeras vezes ocorrem o desperdício de materiais, principalmente de matéria-prima, durante


o processo de produção.
Existem dois tipos de perdas: as normais e as anormais.
As perdas normais podem ocorrer por problema de corte, tratamento térmico, reações
químicas, evaporação, etc., e por serem inerentes à tecnologia da produção, os prejuízos
fazem parte do custo do produto elaborado.
Já as perdas anormais, não sofrem o mesmo tratamento, por serem aleatórias e
involuntárias, deixam de fazer parte do custo da produção e são tratados como perdas do
período, indo diretamente para o resultado (MARTINS, 2003).
Aplicação dos custos indiretos de produção
Alguns custos indiretos não ocorrem homogeneamente durante o período. Existem
alguns procedimentos para essas situações:
 Previsão da taxa de aplicação de CIP: é necessário que se tenha bases adequadas
para uma boa estimativa e para isso são necessárias:
 Estimativa do volume de produção;
Aplicação dos custos indiretos de produção
 Estimativa do valor dos custos indiretos; e
 Fixação do critério de apropriação dos custos indiretos aos departamentos e aos
produtos.
Com isso é possível a previsão da taxa de aplicação de custos indiretos de produção.
Vantagens e desvantagens do custeio por absorção
 O sistema de custeio por absorção possui as seguintes vantagens, segundo
PADOVEZE (2004):
 É permitido pela legislação;
 Pode-se apurar o custo por centro de custo, uma vez que sua aplicação exige a
organização contábil nesse sentido, possibilitando o acompanhamento do desempenho
de cada área; e absorve todos os custos de produção, permitindo a apuração do custo
total de cada produto
 Pode ser menos custoso de aplicar, pois ele não requer a separação dos custos de
manufatura nos componentes fixos e variáveis;
Vantagens e desvantagens do custeio por
absorção
 Considera o total dos custos por produto;
 Formação de custos para estoque;

Como desvantagens, podemos considerar:


A Natureza abstrata do produto, que repercutem como dificuldade para obtenção de uma
contabilidade de custos minimamente precisa e confiável, com implicação clara sobre a
formulação do orçamento de custos e receitas.
 Poderá elevar artificialmente os custos de alguns produtos;
 Não evidencia a capacidade ociosa da entidade; e
 Os critérios de rateio são sempre arbitrários, portanto nem sempre justos.

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