Estatística e Epidemiologia 1
Estatística e Epidemiologia 1
Estatística e Epidemiologia 1
Aula 1
Cada um de nós possui certas características que predispõem ou protegem contra uma
variedade de doenças. Essas particularidades podem ser primariamente genéticas ou
resultados da exposição a determinados perigos ambientais. Entretanto, segundo Gordis
(2010), frequentemente estamos interagindo com fatores genéticos e ambientais no
desenvolvimento da doença.
Uma definição mais ampla da Epidemiologia tem sido largamente aceita, definindo-a, de acordo
com Last (1995), como o estudo da distribuição e determinantes de estados relacionados com
a saúde ou eventos em populações específicas e a aplicação desse estudo para o controle dos
problemas de saúde.
Objetivos da epidemiologia
1.Identificar a etiologia ou causa da doença e os fatores de risco relevantes.
3.Desenvolver uma base racional para programas de prevenção estudando a história natural e
prognósticos da doença
Muitas doenças, cujas origens até bem recentemente não encontravam explicação, têm tido
suas causas esclarecidas pelas metodologias epidemiológicas, que têm por base o método
científico aplicado da maneira mais abrangente possível a problemas de doenças que ocorrem
em nível coletivo.
Etapas:
1.Estuda a distribuição da morbidade a fim de traçar o perfil de saúde—doença nas
coletividades humanas.
Segundo Leavell e Clarke (1976), História nacional da doença é o nome dado ao conjunto de
processos interativos que compreendem as inter-relações do agente, do suscetível e do meio
ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que
criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela
resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez,
recuperação ou morte.
Na primeira semana de setembro de 1854, cerca de 600 pessoas que moravam a poucos
quarteirões da Broad Street, em Londres, morreram de cólera. Naquele tempo, o Registro
Geral era dirigido por William Farr.
Snow e Farr discordavam completamente sobre a causa do cólera. Farr aderiu à chamada
teoria dos miasmas da doença. De acordo com essa teoria, fortemente aceita na época, a
doença era transmitida por um miasma, ou nuvem, que passava rente à superfície terrestre.
Se fosse assim, poderíamos esperar que pessoas que vivessem em baixas altitudes teriam um
risco maior de contrair a doença, transmitida pela nuvem, do que aquelas que viviam em
elevações.
Farr coletou dados para comprovar sua hipótese, estes eram consistentes com sua hipótese:
Quanto menor a elevação, maior a taxa de mortalidade. Snow não concordava. Ele acreditava
que o cólera era transmitido através da água contaminada.
Guérin: criador do termo medicina social proposto em 1838, tem servido para designar
genericamente modos de tomar coletivamente a questão da saúde.
O termo Epidemiologia fora criado por Juan de Villalba, em 1802, (que recuperou o nome de
300 anos oriundo de Angelerio na Espanha), mais no sentido de um histórico das epidemias
espanholas. Sir William Farr marcou a institucionalização da estatística médica com a criação
em 1839 do registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra e País de Gales.