Apostila Usina de Asfalto
Apostila Usina de Asfalto
Apostila Usina de Asfalto
Usinas de Asfalto
1ª Edição - 2009
Prefácio
Prefácio
O Instituto Pavimentar foi criado com o objetivo de estudar, pesquisar,
desenvolver, capacitar e qualificar processos e pessoas que interagem
de certa forma com a cadeia produtiva do Asfalto. A capacitação
de pessoas que venham a colaborar para o desenvolvimento e o
aprimoramento de infra-estrutura da malha rodoviária do país é o
nosso foco principal.
A união entre entidades que atendem toda a cadeia produtiva do
Asfalto desde a execução e controle das normas e construção de
rodovias como o DNIT-IPR, as entidades de classes de fabricantes
de equipamentos como ABIMAQ e de fabricantes e distribuidores
de Asfalto como a ABEDA e a PETROBRÁS, Associações que
visam atender as necessidades e alinhamento dos construtores e
empreiteiros ao atendimento das especificações como a ANEOR e
de nada menos que um dos maiores usuários da malha rodoviária
como a CNT, todos têm um compromisso forte com geração de valor
neste processo em que todos nós, entre a população considerada
como clientes finais, sendo os maiores usuários e uma das partes
interessadas, todos saímos ganhando.
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Índice
Índice
Introdução
Siglas e Abreviaturas
2. Sistemas básicos
2.1. Alimentação e dosagem fria
2.1.1. Silos dosadores frios
2.1.2. Sistema dosador
2.1.2.1. Correia dosadora
2.2. Secagem de agregados
2.2.1. Secador
2.2.2. Queimador
2.3. Mistura
2.4. Descarga e estocagem de massa
2.5. Filtragem de gases
2.6. Estocagem e dosagem de ligante betuminoso
3. Operação de usinas
3.1. Aterramento
3.2. Energia
3.3. Dosagem de agregados
3.4. Secador e queimador
3.5. Misturador
3.5.1. Externo rotativo
3.5.2. Externo duplo eixo
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Índice
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Introdução
Introdução
Na evolução da nossa história é importante destacar que os
caminhos, trilhas, estradas e qualquer via de acesso para permitir
o transito de pessoas, animais e posteriormente os veículos manuais
e através de propulsão foram sendo criados naturalmente pela ação
da erosão e por processos naturais e na sua maioria com iniciativas
da população para atender à suas necessidades de locomoção para
garantir a sua sobrevivência.
Atualmente verifica-se que estes caminhos tornaram-se mais
acessíveis e adequados para atender todas as exigências da sociedade
o que demonstra que ocorreram transformações importantíssimas
com base em desenvolvimento tecnológico para adequar a sua
capacidade em relação à demanda.
Diante do cenário de constante crescimento demográfico e respectivo
incremento no mercado global, através de veículos de carga e passeio
nas rodovias, os desafios tendem a aumentar na mesma proporção.
Desta forma a malha rodoviária deve ter a elasticidade necessária
para abranger todos os cantos do planeta e ao mesmo tempo
as organizações em geral devem fazer a sua parte em prover os
investimentos em infra-estrutura e garantir a manutenção do sistema
e cabe a nós sociedade ser integrante deste processo com
a participação intensa no sentido de exigir segurança e conforto
nas rodovias e pavimentos e cooperar com o meio ambiente
mantendo-as limpa de resíduos que por vez são lançados sem
a devida consciência.
Vamos todos fazer a nossa parte e cooperar para que
tenhamos qualidade de vida ao trafegar pelas nossas rodovias
deste imenso Brasil.
Siglas e Abreviaturas
Antes de iniciar o curso vamos esclarecer alguns conceitos e
nomenclaturas mais utilizadas mundialmente, e que serão utilizados
nos textos e descrições a seguir, os quais são em ordem alfabética:
CA: Concreto Asfáltico
CBUQ: Concreto Betuminoso Usinado a quente
CAP (Cement Asphalt Petroleum): Cimento Asfáltico de Petróleo
HMA (Hot Mix Asphal): Mistura Asfáltica a quente convencional
CLP: Controlador Lógico Programável
IHM: Interface Homem Máquina
GLP: Gás Liquefeito de Petroleo
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Tipos de Usinas
Tipos de Usinas
Usinas de asfalto são equipamentos com a função de dos agregados. Estes agregados selecionados são
produzir a mistura asfáltica a quente. Normalmente enviados ao chamado “silos quente, sendo um para
são divididas em formas de secar e dosar os cada faixa granulométrica do agregado(tamanho
componentes da mistura. Quanto a forma de dosar de pedra). Os agregados que não são classificados
pode-se classificar entre contínua e descontínua e nas telas da peneira com tamanho excedente,
secar em contra-fluxo ou fluxo paralelo. são chamados de “refugo”, sendo que estes
direcionados para um silo chamado “silo de refugo”.
O asfalto armazenado em um tanque externo à
Dosagem Secagem
Usina é bombeado por meio de uma tubulação
que interliga o tanque à Usina até a “balança de
Fluxo asfalto”, que faz a pesagem estática do CAP e
Contínua Descontínua Contra-Fluxo
Paralelo injeção da quantidade necessária para mistura..
Após permanecerem nos silos quentes, os
agregados quentes e secos, são enviados para
Dosagem um silo com sistema de pesagem chamado “Silo
Balança”, Neste silo balança cada faixa de agregado
Dosagem é denominada a forma em que os
armazenado no seu respectivo silo quente é
produtos primários (CAP, agregados, filler) são
descarregado no silo balança de forma sequencial
inseridos na usina.Sendo que esta dosagem pode
e pesado um de cada vez, na proporção adequada
ser contínua ou descontínua. A classificação
para a fórmula da mistura de massa asfáltica. Após
normalmente é feita observando-se o transporte
completar o ciclo de pesagem de todos os materiais
dos agregados minerais.
no silo balança, o processo de pesagem de
agregados é concluído e os mesmos são enviados
ao Misturador.
Usinas de Asfalto Descontínuas
Enquanto ocorre o sistema de pesagem dos
Usinas que desenvolvem o processo de fabricação agregados quentes descrito acima, também ocorre
do CBUQ através de um processo de produção da ao mesmo tempo, a pesagem da quantidade
mistura de massa asfáltica de forma “intermitente” necessária do ligante asfáltico, também chamado
entre o início do carregamento de agregados e o do de Asfalto ou CAP, em um pote de recepção,
ligante asfáltico, (também chamado de Asfalto ou armazenamento e dosagem para injeção no
Bitumen ou ainda CAP), no misturador. misturador.
Este processo é chamado de “Batch” ou produção Após a injeção dos agregados e do asfalto no
por bateladas, onde estas usinas de produção de misturador inicia-se o ciclo de mistura durante o
CBUQ deste tipo são chamadas de “Batch Plant” na tempo pré-determinado que normalmente varia entre
tradução “Usina de Asfalto Gravimétrica”. 40 segundos a 60 segundos dependo do tipo de usina,
tipo de agregados e de concreto asfáltico utilizado.
Estas usinas são as mais completas até então
desenvolvidas, pois possuem um sistema de seleção Após a conclusão do processo de mistura, o
da granulometria dos agregados virgens após misturador descarrega a massa asfáltica sobre um
secos, através de peneiras vibratórias localizadas caminhão ou outro sistema que transporta o asfalto
normalmente na “torre gravimétrica”, similares até silos de armazenamento.
às peneiras utilizadas nos processos de britagem.
Com isto os agregados quentes pré-dosados nos Os gases de combustão gerados no processo de
silos dosadores frios e após passagem pelo secador secagem são transportados ao Filtro de Mangas,
rotativo, são transportados por um elevador de para garantia de proteção ambiental. Durante
canecas até atingir a peneira vibratória de seleção a secagem os gases do queimador também
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Tipos de Usinas
Para melhor entender o processo descrito acima, as Figura 2: Secção transversal genérica da torre da Usina
figuras 1a, 1b e 2 a seguir apresenta os componentes gravimétrica com sistema de peneiramento, silos quentes, silo
básicos de uma Usina de Asfalto Gravimétrica balança e misturador. Fonte: (TEREX/CIBER)
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Tipos de Usinas
de agregados quentes. Estes dutos devem ser As usinas contínuas podem ser bem definidas em
verificados com freqüência a sua secção para duas categorias, as usinas de dosagem contínua
eliminar possíveis restrições que venham impedir a volumétrica e a usina de dosagem contínua dinâmica.
remoção dos vapores. Caso não sejam verificados
com freqüência, podem causar problemas na
dosagem de agregados da mistura. Os dutos de
exaustão da torre são interligados ao processo de
exaustão do filtro de mangas.
As usinas de asfalto gravimétricas sempre utilizam
secadores contra-fluxo, devido à economia do uso
deste tipo de equipamento.
Cabe ressaltar que este tipo de usina de
asfalto, apesar de ser completa por possuir a
classificação da faixa de agregados desejados na
mistura, e dispor-la em cada silo quente antes
da sua utilização, possibilitando a obtenção do
traço especificado de forma muito eficiente. A
usina gravimétrica apresenta custos elevados
de manutenção, e em caso de modificação de
local os custos com desmontagem, transporte e
montagem são muito dispendiosos também. É
um tipo de equipamento normalmente indicado
para construtores, que irão permanecer por longo
período ou permanentes, numa mesma instalação.
Concluindo em usinas Gravimétricas os agregados
são dosados volumetricamente previamente As usinas volumétricas realizam a dosagem a partir
nos silos frios. Os agregados então são secos do volume de material transportado em cada silo,
continuamente em secador rotativo, transportados normalmente através do controle da abertura da
or elevador até a peneira onde são separados comporta do silo dosador frio e da velocidade da
e dosados secos descontinuamente em uma correia dosadora, ou amplitude de vibração da
balança cumulativa, o misturador faz a mistura calha vibratória. Os operadores deste tipo de usina
destes materiais com o CAP e despeja dentro de normalmente calibram a máquina com o uso de
um caminhão e aguarda uma nova dosagem de tabelas relacionando rotação do motor da correia e
materiais. abertura da comporta de saída do silo.
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Tipos de Usinas
Fluxo paralelo
É o sistema de secagem em que os agregados são
inseridos em paralelo com a chama do queimador,
diretamente na zona de combustão. Neste
sistema por vezes o secador funciona também
como misturador, tornando-se um sistema mais
barato, porém o fluxo de vapor e gases em alta
temperatura passa pela zona de mistura causando
uma destilação fracionada dos óleos leves. Este O inconveniente deste sistema é que os materiais
efeito é comumente chamado de oxidação que armazenados na piscina podem estar contaminados
reduz a vida do pavimeto devido ao envelhecimento de combustível e podem contaminar o meio
precoce do CAP com perda de suas propriedades. ambiente, devido à possível ocorrência de má
combustão durante o processo de secagem.
Outro efeito do fluxo paralelo que podemos
observar no quadro abaixo é que o fluxo paralelo Isto já ocorre com menor intensidade quando se
não é eficiente termicamente pois existe uma utiliza Filtro de Mangas (via seca), o qual possui
grande perda de energia ao liberar-se os gases, e elemento filtrantes no processo de filtragem do ar.
não transfere-se toda esta energia ao agregado. se necessário o controle adequado da regulagem
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Tipos de Usinas
da chama do queimador gerando uma combustão as usinas contra fluxo possuem alto índice de
eficiente. Caso não ocorra a combustão eficiente produtividade, justamente pelo processo de
os elementos filtrantes ficarão impregnados por secagem dos agregados ser do tipo contra fluxo
combustível e perderão a sua capacidade de o que permite realizar a secagem do agregado
filtragem. Mais adiante no capítulo processos e em patamares menos elevado, obtendo assim a
componentes de Usina de Asfalto será abordado o homogeneização da temperatura de secagem e
filtro de mangas em mais detalhes. dos gases em conseqüência a este fato ocorre
a produção de misturas asfáltica de altíssima
Atualmente o tipo de filtro via úmida, está sendo qualidade, sem o comprometimento do ligante
substituídos por Filtro de Mangas, devido a asfáltico, processo de oxidação, e sem o
exigências ambientais. O mesmo ocorre com os comprometimento dos elementos filtrantes
equipamentos Usina de Asfalto de Fluxo paralelo do Filtro de Mangas.
com mistura interna no tambor, chamado Drum Mix.
As usinas contra fluxo são tão completas quanto
Não está previsto no escopo deste treinamento às usinas gravimétricas, possuem um sistema de
abordar em mais detalhes estes tipos de dosagem da granulometria dos agregados virgens
equipamento, o qual o foco dar-se-á ao tipo mais adequados e necessários ao processo, através de
utilizado e que vem dominando o mercado em sua correias dosadoras localizadas na parte inferior
utilização nos últimos 15 anos, chamado processo dos silos dosadores. Com isto os agregados são
Contra Fluxo, que será abordado a seguir. transportados através da correia transportadora
das correias dosadoras até o secador onde ocorre
a secagem do material, durante o processo de
Contra-Fluxo secagem dos agregados são gerados gases oriundos
do processo de combustão e particulados finos que
As usinas contra-fluxo foram uma revolução se desprendem os agregados que são transportados
tecnológica em relação às usinas de fluxo paralelo ao Filtro de Mangas, para garantia de proteção
(‘drum mixers’), pois possuem um mecanismo ambiental. O pó recolhido pelo filtro deve retornar
de transferência de calor muito mais eficiente e a mistura pois em usinas contínuas a dosagem dos
permitem a utilização de um misturador externo agregados é feita antes do secador.
aumentando expressivamente a qualidade da
mistura asfáltica. Os gases fluem em direção O Filtro de Mangas além de efetuar a filtragem
oposta ao agregado evitando uma perda de dos gases para a atmosfera, também efetua a
energia térmica pelo aquecimento dos gases. Com filtragem dos particulados e os devolve para o
a utilização do misturador externo O problema de sistema, através de transportadores helicoidais ou
oxidação do asfalto foi solucionado permitindo uma também chamados de rosca sem fim ou caracóis.
maior vida útil a massa asfáltica. Esta operação de filtragem ocorre por ação de um
processo de injeção de ar de limpeza em elementos
filtrantes, também chamados de mangas, dispostos
verticalmente no filtro. Através da limpeza ou do
tipo vazão ou do tipo jato pulsante, os particulados
se desprendem das mangas e caem por ação da
gravidade para o fundo do filtro.
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Tipos de Usinas
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Sistemas Básicos
Sistemas Básicos
Independente do tipo de usina existem sistemas onde o agregado é alimentado por meio de pás
básicos que possibilitam a instalação da usinas de carregadeiras. Por gravidade o material escoa e sai
asfalto produzir a mistura. São eles: diretamente pelo sistema dosador.
Notas
• Cada silo deverá conter os agregados
de granulometria adequada para mistura.
• Evite a mistura de materiais de um silo com o de outro.
• As aberturas das comportas devem estar bem fixadas.
• As comportas devem estar livres de qualquer
objeto estranho.
• A umidade presente nos agregados pode causar
aglutinação e parada da máquina por falta de
Silos dosadores frios material e erro na dosagem da mistura.
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Sistemas Básicos
Notas
• Na área onde a correia for instalada, em hipótese
alguma, a célula de carga, poderá sofrer carga
superior a sua capacidade. (Normalmente as células
de carga são de 50 a 100 Kgf).
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Sistemas Básicos
Secagem de agregados
Como citado na seção anterior os agregados
minerais devem ser secos e aquecidos, pois em
estado natural, normalmente não desenvolvem
adesividade suficiente com o ligante asfáltico
(CAP). Portanto devem ser aquecidos até pelo
menos 155ºC para realizar-se a mistura. A umidade influi nas temperaturas de saída dos
gases do secador e na produção da usina. Uma
Cada tipo de projeto exige uma mistura determinada, maneira de manter baixa a umidade do agregado é
asfaltos modificados ( por exemplo misturas com cobrindo-o com lonas, principalmente a areia e o pó
polímero e asfalto-borracha) normalmente exigem de pedra, itens com maior absorção de água.
temperaturas superiores a 160ºC.
Secador
Usinas de asfalto normalmente utilizam o secador
rotativo como meio de aquecer e secar os agregados.
Este equipamento normalmente é um cilindro Cortesia CIBER & TEREX
que gira sob roletes de acionamento agitando o
material e mantendo contato da pedra com os
gases do queimador. Construído em chapas de aço
Queimador
carbono resistentes a altas temperaturas, o secador
tem como principal função retirar a umidade do O queimador é a fonte de potência térmica para a
agregado, homogeneizá-lo e descarregá-lo na secagem e aquecimento do material. Normalmente
temperatura correta dentro do misturador. usinas de asfalto utilizam queimadores que
consomem óleo pesado, diesel, gás natural ou GLP.
Diferentes tipos de queimadores são empregados
em usinas de asfalto, podendo ser regulados e
controlados pelo sistema de controle da usina de
asfalto ou manualmente. Usinas modernas executam
o controle dos queimadores através de atuadores
eletro/eletrônico, regulando a mistura de ar e
combustível para diminuir o consumo por tonelada
produzida na usina e evitar poluição excessiva.
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Sistemas Básicos
Mistura
Todas usinas de asfalto tem uma unidade de
mistura. O misturador como é chamado pode ser
com paletas, por tamboreamento, por reviração e
com eixo duplo com paletas.
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Sistemas Básicos
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Sistemas Básicos
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Operação de Usinas
Operação de Usinas
Aterramento
Cabo de
A norma NBR 5410 elenca os tópicos que devem cobre 16 mm2
ser verificados no projeto de instalação e
aterramento de equipamentos no campo. As usinas
modernas possuem sistemas eletrônicos que são
sensíveis a descargas e podem além de colapsar
gerar distúrbios no funcionamento, como erros de Haste de
dosagem ou leituras de temperatura, queima de cobre
componentes, acionamentos indevidos entre outros.
Os fabricantes sempre esclarecem aos clientes
que a responsabilidade do aterramento da
instalação da usina é do usuário, devido a
Energia
diferentes tipos de solos e características dos As usinas normalmente são fornecidas com tensões
locais onde as suínas são instaladas. de 380 e 440 Volts trifásico com neutro aterrado
A manutenção do aterramente deve ser periódica para alimentação de motores. O circuito de comando
pois o efeito de chuvas altera o aterramento. pode ser na tensão de 120 Volts ou 220 Volts.
A medição de valores de aterramento inicial As usinas possuem uma série de motores elétricos
normalmnte está de 5 a 8 ohms. Periodicamente que servem para acionar seus diversos sistemas
deve-se verifica qual a resistência di aterramento. (silos dosadores, secador, misturador, elevador,
A ferramenta correta para a medição da resistência ventiladores, compressor,etc.) para isso sempre
do aterramento é o terrômetro. usa energia elétrica. O fornecimento da energia
elétrica tem parâmetro de funcionamento.
Cada fabricante fornece o equipamento de acordo
com as especificações de seu usuário. O suprimento
de energia elétrica deve cumprir com parâmetros
pré-determinados, indicados pelo fabricante.
A capacidade de energia elétrica deve atender a
carga instalada na usina, esta carga é o resultado de
todas as potências instaladas.
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Operação de Usinas
• Cabos de ligação para intertravamentos • Corrente por fase e corrente média das 3 fases;
de controle;
• Freqüência da rede com um range de 45 a 65Hz;
• Temporizadores;
• Energia consumida total e por fase (ativa reativa e
• Relé de supervisão de tensão para verificação de aparente);
seqüenciamento de fases e oscilações de tensão;
• Tempo de funcionamento (até 32.767 horas e 59
minutos);
• Valores de demanda e demanda máxima de
corrente e potência (ativa, reativa e aparente);
• Valores de distorção harmônica da tensão e da
corrente (total);
• Fator de potência total;
• Valores máximos e mínimos das potências,
correntes, tensão, distorção harmônica entre outras
medidas.
Dosagem de agregados
Há basicamente dois tipos de dosagem dos
agregados. A primeira é a dosagem volumétrica,
onde a pesagem é feita em apenas uma célula
de carga localizada a correia transportadora. A
proporção dos agregados é realizada através
da área da seção transversal abaixo de cada
Silo Dosador. Logo, esta área multiplicada pela
Usinas modernas oferecem ao usuário a velocidade das correis dosadora resultará na
visualização dos níveis de fornecimento de energia. vazão em cada Silo Dosador. Independentemente
da quantidade de Silos Dosadores, a proporção
entre os agregados é dada a partir dos parâmetros
mencionados acima (altura da comporta dos Silos
Dosadores e velocidade das Correias Dosadoras).
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Operação de Usinas
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Operação de Usinas
Externo rotativo
O misturador tipo externo rotativo possui uma
câmara de mistura aonde é feita a adição do
ligante asfáltico e finos assim como outros aditivos
tipos cal ou fibra. O acionamento do misturador é
integrado ao conjunto do tambor secador, porém
livre do contato com a chama do queimador, assim
delimitando área de secagem da área de mistura.
Na área de mistura existem diferentes tipos e
posicionamento de aletas que garantem o tempo
correto de mistura e homogeneização com o ligante
e demais materiais.
A câmara de mistura possuis superfície com
material para garantir a fluidez da mistura, assim
como aquecimento externo por canais de passagem
de óleo térmico.
Elevador de arraste
O elevador de arraste é um conjunto que requer
uma atenção especial em manutenção, cada possui
suas próprias características. Em geral os principais
itens a serem verificados, são:
• A tensão da esteira de arraste é controlada por
meio de um esticador, que fica constantemente
forçando o eixo conduzido para baixo, tensionando
a esteira. O alinhamento também deve ser
verificado.
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Operação de Usinas
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Operação de Usinas
Teste em primeiro lugar o funcionamento dos 4. O tempo de pulso, para mangas novas, pode
componentes: exaustor, compressor e roscas ser menor (100 milisegundos) e deverá ser
transportadoras. aumentado, quando a manga for mais velha, até 120
milisegundos. Um tempo maior consome mais ar
Regule a pressão da linha de ar comprimido, na comprimido.
válvula reguladora de pressão próxima da saída do
reservatório de ar em torno de 7 bar, e na válvula 5. A freqüência de pulsos (intervalo) pode iniciar
reguladora de pressão próxima ao pulmão do filtro com tempo maior (15 segundos) e ser reduzida para
em 6 bar. até 10 segundos, quando a manga estiver muito
suja ou velha. Intervalo menor consome mais ar
Teste o funcionamento do programador e das comprimido.
válvulas e solenóides do pulso de ar.
6. Ao ajustar os parâmetros acima, cuidado para
Em usinas modernas existem sistemas de não demandar vazão de ar maior que a capacidade
segurança contra a queima de mangas, por isso que o compressor pode fornecer. Neste caso a
nestes equipamentos teste o circuito de segurança, pressão cai e a eficiência do sistema diminui.
incluindo controlador de temperatura, solenóides
do queimador e alarme de excesso de temperatura. 7. Desligue o queimador e deixe ligado o exaustor
Para fazer este teste, pode ser aquecido o sensor até resfriar o filtro;
do controlador de temperatura e programá-lo para
temperatura ambiente. 8. Desligue o exaustor;
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Operação de Usinas
Sistema de limpeza
Finos
Para limpeza do filtro de mangas são utilizados
Os transportadores helicoidais têm a função de pulsos de ar comprimido a uma determinada
extrair de dentro do filtro de mangas todo pó pressão. No pulsos do controlador, deve ser
recuperado nele e são acionados por motor com ajustados os seguintes parâmetros:
polia ou motoredutores. O acionamento é ligado
diretamente no eixo principal da hélice. Deve-se • Tempo de pulso (PULSO); O pulso é o tempo
observar o sentido de transporte do pó, isto chama- que a válvula de limpeza fica aberta, permitindo a
se “passo” o passo caracteriza-se pelo sentido de passagem do ar para a flauta.
rotação, ou a direita ou a esquerda.
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Operação de Usinas
Controle Manual
O controle manual depende única e exclusivamente
do operador para realizar todos acionamentos,
O compressor possui uma fonte de lubrificação controles e monitoramentos durante a produção de
para o movimento dos pistões que é o ‘carter’ do massa asfáltica. Desta forma o seqüenciamento da
compressor. Normalmente observa-se o nível de partida dos motores elétricos, monitoramento de
óleo lubrificante por um visor localizado na base do temperaturas e mudança de produção da usina fica
compressor. a cargo da atenção e ação do operador.
A linha de alimentação principal possui uma válvula
reguladora que permite ao operador determinar
a pressão do sistema. Também deve-se observar Controle Automático
estado de filtros e purgadores de umidade.
No controle via sistema microprocessados
(Exemplo: CLP+Computador) e supervisão via
computador, a ação do operador é guiada pelas
informações que chegam a tela do computador ou
IHM. Estas informações são captadas por sensores
e sinais e enviadas para o CLP sendo assim
analisadas e processadas e por fim mostradas na
tela do computador. Lógicas de intertravamentos
de segurança e de seqüenciamento são realizadas
pelo CLP e desta forma o operador é informado, por
meio de alarmes ou avisos, de alguma advertência
seja de operação ou de processo.
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Operação de Usinas
O CLP é um dispositivo que executa funções A diminuição da produção está ligada a capacidade
definidas por um programa que realiza ciclo de de exaustão da usina, quanto mais umidade no
operações seqüenciais e repetitivas. Grande parte sistema maior será a vazão de vapor para o filtro
dos processos industriais pode ser controlada ou diminuindo a capacidade do queimador de aquecer
atomatizados por um CLP e substituem com grande os agregados jogando grande parte do calor para a
eficiência a lógica de controle dos painéis elétricos evaporação da água nos agregados.
de acionamento manual.
Vantagens:
• Confiabilidade de programas
• Flexibilidade: os programas podem ser
alterados sem alterar a fiação
• Funções: o CLP pode executar funções muito
mais complexas que qualquer circuito elétrico
• Velocidade: podem processar milhares
de operações por minuto
Diminuir a umidade de entrada dos agregados no
• Diagnóstico: permite localizar falhas rapidamente. secador utilizando lonas, construindo proteções para
a chuva sobre os estoques significa economia de
• A topologia consiste em um software supervisório dinheiro, pois quanto maior a umidade maior será o
instalado em um computador, o qual se comunica consumo de combustível. A produção esperada na
com um controlador (CLP) fazendo a interface usina pode ser diminuída de acordo com um fator de
homem equipamentos/instrumentação. redução conforme a umidade dos agregados.
• Software supervisório permite controle de
produção, acionamentos de motores e atuadores.
Supervisão de temperaturas e status dos
componentes.
Vazão x Umidade
A vazão de uma usina (t/h) é diretamente relacionada
com ma umidade do agregado de entrada. À medida
que a umidade do agregado aumenta se tem uma Dosagem
perda na produção, pois deve-se diminuir a vazão de
agregados para manter a temperatura de saída da Cada um dos silos deve ser calibrado de acordo
massa conforme a desejada. com o procedimento indicado pelo fabricante, e os
percentuais de cada agregado devem ser inseridos
na tela de formulas conforme a formula do projeto
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Operação de Usinas
• Nome do agregado: campo em que devem ser e o valor apresentado na tela. Uma boa calibração
inseridos os nomes dos agregados utilizados nos garante economia de CAP, por melhor determinação
silos, filler, asfalto e finos. A inserção dos nomes dos do teor de cada agregado da mistura.
agregados é similar à descrita no item A;
• Porcentagem de material: nas caixas deste campo
são inseridos os percentuais de cada material da Controle do queimador
fórmula a ser utilizada. Deve ser observado que o A potência térmica da usina é o qe permite a usina
somatório destes percentuais deverá ser igual a atingir a produção desejada, por isso o queimador
100% (cem por cento); é regulado durante a produção aumentando ou
• Porcentagem de umidade: caso a Usina não diminuindo potência conforme a ação do operador.
possua sensor de umidade, nestes campos devem
ser inseridos os percentuais de umidade de cada
material, conforme resultado do laboratório;
• Criar nova fórmula: habilita o sistema a criar uma
nova fórmula;
• Salvar fórmula: salva a fórmula criada, ficando
esta disponível para uso no sistema;
• Carregar fórmula: carrega a fórmula selecionada
Normalmente, quando a temperatura da massa
para efetuar a produção de massa asfáltica
asfáltica ultrapassa a temperatura exigida, deve-se
conforme característica de materiais descritos;
diminuir a intensidade do fogo do queimador.
• Apagar fórmula: apaga as fórmulas escolhidas,
Quando, por outro lado, a temperatura diminui,
zerando todos os seus campos preenchidos;
deve-se aumentar o fogo. Porém para aproveitar
• Listar fórmula: abre uma janela com a relação de o máximo rendimento do queimador a regulagem
todas as fórmulas existentes até aquele momento. do fogo deve ser feita somente uma vez. Evite
Se a fórmula escolhida for uma fórmula da lista é só modificar constantemente essa regulagem. Quando
dar um duplo clique para obter seus dados; a temperatura da massa asfáltica ultrapassar a
temperatura requerida, não altere o fogo, mas sim,
• Somatório de materiais: a fórmula deve aumente a alimentação de agregados e de asfalto.
obrigatoriamente ter 100% de material descrito;
Procure sempre equilibrar a temperatura da massa,
seletor de visualização das fórmulas. pelo aumento ou diminuição da alimentação de
agregados.
Vazão
Atuador do Queimador
A vazão de agregados em tonelada hora da usina
depende da calibração dos silos dosadores ou das O acionamento e configuração dos parâmetros do
“balanças”. Usinas modernas apresentam telas queimadoe é realizado atravéz da tela de controle.
específicas para o processo de calibração. Ao pressionar sobre o desenho do queimador,
abrirá sua respectiva janela de configuração. Onde
o operador pode efetuar o completo acionamento
do queimador e também configurar a relação entre
combustível e ar.
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Operação de Usinas
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ANOTAÇÕES
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