Apostila Usina de Asfalto

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 32

Curso Básico de Preparação em

Usinas de Asfalto
1ª Edição - 2009
Prefácio

Prefácio
O Instituto Pavimentar foi criado com o objetivo de estudar, pesquisar,
desenvolver, capacitar e qualificar processos e pessoas que interagem
de certa forma com a cadeia produtiva do Asfalto. A capacitação
de pessoas que venham a colaborar para o desenvolvimento e o
aprimoramento de infra-estrutura da malha rodoviária do país é o
nosso foco principal.
A união entre entidades que atendem toda a cadeia produtiva do
Asfalto desde a execução e controle das normas e construção de
rodovias como o DNIT-IPR, as entidades de classes de fabricantes
de equipamentos como ABIMAQ e de fabricantes e distribuidores
de Asfalto como a ABEDA e a PETROBRÁS, Associações que
visam atender as necessidades e alinhamento dos construtores e
empreiteiros ao atendimento das especificações como a ANEOR e
de nada menos que um dos maiores usuários da malha rodoviária
como a CNT, todos têm um compromisso forte com geração de valor
neste processo em que todos nós, entre a população considerada
como clientes finais, sendo os maiores usuários e uma das partes
interessadas, todos saímos ganhando.

3
Índice

Índice
Introdução
Siglas e Abreviaturas

1. Tipos de Usinas de asfalto


1.1. Usina de Asfalto Descontínua
2.1.1. Questões de estudo
1.2. Usina de Asfalto Contínua
2.2.1. Fluxo Paralelo
2.2.2. Contra Fluxo
2.2.3. Questões de estud
1.3. Resum

2. Sistemas básicos
2.1. Alimentação e dosagem fria
2.1.1. Silos dosadores frios
2.1.2. Sistema dosador
2.1.2.1. Correia dosadora
2.2. Secagem de agregados
2.2.1. Secador
2.2.2. Queimador
2.3. Mistura
2.4. Descarga e estocagem de massa
2.5. Filtragem de gases
2.6. Estocagem e dosagem de ligante betuminoso

3. Operação de usinas
3.1. Aterramento
3.2. Energia
3.3. Dosagem de agregados
3.4. Secador e queimador
3.5. Misturador
3.5.1. Externo rotativo
3.5.2. Externo duplo eixo

4
Índice

3.6. Elevador de arraste


4.6.1. Silo descarga
3.7. Filtro
3.7.1. Finos
3.7.2. Sistema de limpeza
3.7.3. Mangas
3.8. Tanques
3.9. Controle
3.9.1. Vazão x Umidade
3.9.2. Dosagem
3.9.3. Vazão
3.9.4. Fogo
3.9.5. Temperaturas
3.9.6. Nomenclaturas/termos utilizados

5
Introdução

Introdução
Na evolução da nossa história é importante destacar que os
caminhos, trilhas, estradas e qualquer via de acesso para permitir
o transito de pessoas, animais e posteriormente os veículos manuais
e através de propulsão foram sendo criados naturalmente pela ação
da erosão e por processos naturais e na sua maioria com iniciativas
da população para atender à suas necessidades de locomoção para
garantir a sua sobrevivência.
Atualmente verifica-se que estes caminhos tornaram-se mais
acessíveis e adequados para atender todas as exigências da sociedade
o que demonstra que ocorreram transformações importantíssimas
com base em desenvolvimento tecnológico para adequar a sua
capacidade em relação à demanda.
Diante do cenário de constante crescimento demográfico e respectivo
incremento no mercado global, através de veículos de carga e passeio
nas rodovias, os desafios tendem a aumentar na mesma proporção.
Desta forma a malha rodoviária deve ter a elasticidade necessária
para abranger todos os cantos do planeta e ao mesmo tempo
as organizações em geral devem fazer a sua parte em prover os
investimentos em infra-estrutura e garantir a manutenção do sistema
e cabe a nós sociedade ser integrante deste processo com
a participação intensa no sentido de exigir segurança e conforto
nas rodovias e pavimentos e cooperar com o meio ambiente
mantendo-as limpa de resíduos que por vez são lançados sem
a devida consciência.
Vamos todos fazer a nossa parte e cooperar para que
tenhamos qualidade de vida ao trafegar pelas nossas rodovias
deste imenso Brasil.

Siglas e Abreviaturas
Antes de iniciar o curso vamos esclarecer alguns conceitos e
nomenclaturas mais utilizadas mundialmente, e que serão utilizados
nos textos e descrições a seguir, os quais são em ordem alfabética:
CA: Concreto Asfáltico
CBUQ: Concreto Betuminoso Usinado a quente
CAP (Cement Asphalt Petroleum): Cimento Asfáltico de Petróleo
HMA (Hot Mix Asphal): Mistura Asfáltica a quente convencional
CLP: Controlador Lógico Programável
IHM: Interface Homem Máquina
GLP: Gás Liquefeito de Petroleo

6
Tipos de Usinas

Tipos de Usinas
Usinas de asfalto são equipamentos com a função de dos agregados. Estes agregados selecionados são
produzir a mistura asfáltica a quente. Normalmente enviados ao chamado “silos quente, sendo um para
são divididas em formas de secar e dosar os cada faixa granulométrica do agregado(tamanho
componentes da mistura. Quanto a forma de dosar de pedra). Os agregados que não são classificados
pode-se classificar entre contínua e descontínua e nas telas da peneira com tamanho excedente,
secar em contra-fluxo ou fluxo paralelo. são chamados de “refugo”, sendo que estes
direcionados para um silo chamado “silo de refugo”.
O asfalto armazenado em um tanque externo à
Dosagem Secagem
Usina é bombeado por meio de uma tubulação
que interliga o tanque à Usina até a “balança de
Fluxo asfalto”, que faz a pesagem estática do CAP e
Contínua Descontínua Contra-Fluxo
Paralelo injeção da quantidade necessária para mistura..
Após permanecerem nos silos quentes, os
agregados quentes e secos, são enviados para
Dosagem um silo com sistema de pesagem chamado “Silo
Balança”, Neste silo balança cada faixa de agregado
Dosagem é denominada a forma em que os
armazenado no seu respectivo silo quente é
produtos primários (CAP, agregados, filler) são
descarregado no silo balança de forma sequencial
inseridos na usina.Sendo que esta dosagem pode
e pesado um de cada vez, na proporção adequada
ser contínua ou descontínua. A classificação
para a fórmula da mistura de massa asfáltica. Após
normalmente é feita observando-se o transporte
completar o ciclo de pesagem de todos os materiais
dos agregados minerais.
no silo balança, o processo de pesagem de
agregados é concluído e os mesmos são enviados
ao Misturador.
Usinas de Asfalto Descontínuas
Enquanto ocorre o sistema de pesagem dos
Usinas que desenvolvem o processo de fabricação agregados quentes descrito acima, também ocorre
do CBUQ através de um processo de produção da ao mesmo tempo, a pesagem da quantidade
mistura de massa asfáltica de forma “intermitente” necessária do ligante asfáltico, também chamado
entre o início do carregamento de agregados e o do de Asfalto ou CAP, em um pote de recepção,
ligante asfáltico, (também chamado de Asfalto ou armazenamento e dosagem para injeção no
Bitumen ou ainda CAP), no misturador. misturador.

Este processo é chamado de “Batch” ou produção Após a injeção dos agregados e do asfalto no
por bateladas, onde estas usinas de produção de misturador inicia-se o ciclo de mistura durante o
CBUQ deste tipo são chamadas de “Batch Plant” na tempo pré-determinado que normalmente varia entre
tradução “Usina de Asfalto Gravimétrica”. 40 segundos a 60 segundos dependo do tipo de usina,
tipo de agregados e de concreto asfáltico utilizado.
Estas usinas são as mais completas até então
desenvolvidas, pois possuem um sistema de seleção Após a conclusão do processo de mistura, o
da granulometria dos agregados virgens após misturador descarrega a massa asfáltica sobre um
secos, através de peneiras vibratórias localizadas caminhão ou outro sistema que transporta o asfalto
normalmente na “torre gravimétrica”, similares até silos de armazenamento.
às peneiras utilizadas nos processos de britagem.
Com isto os agregados quentes pré-dosados nos Os gases de combustão gerados no processo de
silos dosadores frios e após passagem pelo secador secagem são transportados ao Filtro de Mangas,
rotativo, são transportados por um elevador de para garantia de proteção ambiental. Durante
canecas até atingir a peneira vibratória de seleção a secagem os gases do queimador também

7
Tipos de Usinas

transportam simultaneamente particulados


finos que se desprendem os agregados durante
o processo de secagem, devido ao atrito e
propriedade dos mesmos, o qual na maioria das
vezes é necessário que retornem ao processo para
contribuir na fórmula da massa asfáltica.
Portanto o Filtro de Mangas além de efetuar a
filtragem dos gases para a atmosfera, também
efetua a filtragem dos particulados e os
devolve para o sistema de mistura, através de
transportadores helicoidais ou também chamados
de rosca sem fim ou caracóis.
A operação de filtragem normalmente é por
barreira física. O pó é barrado por um tecido ou
filme d’água. A filtragem por tecido ou filtragem Figura 1a: Foto de instalação de uma Usina Gravimétrica.
seca é feita com elementos filtrantes específicos, Fonte (Terex)
as mangas. Usinas modernas utilizam filtros de
mangas nesta função. A limpeza dos filtros pode
ser ou do tipo vazão ou do tipo jato pulsante, os
particulados se desprendem das mangas caem por
ação da gravidade para o fundo do filtro.
O transportador helicoidal, localizado no fundo do
Filtro de Mangas, devolve os finos para o processo
até que sejam alimentados ao sistema para
pesagem e injeção no misturador.

Figura 1b: Foto de instalação de uma Usina Gravimétrica.


Fonte (CIBER)

Para melhor entender o processo descrito acima, as Figura 2: Secção transversal genérica da torre da Usina
figuras 1a, 1b e 2 a seguir apresenta os componentes gravimétrica com sistema de peneiramento, silos quentes, silo
básicos de uma Usina de Asfalto Gravimétrica balança e misturador. Fonte: (TEREX/CIBER)

É importante salientar que na torre da Usina de


Gravimétrica é necessário haver dutos de exaustão
para a extração dos vapores gerados no processo
devido ao armazenamento e movimentação

8
Tipos de Usinas

de agregados quentes. Estes dutos devem ser As usinas contínuas podem ser bem definidas em
verificados com freqüência a sua secção para duas categorias, as usinas de dosagem contínua
eliminar possíveis restrições que venham impedir a volumétrica e a usina de dosagem contínua dinâmica.
remoção dos vapores. Caso não sejam verificados
com freqüência, podem causar problemas na
dosagem de agregados da mistura. Os dutos de
exaustão da torre são interligados ao processo de
exaustão do filtro de mangas.
As usinas de asfalto gravimétricas sempre utilizam
secadores contra-fluxo, devido à economia do uso
deste tipo de equipamento.
Cabe ressaltar que este tipo de usina de
asfalto, apesar de ser completa por possuir a
classificação da faixa de agregados desejados na
mistura, e dispor-la em cada silo quente antes
da sua utilização, possibilitando a obtenção do
traço especificado de forma muito eficiente. A
usina gravimétrica apresenta custos elevados
de manutenção, e em caso de modificação de
local os custos com desmontagem, transporte e
montagem são muito dispendiosos também. É
um tipo de equipamento normalmente indicado
para construtores, que irão permanecer por longo
período ou permanentes, numa mesma instalação.
Concluindo em usinas Gravimétricas os agregados
são dosados volumetricamente previamente As usinas volumétricas realizam a dosagem a partir
nos silos frios. Os agregados então são secos do volume de material transportado em cada silo,
continuamente em secador rotativo, transportados normalmente através do controle da abertura da
or elevador até a peneira onde são separados comporta do silo dosador frio e da velocidade da
e dosados secos descontinuamente em uma correia dosadora, ou amplitude de vibração da
balança cumulativa, o misturador faz a mistura calha vibratória. Os operadores deste tipo de usina
destes materiais com o CAP e despeja dentro de normalmente calibram a máquina com o uso de
um caminhão e aguarda uma nova dosagem de tabelas relacionando rotação do motor da correia e
materiais. abertura da comporta de saída do silo.

Usinas de Asfalto Contínuas


Usinas de Asfalto Contínuas são aquelas usinas no
qual o processo de produção de CBUQ ocorre de
forma “Continua”, ou seja, sem interrupções desde
o início do processo de dosagem dos agregados
nos silos dosadores frios até a descarga da massa
asfáltica no silo de massa. A dosagem dinâmica é um princípio moderno
de operação de usinas, trata-se de sistemas que
realizam a medição da quantidade de material
Volumétrica
que está sendo dosado em cada silo e interfere na
Contínua quantidade de CAP injetado no sistema de mistura
Dosagem Dinâmica instantaneamente. Sistemas de dosagem dinâmica
obrigatoriamente utilizam computadores ou CLP’s.
Descontínua Estes computadores e controladores tem a função

9
Tipos de Usinas

de entender os sinais de pesagem das correias


dosadoras dos silos e retransmitir para os motores
das correias e moto-bomba de asfalto.

As Usinas de fluxo paralelo não são mais fabricadas


pelos fabricantes, devido ao processo de geração
de secagem dos agregados os gases atingem
patamares elevados de temperatura próxima a
sua saída para o Filtro de Mangas, fazendo com
Secagem que se perca em eficiência no processo, com
Sistema construído em chapas de aço carbono elevado consumo de combustível e necessidade de
resistentes a altas temperaturas, o secador tem utilização de Elementos Filtrantes resistentes a alta
como principal função retirar a umidade dos temperatura, ao redor de 180~200ºC.
agregados, homogeneizá-los e descarregá-lo na
Durante muitos anos eram utilizados filtros via
temperatura correta dentro do misturador.
úmida, chamados de Filtro Venturi, também
O secador consiste em um cilindro em movimento chamado “Wet Scrubber”. Este tipo de filtros contém
de rotação, tendo em seu interior uma série de um sistema de jato de água aplicada nos gases da
aletas que movimentam o agregado e formam exaustão quando da entrada no filtro. O choque da
diferentes tipos de cortinas dentro do secador em água com os gases e particulados gera a decantação
frente ao queimador. È este sistema que também dos particulados no corpo do filtro. Os gases filtrados
faz a mistura e o avanço dos agregados dentro do são enviados para a atmosfera e os finos decantados
misturador. O secador pode ter seu queimador em no corpo do filtro Venturi são bombeados para
fluxo paralelo ou contrário a entrada de agregados, um reservatório de armazenamento em concreto
sendo que esta configuração altera totalmente a também chamado de piscina de decantação. A
forma de secagem dos agregados. limpeza desta piscina dá-se por intermédio de
remoção dos resíduos por pá carregadeira.

Fluxo paralelo
É o sistema de secagem em que os agregados são
inseridos em paralelo com a chama do queimador,
diretamente na zona de combustão. Neste
sistema por vezes o secador funciona também
como misturador, tornando-se um sistema mais
barato, porém o fluxo de vapor e gases em alta
temperatura passa pela zona de mistura causando
uma destilação fracionada dos óleos leves. Este O inconveniente deste sistema é que os materiais
efeito é comumente chamado de oxidação que armazenados na piscina podem estar contaminados
reduz a vida do pavimeto devido ao envelhecimento de combustível e podem contaminar o meio
precoce do CAP com perda de suas propriedades. ambiente, devido à possível ocorrência de má
combustão durante o processo de secagem.
Outro efeito do fluxo paralelo que podemos
observar no quadro abaixo é que o fluxo paralelo Isto já ocorre com menor intensidade quando se
não é eficiente termicamente pois existe uma utiliza Filtro de Mangas (via seca), o qual possui
grande perda de energia ao liberar-se os gases, e elemento filtrantes no processo de filtragem do ar.
não transfere-se toda esta energia ao agregado. se necessário o controle adequado da regulagem

10
Tipos de Usinas

da chama do queimador gerando uma combustão as usinas contra fluxo possuem alto índice de
eficiente. Caso não ocorra a combustão eficiente produtividade, justamente pelo processo de
os elementos filtrantes ficarão impregnados por secagem dos agregados ser do tipo contra fluxo
combustível e perderão a sua capacidade de o que permite realizar a secagem do agregado
filtragem. Mais adiante no capítulo processos e em patamares menos elevado, obtendo assim a
componentes de Usina de Asfalto será abordado o homogeneização da temperatura de secagem e
filtro de mangas em mais detalhes. dos gases em conseqüência a este fato ocorre
a produção de misturas asfáltica de altíssima
Atualmente o tipo de filtro via úmida, está sendo qualidade, sem o comprometimento do ligante
substituídos por Filtro de Mangas, devido a asfáltico, processo de oxidação, e sem o
exigências ambientais. O mesmo ocorre com os comprometimento dos elementos filtrantes
equipamentos Usina de Asfalto de Fluxo paralelo do Filtro de Mangas.
com mistura interna no tambor, chamado Drum Mix.
As usinas contra fluxo são tão completas quanto
Não está previsto no escopo deste treinamento às usinas gravimétricas, possuem um sistema de
abordar em mais detalhes estes tipos de dosagem da granulometria dos agregados virgens
equipamento, o qual o foco dar-se-á ao tipo mais adequados e necessários ao processo, através de
utilizado e que vem dominando o mercado em sua correias dosadoras localizadas na parte inferior
utilização nos últimos 15 anos, chamado processo dos silos dosadores. Com isto os agregados são
Contra Fluxo, que será abordado a seguir. transportados através da correia transportadora
das correias dosadoras até o secador onde ocorre
a secagem do material, durante o processo de
Contra-Fluxo secagem dos agregados são gerados gases oriundos
do processo de combustão e particulados finos que
As usinas contra-fluxo foram uma revolução se desprendem os agregados que são transportados
tecnológica em relação às usinas de fluxo paralelo ao Filtro de Mangas, para garantia de proteção
(‘drum mixers’), pois possuem um mecanismo ambiental. O pó recolhido pelo filtro deve retornar
de transferência de calor muito mais eficiente e a mistura pois em usinas contínuas a dosagem dos
permitem a utilização de um misturador externo agregados é feita antes do secador.
aumentando expressivamente a qualidade da
mistura asfáltica. Os gases fluem em direção O Filtro de Mangas além de efetuar a filtragem
oposta ao agregado evitando uma perda de dos gases para a atmosfera, também efetua a
energia térmica pelo aquecimento dos gases. Com filtragem dos particulados e os devolve para o
a utilização do misturador externo O problema de sistema, através de transportadores helicoidais ou
oxidação do asfalto foi solucionado permitindo uma também chamados de rosca sem fim ou caracóis.
maior vida útil a massa asfáltica. Esta operação de filtragem ocorre por ação de um
processo de injeção de ar de limpeza em elementos
filtrantes, também chamados de mangas, dispostos
verticalmente no filtro. Através da limpeza ou do
tipo vazão ou do tipo jato pulsante, os particulados
se desprendem das mangas e caem por ação da
gravidade para o fundo do filtro.

As Usinas Contra Fluxo são as usinas que


atualmente possuem grande aceitação e procura
por parte de clientes e órgãos regulamentadores, O transportador helicoidal localizado no fundo
do Filtro de Mangas, conforme descrito acima

11
Tipos de Usinas

devolve os finos para o processo até que sejam


alimentados ao sistema para pesagem e injeção
no misturador. Existem processos diferentes de
transporte e armazenamento e injeção destes finos
na quantidade total ou parcial retornada no Filtro
de Mangas sendo que cada fabricante apresenta
um sistema específico para este fim e que não será
tratado neste módulo do curso.
O processo de mistura do ligante asfáltico dá-se por
utilização de misturadores externos ao processo de
secagem tipo Tambor Rotativo “Rotative Mixer” ou
por misturador externo, tipo “Pug Mill“, de acordo
com a especificação de cada fabricante.
Após a passagem pelo secador rotativo e zona
de mistura (Tambor Rotativo “Rotative Mixer” ou
misturador externo “Pug Mill“) são transportados
por um elevador de arraste e são enviados ao
chamado Silo. A descarga da massa asfáltica
ocorre sobre um caminhão ou outro sistema que
transporta o asfalto até o destino de aplicação

Figura 3: Usina de Asfalto Continua Contra Fluxo. Fonte (Ciber)

Figura 4: Usina de Asfalto Continua Contra Fluxo. Fonte (TEREX)

12
Sistemas Básicos

Sistemas Básicos
Independente do tipo de usina existem sistemas onde o agregado é alimentado por meio de pás
básicos que possibilitam a instalação da usinas de carregadeiras. Por gravidade o material escoa e sai
asfalto produzir a mistura. São eles: diretamente pelo sistema dosador.

Alimentação e dosagem fria


O minério virgem britado é alimentado no sistema
para secagem e aquecimento. O minério original
extraído da pedreira teve uma pré-classificação em
sistema de britagem, sofrendo um despedaçamento
e peneiramento. O projeto de construção de uma
rodovia exige o cumprimento de uma mistura de
agregados para atingir uma curva granulométrica
que foi dimensionada para determinada carga e
ciclos de tráfego. Portanto a receita de mistura,
exceto o ligante asfáltico (CAP), advém dos silos,
O silo dosador deve possuir uma comporta
correias e transportadores de minério no sistema
com regulagem de altura, tanto para dosagem
de alimentação e dosagem fria.
de material quanto para desobstrução de algum
corpo estranho que venha no agregado. O dosador
também pode possuir um sistema de vibração
automática caso falte material no sistema dosador

Notas
• Cada silo deverá conter os agregados
de granulometria adequada para mistura.
• Evite a mistura de materiais de um silo com o de outro.
• As aberturas das comportas devem estar bem fixadas.
• As comportas devem estar livres de qualquer
objeto estranho.
• A umidade presente nos agregados pode causar
aglutinação e parada da máquina por falta de
Silos dosadores frios material e erro na dosagem da mistura.

Normalmente construído de chapas em aço • A umidade está diretamente relacionada a dosagem


de asfalto e deve ser medida constantemente para
carbono resistente ao desgaste, ele possui
correção na fórmula em produção.
formato piramidal invertido. Tem como função
armazenar o agregado e alimentar um sistema • Uma maneira de manter baixa a umidade do agregado
é cobrindo-o com lonas, principalmente a areia e o pó
dosador, posicionado na parte inferior. O silo possui
de pedra, itens com maior absorção de água.
na parte superior uma abertura de alimentação

13
Sistemas Básicos

O silos contém um tamanho de material específico que Correia dosadora


deve estar presente na fórmula, é muito importante
que cada silo seja alimentado corretamente e que Tem a função de fazer a dosagem do agregado
ao longo da produção a granulometria (tamanho virgem. As usinas modernas utilizam correias
especificado da pedra) do minério virgem britado seja dosadoras com sistema de pesagem individual,
verificada, a alteração de uma peneira ou vazão do assim cada agregado é pesado separadamente de
sistema de britagem poderá alterar a característica do forma dinâmica.
agregado e interferir na mistura.
A correia dosadora é acionada através de
motoredutor, motor ou motor com polias. Usinas
modernas efetuam a variação na velocidade da
correia através de inversor de freqüência que
aumenta ou diminui a velocidade conforme a vazão
necessária para a produção especificada.

Para medir a massa de agregado os silos


dosadores de dosagem dinâmica apresentam
uma zona de pesagem. Esta zona de pesagem
aciona uma célula de carga, e esta informa
ao sistema de controle da usina a massa de
material sobre a correia. Sistemas automáticos
Sistema dosador agem sobre este sinal variando a velocidade
do motor. A correia dosadora é crucial para o
Independente do tipo de usina, abaixo do silo
correto funcionamento da usina, pois dela saem
há necessidade de um sistema dosador. Existem
as informações para a dosagem do asfalto.
sistemas dosadores por calha vibratória, por válvula
rotativa e por correias dosadoras.

Usinas de asfalto modernas normalmente usam sistema


dosador por correia dosadora.

Notas
• Na área onde a correia for instalada, em hipótese
alguma, a célula de carga, poderá sofrer carga
superior a sua capacidade. (Normalmente as células
de carga são de 50 a 100 Kgf).

14
Sistemas Básicos

que movimentam o agregado e formam diferentes


• Isto significa que nenhuma pessoa poderá caminhar tipos de “cortinas” dentro do tambor. As cortinas
sobre a correia, pois ocasionará danos irreparáveis de material possibilitam a retirada da umidade do
à célula de carga. Igual cuidado para colisões e agregado e aquecimento. São elas também que
descargas elétricas.
fazem a mistura e o avanço dos agregados dentro
• A zona de pesagem deve ser limpa periodicamente, os do secador.
mecanismos do sistema de dosagem podem trancar
com corpos estranhos.

Secagem de agregados
Como citado na seção anterior os agregados
minerais devem ser secos e aquecidos, pois em
estado natural, normalmente não desenvolvem
adesividade suficiente com o ligante asfáltico
(CAP). Portanto devem ser aquecidos até pelo
menos 155ºC para realizar-se a mistura. A umidade influi nas temperaturas de saída dos
gases do secador e na produção da usina. Uma
Cada tipo de projeto exige uma mistura determinada, maneira de manter baixa a umidade do agregado é
asfaltos modificados ( por exemplo misturas com cobrindo-o com lonas, principalmente a areia e o pó
polímero e asfalto-borracha) normalmente exigem de pedra, itens com maior absorção de água.
temperaturas superiores a 160ºC.

Secador
Usinas de asfalto normalmente utilizam o secador
rotativo como meio de aquecer e secar os agregados.
Este equipamento normalmente é um cilindro Cortesia CIBER & TEREX
que gira sob roletes de acionamento agitando o
material e mantendo contato da pedra com os
gases do queimador. Construído em chapas de aço
Queimador
carbono resistentes a altas temperaturas, o secador
tem como principal função retirar a umidade do O queimador é a fonte de potência térmica para a
agregado, homogeneizá-lo e descarregá-lo na secagem e aquecimento do material. Normalmente
temperatura correta dentro do misturador. usinas de asfalto utilizam queimadores que
consomem óleo pesado, diesel, gás natural ou GLP.
Diferentes tipos de queimadores são empregados
em usinas de asfalto, podendo ser regulados e
controlados pelo sistema de controle da usina de
asfalto ou manualmente. Usinas modernas executam
o controle dos queimadores através de atuadores
eletro/eletrônico, regulando a mistura de ar e
combustível para diminuir o consumo por tonelada
produzida na usina e evitar poluição excessiva.

O secador consiste de um cilindro em movimento de


rotação, tendo em seu interior uma série de aletas

15
Sistemas Básicos

O misturador é um conjunto mecânico da usina que


tem por objetivo misturar o CAP aos agregados.
Dependendo do tipo de usina a mistura é realizada
fora do tambor, ou após o tambor ou mesmo
no tambor. No misturador também podem ser
incorporados aditivos como filler por exemplo.
Os agregados devem entrar no misturador a 155ºC
O acendimento de queimadores em usinas de pelo menos, assim como o CAP.Os componentes
asfalto é feito através de acionamentos automáticos estando nesta temperatura proporcionam
como chama-piloto. Usinas modernas utilizam o recobrmento e mistura correta. Além da
chama-piloto com GLP. A chama piloto parte do temperatura deve-se ponderar a adesividade
princípio de centelha para ingnição é necessário do mineral com o CAP. Isto pois algumas pedras
que haja limpeza dos eletrodos. não aceitam o recobrimento (cristais). De acorco
com a necessidade existem métodos de alterar
a característica de adesividade (por xemplo cal
hidratada, “Dope”, etc.)
Cada projeto de estrada tem sua granulometria
particular e a dosagem dos componentes interfere
na mistura final. Portanto é necessário total atenção
a dosagem dos agregados e do CAP. Especial
atenção as tubulações de CAP, sistemas eletrônicos
de dosagem (células de carga, inversores, cabos
elétricos, etc.).
Algumas usinas antigas utilizam tocha para
acendimento, este método é inseguro oferecendo
risco ao operador e pode também danificar a máquina.
Descarga e estocagem de massa
Os queimadores podem ser configurados para
uma série de combustíveis, sendo que os mais O elevador de arraste tem a função de transportar
utilizados são os óleos leves ou pesados. Os óleos a massa asfáltica do misturador até o silo de
pesados necessitam uma maior temperatura de armazenamento que estoca um um determinado
atomização, sendo necessário um pré aquecimento volume de material e após atingir este limite o
para a combustão. silo abre e despeja diretamente na caçamba do
caminhão a massa asfáltica.

Mistura
Todas usinas de asfalto tem uma unidade de
mistura. O misturador como é chamado pode ser
com paletas, por tamboreamento, por reviração e
com eixo duplo com paletas.

O dimensionamento da produção da usina para


a obra deve estar de acordo com a frota de
caminhões e frente de trabalho, pois deve-se evitar
ao máximo paradas e partidas frequentes.
As usinas contínuas normalmente não podem
armazenar grandes quantidades de massa,

16
Sistemas Básicos

portanto não pode-se permanecer longos tempos Filtragem de gases


com a comporta de descarga fechada. Situações
que demandem maiores quantidades armazenadas A função do filtro de mangas é bloquear a saída de
devem ser dimensionadas usinas com silos de particulado, gerado no secador, para o ambiente.
armazenamento de grande capacidade. Existem normas de controle da emissão de
poluentes para atmosfera. Em média este valor é de
menos de 50 mg/Nm³.

No sistema de descarga e estocagem pode-se


obter a tempertura que a massa está saindo.
Normalmente utilizam-se termômetros, ou sensores
eletrônicos de temperatura.
O funcionamento básico é uma série de filtros
As “pistolas” manuais não fornecem uma (formados de tecido específico) que bloqueiam
leitura confiável, os vapores que saem da massa as partículas e são limpos com um sopro de ar.
intereferem na medição. Os pirômetros devem ser O filtro de mangas é formado por uma “caixa”
utilizados sem a influência da fumaça. limpa e outra suja. A barreira entre estas ‘caixas’
são os elementos filtrantes (mangas). Para o correto
funcionamento do filtro de mangas deve-se atentar
ao estado das mangas (verificar se há furo, mangas
queimadas ou mal encaixe no espelho), bom
funcionamento do sistema de limpeza (compressor
de ar, válvulas de sopragem, linha pneumática).
A limpeza do pó retido nas mangas, durante o
funcionamento da usina, ocorre por ação de um
Sinais práticos podem ser observados para verificar processo de injeção de ar reverso nos elementos
a temperaturada massa: filtrantes, mangas, dispostos verticalmente no
filtro de mangas e fixadas a uma placa chamada de
• Massa com aspecto fosco ou mesmo com pedras
espelho totalmente vedados na parte superior para
sem cobertura (carijó) indicando baixa temperatura
evitar vazamentos.
• Fumaça azul ou excesso de vapores indicando
altas temperaturas
O início de produção em usinas contínuas sempre
gera um pequeno refugo, para diminuir este refugo
indica-se iniciar a produção em vazão baixa e evitar
grandes quantidades de material no secador, após
deve-se aumentar gradualmente a produção.
Para o fim da produção é importante lembrar que
há massa no silo de estocagem, por isso ao desligar
a bomba de CAP lembre-se que o agregado seco
(sem CAP) pode contaminar a massa do silo e a
descarga no caminhão. O filtro de mangas é o “pulmão” da usina, assim
qualquer bloqueio no filtro trará problemas ao
O silo de massa deve ser limpo, especialmente a funcionamento da usina. Normalmente problemas
zona da comporta de descarga, evitando paradas de filtro de mangas influem diretamente na
durante a produção por bloqueio capacidade produtiva da usina.

17
Sistemas Básicos

Estocagem e dosagem O óleo térmico é responsável por transferir


energia térmica ao CAP, para que isto ocorra sua
de ligante asfáltico
temperatura deve ser sempre superior a do CAP.
O CAP em temperatura ambiente encontra-se Existem variados tipos de óleos térmicos com
no estado sólido. Entretanto todo o manuseio na diferentes propriedades químicas, aterando
produção do asfalto é feito no estado líquido. O CAP seu ponto de ebolição sua capacidade de
só chega ao estado líquido após 145ºC. É importante transferência de calor.
que se trabalhe em temperturas superiores a esta
Para a circulação deste óleo utiliza-se uma bomba
para evitar problemas decorrentes da viscosidae
de criculação. O óleo térmico circula através de
do CAP. Trabalhar com o CAP abaixo de 145ºC pode
serpentinas dentro do tanque e transmite calor
gerar problemas práticos como redução da vida útil
para o CAP. É importante observar o tipo de ligante
das vedações de bombas, variações na dosagem
que está sendo aquecido, CAP modificado exige
do CAP e falta de adesividade com o agregado. A
temperaturas maiores e conforme especificação é
qualidade da mistura está diretamente ligada a
necessário uso de agitadores no tanque.
temperatura do CAP.
O aquecimento do CAP é feito atrav´pes de tanques
de aquecimento, os tanques de aquecimento podem
ser fornecidos com o aquecedor de fluido térmico.

A circulação de CAP até a injeção no misturador


é feita através de tubulações ‘encamisadas’ para
evitar perda de temperatura. O ‘encamisamento’ é
feito com dois tubos concêntricos onde o central
transporta CAP e o externo circula óleo térmico.
Algumas tubulações são flexíveis para auxiliar o
trabalho de montagem das usinas e possibilitar
dilatação térmica.

O aquecedor de fludio térmico tema função


de elevar a temperatura do óleo térmico, este
óleo trabalha em intervalos de temperatura de
normalmente 180 a 200ºC. Diferentes soluções
são usadas para o aquecimento, alguns fabricantes
fornecem o aquecedor separado, outros o
aquecedor anexo ao tanque.

18
Operação de Usinas

Operação de Usinas
Aterramento
Cabo de
A norma NBR 5410 elenca os tópicos que devem cobre 16 mm2
ser verificados no projeto de instalação e
aterramento de equipamentos no campo. As usinas
modernas possuem sistemas eletrônicos que são
sensíveis a descargas e podem além de colapsar
gerar distúrbios no funcionamento, como erros de Haste de
dosagem ou leituras de temperatura, queima de cobre
componentes, acionamentos indevidos entre outros.
Os fabricantes sempre esclarecem aos clientes
que a responsabilidade do aterramento da
instalação da usina é do usuário, devido a
Energia
diferentes tipos de solos e características dos As usinas normalmente são fornecidas com tensões
locais onde as suínas são instaladas. de 380 e 440 Volts trifásico com neutro aterrado
A manutenção do aterramente deve ser periódica para alimentação de motores. O circuito de comando
pois o efeito de chuvas altera o aterramento. pode ser na tensão de 120 Volts ou 220 Volts.
A medição de valores de aterramento inicial As usinas possuem uma série de motores elétricos
normalmnte está de 5 a 8 ohms. Periodicamente que servem para acionar seus diversos sistemas
deve-se verifica qual a resistência di aterramento. (silos dosadores, secador, misturador, elevador,
A ferramenta correta para a medição da resistência ventiladores, compressor,etc.) para isso sempre
do aterramento é o terrômetro. usa energia elétrica. O fornecimento da energia
elétrica tem parâmetro de funcionamento.
Cada fabricante fornece o equipamento de acordo
com as especificações de seu usuário. O suprimento
de energia elétrica deve cumprir com parâmetros
pré-determinados, indicados pelo fabricante.
A capacidade de energia elétrica deve atender a
carga instalada na usina, esta carga é o resultado de
todas as potências instaladas.

Painel ou quadro de força


É onde estão situados todos componentes para
acionamento dos itens elétricos da usina, sendo
alguns destes componentes:
• Chave seccionadora para desligamento geral;
• Disjuntores ou Fusivel de interrupção e segurança;
• Contactoras de partida ou acionamento auxiliar;
• Transdutores de corrente para medição de
corrente elétrica;

19
Operação de Usinas

• Cabos de ligação para intertravamentos • Corrente por fase e corrente média das 3 fases;
de controle;
• Freqüência da rede com um range de 45 a 65Hz;
• Temporizadores;
• Energia consumida total e por fase (ativa reativa e
• Relé de supervisão de tensão para verificação de aparente);
seqüenciamento de fases e oscilações de tensão;
• Tempo de funcionamento (até 32.767 horas e 59
minutos);
• Valores de demanda e demanda máxima de
corrente e potência (ativa, reativa e aparente);
• Valores de distorção harmônica da tensão e da
corrente (total);
• Fator de potência total;
• Valores máximos e mínimos das potências,
correntes, tensão, distorção harmônica entre outras
medidas.

Dosagem de agregados
Há basicamente dois tipos de dosagem dos
agregados. A primeira é a dosagem volumétrica,
onde a pesagem é feita em apenas uma célula
de carga localizada a correia transportadora. A
proporção dos agregados é realizada através
da área da seção transversal abaixo de cada
Silo Dosador. Logo, esta área multiplicada pela
Usinas modernas oferecem ao usuário a velocidade das correis dosadora resultará na
visualização dos níveis de fornecimento de energia. vazão em cada Silo Dosador. Independentemente
da quantidade de Silos Dosadores, a proporção
entre os agregados é dada a partir dos parâmetros
mencionados acima (altura da comporta dos Silos
Dosadores e velocidade das Correias Dosadoras).

Esta central de medidas é responsável pela


verificação da qualidade de energia que a rede Com isso, há necessidade de calibração deste
disponibiliza para o funcionamento da Usina. sistema, para que se tenham parâmetros de
vazão máxima e mínima atrelada a altura de
Entre as opções de monitoramento estão: cada comporta abaixo dos silos dosadores e da
velocidade das correias. Abaixo segue imagem
• Tensão entre fases e tensão média das 3 fases
exemplificando a calibração da velocidade das
de entrada de energia;
correias e a vazão resultante.

20
Operação de Usinas

Em obra, é normalmente aplicada a técnica de


umidade em base úmida, onde a porcentagem de
umidade dos agregados é dada pela relação entre
Secador e queimador
a massa de água contida nos agregados e a massa A operação do secador contra fluxo é determinada
total dos agregados com umidade. A umidade seca, pelo balanço entre a potência do queimador e a
parâmetro menos difundido na prática é encontrada entrada de agregados para secagem e aquecimento.
a partir da relação entre a massa de água contida Conforme o aumento da entrada de agregados para
nos agregados e a massa da amostra seca (ou seja, uma mesma potência de queimador espera-se uma
retirando a umidade). diminuição da temperatura de saída dos gases do
secador.
Usinas de asfalto contínuas modernas usam o
sistema de dosagem dos agregados com retro O operador deve observar qual a vazão de
alimentação, ou seja a pesagem do material agregados que permitirá o funcionamento
sobre a célula de carga interefere diretamente na constante da usina sem alteração significativa de
velocidade da correia. O aumento ou diminuição da vazão ou regulagem do queimador (potência). A
comporta de abertura aumenta ou diminui a massa variação repentina da vazão da usina pode gerar
sobre a zona de pesagem. variação indesejada no teor de asfalto e também na
temperatura da massa.
A variação da velocidade da correia está, então,
relacionada com o sinal que é emitido pela célula A carga dos silos com agregados deve ser
de carga. observada, pois agregados com muitas variações
de umidade afetam a temperatura e teor da massa
que sai do secador. No início e fim de operação o
operador deve atentar a presença ou não de CAP na
medida da temperatura. A temperatura de sensores
físicos nos agregados secos é diferente da medida
com CAP.

A umidade deve ser ponderada por cada silo,


realizando assim uma umidade média que servirá
de parâmetro para avaliar a capacidade produtiva
da usina e a dosagem de CAP.
A ponderação é feita de acordo com o percentual
de cada silo na fórmula de mistura da usina.
Deve-se multiplicar a umidade obtida de cada
material pelo seu percentual na fórmula seca
(sem CAP). Ao somar no final obter-se-á
a umidade ponderada.

21
Operação de Usinas

Misturador placas de desgaste de alta resistência à abrasão.


Na parte externa existem câmaras de passagem
Existem diferentes tipos de misturadores, sendo de óleo térmico que mantém todo sistema
que os que produzem a melhor massa asfáltica aquecido, evitando assim perda de temperatura
são os de mistura externa, por ficarem afastados da massa asfáltica. Este é um sistema dedicado
da radiação do queimador causando uma oxidação exclusivamente a mistura e de alta eficiência onde
no asfalto. Os principais tipos de misturadores são não existe o contato dos gases do secador com o
os externos de duplo eixo (pugmill) e os externos CAP, evitando a oxidação da massa asfáltica.
rotativos.

Externo rotativo
O misturador tipo externo rotativo possui uma
câmara de mistura aonde é feita a adição do
ligante asfáltico e finos assim como outros aditivos
tipos cal ou fibra. O acionamento do misturador é
integrado ao conjunto do tambor secador, porém
livre do contato com a chama do queimador, assim
delimitando área de secagem da área de mistura.
Na área de mistura existem diferentes tipos e
posicionamento de aletas que garantem o tempo
correto de mistura e homogeneização com o ligante
e demais materiais.
A câmara de mistura possuis superfície com
material para garantir a fluidez da mistura, assim
como aquecimento externo por canais de passagem
de óleo térmico.

Elevador de arraste
O elevador de arraste é um conjunto que requer
uma atenção especial em manutenção, cada possui
suas próprias características. Em geral os principais
itens a serem verificados, são:
• A tensão da esteira de arraste é controlada por
meio de um esticador, que fica constantemente
forçando o eixo conduzido para baixo, tensionando
a esteira. O alinhamento também deve ser
verificado.

Externo duplo eixo


O misturador pug mill tem duplo eixo com braços
bipartidos parafusados aos eixos, tendo em seus
extremos palhetas com altura regulável e reversível.
O acionamento do misturador é feito através de
motoredutor com sincronismo dos braços através
de duas caixas de transmissão angular. A carcaça
do misturador é revestida internamente por

22
Operação de Usinas

• Chapas de desgaste do fundo do elevador de Filtro


arraste, deve-se verificar periodicamente e se
necesário efetuar a substituição. O objetivo principal do filtro de mangas é evitar a
poluição atmosférica provocada por partículas de
• As taliscas de arraste, são reguláveis, reversíveis poeira em suspensão nos gases da combustão das
e fixadas à corrente por meio de parafusos. Caso usinas de asfalto.
ocorra um desgaste na parte em contato com o
fundo do elevador deve-se abaixar a talisca. Caso O segundo objetivo é a recuperação do pó que seria
ocorra o empenamento deve-se inverter o lado de carregado pela corrente dos gases de exaustão, e
ataque. Se necessário deve-se substituí-la. devolvê-lo ao processo de produção da usina, já que
este material recuperado, de granulometria muito
• Lubrificação e inspeção dos mancais de fina é de grande importância na composição da
rolamento. Os pontos de lubrificação são massa asfáltica.
evidenciados no manual do equipamento.
Este material chega a representar até 10% do
material total empregado.
Os gases provenientes da combustão da usina de
asfalto são aspirados pelo exaustor através das
tubulações de exaustão, carregando consigo grande
quantidade de pó muito fino. Parte desse pó, o de
maior granulometria, é retido e devolvido à usina
por pré-coletor (por exemplo ciclone).
Porém, há uma parcela desse pó que não pode ser
recuperada, devido a sua granulometria mais fina
• Limpeza: deve ser realizada a limpeza do elevador
e de baixa densidade aparente.Esse pó restante,
de arraste sempre que o equipamento finalizar
carregado pelo fluxo dos gases de exaustão atinge
sua operação, para que a massa asfáltica não se
o filtro, onde é retido pelas mangas.
solidifique dentro do elevador.
O tecido da manga permite apenas a passagem dos
gases, retendo a poeira. Os gases agora livres da
poeira são expelidos pela chaminé do exaustor.
Silo descarga
A poeira retida pela manga se acumula em volta
A manutenção no silo de armazenamento e
dessa, devendo então, ser removida pelo sistema
descarga é bem mais preventiva do que corretiva,
automático de limpeza.
há dois componentes que requerem maior atenção:
Esse sistema é comandado por um programador
• Cilindro pneumático: deve-se verificar diariamente
eletrônico e um conjunto de válvulas solenóides que
a limpeza do cilindro pneumático, a livre
emitem pulsos de ar comprimido, numa seqüência
movimentação da comporta de descarga e verificar
pré-calibrada no programador, fazendo com que
se existem vazamentos na tubulação de ar. Caso
o pó se desprenda das mangas e se precipite
ocorra uma avaria no cilindro, deve-se substituí-
para a parte inferior do filtro. Esse pó recuperado
lo. Caso ocorra furo ou rachadura na tubulação
pelo filtro é conduzido para a usina através de
de ar, deve-se substituí-la. O cilindro é fixado por
roscas transportadoras (caracóis) hermeticamente
parafusos e a tubulação de ar por abraçadeira.
fechadas.

Cuidados no primeiro dia


de funcionamento
No primeiro dia de funcionamento do filtro serão
necessários alguns cuidados especiais para garantir
o bom funcionamento do filtro e vida longa para
as mangas.

23
Operação de Usinas

Teste em primeiro lugar o funcionamento dos 4. O tempo de pulso, para mangas novas, pode
componentes: exaustor, compressor e roscas ser menor (100 milisegundos) e deverá ser
transportadoras. aumentado, quando a manga for mais velha, até 120
milisegundos. Um tempo maior consome mais ar
Regule a pressão da linha de ar comprimido, na comprimido.
válvula reguladora de pressão próxima da saída do
reservatório de ar em torno de 7 bar, e na válvula 5. A freqüência de pulsos (intervalo) pode iniciar
reguladora de pressão próxima ao pulmão do filtro com tempo maior (15 segundos) e ser reduzida para
em 6 bar. até 10 segundos, quando a manga estiver muito
suja ou velha. Intervalo menor consome mais ar
Teste o funcionamento do programador e das comprimido.
válvulas e solenóides do pulso de ar.
6. Ao ajustar os parâmetros acima, cuidado para
Em usinas modernas existem sistemas de não demandar vazão de ar maior que a capacidade
segurança contra a queima de mangas, por isso que o compressor pode fornecer. Neste caso a
nestes equipamentos teste o circuito de segurança, pressão cai e a eficiência do sistema diminui.
incluindo controlador de temperatura, solenóides
do queimador e alarme de excesso de temperatura. 7. Desligue o queimador e deixe ligado o exaustor
Para fazer este teste, pode ser aquecido o sensor até resfriar o filtro;
do controlador de temperatura e programá-lo para
temperatura ambiente. 8. Desligue o exaustor;

Ligue o exaustor, compressor de ar e caracóis 9. Após 10 min. desligue o programador;


transportadores, no painel de controle. 10. Após 5 min. desligue os caracóis e verifique
Regule a saída do exaustor (chaminé de exaustão) o estado das mangas após o primeiro dia de
até 3/4 ou total. funcionamento. Se houver muita aderência de
carbono (fuligem) deverá ser regulado o queimador.
Coloque pela porta de inspeção, pó filler,
lentamente, para ser aspirado pela corrente de ar A operação de introdução de pó feita no início
que o arrastará para as mangas. Ao executar esta desta seqüência de operação será necessariamente
operação, tenha o máximo cuidado para que não repetida toda vez que forem colocadas mangas
sejam sugados objetos estranhos (como sacos do novas no filtro, mesmo que a substituição seja
pó utilizado, objetos de apoio ou equipamentos de parcial.
proteção individual), para o interior do filtro. Este pó depositado sobre a manga evita o contato
direto da fuligem com o feltro da manga, o que
NOTA diminuirá a eficiência da filtragem, e a vida das
É obrigatório o uso de E.P.I durante está operação. mangas.
Nunca deixe de fazer a secagem do filtro no início
Agora poderá ser ligado o queimador da usina. Em e no fim da operação do mesmo, caso contrário às
seguida, espere que a temperatura do filtro atinja mangas correm o risco de ficarem impregnadas de
100 a 110ºC. pó umedecido, diminuindo a eficiência e a vida do
filtro.
Ligue a alimentação de agregados da usina e
aumente a abertura da válvula de saída da chaminé Os inimigos do filtro e da manga são:
do exaustor de acordo com a necessidade. Os
ajustes do tempo e da freqüência de pulso devem • A má combustão - causa obstrução definitiva da
ser feitos da seguinte forma: manga;

1. Tempo de pulso: 100-120 milisegundos. • A umidade - causa obstrução e decomposição da


manga;
2. Freqüência de pulso: 6-8 segundos.
• O excesso de temperatura - provoca queima ou
3. Regule o queimador para que não haja excesso fusão da manga;
de combustível e conseqüente má combustão, o que
seria prejudicial às mangas. • Se for observada a formação de gotas na saída
da chaminé, deve-se interromper a alimentação

24
Operação de Usinas

de agregados, fazer-se a secagem e limpeza das • Manter a temperatura de trabalho dentro da


mangas para que a condensação interna não especificada pelo fabricante para que os finos não
alcance proporções maiores. aglutinem formando cristais,.
A regulagem do tempo de pulso e intervalo entre • Verificar lubrificação dos motoredutores dos
pulsos deverá estar de acordo com a operação do caracóis helicoidais
compressor.

Sistema de limpeza
Finos
Para limpeza do filtro de mangas são utilizados
Os transportadores helicoidais têm a função de pulsos de ar comprimido a uma determinada
extrair de dentro do filtro de mangas todo pó pressão. No pulsos do controlador, deve ser
recuperado nele e são acionados por motor com ajustados os seguintes parâmetros:
polia ou motoredutores. O acionamento é ligado
diretamente no eixo principal da hélice. Deve-se • Tempo de pulso (PULSO); O pulso é o tempo
observar o sentido de transporte do pó, isto chama- que a válvula de limpeza fica aberta, permitindo a
se “passo” o passo caracteriza-se pelo sentido de passagem do ar para a flauta.
rotação, ou a direita ou a esquerda.

A usina tem um limite máximo d transporte e


limpeza de carga de pó, este valor depende de cada
fabricante e modelo de usina, genericamente pode-
se determinar um fator limitante de carga de pó nas
usinas, fazendo uma redução de produção da usina Válvula de limpeza fechada Válvula de limpeza aberta
a cada aumento de particulado fino.
• Frequência de pulso (PERÍODO); O período é o
tempo entre aberturas de válvulas.
Para garantir a limpeza correta dos filtros é
necessário que se tenha especial atenção ao
compressor e também a possíveis vazamentos na
linha pneumática. O compressor tem a função de
comprimir o ar captado na atmosfera para pressões
acima da atmosférica. Normalmente em usinas de
asfalto utilizam-se compressores tipo alternativo,
estes compressores funcionam com o princípio de
Nunca tente fazer qualquer tipo de desobstrução da movimento de pistões.
parte interna do caracol sem ter certeza que a usina
está desligada e não há possibilidade de alguém
ligar o caracol por engano.
Alguns cuidados são fundamentais para o bom
funcionamento do filtro, como:
• Não acumular pó no filtro, ao fim da operação
este pó deve ser retirado e armazenado em silos
externos;

25
Operação de Usinas

O ar passa por um sistema de filtragem evitando a Controle


entrada de particulado nos pistões. A contaminação
do cabeçote (local onde os pistões se movimentam) O controle de uma usina de asfalto significa o
com pó danifica o compressor e gera quebra. O ar acionamento de motores elétricos, atuadores
comprimido pelos pistões chega a um reservatório elétrico e pneumático, leitura de sensores de
donde é fornecido para a linha de alimentação. temperatura, peso e outras variável de processo.
Este tipo de tarefa pode ser realizada de forma
manual ou por meio de sistemas microprocessados
supervisionados via computador (sistema
centralizados).

Controle Manual
O controle manual depende única e exclusivamente
do operador para realizar todos acionamentos,
O compressor possui uma fonte de lubrificação controles e monitoramentos durante a produção de
para o movimento dos pistões que é o ‘carter’ do massa asfáltica. Desta forma o seqüenciamento da
compressor. Normalmente observa-se o nível de partida dos motores elétricos, monitoramento de
óleo lubrificante por um visor localizado na base do temperaturas e mudança de produção da usina fica
compressor. a cargo da atenção e ação do operador.
A linha de alimentação principal possui uma válvula
reguladora que permite ao operador determinar
a pressão do sistema. Também deve-se observar Controle Automático
estado de filtros e purgadores de umidade.
No controle via sistema microprocessados
(Exemplo: CLP+Computador) e supervisão via
computador, a ação do operador é guiada pelas
informações que chegam a tela do computador ou
IHM. Estas informações são captadas por sensores
e sinais e enviadas para o CLP sendo assim
analisadas e processadas e por fim mostradas na
tela do computador. Lógicas de intertravamentos
de segurança e de seqüenciamento são realizadas
pelo CLP e desta forma o operador é informado, por
meio de alarmes ou avisos, de alguma advertência
seja de operação ou de processo.

Durante a operação constatam-se pontos de


vazamento de ar, isto gera perda de eficiência Este tipo de controle é definido como “Sistema de
da limpeza e também desgaste prematuro do automação” de usinas de asfalto, responsável pelo
compressor, pois este acaba sendo sobrecarregado controle e supervisão total dos componentes de
pela demanda de ar. processo e segurança.

26
Operação de Usinas

O CLP é um dispositivo que executa funções A diminuição da produção está ligada a capacidade
definidas por um programa que realiza ciclo de de exaustão da usina, quanto mais umidade no
operações seqüenciais e repetitivas. Grande parte sistema maior será a vazão de vapor para o filtro
dos processos industriais pode ser controlada ou diminuindo a capacidade do queimador de aquecer
atomatizados por um CLP e substituem com grande os agregados jogando grande parte do calor para a
eficiência a lógica de controle dos painéis elétricos evaporação da água nos agregados.
de acionamento manual.
Vantagens:
• Confiabilidade de programas
• Flexibilidade: os programas podem ser
alterados sem alterar a fiação
• Funções: o CLP pode executar funções muito
mais complexas que qualquer circuito elétrico
• Velocidade: podem processar milhares
de operações por minuto
Diminuir a umidade de entrada dos agregados no
• Diagnóstico: permite localizar falhas rapidamente. secador utilizando lonas, construindo proteções para
a chuva sobre os estoques significa economia de
• A topologia consiste em um software supervisório dinheiro, pois quanto maior a umidade maior será o
instalado em um computador, o qual se comunica consumo de combustível. A produção esperada na
com um controlador (CLP) fazendo a interface usina pode ser diminuída de acordo com um fator de
homem equipamentos/instrumentação. redução conforme a umidade dos agregados.
• Software supervisório permite controle de
produção, acionamentos de motores e atuadores.
Supervisão de temperaturas e status dos
componentes.

Vazão x Umidade
A vazão de uma usina (t/h) é diretamente relacionada
com ma umidade do agregado de entrada. À medida
que a umidade do agregado aumenta se tem uma Dosagem
perda na produção, pois deve-se diminuir a vazão de
agregados para manter a temperatura de saída da Cada um dos silos deve ser calibrado de acordo
massa conforme a desejada. com o procedimento indicado pelo fabricante, e os
percentuais de cada agregado devem ser inseridos
na tela de formulas conforme a formula do projeto

• Nome da fórmula: neste campo deve ser


inserido o nome da fórmula a ser utilizada.
Deve-se pressionar sobre a caixa de texto ao lado
de “Nome da fórmula” e digitar o nome da fórmula;

27
Operação de Usinas

• Nome do agregado: campo em que devem ser e o valor apresentado na tela. Uma boa calibração
inseridos os nomes dos agregados utilizados nos garante economia de CAP, por melhor determinação
silos, filler, asfalto e finos. A inserção dos nomes dos do teor de cada agregado da mistura.
agregados é similar à descrita no item A;
• Porcentagem de material: nas caixas deste campo
são inseridos os percentuais de cada material da Controle do queimador
fórmula a ser utilizada. Deve ser observado que o A potência térmica da usina é o qe permite a usina
somatório destes percentuais deverá ser igual a atingir a produção desejada, por isso o queimador
100% (cem por cento); é regulado durante a produção aumentando ou
• Porcentagem de umidade: caso a Usina não diminuindo potência conforme a ação do operador.
possua sensor de umidade, nestes campos devem
ser inseridos os percentuais de umidade de cada
material, conforme resultado do laboratório;
• Criar nova fórmula: habilita o sistema a criar uma
nova fórmula;
• Salvar fórmula: salva a fórmula criada, ficando
esta disponível para uso no sistema;
• Carregar fórmula: carrega a fórmula selecionada
Normalmente, quando a temperatura da massa
para efetuar a produção de massa asfáltica
asfáltica ultrapassa a temperatura exigida, deve-se
conforme característica de materiais descritos;
diminuir a intensidade do fogo do queimador.
• Apagar fórmula: apaga as fórmulas escolhidas,
Quando, por outro lado, a temperatura diminui,
zerando todos os seus campos preenchidos;
deve-se aumentar o fogo. Porém para aproveitar
• Listar fórmula: abre uma janela com a relação de o máximo rendimento do queimador a regulagem
todas as fórmulas existentes até aquele momento. do fogo deve ser feita somente uma vez. Evite
Se a fórmula escolhida for uma fórmula da lista é só modificar constantemente essa regulagem. Quando
dar um duplo clique para obter seus dados; a temperatura da massa asfáltica ultrapassar a
temperatura requerida, não altere o fogo, mas sim,
• Somatório de materiais: a fórmula deve aumente a alimentação de agregados e de asfalto.
obrigatoriamente ter 100% de material descrito;
Procure sempre equilibrar a temperatura da massa,
seletor de visualização das fórmulas. pelo aumento ou diminuição da alimentação de
agregados.

Vazão
Atuador do Queimador
A vazão de agregados em tonelada hora da usina
depende da calibração dos silos dosadores ou das O acionamento e configuração dos parâmetros do
“balanças”. Usinas modernas apresentam telas queimadoe é realizado atravéz da tela de controle.
específicas para o processo de calibração. Ao pressionar sobre o desenho do queimador,
abrirá sua respectiva janela de configuração. Onde
o operador pode efetuar o completo acionamento
do queimador e também configurar a relação entre
combustível e ar.

A calibração determinará a relação entre peso


medido no silo durante o funcionamento da correia

28
Operação de Usinas

Suas principais características são:


• Alta estabilidade mecânica e térmica;
• Resistência à contaminação;
• Relação resistência/temperatura
praticamente linear;
desvio com o uso e envelhecimento praticamente
desprezíveis.
Os PT100 podem ser testados com um multímetro
na escala de resistência, 200Ω ou 2kΩ. O PT100
possui três terminais, sendo que, dois deles estão
Temperaturas em curto.
Usinas normalmente estão equipadas com pelo O procedimento de teste é:
menos três sensores de temperatura, com indicação
no painel do operador: • Medir com o multímetro a resistência entre os
terminais que não estão em curto;
• Temperatura de asfalto: localizado no
filtro de asfalto; • A resistência medida deve corresponder à
resistência indicada na tabela 1 para a temperatura
• Temperaturade gases: localizado na saída do PT100.
dos gases do secador;
• Temperatura de massa: localizado na
comporta do silo.

Os PT100 são sensores de temperatura que operam


baseados no princípio da variação de resistência
elétrica de um metal em função da temperatura.

29
ANOTAÇÕES

30

Você também pode gostar