Os Estilos de Liderança e As Principais Taticas de Influencia Utilizadas Pelos Lideres Brasileiros
Os Estilos de Liderança e As Principais Taticas de Influencia Utilizadas Pelos Lideres Brasileiros
Os Estilos de Liderança e As Principais Taticas de Influencia Utilizadas Pelos Lideres Brasileiros
RIO DE JANEIRO
2010
1
Rio de Janeiro, RJ
2010
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço:
A Deus, pela luz, força e inspiração ao me guiar durante toda a minha caminhada na vida;
Ao professor Filipe Sobral, profissional e amigo, pelo alto nível de seriedade e competência
profissionais demonstradas tanto nas aulas de Comportamento Organizacional quanto ao
longo da orientação do projeto, pela disponibilidade, incentivo e motivação ao longo desta
jornada e, principalmente, por ter sempre acreditado, inúmeras vezes mais do que eu mesmo,
em nosso trabalho;
Aos meus irmãos e meus amigos, por estarem sempre ao meu lado nos momentos de
dificuldade e reflexão;
À FGV, por ter envidado esforços e superado barreiras para contribuir de forma significativa
para a realização desta pesquisa ao disponibilizar sua base de e-mails;
Aos demais professores do curso de mestrado Executivo em Gestão Empresarial da FGV, que
muito contribuíram para o enriquecimento tanto do meu lado profissional quanto pessoal;
Aos mestrandos da turma 2008, pelo companheirismo, pelas verdadeiras amizades, pelos
chopes e momentos de descontração e pela troca de experiências e de idéias ao longo do
curso.
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Jose Campos Benevides e Angela Maria de Almeida
Benevides, pela educação que puderam me oferecer e pelo incentivo e apoio dado nos
momentos difíceis que surgiram ao longo do curso e da vida. A minha amada mulher Tathiana
Martins Borges Fontoura pela compreensão nos momentos em que eu estava distante
concentrado em meus estudos e por ter sempre acreditado neste momento.
4
RESUMO
As organizações são alvos constantes de mudanças impostas pelo ambiente em que estão
inseridas, seja por consequência das incertezas macroeconômicas, pela evolução constante
dos sistemas de comunicação, pela concorrência ou por outros fatores que exigem uma
adaptação rápida e consistente para se manterem competitivas. Neste contexto, as
competências interpessoais são apontadas como fator determinante para o sucesso e os
indivíduos que conseguem se adaptar, redefinindo prioridades e promovendo crescimento e
desenvolvimento organizacional sustentável, são percebidos como líderes. Este trabalho tem
como objetivo conhecer e identificar os principais estilos de liderança encontrados nas
organizações brasileiras e as táticas de influência utilizadas pela liderança para conseguir o
apoio de seus subordinados, pares e chefes na realização de seus projetos e no alcance das
metas e objetivos traçados. Para tanto, foi realizada uma pesquisa tipo survey com a utilização
de questionários específicos que permitiram avaliar comportamentos e práticas da liderança.
Com os resultados obtidos foi possível identificar a incidência dos estilos de liderança e das
táticas de influência nas organizações, bem como verificar a eficácia dos mesmos.
ABSTRACT
Organizations are a constant target for changes imposed by the environment in which they
operate; whether as a consequence of macroeconomic uncertainty, constant evolution of the
communication systems, competition, or as a result of any other factors that demand fast and
solid changes in order to maintain competitiveness. In this context, interpersonal skills emerge
as a determining factor for success, and individuals that are able to readapt themselves,
redefining priorities and promoting sustainable growth and organizational development, are
perceived as leaders.
This study aims to assess and identify major leadership styles noticed in Brazilian
organizations and the influence tactics used by leaders in order to achieve the support of their
subordinates, peers and superiors in carrying out their projects and to achieve previously
defined goals and objectives
The result was based on a survey containing specific questions which allowed the assess of
attitudes and practices of leadership. With these results it was possible to identify the impact
of the leadership styles and influence tactics inside organizations, and to verify their
effectiveness.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Média, variância, desvio padrão e Cronbach´s Alpha - táticas de influência ... 63
TABELA 2 - Estatística KMO e Teste de esfericidade de Bartlett – táticas de influência ..... 64
TABELA 3 - Diagonal principal da matriz anti-imagem – táticas de influência .................... 65
TABELA 4 -= Matriz de variância total explicada – táticas de influência (10 fatores) .......... 67
TABELA 5 - Matriz de variância total explicada – táticas de influência (11 fatores) ............ 68
TABELA 6 - Matriz de comunalidades – táticas de influência............................................... 69
TABELA 7 - Matriz de rotação dos fatores – táticas de influência ........................................ 70
TABELA 8 - Análise de Variância (ANOVA) – Táticas de Influência .................................. 71
TABELA 9 - Comparação das médias dos gêneros – táticas de influência ............................ 72
TABELA 10 - Comparação das médias das faixas etárias – táticas de influência .................. 72
TABELA 11 - Matriz múltiplas comparações de Boneferroni da faixa etária – táticas de
influência ........................................................................................................ 73
TABELA 12 - Comparação das médias dos níveis hierárquicos – táticas de influência ........ 74
TABELA 13 - Matriz múltiplas comparações de Boneferroni do nível hierárquico – táticas
de influência .................................................................................................... 75
TABELA 14 - Média, variância, desvio padrão e Cronbach´s Alpha – estilos de liderança .. 77
TABELA 15 - Estatística KMO e teste de esfericidade de Bartlett – estilos de liderança...... 78
TABELA 16 - Diagonal principal da matriz anti-imagem – estilos de liderança – 69 .......... 79
TABELA 17 - Matriz de variância total explicada – estilos de liderança (4 fatores) ............. 80
TABELA 18 – Matriz de comunalidades – estilos de liderança (4 fatores) ............................ 81
TABELA 19 - Matriz de rotação dos fatores – estilos de liderança (4 fatores) ...................... 82
TABELA 20 - Matriz de variância total explicada – estilos de liderança (3 fatores) ............. 83
TABELA 21 - Matriz de comunalidades – estilos de liderança (3 fatores) ............................ 83
TABELA 22 - -Matriz de rotação dos fatores – estilos de liderança (3 fatores) ..................... 84
TABELA 23 - Análise de variância (ANOVA) – estilos de liderança.................................... 86
TABELA 24 - Comparação das médias do gerenciamento por exceção ativo ....................... 86
TABELA 25 - Média, variância, desvio padrão e Cronbach´s Alpha – performance............. 87
TABELA 26 – Estatística KMO e teste de esfericidade de Bartlett – performance ................ 88
TABELA 27 - Diagonal principal da matriz anti-imagem – performance .............................. 88
TABELA 28 - Matriz de variância total explicada – performance ......................................... 89
11
LISTA DE SIGLAS
KMO Kaiser-Meyer-Olkin
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................14
1.1 Contextualização............................................................................................................14
1.2 Problema de pesquisa ....................................................................................................16
1.3 Objetivo de pesquisa......................................................................................................16
1.4 Objetivos Intermediários ..............................................................................................17
1.5 Relevâncias da pesquisa ................................................................................................17
1.6 Contorno e delimitações da pesquisa ...........................................................................18
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...........................................................................................19
2.1 Liderança........................................................................................................................19
2.2 Evolução da teoria da liderança ...................................................................................20
2.3 Liderança transformacional, transacional e laissez-faire ..........................................32
2.3.1 Liderança transacional................................................................................................34
2.3.2 Liderança transformacional........................................................................................36
2.3.3 Liderança laissez-faire ................................................................................................39
2.4 Táticas de influência ......................................................................................................40
2.5 Modelo conceitual e hipóteses.......................................................................................47
3 METODOLOGIA.............................................................................................................55
3.1 Caracterização da pesquisa ..........................................................................................55
3.2 População e amostra......................................................................................................55
3.3 Procedimento de coleta de dados .................................................................................56
3.4 Instrumento de pesquisa ...............................................................................................58
3. 5 Limitações do método...................................................................................................60
4 ANÁLISE DE DADOS .....................................................................................................61
4.1 Análise descritiva ..........................................................................................................61
4.1 Análise estatística...........................................................................................................63
4.1.1 Táticas de influência ...................................................................................................63
4.1.2 Estilos de liderança ......................................................................................................76
4.1.3 Performance.................................................................................................................87
4.1.4 Verificação das hipóteses ............................................................................................91
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................95
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
Ao longo das últimas décadas, as organizações têm vivenciado inúmeras alterações, desde a
estrutura de seu capital econômico até as relações existentes entre os indivíduos e destes com
a própria instituição. Dia após dia, pessoas de diferentes origens, religiões, formações
acadêmicas e visões políticas se reúnem em empresas ou organizações a fim de exercerem
suas atividades profissionais. Esta heterogeneidade de indivíduos transparece nas divergências
de pensamentos, métodos e formas adotadas para realização de tarefas, comuns à organização.
Em contraste com estas personalidades individuais, as personalidades coletivas somente
emergem e se tornam indivíduos quando começam a interagir como conjunto. Etzioni (1964)
apud Hall (2004) expõe que as organizações são entidades sociais ou agrupamentos humanos
deliberadamente criados e recriados para atingir metas específicas.
Nunes (2008), recorrendo à escola clássica, define organização como um conjunto de duas ou
mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja individualmente, de forma coordenada
e controlada, atuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um objetivo
pré-determinado através da ação eficaz de diversos meios e recursos disponíveis, liderados ou
não por alguém com as funções de planejar, organizar, liderar e controlar.
Neste contexto, onde organizações são criadas para atingir metas ou objetivos específicos,
McWhinney (1997) descreve liderança como o mais importante fator singular para atingir
soluções. Yukl (1998) apud Jacobs e Jaques (1990) descreve liderança como sendo o processo
de dar propósito (direção significativa) ao esforço coletivo ao provocar o desejo de despender
este esforço para se atingir o objetivo.
A liderança também é vista como um fenômeno de construção social no qual o líder interage
com seus liderados (SMIRCICH; MORGAN, 1982). As interações entre líderes e liderados
são importantes para o contexto social e devem buscar principalmente sinergia para alcançar
metas e corresponder às expectativas das organizações para as quais desempenham suas
funções.
16
Esta relação de dependência entre o líder e seus liderados e vice-versa é tácita, entretanto,
nem sempre existe uma interação harmoniosa, cuja causa pode ser atribuída ao tipo de
liderança exercida, ao grupo ou à organização. Todavia, a falta de sinergia resulta em perdas
para todas as partes, principalmente para a organização. Assim, fazer com que grupos e
pessoas sigam estratégias, políticas e procedimentos é fundamental para o alcance dos
resultados esperados. Liderança é, pois, o processo de influenciar as atividades de um grupo
organizado em direção à realização de um objetivo (RAUCH; BEHLING, 1984).
Liderança com base na influência é definida por Raven (1990, p. 495) como "uma mudança
na opinião, na atitude, ou no comportamento de uma pessoa (o alvo da influência) que resulta
da ação, ou da presença de outra pessoa (agente da influência)."
A convicção individual de que suas atividades são as mais relevantes para os objetivos da
corporação levam integrantes dos mais variados níveis hierárquicos a utilizar diferentes táticas
na tentativa de influenciar os demais a agirem conforme sua vontade, exercendo, mesmo que
de forma inconsciente, o poder, que segundo Etzioni (1968, p. 98) é "a habilidade de um ator
de induzir o outro a seguir sua orientação."
O sucesso deste processo, pelo qual pessoas persuadem outras a seguir seus conselhos,
sugestões ou ordens é definido como influência (KEYS; CASE, 1990). A influência pode ser
realizada por meio da utilização de inúmeras táticas, entretanto, a análise da melhor tática a
ser empregada deve considerar muitos fatores, dentre eles a situação, o influenciador, o
influenciado, o grupo e os recursos disponíveis e o contexto sócio-cultural no qual a
organização está inserida.
Em suma, em todas as organizações pessoas tentam influenciar umas as outras e vários tipos
de comportamentos específicos são utilizados para exercer influência. Por esta razão, e a fim
de investigar mais formalmente a relação entre a liderança e os tipos de táticas de influência
utilizadas pelos líderes no exercício de suas atribuições, este projeto de pesquisa tem como
objetivo discorrer sobre os conceitos e formas de liderança e táticas de influência, bem como,
identificar a predominância destes conceitos nas organizações brasileiras, além de apontar as
relações significativas dos perfis de liderança com o tipo de tática utilizada para influenciar
seus grupos.
17
A liderança, apesar de não ter sido devidamente pesquisada nas organizações como fator
produtivo ao longo da história da administração, foi freqüente e tradicionalmente
conceitualizada em termos de traços de personalidade, estilos de comportamento e fatores
contingenciais (VAN FLEET,1992; YUKL, 1989; AUBERT, 1991; BERGAMINI, 1994).
Diante deste contexto coloca-se o seguinte problema: em que medida cada estilo de liderança
se utiliza de diferentes comportamentos para influenciar seguidores para atingir os objetivos
organizacionais?
A relevância do tema proposto pode ser atribuída à importância do tema "liderança" tanto
para fins acadêmicos quanto para fins organizacionais. Neste caso, o conhecimento dos traços
comportamentais dos líderes e das relações de influência destes com seus liderados são
valiosos para os resultados da organização. Segundo Tannenbaum, Weschler e Massarik,
(1961, p. 24), liderança é 'uma influência pessoal, exercida em uma situação e dirigida através
do processo de comunicação, no sentido de se atingir de um objetivo específico ou objetivos'.
Vergara (1999) afirma que liderança está associada a estímulos e incentivos que podem
motivar as pessoas para realização da visão e dos objetivos organizacionais.
Lakatos e Marconi (1999) explicam que delimitar uma pesquisa é estabelecer limites para a
investigação. A limitação da pesquisa pode ser em relação ao aspecto, à extensão e a uma
série de outros fatores.
O Universo da presente pesquisa é formado por profissionais dos mais variados segmentos de
mercado com experiência mínima de um ano com o mesmo superior hierárquico. Cabe
ressaltar que os questionários de pesquisa foram disponibilizados para os respondentes no
período de dezembro de 2009 a abril de 2010 e serão avaliados com base na percepção dos
respondentes quanto a seu superior hierárquico.
19
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Liderança
Bass (1990) cita os líderes como agentes de mudança, cujos atos afetam outras pessoas mais
do que as outras pessoas afetam seus atos. Para Hunter (2006, p. 20), liderar significa
conquistar as pessoas, envolvê-las para que coloquem sua mente, coração, criatividade e
excelência a serviço de um objetivo, fazendo com que se empenhem ao máximo nessa missão.
Para Hunter, "Você não gerencia pessoas, você lidera pessoas."
Desenvolvidas ao longo do século XX, as teorias sobre liderança são umas das áreas mais
antigas de pesquisa científica e têm limitado seu foco de análise ao traço de personalidade,
comportamento e poder exercido pelo líder (YULK, 2002). A teoria da liderança sugere que o
comportamento de liderança tenha efeitos profundos em subordinados, inclusive como eles se
relacionam com o líder assim como um com o outro (BASS, 1990).
McWhinney (1997) define liderança como uma atividade apontada para trazer mudanças na
organização ou sistema social para melhorar a vida das pessoas. Segundo Locke (2003),
liderança é o processo de induzir outros a realizar ações na direção das metas comuns. Já de
acordo com Ogbonnia, K.S. (2007), liderança é a habilidade de integrar e maximizar com
sucesso recursos disponíveis nos ambientes interno e externo para atingir metas sociais ou
organizacionais.
Pearce e Ensley (2004) sugerem que a visão criada coletivamente com a liderança
compartilhada possa ter uma influência poderosa na dinâmica e no desempenho de muitas
equipes.
De acordo com Yukl e Van Fleet (1992), as teorias neocarismáticas da liderança são uma
aproximação híbrida e incluem elementos de muitas outras aproximações teóricas à liderança
(por exemplo, traços, comportamentos, atribuições e situações). A teoria da liderança afirma
que o comportamento da liderança tem um profundo efeito sobre os subordinados, inclusive
como eles relacionam consigo mesmos e em relação ao líder (Bass, 1990). Os estilos de
liderança que serão avaliados neste projeto terão como base a perspectiva comportamental.
A compreensão do que representa a liderança nos dias atuais exige o conhecimento prévio dos
caminhos pelos quais passaram as teorias administrativas ao longo do tempo.
Tradicionalmente, a ciência e a prática da liderança limitaram seu foco de investigação e o
investimento no desenvolvimento individual da liderança, ou seja, no desenvolvimento de
profissionais com atributos e habilidades para liderar, à frente de cargos de gestão. Esse foco
tradicional reconhece a liderança como propriedade de alguns poucos indivíduos, de quem a
organização torna-se dependente para o alcance de seus desafios.
O marco fundamental nos estudos e trabalhos acerca do executivo, que fluíram para a
discussão sobre liderança, é estabelecido por Barnard (1938) em seu livro: The functions of
the executive. Barnard destaca o papel do executivo como canal de comunicação e tomador de
decisões que emprestem qualidade e moralidade à coordenação da atividade organizada. A
21
Por mais de meio século, pesquisas frustradas procuraram identificar traços que garantissem o
sucesso dos líderes. Descobertas cumulativas revelaram que não existem traços universais,
que os traços prevêem melhor a liderança em situações fracas que fortes; deixam pouco claras
ou evidentes as relações de causa e efeito do sucesso na liderança; servem mais para prever o
surgimento da liderança do que para distinguir os líderes eficazes dos ineficazes (ROBBINS,
2002). Apesar dessas limitações, a teoria dos traços serviu, em parte, para explicar porque
algumas pessoas buscam posições de liderança e porque agem de forma distinta quando em
posições de liderança (SANTOS (2003). Segundo Sobral (2008), as comparativas dos traços
dos líderes com os indivíduos comuns revelaram que os líderes têm determinados traços de
personalidade – como determinação, iniciativa, autoconfiança, inteligência, honestidade ou
integridade – mas as pessoas que têm estes traços não são (e nem sempre se tornam)
necessariamente líderes. Já pesquisas de comparação de líderes eficazes com os líderes não
eficazes, apesar de ressaltar as mesmas características necessárias a um líder, revelaram que a
liderança eficaz não depende de um conjunto particular de características e sim do
ajustamento das características do líder à situação.
Após o movimento dos traços, no final da década de 40, a abordagem muda seu foco para o
comportamento dos líderes, surgindo as Teorias Comportamentais. Estas tentaram verificar
não o que os líderes eram, mas o que faziam, procurando isolar as características
comportamentais de líderes eficazes.
22
Na sequência, Hersey e Blanchard (1986), Schermerhorn et al. (1999), Robbins (2002) e Yukl
(2002) destacam os estudos desenvolvidos pela Ohio State University que definiram liderança
como o comportamento de um indivíduo ao dirigir as atividades do grupo, visando à
consecução de um objetivo. As pesquisas realizadas indicaram que os comportamentos dos
líderes eram percebidos em termos de duas dimensões independentes: estrutura de iniciação e
estrutura de consideração.
Para Robbins (2005), a estrutura de iniciação refere-se à capacidade que o líder possui de
estruturar o seu trabalho e o trabalho dos seus funcionários para alcançar as metas definidas
pela organização. O líder com alto grau de estrutura de iniciação delega tarefas, estabelece
padrões de desempenho e enfatiza o cumprimento de prazo. Ainda segundo Robbins (2005), a
estrutura da consideração caracteriza-se por relacionamentos baseados na confiança mútua,
respeito às idéias dos funcionários e cuidado com os seus sentimentos.
Estas pesquisas, realizadas nos anos 50, nos EUA, revelaram a importância de não só
identificar os aspectos do comportamento do líder, mas também mensurá-los. Os resultados
das pesquisas de Michigan e Ohio levaram os pesquisadores a propor uma visão
bidimensional do estilo de liderança, questionando a premissa do continuum dos estilos de
liderança de Tannenbaum e Schmidt. De acordo com Melo (2001), as conclusões do estudo
de Michigan estão em estreita sintonia com as pesquisas da Universidade Estadual de Ohio,
pois as duas dimensões identificam comportamentos de líderes voltados para a tarefa,
voltados para o relacionamento, ou para ambos.
dessas duas dimensões de estilo de liderança. Cada uma dessas dimensões é medida por meio
de uma escala de 1 a 9, cuja combinação permite identificar 81 posições possíveis para o
estilo de liderança conforme FIG. 2.
9 (1,9) (9,9)
Gerencia de Gerencia
clube de campo em equipe
8
7
Preocupação com as pessoas
5 (5,5)
4 Gerencia de
meio-termo
2
Gerencia Gerencia
emprobecida de tarefas
1 (1,1) (9,1)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Estilo (9.1) - representa a preocupação máxima com a produção e mínima com as pessoas.
Caracteriza o líder que se utiliza da autoridade para alcançar resultados. Este líder, em geral,
age de maneira centralizadora e controladora. A eficiência das atividades resulta de medidas
relacionadas com as condições de trabalho no sentido de que os elementos humanos
interfiram o menos possível. O gerente que opera na posição 9.1 pode ser caracterizado como
"exímio executor de tarefas", ele se preocupa e age em função da produção.
Estilo (1.9) – Neste caso, a preocupação máxima é para com as pessoas e mínima com a
produção. Caracteriza o líder que busca sempre a harmonia de relacionamentos, mesmo que
tenha que sacrificar a eficiência e a eficácia do trabalho realizado. A atenção conduz a um
ambiente organizacional e a um ritmo de trabalho cordial e descontraído. As relações
humanas são importantes, o grupo é a unidade-chave da organização.
Estilo (1.1) – representa a preocupação mínima com relação à produção e com relação às
pessoas. Caracteriza o líder que desempenha uma gerência empobrecida. Este tipo de líder,
25
em geral, adota uma postura passiva em relação ao trabalho, pouco se espera dele e pouco ele
oferece. De acordo com os autores, a abordagem 1.1 raramente é encontrada nas organizações
onde as ações não são repetitivas e onde cada situação apresenta um conjunto de problemas a
serem resolvidos. Para eles, a pessoa que adota esse estilo pode ser descrita como estando
"perdida entre" ao invés de "estar administrando pessoas".
Estilo (5.5) - o meio-termo, ou seja, a orientação para a produção é tão importante quanto à
orientação para com as pessoas. Este tipo de líder procura manter o equilíbrio entre os
resultados obtidos e a disposição e ânimo no trabalho. O desempenho adequado da
organização se torna possível pelo equilíbrio entre a necessidade de realizar o trabalho e a
manutenção em nível satisfatório da disposição de ânimo das pessoas.
Estilo (9.9) - estilo onde a máxima preocupação com a produção e com as pessoas caracteriza
o líder que vê no trabalho em equipe a única forma de alcançar resultados mediante a
integração na busca de objetivos comuns. Para Blake e Mouton (1964) a diferença entre o
estilo 9.9 e os demais está na fixação de objetivos e no emprego deste recurso como
abordagem gerencial básica para vários problemas. As pessoas devem estar envolvidas nos
objetivos da organização e no cumprimento das metas.
Nas abordagens cuja ênfase foi os estilos de liderança, destacam-se também os trabalhos de
Likert (1961) e McGregor (1966). Foi Likert o iniciador da utilização de escalas em suas
pesquisas que, com base na dimensão humana do líder, propunha-se descobrir o padrão geral
dos gerentes de alta produção em comparação com o padrão seguido por outros gerentes.
Conclui-se que o comportamento democrático do líder é o mais produtivo, ao mesmo tempo
em que se questiona a existência de um único estilo normativamente bom ou ideal, aplicável a
todas as situações.
McGregor (1966) apresenta sua Teoria X e Teoria Y, em que retoma a idéia do poder do líder
decorrente da posição que ocupa ou poder conferido pelo grupo. Na Teoria X, as organizações
partem do pressuposto de que as pessoas têm aversão ao trabalho e à responsabilidade,
preferindo ser dirigidas e, por isso, devem ser controladas e motivadas pela coação, pela
punição, pelo dinheiro ou pelos elogios. Já a Teoria Y, parte da hipótese de que as pessoas são
criativas e competentes e consideram que o trabalho é tão natural como a diversão ou o
26
descanso. Assim sendo, sob condições corretas desejam trabalhar, sendo fundamental
proporcionar-lhe condições para o seu desenvolvimento pessoal.
No início da década de 60, a idéia do comportamento ideal do líder parecia pouco realista. A
evolução dos estudos mostrou que prever o sucesso da liderança era mais complexo do que
isolar traços ou comportamentos e deveriam ser consideradas as condições situacionais
(MELO, 2001).
As pesquisas sobre liderança passaram então a ter novo enfoque. Desta vez, o estudo buscou,
além da análise do comportamento dos líderes, identificar as situações que pudessem
determinar a eficácia de um líder em relação a outro sob o mesmo contexto (ROBBINS,
2005).
Swella (2005) enfatiza a utilização da abordagem comportamental pelo líder como ponto de
partida, mas argumenta ser desnecessário enfocar as relações e as tarefas em todas as
circunstâncias ou em todos os momentos. A recomendação é que, dependendo das variáveis
situacionais (natureza da tarefa, relacionamento entre o líder e liderado e o poder da posição
ocupada pelo líder) o líder pode deslocar o foco, ou sobre a tarefa, ou sobre os
relacionamentos, ao invés de se focar em ambos ao mesmo tempo.
Nas obras de Fred Fielder iniciam-se os estudos das Teorias das Contingências, trazendo o
conceito do líder adaptativo. Este modelo propõe que a eficácia do desempenho do grupo
depende da adequação entre o estilo do líder e o grau de controle que a situação lhe
proporciona. Assim, para melhorar a eficácia devemos mudar o líder para que ele se encaixe
na situação ou modificar a situação para que se torne adequada ao líder. Fiedler busca
relacionar os estilos de liderança voltados para tarefa e os estilos de liderança voltados para o
relacionamento com as três dimensões contingenciais identificadas em seus estudos que
definem os fatores determinantes da eficácia da liderança. São elas: as relações entre líder e
liderados, a estrutura da tarefa e o poder de posição. A primeira dimensão representa o grau
de confiança, credibilidade e respeito dos membros para com o líder, a segunda, se as tarefas
são estruturadas ou não e a terceira, o grau de influência do líder quanto à tomada de decisões
(ROBBINS, 2005).
27
Com seu artigo, "A path goal theory of leader effectiveness", House (1971) incluiu a variável
"motivação" nos estudos situacionais ao adequar a Teoria caminho–meta ao contexto da
liderança. O autor sugere que o líder deve motivar seus liderados estimulando expectativas
positivas no que se refere aos objetivos da organização e suas consequentes recompensas
individuais. Os subordinados também precisam estar confiantes de que os caminhos pelos
quais os líderes os guiam rumo à obtenção de tais objetivos são os mais adequados. Assim, os
fatores motivacionais dessa teoria estão associados à percepção de liderados sobre suas
recompensas quando do alcance de metas (objetivos), bem como suas confianças de que os
caminhos rumam para tal ganho e que são os que apresentam as maiores chances de sucesso
(HOUSE, 1971).
Ÿ O líder diretivo, encorajador, participativo, aquele que faz com que as tarefas sejam
executadas.
Ÿ O líder apoiador, aquele que está atento às necessidades de seus liderados.
Ÿ O líder participativo, aquele que envolve seus funcionários no processo de tomada de
decisão.
Ÿ O líder orientado para a conquista, aquele que fixa metas desafiadoras, confia e espera o
melhor desempenho de seus liderados.
Melo (2001) ressalta que as pesquisas realizadas têm apoiado a lógica dessa abordagem e
esclarece que o desempenho e satisfação dos empregados são influenciados positivamente
29
quando o líder compensa aquilo que falta tanto no empregado quanto na distribuição das
tarefas.
Após a teoria da Liderança Situacional surge a Teoria da Troca entre Líderes e Liderados
(LMX), que reconhece a diferença de tratamento do líder em relação a diferentes grupos que
se constituem. Os grupos tidos como grupo de dentro - pequeno grupo de liderados de
confiança do líder que recebem parcela desproporcional de atenção, sendo alvo de privilégios
especiais – diferencia-se dos grupos de fora que recebem menos tempo do líder e menos
recompensas. Evidências, embora não muito claras, apontam para a escolha dos membros "de
dentro" em função da similaridade de atitudes e características de personalidade, bem como
nível de competência superior ao dos demais membros (ROBBINS, 2002).
A conclusão que se chega após as Teorias das Contingências é que não há uma única e melhor
forma de liderar e que a crença de que algum estilo de liderança sempre será eficaz,
independentemente da situação, pode não ser verdadeira. Um conjunto de dados demonstra
que, em muitas situações, as ações do líder podem não ser relevantes devido a certas variáveis
individuais, de trabalho e organizacionais. Essas variáveis podem, por um lado, servir como
substitutos da liderança, ou seja, como uma reposição da influência do líder, tornando-a tão
desnecessária quanto redundante. São exemplos dessas variáveis: experiência, habilidade,
treinamento,orientação profissional, trabalho altamente estruturado, satisfação intrínseca no
trabalho, grupo de trabalho coeso. Outras variáveis podem neutralizar o impacto do líder
sobre os subordinados, consistindo-se nos neutralizadores, ou seja, naquelas variáveis que
30
evitam que o líder se comporte de uma certa maneira, ou anulam os efeitos de suas ações. São
exemplos de neutralizadores: indiferença com relação às recompensas, baixo poder de posição
do líder e líder fisicamente separado dos liderados (SCHERMERHORN et al.,1999;
ROBBINS, 2002 e YUKL, 2002).
Algumas características são consideradas fundamentais para que os líderes sejam percebidos
como carismáticos, segundo análise feita por Jay Conger e Rasindra Kanengo:
Autores como Peters e Waterman (1982); Tichy e Devanna (1986); Bennis e Nanus (1988)
lançam a discussão sobre a Liderança Transformacional ou Transformadora e Liderança
Transacional. Consideram lideres transformadores chefes executivos de sucesso que
transformaram suas organizações. Bennis e Nanus (1988 p. 3) falam de um "novo líder –
aquele que lança as pessoas à ação, que converte seguidores em líderes, e que pode converter
líderes em agentes de mudança". O conceito de liderar é tido como "influenciar, guiar em
direção, curso, ação opinião" (BENNIS; NANUS, 1988 p. 19).
Segundo Cavalcanti (2006), a diferença principal entre os dois tipos de líderes está na questão
dos valores. No entender de Bennis (1996), esses líderes assumem a responsabilidade de
remodelar as práticas organizacionais, visando sua adaptação às mudanças ambientais sendo
que sem essa liderança transformadora torna-se difícil moldar o futuro mais desejável para a
32
• Liderança transformacional
Ÿ Influência idealizada se refere aos líderes que têm elevados padrões de conduta moral e
ética, que são realizados em elevada consideração pessoal, e que geram a lealdade dos
seguidores.
Ÿ Inspiração motivacional se refere a líderes com uma visão forte para o futuro baseado em
valores e em ideais. Os comportamentos do líder que caem nesta dimensão incluem a
estimulação do entusiasmo, a construção de confiança, e a inspiração dos seguidores
utilizando ações simbólicas e a linguagem persuasiva.
Ÿ Estimulação intelectual se refere aos líderes que desafiam normas da organização,
incentiva o pensamento divergente, e que empurram seguidores para desenvolver
estratégias inovadoras.
Ÿ Consideração individual se refere aos comportamentos de líderes apontados por
reconhecer as necessidades de desenvolvimento de seus seguidores, realizarem o papel de
mentores e escutar os conselhos de seus seguidores.
• Liderança transacional
a tomada da ação corretiva quando necessário. O foco da gerência pela exceção está em
padrões do ajuste e em monitoramento de desvios destes padrões. Na versão menos ativa da
gerência pela exceção, por sua vez chamada de passivo, os líderes tomam uma aproximação
passiva, intervindo somente quando os problemas se tornarem sérios. Finalmente, Bass (1985)
incluiu a Laissez-faire sob o rótulo da liderança transacional, embora se possa pensar como
não liderança ou vacância de responsabilidades da liderança.
Líderes Transacionais usam recompensa como sua fonte primária de poder. Os seguidores
cumprem com o líder quando a troca, isto é, a recompensa, está de acordo com suas
necessidades.
O relacionamento entre o líder e o seguidor é visto como uma série de trocas racionais que
capacita cada um a alcançar suas metas (BASS, 1990). O relacionamento continua contanto
que a recompensa seja interessante para o seguidor e tanto o seguidor quanto o líder percebem
a transação como um meio de progredir em direção à sua meta pessoal (BASS, 1990).
No gerenciamento por exceção os líderes especificam padrões para conformidade, tal como o
que representa desempenho ineficiente, e podem punir os seguidores por estarem fora destes
padrões. Este tipo de liderança implica em monitorar de perto desvios, problemas e erros e
então tomar ações corretivas o quanto antes após a ocorrência do fato.
Muitas organizações hoje são um jogo das coalizões, redes, e alianças estratégicas. Segundo
Dunphy (2000), estas mais novas gerações de organizações não têm um comando unitário
centralizado e estruturado, são frequentemente alianças soltas construídas ao redor de
interesses comuns.
Bass (1985) afirma que neste ambiente turbulento, um novo tipo de líder deve emergir. Estes
líderes irão "gerar consciência e aceitação dos propósitos e missões da organização, e irão
estimular os empregados a olhar além de seus próprios interesses pessoais para o bem de toda
a entidade" (BASS, 1990). Burns (1978) rotulou isto como liderança de transformacional.
A liderança transformacional não constitui uma troca de produtos entre o líder e os seguidores
(BASS, 1985). Enquanto os líderes transacionais motivam os subordinados a atingir a
expectativa, líderes transformacionais típicos inspiram seguidores a fazer mais do que o
originalmente esperado (DEN HARTOG, VAN MUIJEN,& KOOPMAN, 1997). Líderes
transformacionais são pró-ativos e procuram aperfeiçoar o desenvolvimento e a inovação
individual, do grupo e da organização e não somente atingir performances de acordo com as
37
expectativas. Eles motivam seus seguidores a se esforçarem para elevar seu potencial tal
como atingir elevados níveis de padrões éticos e morais.
Autênticos líderes transformacionais motivam seguidores a trabalhar por metas que vão além
dos interesses próprios imediatos, onde o que é correto e bom fazer se torna importante
(BASS, 1997). Líderes transformacionais motivam seguidores a fazerem mais do que o
esperado e se esforçarem para obter resultados cada vez melhores (BURNS, 1978).
Todas as pesquisas e estudos de caso indicam que a liderança transformacional pode conduzir
a organização a recompensas substanciais (BASS, 1990). Em seu conceito da liderança
transformacional (1985), propôs que o comportamento do líder transformacional seria mais
eficaz durante tempos de mudança e turbulência na organização.
Robbins (2002) cita que o estilo Laissez-faire está presente nos casos em que os líderes
evitam assumir responsabilidades, tomar decisões e são ausentes quando necessários. Os
líderes Laissez-faire assumem que seus seguidores são intrinsecamente motivados e podem
ser deixados sozinhos para realizar tarefas e metas.
Bass (1985) compara de forma inversa o estilo de liderança Laissez-faire, ou seja, a vacância
da liderança ao modelo de liderança transformacional que é "a série completa" do
comportamento do líder (BASS; AVOLIO, 1991). Bass (1985) vislumbrou o continuum de
liderança do não líder completo (Laissez-Faire) em um extremo aos comportamentos muito
ativos do líder transformacional de carisma, da motivação inspirada, da estimulação
intelectual, e da consideração individual no outro.
Líderes passivos evitam especificar acordos, esclarecer expectativas e prover metas e padrões
para serem realizados pelos seguidores. Este estilo tem efeito negativo sobre os resultados
40
Conforme alguns sites especializados no tema liderança, o estilo Laissez-faire pode ser
aplicado com menores perdas em grupos com maior senioridade que possuem maior
conhecimento agregado e capacidade para tomada de decisões.
Rowe (2002) define liderança como a habilidade de influenciar outras pessoas a tomar, de
forma voluntária e rotineira, decisões que aumentem a viabilidade em longo prazo da
organização, ao mesmo tempo em que mantêm a estabilidade financeira em curto prazo.
A maioria dos eruditos da liderança reconhece uma ligação conceptual entre a liderança e a
influência. Yukl, Seifert e Chaves (2008) afirmam que influência é essencial para o
desempenho eficaz dos gerentes. Para ser efetivo, um gerente deve influenciar outros a
atender solicitações, suportar propostas e implementar decisões. O sucesso da tentativa de
uma pessoa ("o agente") para influenciar outra pessoa ("o alvo") depende na maior parte das
vezes do planejamento, recursos e da forma como a abordagem é realizada, ou seja, de quão
vastas e extensas são as táticas utilizadas pelo agente.
Segundo Yukl, Seifert e Chaves (2008), táticas de influência são meios pelos quais pessoas
tentam influenciar o comportamento de outras. Estas podem ser classificadas de acordo com
sua finalidade e prazo preliminar. As táticas dinâmicas são usadas para influenciar alguém
para realizar um pedido imediato, e são especialmente importantes nas situações onde o
agente tem pouca autoridade sobre pessoas alvo. As táticas de impressão são utilizadas pela
gerência para criar uma imagem favorável e para construir um relacionamento melhor
(GARDNER; MARTINKO, 1988; KUMAR; BEYERLEIN, 1991; WAYNE; FERRIS, 1990).
As táticas políticas são usadas para influenciar decisões políticas ou alocar recursos escassos
41
(BARON; KACMAR, 1999; PFEFFER, 1992). Alguns tipos de táticas de influências podem
ser usadas para mais de uma finalidade, mas a tática pode não ser igualmente eficaz para
diferentes finalidades (YUKL; CHAVEZ, 2002).
O sucesso deste processo, pelo qual pessoas persuadem outras a seguir seus conselhos,
sugestões ou ordens é definido como influência (KEYS; CASE, 1990). Já Raven (1990) a
define como mudança no comportamento, atitude ou na crença (o alvo de influencia)
resultante da ação ou presença de outra pessoa (agente influenciador).
O processo de influência pode ser contrastado com o poder, que é um atributo pessoal ou
posicional que habilita uma pessoa influenciar outras e que pode ser pensado como uma
influência contínua ou sustentada. Bennis e Nanus (1985) sugerem que líderes, para aumentar
seu próprio poder, devem aumentar o poder de seus subordinados. Kouzes e Posner (1988)
dizem que quanto mais as pessoas acreditarem que podem influenciar e controlar a
organização mais isto pode ser eficaz para o crescimento da organização.
Com o objetivo de estudar as relações de poder no ambiente corporativo e a forma como que
as pessoas buscam influenciar o comportamento entre elas, Yukl & Seifert (2002), revisaram
e validaram questionário denominado IBQ (Influence Behavior Questionnaire), que se tornou
um importante instrumento de medição da utilização das onze táticas proativas utilizadas para
influenciar pessoas no ambiente organizacional (QUADRO 1).
42
QUADRO 1
Classificação das táticas proativas de Yukl & Seifert (2002)
9) Troca – O agente oferece alguma coisa que a pessoa alvo deseja ou oferece
reciprocidade no futuro em troca do atendimento a seu pedido;
11) Coalizão – O agente recruta ajuda e/ou apoio de outros como meio de influenciar a
pessoa alvo a fazer alguma coisa.
SOTTOLANO, 1995) usaram diários e influência incidentes para identificar cinco objetivos
de tipos de influências: designar trabalho, mudar comportamento, obter auxílio, receber apoio
e obter benefício pessoal.
O estudo realizado por Yukl, Guinan e Sottolano (1995) indicou que designar trabalho e
procurar uma mudança de comportamento são objetivos mais frequentes na direção
descendente; e que tentar receber apoio ou ganhar benefícios pessoais geralmente são
dirigidos para cima. No caso de receber auxilio existe algum apoio para hipótese de que é
dirigido mais lateralmente. Foi possível verificar também que a maioria das táticas podem ser
aplicadas eficazmente para designar trabalho, mudar comportamentos, receber auxílio e
receber apoio. No entanto, quando um agente procura benefício pessoal a escolha de táticas se
restringe a apelos pessoais, trocas e pressão.
Os gestores têm visualizado a liderança como uma forma de orquestrar relações entre diversos
e diferentes grupos de interesses como superiores, pares e agentes externos, bem como
subordinados (KEYS; CASE, 1990). Em seu papel enquanto tomadores de decisões, sabem
que sua capacidade pode ser determinada pela sua experiência, maturidade e influência
(BARREIROS; PROTIL; RODRIGUES, 2007). A eficácia da liderança requer equilíbrio em
termos de esforço gasto em construir relações em todas estas direções. Bons relacionamentos
44
Em cada direção existe uma tendência à utilização de uma ou outra tática de influência de
forma a buscar obter o melhor resultado. Ainda segundo Keys e Case (1990), as principais
direções que se busca para influenciar e as respectivas formas de abordagem são:
3) Influenciar Pares – neste caso é usual a utilização de táticas com ênfase em fatos e idéias
racionais, onde o gestor se utiliza de práticas de sucesso do mercado para influenciar seus
pares. Entretanto, as táticas utilizadas com mais frequência e com melhores resultados
para influenciar seus pares são desenvolver e mostrar alternativas para dar suporte aos
outros, associada a um pedido de ajuda.
45
Yukl, Seifert e Chavez (2008) defendem que influência é essencial para uma eficiente
performance dos gerentes. O processo de influência é importante para entender como os
gerentes motivam seus subordinados para comprometimento e esforço extra (BASS, 1985),
como as decisões são tomadas em organizações (PFEFFER, 1981), como estratégias e
políticas são implementadas com sucesso (BASS, 1985, CONGER, 1989), como gerentes
obtém cooperação e suporte de pares sobre quem eles não possuem autoridade (COHEN;
BRADFORD, 1989; KOTTER, 1982), como gerentes influenciam superiores a prover suporte
e recursos necessários (GABARRO, 1979), e porque algumas organizações adotam algumas
inovações e rejeitam outras (KANTER, 1983). Entretanto, como criar uma base de influência?
Segundo Keys e Case (1990), poder ou influência sustentável pode ser acumulado e estocado
pelo gestor para utilização futura. Poder também pode ser provido por uma posição
estratégica que a pessoa ocupa na organização, mas, independentemente da posição, a pessoa
está sempre sendo controlada. Poder ainda pode ser adquirido através do desenvolvimento e
exercício de certas habilidades pelos líderes nas organizações.
Conforme os estudos de Keys e Case (1990), existem cinco passos para uma gestão por
influência sustentável:
Ÿ Balancear o tempo gasto em cada relação crítica de acordo com a necessidade do trabalho
sendo imparcial, ou seja, não se atendo a hábitos e preferências sociais;
Líderes que desejam se tornar influentes devem buscar um equilíbrio balanceado ao investir
no seu time. O ponto principal é que tempo tem que ser investido e onde a influencia é
necessária para atingir as metas organizacionais.
46
Ÿ Desenvolver um network de recursos pessoais para ter a quem chamar para ajudar, dar
assistência e apoiar em seus projetos;
Quanto mais contatos um líder tem com outros e quanto mais sua posição relativa depende de
outros, mais o líder tem controle sobre o fluxo de informações.
Um líder sempre negocia poder e habilidade para conseguir recursos. Sua meta é construir
uma forte e recíproca relação com outros departamentos para quando necessitar cumprir
obrigações assegurar uma rápida cooperação. Para tanto deve:
Ÿ Escolher uma correta combinação de táticas de influência de acordo com o objetivo e com
o alvo a ser influenciado;
Comunicações para cima e para os lados requerem maior atenção e apreciação das idéias e
pensamentos de outros, especialmente quando se tratar de relações com subordinados.
Laborde (1983) sugere que a pessoa que será o comunicador por parte da influência deve ver
e ouvir mais que a maioria das pessoas e deve se manter flexível para variar seu
comportamento em função do que ele vê e ouve.
Apesar de reconhecer as limitações das pesquisas para captar todas as relações presentes entre
gerentes, parceiros, subordinados e superiores, Keys e Case (1990) em suas pesquisas
realizadas chegaram às seguintes conclusões:
Nenhuma tática de influência pode ser isolada como superior às demais. Táticas devem ser
escolhidas de acordo com o objetivo e com o alvo a ser influenciado. Para maiores objetivos
táticas podem ser associadas.
A variação de táticas de aproximação usadas para influenciar subordinados é mais vasta que a
variedade utilizada para influenciar pares e superiores. Isto parece ser devido não somente
pelo poder adicional disponível quando se trata com subordinados, mas também pela
crescente dificuldade em obter comprometimento dos subordinados por meio das tradicionais
técnicas.
Ao contrário das visões tradicionais que entendem que um networking externo é perturbador,
atualmente líderes devem reconhecer o valor recíproco da influencia dos relacionamentos e
devem os encorajar o quanto puderem para que eles possam ser proveitosos na direção das
metas organizacionais. Redes de influência podem prover vantagens para todos envolvidos.
Por estas razões, líderes que buscam a influência como ferramenta de gestão para atingir
metas são os únicos que podem desenvolver e manter uma equilibrada rede de influência entre
chefes, pares, subordinados e outros agentes chaves.
Burns (1978) sugere que líderes transacionais controlem seus seguidores fornecendo
necessidades básicas de menor ordem física e social. Além do mais, estes líderes se
concentram mais no método, técnica e mecanismos do que nos fins e propósitos. Líderes
transacionais são menos propensos a desvios significativos das práticas existentes e envolvem
48
Kanungo e Mendonça (1996) dizem que líderes transacionais, para servir seu próprio
interesse, usam de estratégias de controle por meio de trocas de recursos de valor, meramente
para induzir um comportamento de obediência entre seus seguidores. Burns (1978) cita que a
liderança transacional ocorre quando uma pessoa toma a iniciativa de fazer contato com os
outros com o objetivo de trocar alguma coisa de valor, ou seja, os líderes transacionais
incentivam os seguidores a atingir objetivos difíceis, que normalmente não perseguiriam. Para
Hollander (1979), na liderança transacional os líderes e subordinados são vistos como agentes
de barganha onde o poder relativo regula um processo de trocas onde benefícios são emitidos
e recebidos.
Burns (1978) descreve o líder de transacional como aquele que influência outros por meio de
apelo de seu interesse pessoal principalmente pela troca de recompensas estimadas para
serviços ou outros comportamentos desejados.
Neste contexto, as táticas de influência de troca, onde o agente pede um favor ao alvo,
indicando boa vontade para retribuir num tempo posterior ou prometendo compartilhar os
benefícios se o alvo o ajudar (e.g.., FALBE; YUKL, 1992; YUKL; KIM; FALBE, 1996;
YUKL; TRACEY, 1992); colaboração, onde agente oferece prover assistência ou recursos
necessários se a pessoa alvo realizar seu pedido ou apoiar sua proposta de mudança; e
agregação, onde o agente explica como a realização de seu pedido ou o apoio à sua proposta
pode beneficiar a pessoa alvo de forma pessoal ou profissional, se caracterizam por uma
recompensa contigente onde sempre é oferecido ao alvo algum tipo de benefício, seja este um
recurso, um valor ou um crescimento pessoal ou profissional. Sendo assim, temos:
agregação.
Segundo Bass (1997), Burns (1978) e Conger e Kanungo (1998), um líder transacional diz
respeito mais com a rotina, manutenção de atividades de alocação de recursos, monitoramento
e direcionamento dos seguidores para atingir tarefas e metas organizacionais. Neste contexto,
as táticas de influência de legitimidade são apropriadas à manutenção do status quo, pois o
agente estabelece a legitimidade de seu pedido informando que este está de acordo com
políticas, procedimentos, normas, regras ou tradições organizacionais pré-estabelecidas, o que
nos leva a:
Robins (2003) definiu líderes transacionais como aqueles que guiam ou motivam seus
seguidores na direção de metas estabelecidas, deixando claro o porquê das tarefas e seus
requisitos. Da mesma forma Limongi–França e Aurellano (2002) vêem, no estilo transacional,
o líder que guia seus seguidores na direção das metas e esclarece o papel e as exigências da
tarefa neste caminho. Na utilização de táticas de influência de persuasão racional o agente
utiliza argumentos lógicos e evidências para demonstrar que seu pedido ou proposta é viável
ou relevante para os objetivos da organização, assim:
Segue quadro resumo com as características da liderança transacional e a relação destas com
as táticas de influência sugeridas:
QUADRO 2
Relações da liderança transacional e táticas de influência
O líder transformacional, por outro lado, diz respeito mais ao desenvolvimento de uma visão
que informa e expressa a missão e as leis que fundamentam as estratégias, políticas e
procedimentos da organização (BASS,
BASS, 1997; BURNS, 1978; CONGER; KANUNGO, 1998
1998).
Os líderes
deres transformacionais usam estratégias e técnicas de influência que dão autonomia a
seus seguidores, realçando sua eficácia e mudando seus valores, normas e atitudes
consistentes com a visão desenvolvida pelo líder ((BASS,
BASS, 1985; CONGER; KANUNGO,
1998).
Conger e Kanungo (1998) levantam que a visão do líder é a de representar uma perspectiva de
consenso. Para atingir esta perspectiva, o líder articula a visão ancorando
ancorando-aa em um grupo de
valores que os seguidores praticam. Estes valores ajudam os seguidores a verem a visão mais
51
Para Bass (1985) apud KOUZES; POSNER, (1991), o líder transformacional é aquele que
inspira os outros a se superarem, dando consideração individual aos demais, e estimulando as
pessoas a pensarem de novas maneiras.
Líderes transformacionais são tipicamente descritos como aqueles que estimulam seus
seguidores a mudar seus objetivos, crenças, valores e capacidades de forma que as metas
52
O líder transformacional trata cada seguidor como um indivíduo e prove treinamento, suporte
e oportunidades de crescimento (BASS, 1985). A consideração individualizada envolve dar
atenção pessoal aos seguidores, tratando cada seguidor individualmente, e ajudando cada
seguidor a alcançar o que deseja (BASS, 1998).
House (1977) descreve líderes carismáticos como aqueles que através da força de suas
habilidades pessoais são capazes de ter um profundo e extraordinário efeito sob seus
seguidores. Líderes transformacionais são reconhecidos por gerar confiança, admiração,
53
lealdade e respeito entre seus subordinados ((BARBUTO, 2005). BASS (1990)) identificou que
a liderança transformacional geralmente envolve ações de influência do líder em seguidores.
De acordo com a relação de admiração e o relacionamento construído entre o líder e seus
seguidores, as táticas de influência de apelos pessoais, onde o agente pede para realizar seu
pedido ou apoiar suas propostas por amizade ou como um favor pessoal sem antes dizer o
que, pode ser aplicada com bons resultados, assim:
QUADRO 3
Relações da liderança transformacional e táticas de influência
Hipótese 12: A liderança Laissez-faire não está relacionada positivamente com nenhuma das
táticas de influência.
3 METODOLOGIA
Tripodi, Fellin e Meyer (1981, p.39) mencionam que pesquisas que procuram descrever com
exatidão algumas características de populações designadas são tipicamente representadas por
estudos de survey.
Segundo Lavado e Castro (2001), a população diz respeito a um conjunto de elementos onde
cada um deles apresenta uma ou mais características em comum. Quando se extrai um
conjunto de observações da população, ou seja, toma-se parte desta para a realização do
estudo, tem-se a chamada amostra.
Gil (1995) define população ou universo de pesquisa como um conjunto de elementos que
possuem determinadas características (empresas, produtos, pessoas, etc.) que serão alvo do
estudo. Em nosso estudo a população é composta por profissionais dos mais variados
segmentos de mercado com experiência mínima de um ano com o mesmo superior
hierárquico.
Segundo Pinsonneault e Kraemer (1993), a unidade de análise pode ser um indivíduo, neste
caso coincidindo com o respondente, mas também pode ser um grupo, um setor da
organização ou a própria organização, entre outras. Assim sendo, a unidade de análise desta
pesquisa é, portanto, o indivíduo e a unidade de observação do respondente do questionário.
A presente pesquisa foi conduzida a partir do método survey com elaboração de questionário
estruturado. O objetivo deste questionário é captar as percepções dos respondentes quanto ao
comportamento de seus superiores hierárquicos diante das situações contextualizadas
56
Segundo Gil (1995), questionários representam uma técnica de investigação composta por um
número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por
objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, interesses, sentimentos, expectativas, situações
vivenciadas etc.
A pesquisa survey pode ser descrita como a obtenção de dados ou informações sobre
características, ações ou opiniões de um determinado grupo de pessoas, indicado como
representante de uma população alvo, por meio de um instrumento, normalmente um
questionário (PINSONNEAULT; KRAEMER, 1993).
Vantagens
(i) Aplicação simples;
(ii) Dados confiáveis, pois as respostas estão limitadas às opções listadas, reduzindo a
variabilidade dos resultados; e
(iii) A codificação, análise e interpretação dos dados são relativamente mais simples que em
outros métodos.
Desvantagens
(i) Os entrevistados talvez não estejam preparados, ou não tenham consciência para
responder o questionário e podem eventualmente marcar qualquer alternativa sem grande
reflexão;
(ii) Os respondentes podem evitar responder com sinceridade nos casos de informações
delicadas e pessoais;
(iii) Possibilidade de perda de validade para certos tipos de dados tais como crenças e
sentimentos; e
(iv) Certamente não é tarefa simples formular as afirmações.
Para Babbie (1999), a metodologia de pesquisa survey é uma das mais utilizadas pelas
ciências, especialmente as ditas humanas, como sociologia, psicologia, política e marketing.
Todavia, Freitas et al. (2000) alerta que devido ao tempo consumido em todo o processo de
estruturação e coleta de dados da survey, a análise é uma tarefa na qual o pesquisador chega
quase "sem fôlego". Entretanto, com os recursos tecnológicos atualmente disponíveis,
especialmente na área de das comunicações pela internet, a coleta, tratamento e consolidação
dos dados evoluíram com os web surveys. Segundo Couper (2000), os web surveys oferecem
enormes vantagens quanto ao baixo custo e administração da pesquisa utilizando uma ampla
variedade de estímulos que em métodos tradicionais não eram possíveis. Brennan (1999)
enfatiza a amplitude e o controle efetivo da amostra, a alta taxa de respostas, o curto tempo de
resposta, o baixo custo e o aumento da qualidade dos dados. Desta forma, os questionários de
pesquisa foram elaborados e disponibilizados em site de pesquisa especializado para acesso
via web (www.surveymonkey.com.br).
O estudo desenvolvido foi de natureza quantitativa e a metodologia utilizada foi de survey por
meio da ferramenta de questionário. Os questionários adotados na coleta de dados tiveram
como objetivo identificar os estilos e comportamentos dos líderes presentes nas organizações
e as principais táticas de influência utilizada por estes.
Além disso, o MLQ permitiu medir a eficiência dos resultados dos estilos de liderança no que
tange à percepção dos respondentes quanto a: esforço extra, eficiência e satisfação. A
confiabilidade do MLQ, conforme reportado por Bass e Avolio (1995), varia de 0,74 a 0,91
para cada fator de liderança.
Para cada característica de liderança no MLQ temos quatro itens. Cada item tem cinco
respostas âncoras em uma escala do tipo Likert que mede a freqüência com que o líder
demonstra tal comportamento, sendo o nº 1 correspondente a – nunca, 2 – de vez em quando,
3 – às vezes, 4 – quase frequentemente e 5 – frequentemente, senão sempre. Já no caso dos
resultados são apresentadas três questões para a característica de esforço extra, quatro para
eficiência e duas para satisfação, mantendo-se as alternativas das escalas de valores.
No caso das táticas de influência foi adotado o questionário Target IBQ-G, Influence
Behavior Questionnaire que foi desenvolvido por Yukl & Seifert (2002) para medir o uso de
onze táticas comportamentais de influência usadas por líderes para influenciar outros (TAB.
59
1). Importante ressaltar que o Target IBQ-G trata da percepção do trabalhador nas relações de
interdependência com seu superior hierárquico (foco deste trabalho), par e subordinado. Os
objetivos dos itens de cada tática do IBQ incluem tentativas de influenciar a pessoa alvo para
cumprir uma solicitação sem especificar, executar uma tarefa, fornecer auxílio, apoiar ou
implementar uma mudança proposta ou fazer um favor pessoal para o agente. A maioria de
itens são mais gerais do que específicos para fazê-los largamente relevantes no estudo do
comportamento de influência nas organizações. O IBQ não inclui exemplos de táticas que são
claramente contrárias à ética (por exemplo, mentir, distorção de evidência, subornos,
chantagem).
Para cada tática de influência no IBQ temos quatro itens. Cada item tem cinco respostas
âncoras em uma escala do tipo Likert que mede a freqüência com que o agente utiliza aquela
tática, sendo o nº 1 correspondente a – Eu não me lembro de ele ter usado esta técnica
comigo, 2 – Ele usa esta técnica raramente comigo, 3 – Ele usa esta técnica ocasionalmente
comigo 4 – Ele usa esta técnica moderadamente comigo, e 5 – Ele usa esta técnica usualmente
comigo.
3. 5 Limitações do método
Não obstante a pesquisa seja um estudo de caso único, alguns aspectos referentes às suas
limitações devem ser colocadas.
Segundo, em relação à precisão das respostas dos questionários, onde os respondentes podem
não retratar de forma exata – consciente ou não - suas percepções quanto á liderança, seja por
dificuldade de interpretação da questão formulada, pela subjetividade implícita de cada
avaliador em suas análises individuais, ou pela relação indireta com a liderança (respostas
com base em percepções alheias), ou mesmo pelo momento pessoal quando do preenchimento
das respostas.
Cabe ressaltar também o elevado contigente de respostas de uma mesma região, neste caso a
sudeste, e o elevado índice de respondentes que não identificaram a procedência.
61
4 ANÁLISE DE DADOS
Após o corte, a amostra se reduziu a 1.362 respondentes. Destes, 38% não informaram
procedência e 43% são da região sudeste. O estado com mais representatividade foi São
Paulo, que representou 25% de toda amostra. Cabe ressaltar a participação de respondentes de
outros países que, no entanto, não têm representação significativa na amostra (0,35%).
“No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24%
dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil revela que a parcela de
mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de 8%,
em 1990, para 13%, em 2000”.
4% 13%
41% Coordenador/Supervisor
Gerente
Diretor/Presidente
Não Informou
42%
38%
A elevada incidência de gerentes (41%) e diretores (42%) como superiores diretos pode ser
explicada devido o perfil da amostra composta significativamente de aluno e ex-alunos de
MBA, bem como de contatos profissionais do autor que devido à formação acadêmica
ocupam cargos que requerem maior capacitação e, por conseguinte, respondem diretamente à
liderança quando não a exercem. Quanto à maior representatividade de faixa etária da
liderança superior a trinta anos, tal fato não apresenta surpresas e pode ser explicado pelo
tempo necessário ao desenvolvimento do profissional no mercado de trabalho, bem como,
63
Com o objetivo de identificar quais as táticas de influência mais utilizadas pelos líderes de
acordo com a percepção dos respondentes, calculou-se a média, variância e desvio padrão da
amostra. Verificou-se também a consistência e confiabilidade da escala de cada
comportamento por meio do teste Alpha de Cronbach e obtendo-se os seguintes resultados:
TABELA 1
Média, variância, desvio padrão e Cronbach´s Alpha - táticas de influência
Percebe-se uma utilização maior de táticas voltadas à conscientização do seguidor por meio
da lógica a respeito de quanto é importante a realização da tarefa tanto para o resultado
individual quanto para o da organização (Persuasão Racional, Legitimidade, Agregação de
Valor) e também de táticas que permeiam a confiança entre o líder e o liderado (Apelos
64
TABELA 2
Estatística KMO e teste de esfericidade de Bartlett – táticas de influência
Como o MAS obtido foi de 0,934, foi atendida a condição proposta tanto por Corrar quanto
por Hair et al., indicando assim que a análise fatorial representa um elevado grau de
65
explicação da amostra.
Uma vez verificada a viabilidade da análise fatorial, optamos também por avaliar o poder de
explicação dos fatores em cada uma das variáveis analisadas por meio da matriz de correlação
anti-imagem. Nesta matriz, a diagonal principal indica se uma variável é significativa para
participar da análise. Resultados menores que 0,5 na diagonal apontam para exclusão da
variável (HAIR et al., 1995), pois esta poderá dificultar um agrupamento mais consistente.
TABELA 3
Diagonal principal da matriz anti-imagem – táticas de influência
Usa fatos e lógica para fazer uma defesa convincente de um pedido ou proposta T.1.1 0,974
Explica claramente porque um pedido ou uma mudança proposta é necessária para atingir um
T.1.2 0,950
objetivo
Persuasão Racional
Explica porque um projeto ou mudança proposta seria prática e vantajosa T.1.3 0,946
Fornece informação ou evidência para mostrar que uma atividade ou mudança proposta tem
T.1.4 0,970
grandes chances de ser bem sucedida
Se oferece para fazer algo no futuro em troca de sua ajuda no momento T.2.4 0,915
Diz que a atividade ou mudança sugerida é uma oportunidade para fazer algo realmente
T.3.1 0,981
interessante e que vale a pena
Fala sobre ideais e valores ao propor uma nova atividade ou mudança T.3.4 0,968
Diz que a proposta ou pedido é consistente com os regulamentos e políticas da firma T.4.1 0,944
Verifica que o pedido é legítimo com base documentos tais como: contratos formais, ordem de
T.4.2 0,919
trabalho, procedimentos, políticas, normas e regulamentos
Legitimidade
Diz que o pedido ou proposta é consistente devido a um acordo ou contrato prévio T.4.3 0,875
Diz que o pedido ou proposta é consistente com base em um precedente prévio e/ou prática
T.4.4 0,881
usual
Explica como a tarefa que necessita que seja feita pode ajudar no desenvolvimento de sua
T.5.1 0,964
carreira
Descreve os benefícios que você poderia ganhar por realizar uma tarefa ou atividade (i.e.,
T.5.2 0,941
Agregação de Valor aprender novas técnicas, conhecer pessoas importantes, melhorar sua reputação)
Explica porque uma atividade ou mudança proposta poderia ser boa para você T.5.3 0,936
Explica como uma atividade ou mudança proposta pode ajudá-lo a atingir um objetivo pessoal T.5.4 0,955
Usa de ameaças ou avisos quando precisa que você faça algo T.6.2 0,912
Pressão
Tenta pressioná-lo a executar um pedido T.6.3 0,879
TABELA 3
Diagonal principal da matriz anti-imagem – táticas de influência
(Conclusão)
Variável Item Anti-Imagem
Se oferece para ajudar em uma tarefa que quer que seja executada T.7.1 0,934
Se oferece para providenciar qualquer assistência que você precise para executar um pedido T.7.2 0,946
Colaboração
Se oferece para mostrar como realizar uma tarefa que precisa que seja realizada T.7.3 0,955
Oferece recursos que você precisaria para realizar uma tarefa para ele T.7.4 0,978
Diz que você é a pessoa mais qualificada para realizar uma tarefa que precisa que seja
T.8.1 0,944
realizada
Elogia sua técnica ou seu conhecimento, quando pede para que faça algo que ele precisa T.8.2 0,925
Agraciação
Diz que você tem o conhecimento ou técnica necessária para realizar o pedido dele T.8.3 0,916
Elogia o seu desempenho ou sucessos ao pedir que execute uma tarefa para ele T.8.4 0,943
Te consulta para saber suas idéias sobre uma atividade ou mudança que precisa que você o
T.9.1 0,966
apóie ou implemente
Te encoraja a expressar qualquer preocupação que possa ter sobre uma atividade ou mudança
T.9.2 0,962
proposta que precise que você apóie ou implemente
Consulta
Te convida a sugerir maneiras para melhorar um plano ou proposta preliminar que precisa que
T.9.3 0,941
você suporte ou implemente
Te pede sugestões que poderiam o ajudar a atingir um objetivo ou resolver um problema T.9.4 0,944
Apela para amizade quando pede para fazer alguma coisa para ele T.10.1 0,935
Pede como amigo para fazer um favor para ele T.10.4 0,853
Menciona nomes de outras pessoas que apóiam a proposta quando pede se apoio T.11.1 0,913
Pede a alguém que você respeita para ajudar a influenciá-lo a executar um pedido ou apoiar
T.11.2 0,903
uma proposta
Coalizão
Faz com que outros expliquem para você o motivo pelo qual apóiam a atividade ou mudança
T.11.3 0,849
proposta, a qual precisa que você apóie ou ajude implementar
Convida alguém como apoio para quando encontrar com você fazer um pedido ou proposta T.11.4 0,868
Ao analisar a matriz de correlação anti-imagem obtida, verifica-se que todas as variáveis são
significativas para o agrupamento consistente da amostra, visto que, o menor índice apurado
na diagonal da matriz foi de 0, 846.
TABELA 4
Matriz de variância total explicada – táticas de influência (10 fatores)
Total Variance Explained
Extraction Sums of Squared Rotation Sums of Squared
Initial Eigenvalues
Loadings Loadings
Component
% of Cumulative % of Cumulative % of Cumulative
Total Total Total
Variance % Variance % Variance %
1 13,115 29,807 29,807 13,115 29,807 29,807 5,17 11,75 11,75
2 6,002 13,642 43,449 6,002 13,642 43,449 3,406 7,74 19,49
3 2,386 5,423 48,871 2,386 5,423 48,871 3,287 7,47 26,96
4 2,212 5,028 53,9 2,212 5,028 53,9 3,157 7,175 34,135
5 1,789 4,065 57,964 1,789 4,065 57,964 3,03 6,886 41,021
6 1,682 3,823 61,788 1,682 3,823 61,788 2,949 6,702 47,723
7 1,44 3,274 65,062 1,44 3,274 65,062 2,927 6,652 54,375
8 1,299 2,952 68,014 1,299 2,952 68,014 2,842 6,459 60,835
9 1,181 2,685 70,698 1,181 2,685 70,698 2,701 6,138 66,973
10 1,054 2,395 73,094 1,054 2,395 73,094 2,693 6,121 73,094
11 0,924 2,1 75,193
12 0,683 1,552 76,745
13 0,627 1,425 78,171
14 0,546 1,24 79,411
15 0,536 1,219 80,629
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Verifica-se que foram selecionados 10 fatores que representam uma explicação total da
variância de 73,094%. Usualmente utiliza-se o critério de fatores com eingenvalues
(autovalores) maiores que 1 (HAIR et al., 1995). Entretanto, como o questionário IBQ
apresenta 11 diferentes tipo de táticas de influência, o resultado do eingenvalues (autovalores)
do 11º fator é muito próximo ao limite sugerido por Hair (1995), definindo-se por trabalhar
com a utilização de 11 fatores obtendo os seguintes resultados:
68
TABELA 5
Matriz de variância total explicada – táticas de influência (11 fatores)
Total Variance Explained
Extraction Sums of Squared Rotation Sums of Squared
Initial Eigenvalues
Loadings Loadings
Component
% of Cumulative % of Cumulative % of Cumulative
Total Total Total
Variance % Variance % Variance %
1 13,115 29,807 29,807 13,115 29,807 29,807 3,480 7,910 7,910
2 6,002 13,642 43,449 6,002 13,642 43,449 3,335 7,578 15,489
3 2,386 5,423 48,871 2,386 5,423 48,871 3,209 7,293 22,781
4 2,212 5,028 53,900 2,212 5,028 53,900 3,163 7,189 29,970
5 1,789 4,065 57,964 1,789 4,065 57,964 3,031 6,889 36,859
6 1,682 3,823 61,788 1,682 3,823 61,788 2,955 6,716 43,574
7 1,440 3,274 65,062 1,440 3,274 65,062 2,948 6,701 50,275
8 1,299 2,952 68,014 1,299 2,952 68,014 2,852 6,482 56,757
9 1,181 2,685 70,698 1,181 2,685 70,698 2,826 6,424 63,180
10 1,054 2,395 73,094 1,054 2,395 73,094 2,678 6,086 69,267
11 ,924 2,100 75,193 ,924 2,100 75,193 2,608 5,927 75,193
12 ,683 1,552 76,745
13 ,627 1,425 78,171
14 ,546 1,240 79,411
15 ,536 1,219 80,629
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Percebe-se que a utilização do 11º fator contribui para a explicação total da variância
(75,193%) e que não seria prudente a avaliação com 12 fatores, visto que, eingenvalues (valor
próprio) deste é bastante inferior ao limite sugerido por Hair et.al. (1995).
TABELA 6
Matriz de comunalidades – táticas de influência
Communalities
Segundo Aranha e Zambaldi (2008), consideram-se aceitáveis valores das variáveis maiores
que 0,5. Sendo assim, conforme tabela acima, percebe-se que os fatores explicam
satisfatoriamente a variabilidade das variáveis, pois apresentam valores maiores que 0,5, com
exceção da variável T.11.1, cujo valor é de 0,499. Entretanto, pela significativa proximidade
deste valor ao mínimo sugerido por Aranha e Zambaldi, entende-se que seu grau de
explicação é representativo.
Por fim, para construção dos agrupamentos das variáveis (perguntas do questionário) aos
respectivos fatores (táticas de influência), utilizou-se a rotação ortogonal Varimax que permite
maximizar a explicação das variáveis contidas num único fator. Busca-se, desta forma,
identificar os fatores mais independentes entre si. O objetivo desta rotação é maximizar a
carga de cada variável em um único fator, de forma a tornar mais claro a qual fator se associa
cada variável. A TAB. 7 apresenta a maior carga fatorial de cada variável.
70
TABELA 7
Matriz de rotação dos fatores – táticas de influência
Rotated Component Matrix a
Fatores
Variáveis
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
T.1.1 ,751
T.1.2 ,737
T.1.3 ,717
T.1.4 ,647
T.2.1 ,761
T.2.2 ,865
T.2.3 ,864
T.2.4 ,812
T.3.1 ,512
T.3.2 ,807
T.3.3 ,723
T.3.4 ,667
T.4.1 ,652
T.4.2 ,776
T.4.3 ,854
T.4.4 ,794
T.5.1 ,758
T.5.2 ,817
T.5.3 ,817
T.5.4 ,787
T.6.1 ,765
T.6.2 ,733
T.6.3 ,837
T.6.4 ,795
T.7.1 ,790
T.7.2 ,751
T.7.3 ,772
T.7.4 ,568
T.8.1 ,780
T.8.2 ,856
T.8.3 ,869
T.8.4 ,787
T.9.1 ,770
T.9.2 ,720
T.9.3 ,788
T.9.4 ,803
T.10.1 ,789
T.10.2 ,699
T.10.3 ,856
T.10.4 ,835
T.11.1 ,554
T.11.2 ,780
T.11.3 ,856
T.11.4 ,827
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Rotation Method: Varimax with Kaiser Normalization.
a. Rotation converged in 7 iterations.
Conforme se pode observar, todas as perguntas do questionário (item) foram agrupadas nas
respectivas táticas de influência (fatores), tal como concebido o questionário IBQ-G, o que
valida a eficácia do questionário como instrumento de pesquisa em seu formato original.
Desta forma, não existe alteração dos alphas de Cronbach constantes da tabela I, o que garante
a consistência e confiabilidade dos fatores extraídos. Cabe ressaltar que todas as cargas
fatoriais das variáveis foram superiores a 0,5, atendendo plenamente a condição proposta por
Hair et al. (1995), de que o factor loading deve ser superior a 0,43.
Para verificar se existe uma diferença significativa entre as médias e se os fatores (gênero,
faixa etária e nível hierárquico do líder) exercem influência em alguma variável dependente
(táticas de influência) foi utilizada a análise da variância (ANOVA) por meio da qual os
seguintes resultados foram alcançados:
TABELA 8
Análise de Variância (ANOVA) – Táticas de Influência
Genero Faixa Etária Nível Hierárquico
Táticas Sum of Mean Sum of Mean Sum of Mean
df F Sig. df F Sig. df F Sig.
Squares Square Squares Square Squares Square
Agraciação 0,561 1 0,561 0,560 0,454 4,211 4 1,053 1,050 0,380 2,689 2 1,345 1,338 0,263
Agregação
0,001 1 0,001 0,001 0,977 20,166 4 5,042 5,118 0,000 14,124 2 7,062 7,162 0,001
de valor
Consulta 1,853 1 1,853 1,881 0,171 1,961 4 0,490 0,497 0,738 5,314 2 2,657 2,662 0,070
Troca 0,518 1 0,518 0,512 0,474 6,445 4 1,611 1,588 0,175 3,429 2 1,715 1,685 0,186
Apelos Pessoais 1,073 1 1,073 1,074 0,300 3,970 4 0,992 0,996 0,409 2,925 2 1,462 1,469 0,231
Legitimidade 1,339 1 1,339 1,339 0,247 4,431 4 1,108 1,109 0,351 8,122 2 4,061 4,110 0,017
Pressão 0,876 1 0,876 0,882 0,348 2,257 4 0,564 0,562 0,691 2,090 2 1,045 1,050 0,350
Persuasão
2,659 1 2,659 2,690 0,101 0,952 4 0,238 0,237 0,918 13,354 2 6,677 6,829 0,001
Racional
Colaboração 0,836 1 0,836 0,833 0,362 4,360 4 1,090 1,086 0,362 7,603 2 3,801 3,841 0,022
Coalizão 10,946 1 10,946 11,073 0,001 3,211 4 0,803 0,816 0,515 0,382 2 0,191 0,197 0,822
Apelos
0,009 1 0,009 0,009 0,923 1,802 4 0,450 0,452 0,771 25,752 2 12,876 13,127 0,000
Inspiracionais
Percebe-se que é significativa; i.e; grau de significância menor que 0,05, a relação do gênero
com a utilização da tática de influência de coalisão. Da mesma forma, verifica-se relação
significativa da faixa etária com a tática agregação de valor e do nível hierárquico com as
táticas de agregação de valor, legitimidade, persuasão racional, colaboração e apelos
inspiracionais.
Para melhor compreensão das relações significativas encontradas para gênero, faixa etária e
nível hierárquico, efetuou-se uma análise descritiva com base na comparação das médias
72
TABELA 9
Comparação das médias dos gêneros – táticas de influência
Descriptives
95% Confidence
Std.
Táticas N Mean Std. Error Interval for Upper
Lower Mean Minimum Maximum
Deviation
Bound Bound
Masculino 1126 -,0386436 ,95884076 ,02857441 -,0947087 ,0174215 -2,24064 4,38627
Coalizão Feminino 209 ,2105417 1,16733679 ,08074637 ,0513555 ,3697279 -2,24579 3,97869
Total 1335 ,0003674 ,99800393 ,02731440 -,0532164 ,0539513 -2,24579 4,38627
TABELA 10
Comparação das médias das faixas etárias – táticas de influência
Descriptives
Std. 95% Confidence
Táticas N Mean Std. Error Minimum Maximum
Deviation Interval for Mean
Até 30 anos 69 ,2313072 1,12328282 ,13522736 -,0385348 ,5011492 -2,73353 2,29652
31-40 anos 381 ,1155554 ,96941231 ,04966450 ,0179037 ,2132070 -2,54044 3,04464
Agregação de 41-50 anos 520 -,0215319 ,98749283 ,04330443 -,1066054 ,0635416 -2,44644 2,25146
valor 50-60anos 300 -,0782287 1,01411770 ,05855011 -,1934512 ,0369938 -2,48868 2,31139
acima de 60 anos 51 -,4274750 ,89241195 ,12496267 -,6784700 -,1764801 -1,86528 1,66910
Total 1321 ,0026649 ,99867179 ,02747713 -,0512387 ,0565685 -2,73353 3,04464
TABELA 11
Matriz múltiplas comparações de Boneferroni da faixa etária – táticas de influência
Multiple Comparisons
Bonferroni
95% Confidence
Dependent (I) Faixa etária do (J) Faixa etária do Mean
Std. Error Sig. LowerIntervalUpper
Variable superior (anos): superior (anos): Difference (I-J)
Bound Bound
31-40 anos ,11575185 ,12985210 1,000 -,2493632 ,4808669
41-50 anos ,25283912 ,12716313 ,470 -,1047151 ,6103934
Até 30 anos
50-60anos ,30953595 ,13251278 ,196 -,0630603 ,6821322
acima de 60 anos ,65878227 ,18327818 ,003 ,1434451 1,1741195
Até 30 anos -,11575185 ,12985210 1,000 -,4808669 ,2493632
41-50 anos ,13708727 ,06693111 ,407 -,0511080 ,3252826
31-40anos
50-60anos ,19378410 ,07660907 ,115 -,0216235 ,4091917
acima de 60 anos ,54303042 ,14798717 ,003 ,1269236 ,9591372
Até 30 anos -,25283912 ,12716313 ,470 -,6103934 ,1047151
Agregação de 31-40 anos -,13708727 ,06693111 ,407 -,3252826 ,0511080
41-50anos
Valor 50-60anos ,05669683 ,07195722 1,000 -,1456308 ,2590244
acima de 60 anos ,40594315 ,14563342 ,054 -,0035454 ,8154317
Até 30 anos -,30953595 ,13251278 ,196 -,6821322 ,0630603
31-40 anos -,19378410 ,07660907 ,115 -,4091917 ,0216235
50-60anos
41-50 anos -,05669683 ,07195722 1,000 -,2590244 ,1456308
acima de 60 anos ,34924632 ,15032721 ,203 -,0734402 ,7719328
Até 30 anos -,65878227 ,18327818 ,003 -1,1741195 -,1434451
31-40 anos -,54303042 ,14798717 ,003 -,9591372 -,1269236
Maior que 60anos
41-50 anos -,40594315 ,14563342 ,054 -,8154317 ,0035454
51-60 anos -,34924632 ,15032721 ,203 -,7719328 ,0734402
Conforme se pode observar, a tática de agregação de valor é proporcional à faixa etária dos
líderes no sentido de que quanto mais novo o líder mais esta tática é utilizada. A tendência de
utilização deste tipo de tática talvez seja explicada pelo efeito motivacional sobre a equipe.
Segundo Bergamini (1994):
[...] a função motivacional do líder reside nas crescentes recompensas pessoais dos
subordinados no sentido da chegada aos objetivos do trabalho, fazendo com que o
caminho para essas recompensas se torne mais fácil de ser percorrido ao deixá-lo
mais evidente, reduzindo os bloqueios do percurso e as armadilhas bem como
aumentando as oportunidades de satisfação pessoal em curso.
TABELA 12
Comparação das médias dos níveis hierárquicos – táticas de influência
Descriptives
95% Confidence
Táticas N Mean Std. Deviation Std. Error Interval for Mean Minimum Maximum
Lower Upper
Coordenador/Supervisor 175 ,0306453 ,94240890 ,07123942 Bound
-,1099593 Bound
,1712500 -2,73353 1,94463
Agregação de Gerente 569 ,1165359 1,02583553 ,04300526 ,0320672 ,2010047 -2,43285 3,04464
valor Diretor/Presidente 555 -,1069545 ,97397639 ,04134300 -,1881627 -,0257463 -2,47216 2,29652
Total 1299 ,0094781 ,99765848 ,02768072 -,0448257 ,0637820 -2,73353 3,04464
Coordenador/Supervisor 175 ,0658114 ,93642360 ,07078697 -,0739003 ,2055230 -2,19773 2,39953
Gerente 569 ,0797505 ,99552152 ,04173443 -,0022222 ,1617231 -2,63668 2,71298
Legitimidade
Diretor/Presidente 555 -,0831162 1,00991516 ,04286851 -,1673209 ,0010885 -2,95336 2,26349
Total 1299 ,0082876 ,99639750 ,02764573 -,0459476 ,0625228 -2,95336 2,71298
Coordenador/Supervisor 175 -,2416260 ,92361050 ,06981839 -,3794260 -,1038260 -2,60066 1,99507
Persuasão Gerente 569 ,0739051 1,01137146 ,04239890 -,0093726 ,1571829 -3,34119 2,52721
Racional Diretor/Presidente 555 ,0092169 ,98519756 ,04181931 -,0729269 ,0913607 -3,16385 3,08149
Total 1299 ,0037589 ,99323490 ,02755798 -,0503041 ,0578220 -3,34119 3,08149
Coordenador/Supervisor 175 ,1428399 1,01623946 ,07682048 -,0087801 ,2944598 -2,08960 3,18986
Gerente 569 ,0203298 1,00561779 ,04215769 -,0624742 ,1031338 -2,74936 2,91499
Colaboração
Diretor/Presidente 555 -,0835092 ,97684612 ,04146481 -,1649567 -,0020617 -2,54318 2,92353
Total 1299 -,0075312 ,99704570 ,02766371 -,0618016 ,0467393 -2,74936 3,18986
Coordenador/Supervisor 175 -,0512835 ,94760149 ,07163194 -,1926628 ,0900959 -2,48171 2,47953
Apelos Gerente 569 -,1299892 1,02731939 ,04306747 -,2145801 -,0453982 -2,87948 3,37792
Inspiracionais Diretor/Presidente 555 ,1685338 ,96463716 ,04094657 ,0881043 ,2489633 -3,06014 2,87301
Total 1299 ,0081585 ,99960119 ,02773462 -,0462511 ,0625680 -3,06014 3,37792
TABELA 13
Matriz múltiplas comparações de Boneferroni do nível hierarquico – táticas de influência
Multiple Comparisons
Bonferroni
95% Confidence
Dependent (I) Nível hierárquico (J) Nível hierárquico Mean
Std. Error Sig. LowerIntervalUpper
Variable do superior: do superior: Difference (I-J)
Bound Bound
Coordenador/ Gerente -,08589057 ,08583038 ,951 -,2916339 ,1198528
Supervisor Diretor/Presidente ,13759988 ,08608464 ,331 -,0687529 ,3439527
Agregação de Coordenador/Supervisor ,08589057 ,08583038 ,951 -,1198528 ,2916339
Gerente
valor Diretor/Presidente ,22349045 ,05923935 ,001 ,0814883 ,3654926
Coordenador/Supervisor -,13759988 ,08608464 ,331 -,3439527 ,0687529
Diretor/Presidente
Gerente -,22349045 ,05923935 ,001 -,3654926 -,0814883
Coordenador/ Gerente -,01393912 ,08592230 1,000 -,2199028 ,1920246
Supervisor Diretor/Presidente ,14892752 ,08617683 ,253 -,0576463 ,3555013
Coordenador/Supervisor ,01393912 ,08592230 1,000 -,1920246 ,2199028
Legitimidade Gerente
Diretor/Presidente ,16286664 ,05930279 ,018 ,0207124 ,3050209
Coordenador/Supervisor -,14892752 ,08617683 ,253 -,3555013 ,0576463
Diretor/Presidente
Gerente -,16286664 ,05930279 ,018 -,3050209 -,0207124
Coordenador/ Gerente -,31553114 ,08547158 ,001 -,5204144 -,1106479
Supervisor Diretor/Presidente -,25084291 ,08572477 ,010 -,4563331 -,0453527
Persuasão Coordenador/Supervisor ,31553114 ,08547158 ,001 ,1106479 ,5204144
Gerente
Racional Diretor/Presidente ,06468824 ,05899170 ,819 -,0767203 ,2060968
Coordenador/Supervisor ,25084291 ,08572477 ,010 ,0453527 ,4563331
Diretor/Presidente
Gerente -,06468824 ,05899170 ,819 -,2060968 ,0767203
Coordenador/ Gerente ,12251009 ,08599596 ,464 -,0836301 ,3286503
Supervisor Diretor/Presidente ,22634906 ,08625070 ,026 ,0195982 ,4330999
Coordenador/Supervisor -,12251009 ,08599596 ,464 -,3286503 ,0836301
Colaboração Gerente
Diretor/Presidente ,10383897 ,05935363 ,241 -,0384371 ,2461151
Coordenador/Supervisor -,22634906 ,08625070 ,026 -,4330999 -,0195982
Diretor/Presidente
Gerente -,10383897 ,05935363 ,241 -,2461151 ,0384371
Coordenador/ Gerente ,07870568 ,08560870 1,000 -,1265063 ,2839176
Supervisor Diretor/Presidente -,21981732 ,08586230 ,032 -,4256372 -,0139975
Apelos Coordenador/Supervisor -,07870568 ,08560870 1,000 -,2839176 ,1265063
Gerente
Inspiracionais Diretor/Presidente -,29852300 ,05908634 ,000 -,4401584 -,1568876
Coordenador/Supervisor ,21981732 ,08586230 ,032 ,0139975 ,4256372
Diretor/Presidente
Gerente ,29852300 ,05908634 ,000 ,1568876 ,4401584
Verifica-se que a tática de legitimidade tem uso maior nas funções de coordenação,
supervisão e gerência. Tal fato pode ser explicado porque estas funções estão mais
diretamente envolvidas com a atividade fim da empresa e necessitam legitimar seus projetos,
76
A tática de persuasão racional é mais adotada pelos gerentes, o que pode ser explicado pela
necessidade de legitimar seu cargo por meio do reconhecimento técnico e por geralmente
tratarem diretamente com seguidores mais capacitados.
Da mesma forma que os dados da amostra foram tratados com viés de entendimento da
utilização das táticas de influência, aplicou-se a mesma linha de análise para compreensão dos
resultados do questionário MLQ para estilos de liderança. Assim, com o objetivo de
identificar quais os estilos de liderança mais percebidos pelos respondentes foi calculado a
média, variância e desvio padrão da amostra e também aplicado o teste Alpha de Cronbach,
obtendo-se os seguintes resultados:
77
TABELA 14
Média, variância, desvio padrão e Cronbach´s Alpha – estilos de liderança
Desvio Alpha (α) Nº de
Descrição Comportamentos Percebidos Média Variância
Padrão Cronbach's Items
Transformacional Atributos Idealizados LT.1 12,900 17,750 4,213 0,805 4
TABELA 15
Estatística KMO e teste de esfericidade de Bartlett – estilos de liderança
KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,976
Verifica-se que o MAS (Measure of Sample Adequacy) de 0,976 obtido atende as condições
recomendadas por (HAIR et al., 1995) de valores maiores que 0,5 para este índice. Isto
garante a análise fatorial de um elevado grau de explicação da amostra.
TABELA 16
Diagonal principal da matriz anti-imagem – estilos de liderança – 69
Variável Item Anti-Imagem
Verifica-se que não existe necessidade de exclusão de nenhuma das variáveis para o
agrupamento consistente da amostra, pois os resultados da diagonal principal apresentados na
tabela acima são superiores a 0,5, o que atende à recomendação de Hair et al. (1995).
80
Nota-se que a validação dos resultados para utilização da análise fatorial para o questionário
MLQ de estilo de liderança também identificou o número de fatores que representariam a
amostra. As 36 questões do questionário foram consideradas na análise fatorial como suas
variáveis, sendo que os agrupamentos resultantes representam os fatores da análise.
TABELA 17
Matriz de variância total explicada – estilos de liderança (4 fatores)
Total Variance
Explained Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings Rotation Sums of Squared Loadings
Component % of Cumulative % of Cumulative % of Cumulative
Total Total Total
Variance % Variance % Variance %
1 14,218 39,494 39,494 14,218 39,494 39,494 12,122 33,674 33,674
2 2,756 7,655 47,148 2,756 7,655 47,148 3,667 10,187 43,861
3 1,805 5,014 52,162 1,805 5,014 52,162 2,234 6,205 50,066
4 1,009 2,804 54,966 1,009 2,804 54,966 1,764 4,901 54,966
5 ,924 2,567 57,533
6 ,891 2,476 60,010
7 ,797 2,214 62,224
8 ,752 2,090 64,314
9 ,735 2,043 66,357
10 ,710 1,972 68,329
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Para verificar se 4 dos fatores extraídos da tabela (Total Variance Explained) representam
adequadamente as variáveis originais, obteve-se a matriz de comunalidade conforme segue:
81
Como os itens representados pelo fator 4 (LT.1.1, LT.3.1, LT.3.2) pertencem também ao fator
1 e como o questionário MLQ foi concebido para avaliar os comportamentos de três estilos de
liderança transformacional, transacional e Laissez-faire, optou-se por trabalhar com somente
três fatores na análise da amostra. Desta forma obtemos a matrix de variância total da TAB.
20.
82
TABELA 19
Matriz de rotação dos fatores – estilos de liderança (4 fatores)
Rotated Component Matrix a
Fatores
Itens
1 2 3 4
LT.1.1 ,452 ,533
LT.1.2 ,743
LT.1.3 ,786
LT.1.4 ,630
LT.2.1 ,631
LT.2.2 ,649
LT.2.3 ,724
LT.2.4 ,713
LT.3.1 ,646 ,463
LT.3.2 ,648 ,479
LT.3.3 ,715
LT.3.4 ,635
LT.4.1 ,716
LT.4.2 ,730
LT.4.3 ,710
LT.4.4 ,752
LT.5.1 ,693
LT.5.2 ,749
LT.5.3 ,780
LT.5.4 ,805
LS.1.1 ,619
LS.1.2 ,599
LS.1.3 ,668
LS.1.4 ,754
LS.2.1 ,793
LS.2.2 ,731
LS.2.3 ,547
LS.2.4 ,685
LL.1.1 ,550
LL.1.2 -,405 ,645
LL.1.3 ,582
LL.1.4 ,588
LL.2.1 ,660
LL.2.2 ,552
LL.2.3 ,666
LL.2.4 ,609
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Rotation Method: Varimax with Kaiser Normalization.
a. Rotation converged in 5 iterations.
TABELA 20
Matriz de variância total explicada – estilos de liderança (3 fatores)
Total Variance Explained
Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings Rotation Sums of Squared Loadings
Component % of Cumulative % of Cumulative % of Cumulative
Total Total Total
Variance % Variance % Variance %
1 14,218 39,494 39,494 14,218 39,494 39,494 12,784 35,512 35,512
2 2,756 7,655 47,148 2,756 7,655 47,148 3,744 10,399 45,911
3 1,805 5,014 52,162 1,805 5,014 52,162 2,250 6,251 52,162
4 1,009 2,804 54,966
5 ,924 2,567 57,533
6 ,891 2,476 60,010
7 ,797 2,214 62,224
8 ,752 2,090 64,314
9 ,735 2,043 66,357
10 ,710 1,972 68,329
Extraction Method: Principal Component Analysis.
TABELA 21
Matriz de comunalidades – estilos de liderança (3 fatores)
Communalities
Item Initial Extraction Item Initial Extraction Item Initial Extraction
LT.1.1 1,000 ,344 LT.4.1 1,000 ,500 LS.2.1 1,000 ,635
LT.1.2 1,000 ,560 LT.4.2 1,000 ,598 LS.2.2 1,000 ,551
LT.1.3 1,000 ,657 LT.4.3 1,000 ,503 LS.2.3 1,000 ,423
LT.1.4 1,000 ,578 LT.4.4 1,000 ,603 LS.2.4 1,000 ,553
LT.2.1 1,000 ,469 LT.5.1 1,000 ,512 LL.1.1 1,000 ,310
LT.2.2 1,000 ,557 LT.5.2 1,000 ,525 LL.1.2 1,000 ,574
LT.2.3 1,000 ,532 LT.5.3 1,000 ,581 LL.1.3 1,000 ,381
LT.2.4 1,000 ,609 LT.5.4 1,000 ,691 LL.1.4 1,000 ,386
LT.3.1 1,000 ,571 LS.1.1 1,000 ,428 LL.2.1 1,000 ,457
LT.3.2 1,000 ,584 LS.1.2 1,000 ,466 LL.2.2 1,000 ,324
LT.3.3 1,000 ,653 LS.1.3 1,000 ,522 LL.2.3 1,000 ,497
LT.3.4 1,000 ,568 LS.1.4 1,000 ,630 LL.2.4 1,000 ,449
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Percebe-se que os itens LT.1.1, LT.2.1, LS.1.1, LS.1.2, LS.2.3, LL.1.1, LL.1.3, LL.1.4,
LL.2.1, LL.2.2, LL.2.3, LL.2.4 não satisfazem a recomendação de Aranha e Zambaldi (2008),
i.e. valores das variáveis aceitáveis maiores que 0,5. Estes itens trazem limites à
representatividade da explicação dos fatores quanto à variabilidade das variáveis, entretanto,
84
TABELA 22
Matriz de rotação dos fatores – estilos de liderança (3 fatores)
Rotated Component Matrixa
Component
Itens
1 2 3
LT.1.1 ,577
LT.1.2 ,724
LT.1.3 ,769
LT.1.4 ,704
LT.2.1 ,673
LT.2.2 ,706
LT.2.3 ,686
LT.2.4 ,757
LT.3.1 ,744
LT.3.2 ,750
LT.3.3 ,788
LT.3.4 ,713
LT.4.1 ,690
LT.4.2 ,735
LT.4.3 ,695
LT.4.4 ,747
LT.5.1 ,683
LT.5.2 ,705
LT.5.3 ,744
LT.5.4 ,805
LS.1.1 ,631
LS.1.2 ,609
LS.1.3 ,680
LS.1.4 ,770
LS.2.1 ,792
LS.2.2 ,729
LS.2.3 ,551
LS.2.4 ,686
LL.1.1 ,548
LL.1.2 ,652
LL.1.3 ,594
LL.1.4 ,598
LL.2.1 ,653
LL.2.2 ,553
LL.2.3 ,659
LL.2.4 ,607
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Rotation Method: Varimax with Kaiser Normalization.
a. Rotation converged in 5 iterations.
Percebe-se na matriz rotacionada com 3 fatores que, tal como ocorrido com a de 4 fatores, o
agrupamento da variável recompensa contigente, itens LS.1.1, LS.1.2, LS.1.3, LS.1.4, no
grupo de comportamentos atribuídos a liderança transformacional (LT). Desta forma a
liderança transformacional, ficou representada somente pela variável de gerenciamento por
exceção (ativo).
Cabe ressaltar que todas as cargas fatoriais das variáveis foram superiores a 0,5, atendendo
plenamente a condição proposta por Hair et al., (1995), de que o factor loading deve ser
superior a 0,43.
O resultado obtido com a matriz de rotação dos fatores demonstra-se coerente com a
concepção de Bass, que no seu ponto de vista, os estilos de liderança transacional e
transformacional se constroem um no outro (AVOLIO; BASS, 1998; WALDMAN; BASS;
YAMMARINO, 1990).
Para Robbins (2002), os estilos de liderança transacional e transformacional são, pois, dois
modelos que se complementam: A liderança transformacional é construída em cima da
liderança transacional – produz, nos liderados, níveis de esforço e de desempenho que vão
além dos obtidos apenas na abordagem transacional.
A que se considerar também que recompensas e bônus também são considerados como
ingredientes essenciais no processo de criar um ambiente criativo de trabalho (AMABILE et
al., 1996).
TABELA 23
Análise de variância (ANOVA) – estilos de liderança
Estilos de Genero Faixa Etária Nível Hierárquico
Liderança Sum of df Mean F Sig. Sum of df Mean F Sig. Sum of df Mean F Sig.
Transformacional 1,879 1 1,879 1,889 0,170 0,787 4 0,197 0,195 0,941 4,688 2 2,344 2,354 0,095
Laissez faire 0,584 1 0,584 0,588 0,443 0,989 4 0,247 0,248 0,911 3,988 2 1,994 2,011 0,134
Gerenciamento
7,910 1 7,910 7,894 0,005 3,782 4 0,945 0,937 0,442 0,540 2 0,270 0,268 0,765
ativo
TABELA 24
Comparação das médias do gerenciamento por exceção ativo
Descriptives
95% Confidence
Estilos de Std.
N Mean Std. Error Interval for Mean
Lower Upper Minimum Maximum
Liderança Deviation
Bound Bound
Masculino 1126 -,0378162 ,99493415 ,02965003 -,0959918 ,0203594 -2,55818 3,12483
Gerenciamento
Feminino 209 ,1740119 1,03314099 ,07146386 ,0331256 ,3148982 -2,08719 2,83606
por exceção ativo
Total 1335 -,0046536 1,00357521 ,02746688 -,0585366 ,0492294 -2,55818 3,12483
Fonte: Elaborada pelo autor.
Verifica-se que o estilo de liderança de gerenciamento ativo por exceção é mais acentuado no
gênero feminino. Este resultado vai de encontro a alguns autores (Rosener, apud Rigg e
Sparrow, 1994; Bass, 1999; Ardichvili, 2001; Pounder e Coleman, 2002; Blackwell, 2004)
que identificaram que as mulheres, em geral, apresentam estilo de liderança transformacional
e a Tremaine (2000) e Eagly et al. (2003), de que o estilo transacional de liderança está mais
presente no universo masculino.
87
4.1.3 Performance
O questionário MLQ de estilos de liderança contempla também uma secção que mede a
performance da liderança, de acordo com a percepção dos respondentes, quanto ao
atendimento das seguintes variáveis:
a. esforços extras – mede a capacidade da liderança em obter maiores esforços por parte de
seus seguidores e intensificar o desejo deles pelo sucesso;
b. eficiência – mede a capacidade do líder para liderar equipes, atender aos requisitos
organizacionais e promover desenvolvimento;
c. satisfação – mede a satisfação do seguidor quanto à metodologia da liderança e suas
formas de compensação.
Mais uma vez foram utilizadas as técnicas estatísticas já aplicadas a outras variáveis da
amostra com o objetivo de obter a melhor representatividade desta variável.
TABELA 25
Média, variância, desvio padrão e Cronbach´s Alpha - performance
Desvio Alpha (α) Nº de
Performance Média Variância
Padrão Cronbach's Items
Esforço extra LR.1 9,120 10,812 3,288 0,820 3
Verifica-se que a percepção dos respondentes quanto aos líderes é de que são profissionais
capacitados tecnicamente que, no entanto, não conseguem criar ambiente favorável a obter de
seus seguidores mais do que o esperado. Os alphas encontrados atendem as condições
recomendadas por Hair et al.(1995).
88
TABELA 26
Estatística KMO e teste de esfericidade de Bartlett – performance
KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,944
Verifica-se que tanto o MAS (Measure of Sample Adequacy) de 0,944 da tabela 26 acima
quanto os resultados da diagonal principal da Matriz Anti-imagem apresentados na tabela 27
abaixo são superiores a 0,5 e atendem a ambas as recomendações de HAIR et al.(1995).
TABELA 27
Diagonal principal da matriz anti-imagem – performance
Anti-
Variável Item
Imagem
Consegue fazer com que as pessoas façam mais do que
LR.1.1 0,950
elas esperam fazer
Esforço extra Intensifica o desejo das pessoas pelo sucesso LR.1.2 0,942
TABELA 28
Matriz de variância total explicada – performance
Total Variance Explained
Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings
Component % of Cumulative % of Cumulative
Total Total
Variance % Variance %
1 5,192 57,688 57,688 5,192 57,688 57,688
2 ,727 8,073 65,761
3 ,595 6,608 72,369
4 ,514 5,709 78,077
5 ,489 5,433 83,511
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Verifica-se que o único fator extraído atende à recomendação de Hair et al. (1995), i.e;
eingenvalues (autovalores) maiores que 1, e representa 57,688% da explicação total da
variância da amostra.
TABELA 29
Matriz de comunalidades e matriz dos fatores – performance
Como somente um fator foi selecionado, a matriz da TAB. 28 foi utilizada para análise das
cargas fatoriais dos itens. Conforme se pode observar, todas as cargas fatoriais das variáveis
foram superiores a 0,5, atendendo plenamente a condição proposta por Hair et.al.(1995).
TABELA 30
Matriz da regressão linear – performance x estilos de liderança
Performance
Unstandardized Standardized
Estilos de
Coefficients Coefficients t Sig.
Liderança
B Std. Error Beta
(Constant) ,000 ,010 ,000 1,000
Transformacion ,900 ,010 ,900 91,254 ,000
al
Laissez faire -,227 ,010 -,227 -23,067 ,000
Gerenciamento ,084 ,010 ,084 8,547 ,000
ativo Elaborada pelo autor.
Fonte:
Percebe- se que a performance tem relação significativa com todos os estilos de liderança, i.e.
grau de significância inferior a 0,05. Entretanto, como era de se esperar, somente os
comportamentos transformacional e gerenciamento por exceção ativa estão relacionados
positivamente com a performance (beta>0). O beta de 0,900 aponta forte relação positiva da
performance da liderança com o comportamento transformacional.
TABELA 31
Matriz da regressão linear – performance x táticas de influência
Performance
Unstandardized Standardized
Táticas Coefficients Coefficients t Sig.
B Std. Error Beta
(Constant) ,000 ,016 ,000 1,000
Agraciação ,209 ,016 ,209 13,034 ,000
Agregação de valor ,280 ,016 ,280 17,440 ,000
Consulta ,351 ,016 ,351 21,909 ,000
Troca ,078 ,016 ,078 4,867 ,000
Apelos Pessoais -,038 ,016 -,038 -2,389 ,017
Legitimidade ,171 ,016 ,171 10,689 ,000
Pressão -,212 ,016 -,212 -13,196 ,000
Persuasão Racional ,327 ,016 ,327 20,378 ,000
Colaboração ,317 ,016 ,317 19,777 ,000
Coalizão ,007 ,016 ,007 ,448 ,655
Apelos Inspiracionais ,345 ,016 ,345 21,545 ,000
Conforme se pode observar, a performance da liderança tem relação significativa; i.e. grau de
significância inferior a 0,05, com todas as táticas de influência, com exceção da tática de
coalizão. Este resultado surpreende, visto que, em seu modelo conceitual, esta tática é adotada
quando o líder, que normalmente têm influência sobre o seguidor, busca apoio em uma pessoa
para alcançar seus objetivos. Tal fato pode ser explicado pela pouca utilização desta tática por
líderes brasileiros (ver TAB. 30), seja pela auto estima elevada destes líderes ou por não
entenderem que esta prática contribui no processo de influência de seus seguidores.
Para verificar a relação de dependência das táticas de influência com os estilos de liderança,
foi utilizada a técnica de regressão linear simples com os fatores de tática de influência e
estilos de liderança obtidos resultando nos seguintes dados:
92
TABELA 32
Matriz da regressão linear – estilos de liderança x táticas de influência
Estilos de Liderança
Táticas de Transformacional Gerenciamento Ativo Laissez Faire
Influência Uns tandardized Standardized Unstandardized Standardized Unstandardized Standardized
Coefficients Coefficients t Sig. Coefficients Coefficients t Sig. Coefficients Coefficients t Sig.
B Std. Error Beta B Std. Error Beta B Std. Error Beta
Agraciação 0,239 0,026 0,239 9,105 0,000 -0,002 0,026 -0,002 -0,076 0,940 0,075 0,026 0,075 2,864 0,004
Agregação
0,254 0,026 0,254 9,701 0,000 0,036 0,026 0,036 1,356 0,175 -0,046 0,026 -0,046 -1,763 0,078
de valor
Consulta 0,374 0,025 0,374 14,909 0,000 -0,011 0,025 -0,011 -0,435 0,663 -0,081 0,025 -0,081 -3,237 0,001
Troca 0,091 0,027 0,091 3,381 0,001 0,035 0,027 0,035 1,298 0,194 0,061 0,027 0,061 2,281 0,023
Apelos
-0,008 0,027 -0,008 -0,317 0,751 0,007 0,027 0,007 0,245 0,807 0,205 0,027 0,205 7,735 0,000
Pess oais
Legitimidade 0,173 0,026 0,173 6,633 0,000 0,220 0,026 0,220 8,443 0,000 -0,051 0,026 -0,051 -1,959 0,050
Press ão -0,219 0,025 -0,219 -8,943 0,000 0,328 0,025 0,328 13,368 0,000 0,163 0,025 0,163 6,625 0,000
Persuasão
0,305 0,025 0,305 12,092 0,000 0,057 0,025 0,057 2,252 0,024 -0,206 0,025 -0,206 -8,158 0,000
Racional
Colaboração 0,289 0,026 0,289 11,308 0,000 0,080 0,026 0,080 3,106 0,002 -0,143 0,026 -0,143 -5,586 0,000
Coalizão 0,030 0,026 0,030 1,153 0,249 0,071 0,026 0,071 2,675 0,008 0,211 0,026 0,211 7,990 0,000
Apelos
0,370 0,025 0,370 14,687 0,000 0,023 0,025 0,023 0,915 0,360 0,008 0,025 0,008 0,298 0,766
Inspiracionais
Percebe-se que existe relação significativa e direta, i.e. grau de significância inferior a 0,05 e
beta>0, do comportamento transformacional com a maioria das táticas de influência, o que
valida as hipóteses de pesquisa 7, 8 e 10. Estudos descritivos a respeito da liderança
transformacional (Bass, 1985; Conger, 1989; Tichy e Devana, 1986) encontraram que
gerentes que motivam esforços excepcionais de seus subordinados apresentam uma límpida e
inspiradora visão que é um tipo de apelo inspiracional consonante com a hipótes 7 validada
neste estudo.
liderança, possui relação significativa e positiva com as táticas de agraciação, troca, apelos
pessoais, pressão e coalizão, o que não valida à hipótese de pesquisa 12. Tal fato pode ser
explicado pelo próprio continuum da liderança vislumbrado por Bass (1985), onde em um
extremo esta a liderança do não líder completo (Laissez-Faire) e no outro a liderança
transformacional como comportamentos como carisma, motivação inspirada, estimulação
intelectual e consideração individual no outro. Desta forma, é coerente a percepção de
indícios de comportamentos de liderança no estilo Laissez-faire.
95
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo principal deste estudo foi avaliar as relações dos estilos de liderança
transformacional, transacional e Laissez-faire conforme conceituados por Burns (1978) e Bass
(1985) com os tipos de táticas de influência propostas por YUKL (2001) e verificar a
performance de cada estilo de liderança e das táticas de influência empregadas pelos líderes
na condução de suas equipes nas organizações. A seguir, serão discutidos os resultados
encontrados.
5.1 Resultados
Trata-se de um estudo pioneiro no Brasil que buscou identificar não só o estilo de liderança
que possa contribuir com os melhores resultados, mas também identificar as táticas de
influência mais eficazes para gerir equipes, implantar projetos, alcançar metas e atender às
demandas organizacionais.
De forma inversa, tal como era esperado, a relação do estilo de liderança Laissez faire com o
fator performance, foi negativa. Sendo assim, temos neste estilo de liderança uma percepção
negativa quanto a sua capacidade de contribuir para o alcance de resultados da equipe e
consequentemente da organização.
foram:
· persuasão racional, que ao utilizar predominantemente a evidência lógica demonstra
de forma irrefutável os resultados do que propoe;
· consulta e colaboração, que também contribuem de forma significativa para
construção da relação de confiança;
· apelos inspiracionais, que também influenciam positivamente na motivação do grupo.
Cabe ressaltar que a liderança transformacional tem relação significativa e positiva com todas
estas táticas, o que de certa forma valida os resultados obtidos. Em contrapartida, observou-se
que a tática de pressão é a que mais contribui negativamente para o alcance de resultados.
Provavelmente devido os desgastes sucessivos entre o líder e seus seguidores que impactam
na motivação, autoconfiança e predisposição ao trabalho de todo o grupo.
Surpreende nos resultados obtidos não haver diferenças significativas na utilização de táticas
de influência de acordo com o gênero. Talvez não tenha sido possível uma análise mais
detalhada a baixa participação de líderes do gênero feminino na amostra, cabendo uma
avaliação mais profunda em outra oportunidade. Apesar de resultado mais significativo
quanto ao gênero no estilo de liderança, visto que o gerenciamento por exceção ativo foi mais
presente no gênero feminino, cabe também uma verificação em outro estudo.
5.2 Contribuições
Em seu viés acadêmico este estudo contribui para validar o questionário IBQ-G como
ferramenta de pesquisa eficaz para estudos a respeito das táticas de influência, tendo em vista
a explicação total da variância de 75,193% com a utilização de 11 fatores que representaram
adequadamente as 11 táticas de influência e o resultado da rotação ortogonal Varimax que
construiu agrupamento das variáveis (perguntas de pesquisa) em seus respectivos fatores
(táticas de influência).
Alguns pontos devem ser elencados como limitadores deste estudo. No campo das respostas
de pesquisa deve-se considerar o viés da resposta socialmente correta, bem como, a percepção
dos mesmos quanto aos questionamentos como limitação ao método de pesquisa. Já com
relação às análises dos dados, o agrupamento da variável de recompensa contingente no
conjunto de comportamentos da liderança transformacional pode ter influenciado nas
validações das hipóteses de pesquisa, visto a premissa de validação adotada pelo autor. Além
disso, deve-se considerar o grau de explicação de variabilidade não satisfatório de cada
variável obtido na matriz de comunalidade, principalmente do estilo Laissez Faire. No
entanto, os resultados permitiram atender ao objetivo da pesquisa ao possibilitar verificar a
relação das táticas de influência com os comportamentos de liderança e medir a performance
de cada uma delas.
98
Tendo em vista o foco e os objetivos desta pesquisa, muitas possibilidades não foram
exploradas. No entanto, os dados ficam à disposição de outros pesquisadores que tenham a
intenção de ampliar os estudos a respeito dos estilos de liderança e táticas de influência.
Sugere-se também um estudo comparativo dos estilos de liderança e das táticas de influência
incidentes em empresas públicas, privadas e organizações não governamentais, tendo em
vista, que os sujeitos a serem liderados e influenciados em cada uma destas instituições estão
sujeitos as condições de trabalho diferenciadas, ou seja, estabilidade, instabilidade e
voluntariado respectivamente.
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APÊNDICE
Verifica que o pedido é legítimo com base documentos tais como: contratos formais,
T.4.2
Legitimidade ordem de trabalho, procedimentos, políticas, normas e regulamentos
T.4.3 Diz que o pedido ou proposta é consistente devido a um acordo ou contrato prévio
Diz que o pedido ou proposta é consistente com base em um precedente prévio e/ou
T.4.4
prática usual
Explica como a tarefa que necessita que seja feita pode ajudar no desenvolvimento de
T.5.1
sua carreira
Descreve os benefícios que você poderia ganhar por realizar uma tarefa ou atividade
T.5.2 (i.e., aprender novas técnicas, conhecer pessoas importantes, melhorar sua
Agregação de Valor
reputação)
T.5.3 Explica porque uma atividade ou mudança proposta poderia ser boa para você
Explica como uma atividade ou mudança proposta pode ajudá-lo a atingir um objetivo
T.5.4
pessoal
T.6.1 Exije que você execute um pedido
T.6.2 Usa de ameaças ou avisos quando precisa que você faça algo
Pressão
T.6.3 Tenta pressioná-lo a executar um pedido
T.6.4 Verifica repetidamente se você executou o pedido
T.7.1 Se oferece para ajudar em uma tarefa que quer que seja executada
Se oferece para providenciar qualquer assistência que você precise para executar um
T.7.2
Colaboração pedido
T.7.3 Se oferece para mostrar como realizar uma tarefa que precisa que seja realizada
T.7.4 Oferece recursos que você precisaria para realizar uma tarefa para ele
Diz que você é a pessoa mais qualificada para realizar uma tarefa que precisa que
T.8.1
seja realizada
Elogia sua técnica ou seu conhecimento, quando pede para que faça algo que ele
T.8.2 Agraciação
precisa
T.8.3 Diz que você tem o conhecimento ou técnica necessária para realizar o pedido dele
T.8.4 Elogia o seu desempenho ou sucessos ao pedir que execute uma tarefa para ele
Te consulta para saber suas idéias sobre uma atividade ou mudança que precisa que
T.9.1
você o apóie ou implemente
Te encoraja a expressar qualquer preocupação que possa ter sobre uma atividade ou
T.9.2
mudança proposta que precise que você apóie ou implemente
Consulta
Te convida a sugerir maneiras para melhorar um plano ou proposta preliminar que
T.9.3
precisa que você suporte ou implemente
Te pede sugestões que poderiam o ajudar a atingir um objetivo ou resolver um
T.9.4
problema
T.10.1 Apela para amizade quando pede para fazer alguma coisa para ele
T.10.2 Diz que precisa de um favor antes de dizer o que é
Apelos Pessoais
T.10.3 Pede ajuda como favor pessoal
T.10.4 Pede como amigo para fazer um favor para ele
T.11.1 Menciona nomes de outras pessoas que apóiam a proposta quando pede se apoio
Pede a alguém que você respeita para ajudar a influenciá-lo a executar um pedido ou
T.11.2
apoiar uma proposta
Coalizão Faz com que outros expliquem para você o motivo pelo qual apóiam a atividade ou
T.11.3
mudança proposta, a qual precisa que você apóie ou ajude implementar
Convida alguém como apoio para quando encontrar com você fazer um pedido ou
T.11.4
proposta
113
Estilos de
Item Comportamentos Questões
Liderança
LT.1.1 Instiga orgulho para que as pessoas se associem a ele
LT.1.2 Vai além do interesse pessoal para o bem do grupo
Atributos Idealizados
LT.1.3 Age de forma a construir o respeito das pessoas
LT.1.4 Transmite poder e confiança
LT.2.1 Fala a respeito dos seus mais importantes valores e crenças
LT.2.2 Comportamentos Especifica a importância de ter um forte senso de propósito
LT.2.3 Idealizados Considera a moral e as consequências éticas das decisões
LT.2.4 Enfatiza a importância de ter um senso coletivo e de missão
LT.3.1 Fala de forma otimista sobre o futuro
LT.3.2 Fala de forma entusiasmada do que precisa ser realizado
Liderança Inspiração de Motivação
LT.3.3 Articula uma visão do futuro convincente
Transformacional
LT.3.4 Expressa confiança de que as metas serão alcançadas
LT.4.1 Reexamina suposições críticas de forma verificar se elas são apropriadas
LT.4.2 Procura diferentes perspectivas para resolver problemas
Estimulação Intelectual
LT.4.3 Procura ajuda em outras pessoas para olhar os problemas de ângulos diferentes
LT.4.4 Sugere novas maneiras de olhar como completar tarefas
LT.5.1 Investe tempo ensinando e treinando
LT.5.2 Trata as pessoas como individuos e não somente como membros do grupo
Consideração individual Considera cada pessoa individualmente como tendo differentes necessidades,
LT.5.3
habilidades e aspirações
LT.5.4 Ajuda as pessoas a desenvolverem seus potenciais
LS.1.1 Fornece assistência em troca dos esforços das pessoas
LS.1.2 Discute em termos específicos sobre quem são os responsáveis para atingir as metas
Recompensa contigente
Deixa claro o que cada um pode esperar quando as metas de performance são
LS.1.3
Liderança alcançadas
LS.1.4 Transacional Expressa satisfação quando outros atingem as expectativas
LS.2.1 Foca atenção em irregularidades, erros, exceções e desvios de padrões
LS.2.2 Gerenciamento por Concentra toda atenção tratando de erros, reclamações e faltas
LS.2.3 exceção: Ativa Mantém controle de todos os erros
LS.2.4 Foca atenção em direção aos erros para encontrar padrões
LL.1.1 Não interfere ate que os problemas se tornem sérios
LL.1.2 Espera as coisas irem mal antes de tomar ação
Gerenciamento por
LL.1.3 É adepto da expressão: "Se ainda não quebrou não conserte"
exceção: Passiva
LL.1.4 Liderança Laissez- Demonstra que os problemas devem se tornar cronicos antes que se tome uma ação
Faire
LL.2.1 Evita se envolver quando importantes decisões são tomadas
LL.2.2 Esta ausente quando é necessário
Laissez-Faire
LL.2.3 Evita tomar decisões
LL.2.4 Demora a responder questões urgentes
LR.1.1 Consegue fazer com que as pessoas façam mais do que elas esperam fazer
LR.1.2 Esforço extra Intensifica o desejo das pessoas pelo sucesso
LR.1.3 Aumenta a boa vontade das pessoas para trabalhar mais duro
LR.2.1 É eficiente em promover encontros de pessoas relativos as necessidades de trabalho
Liderança
LR.2.2 Resultados Eficiência É eficiente em apresentar as pessoas a autoridades superiores
LR.2.3 É eficiente em atender requisitos da organização
LR.2.4 Lidera um grupo que é eficiente
LR.3.1 Satisfação com a Usa métodos de liderança que agradam
LR.3.2 liderança Trabalha com as pessoas de forma compensadora