Geo Moz Pre-Cambrico
Geo Moz Pre-Cambrico
Geo Moz Pre-Cambrico
Chande Amisse
Mamodo Nazir
Pré-câmbrico em Moçambique
na cadeira de geologia
de Moçambique
Universidade Pedagógica
Nampula
2019
1
Benedito Abacar Amade
Chande Amisse
Mamodo Nazir
Geologia de Moçambique
Pré-câmbrico em Moçambique
Universidade Pedagógica
Nampula
2019
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INDÍCE
1. Introdução.................................................................................................................................1
Pré-câmbrico em Moçambique........................................................................................................2
1.1.2 Terreno do Gondwana sul - cratão do Kalahari e Cinturões dobrados de idade proterozóica
.......................................................................................................................................................10
O GrupoMacossa.........................................................................................................................12
O GrupoChimoio.........................................................................................................................13
2. Pré-câmbrico superior................................................................................................................14
Conclusão...................................................................................................................................16
Bibliográfia....................................................................................................................................17
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1. Introdução
Objectivo geral
Objectivos específicos
Metodologia
salientar que ainda foram usados artigos tirados da internet, das ideias
bibliografia do trabalho.
Pré-câmbrico em Moçambique
Em Moçambique as rochas pré-câmbricas dividem-se em duas partes:
- Localiza-se no sistema de Manica e tem uma idade de 200 milhões de anos e é constituída pelas
formações de Macequece, Mbeza e Vengo. O Sistema Manica prolonga-se para o interior do
Zimbabwe onde forma o cinturão de ouro de Muntara e Mudzi.
fonte:
AFONSO, R. S. (1976).
2
por sedimentos indeformados e rochas extrusivas associadas, de idades neo-proterozóica,
carbónica tardia a jurássica inicial e cretácico quaternária (GTK Consortium, 2006a).
Estes terrenos são designados provisoriamente por Terreno do Gondwana Este, Terreno
doGondwana Oeste e Terreno do Gondwana Sul (GTK Consortium, 2006a; Fig. .1).
fonte:AFONSO,R.S. (1984)
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Na sua parte meridional, o Cráton é composto por um terreno granito-greenstone clássico. Os
supracrustais do cinturão de rochas verdes Mutare-Manica são atribuídos ao Grupo Manica, que
tem sido subdividida (da base ao topo) em Formações Macequece e Vengo*. Rochas do cinturão
greenstone Cronley-Munhinga são atribuídas ao Grupo Munhinga, que supostamente
corresponde ao Grupo Manica..
1.1.1 Complexo Mudzi (A3Mq)
As rochas do Complexo Mudzi estão expostas ao longo da margem norte do Cráton Zimbabwe e
se extendem ininterruptamente a Moçambique na região de Cuchamano (SDS 1631/1632),
povoado de Mudze Chizimwe (SDS 1633, Fig. 1.1., perfil)e mais ao sul (SDS 1732/1733,
1832/1833).
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Fig. 1.1.Profile across the Zimbabwe craton margin,
Zircões zonados constituem uma subsérie mais antiga com a idade magmática de
2713±22 Ma.
Estes zircões sofreram um evento metamórfico a ~2.54 Ga, indicado pela neoblastese e
sobre crescimentos metamórficos do zircão. Isto pode representar a fase de
retrabalhamento e rehidratação sob condições de fácies anfibolito para rochas
equivalentes em Zimbabwe, (Barton et al.1991e Vinyu et al. 2001).
Uma sobre-impressão metamórfica Pan-Africana a 520±16 Ma. As datações de zircões
por U-Pb convencional de gnaisses similares, forneceram resultados comparativos.
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estreitas com direcção norte, formados por quartzitos Gairezi em estruturas sinclinais (SDS
1832/1833 e 1932/1933). A parte oeste do domínio, próxima à fronteira com Zimbabwe, é
caracterizada por uma topografia de montanhas mais elevadas. Os granitóides Neoarcaicos no
Complexo Mavonde são caracterizados, em termos gerais, por composições graníticas a
tonalíticas (e.g. gneisse TTG). Variedades aplíticas e migmatíticas estão presentes em certos
locais. Gneisses máficos e metagabro são tipos de rochas subordinados. Os granitóides
apresentam geralmente cor cinza e possuem granulação bastante fina a média, sendo
variavelmente foliadas e gradando localmente a rochas porfiríticas. Sendo suavemente foliadas
nas suas porções ocidentais, o Complexo Mavonde assume progressivamente uma foliação e
mergulho mais acentuados a leste, possuindo uma direcção N-S, manifestando o cisalhamento
dúctil do Pan-Africano Tardio. Para leste, porém, pode se observar a manifestação da
deformação progressiva, causada pelo cisalhamento dúctil Pan-Africano.
Os granitóides do Complexo Mavonde são peraluminosos ou metaluminosos e sãoclassificados
no campo dos granitos, tendo uma menor proporção de composiçõesgranodioríticas, tonalíticas
ou quartzo-monzodioríticas. A geocronologia do zircão desta rocha forneceu um grande leque de
idades entre < 2.65Ga e ~2.5 Ga.
fon
te:aula da uem
6
A DIFERENÇA ENTRE MAVONDE E MUDZI.
Complexo de Mavonde Complexo de Mudzi
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Diferentemente do Cinturão de Rochas Verdes Mutare-Manica, aestreita sequência Cronley-
Munhinga está somente desenvolvido de modo incompleto,compreendendo apenas
metavulcânicas máficas e ultramáficas, os seus derivadosmetasomáticos e quartzito. Em
Moçambique, somente (1) Rocha Metavulcânica Ultramáficae Talco-Clorita Xisto (A3MHuv),
(2) Quartzito (A3MHqz) e (3) Rocha Ferrífera Bandada(A3MHfe) são expostas no Cinturão de
Rochas Verdes Cronley-Munhinga.
fonte:AFO
NSO, R. S. (1984).
1.1.6 Grupo Manica (A3M)
O Segmento Mutare do Cinturão de Rochas Verdes de Manica é umsinclinório mergulhante a
leste, composto por uma sequência basal Vulcano-sedimentar e umasuperior, dominada por
sedimentos, ambas atribuídas ao Grupo Manica. A litoestratigrafiabasal de rochas verdes não é
bem estabelecida. Seguindo Hunting (1984), a sequência basal derochas verdes, dominada por
vulcânicas no Segmento Mutare do cinturão de rochas verdes deManica, é referida como a
Formação Macequece*. As supracrustais inconformavelmentesobrejacentes, dominadas por
sedimentares, são atribuídas à Formação Vengo*.
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fonte: AFONSO, R. S. (1984).
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(9) Formação Ferrífera Bandada (A3MMbaf),
1.1.6.2 A Formação Vengo* (A3MV) pode ser correlacionada com os sedimentos Shamvaian
doArcaico Superior em Zimbabwe, repousando inconformavelmente ou com contactostectónicos
sobre rochas verdes metavulcânicas, contendo material clástico grosseiro derivadode terrenos
granito-greenstone. As rochas da Formação Vengo* têm três áreas maiores deocorrência, sendo
as mais extensas a faixa sinforme com a largura de 1-1.5 km e com adirecção E-W, começando a
partir da Serra Vengo e seguindo em direcção a leste por ~15 km.Esta unidade é a continuação
da Série Mbeza de Zimbabwe (Wilson 1979).As litologias maiores compreendem
conglomerados basais, grafita-filitos e sericitaxistoscom finas intercalações de quartzitos com
mármore cinza, rocha ferrífera bandada equartzito lítico ferruginoso. As seguintes unidades
mapeáveis foram identificadas(grosseiramente da base ao topo):
(1) Conglomerado Vulcânico (A3MVo),
(2) ConglomeradoPolimítico (A3MVclo),
(3) Quartzito (A3MVqz),
(4) Metagrauvaca (A3MVgy),
(5) Filito eGrafita-Xisto (A3MVps),
(6) Rocha Ferrífera Bandada (A3MVfe),
(7) Metachert (A3MVch),
(8) Mármore (A3MVma),
(9) Quartzo-Sericita Xisto (A3MVqs),
(10) Meta-Arcóseo eQuartzito Arcóseo (A3MVar) e
(11) Mica-Xisto (A3MVmc).
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foi acrecionada nas margens oriental e sul do Cratão do Kalahari durante a amalgamação
colisional da Antárcticae a formação do Super continente Rodinia, A posterior fragmentação do
Rodinia (~1000 – 850 M.a.), dispersão e reagrupamentode fragmentos, originaram a
amalgamação dos Terrenos do Gondwana Este, Oeste e Sul. A deformação pan-africanaao longo
da margem do Cratão do Kalahari é manifestada pelo desenvolvimento deuma zona de
cisalhamento orientada N-S e por uma segunda fase de migmatização eretrogradação. Estas
rochas proterozóicas podem ser divididas em três categorias, nomeadamente:
(1)Sedimentos autóctones ou in situe vulcanitos do Grupo mesoproterozóico de Umkondo;
(2)Metassedimentos para-autóctones do Grupo de Gairezi* (engloba as anteriores Formações
deGairezi e de Fronteira);
(3) Metassedimentos alóctones do Complexo mesoproterozóico doBáruè.
A maior parte dos cinturões proterozóicos dobrados situados ao longo da margem oriental do
Cratão do Zimbabwe, desde o Rio Zambeze até ao Rio Búzi, são atribuídos aoComplexo do
Báruè. Este é formado por unidades tectónicas que constituem massas alóctones, as quais foram
dobradas e carreadas sobre a margem do Cratão do Zimbabwe. Embora a idade e a origem do
Complexo do Báruè sejam duvidosas, o mesmo sofreu idênticos tipos de metamorfismo e
deformação do Grupo de Gairezi. As litologias típicasdo Complexo do Báruè compreendem
gnaisses quartzo-granatíferos, feldspáticos e micáceos,bem como migmatitos, com intercalações
menores de quartzitos, mármores e, localmente,rochas máficas. Os protófitos sedimentares destas
litologias correspondem maisprovavelmente a sequências monótonas de turbiditos num ambiente
de margem passiva.Baseada numa subdivisão modificada do Complexo do Báruè.
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1.1.8 Grupo Umkondo (P2U)-O Grupo Umkondo forma uma sequência Proterozóica
demetasedimentos e metalavas basálticas a andesíticassub-horizontais de baixo-grau,
querepousam inconformavelmente sobre litologias Arcaicas da Faixa Limpopo oriental e
CrátonZimbabwe (SDS 1932/1933, 2032/2033).Duas novas unidades litoestratigraficas foram
definidas pelo Consórcio GTK,compreendendo derrames basálticos subaéreos.
Formação Espungabera* (P2UEv) (topo)e metassedimentos bem preservados da Formação
Dacata* (P2UD) (basal). A últimaFormação* é subdividida em cinco membros (da base para o
topo): O Membro QuartzíticoInferior (P2UDlq), Membro Grafita-Xisto (P2UDsc), Membro
Chert (P2UDch), MembroSiltito (P2UDs) e Membro Quartzito Superior (P2UDqz).
ComplexoBarué
Pinna et al. (1987) distinguiram várias unidades litoestratigráficas no Complexo Barué, que não
podem ser identificados como entidades separadas nas imagens de satélite e mapas geofísicos.
Como consequência, estas subunidades não foram mantidas. O Complexo Barué, redefinido e
reduzido, tem sido subdividido em Grupos Macossa e Chimoio.Apesar de ambas unidades
possuírem similaridades litológicas e estruturas, o Grupo Macossamostra uma predominância
mais clara de rochas de derivação supracrustal. As litologias do Complexo Barué desenvolvem
tipicamente uma paisagem ondulada, fracamente dissecada, com Inselbergs formados por rochas
intrusivas.
fonte:AFONSO,R. S.(1984).
O GrupoMacossa
Compreende as seguintes unidades mapeáveis:Gneisse Leucocrático, Gneisse Quartzo-
Feldspático, Meta-arcósio, Quartzito Feldspático, Granada-Silimanita Gneisse, Mica Gneisse e
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Metagrauvaca , Mármore e Gneisse Calco-Silicatado .
O GrupoChimoio
É composto por Metasedimento Siliciclástico , Gneisse Monte Chissui, Biotita Gneisse Félsico e
Metagranito , Paragneisse Migmatítico ,Metagranito a Granada e Paragneisse, Hornblenda
Gneisse e Amfibolito e Mica Xisto e Mica Gneisse, Corpos variavelmente deformados de rochas
plutônicas félsicas e máficas, incluindo uma variedade de ortogneisses de afinidade granítica e
tonalítica, meta-diorito, meta-gabro e hornblendito, intrudiram os metasedimentos do Complexo
Báruè. O metagranito intrusivo nos metasedimentos siliciclásticos forneceu a idade magmática
SHRIMP de 1119±21 Ma. Zircões herdados desta amostra tem idades de ~1.83 Ga, 2.03 Ga e
2.50 Ga.Ortogneisses granodioríticos, emplaçados nos paragneisses do Grupo Chimoio, definem
a idade magmática SHRIMP de 1079±7 Ma.
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Rochas Supracrustais sôco cristalino do Terreno do Gondwana Oeste compreende rochas ígneas
e rochas supracrustais metamorfizadas. As últimas incluem:
Grupo de Chidzolomondo,
Supergrupo de Zâmbuè,
Supergrupo do Fíngoè,
Grupo de Mualádzi,
fonte:AFONSO, R. S. (1984).
2. Pré-câmbrico superior
Opré-câmbrico, na região de norte de Moçambique, é caracterizado por rochas de médio e alto
grau e constitui a extremidade sul do cinturão de Moçambique, definido por Holmes(1951). O
cinturão de Moçambique é parte de um cinturão orogénico maior(orogeno leste africano) que
ocorre aolongo da costa leste da africa, estendendo-se de norte de Moçambique ao sudão e
Etiópia. Holmesdefiniu como cinturão de Moçambique a extremidade sul do orogeno leste
africano, com base nas descontinuidades estruturais entre o Cráton da Tanzânia e sua região
vizinha oriental datou a orogenia de Moçambique em cerca de 1300 Ma. Mais tarde verificou
que este cinturão foi fortemente afectado também pelo episódio termo tectónico Pan-africano
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(aprx 500Ma), modelos recentes sugerem que o cinturão de Moçambique formou-se durante a
colisão neo-proterozoico entre os assim chamados Gondwana de oeste e de leste, seguida do
fechamento de o oceano de Moçambique(jamal,2005). No nordeste de Moçambique, o cinturão
tornou-se subdividido com o posterior reconhecimento dos cinturões de Lúrio e de namama.
Imagens recentes revelam também o prolongamento de cinturão ubendiano através do lago
Niassa, ocupando áreas centrais do norte de Moçambique, bem como a presença de zonas de
cisalhamento NE-SW no nordeste de Moçambique (jamal, 2005) na região nordeste do país,
jamaletal.( 1999) estabeleceram a presença de idades no intervalo entre 1000 1100 Ma em rochas
granitóides no cinturão de Lúrio de idade similar (aprox 1110Ma) foi registrada em gnaisses
granitóides no noroeste do pais , ao longo da estrada Manica –Chimoio (Kroner e Cordani,
2003). Ainda na região noroeste (províncias de tete e manica), kroner e cordani(2003) indicaram
apresença de idades próximas de 1000Ma, refecias a colocação de gnaisses graníticos e
charnoquitos.Colectivamente o embasamento pré-cambriana compreende gnaisses de alto grau,
granulitos e migmatitos e granitóides, bem como paragnaisses.Idades precisas determinadas por
jamal (2005) pelo método U-Pb em cristais de zircão, demostraram que as rochas do
embasamento meso-a- neo-proterozoico do cinturão de Moçambique, na região norte de
Moçambique, foram extensivamente retrabalhados entre 650 e 520 Ma. No sector ocidental,
ocorrem incorformavelmente sobre o embasamento de alto grau.Estes metassedimentos são
correlacionados com sequências katanguianas do arco Lufiliano e são marcados por um
tectonismo Pan-Africano posterior.
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Conclusão
Conclui-se , depois de uma leitura minuciosa de alguns manuais, da interação da maior
criatividade dos elementos do gropo,chegou-se a um ponto sobre o tema que fomos dado (pré-
câmbrico em mocambique),que em Moçambique asrochas pré-câmbricas dividem-se em duas
partes: Pré-câmbrico inferior ou arcaico- Localiza-se no sistema de Manica e tem uma idade de
200 milhões de anos e é constituída pelas formações de Macequece, Mbeza e Vengo.
Pré-câmbrico superior – conhecida por cinturão de Moçambique (Mozambique Belt). São rochas
que datam 500 milhões de anos e divide-se em 3 províncias geológicas: província de
Moçambique, província de Niassa e província de Médio-Zambeze. E que também a geologia de
Moçambique é caracterizada pela ocorrência de um soco cristalino com idade arcaica-câmbrica e
por rochas com idade fanerozóica que Do ponto de vista geodinâmico, o soco cristalino de
Moçambique é composto por três terrenos diferentes, que colidiram e se juntaram durante o
Ciclo Orogénico Pan-Africano e estes terrenos são designados provisoriamente por Terreno do
Gondwana Este, Terreno do Gondwana Oeste e Terreno do Gondwana Sul.
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Bibliográfia
AFONSO, R. S. (1974). Geologia da região de Tacuane-Derre. Rel. final, Maputo.
Afonso, R. S. (1975). Contribuição para o conhecimento da geologia da área de Tambara-Doa
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AFONSO, R. S. (1976). A Geologia de Moçambique. Notícia Explicativa da Carta Geológica de
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AFONSO, R. S. (1978). A geologia de Moçambique Noticia explicativa de Carta geológica de
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M. J. Lemos de Sousa. Comun. Serv. Geol. Portugal, t. 70, fasc. 2, pp. 205-214, Lisboa,
Portugal.
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