Resumo Psicodiagnóstico Cap 9 - 5 Semestre

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Resumo psicodiagnóstico capítulo 9: entrevista motivacional

Entrevista motivacional → objetivo → mudanças do comportamento (transtornos


alimentares, tabagismo, abuso de álcool e drogas, jogo patológico e outros
comportamentos compulsivos) → trabalha a resolução da ambivalência → “Por
que mudar?”, “Para que mudar?”, “O que irá acontecer?” Essas situações de
prós e contras mostram o conflito motivacional e, aí, está instalada a
ambivalência.

Motivação é um estado de prontidão ou disposição para a mudança, que pode


variar de tempos em tempos ou de uma situação para a outra. É um estado
interno que pode ser influenciado positiva ou negativamente por fatores externos
(pessoas ou circunstâncias)

Entrevista Motivacional é uma técnica específica para ajudar as pessoas a


reconhecer e fazer algo a respeito de seus problemas. Ela atua na motivação do
indivíduo e tem como instrumento a utilização de um modelo de mudança
dinâmico - mecanismo da porta giratória. (Prochaska e DiClemente/1986). Esse
esquema é importante para situar a fase em que se encontra o indivíduo, pois a
estratégia de abordagem será diferenciada para cada uma delas.

Primeiro princípio norteador do processo de mudança é ambivalência. Trabalhar


ambivalência nos comportamentos aditivos é trabalhar a essência do problema. Se os
PROS superarem os é mais provável que o indivíduo tome a decisão de mudança.
*A motivação é de responsabilidade do cliente juntamente com o entrevistador, pois
este auxilia a mover-se em direção a reconhecimento e ação de uma efetiva mudança.
*para não causar resistência o entrevistador deve utilizar técnicas para estimular a
mudança em seu cliente como:
-articular suas razões para mudar
-técnicas de aconselhamento
-análise de custo-benefício

-balança decisional ( prós e contras)


Segundo princípio norteador é o Modelo Transicional baseado nas fases:
1. Pré-contemplação: o paciente não tem consciência de seus problemas, apenas
amigos e familiares observam o problema, nessa fase quando os com
tratamento é por causa da pressão dos outros. Exemplo de fala: “eu preciso
fazer tratamento porque minha esposa ameaçou me deixar e levar nossa filha
com ela”
A marca dessa fase é a resistência em reconhecer e modificar o problema
2. Contemplação: nessa fase ele está consciente que existe um problema, mas
ainda não iniciou a ação e está mais aberto intervenções educacionais. Nessa
fase que surge a balança decisional e a ambivalência.
A marca dessa fase pode ser observada pela expressão “eu sei onde eu quero ir
mas ainda não estou pronto”.
3. Determinação : é um ponto transicional entre contemplação e ação existe a
intenção da mudança. Ex: “alguma coisa precisa mudar eu não posso continuar
dessa maneira. O que posso fazer?
4. Ação: nesse estágio é que o cliente faz alguma coisa ou seja inicia a mudança e
escolhe a estratégia. As pessoas começam a ver e reconhecer a mudança. Ele
deve saber que tem autonomia para mudar seu modo de viver.
Envolve compromisso tempo e energia.
5. Manutenção: trabalha sim a prevenção a recaída e pode durar por toda a vida,
pois o real desafio é manter a mudança deste comportamento.
A marca é a estabilização do comportamento.
*5 Princípios gerais da entrevista motivacional
I. Expressar empatia: é a habilidade de ouvir reflexivamente, usando para
clarificar as ambivalências sem causar resistência. Aceitar o paciente como ele
é para que ele fique livre para mudar.
II. Desenvolver discrepância: ajudar o cliente a ver e sentir como seu
comportamento ameaça metas pessoais, mostrando a distância de onde ele
está até onde ele gostaria de estar, tendo consciência das consequências do
seu comportamento.
III. Evitar argumentação: as discussões geram resistência e são
contraproducentes.
IV. Fluir com a resistência: vou ver se através da resistência, reconhecendo o
momento do cliente auxiliando na resolução da dor valência e o envolvendo na
resolução do problema.
V. Estimular auto-eficácia: o paciente precisa acreditar na possibilidade da
mudança. Autoeficácia é perceber sua capacidade de enfrentar e lidar com uma
situação específica. Não é ter habilidade e sim percebê-la ter certeza que tem
capacidade de exercer essa habilidade.

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