Peellings Faciais 03 PDF
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CURSO DE
PEELINGS FACIAIS
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
PEELINGS FACIAIS
MÓDULO III
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MÓDULO III
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Para iniciar nosso estudo sobre os peelings químicos precisamos
compreender o que são os ácidos utilizados neste procedimento.
Envelhecimento cutâneo;
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Discromias (efélides, lentigos, melasmas epidérmicos e dérmicos,
pigmentação pós-inflamatória);
Sequelas de acne;
Cicatrizes inestéticas;
Gravidez;
Câncer de pele;
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16 CLASSIFICAÇÃO E NÍVEIS DE PEELINGS QUÍMICOS
Tretinoína.
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No peeling superficial ocorre a descamação superficial das camadas da
epiderme. Esse processo ativa um mecanismo biológico que estimula a renovação e
o crescimento celular, dando à pele uma aparência mais saudável e viçosa.
Dependendo da concentração e do tempo que o produto permanece na pele
ocorrem alterações profundas na estrutura celular com aumento da espessura da
epiderme e aumento na produção de fibras colágenas.
Normalmente esse tipo de peeling é seriado, ou seja, é repetido em
intervalos cursos (seis aplicações uma vez por semana ou quinzenalmente). A
descamação posterior ao peeling superficial é discreta e não atrapalha as atividades
de vida diária e profissional do paciente. Normalmente causam discreta ardência e
vermelhidão da pele que dura de dois a cinco dias.
Os peelings superficiais melhoram a textura da pele, clareiam manchas e
atenuam rugas finas, estimulando a renovação do colágeno. A seguir, alguns
exemplos de compostos utilizados para realizar o peeling químico superficial:
ATA 10 a 30%.
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ATA 35 a 50%;
Ácido pirúvico;
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Existem outros fatores que também podem interferir na profundidade dos
peelings químicos:
Tipo de solução;
Frequência de aplicação;
b) Espessura da pele:
c) Integridade da epiderme
Desengorduração prévia;
Preparo prévio.
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d) Modo de oclusão dos agentes:
Forma de oclusão;
Tempo de oclusão.
Existem vários tipos de ativos que podem ser usados para realizar os
peelings químicos. Dentre eles, vamos estudar os mais utilizados: alfa-hidroxi-
ácidos, ácido mandélico, ácido hialurônico, ácido salicílico, ácido azeláico, ácido
retinoico, ácido trocloroacético (TCA), solução de Jessner e fenol.
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Os AHAS se diferenciam dos demais ácidos por possuírem moléculas de
menor tamanho e conseguirem maior poder de penetração na pele. Quando são
aplicados topicamente, produzem efeitos específicos sobre o estrato córneo, a
epiderme, a papila dérmica e sobre os folículos pilossebáceos.
São eficientes no tratamento de rugas, desidratação da pele, espessamento
e pigmentação irregular da pele. Com seu uso, a pele torna-se mais flexível e menos
vulnerável a rachaduras superficiais. Também suavizam cicatrizes de acne,
diminuindo sua profundidade, oleosidade, comedões e cistos.
Apesar de serem muito conhecidos e utilizados, os mecanismos exatos da
ação dos hidroxiácidos continuam desconhecidos e são controversos.
Compostos contendo AHAS em geral são bem tolerados, porém logo
quando aplicados em peles sensíveis, podem provocar sensação de formigamento,
ardência, e até mesmo irritação. Essas reações ocorrem devido ao baixo valor de pH
das formulações. Muitos produtos com AHAS, apesar de terem o pH ajustado entre
3,0 e 5,0 para serem compatíveis com o pH da pele (4,2 a 5,6), são irritantes à pele.
As reações adversas causadas pelos AHAS incluem eritema severo, inchaço
(especialmente na região dos olhos), queimação, formação de bolhas, sangramento,
erupções, coceira e descoloração da pele.
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17.1.1.1 Indicações e contraindicações
17.1.1.2 Concentrações
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lenta e a sua ação é gradual. O intervalo ideal entre as aplicações é de 07 a 15 dias.
São recomendadas no mínimo quatro aplicações.
Possui dupla ação: além de exercer a função de um AHA, também age como
antibiótico. Ajuda a combater os agentes inflamatórios e infecciosos responsáveis
pela instalação do processo acneico na pele.
Promove a diminuição da coesão entre os queratinócitos, descamação da
camada córnea e estimulação da produção de células novas em maior ou menor
grau, dependendo de suas estruturas, além da melhora na qualidade e quantidade
do colágeno da derme reticular (QUADRO 10).
Quando comparado ao peeling químico com ácido glicólico pode-se
perceber que produz menos eritemas ou outros efeitos adversos na epiderme. O
peeling deve ser feito deixando o ácido na pele por cinco minutos e depois se lava
com água.
Diferente dos demais AAHS, o ácido mandélico, consegue equilibrar o
processo de renovação epitelial por dois mecanismos:
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17.2.1 Indicações e contraindicações
17.2.2 Concentrações
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Creme 4%: hidratante, esfoliante suave.
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17.3.2 Concentrações
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Não deve ser utilizado em peles extremamente sensíveis, machucadas ou
em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico. Seu uso é restrito em pacientes
gestantes ou em fase de amamentação e em peles com infecção ativa como herpes,
por exemplo.
17.4.2 Concentrações
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17.5.1 Indicações e contraindicações
17.5.2 Concentrações
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O ácido retinoico é aplicado em forma de máscara, que depois de alguns
minutos torna-se seca e deve ser removida da pele após seis a oito horas. Em cerca
de três dias após a remoção da máscara de ácido retinoico, a pele começa a
descamar levemente.
É um peeling rápido que não exige internação ou repouso e pode ser
aplicadas em qualquer área do corpo, como face, colo, mãos, dorso, braços, costas
e em estrias. O procedimento é realizado em consultório sem necessidade de
sedação ou anestesia. O peeling de ácido retinoico não forma crostas, apenas
esfolia e descama a pele.
O ácido retinoico pode ser aplicado tanto em peles claras como escuras e
deve ser feito de forma seriada, ou seja, em várias sessões para que haja
considerável mudança na pele. Por ser superficial, não é necessário o afastamento
de atividades após o peeling de ácido retinoico.
Os primeiros resultados aparecem após a quarta sessão, que devem ser de
seis a dez, feitas quinzenalmente. As reações ocasionais são bolhas, crosta,
queimadura ou rubor, edema; escurecimento, ou clareamento da pele; sensação de
calor ou urticante, descamação da pele pode ocorrer depois de poucos dias de
tratamento. O paciente pode continuar o uso do produto de forma domiciliar.
Fotoenvelhecimento cutâneo;
Queratose folicular;
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Estrias: atenua as estrias, não as removendo por completo, porém,
promovendo um melhor aspecto no local onde se encontram;
Hipersensibilidade ao produto;
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17.6.2 Concentrações
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FIGURA 49 – FROST PÓS PEELING TCA
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FIGURA 50 – PÓS-APLICAÇÃO DE PEELING DE TCA
04 dias 10 dias
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17.7.1 Indicações e contraindicações
Amenização de olheiras;
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17.7.2 Concentrações
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A solução de Jessner não deve ser aplicada diretamente sobre o tecido
lesionado, devendo o atendimento ser iniciado após algumas sessões de limpezas
de pele prévias. Sua aplicação deve obedecer a um protocolo cauteloso, realizado
em pequenas regiões e neutralizado antes de ser aplicado em outra região. A
neutralização é realizada por meio de uma substância alcalina (bicarbonato de cálcio
ou sódio e hidróxido de magnésio). O momento certo de neutralizar é determinado
pela observação de reações como hiperemia local e frost.
A solução de Jessner e o neutralizante deverão ser aplicados com pincéis do
tipo leque, iniciando pela testa, seguindo para queixo, lateral direita ou esquerda e
por último nariz, sendo cada região neutralizada antes da próxima aplicação. O
tratamento será realizado por meio de aplicações quinzenais e poderá ser
interrompido caso seja necessário proceder à limpeza de pele, retornando após dez
ou quinze dias.
17.8.2 Concentrações
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17.9 PEELING DE FENOL
O fenol é uma substância líquida e oleosa derivada do carvão mineral que foi
desenvolvida inicialmente para assepsia de ferimentos. Com o tempo, observou-se
que a ferida tratada com fenol tinha sua aparência rejuvenescida além de ter a
infecção amenizada. A partir daí passou-se a usar o fenol para a realização de
peelings químicos. O primeiro trabalho com o peeling de fenol data de 1903, quando
o dermatologista americano George Mackee utilizou-se da substância para tratar
cicatrizes de acne (Zamarian, 2011).
No início da década de 60, Thomas Baker propôs uma metodologia para o
uso do peeling de fenol de forma sistemática e segura. Desde então médicos e
estudiosos do mundo inteiro, que se interessaram pelo procedimento, tentam
aperfeiçoar a técnica do peeling de fenol de Baker (Zamarian, 2011).
Por ser uma substância ácida, o fenol penetra e corrói a pele, até atingir a
camada basal da epiderme, destruindo-a parcialmente. Em seguida, o peeling de
fenol atinge a derme papilar e agride a irrigação local. Neste ponto em que o peeling
de fenol para de agir, pois os vasos agredidos liberam substâncias que neutralizam
sua ação. É por isso que o peeling de fenol é considerado um peeling autolimitante e
de uso seguro (Zamarian, 2011).
O peeling de fenol alcança resultados muito satisfatórios sendo capaz de
remoçar uma face em até 20 anos sem cirurgia, removendo manchas resistentes e
rugas profundas. A aplicação se dá em centro cirúrgico, tendo seu tempo de duração
aproximado em uma hora, por exigir mais cuidados. É indolor, devido à sedação
hospitalar. Logo após o procedimento a pele permanece um pouco vermelha e
inchada. Cristas se formam e caem em até sete dias (FIGURAS 51 e 52) (Zamarian,
2011).
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FIGURA 51 – FACE APÓS SETE DIAS DE APLICAÇÃO DE PEELING DE FENOL
FONTE: VELASCO, MVR et al. Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling
de fenol. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962004000100011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 dez. 2011.
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17.9.2 Indicações e contraindicações
Clareamento da pele;
Rugas profundas;
Sardas;
Melasmas;
Sequelas de acne;
Cicatrizes;
Peles negras;
Peles bronzeadas;
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Peles com tendência a queloide;
Gestantes;
17.9.3 Concentrações
FONTE: VELASCO, MVR et al . Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling
de fenol. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962004000100011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 dez. 2011.
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QUADRO 13 – RESUMO: ATIVOS PARA PEELING QUÍMICOS E SUAS AÇÕES
TIPO DE ÁCIDO AÇÃO
Glicólico Despigmentante, hidratante e queratolítico
Mandélico Renovador celular e clareador
Hialurônico Hidratante, regenerador e restaurador dos tecidos
Salicílico Queratolítico e antifúngico
Azeláico Antiacneico e despigmentante
Retinoico Queratolítico e esfoliante
Tricloroacético Cáustico e vesicante
Solução de Jessner Queratolíco, bactericida e fungicida
Fenol Cauterizante
18 PROCEDIMENTOS PRÉ-PEELING
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AHAs (mesmos efeitos do ácido retinoico);
Precauções:
Observar o lacrimejamento;
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Todos os pacientes submetidos a qualquer tipo de peeling devem
mudar sua filosofia em relação à exposição solar.
19.1 Materiais
Solução neutralizante
Luvas de procedimento
Gase e algodão
Desengordurante
Ventilador ou abanador
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19.2 PROTOCOLO DE APLICAÇÃO
Desengordurar
Álcool a 70% e acetona a 3%
Licor de Hoffman com álcool a 70% e éter a 30%
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Atentar para a formação de Frosting e seu nível:
Nível II: aspecto branco uniforme, mas que permite ver a área tratada;
Nível III: aspecto branco compacto que não permite ver o fundo tratado.
O ambiente deve ser bem iluminado e com luz fria para evitar sombras na
pele dificultando a visualização das reações da pele.
O ácido pode ser aplicado com pincel em forma de leque, gase ou cotonete.
O tempo de permanência na pele e o modo de remoção do ácido variam para
cada tipo de produto.
Orientações gerais:
Pessoas que usam óculos, devem ter muito cuidado para não causar
ferida pela esfoliação que a haste pode causar;
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Não ficar em contato com fogo no primeiro dia do peeling;
Aplicação de filtro solar com FPS alto no mínimo duas vezes ao dia;
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21 PRECAUÇÕES E COMPLICAÇÕES DOS PEELINGS QUÍMICOS
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22 RESULTADOS DE PEELINGS QUÍMICOS
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FIGURA 56 – PEELING DE ÁCIDO SALICILICO
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FIGURA 57 – PEELING DE ÁCIDO RETINOICO
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Aqui concluímos o terceiro módulo do nosso curso de peelings faciais. Neste
módulo abordamos os peelings químicos, seus principais conceitos, indicações,
contraindicações, protocolos de aplicação e conhecemos os principais ativos
utilizados neste tipo de tratamento.
No próximo módulo iremos abordar os peelings físicos: dermoabrasão,
microdermoabrasão, peeling ultrassônico e peeling a laser.
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