A História Do Vidro

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I.

INTRODUCAŌ

Desde os tempos das cavernas até as moradias actuais, a função da arquitectura sempre
foi abrigar o homem das adversidades do tempo e proporcionar protecção, conforto e
deixar a luz entrar para a escuridão dos espaços. Diferentes técnicas foram utilizadas ao
longo da história da arquitectura para poder executar estas funções e proporcionar estes
efeitos, desde pequenas aberturas com a protecção de janelas feitas em madeira ou papel
oleado, o homem visou técnicas para que seu abrigo não se tornasse enclausurado. Com
o passar dos anos, o vidro, material que antes apenas criavam-se adornos, tornou-se
indispensável para exercer as funções arquitectónicas.

Desta forma, neste trabalho vai se falar deste material “o vidro” sua historia,
composição, tipos, aplicações, vantagens, desvantagens e importância.

II. OBJECTIVOS

Geral:

 Apresentar dados sobre o surgimento do vidro e sua evolução tecnológica até


os dias actuais;

Específicos:

 Descrever a composição do vidro ;


 Citar os principais tipos e beneficiamento do vidro para o Homem em
diferentes áreas.

1. A História do Vidro

Segundo a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro -


Abividro, não se sabe ao certo o período e o povo que descobriu o vidro. Sabe-se, no
entanto, que egípcios, sírios, fenícios, assírios, babilônios, gregos e romanos, já
realizavam trabalhos com o vidro. Devido a isto não é possível atribuir a descoberta do
vidro a um único povo e a uma única época. No entanto, o historiador romano Pliny
atribui aos fenícios a descoberta acidental do vidro. A origem teria sido casual: ao
preparar uma fogueira numa praia nas costas da Síria para aquecer suas refeições,
improvisaram fogões usando blocos de salitre e soda. Passado algum tempo, notaram
que do fogo escorria uma substância brilhante que se solidificava imediatamente.
Estaria então descoberto o vidro.

Os povos da Mesopotânia e os egípcios já conheciam as técnicas rudimentares de sua


fabricação, em 2700 a.C., pois em escavações arqueológicas nas proximidades de Bagdá
fora encontrado um cilindro de vidro azul, datado daquele período. No Egito, o mais
remoto exemplo de vidro é um fragmento também azul escuro, uma espécie de amuleto,
onde está escrito o nome de Antef II, faraó da 11ª Dinastia (2133 - 1991 a.C.). A
Abividro afirma que a arte do vidro floresceu no Egito no século 1500 a.C. Os artistas a
serviço dos faraós da 18ª Dinastia conheciam a fórmula de uma pasta de vidro maleável,
com a qual faziam contas de vidro e adornos pessoais

2. Definição

O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através do


resfriamento de uma massa em fusão. Suas principais qualidades são a transparência e a
dureza. O vidro distingue-se de outros materiais por várias características: não é poroso
nem absorvente e é ótimo isolador (dielétrico). Possui baixo índice de dilatação e
condutividade térmica, suporta pressões de 5.800 a 10.800 kg/cm2.

2.1 Componentes químicos do vidro

Alumina (Al2O3) Aumenta a resistência mecânica.

Magnésio (MgO) Garante resistência ao vidro para suportar mudanças bruscas de


temperatura e aumenta a resistência mecânica.

Cálcio (CaO) Proporciona estabilidade ao vidro contra ataques de agentes atmosféricos.

Sódio (Na2SO4)
Sílica (SiO2) Matéria-prima básica, presente na areia, com funçãovidrificante.

Potássio (K2O)

FIGURA 1 – Componentes Químicos do Vidro

FONTE: Fábio Carlos Pinheiro /UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO/ EVOLUÇÃO DO USO DO VIDRO COMO
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

Os vidros coloridos são produzidos acrescentando-se à composição corantes como o


Selênio (Se), Óxido de Ferro (Fe2O3) e Cobalto (Co3O4) para atingir as diferentes
cores.

3. Tipos de vidros utilizados na construção civil

Actualmente são utilizados basicamente dois tipos de vidros na construção civil, o vidro
float e o vidro estirado.

3.1 Fabricação de Vidros Float

Nas construções atuais, o vidro passou a ser amplamente utilizado e suas aplicações
requerem características ópticas, planimétricas e de resistência com alto desempenho e
qualidade, que somente pode ser alcançado através do processo de fabricação float.

3.1.1 Divisões de vidro float:

 Incolor : Também conhecido como “Cristal Incolor”, consiste na produção do


vidro float sem corantes, buscando maior transparência.
 Colorido: Consiste na adição de corantes à massa do vidro para obtenção de
cores como cinza, bronze, verde e azul.
 Reflectivo “on line” : Também conhecido como "Vidro Pirolítico", consiste na
deposição de óxidos metálicos a massa do vidro antes do completo resfriamento.
 Reflectivo “off line”: Consiste na deposição de óxidos metálicos na chapa de
vidro float através de um processo a vácuo.
 Espelhos: Consiste na deposição sucessiva de prata e aplicação de camadas de
tinta protectora em vidro float, visando obter um índice de reflexão luminosa de
aproximadamente 85%.
FIGURA 2 – Produção de vidros float

FONTE: Fábio Carlos Pinheiro /UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO/ EVOLUÇÃO DO USO DO VIDRO COMO
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

3.2 Fabricação de Vidros Estirados


O vidro estirado mais utilizado na construção civil é o vidro impresso. Uma das
principais características do vidro impresso são os desenhos dispostos de forma
uniforme que tem a propriedade de difundir a luz e os raios solares, mantendo a
privacidade dos ambientes sem perder luminosidade.

3.2.1 Divisões do vidros estirados


 Comum: Trata-se da fabricação do vidro incolor ou colorido pelo
processo de estiramento, porém apresenta qualidades ópticas e de
planicidade inferiores ao do vidro float.
 Impresso: Consiste na produção do vidro estirado em vários desenhos e
relevos, de acordo com o formato dos rolos no processo de fabricação.
 Aramado: Consiste na adição de uma malha de aço inoxidável de 1/2"
de trama ao vidro estirado, é considerado um vidro de segurança, pois ao
quebrar os fragmentos ficam presos à malha de aço.

3.3 Outros tipos de vidro ( BERGAMO, Ana Paula Rodrigues Horita1


MOTTER, Camila Belim2)

•Vidro duplo ou insulado: formado por duas ou mais chapas de vidro,


selada em sua periferia, formando vazios entre as chapas paralelas. Entre
os dois vidros, há uma camada interna de ar ou de gás desidratado –
dupla selagem.
•Vidro térmico absorvente: vidro com capacidade de absorver pelo
menos 20% dos raios infravermelhos, reduzindo o calor que entra na
edificação.
•Vidro laminado: também avaliado como vidro de segurança, é
manufacturado com duas ou mais chapas de vidro firmemente unidas e
alternadas com uma ou mais películas de material aderente
. •Vidro temperado: considerado vidro de segurança, é submetido a
tratamento o qual introduz tensões adequadas que se, fraturado em
qualquer ponto, desintegra-se em pequenos pedaços menos cortantes que
em vidros recozidos.

Dependendo do tipo do vidro, ele pode ser produzido em forma plana,


curva perfilada ou ondulada; transparente, translúcido ou opaco;
superfície lisa, polida, impressa, fosca, espelhada, gravada, esmaltada ou
termo-reflectida; colorido ou incolor. Neufert (2011) afirma que para um
equilíbrio das superfícies envidraçadas de um edifício, recomenda-se a
utilização de apenas um tipo de vidro.

4. Propriedades Físicas

• Transmissão de luz/radiação, reflexão, absorção;


• Índice de Refracção;
• Propriedades Térmicas;
• Resistência;
• Dureza e Resistência à abrasão;
• Durabilidade Química;
• Durabilidade às Intempéries;
• Densidade;
• Resistência ao Fogo;
• Isolamento Acústico;

5. Aplicações do vidro
5.1 Na construção civil
Actualmente o vidro é amplamente utilizado na construção civil e em
diversas actividades do homem, em diferentes ambientes de trabalho, por se
tratar de um material de alta tecnologia, multifuncional e estético, este è um
material que não requer acabamento e a manutenção necessária consiste
apenas na limpeza periódica.
O vidro pode ser aplicado em: fachadas, coberturas, guarda-corpos, pisos,
vitrines, divisórias, blindagens, visores de piscinas, boxe para banheiro,
revestimento de paredes, produção de lentes, produção de utensílios de
cozinha e è usado em hospitais.

5.2 Especificações para o uso na construção civil


Ao especificar o vidro para determinada obra deve-se levar em consideração
o uso ao qual se destina, identificando quais as necessidades e os atributos
necessários para o conforto dos usuários, levando em consideração os
seguintes aspectos: transmissão luminosa, radiação solar, controle térmico,
controle acústico, estética/decoração e segurança. Deve-se calcular a
espessura adequada para que o vidro a ser utilizado resista aos esforços
solicitantes.

6. Vantagens do vidro
 Economiza energia artificial e aumenta a energia natural;
 Traz mais equilíbrio ao projecto como um todo;
 Elemento extremamente versátil e impermeável;
 Resistente a impactos e ou calor escolhidos adequadamente;
 Material sustentável, pratico, seguro e elegante.

7. Desvantagens do vidro
 Falta de privacidade quando o uso do vidro transparente è excessivo;
 Limpeza frequente;
 Se utilizado em excesso na fachada, pode ocorrer um aquecimento
não desejado no ambiente;
 Maior dificuldade de manipulação do elemento;
 Peso relativamente alto;
8. Importância do vidro
O seu uso é indispensável e não carece ser evitado, mas há a necessidade de
compreender onde é melhor sua utilização: conforto, estética, no fabrico de
instrumentos técnico-científicos como (óculos, microscópico, barómetro,
termómetro).

III. CONCLUSAŌ

Foi intenção desse trabalho mostrar que o vidro è um material que transita com grande
sucesso nas mais diferentes e complexas manifestações na actividade humana, acredita-
se que hoje seria impossível viver sem o concurso desse incrível material que o homem
produziu. O vidro tem sido, durante séculos o que o torna, com suas múltiplas
aplicações, uma incontestável marca do tempo e da civilização.

IV. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Fábio Carlos Pinheiro /UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO/ EVOLUÇÃO DO USO


DO VIDRO COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL.
ALUNA ELIANA Giacomini, Orientador Prof. Vasco Peixoto de Freitas.

Begamo, Ana Paula Rodrigues, at al, A ORIGEM DO VIDRO E SEU USO NA


ARQUITETUR, 12ª encontro cientifico cultural interinstitucional, 14.15.16 out 2014.

NEUFERT, Ernest. A arte de projetar em arquictetura. 17a ed. Barcelona: Editorial


Gustavo Gili, 2011.

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