Cap5 Modelo 3

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Instituto Tecnológico de Aeronáutica

Departamento de Física – FIS 45


São José dos Campos, 17 de setembro de 2002

Grupo: Eduardo Magalhães Samuel


Humberto Saraiva Nazareno dos Anjos
Juliano Fumio Yamakawa
Ricardo de Souza Ramos da Silva
Rafael dos Santos Silva
Turma: 4
Prof.: Petraconi

Exercícios de Física (Ondas)


Capt. 5 - Moysés

1) Uma corda uniforme, de 20 m de comprimento e massa de 2 kg, está esticada sob


uma temsão de 10 N. Faz-se oscilar transversalmente uma extremidade da corda, com
amplitude de 3 cm e freqüência de 5 oscilações por segundo. O deslocamento inicial da
extremidade é de 1,5 cm para cima. (a) Ache a velocidade de propagação v e o
comprimento de onda  da onda progressiva gerada na corda. (b) Escreva, como
função do tempo, o deslocamento transversal y de um ponto da corda situado à
distância x da extremidade que se faz oscilar, após ser atingido pela onda e antes que
ela chegue à outra extremidade. (c) Calcule a intensidade I da onda progressiva
gerada.

Solução:
m = 2 kg T = 10 N y0 = 0.015 m
L = 20 m A = 0.03 m f = 5 Hz

(a)
m
Definindo a densidade linear da corda como   , temos  = 0.1 kg/m. Como a
L
velocidade de uma onda em uma corda é dada por
T
v ,

temos v = 10 m/s. Sabendo que   v f , chegamos ao comprimento de onda  = 2 m.
(b)
O deslocamento transversal de uma onda é dado pela equação
y ( x, t )  A cos( kx  t   ) ,
2 f
com k  =  rad/s, A = 0.03 m e   2 f = 10 rad/s, nos restando determinar .
v
Sabendo que y (0, 0)  y0 = 0.015 m,

y (0, 0)  0.03cos   0.015  cos   0.5    rad.
3
Então y é dado pela equação
y ( x, t )  0.03cos( x  10 t   ) .
3

(c)
1
A intensidade de uma onda é dada pela equação I   v 2 A2 . Substituindo os valores,
2
chegamos a I = 0.0452 W.

Respostas:
(a)  = 2 m.
(b) y ( x, t )  0.03cos( x  10 t   3 ) m.
(c) I = 0.0452 W.

2)A mesma corda descrita no problema 1 está com uma extremidade amarrada num
poste. A outra inicialmente em repouso na posição de equilíbrio, é deslocada de 10 cm
para cima, com velocidade uniforme, entre t = 0 e t = 0,5s. A seguir, é deslocada para
baixo, com a magnitude da velocidade reduzida à metade da anterior, entre t = 0,5s e t
= 1,5s, quando retoma à posição de equilíbrio. (a) Desenhe a forma da corda no
instante t = 1,7s. (b) Desenhe a forma da corda no instante t = 2,6s.

SOLUÇÃO

- sabendo que:
0,1
v1   0, 2 m/s y( x, t )  f ( x  10t )
0,5

(a)
t = 1,7s

(b)
t = 2,6s
3) Mede-se a velocidade v de propagação de ondas transversais num fio com uma
extremidade presa a uma parede, que é mantido esticado pelo peso de um bloco
suspenso da outra extremidade através de uma polia. Depois (fig.), mergulha-se o
bloco na água até os 2 3 da altura e verifica-se que a velocidade de propagação passa
para 95,5% da anterior. Qual é a densidade do bloco em relação à água?

Resolução:

Caso inicial

v T

Do equilíbrio, vem:

T  P  mc a
T  P  c Shg

Portanto,

c Shg Shg
v  c
 
Caso final

T  ( P  E )  mc a
2
T  P  E  ( c   ) Shg
3

mas…

v '  0,955v

Logo,

2 Shg Shg
c    0,955 c
3  
2
c    0,990025 c
3
c
 7,58

4)

(a) Mostre, diferenciando a expressão para a velocidade da propagação de ondas


numa corda, que a variação percentual de velocidade v v produzida por uma
variação percentual T T da tensão na corda é dada por v v = 1 2 T T . (b) Um
afinador de pianos faz soar a nota lá de um diapasão, de freqüência V = 440 Hz, para
compará-la com a nota lá da escala média do piano. Com ambas soando
simultaneamente, ele ouve batimentos cuja intensidade máxima se repete a intervalos
de 0,5s. Que ajuste percentual ele deve fazer na tensão da corda do piano para afiná-
la?

SOLUÇÂO

(a)
T
- sabendo que v  , temos:

v dv
 (efetuando a derivação)
T dT
dv 1 1 1 T v
  
dT  2 T 2T  2T

v dv
- sendo  concluímos que:
T dT
dv v v v 1 T
   
dT T 2T v 2 T

(b)
1
- sabendo que TB  s, temos:
2
1
TB   f B  2 Hz
2
f B | f La  f d | f

- portanto, pelo item (a), podemos concluir:

v 1 T f 1 T
  
v 2 T f La 2 T

2 1 T T 4
    0,91%
440 2 T T 440

5) Desprezando efeitos de tensão superficial, pode-se mostrar que ondas na superfície


da água, com comprimento de onda  muito menor que a profundidade da água,
propagam-se com velocidade de fase v  g  2 , onde g é a aceleração da
1
gravidade. Mostre que a velocidade de grupo correspondente é vg  v .
2

Solução:
Sabemos que a velocidade de grupo vg nas condições acima pode ser definida como
 d 
vg   .
k dk

Sabemos também que a velocidade de fase v é dada por v  . Como neste caso
k
v  g  2 , com   2 k , temos
g
v 
.
k
Desta forma temos   gk . Assim, podemos calcular a velocidade de grupo:
d d
vg  
dk dk
 
gk  vg  g
1
2 k
 vg 
1 g
2 k
1
 vg  v
2
C.Q.D.

6) Duas ondas transversais de mesma freqüência f=100HZ são produzidas num fio de
aço de 1mm de diâmetro e densidade 8g/cm3, submetido a uma tensão T=500N. As
ondas são ondas dadas por

 
y1  A cos  kx  t   ; y2  2 Asen  kx  t 
 6

Onde A=2mm.
(a)Escreva a expressão da onda harmônica progressiva resultante da superposição
dessas duas ondas.
(b)Calcule a intensidade da resultante.
(c)Se fizermos variar a diferença de fase entre as duas ondas, qual é a razão entre os
valores máximo e mínimo possíveis da intensidade resultante?

Resolução:

(a)
temos :
 
y1  A cos  kx  t  
 6
 
y2  2 A cos  kx  t  
 2
vemos entao que sao duas ondas qeu se propagam em mesmo sentido.
a resultante sera:
yR  y1  y2  A cos  kx  t   
onde :
A 2R =A 2  4A 2  2 A.2 A.cos 12 ; 12   2  1
Sabendo que A=2mm e aplicando a formula temos:

A R  5,3.103 m; 12 
3
pelos dados do ex podemos calcular os demais dados:
T 500
v=   281, 7 m / s
 6, 28.103
  2 f  2 100 Hz  628,32rad / s
k  w / v  628,32 / 281, 7  2, 23
Calculando vetorialmente achamos o valor de  :
2
 
5
Finalmente :
 2 
yR  y1  y2  A cos  2, 23 x  628,32t   
 5 

1
(b) I  vw2 A2 temos entao: I  9,84 w
2

(c)
Fazendo um paralelo entre essas duas formulas
1
I   vw2 A2 e I R =I1  I 2  2 I1.I 2 .cos 12
2
podemos concluir
2
2
I max Amax  2.103  4.103 
 2   9
I min Amin  2.103  4.103 
7) A corda mi do violino tem uma densidade linear de 0,5 g/m e está sujeita a uma
tensão de 80 N, afinada para a frequência v = 660 Hz. (a) Qual é o comprimento da
corda? (b) Para tocar a nota lá da escala seguinte, de frequência 880 Hz, prende-se a
corda com um dedo, de forma a utilizar apenas uma fração f do seu comprimento.
Qual o valor de f ?

Resolução:

(a)
v T

w
k  3,3
v
n
k  n  1, L  0,303m
L
L  0,3m

(b)
w'
k'  4, 4
v
n
k'  n  1, L '  0, 227 m
L'
L'
f   0, 749  74,9%
L
L' 3
f  75%  f  
L 4

8) Uma corda de comprimento l está distendida, com uma extremidade presa a um


suporte e a outra extremidade livre. A velocidade de ondas na corda é v.
(a) Ache as freqüências fn dos modos normais de vibração da corda.
(b) Desenhe a forma da corda associada aos três modos de vibração mais
baixos (em ordem de freqüência crescente).

Resolução

Nos modos normais de vibração n*, temos:


wn 2π
fn*  ; assumindo wn  kvn  vn , vem:
2π λ

kvn 2π vn vn 2l
fn*    fn*  ; mas λn 
2π 2π λn λn n
nv
 fn* 
2l
Mas como n=(2n*+1)/2, temos:

( 2n * 1) v
fn*  , n  0,1,2,...
4l

Desenhando os 3 primeiros modos normais de vibração, com freqüência crescente, temos:

n=0

n=1

n=2

9) Considere novamente a corda do problema 8, com um extremo fixo e outro livre e


de comprimento l. no instante t=0, um pequeno pulso de forma triangular está se
propagando para a direita na corda. Depois de quanto tempo a corda voltará à
configuração inicial?

Resolução

O tempo para o pulso ir de um lado ao outro da corda é dado por:


s l
t'  
v v
Analisemos a situação da corda nos diferentes tempos através da figura abaixo:

0<t<t’
t’<t<2t’
2t’<t<3t’
3t’<t<4t’
4t’<t<5t’
Assim temos que o tempo total para que a figura volte à situação inicial é t=4t’

Ou seja,
4l
t 
v

10) Uma corda vibrante de comprimento L presa em ambas extremidades está


vibrando em seu n-ésimo modo normal. Calcule a energia total de oscilação da corda.
Sugestão: considere um instante em que a corda esteja em forma puramente cinética.
Calcule a densidade linear de energia cinética e integre sobre toda a corda.

Resolução:
A equacao do n-esimo modo de vibracao e dada por:
n n
y ( x, t )  bn sen( x) cos( vt   n )
l l
e tendo:
2
dEc 1 2 1  y 
 v    
dx 2 2  t 
no instante de energia cinetica pura
n
y ( x, t )  0; o que implica em cos( vt   n ) pois devemos ter a equacao com nula
l
para todo x dado.
assim :
2
dEc 1  y  y 1
 
2
      bn sen(n x ) sen(n vt  n ). n v (*)
dx 2  t  t 2 l l l
Porem no instante dado
n n
cos( vt   n )  0  sen( vt   n )  1
l l
1
 
2
(*)  dEc   bn n v sen 2 (n x ) dx
2

2 l l
integrando teremos:
1
 
2
Ec   bn n v
2
l
4 l
nv
e fazendo a substituiçao: f n 
2l
1 2
temos : Ec  f n bn  2l
4

11)Duas cordas muito longas, bem esticadas, de densidades lineares diferentes 1 e


2 , estão ligadas uma à outra. Toma-se a posição de equilíbrio como eixo dos x e a
origem O no ponto de junção, sendo y o deslocamento transversal da corda. Uma
onda harmônica progressiva, yi  A1 cos(k1 x  t ), viajando na corda 1(x<0), incide
sobre o ponto, de junção, fazendo-o oscilar com freqüência angular w. Isto produz na
corda 2 (x>0) uma onda progressiva de mesma freqüência , yt  A2 cos(k2 x  t ) (onda
transmitida), é da origem na corda 1, a uma onda que viaja em sentido oposto,
yr  B1 cos(k1 x  t ) (onda refletida). Dada a onda incidente yi , de amplitude A1 ,
desejam-se obter a amplitude de reflexão   B1 / A1 e a amplitude de transmissão
  A2 / A1 .
(a)Dada a tensão T da corda, calcule as velocidades de propagação v1 e v2 nas
cordas 1 e 2, bem como os respectivos números de onda K1 e K2.

O deslocamento total na corda 1 é yi  yr , e na corda 2 é yt .


(b)mostre que, no ponto de junção x=0, deve-se ter yi  yr  yt .

(c)Aplicando a 3ª lei de Newton, ao ponto de junção x=0, mostre que , nesse ponto,
deve-se ter também ( / x)( yi  yr )  ( / x)( yt ) .

(d)A partir de (b) e (c), calcule as amplitudes de reflexão e transmissão  e  em


função das velocidades v1 e v2 . Discuta o sinal de  .

Resolução:

(a)
T
temos : v=

assim aplicando a formula as cordas 1 e 2 :
T T
v1 = e v2 =
1 2
Pra calcular k utilisamos a formula:
k= 2 f / v
aplicando em 1 e 2:
T  
k1 = 2 /  2 1 ; k 2= 2 2
1 T T

(b)
Aplicaremos o limite de x tendendo a 0 em ambos os lados da corda
neste caso temos:
lim- A1 cos(k1 x  t )  B1 cos( k1 x  t )  A1 cos( t )  B1 cos(t )
x 0

lim A2 cos( k2 x  t )  A2 cos(t )


x 0+

como a funcao e continua para todo x entao temos yi  yr  yt

(c)
utilizando a terceira lei de Newton temos que a força em ambos os lados da corda tem que ser identico:
( / x)( y1 )  ( / x)( y2 )  aplicando o item b temos : ( / x)( yi  yr )  ( / x)( yt )
(d)
aplicando os itens anteriores achamos as relaçoes:
A1 cos(t )  B1 cos(t )  A2 cos(t )
A1k1  B1k1  A2 k2
Sabendo que:
  B1 / A1 2v2 v v
resolvendo o sistema temos que:   ;  2 1
  A2 / A1 v1  v2 v1  v2
o sinal de ρ sera negativo para v2  v1

12)No problema 11, a refletividade r da junção é definida como a razão da intensidade


da onda refletida para a intensidade da onda incidente, e a transmissividade t como a
razão da intensidade transmitida para a incidente. (a) Calcule r e t. (b) Mostre que r +
t = 1, e interprete esse resultado.

SOLUÇÃO

(a)

- temos que:
1 1 1
I i  1v1 2 A12 I r  1v1 2 B12 I t  2 v2 2 A22
2 2 2

- para r, temos:
2
I B2  v  v 
r  r  12   2 1 
I i A1  v2  v1 

- para t, temos:
2 2
 v  A  v  2v2  4v1v2
t 2 2 2  1  
 2 v1  A1  v2  v1  v2   v1  v2  2

(b)

- a energia deve se conservar, portanto:

antes  onda (i)  Ii


depois  ondas (r),(t)  I=I r  I t
I I
 Ii  I r  I t  r  t  1  r  t  1
Ii Ii

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