Trabalho LEED

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FÁBIO MAGANHA R.A 1818, JHONATAN R.

A 1482

TRABALHO ARQUITETURA SUSTENTAVEL


Certificação de Sustentabilidade LEED

MARINGA PR
2019
FÁBIO MAGANHA, JHONATAN

LEED
Certificação de Sustentabilidade

Artigo apresentado como requisito parcial


para obtenção de nota na matéria de
Arquitetura Sustentável em 2019, pelo
Curso de Arquitetura e Urbanismo da
FEITEP – Faculdade de Engenharias e
Arquitetura.

Prof.(o). André

MARINGA PR
2019
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LEED, Certificação de Sustentável

Fábio Maganha, Jhonatan


Prof.(o) André

Resumo

Atualmente estamos testemunhando uma tendência de construção civil que está


virando uma necessidade, pois reduz drasticamente o acúmulo de resíduos e evita o
desperdício de recursos. As edificações sustentáveis são aquelas que além de
reutilizar a água da chuva e reduzirem o uso de plásticos, também englobam ações
de acessibilidade, aumento da qualidade de vida dos usuários, redução dos custos
operacionais entre outros.

Palavras-chave: Sustentabilidade, certificação, selo.

1 INTRODUÇÃO

Edifício verde”, “Green Building” e “construção sustentável” são termos que a


gente tem ouvido muito nos últimos anos. Uma das certificações que classifica uma
edificação como “sustentável” é o LEED. Existem instituições que visam
conscientizar empresas e profissionais ligados ao segmento de construção civil
sobre formas sustentáveis de planejar, construir e operar as edificações.
Atualmente, a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é
a principal plataforma utilizada para edifícios verdes (Green Building), e certifica
mais de 170 mil m² diariamente em todo o mundo. 
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2 CONCEITO DE SUSTENTABILIDAE (LEED)

Em 1987, a World Commission on Environment and Development, também


conhecida como Comissão Brundtland, divulgou um relatório com o título “Nosso
Futuro Comum” propondo a mais difundida definição para desenvolvimento:

“Desenvolvimento econômico e social que atenda às necessidades da


geração atual sem comprometer a habilidade das gerações futuras atenderem
às suas próprias necessidades”

Desde então o termo se popularizou e a consciência em relação ao meio


ambiente também. No entanto, como efeito colateral, estamos sujeitos a vários
exageros. Você provavelmente já viu alguém usar o termo sem mesmo ter base
científica para comprovar a eficiência do que propõe a médio e longo prazo. Tudo
parece se resumir em utilizar tons de verde e terra, plantar um jardim e chamar o
lugar de “sustentável”. Para aumentar a credibilidade de produtos que utilizam
práticas sustentáveis levando em consideração processos que promovem
desenvolvimento econômico e social dessa geração e sem comprometer as futuras
gerações, muitos institutos independentes foram criados para avaliar empresas,
produtos e serviços. No setor de construção civil, uma dessas instituições é o U.S.
Green Building Council  que tem foco em sustentabilidade de edificações e
empreendimentos imobiliários. O USGBC tem um selo de certificação para projetos
que atendam uma série de requisitos sustentáveis, e é este o selo chamado
de LEED – Leadership in Energy and Environmental Design.
Figura 1 – Símbolo LEED

Fonte: goiás cooperativos (2015)


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3. PRA QUE SERVE?

Um empreendimento certificado com LEED é garantia de um projeto de alta


performance, sustentável e com reconhecimento internacional. Na questão comercial
há ganhos de competitividade, mais evidentes para edifícios comerciais,
porque afasta o risco de obsolescência em comparação com empreendimento não
certificados. Há maior velocidade de ocupação, menores custos operacionais. Isso
se traduz em valorização da propriedade acima do valor médio de mercado. Do
ponto de vista social, o selo LEED representa mais conscientização, segurança e
saúde dos trabalhadores e ocupantes. Há um aumento do senso de comunidade
que se transforma em satisfação e bem-estar dos usuários. Todos esses pontos
precisam ser avaliados na concepção do projeto para confirmar a
viabilidade financeira e operacional. A adoção do LEED é custosa, há diversas
alterações de projetos quando comparados com uma construção convencional e
pode atrasar a obra por conta do desconhecimento das práticas pelos profissionais
envolvidos na implantação. Sendo direto e sem idealismo, o aproveitamento das
vantagens dependem da localização do projeto, perfil dos ocupantes, capacitação da
mão de obra e técnicos envolvidos.

4. TIPOS DE SELO

Existem 8 tipologias de certificação LEED que variam em função do tipo de


projeto e uso final da construção, são elas:

LEED NC – Novas construções e grandes Projetos de Renovação


LEED ND – Desenvolvimento Urbano de bairro e loteamentos
LEED CS – Projetos da parte central do edifício (Core) e envoltória (Shell)
LEED Retail NC e CI – Lojas de Varejo
LEED Healthcare – Unidades de saúde
LEED EB-OM – Operação de manutenção de edifícios existentes
LEED Schools – Escolas e edifícios educacionais
LEED CI – Projetos de interiores ou edifícios comerciais

A classe de certificação para cada tipo de projeto é dada pela pontuação


obtida em checklists disponibilizados pela GBC. Os checklists para a categoria de
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Projeto e Construção de Edifícios são divididos nos seguintes itens: Localização e


Transporte, Espaços Sustentáveis, Eficiência do uso da água, Energia e Atmosfera,
Materiais e Recursos, Qualidade do Ambiente Interno (QAI), Inovação e processos e
Prioridade Regional.

Figura 2: tabela de Checklist

Fonte: Mercato

Cada um dos itens do checklist possui uma pontuação máxima que pode ser
obtida pelo empreendimento através do cumprimento de créditos. Cada crédito
possui uma série de requisitos que devem ser atendidos pelo sistema para que os
pontos relativos a ele sejam registrados. A soma total dos pontos obtidos em todos
os itens do checklist define a classificação do empreendimento segundo os quatro
níveis do LEED: Certificado (40 a 49 pontos), Prata (50 a 59 pontos), Ouro (60 a 79
pontos) e Platina (80 a 110 pontos).

Figura 3 – Selos Certificação

Fonte – Disponível: (residuoall.com.br)


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5. CRITERIOS DE AVALIAÇAO

Para conquistar o LEED, um projeto precisa passar por um sistema de notas


em vários critérios para certificar a sustentabilidade e a redução do impacto
ambiental da construção comprovando que foram adotadas práticas que levaram o
meio ambiente em consideração. Esses critérios são divididos em 8 grupos que
reúnem diferentes pontos técnicos e sociais que devem ser levados em conta na
avaliação:
 MPR: Minimum Program Requirements: Este conjunto de critérios compõe
os requisitos mínimos para obter o selo de certificação. Eles estão
relacionados ao atendimento do projeto à legislação vigente que envolvam o
meio ambiente nas esferas municipal, estadual e federal, como Códigos de
Obras e Lei de Zoneamento.
 SS: Sustainable sites (Espaço Sustentável) – Este grupo defini pontos para
tanto para estratégias durante a implantação do empreendimento (obra)
quanto para problemáticas das grandes cidades, como mobilidade urbana e
das ilhas de calor, sempre visando o terreno e seu entorno.
 WE: Water efficiency – Valoriza iniciativas para o uso eficiente e racional da
água, com foco na redução do consumo de água potável.
 EA: Energy & atmosphere (Energia e Atmosfera) – Premia a eficiência
energética do projeto por meio de estratégias.
 MR: Materials & resources – Neste grupo, a utilização de materiais de baixo
impacto ambiental e redução da geração de resíduos são incentivados, como
a utilização somente de madeira certificada, Gestão de resíduos da
construção, Coleta seletiva de materiais recicláveis.
 EQ: Indoor environmental quality – É o grupo de critérios que prezam pela
a qualidade ambiental interna do ar, principalmente naqueles ambientes onde
as pessoas permanecem por longos períodos.
 IN: Innovation in design or innovation in operations – Novas iniciativas no
campo de desenvolvimento sustentável e green building podem receber
créditos por este critério, mesmo se não forem citadas pelos documentos do
LEED. Inovações no projeto, participação de profissional certificado pelo
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LEED, performance excepcional de sistemas pode garantir créditos extras


para melhorar a classificação obtida.
 Regional priority credits – Estes são pontos que variam de conforme a
região, pois levam em consideração diferenças ambientais, sociais e
econômicas de cada local.

Os benefícios de obter a certificação LEED são muitas, entre eles:

 Econômicos: diminuição dos custos operacionais, diminuição dos riscos


regulatórios, valorização do imóvel para revenda ou arrendamento.
 Sociais: melhora na segurança e priorização da saúde dos trabalhadores e
ocupantes, capacitação profissional, aumento da produtividade do
funcionário, incentivo a fornecedores com maiores responsabilidades
socioambientais, estímulo a políticas públicas de fomento a Construção
Sustentável.
 Ambientais: uso racional e redução da extração dos recursos naturais,
redução do consumo de água e energia, mitigação dos efeitos das mudanças
climáticas, uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental,
redução, tratamento e ressudo dos resíduos da construção e operação.

6. PROCESSOS DE CERTIFICAÇAO

O primeiro passo para iniciar o processo de certificação LEED do seu


empreendimento é submeter o projeto para registro no USGBC. Após o registro, a
etapa de análise se dará pela apresentação de 3 tipos de documentos:

 Declaração padronizada LEED assinada pelos projetistas ou responsáveis


técnicos;
 Plantas e memoriais descritivos de projetos e sistemas em inglês;
 Cálculos também na língua inglesa.

Todos são, então, enviados ao USGBC. Cada crédito e pré-requisito serão


analisados, com suas devidas documentações e registros comprobatórios.
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A certificação, última etapa tem prazo variável de acordo com a tipologia e tamanho
da obra e demora uma média de 40 dias.

7. CUSTO DA CERTIFICAÇAO

Podemos separar os custos em 3 grupos:


1.Custo da certificação pelo USGB: são taxas em US Dollars variando conforme o
tipo de certificação e tamanho da obra. Você pode conferir os valores atualizados
neste link: http://www.usgbc.org/cert-guide/fees#bdc
2.Custo de consultoria especializada: esse não é um item obrigatório, mas
altamente recomendado. Representa as despesas com o apoio técnico de
especialistas na obtenção do selo LEED, podendo custar de 0,5% a 1,0% do custo
da obra;
3.Acréscimo nos custos da obra: estes são provocados pelas alterações de
projeto devido a adoção de práticas sustentáveis para atender aos critérios desse
certificado de edifício verde. Os custos adicionais da obra também variam em função
da classificação almejada, estima-se em 1% para o selo “Certificated” e 10% para o
“Platinum”.

7. CONSTRUÇOES COM CERTIFICAÇAO LEED (BRASIL)

1. Edifico Jacarandá – SP

Figura 4 – Edifício jacarandá SP


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Fonte: disponível: (sustentarqui.com.br)

O Edifício Jacarandá, localizado na capital paulista, é um exemplo de


sustentabilidade sendo um verdadeiro prédio verde. O empreendimento é o primeiro
edifício comercial no Brasil a receber a certificação LEED Corel and Shell Platinum.
Projetado pelo arquiteto Carlos Bratke, o prédio  possui localização com fácil
acesso a vários tipos de transporte coletivo e em todo o empreendimento há o
incentivo ao uso de trens e ônibus, de modo a contribuir para a redução do número
de veículos nas ruas e consequentemente, a poluição de São Paulo. Há também o
incentivo à caminhada, já que serviços básicos como supermercados, farmácias e
padarias são encontrados próximos ao Edifício Jacarandá.

2. São Paulo Corporate Towers – SP

Figura 5 – São Paulo Corporate Towers - Sp


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Fonte: Disponível: (sustentarqui.com.br)


O projeto foi desenvolvido em parceria entre a Pelli Clarke Pelli Architects e
a aflalo/gasperini arquitetos, que foi responsável pelo estudo de viabilidade,
tropicalização e desenvolvimento técnico do projeto. Múltiplas estratégias foram
adotadas para obter a certificação LEED CS Platinum, concedida em 2017, incluindo
o desenvolvimento de fachadas de alto desempenho, sombreamento solar e
estratégias de iluminação natural, gerenciamento de água e a criação de ambientes
ao ar livre agradáveis.

3. Vista Guanabara – Rio de Janeiro – RJ

Figura 6 – Vista Guanabara RJ


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Fonte: disponível: (sustentarqui.com.br)

Com projeto desenvolvido pelo escritório de arquitetura norte-americano Kohn


Pedersen Fox (KPF),em parceria com o escritório nacional ARQ&URB Projetos, o
edifício recebeu em 2017 a certificação LEED CS Gold. Localizado no Porto
Maravilha, uma área em revitalização na cidade do Rio de janeiro, o prédio foi
concebido para oferecer a máxima eficiência energética, captação e aproveitamento
da água da chuva, gerenciamento de resíduos, melhora na qualidade do ar, controle
de erosão, uso de tintas com baixo índice de compostos orgânicos voláteis, além da
adaptação nos serviços de limpeza, dedetização e jardinagem.
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8. CONCLUSÃO
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9. REFERÊNCIAS

Tecnosil contribuições de sustentabilidade Disponível em:


<https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-a-certificacao-leed-e-como-conseguir-uma/>.
Acesso em : 10/11/2019

Residuoall Tratamento de resíduos Disponível em:


<https://residuoall.com.br/2017/09/27/certificacao-leed/> Acesso em : 10/11/2019.

Sustentaarqui site de arquitetura sustentavel Disponível em:


<https://sustentarqui.com.br/edificios-sustentaveis-no-brasil/> Acesso em:10/11/2019

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