Geografia Da Região Sudeste Do Brasil

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Geografia da Região Sudeste do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Geografia da Região Sudeste do Brasil é um domínio de


estudos e conhecimentos sobre as características geográficas do
território leste para o oeste No relevo da região Sudeste
destacam-se: o Planalto Atlântico; o Planalto Meridional; e a
Planície Costeira. A maior parte do relevo é formada por
planaltos. Entre os dois planaltos aparece uma região de terras
mais baixas, chamada depressão. O litoral da região Sudeste é
recortado de cabos, baías e ilhas. Aparecem também belas
praias.

Os rios da bacia do São Francisco e da bacia do Paraná banham


essa região. Existem outros rios importantes: Jequitinhonha, Imagem de satélite mostrando todo o
Doce, Paraíba do Sul e Ribeira do Iguape Eles deságuam no território paulista e fluminense e parte dos
oceano Atlântico. Os rios da região Sudeste são aproveitados estados de Minas Gerais, Espírito Santo,
paétrica de Três Marias, no rio São Francisco; e a Usina Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do
Hidrelétrica de Furnas, no rio Grande. Sul.

O clima predominante nessa região é o tropical de altitude. No


norte de Minas Gerais o clima é semi-árido. Notadamente, o norte mineiro é a região mais pobre do estado e
da região.

A vegetação da região Sudeste é variada. Atualmente essa vegetação já foi bastante destruída, restando
apenas alguns trechos da Mata Atlântica, que tem sido preservada. O cerrado, a caatinga, os campos e a
vegetação litorânea são encontrados nessa região.

Índice
Descrição geral
Relevos
Clima
Vegetação
Hidrografia
Ver também
Ligações externas

Descrição geral
A região Sudeste é caracterizada fisicamente pela existência de montanhas antigas e arredondadas pela
erosão, os chamados mares de morros, notados nos 4 estados. No pico destas montanhas, existem cortes
inclinados mais altos, que geram formações como a Serra da Mantiqueira, a Serra do Mar e a Serra do
Espinhaço. O Sudeste possui a maior média de altitude do Brasil, tendo como ponto mais alto o Pico da
Bandeira, 3° maior do Brasil com 2.892 metros, sendo localizado entre Minas Gerais e o Espírito Santo.

O clima dessa região é bastante diversificado no que diz respeito à temperatura, em função de três fatores
principais: a posição latitudinal, a topografia acidentada e a influência dos sistemas de circulação
perturbada. Corresponde a uma faixa de transição entre climas quentes das baixas latitudes e os climas
mesotérmicos das latitudes médias, mas suas características mais fortes são de clima tropical. O norte de
Minas Gerais possui clima semi-árido e faz parte do Polígono das Secas. Nas áreas mais elevadas do
planalto atlântico, ocorre o clima tropical de altitude, que tem temperaturas mais baixas que as demais áreas.

A vegetação predominante é a Mata Atlântica, mas novamente há exceções como a Mata de Araucária no
sul de São Paulo e nas regiões serranas, e a Caatinga no norte de Minas Gerais. O norte de Minas Gerais
possui características do Nordeste, fazendo parte da bacia do Rio São Francisco e era território do estado de
Pernambuco até o início do século XIX. O interior de São Paulo, notadamente a região entre os rios Tietê e
o Paranapanema (região de Bauru, Marília, Itapeva, Presidente Prudente) é região de transição entre o
Sudeste e o Sul, possuindo características destas duas regiões. Hoje em dia restam pequenos trechos da Mata
Atlântica porque a maioria da mata foi substituída por áreas urbanas, pastagens e plantações. No litoral, nas
partes mais alagadas encontramos os manguezais.

A região apresenta vários rios importantes, como o Rio Tietê, Rio Paraíba do Sul, Rio Paraná, Rio
Piracicaba, Rio Doce. A região também apresenta a nascente do rio São Francisco, na serra da Canastra em
Minas Gerais. Os rios da região são utilizados para navegação, mas principalmente para a produção de
energia elétrica através de usinas hidrelétricas. Nessa região está localizada Furnas.

Relevos
Podemos identificar quatro grandes divisões no relevo do Sudeste:

Planícies e terras baixas costeiras: Apresentam


larguras variáveis, ora aparecendo na forma de grandes
baixadas, ora estreitando-se e favorecendo a formação de
costas altas, onde a serra do Mar entra diretamente em
contato direto com o oceano Atlântico. São comuns, ao
longo da planície, muitas praias e algumas restingas, que
formam lagoas costeiras e grandes baías.
O Pico da Bandeira, localizado entre
os estados do Espírito Santo e de
Minas Gerais, o ponto mais elevado
do Sudeste.

Parte da Serra da Mantiqueira em


Passa-Quatro, Minas Gerais.
Serras e planaltos do Leste e do Sudeste: Conhecidas como planalto Atlântico ou planalto
Oriental, é a parte mais acidentada do planalto Brasileiro, caracterizando-se, na região
Sudeste, pelo grande número de "serras" (escarpas de planalto) cristalinas. Aparece como
verdadeira muralha constituída por rochas cristalinas muito antigas ou como um verdadeiro
"mar de morros" em áreas mais erodidas. A escarpa desse planalto voltada para o Atlântico
constitui a serra do Mar, que no sul recebe o nome de serra de Paranapiacaba. Logo adiante,
no oeste, encontramos o vale do rio Paraíba do Sul, que separa a serra do Mar da serra da
Mantiqueira. Mais para o norte, as elevações afastam-se do litoral, dando origem à serra do
Espinhaço.
Ao norte de São Paulo e a oeste de Minas Gerais, encontra-se a serra da Canastra.
A noroeste da região, atrás da serra do Espinhaço,
encontram-se as chapadas sedimentares, já na transição
para a região Centro-Oeste, destacando-se o Espigão
Mestre, vasta extensão aplainada constituída por rochas
antigas e intensamente trabalhadas pela erosão. Entre ele
e a serra do Espinhaço encontra-se a Depressão
Sanfranciscana, área de terras baixas cortada por um
grande rio, o São Francisco.
Planalto Meridional: De estrutura sedimentar, ocupa todo
o centro-oeste de São Paulo e o oeste de Minas Gerais. É
formado por dois blocos: o planalto Arenito-basáltico e a Serra dos Órgãos em Teresópolis,
Depressão Periférica. Rio de Janeiro.
Planalto Arenito-basáltico: Apresenta alternância de
rochas pouco resistentes, como o arenito (sedimentar), e outras muito duras, como o basalto
(vulcânica), o que favorece o aparecimento das chamadas cuestas, acidentes do relevo que
se mostram íngremes e abruptos em uma vertente e na direção oposta descem em suave
declive. Essas cuestas são conhecidas popularmente pelo nome de serras, como por
exemplo, a serra de Botucatu.
Depressão Periférica: Zona de contato baixa e plana, que se assemelha a uma canoa, entre
as serras e planaltos do Leste e Sudeste (de estrutura cristalina) e o planalto Arenito-basáltico
(de estrutura sedimentar).

Clima
A região Sudeste apresenta os climas tropical, tropical de altitude,
subtropical e litorâneo úmido.

O clima tropical predomina nas baixadas litorâneas de Espírito


Santo e Rio de Janeiro, norte de Minas Gerais e oeste paulista.
Apresenta temperaturas elevadas (média anual de 22°C) e duas
estações definidas: uma chuvosa, que corresponde ao verão, e outra
seca, que corresponde ao inverno. O clima tropical de altitude, que
Clima tropical na capital fluminense. ocorre nos trechos mais elevados do relevo, caracteriza-se por
temperaturas mais amenas (média anual de 18°C).

O clima subtropical, que aparece no sul do estado de São Paulo, é marcado por chuvas bem distribuídas
durante o ano (temperaturas médias anuais em torno de 16°C a 17°C) e por uma grande amplitude térmica.
Temos ainda, no norte de Minas Gerais, o clima semi-árido, mais quente e menos úmido, apresentando
estação seca anual de 5 meses ou até mais nos vales dos rios São Francisco e Jequitinhonha.

No Sudeste, como em qualquer região, as temperaturas sofrem a determinante influência da posição


geográfica, ou seja, da latitude, do relevo e da altitude e também da maritimidade. Desta forma, as regiões
do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Rio Doce ambas no norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo,
localizadas em áreas de baixas latitudes e altitudes modestas, têm
clima mais quente. Já a serra do Mar apresenta a maior umidade da
região, pois barra a passagem dos ventos vindos do Atlântico,
carregados de umidade, chovendo apenas nas vertentes orientais. A
costa também é naturalmente mais úmida, por influência da
maritimidade.

As menores temperaturas da região são registradas nos picos da serra


da Mantiqueira, localizados entre MG/SP, MG/RJ e MG/ES, que
Campos do Jordão, o município mais
tem altitudes próximas de 3000m e consequentemente estão sujeitos
alto do Brasil e, conseqüentemente,
a nevadas.Estão encontradas também o tropical semi-árido em um dos mais frios.
pequenas partes do norte de Minas Gerais e tropical semi-úmido no
norte de São Paulo, grande parte de Minas Gerais e uma pequena
parte do Espírito Santo.

Vegetação
A variedade de tipos de clima permite deduzir que primitivamente
existiu uma variedade de tipos de vegetação, hoje em grande parte
devastada, devido à expansão agrícola.

A floresta tropical constitui a formação dominante, mas seu aspecto


varia muito. Ela é rica e exuberante nas encostas voltadas para o
oceano — Mata Atlântica —, onde a umidade é maior, favorecendo
o aparecimento de árvores mais altas, muitos cipós, epífitas e
inúmeras palmáceas; encontra-se quase totalmente devastada, exceto
Vegetação característica do cerrado nas encostas mais íngremes. No interior do continente, essa floresta
na região noroeste de Minas Gerais. apresenta menos densa, pois ocorre em áreas de clima mais seco;
aparece somente em manchas, pois já está quase inteiramente
devastada.

Em algumas áreas do interior há a ocorrência de matas galerias ou ciliares, que se desenvolvem ao longo
das margens dos rios,em locais mais úmidos. Nas áreas tipicamente tropicais do Sudeste, onde predominam
solos impermeáveis, ganha destaque a formação conhecida como cerrado, constituída de pequenas árvores,
arbustos de galhos retorcidos e vegetação rasteira. A região apresenta pequenos trechos cobertos de
caatinga no norte de Minas Gerais. As áreas mais altas das serras e planaltos do Leste e Sudeste, ao sul, de
clima mais suave, são ocupadas por uma ou outra espécie do que foi um dia a floresta subtropical ou Mata
de Araucárias. Em extensões também reduzidas do planalto aparecem trechos de formações campestres: os
campos limpos, ao sul do estado de São Paulo, e os campos serranos, ao sul de Minas Gerais. Ao longo do
litoral, faz-se presente a vegetação típica das praias, conhecida por vegetação litorânea.

Hidrografia
Devido à suas características de relevo, predominam na região os rios de planalto, naturalmente
encachoeirados. Entre as várias bacias hidrográficas, merecem destaque:

Bacia do Paraná — O rio principal é formado pela junção dos rios Paranaíba e Grande.
Nessa bacia se localizam algumas das maiores hidrelétricas do país, tanto no rio Paraná
(Urubupungá e Itaipu) como nos rios Paranaíba (Cachoeira Dourada e São Simão) e Grande
(Furnas e Volta Grande).
Bacia do São Francisco — O principal rio nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra,
atravessa a Bahia e alcança Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no Nordeste. Recebendo
alguns grandes afluentes e outros menores, que
chegam inclusive a secar (rios temporários), o São
Francisco tem alta importância regional, por oferecer
transporte, alimentação, energia elétrica e
irrigação(essa bacia é a mais importante por
proporcionar transporte, energia hidrelétrica,
alimentação e irrigação).
No seu alto curso, que vai da nascente a Pirapora
(Minas Gerais), o São Francisco é acidentado e não-
navegável, oferecendo, por outro lado, alto potencial
hidrelétrico. A Usina Hidrelétrica de Três Marias foi aí Rio Tietê na altura de Barra
construída a fim de regularizar o curso do rio, fornecer Bonita/Igaraçu do Tietê ao fundo UHE de
energia elétrica e ampliar seu trecho navegável, Barra Bonita (Médio Tietê).
através de comportas que fazem subir o nível das
águas. Já no médio curso, que estende de Pirapora e
Juazeiro (estado da Bahia), o rio é inteiramente
navegável. O baixo curso do São Francisco localiza-
se inteiramente na região Nordeste.
Bacias do Leste — São um conjunto de bacias
secundárias de diversos rios que descem das serras
litorâneas para o Atlântico, merecendo destaque as
bacias dos rios Pardo, Rio Doce e Jequitinhonha, em
Minas Gerais, e Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio Trecho do rio São Francisco entre os
de Janeiro. municípios de Ponto Chique e Pirapora,
em Minas Gerais.
Bacias do Sudeste-Sul — A região Sudeste é
drenada também por estas bacias, destacando-se a
do rio Ribeira do Iguape, no estado de São Paulo.

Ver também
Geografia do Brasil
Geografia de São Paulo
Geografia de Minas Gerais
Geografia do Rio de Janeiro
Geografia do Espírito Santo
Região Sudeste do Brasil

Ligações externas
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (http://www.ibge.gov.br)

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