Cena Do Sapateiro - Questionario
Cena Do Sapateiro - Questionario
Cena Do Sapateiro - Questionario
3. Relaciona os pecados imputados ao Sapateiro com os símbolos cénicos que traz consigo.
Tanto o avental como as formas funcionam corno provas de acusação. O avental está
relacionado com a sua profissão, através da qual ele roubava o povo; as formas tinham sido
compradas com o dinheiro que o Sapateiro roubara aos seus clientes e eram como que a
materialização dos seus pecados.
4. Expõe os argumentos a que recorre o Sapateiro para mostrar que não devia entrar na Barca
do Inferno.
Os seus argumentos são de ordem religiosa. O réu alega que morreu confessado e
comungado (v. 321), assistiu a missas (v. 332) e deu esmolas (v. 336).
8. Expõe sucintamente a importância que os níveis de língua têm na caracterização (tanto social,
como profissional) desta personagem.
O Sapateiro utiliza uma linguagem vulgar, com ressaibos técnicos. Por um lado,
podemos encontrar nas suas falas termos grosseiros, que fazem parte do calão, como por
exemplo puta (vv. 319, 341) e cagadas (v. 355). Por outro, recorre a vocabulário usado por um
grupo profissional restrito, neste caso, os sapateiros. Assim, os termos técnicos que utiliza, tais
como cordovão (v. 340) e badana (v. 341), não são facilmente compreendidos pelos que não
fazem parte do seu grupo profissional, e constituem um exemplo de gíria. Podemos, pois,
concluir que a linguagem utilizada pelo sapateiro, de nível essencialmente popular, contribui de
forma evidente para a sua caracterização, na medida em que se coaduna com a sua actividade
profissional através da qual explorava o povo.
9. Na origem, a palavra “fogo” significava o lar onde se acendia o lume. Explica a evolução
semântica deste vocábulo.
Enquanto que, inicialmente, o vocábulo “fogo” se referia ao lar onde se acendia o lume,
nos nossos dias, fogo significa o próprio lume.