Física - Objetivo - 1 Ano - 4º Bim
Física - Objetivo - 1 Ano - 4º Bim
Física - Objetivo - 1 Ano - 4º Bim
Você já deve ter ouvido a frase: corpo para outro ou transformar energia mecânica de um
tipo para outro.
ENERGIA NÃO PODE SER CRIADA NEM DESTRUÍDA,
MAS APENAS TRANSFORMADA. Assim, se você está segurando um pesadíssimo ob-
jeto sem se deslocar, não haverá realização de trabalho
O conceito de energia é bem intuitivo para nós, po- porque não houve nem transferência nem transforma-
rém muito difícil de ser definido. ção de energia mecânica, não importando o cansaço que
Apenas sabemos que no mundo de alta tecnologia você está sentindo.
em que vivemos a ideia de energia e de suas fontes é de Trabalho e Calor são formas de energia em trânsito
relevante importância. e do ponto de vista físico a diferença está no tipo de
A energia pode estar localizada em um corpo ou em energia que está em trânsito.
trânsito de um corpo para outro. Calor está ligado ao trânsito de energia térmica en-
São exemplos de energia localizada: a energia térmi- tre dois corpos motivado por uma diferença de tempe-
ca, a energia potencial gravitacional, a energia cinética (li- ratura entre eles. Trabalho está ligado ao trânsito de
gada ao movimento), a energia potencial elástica, entre energia mecânica provocado por uma força.
outras.
São três as formas de energia em trânsito: 1. Conceitos de
O calor, estudado na Termologia, o trabalho, estu-
dado na Dinâmica e a energia radiante transportada pe- energia e trabalho
las ondas eletromagnéticas, estudadas na Ondulatória.
Conceitua-se ENERGIA como aquilo que nos capa-
O conceito de trabalho na Física é bem distinto da cita a realizar tarefas, tais como: levantar um corpo, ar-
ideia de trabalho na nossa vida cotidiana. remessar uma pedra, subir uma escada, preparar alimen-
Na Física não existe, por exemplo, a ideia de trabalho tos, movimentar um carro etc.
intelectual. A energia necessária para realizar as tarefas é prove-
A ideia de trabalho na Física pressupõe a presença niente de algum combustível, como, por exemplo: car-
de uma força que vai transferir energia mecânica de um vão, gasolina, alimentos etc.
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46 FÍSICA
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→ →
3. Notas importantes Assim, a definição de trabalho τF = | F | | AB | cos
→ pode ser reescrita nas formas que se seguem:
• Se a força F não for constante, a definição de traba-
lho é feita com o uso de Matemática superior, por meio → →
τ = | F | proj (AB )
de uma função chamada integral. F
→ →
• Trabalho é uma grandeza escalar, pois, em sua defi- τ = (AB )proj F
F
nição, não há envolvimento de direção. Observe que,
→ → →
embora a força F e o deslocamento AB sejam grandezas • A componente centrípeta da força resultante (Fcp)
vetoriais, tomamos, na definição de trabalho, apenas os nunca realiza trabalho, pois é continuamente perpen-
seus módulos. dicular à trajetória ( = 90° e cos = 0).
• O sinal do τ, dado pelo cos , vai indicar se a força
→ A componente centrípeta é usada tão somente para
F favorece o movimento (τ > 0) ou se se opõe ao movi- curvar a trajetória, não fazendo trânsito ou transformação
mento (τ < 0). de energia mecânica.
→
• O trabalho de uma força constante não depende da • A componente tangencial da força resultante (Ft)
trajetória descrita entre os pontos A e B (partida e che- realiza trabalho positivo quando é usada para acelerar o
gada). corpo (módulo da velocidade aumenta) e realiza trabalho
• Se uma partícula estiver sob a ação simultânea de n negativo quando é usada para frear o corpo (módulo da
forças constantes e se deslocar de A para B, a definição velocidade diminui).
de trabalho pode ser aplicada separadamente para cada
uma das n forças constantes atuantes e também para a
resultante delas.
→
No deslocamento acima, a força F realiza trabalho motor e a força de
→
→ → atrito Fr realiza um trabalho resistente.
τF = | F1| | AB | cos 1
1
→ → • Quando o corpo não se desloca, por mais intensa
τF = | F2 | |AB | cos 2 que seja a força aplicada, não há realização de trabalho.
2
→ →
τF = | Fn| | AB | cos n Isto se justifica pelo fato de que, não havendo deslo-
n camento, não há transferência ou transformação de
→ → → →
Sendo F = F1 + F2 + ... + Fn (força resultante), temos: energia mecânica.
• Quando força e deslocamento forem perpendicula-
→ →
τ = | F | | AB | cos res ( = 90°), o trabalho é nulo.
F
E ainda: τF = τF + τF + ... + τF
1 2 n
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1 (UEPB-MODELO ENEM) – Em Física, o III (V) Decorre do próprio conceito do que seja Resolução
conceito de trabalho é diferente daquele que uma força conservativa. Consideremos que a área de 100m2 seja equi-
temos no dia a dia. Nesse caso, trabalho está Resposta: C valente a n faixas de 0,5m de largura e com-
associado ao desempenho de algum serviço ou primento L.
tarefa, que pode ou não exigir força ou 2 (UFABC-SP) Teremos:
deslocamento. (...) Peritos utilizam técnica arqueológica para
(Gaspar, Alberto. Física. 1.a ed.,vol. único. descobrir conexões clandestinas de água
São Paulo: Ática, 2004, p. 140) em postos de gasolina
Usado para descoberta de nichos arqueo-
Observe, nas situações abaixo descritas, a ade- lógicos, o geo-radar prova que é uma excelente
quação ou não do conceito físico de trabalho. tecnologia para detectar conexões clandes-
tinas de água em postos de gasolina.
Situação I: Quando um alpinista sobe uma O aparelho, montado sobre um pequeno carri-
montanha, o trabalho efetuado sobre ele pela nho de quatro rodas, deve ser conduzido sobre
força gravitacional, entre a base e o topo, é o toda a extensão do piso do posto de gasolina.
mesmo, quer o caminho seguido seja íngreme Para tanto, o operador empurra o aparelho com
e curto, quer seja menos íngreme e mais longo. o auxílio de uma haste inclinada a 54° com a
Situação II: Se um criança arrasta um caixote horizontal, tal qual um carrinho de bebê.
em um plano horizontal entre dois pontos A e
B, o trabalho efetuado pela força de atrito que n . 0,5 . L = 100
atua no caixote será o mesmo, quer o caixote
seja arrastado em uma trajetória curvilínea ou O produto n . L representa a distância total
ao longo da trajetória mais curta entre A e B. percorrida.
Situação III: O trabalho realizado sobre um
corpo por uma força conservativa é nulo s = n . L = 200m
quando a trajetória descrita pelo corpo é um
percurso fechado.
Para as situações supracitadas, em relação ao Suponha que um geo-radar, com massa 20 kg, O trabalho será dado por:
conceito físico de trabalho, é(são) correta(s) deva realizar a varredura de um pátio retangular
apenas a(as) proposição(ões) de área 100 m2. Sabendo-se que o aparelho
a) II. b) I. c) I e III. d) III. e) I e II. cobre uma faixa de 0,5 m de largura e que o
Resolução operador empurra o aparelho com força
I (V) Em qualquer dos casos citados o trabalho constante de intensidade 80N, na direção da
do peso será dado por: haste, suficiente para manter um movimento
uniforme, o menor trabalho que o operador po-
derá realizar ao empurrar o aparelho, desconsi-
τP = –mgH
derando-se as manobras de 180° que devem
ser feitas para cobrir completamente a área
prevista, é, em joules,
τF = F→ d→ cos 54°
II (F) Quanto mais longa for a trajetória maior
será a quantidade de energia mecânica a) 4 000. b) 4 800. c) 8 000. τF = 80 . 200 . 0,6 (J)
transformada em térmica. d) 9 600. e) 22 400.
A força de atrito não é uma força conser- Dados: sen 54° = 0,8 τF = 9600J
vativa e o seu trabalho dependerá da tra- cos 54° = 0,6
jetória. tg 54° = 1,4 Resposta: D
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RESOLUÇÃO:
1 (F) Ação e Reação têm sempre módulos iguais.
2 (F) Pela 3.a Lei de Newton.
3 (F) τF = F1 . d
→ →
4 (F) O trabalho de F1 é positivo e de F2 é negativo.
3 (UFAC) – Uma partícula percorre um arco de circunferên- Resposta: E
cia de 50m de comprimento e raio 25m em movimento unifor-
me. O trabalho da força resultante sobre a partícula, enquanto
ela percorre o arco, é igual a:
a) zero b) 3,0J c) 6,0J d) 150J
e) um valor indeterminado com os dados apresentados.
RESOLUÇÃO:
A força resultante é centrípeta e não realiza trabalho porque é per-
pendicular à trajetória.
Resposta: A
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Note que
2 2
V –V
B A
τF = m –––––––––
Exemplo 3: considere um automóvel, em movimen- 2
to acelerado, em um plano horizontal, despreze o efeito
mVB2 mVA2
do ar, admita que os pneus não derrapem e que as rodas
traseiras sejam as rodas motrizes.
τF = ––––– – –––––– = EcinB – EcinA ⇒ τF = Ecin
2 2
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TRABALHO NO LEVANTAMENTO DE UM CORPO
1 (MODELO ENEM) – Um veículo estava V02 = 2 . 0,9 . 10 . 50 (SI) dade com módulo igual a 10 m/s2, pode-se afir-
deslocando-se com velocidade constante em V02 = 900 (SI) mar que o trabalho realizado
um plano horizontal e, ao avistar um obstáculo a) pelo peso da carga é de 3,0 . 103 J.
V0 = 30m/s = 108km/h
na pista, imediatamente os freios foram b) pelo peso da carga é de –3,0 . 103 J.
Resposta: E c) pela força exercida pelo operário é de
fortemente acionados, de maneira que as
rodas do veículo foram travadas e as marcas 1,5 . 103 J.
dos pneus, no asfalto, foram de 50m, desde o 2 (VUNESP-MODELO ENEM) – Um operá- d) pela força exercida pelo operário é de
início da freada até a parada total. rio ergue uma carga de 50 kg de massa tra- –1,5 . 103 J.
Considerando-se o coeficiente de atrito entre zendo-a do chão até uma altura de 6,0 m, onde e) pela força exercida pelo operário depende
os pneus e o solo como sendo 0,9 e a ele se encontra. Para essa tarefa, o operário da velocidade escalar média com que a
aceleração gravitacional, com módulo 10m/s2, utiliza um conjunto de uma roldana fixa e outra carga é erguida.
qual o módulo aproximado, da velocidade do móvel, como ilustra a figura. A carga parte do Resolução
carro no início do acionamento dos freios? repouso e volta ao repouso. 1) Trabalho do peso da carga:
a) 30 km/h b) 45 km/h c) 60 km/h τP = –mg H
d) 75 km/h e) 108 km/h
τP = –50 . 10 . 6,0 (J)
Despreze o efeito do ar e admita que a
trajetória seja retilínea. τP = –3,0 . 103 J
Resolução
TEC : τat = Ecin 2) TEC: τtotal = Ecin
Fat . d . cos 180° = Ecin τ0p + τP = 0
τ0p – 3,0 . 103 J = 0
mV02
µmgd (–1) = 0 – –––––
2 τP = 3,0 . 103 J
Desprezando-se a massa das roldanas e do
V02 = 2 µgd cabo e considerando-se a aceleração da gravi- Resposta: B
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→
RESOLUÇÃO: 3 Uma força constante F , de direção vertical e intensidade
1) Cálculo do trabalho realizado:
30N, atua sobre um corpo de massa 1,0kg, inicialmente em
TEC: τtotal = Ec
repouso, elevando-o a uma altura de 3,0m. Nesta posição final,
τH + τP = 0
a energia cinética do corpo é de 40J.
τH – mgH = 0 ⇒ τH = mgH ⇒ τc = τJ Adotando-se g = 10m . s–2, calcule →
2) 2Fc = Pbalde a) o trabalho realizado pela força F neste deslocamento de
3,0m;
FJ = Pbalde b) o trabalho da força de resistência do ar neste deslocamento
de 3,0m.
FJ = 2Fc
RESOLUÇÃO:
→ →
a) τF = . F d cos 0°
τF = 30 . 3,0 . 1 (J) ⇒ τF = 90 J
Resposta: C
b) 1) τP = – m g H
==
4 (UFAL) – Uma partícula de massa 2,0kg em movimento
vertical ascendente passa no nível y1 com velocidade de mó-
dulo 10,0m/s e no nível y2, acima do nível y1, com velocidade
de módulo 2,0m/s. Considerando-se que nesse percurso a
força peso é a única força atuando sobre a partícula, o trabalho
Despreze a resistência do ar. Considerando-se como dados o realizado pela força peso vale, em joules:
módulo da aceleração da gravidade, g, a massa do tijolo, m, as a) −96,0 b) −20,0 c) 2,0 d) 20,0 e) 96,0
distâncias, AB = h e AC = H, a intensidade da força F com a
qual a pá impulsiona o tijolo é igual a RESOLUÇÃO:
mgh mgH mg (H – h) TEC: τpeso = Ecin
a) ––––– b) ––––– c) ––––––––––
H h H m
τpeso = ––– (V22 – V12)
2
mg (H – h) mg (H + h)
d) –––––––––– e) –––––––––– 2,0
h H τpeso = ––– (4,0 – 100) (J)
2
τpeso = –96,0J
RESOLUÇÃO:
Aplicando-se o TEC entre A e C, vem
Resposta: A
τP + τF = Ecin
mgH
–mgH + Fh = 0 ⇒ F = –––––––
h
Resposta: B
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Método gráfico
Seja Ft o valor algébrico da componente tangencial
da força resultante e s o espaço do móvel que define sua
posição ao longo da trajetória.
1 (VUNESP-MODELO ENEM) – Numa pista a) 34 km/h b) 72 km/h c) 120 km/h 2 (UFPA) – O movimento retilíneo de um
plana e reta, um carro de 2 000 kg, inicialmente d) 150 km/h e) 180 km/h bloco de 0,5 kg sobre um plano horizontal, com
em repouso, é submetido a um conjunto de Resolução atrito e resistências desprezíveis, está mos-
forças cuja resultante tem a mesma direção e 1) τ = área (F x d) trado no gráfico abaixo, no qual F representa o
sentido de seu movimento e intensidade que 50 módulo da força resultante e d, o módulo do
τ = (2400 + 1200) –––– (J) = 90 000 J
varia da forma apresentada a seguir. 2 deslocamento. Ao passar pelo ponto B, a velo-
cidade escalar do bloco é 3,0 m/s.
2) TEC: τ = Ecin
m
τ = ––– (V 2 – V02)
2
2000
90 000 = ––––– V 2
2
V =
90 m/s =
90 . 3,6 km/h 34 km/h Sobre o referido movimento, avalie as afirma-
É correto estimar a velocidade escalar do carro, tivas seguintes:
Resposta: A
ao passar pela marca de 3 000 m, em I. A velocidade escalar do móvel em C é 5,0m/s.
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RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
1) τF = área (FA x d)
A
τF = 8,0 . 400
––– (J) = 1600J
A
2
2) τF = FB d cos 180º
No gráfico força x deslocamento, a área mede o trabalho realiza- B
do: τF = –150 . 8,0 (J) = –1200J
τ = área (F x d) B
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20,0 = vf2 – 16,0 4 Um bloco de massa 10,0kg está em repouso sobre uma
vf2 = 36,0 superfície horizontal quando passa a atuar sobre este uma
força de direção constante e horizontal, cuja intensidade varia
vf = 6,0 m/s
com a distância, de acordo com o gráfico a seguir.
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
a) A intensidade da força de atrito é dada por:
Fat = µ FN
Fat = 0,50 . 100 (N) ⇒ Fat = 50,0N
mvB2 mvA 2
10,0
τF + τP = –– ––– – –– ––– 125 = –––– V2 ⇒ V = 5,0m/s
2 2 2
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→ →
τF = | F | | d | cos
Dividindo-se toda a expressão pelo intervalo de tem-
po t, em que o trabalho foi realizado, temos:
τF → |→ d|
–––– = | F | –––– cos
t t
τF →
A razão –––– é a potência média desenvolvida por F.
t
→
|d |
Para a rápida ascensão do elevador, é necessária a implementação de A razão –––
– é o módulo da velocidade vetorial mé-
grande potência por parte dos motores que o tracionam. t
dia.
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1 cv = 735W
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nheiro pretende comprar um guindaste e ob- a) 100 kW. b) 110 kW. c) 120 kW.
tém a tabela seguinte, que relaciona suas d) 130 kW. e) 140 kW. Resposta: C
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3 (UCSA-BA) – Um automóvel, de massa 1,0 . 103kg, ace- 4 (ENEM) – “...o Brasil tem potencial para produzir pelo
lera desde o repouso até 20,0m/s em 4,0s, numa pista retilínea menos 15 mil megawatts por hora de energia a partir de fontes
e horizontal. Despreze o efeito do ar. Nesta operação, a po- alternativas.
tência média útil desenvolvida pelo motor do automóvel é, em Somente nos estados da Região Sul, o potencial de geração de
watts, energia por intermédio das sobras agrícolas e florestais é de
a) 5,0 . 104 b) 2,0 . 104 c) 5,0 . 103 5.000 megawatts por hora.
d) 2,0 . 10 3 e) 5,0 . 10 2 Para se ter uma ideia do que isso representa, a usina hidroelé-
trica de Ita, uma das maiores do País, na divisa entre o Rio
RESOLUÇÃO: Grande do Sul e Santa Catarina, gera 1.450 megawatts de
τtotal = Ecin energia por hora.”
1) TEC:
Esse texto, transcrito de um jornal de grande circulação, con-
mV2 mV02
τP + τN + τat + τmotor = –––– – –––– tém, pelo menos, um erro conceitual ao apresentar valores
2 2
de produção e de potencial de geração de energia. Esse erro
1,0 . 103 consiste em
τmotor = 2
–––––––––– . (20,0) (J)
2 a) apresentar valores muito altos para a grandeza energia.
b) usar unidade megawatt para expressar os valores de potên-
τmotor = 2,0 . 105J cia.
c) usar unidades elétricas para biomassa.
τmotor d) fazer uso da unidade incorreta megawatt por hora.
2) Potm = ––––––– e) apresentar valores numéricos incompatíveis com as unidades.
t
Quando você está acelerando um carro, será que a potência do motor é mantida constante?
Geralmente, não. Por exemplo, se você está num plano horizontal e de repente começa a subir uma ladeira e quer
manter a velocidade do carro, é claro que você vai precisar de uma força maior e, para tanto, o motor do carro deve
fornecer uma potência maior.
Portanto, no caso descrito do automóvel, a potência fornecida pelo motor está diretamente ligada à força que
acelera o carro e ao valor de sua velocidade.
Na realidade, a potência está ligada ao produto da força pela velocidade.
No caso de uma bicicleta, em que a potência muscular desenvolvida pelo ciclista é praticamente constante,
devemos usar a marcha adequada conforme o objetivo que se pretenda: para se obter velocidade máxima, usamos
uma marcha em que usa força menor; para subirmos uma ladeira íngreme, precisamos de muita força e usamos uma
marcha em que a velocidade é menor.
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Área (Pot x t) = τ
N
N
τ = Área (potência x tempo)
τ
(15,0 + 5,0) 30,0
= –––––––––––––––– (J) ⇒ τ = 3,0 . 102J com a utilização do trator, pois a potência colocada em jogo por este é
bem maior que a dos animais.
2
62 FÍSICA
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→
1 (UFPI-MODELO ENEM) – Um elevador atuar sobre o corpo uma força resultante F, transforma em energia elétrica. A usina Ji-Para-
projetado para subir com velocidade escalar horizontal, cuja potência instantânea varia com ná, do Estado de Rondônia, tem potência insta-
constante de 0,8m/s tem potência motora o tempo conforme o gráfico dado. lada de 512 milhões de watts, e a barragem
máxima de 9,0kW. Considere que a massa do tem altura de aproximadamente 120m. A vazão
elevador, quando vazio, é igual a 400kg e a do Rio Ji-Paraná, em litros de água por segun-
aceleração da gravidade tem módulo igual a do, deve ser da ordem de:
10m/s2. Qual o número máximo de pessoas, a) 5 . 101 b) 5 . 102 c) 5 . 103
com 70kg cada uma, que esse elevador pode d) 5 . 104 e) 5 . 105
kg
transportar? Dados: 1) densidade da água: 1,0 . 103 ––––
a) 7 b) 8 c) 9 m3
2) g = 10m/s2
d) 10 e) 11 Resolução
Resolução A potência que podemos retirar de uma queda-d’á-
gua é dada por:
τpeso m g H
Calcule: Pot = –––––– = –––––––
→ t t
a) o trabalho realizado por F no intervalo de 0
a 2,0s. µágua . Vol . g H
m = µágua . Vol ⇒ Pot = ––––––––––––––
b) o módulo da velocidade do móvel no t
instante t = 2,0s.
Vol
Resolução –––– = Z (vazão) ⇒ Pot = µa Z g H
a) τ = área (Pot x t) t
Pmáx. = 11250N b) TEC: τ = Ecin Dados: Potu = 512 . 106 W = 5,12 . 108 W
2
mV mV02
τ = –––––– – –––––– H = 120m
2 2 Constantes conhecidas: µa 1,0 . 103 kg/m3
3) Pmáx. ≥ (M + n . m) . g
g 10m/s2
11250 ≥ (400 + n . 70) . 10 1,2
15,0 = –––– V 2 ⇒ V 2 = 25,0 Portanto:
400 + n . 70 ≤ 1125 2
2 Um móvel de massa m = 1,2kg encontra-se 3 (ENEM) – A eficiência de uma usina O valor mais próximo, dentre os apresentados,
inicialmente em repouso sobre uma superfície hidrelétrica, é da ordem de 0,9, ou seja, 90% é 5 . 105ᐉ/s.
plana e horizontal. No instante t = 0 passa a da energia da água no início do processo se Resposta: E
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mgH
(3) Pot = –––––– = mg V
t
Potmotor = 20cv
Resposta: A
64 FÍSICA
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Todas as atividades e tarefas que surgem em nossa Uma pedra, suspensa a uma certa altura do chão,
vida cotidiana estão ligadas ao conceito de energia. possui energia mecânica em relação ao chão, pois, ao
Embora seja um conceito intuitivo e difícil de definir, ser abandonada, em sua queda espontânea, ela pode
o que nos interessa, em realidade, é saber as formas nas acionar um dispositivo qualquer, realizando trabalho.
quais a energia se apresenta, como transformar uma for- Quando um carro está em movimento, ele possui
ma em outra e onde buscar as fontes de energia. energia mecânica, pois é capaz de realizar trabalho, por
Em geral, a energia provém de algum combustível, exemplo, deformando um obstáculo qualquer.
como gasolina, álcool, diesel, carvão, alimentos, com- Quando um estilingue está armado, com seu elás-
bustível nuclear, entre outros. tico esticado, ele tem energia mecânica, pois é capaz
A energia pode ser mecânica (objeto de estudo de realizar trabalho, por exemplo, arremessando uma
deste capítulo), elétrica (consumida por exemplo nas pedra à distância.
lâmpadas e motores elétricos), química (encontrada na Nota: Como a energia mecânica é medida pelo
gasolina, álcool, diesel, baterias e pilhas), térmica, nu- trabalho realizado, podemos concluir que a unidade de
clear etc. energia mecânica é a mesma de trabalho.
O fundamental no estudo da energia é a sua conser-
vação, isto é, a energia pode ser transformada de uma No SI, a unidade de energia é o joule.
forma em outra, porém a sua quantidade total perma-
nece constante.
No presente capítulo, vamos estudar as formas em
2. Modalidades
que a energia mecânica pode apresentar-se e como uma A energia mecânica pode apresentar-se sob duas
forma pode transformar-se em outra. formas:
No caso de um automóvel, a fonte de energia é a (1)Energia Cinética: é a energia mecânica ligada ao
energia química existente no combustível usado e na ba- movimento do corpo ou das partes que constituem o
teria. sistema físico.
Esta energia química vai ser transformada em ener- A energia mecânica associada ao carro, que desen-
gia cinética (movimento do carro), em energia sonora volve uma certa velocidade, é do tipo cinética.
(buzina), em energia luminosa (faróis) e em energia
térmica (aquecimentos).
Para os seres humanos, a energia utilizada em nos-
sas atividades provém dos alimentos que ingerimos.
Para a Terra como um todo, a principal fonte de ener-
gia é o Sol.
FÍSICA 65
C4_1a_Fis_Alelex_2013 23/05/13 15:24 Página 66
3. Energia cinética
Consideremos uma partícula de massa m e
velocidade escalar v em relação a um referencial R. A energia cinética é grandeza física exclusivamente positiva.
(3)A energia cinética depende do referencial ado-
A energia cinética da partícula, em relação a R, é tado, pois a velocidade depende do referencial
dada por:
(4)Os gráficos da energia cinética em função de v e
mv2 em função de v2 são apresentados a seguir:
Ecin = –––––
2
Notas
(1)Para um corpo extenso de massa M e cujo centro
de massa tem velocidade escalar VCM, a energia
cinética é dada por:
2
mvCM
Ecin = ––––––
2
66 FÍSICA
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Epot = m g hA’
A
O alpinista, ao subir a montanha, transforma parte de sua energia
Epot = m g hB interna em energia potencial gravitacional.
B
FÍSICA 67
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1 (MODELO ENEM) – Um meteorito tem E1 = 54,6 . 1012 J = 5,46 . 1013 J Adotando-se g = 10 m/s2 e 1 cal = 4J, em quan-
massa M = 4,0 . 106 kg e velocidade com mó- 3) Ec = n E1 tas horas o atleta conseguirá realizar seu obje-
dulo v = 15,0 km/s. A energia decorrente da 4,5 .1014 = n . 5,46 . 1013 tivo?
explosão de 1 megaton de TNT é de 4,2 . 1015J. a) 1h b) 2h c) 5h
n8
A bomba atômica que explodiu em Hiroshima d) 10h e) 11h
foi equivalente a 13 quilotons de TNT. A ener- Resposta: C Resolução
gia cinética do meteorito equivale aproxima- 1) E = 2,0 . 106 . 4 (J) = 8,0 . 106 J
damente a energia liberada por quantas bom- 2 (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MO- 2) E = n m g H
bas iguais aquela que explodiu em Hiroshima? DELO ENEM) – Um atleta faz um lanche não 8,0 . 106 = n . 500 . 2,0
a) 4 b) 6 c) 8 d) 10 e) 12 programado cujo conteúdo energético é de n = 8,0 . 103
Resolução 2,0 . 106 cal. Para compensar este excesso ali- 3) 1 ...... 5,0s
M V2 4,0 . 106 mentar ele decide fazer levantamento de peso 8,0 . 103 ...... t
1) Ec = ––––– = ––––––– (15,0 .103)2 J para “queimar” aquelas calorias indesejáveis. 40,0 . 103
2 2 t = 40,0 . 103s = ––––––––– (h)
Ele ergue um corpo de massa 50 kg a uma 3,6 . 103
Ec = 450 .1012 J = 4,5 . 1014 J altura de 2,0 m um número n de vezes. Não há
t 11 h
2) 106 toneladas TNT ..... 4,2 . 1015 J trabalho muscular no ato de abaixar o corpo.
13 . 103 toneladas TNT ..... E1 Cada operação de levantar o corpo dura 5,0s. Resposta: E
1 (UERJ-MODELO ENEM) – Considere um recordista da c) o gato é magro, o guarda-roupas é baixo e o fenômeno ocor-
corrida de 800m com massa corporal igual a 70kg e tempo de re na Terra;
percurso de 100s. Durante a corrida, sua energia cinética d) o gato é gordo, o guarda-roupas é alto e o fenômeno ocorre
média, em joules, seria de, aproximadamente na Terra;
a) 1120 b) 1680 c) 1820 d) 2240 e) o gato é magro, o guarda-roupas é baixo e o fenômeno ocor-
re na Lua.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
s 800m
1) Vm = ––– = –––––– = 8,0m/s A energia potencial gravitacional é dada por:
t 100s
Ep = mgH
mV2 Como gT é maior que gL, temos:
2) EC = –––––
2 o gato é gordo (maior m)
o guarda-roupas é alto (maior H)
70
EC = ––– (8,0)2 (J) = 35 . 64,0 (J) o fenômeno ocorre na Terra (maior g)
(m) 2
Resposta: D
EC = 2240 J
(m)
3 (PUC-SP)
Resposta: D O coqueiro da figura tem 5,0m de
altura em relação ao chão e a
cabeça do macaco está a 0,5m
do solo. Cada coco, que se des-
2 (INATEL-MODELO ENEM) – Os gatos são mestres em prende do coqueiro, tem massa
acumular energia potencial sobre os guarda-roupas, subindo 2,0 . 102g e atinge a cabeça do
neles. Durante o salto para cima, sua energia cinética se macaco com 7,0J de energia
converte em energia potencial. Essa energia vai depender do cinética. A quantidade de energia
gato (gordo ou magro) do guarda-roupas (alto ou baixo) e do mecânica dissipada na queda é
planeta onde o fenômeno se dá. (GREF 1991 (v.1), p.95) a) 2,0J
b) 7,0J
O valor da energia potencial acumulada pelo gato sobre o guar- c) 9,0J
da-roupas será maior quando d) 2,0kJ
a) o gato é gordo, o guarda-roupas é baixo e o fenômeno ocor- e) 9,0kJ
re na Terra; Dado: g = 10m/s2
b) o gato é gordo, o guarda-roupas é alto e o fenômeno ocorre
na Lua;
68 FÍSICA
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RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
Para um referencial na cabeça do macaco: a) τP = –mgH
Ep = m g H
i WA mA
Ep = 0,20 . 10 . 4,5 (J) = 9,0J –––– = –––– = 1
i WB mB
Ed = Ep – Ec
i f
Respostas: a) 1
b) 8,0 . 103J ou 8,0kJ
Quando você comprime uma mola, você está realizando trabalho e, portanto, transferindo energia mecânica para a mola.
Quando você estica o elástico de um estilingue, você está realizando trabalho e, portanto, transferindo energia mecânica
para o elástico.
Esta energia mecânica ligada à mola deformada ou ao estilingue deformado é chamada de ENERGIA POTENCIAL
ELÁSTICA.
Na figura 1, a mola se encontra comprimida somente pelo peso da “cabeça” do boneco. Quando Quanto maior a deformação provocada,
um operador comprime a mola, esta passa a acumular energia potencial elástica, que pode ser maior será a energia potencial elástica arma-
restituída na forma de energia cinética. (fig. 2) zenada.
FÍSICA 69
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2. Lei de Hooke
Uma deformação é dita elástica quando, retirada a
força deformadora, desaparece a deformação e o
sistema readquire suas dimensões naturais.
A energia mecânica é dada pela capacidade do siste-
Consideremos uma mola (ou um elástico) deforma- ma em realizar trabalho. A medida da energia mecânica
da elasticamente de um comprimento L por uma força é a medida do trabalho realizado.
deformadora de intensidade F.
A energia potencial elástica armazenada é medida
A Lei de Hooke estabelece que: pelo trabalho de um operador para provocar a deforma-
A intensidade da força deformadora (F) é propor- ção elástica do sistema e pode ser calculada por meio da
cional à deformação (L). área sob o gráfico F = f(L).
O gráfico da função F = f(L) é uma semirreta, Para L = x, temos F = kx, e a área sob o gráfico é
partindo da origem. dada por:
x . kx
τoperador =N Área (F x L) = ––––––
2
kx2
Eelástica = τoperador = ––––
2
F = k L
70 FÍSICA
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1 (UDESC-MODELO ENEM) – Um paciente é submetido a 2 Considere uma mola cuja constante elástica vale k = 100N/m.
um teste, sob orientação de um fisioterapeuta, para verificar a Um bloco é preso à extremidade da mola que fica
força máxima do seu braço lesionado. O protocolo consiste em deformada de 0,10m na situação de equilíbrio.
alongar uma fita elástica de constante elástica k = 4,5.103 N/m. Determine
Para simplificar, pode-se representar a fita elástica por uma a) o peso do bloco.
mola presa a uma parede, conforme mostra a figura abaixo. b) a energia elástica armazenada na mola.
RESOLUÇÃO:
a) Para o equilíbrio do bloco, temos:
Fmola = P
kx = P
Qual é a energia potencial elástica armazenada pela mola, se o P = 100 . 0,10 (N)
deslocamento efetuado pelo paciente for de 2,0cm? P = 10N
a) 9,0 . 10–3J b) 9,0 . 10–2J c) 9,0 . 10–1J
d) 9,0J e) 90J
RESOLUÇÃO:
k x2
k x2 b) Ee = –––––
Ee = ––––– 2
2
100
4,5 . 103 2 Ee = ––––– (0,10)2 (J)
Ee = ––––––––– . (2,0 . 10–2) (J) 2
2
Ee = 0,50J
Ee = 9,0 . 10–1J
FÍSICA 71
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3 O gráfico a seguir representa a intensidade da força aplica- 4 (MODELO ENEM) – Duas molas elásticas, A e B, têm o
da em uma mola em função da sua deformação. mesmo tamanho natural (não deformadas), porém a mola A é
mais rígida, isto é, tem constante elástica maior (kA > kB).
Numa experiência I, as duas molas são igualmente deformadas
(xA = xB).
Numa experiência II, as duas molas são deformadas por forças
de mesma intensidade (FA = FB).
Sejam τA e τB os trabalhos realizados para deformar as molas
A e B em cada uma das experiências.
F
Sendo F = kx (Lei de Hooke), temos x = ––––
k
k F2 F2
τ= –––– . –––– ⇒ τ = –––––
2 k2 2k
Resposta: D
72 FÍSICA
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FÍSICA 73
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m = massa do corpo
H = altura em relação ao solo, adotado como refe-
rência Nos trechos de descida (A para B e C para D), a
V = módulo da velocidade na altura H energia cinética aumenta e a potencial diminui, permane-
cendo constante a soma das duas.
Na posição de partida, temos: H = 10,0m e V = 0
No trecho de subida (B para C), a energia potencial
Em = 1,0 . 10,0 . 10,0(J) = 100J
aumenta e a cinética diminui, permanecendo constante
Fazendo-se uma tabela com valores de H, Ecin, Epot a soma das duas.
e Em, temos:
74 FÍSICA
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V2 = 4,0 (SI)
V = 2,0m/s
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
Faça uma tabela de energia.
(J)
Pto Ep Ec Em
A 0 1000 1000
B 200 800 1000
C 1000 0 1000
FÍSICA 75
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1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
4 Analisando-se o esquema, é possível identificar que se tra-
ta de uma usina
6,0 a) hidroelétrica, porque a água corrente baixa a temperatura da
turbina.
RESOLUÇÃO: b) hidroelétrica, porque a usina faz uso da energia cinética da
água.
x Ep Ec Em
c) termoelétrica, porque no movimento das turbinas ocorre
0 0 100 100 aquecimento.
d) eólica, porque a turbina é movida pelo movimento da água.
1,0 100 0 100 e) nuclear, porque a energia é obtida do núcleo das moléculas
2,0 0 100 100 de água.
RESOLUÇÃO:
Na usina hidroelétrica, a energia potencial gravitacional da água é
RESOLUÇÃO:
transformada em energia cinética antes de chegar às turbinas; as
turbinas recebem energia cinética da água e, por um processo
eletromagnético ocorrido nos geradores, a energia mecânica é
transformada em elétrica e, em seguida, enviada às torres de
distribuição.
Resposta: D
76 FÍSICA
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Resposta: B
75 Exercícios
FÍSICA 77
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V0 =
2
. 10,0 . 2,45 (m/s)
V0 = 7,0m/s
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
Como não há atrito nem efeito do ar, a energia mecânica per-
manece constante nos três casos e, portanto,
3 (VUNESP) – Um bloco de massa m desce um plano incli-
Ef = Ei nado com 10m de comprimento e que forma um ângulo de 30°
(ref. no solo) com a horizontal. Despreze os atritos e considere g = 10m/s2.
Se o bloco partir do repouso, ao chegar ao fim da rampa, o
mV2
módulo de sua velocidade será, em m/s, igual a:
––––– = mgh a) 5 b) 10 c) 15 d) 20 e) 25
2
RESOLUÇÃO:
V=
2gh
1) Cálculo de H:
H 1
V1 = V2 = V3 sen 30° = ––– = ––
10 2
H = 5m
Resposta: C
EB = EA (ref. em B)
mVB2
––––– = mgH
2 (UDESC-MODELO ENEM) – O recorde mundial de salto 2
em altura foi conseguido pelo atleta cubano Javier Sotomayor,
em 27 de julho de 1993, em Salamanca, Espanha, com a marca VB =
2gH ⇒ VB =
2 . 10 . 5 (m/s) ⇒ VB = 10m/s
de 2,45 m. (Fonte: International Olympic Comitee).
Considere os seguintes dados:
Resposta: B
(1) g = 10,0m/s2
(2) o efeito do ar é desprezível
(3) a velocidade do atleta no ponto mais alto de sua trajetória
é praticamente nula.
O módulo da velocidade que o atleta tinha ao deixar o solo e
iniciar o salto que o consagrou vale:
a) 3,0m/s b) 4,0m/s c) 5,0m/s
d) 6,0m/s e) 7,0m/s
78 FÍSICA
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76 Exercícios
FÍSICA 79
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Resolução c) A gravidade diminui à medida que a altitude energia a partir de combustíveis fósseis como
1) Para V V1, temos Pot = 0 (b, c e e) aumenta. o carvão e o petróleo, assinale a opção correta.
2) Para V2 V V3 a potência permanece d) Chove com mais frequência à medida que a a) A energia gerada pelo carvão e pelo
constante (b e e) altitude aumenta. petróleo polui menos o ambiente.
3) Para V > V3, temos Pot = 0 (b) e) O ar é mais denso à medida que altitude b) A energia eólica é uma energia limpa (não
Resposta: B aumenta. polui o ambiente) e é inesgotável.
Resolução c) A energia gerada pelo carvão e pelo
3 Para uma mesma velocidade escalar do A energia cinética associada ao vento, além de petróleo é inesgotável.
vento, quanto maior for a altitude mais devagar depender de sua velocidade, depende de sua d) A quantidade de energia fornecida por um
rodam as pás dos moinhos de vento. densidade. Quanto mais denso for o ar, maior a gerador eólico é muito maior que a
Qual das razões seguintes explica melhor o massa de ar que aciona as pás dos moinhos e fornecida a partir do petróleo.
motivo pelo qual as pás dos moinhos de vento e) A energia fornecida por um gerador eólico é
.
mV2
giram mais devagar, em lugares elevados, para maior a respectiva energia cinética Ec = –––– a mesma durante todo o ano.
a mesma velocidade escalar do vento? 2 Resolução
Resposta: A
a) O ar é menos denso à medida que a altitude O único inconveniente de um gerador eólico,
aumenta.
b) A temperatura é mais baixa à medida que a
4 Em relação a vantagens e desvantagens
em relação ao meio ambiente, é a poluição
sonora.
da produção de energia pelos moinhos de
altitude aumenta. Resposta: B
vento, quando comparada com a produção de
V2 = 4,0
| V | = 2,0m/s
2 (UnB-MODELO ENEM)
RESOLUÇÃO:
a) Ei = mA g HA
b) A energia potencial perdida por A é transformada em Em uma apresentação de circo, em 1901, AlIo Diavolo intro-
1) energia potencial ganha por B; duziu a acrobacia de bicicletas em pistas com loops. Ele
2) energia cinética ganha pelo conjunto. observou que, se partisse de uma altura mínima, poderia, em
um desafio às leis da gravidade, percorrer, sem cair, todo o
(mA + mB) V2
mAgH = mBgH + ––––––––––––– trajeto, passando inclusive pelo loop. A figura acima ilustra um
2 momento dessa situação em que um ciclista desce uma rampa
com velocidade suficiente para completar o loop.
80 FÍSICA
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Considere que, na situação mostrada na figura, o ciclista parta 3 (UNIFOR-CE) – Uma esfera de massa m = 1,0kg está pre-
do repouso e desça a rampa sem pedalar; m seja a massa do sa numa das extremidades de um fio ideal de comprimento
sistema acrobata-bicicleta; não existam forças dissipativas; a ᐉ = 1,0 m, que tem a outra extremidade fixa num ponto O. A
bicicleta não seja impulsionada pelo acrobata em nenhum ins- esfera descreve um movimento circular, num plano vertical,
tante da trajetória; apenas o centro de massa do acrobata seja sob a ação exclusiva do campo gravitacional.
analisado; o loop tenha forma de um circulo de raio R = 2,5m;
o módulo da aceleração da gravidade seja g = 10 m/s2.
Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.
(1) Para que seja realizado o loop, a altura mínima do ponto de
partida na rampa deve ser igual a 2R.
(2) A energia mecânica total mínima do sistema ciclista-acroba-
ta no ponto mais baixo do loop é igual a mgR, para um
referencial fixo no solo.
(3) O peso do ciclista somado ao da bicicleta, no ponto mais
alto do loop, é igual a mg.
(4) A soma das energias cinética e potencial, associadas ao Sabendo-se que o módulo da velocidade da esfera no ponto
movimento do sistema acrobata-bicicleta, para um referen- mais alto da trajetória é 4,0m/s e que g = 10m/s2, a intensidade
cial fixo no solo, em cada instante do movimento é uma da força de tração no fio quando a esfera passa pelo ponto
constante. mais baixo vale, em newtons,
(5) A velocidade escalar mínima do ciclista no topo do loop é a) 66,0 b) 56,0 c) 48,0 d) 36,0 e) 16,0
igual a 5 m/s.
A sequência correta de itens verdadeiros (V) e falsos (V) é: RESOLUÇÃO:
a) FFVVF b) FFFVV c) FFVVV 1) Conservação da energia mecâni-
d) VVFFV e) FVFVF ca entre A e B:
EB = EA
RESOLUÇÃO:
(ref. em B)
1) (F)
m VB2 m VA2
–––––– = –––––– + mg 2R
2 2
m VB2 m VA2
–––––– = –––––– + 4mg
R R
m VB2 1,0 . 16,0
–––––– = ––––––––– + 4 . 10,0 (N)
R 1,0
m VB2
–––––– = 56,0N
Na condição de altura mínima, a força normal em B se anula: R
P = Fcp
B
mVB2 TB = 66,0N
–––––– = mg (H – 2R)
2
Resposta: A
gR
––––– = g (H – 2R)
2
H = 2,5R
2) (F) Em = EA = mg . 2,5R
3) (V) P = mg
4) (V) O sistema é conservativo
5) (V) VB =
gR =
10. 2,5 (m/s)
VB = 5m/s
Resposta: C
FÍSICA 81
C4_1a_Fis_Alelex_2013 23/05/13 15:24 Página 82
Impulso e
77 quantidade de movimento
• Grandeza vetorial • Momento linear
• Quantidade de movimento • Impulso
mV2
Ec = –––––– e o respectivo trabalho realizado pela for-
2
ça aplicada (TEC).
Se quisermos estudar o fenômeno do ponto de vista
vetorial, verificamos a velocidade vetorial que a bola ad-
quiriu (módulo, direção e sentido) e definimos →
duas
grandezas vetoriais importantes: o impulso ( I ) aplicado
pela força e a quantidade de movimento adquirida pe-
la bola.
O impulso está ligado à intensidade da força e ao in- Quando um taco de golfe atinge A força aplicada ao prego em um
tervalo de tempo em que ela age. uma bola, a deformação produ- curto intervalo de tempo confere
zida é provocada por uma força impulso suficiente para introduzi-lo
Em geral, a interação em uma colisão (o chute, o sa- de grande intensidade aplicada na madeira.
que, a tacada mencionados são colisões) tem uma du- pelo taco, atuando durante um
ração muito pequena, de ordem de centésimo de se- curto intervalo de tempo.
gundo e, portanto, a força aplicada deve ser intensa para
Como o intervalo de tempo (t) é uma grandeza
se produzir um efeito razoável. →
escalar e positiva, o impulso ( I ) terá a mesma direção e
Por outro lado, quando você vai empurrar um carro →
enguiçado e já engrenado para acionar o motor, a força o mesmo sentido da força F.
aplicada é relativamente pequena e o intervalo de tempo Exemplificando: o impulso do peso será sempre ver-
deverá ser maior para conseguir um efeito razoável. tical e dirigido para baixo, pois o peso é um força vertical
e dirigida para baixo.
Quando a força não for constante, a definição de
impulso é complicada, usando conceitos de Matemática
que só são aprendidos nas universidades.
Podemos, contudo, usar a ideia de força média. A
→
força média Fm é uma força constante capaz de produzir
o mesmo efeito da força variável.
Isto posto, escrevemos o impulso de uma força co-
mo sendo:
→ →
I = Fm t
2. Unidade de impulso
→
No Sistema Internacional de Unidades (SIU), a força
( F ) é medida em newtons (N) e o intervalo de tempo (t)
é medido em segundos (s) e, portanto, a unidade de
O pé do atleta aplica na bola, durante A fotografia estroboscópica impulso será dada por:
um certo intervalo de tempo t, mostra com detalhes a colisão →
uma força de intensidade variável. entre a bola e a raquete. uni [ I ] = newton . segundo (N . s)
82 FÍSICA
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No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite FIS1M404
FÍSICA 83
C4_1a_Fis_Alelex_2013 23/05/13 15:24 Página 84
IV) Correta
Q = mV
VA > VC ⇒ QA > QC
A intensidade da variação da quantidade de
Resposta: D movimento da bolinha é Q, dada por:
Q = m (V2 + V1) (I)
→
1 (UERJ-MODELO ENEM) – Uma funcionária, de massa 2) | I | = F t
→ →
50kg, utiliza patins para se movimentar no interior do | I | = 160 . 0,5 (SI) ⇒ | I | = 80N . s
supermercado. Ela se desloca de um caixa a outro, sob a ação
→ b) 1) V = V0 + t (MUV)
de uma força resultante F, durante um intervalo de tempo de
0,5 s, com aceleração constante de módulo igual a 3,2 m/s2, V = 0 + 3,2 . 0,5 (m/s) ⇒ V = 1,6m/s
partindo do repouso. Determine o módulo do impulso I pro-
→
duzido por essa força F e a energia cinética Ec adquirida pela mV2 50
2) Ec = –––– ⇒ Ec = –––– (1,6)2 (J) ⇒ Ec = 64J
funcionária. 2 2
Os valores de I e Ec são, em unidades do SI, respectivamente
Resposta: A
iguais a:
a) 80 e 64 b) 80 e 70 c) 70 e 64
d) 0 e 80 e) 80 e 80
RESOLUÇÃO:
a) 1) PFD:F = m a
F = 50 . 3,2 (N) = 160N
84 FÍSICA
C4_1a_Fis_Alelex_2013 23/05/13 15:24 Página 85
RESOLUÇÃO:
I) Verdadeira: No MCU, a aceleração vetorial é centrípeta e tem
––VR–– constante.
2
módulo
–––3 V
2 Respostas: a) 2 p
Q = m 0 – (–V0)
b) zero
5
Q = ––– m V0
3
2
m V0
b) Ecin = ––––––
i 2
FÍSICA 85
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86 FÍSICA
C4_1a_Fis_Alelex_2013 23/05/13 15:24 Página 87
→ → →
Os vetores Qi e Qf devem ser representados com a Neste caso, o módulo do vetor ( I ) é dado pelo
→ →
mesma origem, e o vetor I vai da “extremidade” de Qi Teorema de Pitágoras:
→
para a “extremidade” de Qf , como se representa na
figura:
I 2 = Q 2 + Q2
f i
Para obtermos o módulo do impulso, conhecidos os
→ →
módulo de Qi, de Qf e o ângulo , basta resolver o triân-
gulo da figura.
→ →
IF = Q
FÍSICA 87
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1 (VUNESP-MODELO ENEM) – Um motociclista bate vio- 2 (5th INTERNACIONAL JUNIOR SCIENCE OLYMPIAD –
lentamente contra um carro estacionado e sobrevoa o veículo COREIA-MODELO ENEM) – Um carro A de massa 500kg está
atingido batendo com seu capacete contra um muro. trafegando a 100km/h e outro carro B de massa 1000kg está
Graças ao uso obrigatório dos capacetes, a velocidade escalar trafegando a 50km/h em uma estrada horizontal. Quando os
de 24 m/s com que a cabeça do motociclista se chocou contra motoristas pisaram nos freios de maneira forte o suficiente
o muro, foi reduzida para zero, em um tempo de 0,6 s, maior para que as rodas travassem imediatamente, os dois carros
do que seria sem o uso desse equipamento. moveram-se com as rodas travadas até parar. Qual é a razão
Se a massa do motociclista é de 65 kg, a intensidade da força entre os tempos de parada dos carros A e B? Qual a razão
média aplicada sobre ele foi de: entre as distâncias percorridas até a parada dos carros A e B?
a) 1200N b) 1400N c) 1800N Assuma que ambos os carros se movam em linha reta, os
d) 2400N e) 2600N coeficientes de atrito entre os pneus e a estrada são os
mesmos para ambos os carros e a resistência do ar possa ser
RESOLUÇÃO: desprezada.
TI: I = Qpessoa
Tempo de parada Distância percorrida até a
–Fm . t = 0 – mV0 (Carro A: Carro B) parada (Carro A: Carro B)
Fm = 2600 N
c) 2:1 4:1
d) 4:1 4:1
Resposta: E
e) 1:4 1:4
RESOLUÇÃO:
→ →
I) TI: Iat = Q
V0
–µmgT = –mV0 ⇒ T = –––
µg
88 FÍSICA
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dA V0A 100
––– = –––– = –––– =4 choque com o piso fofo do tapete, não?
dB V0B 50 b) Suponha que a xícara caia sobre o tapete e pare, sem
quebrar-se. Admita que a massa da xícara seja 0,10kg, que
Resposta: C
ela atinja o solo com velocidade de módulo 2,0m/s e que o
tempo de interação do choque seja de 0,50s. Qual a
intensidade média da força exercida pelo tapete sobre a
xícara? Qual seria a intensidade dessa força, se o tempo de
interação fosse 0,010s? Adote g = 10,0m/s2.
RESOLUÇÃO:
→
a) A xícara, ao atingir o piso, tem uma velocidade V e uma quan-
→
3 Uma bola de massa 1,0kg cai verticalmente e atinge o solo tidade de movimento Q .
horizontal com velocidade de módulo 25m/s. Imediatamente Durante a interação com o piso, a xícara fica sob ação de seu
→ →
após a colisão com o solo, a bola tem velocidade vertical de mó- peso P e da força F recebida do piso.
dulo 10m/s. A interação entre a bola e o solo durou 5,0 . 10–2s. Aplicando-se o teorema do impulso, vem:
A força média que a bola exerceu sobre o solo tem intensidade → → → →
I xícara = Q xícara = 0 – Q
igual a
a) 35N b) 70N c) 6,9 . 102N (Fm – P) t = Q
2
d) 7,0 . 10 N 2
e) 7,1 . 10 N Q
Fm = ––– + P
t
RESOLUÇÃO:
FÍSICA 89
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Cálculo do impulso
79 pelo método gráfico
• Impulso
• Área do gráfico força x tempo
Método gráfico
Consideremos o gráfico do valor algébrico de uma
→
força F, com direção constante, em função do tempo de
ação t.
N
Área (F x t) = Ft = I
90 FÍSICA
C4_1a_Fis_Alelex_2013 23/05/13 15:24 Página 91
I = 10,0 N . s
20,0 = 4,0 Vf ⇒ Vf = 5,0m/s
3) TEC: τ = Ecin
2) Teorema do Impulso:
m m
I = Q ⇒ I = mV ⇒ 10,0 = 0,25 V τ = ––– V 2 – ––– V02
2 f 2
1 (VUNESP-MODELO ENEM) – O encarregado da seguran- Os dois gráficos foram registrados em duas colisões de testes
ça da linha de produção antecipa um acidente e golpeia o botão de segurança. A única diferença entre essas colisões é que, na
de desligamento geral das máquinas. A força de interação ente colisão I, se usou a bolsa e, na colisão II, ela não foi usada.
a mão desse funcionário e o botão está representada no
gráfico.
FÍSICA 91
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RESOLUÇÃO:
10,0 . 4,0
a) I = área (F x t) = –––––––––– (SI)
2
RESOLUÇÃO: I = 20,0 N . s
1) I = área (F x t)
b) TI: I = Q
10,0 . 10,0 I = mVf – mV0
I = –––––––––– (SI) = 50,0N.s
2
20,0 = 2,0V1 ⇒ V1 = 10,0m/s
2) TI: I = Q
I = mVf – mV0 c) PotF = F V cos 0°
I = m (Vf – V0)
50,0 = 5,0 (Vf – 2,0) Pot1 = 4,0 . 10,0 . 1 (N)
Vf – 2,0 = 10,0
Resposta: C
Respostas:a) 20,0 N . s b) 10,0m/s c) 40,0W
Imagine um corpo inicialmente parado. Se você apli- Portanto, a resultante das forças externas no siste-
car sobre ele uma força, ele vai adquirir uma certa velo- ma formado por A e B é nula. Dizemos então que A e B
cidade e, portanto, uma certa quantidade de movimen- formam um “sistema isolado”.
to. Se você suprimir a força aplicada (corpo isolado de Considere agora que A aplica sobre B uma força
forças externas), é compreensível, pela 1.a Lei de →
constante F durante um intervalo de tempo t. Isto pro-
Newton, que a sua velocidade vai permanecer constante → →
→ → voca em B um impulso I = F . t e sua quantidade de
e, portanto, a sua quantidade de movimento (Q = mV) → →
movimento sofrerá uma variação QB = F t.
também vai permancer constante.
Imagine agora duas pessoas, A e B, com patins em De acordo com a 3.a Lei de Newton, a pessoa B
→
um plano horizontal sem atrito. Despreze o efeito do ar. reage e aplica em A uma força – F e portanto A sofre um
→ →
Em cada pessoa, atuam seu peso e a força de reação impulso IA = – F . t que provoca em A uma variação de
→ →
normal do chão, que vão equilibrar-se. quantidade de movimento QA = – F t.
92 FÍSICA
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→ → →
A soma vetorial QA + QB = 0 significa que o
sistema formado por A e B não sofreu variação de quan-
tidade de movimento.
Sistema isolado
A variação da quantidade de movimento do foguete é, em módulo,
Um corpo ou um sistema de corpos é dito ISOLADO igual à variação da quantidade de movimento dos gases por ele
quando está livre de forças externas, isto é, a resultante expelidos.
das forças externas é nula.
Em um sistema isolado, as partes que compõem o
sistema podem trocar forças entre si, do tipo ação-reação;
tais forças são chamadas de forças internas ao sistema.
→
Como a resultante externa (FR) é nula, o impulso re-
→ → →
sultante ( IR) sobre o sistema também é nulo ( IR = FR t)
→ →
e, aplicando-se o teorema do impulso ( IR = Q), con-
cluímos que a variação de quantidade de movimento do
→
sistema (Q) é nula, ou ainda:
FÍSICA 93
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→ → → →
Qsistema = QA + QB + QC
↓ ↓ ↓ ↓
constante varia varia constante
→
O fato de Qsistema permanecer constante é facil-
mente compreensível se lembrarmos que, sendo
→ →
FBA = – FAB (lei da ação e reação), os impulsos sobre A
→ →
e sobre B serão opostos: IA = –IB e, de acordo com o
teorema do impulso, as variações de quantidade de mo-
vimento de A e de B também serão opostas e vão com-
pensar-se, isto é:
→ → → →
QA = – QB e Qsistema = 0
94 FÍSICA
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1 (UNIFEI-MG) – Um carrinho de massa c) afasta-se 1,0 m da margem. A nave de comprimento 30m possui uma velo-
igual a 250g move-se numa superfície lisa, sem d) afasta-se 1,2 m da margem. cidade constante de módulo v = 5,0m/s, no
atrito, com uma velocidade escalar de 1,2m/s. e) afasta-se 2,0 m da margem. sentido contrário ao do eixo y da figura e, no
Ele colide e gruda num outro carrinho de massa Resolução instante t = 0s, o bico da nave possui coorde-
500g, que se movia na mesma direção e em nadas (10m, 30m), conforme representadas na
sentido contrário ao primeiro carrinho. Saben- figura. O astronauta, para tentar alcançar a nave
do-se que o módulo da velocidade desse de volta, lança o equipamento paralelamente ao
segundo carrinho antes da colisão era de eixo x, com velocidade escalar Vx = –4,0 m/s.
0,80m/s, qual é a velocidade escalar dos Desprezando-se as forças que os planetas
carrinhos após a colisão? exercem sobre o astronauta e sobre a nave
Resolução espacial, marque para as alternativas abaixo (V)
Verdadeira ou (F) Falsa.
1 ( ) O astronauta não alcançará a nave,
pois ele continuará em repouso após arre-
messar o equipamento.
2 ( ) Após arremessar o equipamento, o
astronauta alcançará uma velocidade de
módulo igual a 4,0 m/s no sentido do eixo x.
→ → → 3 ( ) Após 6,0s, o bico da nave espacial
QG + QB = 0
→ →
estará na posição (10m, 0m).
QG = QB 4 ( ) O astronauta irá se deslocar no sentido
positivo de x, mas não conseguirá alcançar
mGVG = mBVB
No ato da colisão, os carrinhos formam um a nave.
sistema isolado e haverá conservação da A sequência correta de V e F é:
dG x
quantidade de movimento total mG –––– = mB ––– a) VVFF b) VFVF c) FVFV
t t
d) FFVF e) FFFF
Qapós = Qantes 60 . (2,0 – x) = 40 . x Resolução
1 (FALSA) O astronauta e o equipamento for-
(MA + MB) Vf = MAVA + MBVB 12,0 – 6x = 4x
mam um sistema isolado:
→ →
750Vf = 250 . 1,2 + 500 (–0,80) 12,0 = 10x ⇒ x = 1,2 m Qtotal = 0
→ → →
QA + QE = 0
3Vf = 1,2 – 1,6 Resposta: D
→ →
QA = Q
QE
0,4
Vf = – ––– m/s 3 (UFU-MG-MODELO ENEM) – Um astro-
mAVA = mEVE
3 nauta de massa 100kg carrega um equipa-
Vf – 0,13m/s mento de massa igual a 5,0 kg para tentar 100VA = 5,0 . 4,0 ⇒ VA = 0,20 m/s
consertar um satélite, em órbita ao redor da
2 (FALSA)
2 (VUNESP-MODELO ENEM) – Um garoto
Terra. Em determinado momento, esse
3 (VERDADEIRA)
astronauta se solta da nave espacial, perma-
de 60 kg está parado em pé na posição
necendo em repouso em relação ao sistema de sN
indicada na figura, sobre um bote inflável de VN = ––––
massa 40 kg que flutua nas águas de uma
referência mostrado na figura abaixo. t
lagoa que não impõe nenhuma resistência ao 30
5,0 = –––– ⇒ T = 6,0 s
deslocamento do bote. Inicialmente o bote TN N
1,5
0,20 = –––– ⇒ TA = 7,5 s
TA
Em 7,5s a nave percorreu uma distância:
sN = vN . t = 5,0 . 7,5 (m) = 37,5 m
Se o menino caminhar 2,0m em relação ao bo- O bico da nave estará 7,5 m abaixo do eixo
te no sentido de se aproximar da margem, o x porém como seu comprimento total é de
bote 30 m o astronauta atingirá uma posição da
a) permanece encostado na margem da lagoa. nave a 7,5 m de seu bico.
b) afasta-se 0,8 m da margem. Resposta: D
FÍSICA 95
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V1 = 18,0m/s
RESOLUÇÃO:
No ato da explosão, a rocha é um sistema isolado. A quantidade
de movimento total, imediatamente após a explosão, deve ser
nula, pois a rocha estava inicialmente em repouso.
→ →
Qapós = Qantes
→ → → →
m V1 + m V2 + m V3 = 0 3 (UFPE-MODELO ENEM) – Um casal de patinadores pe-
→ → → → sando 80 kg e 60 kg, parados um de frente para o outro, em-
V1 + V2 + V3 = 0
purram-se bruscamente de modo a se movimentarem em sen-
→ → → tidos opostos sobre uma superfície horizontal sem atrito. Num
V3 = –( V1 + V2) determinado instante, o patinador mais pesado encontra-se a
12 m do ponto onde os dois se empurraram. A distância que
separa os dois patinadores, neste instante, vale:
a) 4m b) 12m c) 18m d) 20m e) 28m
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
96 FÍSICA
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1 + –––
m
M →
e) V0
RESOLUÇÃO:
O sistema vagão-pedra é isolado de forças horizontais e a quan-
tidade de movimento horizontal vai permanecer constante:
→ M →
→ → → →
Qh = Qh ⇒ (M + m) Vf = M V0 ⇒ Vf = ––––––– V0
f i M+m
Resposta: C
Imagine que você esteja jogando bilhar e observan- 1. Fases de uma colisão
do uma bolinha colidindo com a outra.
Se não houvesse perda de energia mecânica, a Fase de deformação
colisão seria totalmente silenciosa, não haveria nenhum
A fase de deformação começa quando os corpos
tipo de deformação permanente e a temperatura das
entram em contato e termina quando suas velocidades
bolinhas não se alteraria.
tornam-se iguais.
Esta colisão ideal é chamada colisão elástica ou
Na fase de deformação, a energia mecânica do sis-
perfeitamente elástica.
tema pode transformar-se em outras formas de energia:
Se você escutar um barulho na colisão entre as bo-
(l) energia potencial elástica: ligada às deforma-
las, é porque uma parte da energia mecânica foi transfor-
ções elásticas;
mada em sonora e a colisão é chamada parcialmente
elástica. (2) energia térmica: provocando aquecimento nos
corpos que colidem;
Imagine agora que você coloque um chiclete preso
numa das bolas de modo que após a colisão as bolas (3) energia sonora: produzindo "barulho" durante a
fiquem grudadas. colisão;
Esta colisão, em que os corpos ficam unidos após a (4) trabalho: usado para produzir deformações
colisão, é chamada perfeitamente inelástica. permanentes.
Porém, nos três tipos de colisão, as forças de atrito
e de resistência do ar são muito menores do que as for-
ças internas de interação entre as bolas e o sistema
formado pelas duas bolas será considerado isolado e
haverá conservação da quantidade de movimento do
sistema formado pelas duas bolas.
Imagine agora que você abandona do repouso, uma
bolinha de borracha de uma altura H acima do solo ho-
rizontal e que após a colisão a bolinha atinge uma altura
máxima h. Ignore o efeito do ar. Se H = h, é porque não
houve perda de energia mecânica no ato da colisão, que
será do tipo elástica.
Na colisão dos corpos, a ener- A foto mostra o exato instante do
Se h = 0, a bolinha ficará grudada no chão e a colisão gia mecânica do sistema trans- choque entre uma bola e uma raquete
será do tipo perfeitamente inelástica. forma-se em energia térmica, de tênis. Observe a deformação
energia sonora e trabalho para sofrida por ambas: é o que chamamos
Se 0 < h < H, a colisão será do tipo parcialmente produzir deformações. de fase de deformação.
elástica.
FÍSICA 97
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Alguns veículos possuem uma grande área frontal, que pode ser No caso em que os corpos permanecem unidos após a colisão, há
amassada em uma colisão, amenizando a desaceleração e podendo grande dissipação de energia mecânica.
salvar vidas.
98 FÍSICA
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5. Problemas-modelo
Nota: o termo “inelástica” pode ser substituído por
“anelástica”. Colisão unidimensional
4. Conservação da
quantidade de movimento
Em qualquer dos modelos citados de colisão, os
corpos que colidem constituem um sistema isolado,
pois, no ato da colisão, desprezamos as forças externas
em comparação com as forças internas ligadas à colisão.
O fato de os corpos constituírem um sistema isolado
implica a conservação da quantidade de movimento total
do sistema. Equações:
Nas colisões, há conservação da quantidade de (1)Qf = Qi
movimento total do sistema constituído pelos
corpos que colidem.
mAVA’ + mBVB’ = mAVA + mBVB
Vaf
(2)e = ––––
Vap
VB’ – VA’
e = ––––––––––
VA – VB
FÍSICA 99
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Em (2):
VB' – VA' = VA – VB
VA’ = VB
VB’ = VA
Durante a queda livre de A para B, temos:
Ecin = Epot
B A
Em uma colisão unidimensional, elástica, entre
dois corpos de massas iguais, há troca de 2
m VB
velocidade entre os corpos. –––––– = m g H ⇒ VB =
2gH
2
m (V’B)2
––––––– = m g h ⇒ VB’ =
2gh
2
Vaf VB’ h
e = –––– = –––– ⇒ e= ––––
Vap VB H
A altura atingida após n colisões é calculada como se
segue:
h1 = e2H
h2 = e2h1 = e2 . e2H = e4H
h3 = e2h2 = e2 . e4H = e6H
As fotos mostram um choque unidimensional entre corpos idênticos.
É um exemplo de uma situação física em que os corpos "trocam" de Genericamente: hn = e2n . H
velocidade.
100 FÍSICA
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(II) VERDADEIRA.
Qantes = mAVA + mBVB
Qantes = m40 + m (–10) = 30m
mAVA mBVB (3) No esquema III a energia cinética se
dezas físicas: a energia cinética Ec = –––– Ec = ––––––– + –––––––
2 antes
2 2 conservou e a colisão é elástica.
que é uma grandeza escalar e a quantidade de (4) O esquema IV não traduz uma realidade
→ → física (é impossível) porque a energia
movimento (Q = m V) que é uma grandeza
m cinética aumentou.
vetorial. Ec = –– [(40)2 + (10)2] = 850m
antes 2
Definimos ainda uma grandeza adimensional
chamada coeficiente de restituição que é a Somente está correto o que se afirma em:
razão entre a velocidade relativa com que as 2 2 a) (1) b) (1); (2) e (3)
mAV’A mBV’B c) (1); (3) e (4) d) (2) e (4)
bolas se afastam e a velocidade relativa com Ec = ––––––– + –––––––
após e) (3) e (4)
que as bolas se aproximam. 2 2
Resolução
m (1) VERDADEIRA.
V’B – V’A
e = ––––––––– Ec = –– [(20)2 + (10)2] = 250m
após
2 Ecin = Ecin + Ecin = 5U + 0 = 5U
VA – VB i A B
Ecin = E’cin + E’cin = 1U + 4U = 5U
f A B
V’B = velocidade escalar de B após a colisão (2) FALSA.
Ec < Ec
V’A = velocidade escalar de A após a colisão após antes
Ecin = Ecin + Ecin = 5U + 0 = 5U
i A B
VA = velocidade escalar de A antes da colisão
Resposta: D Ecin = E’cin + E’cin = 4U + 2U = 6U
f A B
VB = velocidade escalar de B antes da colisão
Como Ecin > Ecin a situação proposta é
f i
A situação problema consiste em analisar o que 3 (MODELO ENEM) – Duas pessoas A e B impossível
ocorre com a quantidade de movimento e com estão patinando em uma pista de gelo suposta
a energia cinética do sistema formado pelas sem atrito. (3) VERDADEIRA.
duas bolas antes e após a colisão e calcular o A situação problema consiste em estudar o
coeficiente de restituição nesta colisão. Ecin = Ecin + Ecin = 2U + 5U = 7U
comportamento da energia cinética do sistema i A B
Considere as proposições a seguir: formado pelas duas pessoas A e B em uma Ecin = E’cin + E’cin = 6U + 1U = 7U
f A B
I) O coeficiente de restituição vale 0,2. colisão entre elas.
II) A quantidade de movimento do sistema Sabe-se que quando a colisão é elástica há (4) VERDADEIRA.
formado pelas bolas A e B antes e após a conservação da energia cinética do sistema e Ecin = Ecin + Ecin = 0 + 3U = 3U
colisão é a mesma. quando a colisão é inelástica a energia cinética
i A B
FÍSICA 101
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RESOLUÇÃO:
a) No ato da colisão, os móveis formam um sistema isolado e
haverá conservação da quantidade de movimento total.
Qapós = Qantes
m1V’1 + m2V’2 = m1V1 + m2V2
m1 . 8 + m2 6 = m1 2 + m2 10
6m1 = 4 m2
m2 = 1,5 m1
m2 = 1,5 . 10 (kg)
102 FÍSICA
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Resposta: E
82 Exercícios
1 (MODELO ENEM) – Uma espaçonave de Analise o problema como sendo uma colisão
massa m e velocidade com módulo VE = 12km/s elástica e a velocidade de Júpiter constante por
(relativa ao Sol) aproxima-se do planeta Júpiter ser a massa da espaçonave desprezível em
de massa M (muito maior que m) que tem comparação com a sua. O valor de V’E, em
velocidade com módulo VJ = 13km/s (relativa ao km/s, é:
Sol). A espaçonave contorna o planeta Júpiter e a) 13 b) 18 c) 20
inverte o sentido de seu movimento (efeito d) 25 e) 38
estilingue), adquirindo uma velocidade de
módulo V’E (relativa ao Sol).
FÍSICA 103
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m V1 + m V2 = m V0
1) Qfinal = Qinicial
V1 + V2 = V0 (1)
Identifique a opção que apresenta uma con- 3,0VA + 1,0VB = 6,0 (1)
dição necessária para que o “teco parado” 2) Vaf = Vap 2) Vaf = Vap (colisão elástica)
ocorra.
VB – VA = 2,0 (2) V2 – V1 = V0 (2)
a) A massa mA deve ser muito menor que a
massa mB. Fazendo-se (1) – (2), vem:
(1) + (2): 2V2 = 2V0
b) A massa mA deve ser muito maior que a
massa mB. 4,0VA = 4,0 ⇒ VA = 1,0m/s
V2 = V0 = 2,0m/s
c) As bolas A e B têm de ter a mesma massa.
→ Em (2): V1 = 0
d) O módulo da velocidade VA deve ser muito
grande, independentemente das massas VB – 1,0 = 2,0 ⇒ VB = 3,0m/s
mA e mB. c)
→ Resposta: C
e) O módulo da velocidade VA deve ser muito
pequeno, independentemente das massas
mA e mB. 4 (UFF-RJ) – No brinquedo ilustrado na
Resolução figura, o bloco de massa m encontra-se em
repouso sobre uma superfície horizontal e deve
1) No ato da colisão, o sistema formado pelas
ser impulsionado para tentar atingir a caçapa,
bolas A e B é isolado e haverá conservação
situada a uma distância x = 1,5 m do bloco.
da quantidade de movimento total. TEC: τat = Ecin
Para impulsioná-lo, utiliza-se um pêndulo de
→ → mV22
Qapós = Qantes mesma massa m. O pêndulo é abandonado de
µmg d cos 180° = – –––––
uma altura h = 20cm em relação à sua posição 2
mBVB = mAVA (1) de equilíbrio e colide elasticamente com o
bloco no instante em que passa pela posição
2) Sendo a colisão elástica, vem: V22 (2,0)2
vertical. Considerando-se a aceleração da
Vaf = Vap d = ––––– = ––––––––––– (m)
gravidade com módulo g = 10 m/s2, calcule: 2µg 2 . 0,20 . 10
VB = VA (2)
104 FÍSICA
C4_1a_Fis_Alelex_2013 23/05/13 15:24 Página 105
2 2
Ecin = m1 V1 = 4,0 . (3,0) (J) = 18,0J
i ––––– –––––––––
2 2
Ecin = Ecin – Ecin = 12,0J – 18,0J
f i
Ecin = –6,0J
FÍSICA 105
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4 (MODELO ENEM) – O pêndulo balístico é um dispositivo 1) Conservação de energia mecânica após a colisão:
Epot = Ecin
utilizado para medir a velocidade de balas de armas de fogo. f i
(M + m) 2
Considere o caso em que uma bala de massa 16g é disparada (M + m) gh = –––––––––– V1
contra um bloco de 4984g suspenso por fios ideais. Em uma 2
colisão considerada instantânea e totalmente inelástica, a bala V1 =
=
2gh 2 . 10 . 3,2 .10–2 (m/s) = 0,80 m/s
aloja-se no bloco e o centro de massa do conjunto formado 2) Conservação da quantidade de movimento no ato da colisão:
pelo bloco e a bala sobe a uma altura máxima de 3,2cm (com
Qapós = Qantes
relação à posição inicial, antes da colisão).
(M + m) V1 = mV0
Considerando-se g = 10m/s2, o módulo da velocidade da bala,
imediatamente antes de atingir o bloco é: 5000 . 0,80 = 16 . V0 V0 = 250 m/s
a) 120m/s b) 180m/s c) 200m/s Resposta: E
d) 210m/s e) 250m/s
RESOLUÇÃO:
Leis de
83 Kepler e suas aplicações
• Raio médio de órbita
• Período de translação
Desde a mais remota antiguidade, os grandes pensa- Muito mais tarde, Nicolau Copérnico (1473-1543)
dores tentaram explicar como funciona o sistema solar. propôs o sistema heliocêntrico, em que os seis planetas
No Ocidente, as primeiras ideias sobre o assunto fo- conhecidos na sua época: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
ram formuladas por Platão (427aC-347aC) e Aristóteles Júpiter e Saturno descreveriam órbitas circulares em tor-
(384aC-322aC) que admitiam ser a Terra o centro imóvel no do Sol.
do sistema solar, com o Sol e os demais planetas gravi- Copérnico
tando em órbitas circulares em torno da Terra: era o sis-
tema denominado geocêntrico (Terra no centro).
Ilustres astrônomos como Ptolomeu (127-151) e
Tycho Brahe (1546-1601) também aceitaram e defen-
deram o sistema geocêntrico.
Porém, Ptolomeu propôs um sistema geocêntrico
um pouco mais complicado: a Lua e o Sol descreveriam
órbitas circulares em torno da Terra, mas cada planeta
descreveria órbita circular em torno de um centro C que,
por sua vez, descreveria órbita circular em torno da Terra.
Ptolomeu
106 FÍSICA
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o sistema heliocêntrico, porém com uma correção: as ór- 3) ser o corpo celeste dominante, como fonte de cam-
bitas dos planetas não eram circulares como pensavam po gravitacional, em suas vizinhanças, traduzido como:
Galileu e Copérnico; na realidade, as órbitas tinham a “limpar gravitacionalmente a vizinhança de sua órbita”.
forma de elipses.
Plutão satisfaz as duas primeiras condições, porém
Kepler formulou três leis sobre os movimentos dos foi rebaixado a planeta-anão porque não respeitou a
planetas que, posteriormente, foram demonstradas, terceira condição. De fato: sua órbita se aproxima da de
matematicamente, por Isaac Newton (1642-1727). Netuno, que é o dominante em suas vizinhanças, pois a
massa de Netuno é cerca de 8600 vezes maior que a de
Em 24/08/2006 na reunião da IAU (União Astronômica
Plutão.
Internacional), os 2500 cientistas e astrônomos presentes
decidiram que Plutão não é mais um “planeta do sistema
solar”, sendo rebaixado para uma nova categoria de 1. Leis de Kepler (1571-1630)
corpos celestes: os denominados “planetas-anões”. As leis de Kepler descrevem os movimentos dos
Outros corpos celestes que farão companhia a Plu- planetas em torno do Sol.
tão: 1.a Lei de Kepler ou lei das órbitas
1) CERES que era considerado um asteróide, com O que é uma elipse?
órbita elíptica entre Marte e Júpiter, com raio médio de
414 . 106 km (2,8 unidades astronômicas), período de A elipse é uma curva que corresponde ao lugar
translação de 1680 dias (4,6 anos) e diâmetro de 930 km. geométrico dos pontos de um plano, cujas distâncias, a
dois pontos fixos do plano, têm soma constante.
2) Corpo celeste 2003 UB 313 (nome atual, ÉRIS), Os pontos fixos são chamados de focos da elipse.
descoberto em julho de 2005 por uma equipe de pesqui-
sadores norte-americanos, com órbita elíptica, muito
além de Plutão, com raio médio da ordem de 102 . 108km
(68 unidades astronômicas), período de translação de
561 anos e diâmetro de 3000 km.
Nota: 1 ua (unidade astronômica) = 1,5 . 1011 m (dis-
tância média da Terra ao Sol)
Os astrônomos postularam que para ser classificado
como um planeta do sistema solar um corpo celeste
deve respeitar três condições:
1) gravitar em torno do Sol; Para qualquer ponto P da elipse, temos:
2) ter massa suficiente para assumir a forma
geométrica de uma esfera; d1 + d2 = k (constante)
? Saiba mais
FÍSICA 107
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108 FÍSICA
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De fato, a igualdade das áreas A1 e A2 (ver figura Período de translação ou ano de um planeta
anterior) implica que a medida do arco AB seja maior que Define-se período de translação (ou período de revo-
a do arco CD e, como o intervalo de tempo é o mesmo, lução ou ano) de um planeta como sendo o intervalo de
concluímos que a velocidade de translação em AB é tempo (T) para dar uma volta completa em torno do Sol.
maior do que em CD.
A1 = A2 ⇒ med(AB) > med(CD) Enunciado da 3.a Lei de Kepler
RA TA
3.a Lei de Kepler ou Lei dos Períodos –––– = –––– ou –––– = ––––
TA2 TB2 RB TB
Raio médio de uma órbita elíptica
Seja dmáx a distância máxima do planeta ao Sol e
dmín, a distância mínima. Demonstra-se que a constante de proporcionalidade
da 3.a Lei de Kepler é dada por:
Define-se raio médio da órbita elíptica como sen-
do a média aritmética entre as distâncias do periélio e do R3 GM
afélio até o Sol. –––– = –––– em que:
T2 4π2
dmín + dmáx
R = –––––––––––––– G = constante de gravitação universal
2 M = massa do Sol
FÍSICA 109
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! Os Destaques quências de tal acusação poderiam ser pre- já houvesse mostrado que o Sol era o
NICHOLAS KOPPERNIGK judiciais à integridade física do acusado. Sob centro do nosso sistema planetário, estas
este temor, Copérnico demorou muitos anos ideias eram consideradas mais como
Entre os ilustres filhos da
para tornar públicas suas ideias. Na verdade, conjecturas teóricas do que uma verdade
Polônia, figura o astrôno-
Copérnico nunca chegou a ver seu grande científica, devido certamente ao fato de que
mo, jurista, estadista e
livro. Quando a obra foi editada, Copérnico já a Igreja Católica pregava o modelo
clérigo Nicolaus Coper-
estava com idade bem avançada e já sem lu- geocêntrico para a Criação. Munido das ob-
nicus, ou simplesmente
cidez, devido a uma hemorragia cerebral. Co- servações do astrônomo, seu contempo-
Copérnico.
pérnico veio a morrer como cônego na Cate- râneo, Tycho Brahe, Kepler provou inapela-
Nascido em janeiro de dral de Frauenburg, na Prússia, em 1543. velmente o modelo heliocêntrico. Brahe fez
1473, de família abastada e influente, Co- as melhores e mais numerosas observa-
pérnico pôde estudar nas melhores Universi- JOHANNES KEPLER ções astronômicas de seu tempo.
dades da Europa até os 33 anos. Versado em Em 1571, na cidade alemã
várias disciplinas, entre as quais Astronomia, de Weil, nasceu Johannes
Copérnico resolveu dois problemas muito Kepler, filho de um merce-
importantes de sua época. No século XVI, as nário, famoso em sua
Grandes Navegações estavam em pleno cidade por suas bebedei-
desenvolvimento, e a orientação pelas estre- ras, e de uma senhora
las era vital para frotas comerciais. Copérnico emocionalmente abalada
foi importante no aperfeiçoamento desta que, mais tarde, seria acusada de bruxa e
técnica. A Igreja também precisava de um perseguida por conta disso. O pequeno
calendário mais exato para suas co- Kepler sofreu um ataque de varíola aos
memorações e foi graças a Copérnico que se quatro anos que prejudicou muito a sua
criou o Calendário Gregoriano. visão e o movimento de suas mãos. Como
Mas foi na sua obra De Revolutionibus Or- se vê, Kepler desde cedo teve uma vida di-
bium Coelestium que Copérnico atingiu seu fícil. Mesmo assim, mostrou-se logo um es-
maior feito. Neste tratado de Astronomia, ele tudante de brilho, sendo levado por um tio
demonstrou, contra os dogmas acadêmicos para um seminário, onde tomou o primeiro
de sua época, que era o Sol, e não a Terra, o contato com as ciências. Porém, Kepler
centro das órbitas dos planetas conhecidos sentiu que sua verdadeira vocação era para
em seu tempo. Tal postura era temerária até a Astronomia e a Matemática. Mesmo com
então. Diante da Santa Inquisição, qualquer problemas financeiros e perseguido como O desenho representa o astrônomo Tycho
ideia que contestasse a "ciência católica" protestante, revolucionou a concepção de Brahe em seu observatório, o melhor do
poderia ser taxada de heresia, e as conse- Universo do seu tempo. Embora Copérnico mundo na sua época.
110 FÍSICA
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Kepler foi realmente um personagem histórico fascinante. Ao mesmo tempo em que demoliu as ideias preconcebidas de sua época,
procurou obsessivamente relações geométricas clássicas entre os movimentos dos planetas, num retorno aos conceitos dos antigos
filósofos gregos, e foi também mais famoso durante sua vida como astrólogo que como astrônomo. Mas os fatos falaram mais alto e
Kepler se rendeu aos argumentos científicos de suas próprias descobertas.
Morreu na cidade de Ratisbona, em 1630, de uma forte febre, durante uma longa e penosa viagem que fazia para tentar publicar um de
seus livros.
T1
2
d1
3
RE3 = 25 R3M
2) A razão entre os raios das órbitas da Terra e ––– = ––– 3 ––
de Marte em torno do Sol elevada ao cubo T2 d2 RE = 25 RM
é igual à razão entre os períodos de
T2 = 3 . 107; d1 = 1 . 1013m; d2 = 1 . 1011m RE
translação da Terra e de Marte elevada ao RM = ––– = 0,34 RE ⇒ RM 34% RE
quadrado: 2 3 2,9
3 2 T1 1. 1013
RT TT ––––––– = –––––––
––– = ––– 3 . 107 1 . 1011 Resposta: D
RM TM
2 4 (ITA) – O primeiro planeta descoberto fora
3) A razão entre os raios médios das órbitas de
Deimos (em torno de Marte) e da Lua (em
T1
–––––––
3 . 107
= 106 do sistema solar, 51 Pegasi B, descreve uma
órbita circular em torno da estrela 51 Pegasi,
torno da Terra) elevada ao cubo é igual à com período de translação de 4,2 dias terres-
razão entre os períodos de translação de T1 tres e com velocidade de translação de módulo
––––––– = 103 ⇒ T1 = 3 . 1010s
Deimos e da Lua elevada ao quadrado: 3 . 107 igual a 1,2 . 105m/s.
3 2
Imagine que existe um outro planeta, 51 Pe-
RDeimos TDeimos
––––––– = –––––– Resposta: C gasi C, em órbita circular, de raio quatro vezes
RLua TLua
maior que o de 51 Pegasi B.
Somente está correto o que se afirma em: 3 (UECE-MODELO ENEM) – Considere que O período de translação TC e o módulo da velo-
a) 1 b) 2 c) 3 um satélite meteorológico, passe exatamente cidade de translação VC do planeta 51 Pegasi C
d) 1 e 2 e) 1 e 3 acima de uma dada floresta a cada 4,8 horas. serão dados por:
FÍSICA 111
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RC = 4 RB
–––– = –––––– VB
VC = 6,0 . 104m/s 2
TB
2
TC VC = –––– = 6,0 . 104 m/s
d) TC = 16,8 dias terrestres TC = 8 TB 2
VC = 2,4 . 105m/s 2 2
TC = 64 TB
e) TC = 4,2 dias terrestres
VC = 1,2 . 105m/s TC = 8 TB = 33,6 dias Resposta: A
torno do Sol, medido em anos terrestres, é um valor mais RS3 R3L R L = 60R
próximo de: –––– = –––– , em que
T L = 27d
a) 248 b) 300 c) 360 d) 560 e) 580 TS2 T2L
T S = 1d
RESOLUÇÃO:
R 3T R 3P RS3 (60R)3
3.a Lei de Kepler: –––– = –––– –––– = –––––––
T2T T2P 1 36
60R 20
RT = 1ua; TT = 1a; RP = 68ua RS = ––––– = –––– R ⇒ RS 6,7R
9 3
13 (68) 3
––– = ––––– Resposta: A
12 T 2P
112 FÍSICA
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Você já pensou o que nos mantém presos à Terra? Um astronauta no interior de uma nave em órbita
O que mantém a Lua gravitando em torno da Terra? fica flutuando com gravidade aparente nula tendo a fa-
mosa sensação de imponderabilidade (ausência de
Porque os planetas gravitam em torno do Sol?
peso). Isto afeta de-
A resposta a todas estas indagações é a mesma: mais o organismo hu-
existe uma força aplicada pela Terra que nos mantém mano: em seis meses,
presos a ela e que mantém a Lua gravitando em torno os nossos ossos são
dela; existe uma força que o Sol aplica nos planetas para regenerados e se isso
mantê-los em órbita. ocorrer com o astro-
Todas estas forças têm a mesma natureza: são for- nauta em órbita, seus
ças gravitacionais. ossos serão muito frá-
A força gravitacional entre dois corpos resulta do geis porque foram re-
simples fato de os corpos terem massa. generados com gra-
vidade zero e no retor-
Todo corpo cria em torno de si, pelo fato de ter mas-
no à Terra haverá gran-
sa, o que chamamos de campo gravitacional, que será
de possibilidade de
tanto mais intenso quanto maior for a massa do corpo.
fratura óssea.
Quando outro corpo está dentro desse campo A imponderabilidade ocorre devido à “gravidade aparente” ser nula.
gravitacional, ele vai ser atraído pelo primeiro e a força Note que para o satélite orbitar em torno da Terra, a força gravitacional
de atração é chamada de força gravitacional. não pode ser nula.
É claro que a força gravitacional obedece à 3a. Lei de
Newton e, portanto, os corpos atraídos se atraem 1. Lei da gravitação universal
mutuamente.
O seu peso é resultado da força gravitacional que
de Newton (1642-1727)
você recebe da Terra, porém você também atrai a Terra Apoiado nos estudos de Galileu, Copérnico e Kepler,
com uma força gravitacional de mesma intensidade e Isaac Newton apresentou a lei da gravitação universal.
aplicada no centro da Terra. Entre dois corpos quaisquer, pelo simples fato de
O que aconteceria se, repentinamente, a força gra- terem massa, existe uma força de atração, denominada
vitacional deixasse de existir? força gravitacional.
Os planetas não mais gravitariam em torno do Sol, A medida da força gravitacional é traduzida na
os satélites não mais gravitariam em torno de seus apresentação da lei:
planetas, você não teria mais peso e seria lançado para Enunciado da Lei de Newton
o espaço sideral com a velocidade com que você girava
em torno do eixo na Terra, que, na linha do Equador
A força gravitacional entre duas partículas tem in-
terrestre, é da ordem de 1600 km/h.
tensidade diretamente proporcional ao produto
E se você fosse para outro local onde a aceleração de suas massas e inversamente proporcional ao
da gravidade fosse menor? Quais os efeitos que seriam quadrado da distância que as separa.
sentidos?
Na Lua, o seu peso é, aproximadamente, um sexto
do respectivo valor na Terra: você se sentiria mais leve e
passaria a andar em câmera lenta, pois o tempo gasto
para levantar o pé e trazê-lo de volta ao solo seria maior
(seis vezes maior partindo com a mesma velocidade
inicial).
A redução do peso implicaria a redução da força de
atrito máxima que receberíamos do solo e com isso nos-
sa movimentação seria mais complicada e a aceleração GM m
máxima que um carro poderia ter seria menor (um sexto F = –––––––
do respectivo valor na Terra). d2
Supondo-se que um atleta pudesse partir do solo
lunar com a mesma velocidade inicial que na Terra, as A constante de proporcionalidade G é denominada
marcas conferidas nas competições como salto em constante de gravitação universal ou constante de
altura e salto em extensão seriam multiplicadas por seis. Gauss, e seu valor, obtido por Cavendish, é:
FÍSICA 113
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Variação da aceleração da
gravidade com a altitude h
Para um ponto material de massa m colocado em
um ponto A, a uma altitude h, temos:
PA = FG
GMm
mgA = ––––––––
(R + h)2
As forças de interação gravitacio- As posições relativas entre o
nal trocadas entre os planetas e o Sol, a Terra e a Lua provocam o
Sol aparecem sempre aos pares e fenômeno das marés. As forças GM
possuem mesma intensidade, gravitacionais combinadas do gA = ––––––––
mesma direção e sentidos opos- Sol e da Lua sobre as massas (R + h)2
tos. de água da Terra ora elevam,
ora abaixam o nível da água.
Velocidade orbital GM
Para h = 0, temos g0 = ––––––––
Consideremos um saté- R2
lite em órbita circular de raio r
em torno do centro da Terra. Portanto, a gravidade na superfície de um planeta só
O satélite vai descrever depende da massa do planeta (diretamente proporcional
um movimento circular uni- à massa) e do raio do planeta (inversamente proporcional
forme e a força gravitacional ao quadrado do raio).
aplicada pela Terra faz o papel
de resultante centrípeta.
! Os Destaques
FG = Fcp
Os três primeiros seres humanos a deixarem a Ter-
ra e a chegarem a outro corpo celeste. Os oficiais
GMm mV2 Armstrong e Aldrin desceram na Lua em julho de
GM
––––– = ––––– ⇒ V= –––– 1969, a bordo do módulo lunar “Eagle”, enquanto
r2 r r o oficial Collins controlava a nave-mãe em órbita.
FG = Fcp
mV 2
V0 =
0
mg0 = ––––– ⇒ g0 . R
R
114 FÍSICA
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1 (VUNESP-MODELO ENEM) – Diante de o cometa atinge o afélio onde F é mínimo e no força de atração gravitacional exercida sobre
todos os equívocos que permeiam o tema T esses corpos pela Terra (o peso P desses
intervalo de ––– a T o cometa se aproxima do
gravitação, é fundamental garantir que os 2 corpos) e pela Lua, que chamaremos FL.
alunos assimilem corretamente esse conceito. Sendo g = 9,8 m/s2 o módulo da aceleração da
Sol e a força gravitacional aumenta.
Sobre esse tema, é correto dizer que N. m2
a) a força de atração gravitacional da Terra gravidade terrestre, G = 6,7 . 10–11 –––––
(kg)2 a cons-
representa, para corpos em órbita circular,
tante gravitacional universal, M = 7,4 . 1022 kg
uma força da natureza centrífuga.
a massa da Lua e r = 3,8 . 108m a distância
b) em órbita, um astronauta fica ausente da
ação da força de atração da gravidade da P
média da Lua à Terra, a razão ––– é, aproxi-
Terra. FL
Resposta: A madamente, igual a:
c) na Terra, desprezando-se os efeitos ligados
a sua rotação, a força associada ao campo 3 (UESPI) – Considere que as massas da Ter-
a) 28
d) 60000
b) 100
e) 280000
c) 2000
gravitacional é conhecida como peso. ra e do Sol sejam respectivamente iguais a
d) a força gravitacional é diretamente Resolução
6,0 . 1024 kg e 2,0 . 1030 kg. Considere, ainda,
proporcional à distância entre os corpos que P = mg
que as distâncias medias da Terra à Lua e do Sol
participam da interação. GMLm
à Lua sejam respectivamente iguais a 4,0 . 108 m FL = –––––––
e) a aceleração da gravidade é a mesma em e 1,5 . 1011 m. Com base nesses dados, pode-se d 2L
qualquer planeta do Sistema Solar. concluir que, a força gravitacional que o Sol
Resolução exerce sobre a Lua é: P g . d 2L 9,8 . (3,8 . 108)2
––– = –––––– = –––––––––––––––––––
a) (F) Se a órbita for circular a força gravitacio- a) maior que a força gravitacional que a Terra FL GML 6,7 . 10–11 . 7,4 . 1022
nal fará o papel de resultante centrípeta. exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
b) (F) A força gravitacional aplicada pela Terra é 20. P 9,8 . 14,4 1016
––– = ––––––––– . ––––
que mantém o astronauta em órbita. O que b) maior que a força gravitacional que a Terra FL 6,7 . 7,4 1011
se anula é o peso aparente do astronauta exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
que flutua dentro da nave em órbita (queda P 9,8 . 14,4 P
2,4.
––– = –––––––––– . 10 ⇒ ––––
5 = 2,8 . 105
livre). c) igual à força gravitacional que a Terra exerce FL 6,7 . 7,4 FL
c) (V) Ignorando-se os efeitos de rotação a sobre a Lua.
força gravitacional corresponde ao peso do Resposta: E
d) menor que a força gravitacional que a Terra
corpo na superfície terrestre. exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
2,4.
5 (GAVE-MODELO ENEM) – Leia com
GMm GM atenção o pequeno texto atribuído a Newton:
d) (F) FG = ––––– e) (F) g = ––––– e) menor que a força gravitacional que a Terra
d2 R2 Comecei a pensar que a gravidade se estendia
exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
até à órbita da Lua e... deduzi que as forças que
Resposta: C 20.
conservam os planetas nas suas órbitas devem
Resolução
ser inversamente proporcionais aos quadrados
2 (UFV-MG) – Seja F o módulo da força gra- GMm das suas distâncias aos centros em torno dos
F = –––––
vitacional que o Sol faz sobre um cometa, de d2 quais revolucionam: e assim comparei a força
massa constante, cujo período orbital é T (em necessária para conservar a Lua na sua órbita
anos). Dos gráficos abaixo, aquele que repre- GMT mL GMS mL com a força da gravidade à superfície da Terra.
FTL = ––––––– FSL = ––––––––
senta corretamente a variação de F com o d 2TL d 2SL In Projecto Física Unidade 2, Fundação Calouste
tempo t é: Gulbenkian, 1979, pp. 94-95
2 2
FSL MS dTL 2,0 . 1030 4,0 . 108
Os satélites artificiais da Terra estão também
FTL MT
–––– = –––– . ––––
dSL
= ––––––––– ––––––––
6,0 . 1024 1,5 . 1011 sujeitos à força da gravidade.
Selecione a alternativa que contém os termos que
FSL 2,0 16,0 preenchem, sequencialmente, os espaços se-
–––– = –––– . 106 . –––– .10–6
FTL 6,0 2,25 guintes, de modo a obter uma afirmação correta.
A intensidade da força que atua sobre esses
FSL 32,0 satélites __________ quando a sua distância ao
––––– = ––––– 2,4
FTL 13,5 centro da Terra ________________.
a) … quadruplica … se reduz à metade.
Resposta: B
b) … quadruplica … duplica.
Resolução 4 (VUNESP-MODELO ENEM) – É comum c) … duplica … duplica.
justificar-se a influência da Lua em aconteci- d) … duplica … se reduz à metade.
GMm mentos na Terra pela ação gravitacional que a e) … quadruplica … quadruplica.
F = –––––
d2 Lua exerce em corpos na superfície terrestre. Resolução
Para avaliar a validade desse argumento, pode-se Mm
Partindo do periélio (dmin) a força gravitacional FG = G –––––
verificar se essa ação é relevante em relação à d2
T ação gravitacional da própria Terra. Isso pode ser Quando d se reduz à metade FG quadruplica.
parte com valor máximo; no instante t = –––
2 feito determinando a razão entre os módulos da Resposta: A
FÍSICA 115
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b) Porque a nave, em sua órbita, está constantemente em G M 4π2
Respostas:a) V = –––––– b) K = ––––
queda livre. R GM
c) Porque existe uma força centrífuga armazenada na cabine
da nave.
d) Porque existe vácuo na cabine da nave.
3 (UFPR-MODELO ENEM) – Os astrônomos têm anunciado
com frequência a descoberta de novos sistemas planetários.
e) Porque existe um campo eletromagnético que anula a força
Observações preliminares em um desses sistemas consta-
centrípeta no interior da cabine.
taram a existência de um planeta com massa 50 vezes maior
que a massa da Terra e com diâmetro 5 vezes maior que o da
RESOLUÇÃO:
Um corpo é dito em queda livre quando está sob ação exclusiva Terra. Sabendo-se que o peso de uma pessoa é igual à força
da força gravitacional aplicada pela Terra. gravitacional exercida sobre ela, determine o módulo da
Todo corpo em órbita, circular ou elíptica, está em uma eterna aceleração da gravidade a que uma pessoa estaria sujeita na
queda livre e, por isso, os corpos ficam flutuando no interior do superfície desse planeta, em m/s2. Dado: a aceleração da
ônibus espacial. Dizemos que o peso aparente é nulo.
gravidade na superfície da Terra tem módulo igual a 10m/s2.
Resposta: B
a) 5m/s2 b) 10m/s2 c) 15m/s2
2 2
2 (UNESP) – Um satélite com massa m gira em torno da d) 20m/s e) 25m/s
Terra com velocidade escalar constante, em uma órbita circular RESOLUÇÃO:
de raio R, em relação ao centro da Terra. Represente a massa FG = P
da Terra por M e a constante gravitacional por G. Utilizando-se
GMm
dos conceitos de forças centrípeta e gravitacional, calcule, em –––––––– = m g
R2
função de m, M, R e G,
a) a velocidade do satélite; GM
g = –––––
b) a constante K que aparece na terceira Lei de Kepler, T2 = KR3, R2
em que T é o período do movimento.
G MP
gP = ––––––
RESOLUÇÃO: RP2
a) Sendo a órbita circular, o movimento orbital é uniforme e a
força gravitacional que a Terra aplica no satélite faz o papel de G MT
gT = ––––––
resultante centrípeta:
RT2
FG = Fcp
2
G M m mV2 gP MP RT
––––––––
R2
= ––––––
R
––– = ––––
gT MT
––––
RP
2
G M MP RT
V= –––––– gP = gT –––– ––––
R MT RP
⇒g
b) A velocidade escalar V também é dada por: MP = x MT x
P = gT . –––
s 2πR RP = y RT
y2
V= –––– = –––––
t T 50
gP = 10 . –––– (m/s2) ⇒ gP = 20m/s2
25
2πR GM
Portanto: –––– = –––– Resposta: D
T R
4 π 2R 2 GM
––––––– = ––––
T2 R No Portal Objetivo
4π2
T2 = –––– . R3
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
GM OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite FIS1M405
Sendo T2 = K R3, vem:
116 FÍSICA