Pina 2014. Sistema Integrado de Gestão Académica SIGA PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 103

UNIVERSIDADE DO MINDELO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E EMPRESARIAIS

CURSO DE LICENCIATURA EM INFORMÁTICA DE GESTÃO

RELATÓRIO DE PROJETO DE LICENCIATURA


ANO LECTIVO 2013/2014 – 4º ANO

Autor: Emanuel Vieira de Pina, Nº 1758

Mindelo, 2014
Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão ii
SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ACADÉMICA – SIGA

Trabalho de Conclusão de Curso para a


obtenção do grau Licenciatura em
Informática de Gestão pela Universidade do
Mindelo.

Discente: Emanuel de Pina


Orientador: Prof. Doutor João Dias

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão iii


Resumo

As Universidades em geral precisam manipular uma grande quantidade de informações


armazenadas em diversos arquivos que, com o tempo, tornam o controle académico lento
e incapaz de oferecer qualidade no atendimento aos alunos. Algumas instituições
preferem adquirir sistemas comerciais para o gerenciamento do directório de registro
académico.

A Universidade do Mindelo, com o propósito de adquirir um melhor desempenho, optou


por desenvolver uma ferramenta adequada às suas necessidades.

O relatório descreve o processo de desenvolvimento do “Sistema Integrado de Gestão


Académica – SIGA da UM”, um sistema que pretende gerir todo a vida académica do
aluno, processo de candidatura, selecção e matrícula dos alunos. Tendo estes como os
principais módulos do sistema, começa-se por apresentar uma breve introdução onde se
inclui o contexto e motivação a para escolha do tema, os objectivos gerais e específicos,
a metodologia utilizada para a realização desse projecto, enfim, o enquadramento do
trabalho. Em seguida, passa-se para a fundamentação teórica relativamente ao tema do
projecto em estudo e depois procede-se ao desenvolvimento do sistema que é o ponto
crucial deste relatório que passa pela seguinte fase: primeiro é desenhado o modelo físico
do sistema, especificando todas as Entidades e relações entre elas, criação de formulário
que permita a introdução de dados na base de dados, relatórios estatísticos e informativos
e criação de possíveis consultas, pois é um sistema para integrar, flexibilizar e agilizar a
gestão de actividades académicas, pois tão importante quanto saber produzir informação
é garantir o acesso a ela de forma ordenada, rápida, fácil e confiável. Para o
desenvolvimento do modelo e ferramenta foram utilizados conceitos e técnicas de gestão
académica e de Engenharia de Software.

Palavras-chave: Sistema Integrado de Gestão Académica, Base de Dados, Informações,


Engenharia de Software.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão iv


Abstract

Universities frequently deal with a large quantity of data stored in several archives which,
with the passage of time, make the academic control slow and inefficient weakening the
quality of the service provided to the academic community. Given this, some universities
acquire commercial systems in order to manage university data storage.

The University of Mindelo, with the aim to improve its performance, has decided to
develop a customized tool to meet its requirements and necessities.

This research report describes the process of development of Integrated System for
Academic Management (Sistema Integrado de Gestão Académica – SIGA) of the
University of Mindelo. The aim of this system is to manage the entire cycle of a student’s
academic life starting from the process of candidature, selection and enrollment. Taking
into consideration SIGA’s different modules, this research report is organized as follows:
first, a brief introductory part contextualizes the topic and presents general and specific
goals, the methodology and a general framework. Subsequently, a brief review of
literature is presented. The central part of the report is divided into two parts. First, the
physical model of the system is designed. For the development of the model and the tool,
concepts and techniques related to the academic management and software engineering
have been applied. Second, all entities involved in the system and the relation between
them are described as well as the proceedings that permit the insertion of data in the data
base and the production of statistical and informatics tables. Thus, the goal of the system
is to include and facilitate the management of academic activities based on a fast, secure
and easy access to an organized information is no less important that the actual
information generation.

Keywords: integrated academic management system, data base, Information, Information


Technology.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão v


ÍNDICE

Resumo ............................................................................................................................ iv

Abstract ............................................................................................................................. v

Lista de Figuras ............................................................................................................... ix

Lista de Tabelas ............................................................................................................... ix

Lista de Abreviaturas ...................................................................................................... xii

CAPITULO I .................................................................................................................. 1

1 Introdução ...................................................................................................................... 1

1.1 Motivação ............................................................................................................... 2

1.2 Enquadramento do Projecto .................................................................................... 2

1.3 Objectivos ............................................................................................................... 4

1.3.1 Objectivo Geral ................................................................................................ 4

1.3.2 Objectivos Especificos .................................................................................... 5

1.4 Metodologia ............................................................................................................ 6

1.4.1 Metodologia da Pesquisa ................................................................................. 6

1.5 Resultados esperados com a SIGA ......................................................................... 7

1.5 Modulos do Sistema ............................................................................................... 8

1.5.1 Módulo Gestão de Alunos ............................................................................... 9

1.6 Especificação de Requisitos ................................................................................. 10

1.7 Os Requisitos Funcionais e não Funcionais ......................................................... 10

1.8 Arquitectura do Sistema ....................................................................................... 12

CAPITULO II ............................................................................................................... 13

1 Fundamentação Teórica ............................................................................................... 13

1.1.1 A Instituição do Ensino Superior - IES como organização ........................... 13

1.1.2 Metodologia de gestão das IES ..................................................................... 15

1.1.3 Fases de implementação do planeamento estratégico nas IES ...................... 16

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão vi


1.2 Engenharia de Software ........................................................................................ 17

1.2.1 Técnicas de Orientação a Objetos – OO ........................................................ 18

1.2.1.1 Conceitos Fundamentais ......................................................................... 18

1.2.2 Sistema de Informação (SI) ........................................................................... 19

1.2.3 Processo de Desenvolvimento de SI.............................................................. 20

1.2.4 Importância do Sistema de Informação ......................................................... 24

1.2.5 Vantagens e Desvantagens de SIGA ............................................................. 25

1.3 Ferramentas Utilizadas ......................................................................................... 26

1.3.1 PHP ................................................................................................................ 26

1.3.2 HTML ............................................................................................................ 26

1.3.3 JavaScript ...................................................................................................... 27

1.3.4 Base da Dados (BD) ...................................................................................... 28

1.3.4.1 MySQL ................................................................................................... 29

1.3.5 UML .............................................................................................................. 29

1.3.5.1 Visão ....................................................................................................... 30

1.3.5.2 Modelos de elementos ............................................................................ 30

1.3.5.3 Mecanismos gerais ................................................................................. 31

1.3.6 Framework ..................................................................................................... 33

1.3.6.1 Yii Framework ........................................................................................ 34

CAPITULO III ............................................................................................................. 37

1 Caracterização da Universidade do Mindelo ............................................................... 37

1.1 Missão................................................................................................................... 37

1.2 Corpo Docente ...................................................................................................... 37

1.3 Estudantes ............................................................................................................. 38

1.4 Sistema Organizacional ........................................................................................ 38

1.6 Os SAA (Serviços Académicos e Administrativos) ............................................. 39

1.6.1 Objectivos Estratégicos da Direcção dos SAA.............................................. 39

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão vii


1.7 Gestão Académica ................................................................................................ 39

CAPITULO IV.............................................................................................................. 41

1 Análise do Sistema ...................................................................................................... 41

1.1 Levantamento de Requisitos................................................................................. 41

1.2 Análise do sistema atual ....................................................................................... 41

1.2.1 Objectivos ...................................................................................................... 48

1.3 Descrição do SIGA ............................................................................................... 49

1.3.1 Objectivos ...................................................................................................... 49

1.3.2 Benefícios ...................................................................................................... 49

1.4 Análises de Requisitos do Software ..................................................................... 50

1.4.1 Requisitos Funcionais do sistema .................................................................. 50

1.5 Modelação do Sistema .......................................................................................... 52

1.5.1 Diagrama de Use Cases ................................................................................. 52

1.5.2 Diagrama de Classes ...................................................................................... 57

1.5.3 Diagrama de Sequencia ................................................................................. 59

CAPITULO V ............................................................................................................... 62

1 Protótipo do Sistema.................................................................................................... 62

1.1 Descrição das Funcionalidades do Sistema .......................................................... 62

CAPITULO VI.............................................................................................................. 84

1 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 84

1.1 DIFICULDADES ENCONTRADAS .................................................................. 84

1.2 CONTRIBUTOS DESTE TRABALHO .............................................................. 84

1.3 TRABALHOS FUTUROS ................................................................................... 84

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 86

ANEXO .......................................................................................................................... 88

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão viii


Lista de Figuras

Figura 1: Visão geral do sistema ...................................................................................... 4


Figura 2: Módulo Gestão de Alunos................................................................................. 9
Figura 3: Arquitetura do sistema .................................................................................... 12
Figura 4: Componentes de um SI ................................................................................... 20
Figura 5: Processo de desenvolvimento de S.I. .............................................................. 20
Figura 6: Ciclo de vida em cascata ................................................................................. 22
Figura 7: Ciclo de vida Prototipagem ............................................................................. 23
Figura 8: Ciclo de vida Incremental ............................................................................... 23
Figura 9: Modelo espiral ................................................................................................ 24
Figura 10: Visões e seus diagramas ................................................................................ 30
Figura 11: Organograma da Gestão Académica ............................................................. 40
Figura 12: Diagrama de Use Cases ................................................................................ 56
Figura 13: Diagrama sequencia fazer login .................................................................... 59
Figura 14: Diagrama de sequência registar aluno .......................................................... 59
Figura 15: Diagrama sequencia: matricula aluno ........................................................... 60
Figura 16: Diagrama sequência inscrever aluno............................................................. 60
Figura 17: Diagrama sequência criar pauta .................................................................... 61
Figura 18: Diagrama sequência validar pauta ................................................................ 61
Figura 19: Tela login ...................................................................................................... 62
Figura 20: Tela principal ................................................................................................ 63
Figura 21: Tela adicionar aluno ...................................................................................... 64
Figura 22: Tela eliminar aluno ....................................................................................... 64
Figura 23: Tela alterar aluno .......................................................................................... 65
Figura 24: Tela vista aluno ............................................................................................. 65
Figura 25: Tela matricular aluno .................................................................................... 66
Figura 26: Tela administrar matriculas ........................................................................... 67
Figura 27: Tela inscrever aluno ...................................................................................... 68
Figura 28: Tela inscrever aluno ...................................................................................... 69
Figura 29: Tela inscrever aluno ...................................................................................... 70
Figura 30: Tela inscrever aluno - disciplina em atraso ................................................... 71
Figura 31: Tela inscrever aluno - disciplina em atraso ................................................... 71

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão ix


Figura 32: Tela criar pauta.............................................................................................. 72
Figura 33: Tela vista pauta ............................................................................................. 73
Figura 34: Tela lançar pauta ........................................................................................... 74
Figura 35: Tela pauta ...................................................................................................... 75
Figura 36: Tela adicionar nota ........................................................................................ 76
Figura 37: Tela vista notas alunos .................................................................................. 76
Figura 38: Tela lançar pauta ........................................................................................... 77
Figura 39: Tela vista pauta validade ............................................................................... 78
Figura 40: Tela actualizar livro de termo ....................................................................... 81
Figura 41: Tela livro termo actualizado ......................................................................... 81
Figura 42: Procurar aluno no Livro de Termo ................................................................ 82
Figura 43: Vista do Livro de Termo do aluno ................................................................ 83

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão x


Lista de Tabelas

Tabela 1: entrevistados ..................................................................................................... 6


Tabela 2: Resultados esperados com a SIGA ................................................................... 8
Tabela 3: Modulos do Sistema ......................................................................................... 8
Tabela 4: Formulário para realização de entrevistas ...................................................... 41
Tabela 5: Candidatura / Matricula .................................................................................. 42
Tabela 6: Pagamento de Propina .................................................................................... 43
Tabela 7: Anulação de Matricula.................................................................................... 44
Tabela 8: Obtenção de notas ........................................................................................... 45
Tabela 9: Exame ............................................................................................................. 46
Tabela 10: Solicitação de Documentos .......................................................................... 47
Tabela 11: Requisitos Funcionais do sistema ................................................................. 52

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão xi


Lista de Abreviaturas

SIGA – Sistema Integrado de Gestão Académica


IES – Instituição do Ensino Superior
SI – Sistema de Informação
TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação
UM – Universidade do Mindelo
SAA - Serviços Académicos e Administrativos
HTML – Hyper Text Markup Language
PHP – Hypertext Preprocessor
UML – Unified Modeling Language
SQL – Structured Query Language
BD – Banco de Dados
OO – Orientação a objeto
POO – Programação orientada a objeto
SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de Dados
XML – eXtensible Markup Language
URL – Uniform Resource Locator
HTTP – Hypertext Transfer Protocol

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão xii


CAPITULO I
1 Introdução

A Sociedade da Informação apresenta hoje novos desafios ao Ensino Superior,


consubstanciados não apenas no ensino à distância e na aprendizagem interactiva, mas
também no aspecto menos visível da aplicação tecnológica ao serviço da gestão das
Instituições do Ensino Superior. Os sistemas de informação beneficiam as organizações,
os utilizadores e qualquer indivíduo ou grupo que interagir com o sistema. De entre os
benefícios que um sistema de informação deve trazer encontram-se os da segurança dos
dados, melhoria do serviço, redução de erros de gestão, maior precisão, maior eficiência
e eficácia e maior produtividade.1

Por todas essas razões, este é um aspecto crucial. As Instituições de Ensino Superior são
sistemas organizacionais complexos, com regras e processos muito próprios. Nestas
Instituições, a informação pode ser académica, administrativa, docente e financeira, entre
outras, representando diversas unidades orgânicas com necessidades informacionais
específicas.

Porque a informação está em toda a parte e o conhecimento é a matéria-prima da gestão


eficiente, uma das tarefas mais críticas do quotidiano de uma Instituição de Ensino
Superior é, pois, assegurar que a comunidade académica (alunos, docentes, pessoal
administrativo e gestores) tenha acesso à informação necessária, correcta, em tempo útil
e de forma segura e eficiente.

Posto isso, é necessário que a IES tenha um Sistema Integrado de Gestão Académica,
evidenciando todas as áreas cruciais geradoras de informações necessárias no processo
da gestão académica desde os processos administrativos, passando pela gestão de
processos de candidatura para os diferentes níveis de cursos, efectivação de inscrições,
matrículas, avaliações, controlo de pagamento de propinas, etc.

1
http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2011/05/Artigo-0x-15.1-Rosemar.pdf, 2014-06-14, 11:30

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 1


1.1 Motivação

A realização deste projecto foi um grande desafio proposto pelo meu coordenador curso
Eng./Prof. Doutor João Dias de criar um sistema inovador para agilizar o processo de
ensino na Universidade do Mindelo. E foi dentro desse contexto, que foi proposto o
desenvolvimento do Sistema Integrado de Gestão Académica – SIGA. Sendo uma area
que é estudada ao longo do curso de Informática de Gestão, aceitei esse desafio com o
intuito de aprofundar os meus conhecimentos e oferecer uma ferramenta útil à
Universidade do Mindelo.

1.2 Enquadramento do Projecto

Sabemos que Cabo Verde nos últimos anos tem tido um crescimento progressivo no uso
das novas Tecnologias de Comunicação e na disseminação da informação. As instituições
públicas e privadas têm procurado melhorar seus equipamentos e a performance dos
serviços, principalmente bancos, seguradoras e grandes companhias. Neste quadro
podemos verificar o impulso, rentabilidade e competitividade económica principalmente
das empresas privadas que investiram em modernizações tecnológicas e em sistemas de
informação gerencial. A Universidade do Mindelo não ficou parada e tem investido em
tecnologia para melhorar a qualidade do ensino ministrado.

Em outros países temos presenciado um intenso investimento, por parte das organizações,
em Tecnologia da Informação. Temos visto as empresas investirem em computadores,
sistemas para gerenciamento de suas principais rotinas, em redes para integrar os diversos
computadores espalhados pelos diversos sectores. Temos visto as empresas utilizando a
Internet para obter e oferecer informações, assim como para realizar negócios com
clientes situados em regiões distantes, e até mesmo para enviar e receber correspondência
eletrônica.

Temos visto supermercados e lojas de conveniências realizarem investimentos para


automatizar os seus terminais de check-out, assim como os bancos disponibilizarem uma
série de serviços aos clientes através da Internet e terminais de auto-serviço, assim como
companhias aéreas e outras empresas de serviços.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 2


Esses investimentos trazem, intrinsecamente, a ideias de que as procedimentos serão mais
eficientes (senão eficazes), à partir do momento. Os benefícios obtidos pelas organizações
através dos investimentos realizados nas TIC podem ser resumidos em economias diretas,
ganhos mensuráveis e ganhos não mensuráveis, como exemplos:

Economias Directas:

 Redução de custo operacional para a Universidade do Mindelo;

 Redução da Demora de Processos;

 Ganho em Produtividade.

Ganhos Mensuráveis:

 Maior Eficiência em Processos;

 Maior Qualidade nos Trabalhos.

Ganhos não Mensuráveis:

 Maior Flexibilidade;

 Mais Rapidez na Tomada de Decisão;

 Maior Eficácia na Tomada de Decisão.

A implantação do Sistema Integrado de Gestão Academica – SIGA é um grande desafio


para a Universidade do Mindelo. Há uma urgente necessidade de implantar uma infra-
estrutura de comunicação, disseminação e recuperação de informações que permitam os
administradores, professores, alunos, colaboradores desempenhar as suas actividades.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 3


1.3 Objectivos

1.3.1 Objectivo Geral

Construir uma plataforma de comunicação acompanhada de uma base de dados com


informações pertinentes dos alunos, cursos, e funcionários, bem como a optimização de
processos no sentido de uma melhor performance operacional e gerencial do
Instituto.SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ACADEMICA - (SIGA).

Visão Geral do Sistema

Figura 1: Visão geral do sistema

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 4


1.3.2 Objectivos Especificos

Ao nível tecnológico:

Inovar os processos e rotinas de gestão da informação da Universidade do Mindelo


usando modernas tecnologias e ferramentas por forma a:

 Padronizar as informações da Universidade do Mindelo;

 Reduzir o tempo e custo de acesso à informação para todos os nossos utilizadores;

 Reduzir o custo da informação;

 Fornecer informação precisa sobre o asssunto para tomada de decisão;

 Procurar integrar todas as informações pertinentes e dispersas numa única base de


dados de interesse académico e colocá-la à disposição dos que a ela acedam
através de uma interface comum de fácil utilização;

 Oferecer uma comunicação activa entre os alunos com eficiência e produtividade;

 Fomentar uma cultura de partilha de informação e colaboração entre os


funcionarios.

Ao nível de formação profissional:

 Instituir com esta metodologia de trabalho um novo instrumento alternativo


de treinamento para os alunos, promovendo na prática a elevação da
capacidade criativa dos alunos na criação de sistemas de informações;

 Instituir um mecanismo moderno para melhorar as condições de acesso à


educação profissional usando como ferramenta principal a elaboração de
mecanismos modernos de Gestão da informação.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 5


Ao nível da gestão e administração:

 Descentralizar actividade e melhorar os serviços;

 Elevar taxa de eficiência e eficácia;

 Disponibilizar ferramentas que permitam a consulta de informações pelos


próprios utilizadores do sistema.

1.4 Metodologia

A metodologia utilizada durante a concepção do SIGA, na primeira fase, foi a recolha de


dados relativamente ao projecto em estudo directamente à Instituição em causa, de modo
a conhecer as reais necessidades da Instituição. Na segunda fase, foi feito um
acompanhamento no período normal de funcionamento de forma a conhecer melhor a
organização académica dentro da Instituição. Na terceira fase, decorreu a análise e
especificação de requisitos da mesma. A quarta fase, consistia na modelação dos dados
para assegura a completa e correcta definição de funcionalidades e a satisfação das
necessidades dos utilizadores. A última fase consiste no desenvolvimento do protótipo do
sistema.

1.4.1 Metodologia da Pesquisa

Neste estudo, foram utilizadas as pesquisas bibliográficas, e, para a “exploração do campo


de pesquisa” foi elaborado entravistas a alguns funcionários da Universidade do Mindelo.

Nome Cargo Função


Prof. Doutor João Dias Professor Vice - Reitor da UM
Mestre Risanda Soares Professora, Auxiliar Serviços vários ligados aos
Administrativo alunos
Tabela 1: entrevistados

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 6


As entrevistas, tiveram como principal objectivo identificar os problems existentes na
Universidade do Mindelo relativamnete aos procedimentos relacionados com os alunos e
descrever o que pensam os entrevistados sobre a metodologia de trabalho até então
empregada na Universidade do Mindelo.

A entrevistada Ms. Risanda Soares possui noções básicas de informática e já teve algum
contacto directo pretica ou teórico com Sistemas de Informação Escolar Informatizados.
O entrevistado Prof. Doutor João Dias possuem vasto conhecimento sobre Sistema de
Informação, teoricamente tem ideias sólidas e bem fundamentadas do que poderia ser um
sistema adequado à realidade da Universidade do Mindelo.

1.5 Resultados esperados com a SIGA

Componentes Resultados Indicadores


do Projeto
- Melhorar as condições de
compartilhamento de informações
actualizadas de interesse da Resultados económicos
Universidade do Mindelo e de seus
1. Tecnológico
utilizadores.
- Criar condições de comunicação
activa e permanente entre os agentes
Grau de eficácia e
de desenvolvimento académico e
eficiência.
económico da Universidade do
Mindelo.
- Aumentar qualidade final do ensino Qualidade prática dos
2. Formação
da Universidade do Mindelo na Ilha formandos da
Profissional
de São Vicente. Universidade do Mindelo
3. Gestão e - Elevar o grau de satisfação dos
Resultados económicos
Administração operadores, accionistas e clientes.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 7


- Aumento e melhoria do tempo útil
Grau de eficácia e
de desempenho das entidades
eficiência
envolvidas.
Tabela 2: Resultados esperados com a SIGA

1.6 Modulos do Sistema

O Sistema Integrado de Gestão Académica – SIGA vai ser desenvolvido de um forma


modular. Na primeira fase será desenvolvido o modulo Gestão de Alunos, posteriormente
os outros modulos.

Objectivos específicos dos módulos do SIGA

Módulo Função
ALUNOS O módulo de Gestão de Alunos do Sistema Integrado de
Gestão Académica tem por objectivo principal manter
actualizado o banco de dados relacionados com alunos,
emitindo relatório de acompanhamento estatístico de forma
simples, transformando a secretaria da Universidade do
Mindelo um ponto de excelência na gestão da informação
académica.
BIBLIOTECA (*)

TESOURARIA (*)

STOCK (*)

RECURSOS HUMANOS (*)

CONTABILIDADE (*)

CURSOS (*)

DEPARTAMENTO (*)
FINANCEIRO (*)
RECEPÇÃO (*)
Tabela 3: Modulos do Sistema

(*) esses modulos serão desenvolvidos posteriormente.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 8


1.5.1 Módulo Gestão de Alunos

Visão Geral

Figura 2: Módulo Gestão de Alunos

Descrição dos Submodulos

Alunos – analisa os documentos necessários à admissão do aluno para frequência de um


curso, caso for aceite é efectuado o seu respectivo registo no sistema.

Cursos – gestão dos cursos e actualização dos respectivos planos.

Notas – recolha junto dos docentes, lançamento e colocação das mesmas.

Disciplinas – controle das disciplinas anuais e semestrais, tendo em conta a


calendarização dos exames e as respectivas cargas horárias.

Docentes – avaliação dos currículos, admissão dos mesmos e a realização do respectivo


registo.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 9


Histórico – disponibilização de todas informações pertinentes dos alunos.

Controlo de propinas – recebimento e controlo das mensalidades, emissão dos recibos.

1.7 Especificação de Requisitos

A extracção dos requisitos é o primeiro passo para desenvolver um sistema, seja ele qual
for. É uma forma de se obter informações mais detalhadas sobre o sistema a ser
desenvolvido de modo que seja obtida uma visão preliminar do problema com o qual se
vai lidar.

Os requisitos do sistema são as exigências que o sistema deverá cumprir para bem cumprir
a sua finalidade. O contexto de um sistema abrange um espaço muito mais amplo que o
software. Os requisitos do sistema podem ser entendidos como uma condição ou
capacidade que o software deverá atender. Tradicionalmente os requisitos são vistos
como uma especificação textual detalhada, como por exemplo: “o sistema deverá gerar
um relatório …”.

Nesta fase busca-se, além de compreender a finalidade do sistema, listar todas as


exigências (requisitos) do sistema para que ele seja considerado eficiente ou um sucesso.

1.8 Os Requisitos Funcionais e não Funcionais

Os Requisitos funcionais são a descrição das diversas funções que clientes e utilizadores
querem ou precisam que o software ofereça. Eles definem a funcionalidade desejada do
software.2
Para o desenvolvimento do módulo de Gestão de Aluno, a componente do SIGA deve
considerar um conjunto básico de requisitos funcionais colectados através de
reuniões/entrevistas e consolidados durante a Reunião Executiva do Grupo de Trabalho.
Nesta secção, seleccionamos os principais processos e as suas acções administrativas e

2
http://www.dimap.ufrn.br/~jair/ES/c3.html, 2014-06-14, 15:45

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 10


tecnológicas básicas para que este sistema possa atender às necessidades desejadas pela
Universidade do Mindelo. São eles:

 Matrícula de alunos, registo e controlo de propinas;


 Adicionar, alterar, eliminar e actualizar os dados;
 Emissão de certificados de habilitações e outros;
 Elaboração de Histórico Escolar dos alunos;
 Elaboração de pautas com objectivo de dar conhecimentos das notas;
 Emissão de documentos e fornecimento de dados estatísticos;
 O módulo de Gestão de Alunos tem de ser integrado com as base de dados dos
demais módulos do SIGA.

Os requisitos não funcionais são as qualidades globais de um software, tais como,


desempenho, custos e várias outras. Normalmente estes requisitos são descritos de
maneira informal, de maneira controversa (por exemplo, o gestor quer segurança mas
os utilizadores querem facilidade de uso) e são difíceis de validar.3

 Deve ser desenvolvido na linguagem de programação PHP;


 O sistema de gestão de base de dados a utilizar é o MYSQL;
 O sistema de informação deve ser operacional em qualquer sistema
operativo;
 O tempo de resposta do sistema não deve ultrapassar os 30 segundos;
 O tempo de desenvolvimento não deve ultrapassar seis meses;
 Em termos de segurança o sistema de informação deve ser utilizado
somente pelos utilizadores registrados com as respectivas permissões.

3
http://www.dimap.ufrn.br/~jair/ES/c3.html, 2014-06-14, 16:05

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 11


1.9 Arquitectura do Sistema

A arquitectura do sistema será constituído pelos seguintes componentes físicos:

 Um servidor HTTP (Hypertext Transfer Protocol), que será responsável por


receber pedidos dos clientes, executa-los e enviar as respostas;
 Um servidor onde estará instalado o SGBD (Sistema de Gestão de Bases de
Dados);
 Um servidor Web (apache), responsável pela publicação de documentos, imagens
ou qualquer outro objecto que será acessado por um cliente através de um
navegador;
 Um sistema de controle de versão, para um maior controle e segurança no
processo de desenvolvimento;
 Vários PCs que podem acessar o sistema localmente ou remotamente.

Figura 3: Arquitetura do sistema

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 12


CAPITULO II

1 Fundamentação Teórica

1.1 Introdução

A gestão é um factor estratégico de sucesso em qualquer tipo de empreendimento. O


ensino superior não é excepção, pois do planeamento depende a implementação das
estratégias que dão à instituição o seu diferencial de mercado.

Empresas dos mais variados tipos investem actualmente em business inteligence, ou seja,
em sistemas que permitem aos dirigentes ter acesso a mecanismos de monitoramento e
avaliação do seu negócio, contribuindo para decisões bem fundamentadas.

A inteligência do negócio em termos de sistema de gestão académica, além de permitir a


informatização dos processos administrativos, diminuindo os custos operacionais, facilita
a organização das grades curriculares flexíveis e monitora continuamente o desempenho
académico e financeiro da instituição.

1.1.1 A Instituição do Ensino Superior - IES como organização

As IES são organizações que desenvolvem uma lógica distinta de outras organizações
económicas, pois a sua atenção principal está voltada para a formação e disseminação de
conhecimento através de práticas educativas. No entanto, apresentam estruturas que
exigem a definição de práticas de gestão que possam garantir o alcance de resultados
esperados pela sua comunidade interna e demais grupos de interesse.

Baldridge (1971) escreveu que organizações variam significativamente em aspectos


como: tipos de clientes, tecnologias, habilidades dos trabalhadores, estruturas e estilos de
coordenação e relacionamento com seu ambiente externo. Existem muitos elementos
comuns na operação das universidades, empresas, organizações governamentais, mas
nunca duas organizações são iguais. Este autor afirma ainda que universidades são

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 13


organizações singulares, diferindo na maioria dos seus aspetos das empresas industriais,
empresas de serviços e organizações governamentais.

Enquanto organização complexa, a universidade apresenta cinco características


específicas, as quais são descritas por Baldridge (1971) como: ambiguidade das metas,
cliente service, tecnologia problemática, profissionalismo e vulnerabilidade ambiental.

Ambiguidade das metas

As universidades geralmente têm metas vagas e ambíguas. Enquanto nas organizações


lucrativas, onde os objectivos e metas são definidos, se constroem as estruturas de decisão
para atingir sua finalidade, nas universidades, as estruturas de decisão têm que ser
construídas para enfrentar a incerteza e o conflito com as metas.

Cliente servisse

Segundo Baldridge (1971), As universidades são consideradas como instituições


processadoras de pessoas. Os “clientes” entram na organização com necessidades
específicas e são "alimentados" dentro dela. As instituições agem sobre ele e depois
devolvem-nos à sociedade. Na educação superior, os "clientes" são completamente
capazes de falar por si mesmos e frequentemente o fazem. Eles buscam voz no processo
decisório e normalmente conseguem, tornando este mais complexo e menos sujeito à
lógica da escolha racional.

Tecnologia problemática

Uma organização manufactureira desenvolve uma tecnologia específica que pode ser
segmentada e realizada através de rotinas. Mas é difícil construir uma tecnologia simples
para uma organização que lida com pessoas.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 14


Profissionalismo

Muitas organizações para lidar com objectivos ambíguos e tecnologia problemática


empregam profissionais altamente treinados. No caso das universidades esses
profissionais são professores, os quais usam um amplo repertório de habilidades para lidar
com os problemas de seus "clientes". Ao invés de dividir uma tarefa complicada num
conjunto de procedimentos de rotina, trabalhos profissionais requerem que uma ampla
variedade de tarefas seja desenvolvida por um único empregado. Outra implicação disso
é que muitas vezes esses profissionais têm sua lealdade dividida entre as normas da
corporação (profissão) e os objectivos da organização.

Vulnerabilidade ao ambiente

Todas as organizações interagem com seu ambiente social em alguma extensão. Mas,
ainda que nenhuma organização seja completamente autónoma, algumas têm
consideravelmente maior liberdade de acção do que outras. O grau de autonomia que uma
organização tem em relação ao seu ambiente é um dos determinantes críticos de como ela
será gerenciada. Importante para uma abordagem institucionalista é a afirmação de
Baldridge (1971), de que quando organizações profissionais estão bem separadas das
pressões do ambiente externo, os valores e normas profissionais exercem um papel
dominante em moldar o carácter da organização. Por outro lado, quando são exercidas
pressões sobre as universidades, a autonomia operacional dos profissionais académicos é
seriamente reduzida. As alterações na vulnerabilidade ambiental da organização mudam
significativamente seu padrão de gestão.

1.1.2 Metodologia de gestão das IES

Machado e Silveira (1998), consideram que, ao longo dos séculos, as instituições de


ensino foram estruturadas para mudar lentamente, como forma de perenizar suas
actividades.

Segundo Buarque (1994), seja qual for o caminho da humanidade, ela passa pela
universidade, que terá que assustar-se consigo e promover as transformações que a dotem

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 15


da agilidade e flexibilidade requeridas para uma actuação mais efectiva, como forma de
vislumbrar soluções alternativas a fim de superar os sustos e a perplexidade deste final de
século.

Hoje, pelo mesmo motivo (perenização), as universidades devem mudar, tornar-se mais
ágeis e flexíveis, para melhor atender a sociedade com a optimização dos seus recursos,
sejam eles humanos, tecnológicos, físicos ou financeiros. Torna-se importante
racionalizar, visando ao retorno do resultado dessa optimização para a própria sociedade.
Segundo Machado e Silveira [1998], é importante entender que as universidades possuem
objectivos complexos, empregam tecnologias complexas e, consequentemente, adoptam
uma multiplicidade de critérios de estruturação, como forma de viabilizar o seu
funcionamento e atingir seus objectivos estratégicos.

Outra questão presente na gestão universitária é a da velocidade das decisões. As decisões


são lentas em face da simultaneidade de problemas tópicos, que devem ser resolvidos.
Isto faz o gestor priorizar as actividades que estão no cronograma. Desta forma, é
resolvido aquilo que, circunstancialmente, está com prazo marcado. Na universidade,
vive-se com uma sobrecarga de vários processos em mãos para serem decididos.

O gestor tem um desafio extra: descobrir até onde pode empreender sem infringir as
normas. Isso não é trivial, mas muitas vezes bloqueia o processo decisório. Como sugere
Nakagawa (1994), ultimamente as universidades estão passando por um questionamento
profundo e buscando uma nova identidade que as capacite a serem uma resposta efectiva
às expectativas e necessidades da comunidade.

1.1.3 Fases de implementação do planeamento estratégico nas IES

Os processos de planeamento estratégicos dentro de uma IES, devem ser primeiramente


trabalhados em relação à sensibilização e conhecimento dos seus conceitos e objectivos,
para que posteriormente não sejam colocadas barreiras corporativas e reaccionárias. O
ideal é que sejam formadas equipes multifuncionais para permitir visões de diversos
ângulos da instituição e através dessas equipes desenvolver preparação e treinamento em

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 16


situações inerentes ao sistema, seguindo-se trabalhos de definição da instituição como um
todo "como se está" e "onde se quer chegar".

Segundo Bodini (2000), a universidade, já na sua fundação, possui alguns objectivos


principais bem definidos e muitos inerentes aos princípios do ensino superior. Estes
objectivos norteiam o processo e podem sofrer modificações ou avanços à procura de
novas oportunidades ou a adaptações a novos tempos.
O planeamento estratégico é essencial a sobrevivência da universidade, assegurando um
mínimo de visão global e acção, a partir de uma definição adequada de suas finalidades
(objectivos e metas), coerentes com os objectivos e estratégias nacionais e com o cenário
internacional.

Segundo Bodini (2000), a organização e optimização dos meios para a consecução de


suas finalidades devem contar com a participação da comunidade académica e da
sociedade na decisão de onde devem ser alocados os recursos.

1.2 Engenharia de Software

Um factor essencial para a conclusão de um projecto de desenvolvimento de software é a


adopção de uma metodologia, que pode ser entendida como um conjunto de regras e
padrões que orientam as abordagens utilizadas em todas as tarefas associadas com o ciclo
de desenvolvimento de sistemas. A existência de uma metodologia padronizada de
desenvolvimento de sistema garante que as especificações serão consistentes para toda a
empresa.

Existem diversas técnicas de análise e modelagem, porém as mais dominantes são o


desenvolvimento estruturado e o orientado a objecto.

Segundo Pressman (2001), o desenvolvimento estruturado é uma actividade de


construção de modelo, que utilizando uma notação própria, cria modelos que retractam o
fluxo e o conteúdo da informação. Os sistemas são divididos em partições funcionais e
comportamentais que descrevem a essência do produto a ser construído.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 17


O desenvolvimento orientado a objectos é uma continuação da abordagem modular do
desenvolvimento estruturado combinado com a modelagem e programação orientada a
objecto.

1.2.1 Técnicas de Orientação a Objectos – OO

Segundo Martin e Odell (1996), as técnicas OO mudam a visão que os analistas têm do
mundo. Em vez de pensarem em processos e na sua decomposição, eles pensam em
objectos e no comportamento destes. O objecto internamente pode ser complexo, porém
o analista não precisa entender esta complexidade e sim, saber como se comporta tal
objecto e como utilizá-lo. Segundo Rumbaugh (1994), a modelagem e o projecto baseado
em objectos são um novo modo de estudar problemas com utilização de modelos
fundamentados em conceitos do mundo real. A estrutura básica é o objecto, que combina
a estrutura e o comportamento dos dados em uma única entidade. Os modelos baseados
em objectos são úteis para a compreensão de problemas, para a comunicação com os
peritos em aplicações, para modelar empresas, preparar documentação e projecta
programas e bancos de dados.

As vantagens da OO são:

 Maior facilidade para reutilização de códigos e por consequência do projecto;


 Utilização de um padrão único durante todo o processo de criação do software;
 Maior adequação à arquitectura cliente /servidor;
 Ciclo de vida mais longo para os sistemas;
 Menor custo para o desenvolvimento e manutenção de sistemas.

1.2.1.1 Conceitos Fundamentais

Alguns conceitos que diferenciam a OO dos outros métodos são mostrados abaixo:

 Abstracção - Segundo Cood (1991), é o princípio que leva a ignorar os aspectos


de um assunto não relevante para o propósito em questão, tornando possível uma

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 18


concentração maior nos assuntos principais. Consiste na selecção que o analista
faz de alguns aspectos, ignorando outros. As formas de abstracção existentes são:
procedimentos e dados;
 Encapsulamento - Segundo Furlan (1998), significa omitir informações pelo
princípio de que uma determinada entidade esconde informações as quais são
necessárias apenas à mesma. É fundamental que o objecto proteja seus dados, não
permitindo que o usuário do objecto os acesse directamente, mas sim através de
métodos;
 Herança - Segundo Pressman (2001), é um mecanismo que permite a propagação
das responsabilidades de um objecto para o outro;
 Polimorfismo - Conceito usado em Programação OO para denotar a característica
segundo a qual linguagem suporta a utilização do mesmo identificador (o mesmo
nome) para métodos de classes diferentes. A rigor, o polimorfismo aparece
quando se usa o mesmo nome para tarefas similares em classes diferentes.
Segundo Pressman (2001), é uma característica que reduz o esforço necessário
para aumentar o sistema existente.

1.2.2 Sistema de Informação (SI)

Com o avanço da Tecnologia de Informação, as organizações passaram a utilizar sistemas


de informações (SI) para as apoiar suas actividades, sendo desenvolvidos vários sistemas
para atender aos requisitos específicos das diversas unidades ou sectores de actividades.
O Sistema de Informação recolhe, processa, armazena e distribui informação para um fim
específico.

Segundo Rascao2 (2004), Sistemas de Informação é um conjunto organizado de


procedimentos que, quando executados, produzem informação para apoio à tomada de
decisão e ao controlo das organizações.

Um Sistema de Informação (SI) é um tipo especializado de sistema e pode ser definido


de diversas formas distintas. Segundo Stair e Reynolds (2006), um SI é um conjunto de
componentes inter-relacionados que recolham, manipulam e disseminam dados e

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 19


informações para proporcionar um mecanismo de realimentação para atingir um
objectivo. A figura 4 mostra os componentes de um sistema de informação.

Figura 4: Componentes de um SI

1.2.3 Processo de Desenvolvimento de SI

O Desenvolvimento de um Sistema de Informação, independentemente do modelo de


ciclo de vida utilizado, abrange basicamente 4 estágios:

1) Problema inicial, que pode ser um erro em um sistema/software existente ou a


necessidade da criação de um software para automatizar um processo;
2) Definição e Análise do problema que deverá ser resolvido;
3) Desenvolvimento Técnico ou Codificação que resolverá o problema através da
aplicação de alguma tecnologia;
4) Implantação da solução, ou seja, o sistema é entregue ao usuário final.

Figura 5: Processo de desenvolvimento de S.I.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 20


Os modelos de Ciclo de Vida de desenvolvimento de S.I. seguem alguns padrões:

 Depende da natureza do sistema que será desenvolvido;


 Representam tentativas de solucionar um problema caótico;
 Ajuda no gerenciamento de um processo de desenvolvimento de S.I.

Modelo em Cascata - No Modelo em cascata, as actividades de análise, de projecto e de


implementação são executadas sequencialmente, isto é, uma após a outra, sem haver
interacção entre as fases. O modelo em cascata é composto pelas seguintes fases:

Modelagem do Sistema: é a fase onde se especificam os requisitos do sistema, os


incluindo de informação e negócios, ao qual o programa está sendo executado;

Análise de requisitos: é a fase ao qual são modelados os requisitos de informação, os


requisitos funcionais, comportamentais, de desempenho e de interface do software;

Projecto: onde são projectadas as estruturas de dados e onde é mapeado em


procedimentos, a arquitectura e o comportamento do sistema;

Codificação: nesta fase o projecto é transformado numa linguagem compreendida pelo


computador;

Testes: onde se verifica e valida o software;

Manutenção: onde se garante a usabilidade do software, ou seja, onde se garante os


utilizadores a facilidade e satisfação do uso do software.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 21


Figura 6: Ciclo de vida em cascata

O modelo em cascata apresenta uma vantagem que é a de, no decorrer do


desenvolvimento do sistema, só se avança para a próxima fase quando o cliente valida e
aceita os produtos finais (documentos, modelos, programas) da tarefa actual.

No entanto, esse modelo apresenta uma inconveniência - caso o sistema não obtiver os
resultados originalmente esperados pelo cliente, este fique desapontado assim levar ao
desperdício de tempo e de recursos indevidamente (Da Silva, e Videira, 2001).

Prototipagem - Segundo Laudon [1998], a prototipagem consiste na construção de um


sistema experimental, de forma rápida e barata para avaliação dos usuários finais.
Interagindo com o protótipo, os usuários podem ter uma melhor ideia das informações
requeridas. O protótipo validado pelos usuários pode ser usado como um modelo para a
criação do sistema final.

A prototipagem como paradigma pode ser problemática por muitas razões. Muitas vezes
faz concessões de implementação a fim de colocar um protótipo em funcionamento
rapidamente.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 22


Com o passar do tempo, as funções do sistema acabam se tornando familiares e o
projectista acaba se esquecendo de todas as razões pelas quais elas eram inadequadas,
tornando desta forma, a opção menos ideal parte como integrante do sistema.

Figura 7: Ciclo de vida Prototipagem

Modelo incremental – Segundo Pressman (2001), combina elementos do modelo cascata com a
filosofia de repetição do modelo de prototipagem. O modelo é bastante útil quando não se pode
reunir um grupo de pessoas para concluir uma dada tarefa até o prazo final de entrega.

Figura 8: Ciclo de vida Incremental

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 23


Modelo espiral - Segundo Boehm (1988), o modelo é uma inovação que combina os
modelo de prototipagem, convencional e incremental para ser usado em várias partes do
desenvolvimento.

Segundo Paula (2001), o produto é desenvolvido em uma série de iterações. Cada nova
iteração corresponde a uma volta na espiral. Isto permite construir produtos em prazos
curtos, com novas características e recursos que são agregados na medida em que a
experiência descobre sua necessidade. As actividades de manutenção são usadas para
identificar problemas, seus registros fornecem dados para definir os requisitos das
próximas liberações. O principal problema desse ciclo de vida é a necessidade de uma
gestão sofisticada para ser previsível e confiável.

Figura 9: Modelo espiral

1.2.4 Importância do Sistema de Informação

Com a revolução industrial, mudaram as empresas, tendo as pequenas sido esmagadas


pelas grandes que ganharam economias de escala na produção em série dos produtos,
tornando-se a dimensão e a eficiência determinantes no sucesso da criação de gigantes
industriais. Para ganhar vantagens competitivas com a mecanização, novas formas de
organização e métodos modernos foram desenvolvidas.

Hoje, estamos na era de revolução da informação e as organizações de sucesso gerem a


informação com eficiência neste mundo dinâmico e competitivo. A gestão pode ter acesso

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 24


a muitos dados e usar modelos sofisticados para o apoio na tomada de decisão, pois pode
comunicar com todo o mundo através de redes de comunicação para gerir globalmente as
organizações.

A informação terá de ser visto como um recurso extremamente importante nas


organizações, tão importante como o capital ou as pessoas, visto que sem informações
não podem sobreviver, pelo que este recurso deverá ser gerido de forma a tirar dele o
máximo proveito possível.

Atender à importância de sistema de informação é um imperativo no mundo de negócios


face a internacionalização e globalização dos mercados. Esse atendimento terá de passar
pela importância dada aos Sistemas de Informação (SI) suportados pelas Tecnologias de
Informação (TI) e pelo seu impacto nas pessoas e nas organizações. (Rascão, 2001)

1.2.5 Vantagens e Desvantagens de SIGA

As principais vantagens apresentadas pelo SIGA são:

 A unificação da base de dados;


 Eliminação da repetição do trabalho e a redundância de dados, trazendo
maior confiabilidade às informações e o acesso em tempo real;
 Melhor controlo dos lançamentos de dados no sistema;
 Maior interacção entre as áreas;
 Diminuição da carga de actividades;
 Redução do tempo total de andamento dos processos.

Conhecendo as vantagens que o SIGA traz dentro de uma determinada organização, também
se destacam algumas desvantagens como:

 A dependência dessa tecnologia implementada;


 A paralisação do trabalho caso haja algumas anomalias com o sistema.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 25


1.3 Ferramentas Utilizadas

Para a construção de uma aplicação web, é necessário definir uma tecnologia a ser
utilizada, como servidores, linguagens de programação, bases de dados, entre outras. As
tecnologias utilizadas neste trabalho encontram-se descritas ao longo deste subcapítulo.

1.3.1 PHP

Para que um sistema se torne atractivo do ponto de vista da interactividade com os


utilizadores, é necessário um trabalho complexo para que existam páginas para todas as
possíveis solicitações efectuadas por estes mesmos utilizadores.

O PHP é a ferramenta aqui abordada que permite a criação dessas páginas dinâmicas,
capaz de ser embebido dentro do código HTML e efectuar determinadas operações
capazes de gerar páginas instantaneamente. Mais interessante se torna quando essa
interacção envolve o acesso a informação armazenada em bases de dados e consequente
visualização dos dados referentes ao pedido efectuado (Serrão, 2007).

1.3.2 HTML

A Hypertext Markup Language (Linguagem de Marcação de Hipertexto) não é uma


linguagem de programação e sim, como o nome diz, uma linguagem de marcação ou
markup. Ela funciona através de “marcações” chamadas tags ou etiquetas, com o
propósito de estruturar e definir a natureza do conteúdo de uma página.

O HTML é a linguagem com que se escrevem as páginas web, podendo ser vistas pelo
usuário mediante um tipo de aplicação chamada navegador (browser), podemos dizer
portanto que o HTML é a linguagem usada pelos navegadores para mostrar as páginas
web ao usuário, sendo hoje em dia a interface mais extensa na rede.

Esta linguagem nos permite aglutinar textos, imagens e áudios, e combiná-los a nosso
gosto.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 26


1.3.3 JavaScript

JavaScript é uma linguagem de roteiro (script) baseada em objectos e permite que sejam
manipulados através de eventos dinâmicos que faltavam ao HTML.

JavaScript é uma linguagem de programação utilizada para criar pequenos programas


encarregados de realizar acções dentro do âmbito de uma página web, trata-se de uma
linguagem de programação do lado do cliente, porque é o navegador que suporta a carga
de processamento. Graças a sua compatibilidade com a maioria dos navegadores
modernos, é a linguagem de programação do lado do cliente mais utilizada.

Com JavaScript pode-se criar efeitos especiais nas páginas e definir interactividades com
o usuário, o navegador do cliente é o encarregado de interpretar as instruções JavaScript
e executá-las para realizar estes efeitos e interactividades, de modo que o maior recurso,
e talvez o único, com que conta esta linguagem é o próprio navegador. JavaScript é o
seguinte passo, depois do HTML, que pode dar um programador da web mais um recurso
para melhorar suas páginas e a potência de seus projectos.

Entre as acções típicas que se podem realizar em JavaScript temos duas vertentes, de um
lado os efeitos especiais sobre páginas web, para criar conteúdos dinâmicos para que os
elementos da página que tenham movimento, mudem de cor ou qualquer outro
dinamismo, por outro lado, JavaScript nos permite executar instruções como resposta às
acções do usuário, podendo ser criadas páginas interactivas com programas como
calculadoras, agendas, tabelas de cálculo, etc.

JavaScript é uma linguagem com muitas possibilidades, permite a programação de


pequenos scripts, mas também de programas maiores, orientados a objectos, com funções,
estruturas de dados complexas, etc. Esta linguagem coloca à disposição do programador
todos os elementos que formam a página web, para que este possa acessar a elas e
modificá-las dinamicamente, se tornando o verdadeiro dono e controlador de cada coisa
que ocorre na página.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 27


1.3.4 Base da Dados (BD)

Segundo Damas, (2005) uma base de dados (BD) consiste numa colecção de dados
estruturados, organizados e armazenados de forma persistente.

Segundo Carriço, (1996), um sistema de base de dados tem dois componentes


fundamentais:

 A estrutura logica e física, através da qual a informação é organizada;


 O sistema de gestão de bases de dados (SGBD), que assegura a gestão da
informação.

O software que gere a informação contida numa base de dados é designado por sistema
de gestão de base de dados (SGBD) e constitui o interface entre os dados e os utilizadores.

O SGBD é responsável pela implementação do sistema, ao nível do software,


“escondendo” do utilizador as complexidades da gestão interna dos dados e
possibilitando-lhe uma visão logica da estrutura da informação, compatível com o modelo
conceptual. Um Sistema de Gestão de Base de Dados (SGBD) é um grupo de programas
usados como interface entre uma BD e programas de aplicação ou uma BD e o utilizador.

O principal objectivo de um SGBD é prover um ambiente adequado e eficiente para


armazenar e recuperar informações de uma base de dados. A gestão de dados envolve a
definição de estruturas para o armazenamento das informações e o fornecimento de
ferramentas para manipulá-las.

Diversos SGBD de código livre existem, dentre eles MySQL, PostgreSQL e Berkeley
DB. Para este projecto, o SGBD utilizado foi o MySQL. Esta escolha se justifica quando
se leva em conta apenas uma característica do mesmo: gestão de usuários e permissões.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 28


1.3.4.1 MySQL

O MySQL é um sistema de BD relacional de código aberto, projectado para oferecer um


suporte ao BD cliente/servidor, oferecendo rapidez e flexibilidade. Pode ser capaz de
rodar em qualquer servidor e suportar diferentes aplicações cliente, além de fornecer
interacção com diferentes ferramentas de administração e interfaces de programação, tais
como C++, Java, Perl, PHP, Python e Tcl. Dentre os componentes principais do MySQL
destaca-se o MySQLAdmin, que pode ser utilizado para uma variedade de tarefas tais
como: criação e exclusão de BD, controle de conexões em memória, controle de contas
de usuário e monitoramento de servidor. Na versão Windows, foi incorporado o
WinMySQLAdmin, que permite através de uma interface gráfica, visualizar e alterar as
configurações do MySQL, além de criar novos bancos de dados. Outro utilitário, o
MySQLManager, permite executar instruções SQL(Structured Query Language-
Linguagem de consulta estruturada) nos bancos de dados criados pelo MySQL.

O SQL – Structured Query Language é uma linguagem específica de acesso e


manipulação de bases de dados relacionais.

O modelo entidade relacionamento é um dos modelos mais utilizados para representar os


dados e possui três elementos básicos: entidades, atributos e relacionamentos e utiliza um
diagrama entidade relacionamento (DER), que é uma notação gráfica simples, de forma
a facilitar a compreensão do modelo (Chiossi e Moraes, 2006).

Dicionário de dados é uma listagem organizada de todos os elementos de dados que são
pertinentes ao sistema, com definições precisamente rigorosas, de modo que tanto o
utilizador, quanto o analista de sistemas tenham um entendimento comum das entradas,
saídas, componentes de depósitos e [até] cálculos intermediários (Pressman, 2002).

1.3.5 UML

A utilização de uma metodologia de desenvolvimento de sistema para captar desde os


primeiros contactos, até a conclusão das etapas de desenvolvimento de software, é de
extrema importância.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 29


Segundo Furlan (1998), com a evolução dos processos, sentiu-se a necessidade de se ter
uma linguagem unificada que se tornasse poderosa o suficiente para modelar qualquer
tipo de aplicação. Dessa necessidade surgiu a UML, uma linguagem padrão para
especificar, visualizar, documentar e construir artefactos de um sistema e pode ser
utilizada com todos os processos ao longo do ciclo de desenvolvimento e através de
diferentes tecnologias de implementação.

As partes que compõem a UML são:

1.3.5.1 Visão

Segundo Pender (2002), Uma visão é a apresentação da colecção de diagramas que


descrevem os aspectos similares do projecto. Frequentemente existem três conjuntos
distintos de visões, chamadas de visão estática, dinâmica e funcional.

As visões também podem servir de ligação entre a linguagem de modelagem e o


método/processo de desenvolvimento escolhido. A figura abaixo ilustra a natureza
complementar das visões e os diagramas pertencentes a cada visão.

Figura 10: Visões e seus diagramas

1.3.5.2 Modelos de elementos

Os conceitos usados nos diagramas são chamados de modelos de elementos. Alguns


exemplos desses modelos são as classes, objectos, estados, pacotes, componentes e

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 30


relacionamentos. Um elemento pode existir em diversos tipos de diagramas, mas existem
regras que definem quais elementos podem ser mostrados em que tipos de diagramas.

 Classes - Segundo Pressman (2001), uma classe é uma descrição de um conjunto


de objectos que compartilham os mesmos atributos, operações, relacionamentos
e semântica. Podem ser implementadas em uma ou mais interfaces;
 Atributos - Segundo Pressman (2001), os atributos são anexados às classes e
objectos com o objectivo de descrevê-las;
 Operações - Segundo Pender (2002), definem o comportamento que uma classe
de objectos pode realizar;
 Objectos - São elementos que podemos manipular, acompanhar seu
comportamento, criar, interagir, ou até destruí-los;
 Estado - Segundo Booch (2000), é uma condição ou situação na vida de um
objecto durante a qual o objecto satisfaz alguma condição, realiza alguma
actividade ou aguarda um evento. Um estado pode ter três compartimentos: nome
do evento, atributos e actividades;
 Pacotes - Segundo Pender (2002), é um mecanismo de propósito geral para
organizar elementos de modelo em grupos, tipicamente por funções ou use-cases
parecidos com o contexto do sistema;
 Componente - Pode ser tanto um código em linguagem de programação como um
código executável já compilado;
 Relacionamento - liga classes ou objectos entre si criando relações lógicas entre
estas entidades. Existem três tipos de relacionamento: associação, generalização
e dependências.

1.3.5.3 Mecanismos gerais

Fornecem comentários suplementares e informações sobre os elementos que compõem


os modelos além de fornecer mecanismos de extensão para estender a UML a um método,
organização ou usuário específico.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 31


 Ornamentos - Ornamentos gráficos são anexados aos modelos de elementos em
diagramas e adicionam semânticas ao elemento. Um exemplo de um ornamento é
o da técnica de separar um tipo de uma instância;
 Notas - Permitem adicionar informações a um modelo e podem ser colocadas em
qualquer lugar do diagrama.

Diagramas UML

Um conjunto de diagramas compreende o arsenal técnico definido pela UML para a


representação gráfica dos modelos de software orientado a objectos. Nem todos são
sempre necessários. A parte estática de um sistema pode ser visualizada a partir dos
seguintes diagramas:

 Diagrama de classe - Segundo Furlan (1998), é uma estrutura lógica estática em


uma superfície de duas dimensões mostrando uma colecção de elementos
declarativos de modelo, como classes, tipos e seus respectivos conteúdos e
relações. O diagrama mostra um conjunto de classes, interfaces, colaborações e
seus relacionamentos;
 Diagrama de objecto - Mostra um conjunto de objectos e seus relacionamentos.
Esses diagramas são usados para ilustrar as estruturas estáticas de dados, registros
estáticos de instâncias dos itens encontrados nos diagramas de classes;
 Diagrama de componentes - Mostra um conjunto de componentes e seus
relacionamentos e é utilizado para ilustrar a visão estática da implementação de
um sistema;
 Diagrama de implantação - Mostra um conjunto de nós e seus relacionamentos.
São utilizados para ilustrar a visão estática da implantação de uma arquitectura.
Está relacionado aos diagramas de componentes.

A parte dinâmica de um sistema será visualizada a partir dos seguintes diagramas:

 Diagrama de use case - Segundo Jacobson (1994), a modelagem use case é uma
análise técnica para extrair informações, entender e definir funcionalmente os
requisitos de um sistema. O modelo consiste de actores, use cases e o

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 32


relacionamento entre eles. Os actores são objectos que residem fora do sistema
modelado e os use cases são objectos que residem no sistema;
 Diagrama de sequência - É um diagrama de interacção que dá ênfase à ordenação
temporal de mensagens. O diagrama mostra um conjunto de objectos e a troca de
mensagens entre eles;
 Diagrama de colaboração - Dá ênfase à organização estrutural dos objectos que
trocam mensagens;
 Diagrama de estado - Mostra uma máquina de estados, que apresenta estados,
transições, eventos e actividades. Esses diagramas são importantes realizar a
modelagem do comportamento de uma interface, de uma classe ou de uma
colaboração;
 Diagrama de actividade - Mostra o fluxo de uma actividade para outra em um
sistema. Esses diagramas são importantes para se fazer a modelagem da função
de um sistema.

1.3.6 Framework

Framework é uma estrutura de suporte definida em que um outro projecto de software


pode ser organizado e desenvolvido. Um framework pode incluir programas de suporte,
bibliotecas de código, linguagens de script e outros softwares para auxiliar no
desenvolvimento e unir diferentes componentes de um projecto de software. Algumas
pessoas definem framework de uma maneira mais cómica e coloquial sendo um conjunto
de scripts feitos por pessoas mais inteligentes para programar de forma mais rápida, fácil
e eficiente. Sendo a definição mais formal ou mais coloquial o framework nada mais é do
que um conjunto de códigos prontos que irei reutilizar de uma forma estruturada para
alcançar um objectivo, dentre os benefícios de se utilizar um framework, podemos citar
os seguintes:

 Agilidade: Esta é a vantagem mais importante de se utilizar um framework, ele


ajuda no desenvolvimento ágil de aplicações. Qual o benefício prático de se
programar uma funcionalidade que já existe? Para que fim criar um código
gigantesco para enviar um e-mail se tenho uma extensão em meu framework que
faz isso com muito mais maestria, com diversas verificações?

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 33


 Extensibilidade: É um factor incrível, quase todos os frameworks permitem que
outros desenvolvedores que não participam directamente do desenvolvimento do
núcleo (core) do framework, desenvolvam pequenos códigos chamados de plugins
ou extensões que visam criar funcionalidades que não são contempladas pelo
framework;
 Segurança: Imagine que são milhares de desenvolvedores em todo o mundo
utilizando o mesmo código que você, com isso o código estará muito mais
preparado para não ser invadido por qualquer um, seu código terá muito menos
vulnerabilidades pois são muitos desenvolvedores que podem relatar algum
problema, se você desenvolver todo o seu sistema, desde o núcleo, certamente
você terá problemas com aspectos relativos a segurança da aplicação;
 Documentação e suporte: Quase todos os frameworks do mercado possuem uma
excelente documentação. Muitos reclamam de não conseguirem utilizar-se de
alguns frameworks mas quando percebemos está tudo lá, na documentação,
exercitando o hábito de sempre procurar as dúvidas que temos dentro da própria
documentação do framework, tudo tende a se tornar mais fácil. Algo que acho
muito interessante também o fato de, na maioria dos casos, existirem fóruns
oficiais onde você pode encontrar pessoas de muita experiência para lhe ajudar
com problemas relativos ao framework e/ou dúvidas que podem haver quanto a
utilização de certos recursos. Enquanto se você desenvolver algo do zero, apenas
você poderá dar suporte e sanar as dúvidas com relação a utilização das funções
com a utilização de um framework você poderá ter milhares de pessoas para lhe
ajudar.

1.3.6.1 Yii Framework

Yii é um framework de alta performance em PHP que utiliza componentes para o


desenvolvimento de pequenas/médias/grandes aplicações Web. Permite máxima
reutilização de códigos na programação Web e pode acelerar significativamente o
processo de desenvolvimento.4

4
http://pt.wikipedia.org/wiki/Yii, 2014-06-15, 16:00

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 34


O Yii trabalha de uma forma a garantir o desenvolvimento de softwares eficientes,
extensíveis e de fácil manutenção.

O Yii é uma óptima escolha para projectos de qualquer porte, mas foi projectado para
aplicações empresariais de grande porte. O desenvolvedor possui total controle sobre sua
configuração, tanto no design das aplicações, quanto em suas funcionalidades. O Yii
também possui uma vasta documentação, clara e abrangente.

Yii é fruto da imaginação de seu fundador, Qiang Xue, que iniciou o projecto Yii em 01
de janeiro de 2008. Qiang havia desenvolvido e mantido o framework Prado. Os anos de
experiência adquiridos e o feedback dos desenvolvedores se juntaram em um projecto
que consolidou a necessidade de um framework extremamente rápido, seguro e
profissional que é feito sob medida para atender às expectativas de desenvolvimento de
aplicações Web 2.0. Em 03 de dezembro de 2008, depois de quase um ano de
desenvolvimento, o Yii 1.0 foi oficialmente lançado para o público.

Vantagens de Utilizar Yii Framework

 Baseado na arquitectura MVC (Model View Controller), Yii torna o


desenvolvimento web uma actividade sistemática através da separação limpa
de preocupações (SoC);
 Yii torna o processo de criação de formulários, que podem levar insumos e
validar os dados, muito simples e fácil. A grande variedade de widgets e
validadores de Yii recolhe formulário de entrada e valida-lo;
 Com a funcionalidade de autenticação embutida e RBAC (Role Based Access
Control) de autorização suportado, Yii torna o desenvolvimento web muito
mais fácil e mais rápido;

 Sendo um dos frameworks PHP mais seguros, Yii protege sites de hackers. Os
diversos mecanismos de segurança evita que grandes ataques na aplicação
web, como XSS, SQL Injection, CSRF, adulteração de biscoitos, etc;
 Yii remove a tarefa longa e complexa de escrever consultas SQL repetitivas,
permitindo que programadores para transformar dados em termos de objectos;

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 35


 Carregado com um rico conjunto de AJAX habilitado widgets, Yii ajuda os
desenvolvedores a criar interfaces de usuário altamente eficiente;
 Tratamento de erros torna-se bastante simples e rápida com o quadro Yii. O
log são salvos de forma sistemática e pode ser acessado categoricamente;
 Yii tem excelentes ferramentas que suportam programadores PHP para gerar
o código rapidamente sem erros. Ele dá grande poder com controle de código
padrão;
 Sendo um framework de código aberto, Yii fornece uma biblioteca de
extensão que inclui numerosos componentes contribuíram usuário. Isso
certamente abre uma lista de recursos que nunca termina a plataforma Yii;
 Framework Yii tem muito boa em conformidade com os códigos de terceiros.
Isso significa que o código de outros frameworks PHP pode ser facilmente
utilizado com a linguagem Yii, sem quaisquer complicações.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 36


CAPITULO III

1 Caracterização da Universidade do Mindelo

A Universidade do Mindelo é uma instituição privada de estudos superiores que foi


inaugurada no dia 11 de Outubro de 2002 com o objectivo de valorizar e promover a
intervenção do sector de ensino privado no sistema educativo e de diversificar as
possibilidades de acesso de todos os Cabo-verdianos à educação – formação elevando a
qualidade dos recursos humanos.

A universidade do Mindelo tem a sua sede em Mindelo - São Vicente mas pode criar
representações em qualquer ponto do território nacional pois é dotado de ampla
autonomia administrativa, financeira, científica e pedagógica.

1.1 Missão

Com a missão de formação académica e profissional nas áreas tecnológicas, saúde sociais
e humanísticas, mas capaz de organizar e ministrar cursos noutras áreas mediante prévia
autorização ministerial, a Universidade do Mindelo confere os graus de licenciatura,
mestre, e diploma de estudos superiores especializados.

1.2 Corpo Docente

A Universidade do Mindelo tem um corpo docente qualificado, constituído por cerca de


14 Professores Doutores, 27 Mestres e 70 Licenciados (ano lectivo de 2014-2015), que
garantem a qualidade dos cursos ministrados no Instituto, através de sistemas contínuos
de avaliação científica.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 37


1.3 Estudantes

A caminho do seu décimo segundo ano de funcionamento, o UM conta já com mais de


800 estudantes integrados nos diversos cursos de licenciatura e pós-graduações.

1.4 Sistema Organizacional

A Universidade do Mindelo é constituído pelos seguintes órgãos:


a) O Chanceler;
b) O Reitor;
c) O Conselho Directivo;
d) O Conselho Científico;
e) O Conselho Pedagógico;
f) O Provedor do Estudante;
g) Direcção das Unidades Orgânicas de Ensino;
h) Direcção das Unidades Orgânicas de Investigação:
i) O Conselho Disciplinar;
j) O Conselho de Avaliação e Qualidade.

1.5 Departamentos

A Universidade do Mindelo encontra-se estruturado em Departamentos, cujos


responsáveis fazem parte de um Conselho Científico. Os Departamentos existentes são
os seguintes:

 Escola Superior de Saúde;


 Ciências Económicas e Empresariais;
 Engenharia e Economia do Mar;
 Ciências Humanas, Jurídicas e Sociais.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 38


1.6 Os SAA (Serviços Académicos e Administrativos)

A política seguida pelos SAA vem procurando privilegiar uma forte orientação para o
utente e para os resultados de modo a alcançar patamares de excelência. Os objectivos
estratégicos destes Serviços centram-se, essencialmente:

 No desejo de aperfeiçoar os serviços prestados e o sistema de controlo interno;


 No reforço dos instrumentos de normalização e simplificação de procedimentos;
 No incremento de processos de cariz inovador;
 Na melhoria do sistema de monitorização e recolha de informação para apoio à
gestão.

No que concerne aos desafios os SAA pretendem atingir uma imagem de qualidade e
eficiência. É pois neste enquadramento, que em profunda articulação com os objectivos
estratégicos da Universidade do Mindelo, se pretende dar mais um pequeno passo na
melhoria da qualidade dos serviços prestados por esta Direcção de Serviços.

1.6.1 Objectivos Estratégicos da Direcção dos Serviços Académicos e


Administrativos

 Aperfeiçoar o modo de funcionamento interno, e adaptá-lo a um Sistema de


Controlo Interno (SCI) dos Serviços;
 Reforçar os instrumentos de normalização e simplificação de procedimentos com
vista a uma gestão de qualidade;
 Reforçar o número de processos de cariz inovador, com recurso a tecnologias de
comunicação e da informação, que se constituam numa mais-valia para o utente;
 Melhorar o sistema de monitorização, recolha de informação e apoio à gestão.

1.7 Gestão Académica

A Gestão Académica é constituída por 3 (três) campos, designadamente: a Gestão de


Alunos, a Gestão de Professores e a Gestão de Departamentos. Este último campo é

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 39


dividido em duas unidades: Gestão de Cursos e Gestão de Disciplinas, como é possível
verificar no esquema seguinte:

Figura 11: Organograma da Gestão Académica

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 40


CAPITULO IV

1 Análise do Sistema

1.1 Levantamento de Requisitos

A colecta de informações necessárias para a construção do sistema foi realizada através


de entrevistas e documentos disponibilizados pelos funcionários da Universidade do
Mindelo. Segue abaixo o modelo de questionário utilizado para a captura dos requisitos.

FORMULÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DAS ENTREVISTAS.


Perguntas:
1. Como se faz o processo de candidatura do aluno?
2. Quais são os critérios de seleção de candidatura?
3. Se o aluno não pagar ou atrasar a propina, qual será o procedimento?
4. Como podem ser pagas as propinas? Quais são as modalidades de pagamento
de propina?
5. Quais são as condições para anulação de matrícula?
6. Quais são as condições para o aluno se inscrever no exame?
7. Quais são os utilizadores que irão interagir com o sistema?
8. Existe alguma restrição quanto ao tipo de utilizador?
9. Qual utilizador deve fazer o quê?
10. Como deverá ser feita a validação do utilizador?
11. São elaborados relatórios sobre as notas dos alunos?
12. Que dados contém esses relatórios?
13. O sistema regista as ocorrências?
14. O registo das ocorrências é feito pelo utilizador ou pelo responsável do
sistema?
15. O sistema gera relatório de ocorrências?
16. O sistema existente atende bem as necessidades dos utilizadores?
17. Quais as características principais que um sistema novo deve ter?
Tabela 4: Formulário para realização de entrevistas

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 41


1.2 Análise do sistema actual

Com o aumento de informações, o sistema parcialmente automatizado existente na


instituição, tem causado atrasos na disponibilização de informações aos alunos e tornado
o gerenciamento de dados cada vez mais complicado.

Os dados pessoais dos alunos ficam armazenados em uma folha Excel e pastas de arquivo.
A gestão de alunos da Universidade do Mindelo é composta de 6 rotinas, cada uma com
as funções predefinidas, a seguir uma narrativa descritiva de cada rotina seguidas dos seus
respectivos fluxogramas:

Rotina 1 – Candidatura / Matricula

Passo 1 No processo de candidatura / matrícula o aluno dirige-se à secretaria, e é


informado sobre os cursos disponíveis e os respectivos requisitos
necessários para a inscrição.
Passo 2 Faz a escolha do curso no qual pretende matricular-se e preenche um
formulário onde vão constar os dados pessoais.
Passo 3 Se os dados que o aluno fornecer estiverem de acordo com os requisitos
necessários, será seleccionado e caso queira frequentar o curso
preencherá o boletim de matrícula e recebera de imediato um
comprovativo da inscrição, ficando a espera pelo início das aulas.
Tabela 5: Candidatura / Matricula

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 42


Rotina 2 – Pagamento de Propina

Passo 1 No momento de pagamento de propinas, o aluno dirige-se à secretaria e


declara o seu curso, ano e nome, facilitando assim a sua localização no
mapa de registro de propinas que são folhas prensadas de formato A3.
Passo 2 Uma vez localizado o aluno no mapa, o espaço destinado ao mês/ meses
que o aluno vai liquidar é preenchido manualmente com a data de
pagamento e o número do recibo.
Passo 3 Consumado o pagamento, o aluno recebe um comprovativo (recibo de
formato A5, numerado e pré concebido pela gráfica) preenchido pelo
funcionário da secretaria.
Tabela 6: Pagamento de Propina

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 43


Rotina 3 – Anulação de Matricula

Passo 1 Se o aluno quiser anular a matrícula, terá que enviar uma carta à
secretaria, destinada ao Reitor, informando a sua pretensão para que esta
proceda em conformidade.
Passo 2 A solicitação da anulação da matrícula deve ser feita dentro do prazo
estipulada pela secretaria, caso tiver feito o pagamento adiantado.
Passo 3 Caso a solicitação for tempestiva, recebe o valor do adiantamento.
Tabela 7: Anulação de Matricula

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 44


Rotina 4 – Obtenção de Notas

Passo 1 Durante o período de aulas o aluno é avaliado através de testes, trabalhos


de grupos e individuais, cabendo ao professor fazer a média e atribui-lo
a nota, a qual é entregue na secretaria;
Passo 2 Para o aluno informar da sua nota final terá que dirigir à secretaria,
informar o seu curso, ano e nome, facilitando assim a sua localização no
mapa de registo de propinas, onde o funcionário da secretaria certifica se
está com as propinas regularizadas, para o efeito;
Passo 3 a propina estiver regularizada a secretaria informa a nota, caso contrário
o aluno terá de ficar sem esta informação até regularizar a situação.
Tabela 8: Obtenção de notas

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 45


Rotina 5 – Exame

Passo 1 Se o aluno tiver que prestar exame, terá de fazer a inscrição, esperar pela
data e hora de realização do mesmo, estipulada pela secretaria.
Passo 2 Preste o exame e aguardar pelo resultado que será dado posteriormente.
Tabela 9: Exame

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 46


Rotina 6 – Solicitação de Documentos

Passo 1 Para solicitar qualquer documento, o aluno tem que requerê-lo por
escrito.
Passo 2 O pessoal da secretaria localiza os dados pertinentes (que são registados
manualmente e arquivados em pastas referentes à cada curso) e efectue
a digitalização do documento solicitado;
Passo 3 Após alguns dias esse documento será entregue. Mas, se for de carácter
urgente, é entregue no mesmo dia em que foi solicitado, mediante um
adicional sobre o valor a pagar.
Tabela 10: Solicitação de Documentos

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 47


1.2.1 Objectivos

O sistema actual tem como objectivo principal gerenciar as seguintes informações da


Universidade do Mindelo, como: controle de alunos, controle de matrícula, montagem do
mapa de notas e armazenamento das mesmas, montagem de calendários, estipulação de
regimes, controle de disciplinas por curso, controle de docentes e da instituição em si.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 48


1.3 Descrição do SIGA

1.3.1 Objectivos

O SIGA terá como principal objectivo melhorar e optimizar as actividades realizadas na


Universidade do Mindelo, através do armazenamento e gerenciamento das seguintes
informações:

 Ano lectivo e respectivo calendário;


 Matrícula e inscrição;
 Informações pessoais do corpo docente;
 Vida académica do aluno;
 Ex-alunos;
 Alunos desistentes;
 Alunos transferidos;
 Departamentos;
 Cursos;
 Disciplinas;
 Mapa de notas;
 Frequência;
 Horários de aula;
 Distribuição do espaço físico;
 Controle estatístico;
 Emissão de declarações e relatórios;
 Sistema de consulta de notas e frequência online;
 Sistema de inserção de nota online.

1.3.2 Benefícios

O SIGA terá como principais benefícios:

 Rapidez no acesso as informações;

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 49


 Eliminação das principais deficiências do sistema actual;
 Integração com os demais sistemas existentes na instituição;
 Melhorada gestão de informações;
 Eliminação das filas no período de matrícula;
 Agilidade no processo de emissão de notas;
 Controlo de notas;
 Controlo de status dos alunos em relação à pagamento de propinas;
 Controlo de transição de ano;
 Agilidade na emissão de declarações e relatórios.

1.4 Análises de Requisitos do Software

Os requisitos são divididos em, funcionais e não funcionais:

 Requisitos Funcionais - compreendem o levantamento das funcionalidades gerais


do sistema;
 Requisitos Não Funcionais - compreendem aspectos relacionados a atributo,
propriedade, comportamento e restrições.

1.4.1 Requisitos Funcionais do sistema

A forma de descrição funcional adoptada nesse padrão é a modelagem de use case,


baseada na notação UML citada/apresentada no capítulo 2.

Os use cases descrevem as funcionalidades específicas que um sistema deve


desempenhar. Cada caso de uso descreve um possível cenário de interacção que um
sistema externo ou outra entidade tem com o sistema a ser desenvolvido.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 50


Os casos de uso que foram identificados como necessários para o sistema estão descritos
a seguir:

Caso de Uso Descrição


Disponibilizar eventos Disponibilização dos eventos que ocorrerão no
decorrer do ano.
Controlar horários Controle dos horários utilizados pela instituição.
Gerar turmas Geração de turmas, com sua disciplina, curso e
horários.
Controlar de cursos Processamento de inclusão, exclusão, alteração
dos diversos cursos oferecidos na instituição.
Controlar disciplinas Processamento de inclusão, exclusão, alteração e
consulta de disciplinas.
Controlar docentes Processamento de inclusão, exclusão, alteração e
consulta de docentes.
Controlar de salas e laboratórios. Processamento de inclusão, exclusão, alteração e
consulta de salas e laboratórios da instituição.
Realizar matrícula Realização de matrículas
Emitir relatórios e documentos Emissão dos relatórios com as informações da
base de dados do SIGA.
Controlar notas Processamento de inclusão, exclusão, alteração
de notas referentes a cada semestre cursado pelos
alunos.
Controlar de frequência Processamento de inclusão, exclusão, alteração
de frequências referentes a cada semestre cursado
pelos alunos.
Gerar backup Geração de cópias do sistema.
Autenticar funcionários Permite a autenticação do usuário para a entrada
no sistema.
Controlar alunos Processamento de inclusão, exclusão, alteração
dos dados pessoais referentes a cada aluno.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 51


Consultar notas Permite ao aluno realizar a consulta de notas
através do SIGA online
Inserir notas Permite ao docente realizar o processamento de
inclusão, exclusão, alteração de notas referentes a
cada semestre cursado pelos alunos através do
SIGA online.
Realizar cadastro Permite a realização de cadastro dos docentes e
alunos da Universidade do Mindelo.
Consultar calendário Possibilita o professor e aluno consultar o
calendário da instituição.
Consultar horário Possibilita o professor e aluno consultar os
horários das aulas.
Tabela 11: Requisitos Funcionais do sistema

1.5 Modelação do Sistema

A Modelação do Sistema é feita através de uma notação gráfica standard – UML – que
modela o sistema independentemente da linguagem de programação
analisada/apresentada no capítulo 2.
A UML disponibiliza um conjunto de diferentes tipos de diagramas, dentre as quais serão
estudados:

1. Diagrama de Use Cases;


2. Diagrama de Classes.
3. Diagrama de Sequência

1.5.1 Diagrama de Use Cases

Estes diagramas servem para identificar as fronteiras do Sistema e descrever os serviços


(use cases) que devem ser disponibilizados a cada um dos diversos utilizadores (actores),
representam a visão do Sistema na perspectiva dos seus utilizadores. Permitem dar uma
visão global e de alto nível do Sistema.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 52


São utilizados para a apresentação de requisitos e assegurar que o utilizador final e o
especialista informático possuem um entendimento comum dos requisitos. O objectivo é
mostrar o que um Sistema deve efectuar e não como o deve fazer.

Estes diagramas utilizam as seguintes abstracções de modelações:

 Actores (representam uma entidade externa que interage com o Sistema);


 Use Cases (caracterizam as funcionalidades que a aplicação a desenvolver deve
disponibilizar ao utilizador);
 Relações (as mais frequentes são: <<include>> [significa que um determinado
Use Case utiliza ou inclui a funcionalidade disponibilizada num outro Use Case],
<<extend>> [ocorre quando existe um comportamento opcional que deve ser
incluído num Use Case] e generalizações [usada quando existe um Use Case que
é um caso particular de um outro Use Case]).

Para construir um diagrama de use cases, primeiramente deve-se identificar os actores do


Sistema.

Actores:

Existem os seguintes actores que interagem com o Sistema de Informação da


Universidade do Mindelo:

 Administração: pessoas responsáveis pela administração da UM;


 Secretaria: conjunto de pessoas encarregues do atendimento directo ao público.
 Aluno: conjunto de pessoas que estudam na UM;
 Docente: conjunto de pessoas responsáveis pela leccionarem na UM;
 Funcionário: conjunto de pessoas que desempenham funções/serviços dentro do
Instituto;
 Tesouraria: conjunto de pessoas responsáveis pelo controlo financeiro da UM.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 53


Use Cases:

Tomando como referência cada um dos actores, identificam-se os Use Cases em que
participam:

- Administração:

 Gerir;
 Analisar candidaturas;
 Decidir.

- Secretaria:

 Informar;
 Matricular aluno;
 Inscrever aluno;
 Receber pagamentos dos Alunos;
 Colocar notas;
 Fornecer processos solicitados.

- Aluno:

 Pedir candidatura;
 Matricular;
 Inscrever;
 Solicitar processos;
 Pagar processos;
 Consultar nota;
 Inscrever exame.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 54


- Docente:

 Leccionar;
 Atribuir notas;
 Receber salário;
 Assinar recibo;

- Funcionário:

 Executar função;
 Receber salário;
 Assinar recibo;

- Tesouraria:

 Receber pagamentos dos processos solicitados;


 Entregar comprovativos;
 Registar recebimentos;
 Pagar fornecedor;
 Pagar docente;
 Pagar funcionário;
 Receber comprovativo de pagamento;
 Registar pagamentos.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 55


Diagrama de Use Cases:

Figura 12: Diagrama de Use Cases

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 56


1.5.2 Diagrama de Classes

O diagrama de classes é uma das técnicas mais utilizadas no desenvolvimento orientado


por objectos. Este diagrama é uma descrição formal da estrutura de objectos num Sistema.
Para cada objecto descreve a sua identidade, os seus relacionamentos com os outros
objectos, os seus atributos e as suas operações.

Estes diagramas descrevem o modelo geral de informação de um Sistema e são compostos


pelos seguintes elementos abstractos de modelação:

 Classes de Objectos;
 Relação de Associação e Generalização;
 Multiplicidade.

Um objecto é uma entidade ou conceito existente no contexto de modelação, sendo


relevante para ser incorporado no modelo de informação. É caracterizado por um conjunto
de propriedades (características que definem o objecto), um comportamento (as
operações que o objecto pode efectuar) e uma identidade (identifica um objecto como
único num conjunto de objectos).

Uma classe representa uma abstracção sobre um conjunto de objectos que partilham a
mesma estrutura e comportamento. Na prática, um objecto é um caso particular de uma
classe, também referido como uma instância da classe. As classes descrevem objectos
com atributos e operações comuns e servem dois propósitos: permitem compreender o
mundo real naquilo que é relevante para o sistema de informação que se pretende
desenvolver e fornecem uma base prática para a implementação em computador.

Seguidamente, é apresentado o diagrama de classes baseado nos requisitos apresentados


e identificados anteriormente.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 57


Diagrama de Classes:
1.5.3 Diagrama de Sequencia

Caso de Uso: Fazer Login

Figura 13: Diagrama sequencia fazer login

Caso de Uso: Registar Aluno

Figura 14: Diagrama de sequência registar aluno


Caso de Uso: Matricula

Figura 15: Diagrama sequencia: matricula aluno

Caso de Uso: Inscrição

Figura 16: Diagrama sequência inscrever aluno

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 60


Caso de Uso: Criar uma Pauta

Figura 17: Diagrama sequência criar pauta

Caso de Uso: Validar Pauta

Figura 18: Diagrama sequência validar pauta

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 61


CAPITULO V

1 Protótipo do Sistema

Este capítulo tem como objectivo abordar as principais características do protótipo do sistema
proposto no presente trabalho.

1.1 Descrição das Funcionalidades do Sistema

Telas Principais do Sistema

1 – Ao entrar no sistema, através do endereço www.uni-mindelo.edu.cv/siga, é


apresentado a tela principal, e duas caixas de textos onde o usuário irá digitar o seu nome
e a sua senha (permissão) para aceder ao sistema.

O acesso é previamente programado, e vai de encontro com as permissões concedidas aos


usuários, que podem ser administrador - pessoa capaz de fazer qualquer tipo de alteração
no sistema, ou qualquer outro usuário mas com certas limitações.

Figura 19: Tela login

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 62


2 – Entrando no sistema, o usuário vai ter as opções de escolha ou seja, vai ter os
submódulos à sua disposição, os quais poderão ser acessados, de acordo com as
pretensões do usuário, dentro dos quais poderá trabalhar e/ou ter acesso aos dados que
necessita.

Figura 20: Tela principal

3 - Cadastro Aluno – Para registar um aluno primeiro deves escolher no menu principal
“Gestão de Aluno” ao abrir submenu escolher “Alunos” e depois no menu vertical a
direita escolher “Novo Aluno” para inserir o aluno pretendido. O formulário Cadastro de
Aluno é composto por três Frames que contém os campos para preenchimento dos dados
dos alunos; por uma lista dos alunos; e alguns botões. Nas Frames: identificação,
contactos e Outros, os campos serão preenchidos de acordo com a indicação em cima do
referido campo.

A primeira frame que é denominada de Identificação, podemos encontrar campos


destinados a inserir dados do aluno tais como: fotografia, o nome do pai, o nome da mãe,
o número do BI, a nacionalidade, a data de nascimento, a ilha onde nasceu, o conselho, o
sexo e a morada. Uma segunda frame que encontramos é a frame Contacto, onde podemos
encontrar: o número de telefone, o número de telemóvel e o e-mail. Um ultimo frame é a
frame Outros onde encontramos: a profissão, o curso corrente do aluno, o status, o ano

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 63


status, o ano do curso em que esta a frequentar, o numero aluno e a situação propina do
aluno.

Figura 21: Tela adicionar aluno

Eliminar Aluno – Pretendendo-se anular um aluno, deve-se escolher o aluno na lista e


clicar no botão Eliminar Aluno (X).

Figura 22: Tela eliminar aluno

Alterar Aluno – Pretendendo-se alterar um aluno, deve-se escolher o aluno na lista e


clicar no lápis a frente do aluno pretendido.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 64


Figura 23: Tela alterar aluno

Depois de fazer todas as alterações salvar com o botão Alterar.

Figura 24: Tela vista aluno

Tela Matrícula

As matrículas são feitas uma única vez, por cada aluno, no início de cada curso. A
matrícula de um aluno pode ser feita através de uma candidatura previamente aprovada
ou até sem qualquer tipo de candidatura. Este último caso acontece quando um aluno quer
se candidatar a um curso que já tenha indicação de válido no campo de disponibilidade
para a matrícula, ou seja, quando o número de candidaturas a este curso já ultrapassou o
número mínimo de 25 candidatos. O que torna desnecessário passar por um processo de
candidatura pois o curso já se encontra disponível e será aberto.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 65


Um aluno só poderá matricular-se num curso se não estiver a frequentar outro na UM ou
se não tem como concluído este mesmo curso.

Tela de realização de matrícula

Figura 25: Tela matricular aluno

Esta tela permite matricular um aluno, para matricular um aluno primeiro deve escolher
no menu horizontal Gestão Aluno depois escolher Matricular para preencher o formulário
com os dados da matrícula referente ao aluno que pretendes matricular depois Salvar.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 66


Tela Administrar Matriculas

Figura 26: Tela administrar matriculas

Tela onde se faz a listagem de todos os alunos matriculados, onde pode-se procurar um
aluno através do formulário de pesquisa fornecendo nome do aluno, curso e estado da
matrícula em seguida botão procurar, através desta tela podemos também eliminar uma
matrícula, escolher uma matrícula para alterar/editar e escolher uma matrícula para
consultar os dados.

Tela Inscrição

Cada aluno pode inscrever-se nas disciplinas do novo semestre e também nas disciplinas
em atraso, as inscrições decorrem a partir do segundo ano. O aluno pode transitar de ano
caso não tenha mais do que duas disciplinas anuais ou mais do que quatro semestrais em
atraso. Durante o preenchimento da inscrição de um aluno deve ser possível consultar o
pagamento das propinas, sendo da responsabilidade da UM autorizar ou não o processo

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 67


de inscrição quando os alunos não tem a situação das propinas regularizada. Um aluno
pode não efectuar a inscrição durante alguns semestres para mais tarde voltar a faze-lo,
dando-se inicio a um novo processo de inscrição, porém não pode passar mais de dois
anos consecutivos sem efectuar a sua inscrição correndo o risco de perder assim a sua
condição de Estudante da Universidade do Mindelo e em caso de continuidade do curso,
após esse período, deve inscrever num processos de equivalência dado que os Planos de
Estudos poderão sofrer alterações. Nesta situação, também é da responsabilidade da UM
permitir ou não a realização da inscrição sem o pagamento das propinas correspondentes
aos meses em que não esteve inscrito.

Tela Inscrever Aluno

Figura 27: Tela inscrever aluno

Para inscrever um aluno no ano lectivo actual, primeiro deve procurar-se o respectivo
aluno matriculado ex. na fig. 26. Depois de encontrar o aluno pretendido ir para a vista
da matrícula do aluno através da lupa que se encontra a frente de cada matrícula. Depois
vai abrir uma nova janela vide na fig. 27. De seguida a direita no menu horizontal em
Operações escolher Inscrever.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 68


Figura 28: Tela inscrever aluno

Tela para efectuar inscrição no ano neste caso em todas as disciplinas do 1º ano do curso
de Ortóptica e Ciências de Visão do ano lectivo 2013-2014. Deve activar todos os
checkbox e depois apertar/clickar/pressionar o botão Salvar.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 69


Figura 29: Tela inscrever aluno

Depois vai aparecer esta tela que representa dados da inscrição, através do menu
horizontal a direita em Operações também podemos fazer algumas operações referente a
esta inscrição como: alterar inscrição, remover inscrição, etc.

No caso de se pretender inscrever aluno nas disciplinas em atraso este deve ir ao menu
horizontal a direita e escolher Alterar Inscrição.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 70


Figura 30: Tela inscrever aluno - disciplina em atraso

Tela para inscrever aluno que tem disciplinas em atraso, para efectuar esta operação deve
apertar no botão Adic. Disciplina em Atraso e escolher as disciplina que pretendes
inscrever de seguida salvar como representa tela a baixo.

Figura 31: Tela inscrever aluno - disciplina em atraso

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 71


Tela Pauta

Criar uma Pauta

Figura 32: Tela criar pauta

Tela para criar uma pauta de uma determinada disciplina. Para criação de uma pauta
temos de facultar/preencher o formulário com os seguintes dados: Regime de Avaliação,
existem 7 regime de avaliação (Avaliação Contínua, Exame 1ª Época, Exame 2ª Época,
Época Especial, Melhoria de Nota, Exame Oral 1ª Época e Exame Oral 1ª Época), Curso,
Disciplina, Docente, Ano Lectivo, Tipologia, Data Avaliação Observação e por fim
Status que por padrão fica Novo, depois de fornecer todos os dados necessários escolher
botão Salvar para adicionar a pauta.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 72


Figura 33: Tela vista pauta

Tela vista da pauta criada anteriormente, depois de criar uma pauta pela SAA o docente
que lecciona a disciplina em questão vai receber um alerta de que a pauta foi criada para
prosseguir com lançamento de notas dos alunos.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 73


Lançar Pauta – Docente

Figura 34: Tela lançar pauta

O docente ao entrar no seu espaço para lançar as notas dos alunos, em primeiro lugar tem
de verificar se a pauta foi criada pelo SAA. Para efectuar esta operação primeiro o docente
tem de ir ao menu horizontal principal e escolher Gestão de Alunos > Pautas de seguida
em baixo como representa a fig. 34 logo a seguir formulário de pesquisa encontram as
disciplinas que o docente lecciona, para docente lançar as notas o mesmo tem de estar no
Status Novo em frente a direita de cada pauta existem um lupa para ver os dados da pauta
e um lápis para editar a pauta onde vai encontrar todos os alunos inscritos na disciplina
como representa a tela abaixo.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 74


Figura 35: Tela pauta

Tela para o docente adicionar notas dos alunos; nesta área temos cinco colunas com o
número de alunos, nome dos alunos, observação, classificação dos alunos e por fim status
que é o estado que o aluno se encontra inicialmente Inscrito ou Examep quando o aluno
não tem propina regularizado.

Para docente adicionar / atribuir nota dos alunos primeiro tem de escolher o aluno que
pretende atribuir nota clicando no lápis que existe na linha de cada aluno, logo abrirá uma
janela na mesma página como representa a tela abaixo.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 75


Figura 36: Tela adicionar nota

Tela para introduzir nota do aluno.

Figura 37: Tela vista notas alunos

Tela depois de atribuir notas aos alunos; ao finalizar o docente precisa lançar a pauta para
que SAA façam validação para depois afixar a respectiva pauta. Para docente efectuar
esta operação a pauta tem de estar devidamente preenchido ou seja todos os alunos tem
de ter um resultado ao contrario o sistema não deixa passar para próxima fase, tendo

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 76


finalizado processo de lançamento das notas o docente precisa lançar a pauta com o botão
Lançar Pauta.

OBS: Atenção depois de lançar a pauta o docente não pode efectuar mais alterações.

Figura 38: Tela lançar pauta

Vista depois de lançar a pauta note-se que o status passou de estado Novo para Lançado
automaticamente SAA vai receber uma alerta que a pauta do respectivo docente foi
lançado para validação, o docente também pode gerar word desta pauta.

Validação da Pauta – SAA

Validação de uma pauta é processado quando o mesmo é lançado pelo docente, SAA vai
verificar se a pauta esta correctamente se for SAA prossegue com fechamento da pauta
posterior ser fixado para consulta por parte dos alunos.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 77


Figura 39: Tela vista pauta validade

Tela da pauta depois de ser validada pelo SAA, apos a pauta ser validada o mesmo passa
a ter Status Fechado como representa a figura acima, a pauta no estado Fechado não pode
sofrer qualquer tipo de alteração.

Parametrização das disciplinas

Este tem como maior objectivo permitir associar às disciplinas um comportamento


especial conforme o seu tipo de Avaliação. Por exemplo para uma disciplina que tem
associado o tipo de Avaliação ‘AC – Avaliação Continua’ o ciclo de avaliação dela chega
aos seus estados finais (‘Aprovado’, ‘Reprovado’), para uma disciplina do tipo Avaliação
‘EN – Exame Normal’ e no regime de avaliação continua podem chegar aos seus estados
finais (‘Aprovado’, ‘Reprovado’), quando não existe aluno com nota inferior a 12 (doze)
na pauta da disciplina caso contrario a disciplina passa para um outro estado (‘Exame 1ª
Época’) e só depois chega aos seus estados finais (‘Aprovado’, ‘Reprovado’).

APROVAÇÃO

Este processo descreve as disciplinas que são leccionadas na Uni-Mindelo. Para o seu
registo tem-se que considerar: o nome da disciplina, os dados do curso no qual está

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 78


inserido, o ano que pertence (1º, 2º, 3º, 4º ou 5º ano), um campo a indicar se é uma
disciplina anual ou semestral.
No regime de avaliação contínua pode existir três situações distintas, consoante o valor
da nota obtida:

 Maior ou igual a 12: aluno obtém a aprovação directa, ficando com a nota final
igual à nota obtida na avaliação contínua. Caso o aluno deseje ele pode realizar o
exame de 1ª época e/ou o de recurso para melhoria de nota, ficando com a melhor
nota das situações;
 Maior ou igual a 8 e menor que 12: o aluno tem de realizar o exame de 1º época e
só tem a aprovação se a média da nota desse exame com a nota da avaliação
contínua for maior ou igual a 10 valores. Também pode realizar o exame de
recurso, onde a nota final é apenas a desse exame;
 Menor que 8: o aluno deve realizar o exame de 1ª época e/ou o de recurso até
obter nota mínima de 10 valores. A nota final é a melhor nota obtida nas duas
situações;
 Para o regime de avaliação por exame o aluno deve realizar o exame de 1ª época
e o do recurso até obter a nota mínima de 10 valores. A nota final é a melhor nota
obtida nas duas situações:
o A disciplina só é considerada como aprovada se o aluno tiver a nota final
igual ou superior a 10 valores;
o A precisão da nota da avaliação contínua, do exame de 1ª época e de
recursos é de 2 (duas) casas decimais à direita da vírgula. Enquanto que a
nota final da disciplina é um valor inteiro. O Curso de Direito apresenta
uma forma de avaliação diferente dos outros demais atendendo a
especificidade do Departamento.

Tela Livro Termo

Livro de Termo – corresponde ao plano de estudos do aluno com as notas das disciplinas
já efectuadas, datas e identificação do docente definido no ano lectivo para cada
disciplina.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 79


O Livro de Termo é pedra basilar para o histórico do estudante, sendo também fonte
suprema para consulta e validação das transições entre anos curriculares. Portanto é a
parte mais sensível do SIGA.

Fluxos e acções a considerar ate lançar notas dos alunos no Livro Termo:

1. Criação da pauta da disciplina (SAA).


2. Docente Lança as notas.
3. A pauta é formada pelos alunos que fazem parte da turma/disciplina no ano lectivo
definido. Quando for concluído o procedimento pelo docente é enviado o alerta
para os SAA.
4. Após a recepção do alerta da conclusão do preenchimento e validação da pauta
pelo docente, é efectuado o Fecho da pauta.
5. Fecho da pauta, já não poderá ser alterado pelo docente.
6. Com o fecho da pauta, é guardada a informação de cada aluno da pauta no
respectivo Livro de Termo associado, com as referências à data de lançamento da
nota pelo docente, identificação do docente, referência ao tipo de avaliação (AC
– Avaliação Continua, EX1 – Exame 1ª Época, EX2 - Exame 2ª Época, EE –
Época Especial, MN – Melhoria de Nota, EO1E – Exame Oral 1ª Época ou EO2E
– Exame Oral 2ª Época).

Tela actualizar Livro de Termo

Para actualizar notas dos alunos de uma determinada disciplina no Livro de Termo,
primeiro a pauta tem de estar validado e fechado pelo SAA só depois prosseguir com o
processo de actualização como representa a figura abaixo.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 80


Figura 40: Tela actualizar livro de termo

Tela da pauta validada pelo SAA, a seguir escolher o botão Actualizar Livro Termo, a
pauta passa a ter um outro estado FechadoLT (Fechado Livro Termo).

OBS: so é actualizado no Livro de Termo alunos com Status Dispensado ou Aprovado.

Figura 41: Tela livro termo actualizado

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 81


O Livro de Termo é preenchido aquando da matricula com todas as disciplinas constantes
do plano curricular do curso escolhido. Depois da matricula, não há nenhum processo (a
não ser manualmente) que possa alterar o Livro de Termo de um aluno.

Consultar Livro de Termo

Figura 42: Procurar aluno no Livro de Termo

Para consultar um aluno no Livro de Termo tem de escolher no menu horizontal principal
Gestão Aluno > Livro Termo, depois fornecer nome ou numero do aluno que pretendes a
seguir botão Pesquisar.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 82


Figura 43: Vista do Livro de Termo do aluno

Através desta tela podemos ver histórico das disciplinas concluídos pelo aluno. É através
desta tela/vista que SAA fica a saber se o aluno transitou do ano ou reprovou.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 83


CAPITULO VI

1 CONCLUSÕES

1.1 DIFICULDADES ENCONTRADAS

Uma das limitações deste projecto resulta da pouca bibliografia encontrada sobre a gestão
académica que permita abordar a componente teórica deste trabalho. Sem referências,
houve a necessidade de efectuar pesquisa e acompanhamento semiestruturada, a pessoal
administrativo da Instituição (Dirigentes da UM). Este por sua vez permitiu obter
conhecimentos preciosos, sem os quais não teria sido possível concluir este trabalho com
êxito.

1.2 CONTRIBUTOS DESTE TRABALHO

Verifica-se que SIGA não só traz enormes contributos para a Universidade do Mindelo a
instituição que beneficia directamente com a concepção do mesmo no que se refere à
utilização no processo de gestão académica.

1.3 TRABALHOS FUTUROS

Como perspectiva de actividades futuras dando continuidade ao processo de análise de


resultados deste trabalho, pretende-se e adicionar novas funcionalidades ao sistema,
como, por exemplo, a gestão financeira, gestão de horários, etc.

Com o desenvolvimento do Sistema Integrado de Gestão Académica, apesar de todas as


dificuldades e barreiras, inerentes a um projecto de software, consegui atingir o objectivo
acordado inicialmente nesse projecto de estágio e pelos utilizadores do sistema. Esta
experiência proporcionou-me um grande satisfação e conhecimento tanto na parte prática
como na teórica, vivenciado diante de uma situação real, contudo, foi a primeira
experiência de desenvolvimento de um software, passando por todas as fases de
concepção de um sistema de informação, desde o processo de modelagem do sistema,

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 84


programação, interface com a base de dados, produção de relatório que são os outputs do
sistema, passando pelo levantamento de dados, análise e documentação e tudo isso contou
com grande interesse por parte de todos os integrantes neste processo.

A apreciação que faço após o desenvolvimento desse trabalho é que o Sistema Integrado
de Gestão Académica é um sistema muito complexo, e que a aquisição do mesmo
significa um grande investimento, tanto em termos de hardware e de software, como na
formação do pessoal, principalmente aqueles que resistem às mudanças tecnológicas.
Tendo em conta a natureza de um SIGA e os dados resultantes de actividades académicas,
pode inferir-se que estes sistemas podem ser vistos como ferramentas de apoio à gestão
dessas actividades aos três níveis de decisão: operacional, táctico e estratégico.

A principal conclusão que pode ser obtida é que o uso do SIGA melhorou
significativamente a potencialidade da instituição em trabalhar dados e produzir
informações que sirvam de apoio à tomada de decisão, com ganho de competitividade,
onde o acesso mais rápido à informação armazenada em BD produz novas possibilidades
de atender os alunos.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 85


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALDRIDGE, J. V. (1971). Power and Conflict in the University: Research in the


Sociology of Complex Organizations. New York: John Wiley & Sons.

BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DE CABO VERDE (2014). Estatutos da


Universidade do Mindelo.

RASCÃO, José (2004). Sistemas de Informação para as Organizações. Lisboa: Edições


Sílabo, Lda.

LOPES, F; M. Morais e A. Carvalho (2005). Desenvolvimento de Sistema de Informação.


FCA Editora de Informática.

MARQUES, J. e C. Serrão (2007). PHP5. FCA Editora de Informática.

PEREIRA, J. (1998). Tecnologia de Base de Dados. FCA Editora de Informática.

PERSSMAN, R. (2002). Engenharia de Software. Mc Graw Hill Editora.

SERRANO, A., M. Caldeira e A. Guerreiro. (2004). Gestão de Sistema e Tecnologias de


Informação. FCA Editora de Informática.

SILVA, A. (2001). UML Metodologia e Ferramentas. Editora Centro Atlântico.

INTERNET

As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior:


http://www.dei.isep.ipp.pt/~paf/proj/Junho2004/TIC%20no%20Ensino%20Superior.pdf
, 2014-07-01, 09:10.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 86


Educação e o uso Pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação:
http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2011/05/Artigo-0x-15.1-Rosemar.pdf, 2014-06-
14, 11:30.

Engenharia de Software:
http://www.inf.ufes.br/~falbo/download/aulas/es-g/2005-1/NotasDeAula.pdf, 2014-07-
03, 09:00.

Engenharia de Software:
http://jalvesnicacio.files.wordpress.com/2010/03/engenharia-de-software.pdf, 2014-06-
05, 15:03.

http://www.yiiframework.com/doc/guide/1.1/pt, 2014-06-15, 10:13.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Yii, 2014-06-15, 16:00.

Introdução à Engenharia de Software:


http://www.dimap.ufrn.br/~jair/ES/c3.html, 2014-06-14, 15:45.

Introdução à Engenharia de Software:


http://www.dimap.ufrn.br/~jair/ES/c3.html, 2014-06-14, 16:05.

PHP Orientado a Objetos - Introdução ao Yii Framework:


http://www.escolacriatividade.com/php-orientado-a-objetos-introducao-ao-yii-
framework/, 2014-06-16, 10:00.

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 87


ANEXO

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 88


Boletim de Candidatura (Licenciatura)

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 89


Boletim de Matricula

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 90


Boletim de Inscrição

Projecto de Licenciatura em Informática de Gestão 91

Você também pode gostar