RGS II - Sinais Ferroviários PDF

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RGS - II

REGULAMENTO GERAL DE SEGURANÇA

II - Sinais

Regulado até ao 31º Aditamento


RGS II

ÍNDICE

Capítulo 1

Generalidades

1. Campo de aplicação 7
2. Actualização da sinalização 7
3. Definições 7
4. Classificação dos sinais 8
5. Constituição dos sinais 10
6. Aspectos luminosos dos sinais de figura 11
7. Instalação e supressão de sinais fixos fundamentais. Criação de novos aspectos 12
8. Implementação dos sinais fixos 12
9. Sistema de cantonamento 12
10. Marcha à vista 13
11. Obediência aos sinais e disposições regulamentares 13
12. Cumprimento das indicações transmitidas pelos sinais fixos 15
13. Reservado 16
14. Reservado 16

Capítulo 2
Distribuída pelo 14º Aditamento

Código fundamental de sinais

15. Princípios gerais 17


16. Aspectos e indicações 20
17. Reservado 27
18. Reservado 27

Capítulo 3

Sinais fixos fundamentais

19. Sinais de paragem 28


20. Sinal de protecção a passagem de nível 28
21. Sinais de velocidade máxima autorizada 31
22. Velocidades máximas autorizadas impostas apenas a circulações da catenária 33
23. Velocidades máximas autorizadas impostas apenas a circulações efectuadas
com automotoras e unidades 33
24. Colocação de sinais de velocidade máxima autorizada 34
25. Sinais de tracção eléctrica 37
26. Sinais complementares dos sinais “convencionais” utilizados na protecção da
Ponte 25 de Abril 40A

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RGS II

Capítulo 4

Sinais fixos Auxiliares

27. Indicadores de aproximação 41


28. Indicadores de direcção 43
29. Indicadores de aproximação de apeadeiro 44
30. Indicador de local de paragem 45
31. Indicador de aviso sonoro 45
32. Indicador de entrada em linha de topo 46
33. Indicador de posição agulha 46
34. Indicador de posição de agulha talonável com mola de retrocesso 47
35. Indicador de posição transversal – junção (T.J.) 47
36. Posição das agulhas e iluminação dos indicadores de posição 49
37. Indicador de mudança de perfil 49
38. Indicador de suspensão de aviso ás passagens de nível 50
39. Indicador de limite de resguardo 50
40. Indicador quilométrico e hectométrico 51
41. Indicador de nicho de protecção 52
42. Indicador de telefone ou de tomada telefónica 52
43. Indicador de estação de regime de estação temporária 53
44. Indicadores de sistema de cantonamento 54
45. Indicador de limite de manobras 54
46. Indicador de passagem de nível desguarnecida 55
47A Indicador de passagem de nível com paragem obrigatória dos comboios 55
47. Indicadores de veículos imobilizados 55
48. Indicadores de balizas do sistema convel 56
49A Indicadores de climatização 56B
49B Indicadores de rádio solo – comboio 56C

Capítulo 5

Sinais portáteis

49. Apresentação dos sinais portáteis 57


50. Sinais de mão 57
51. Sinais sonoros 58
52. Sinal portátil de paragem 58
53. Sinal portátil de protecção 59
54. Sinal de partida 59
55. Sinal de passagem 61
56. Sinal de serviço concluído 63
57. Utilização de sinais portáteis no comando das manobras 64
58. Utilização dos sinais portáteis nos ensaios de freio 67
59. Sinais detonadores (petardos) 68
60. Sinais de alarme e de perigo 68
61. Reservado 69
62. Reservado 69

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RGS II

Capítulo 6

Sinais dos comboios

63. Sinais de posição, de comando completo e de anúncio 70


64. Utilização dos sinais de posição e de comboio completo 72
65. Circulação de comboios sem sinais de cauda 73
66. Anúncio de circulação extraordinária Ver 26º Aditamento 74
67. Sinalização de unidade motora em manobras 75
68. Faróis de iluminação de grande intensidade luminosa 75
69. Sinais sonoros das unidades motoras 76
70. Moderação no uso dos sinais sonoros 77
71. Reservado 78
72. Reservado 78

Capítulo 7

Protecções em plena via

73. Protecção de obstáculos na linha em casos de emergência 79


74. Protecção de comboios detidos 81
75. Reservado 82
76. Reservado 82

Capítulo 8

Sinais a apresentar nas estações e passagens de nível.


Condições de recepção, expedição e passagem dos comboios.

77. Entrada dos comboios nas estações. Guarnecimento das agulhas 83


78. Autorização de partida 84
79. Anulação da autorização de partida 86
80. Autorização de passagem nas estações, dos comboios sem
paragem prescrita 86
81. Presença do chefe na plataforma à passagem dos comboios 88
82. Sinais portáteis a apresentar aos comboios nas passagens de nível 88
83. Reservado 89
84. Reservado 89

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RGS II

Capítulo 9

Disposições complementares

85. Localização dos sinais 90


86. Sinais fora de serviço 90
87. Ultrapassagem de sinais com indicação de paragem absoluta 91
88. Utilização dos sinais de manobras para a saída dos comboios 92
89. Sinais de figura indevidamente abertos por avaria ou outro motivo 92
90. Sinais de figura acidentalmente apagados 94
91. Anormalidades na sinalização notadas pelos agentes de condução 94
92. Manobras de sinais das estações 94
93. Paragem extraordinária de um comboio numa estação 94
94. Paragem extraordinária de um comboio antes de atingir a estação 95
95. Ultrapassagem dos sinais de figura das estações por movimentos de manobras 96
96. Vigilância a exercer nas estações sobre os aparelhos e utensílios de sinalização 96
97. Reservado 97
98. Reservado 97

Anexo1

Disposições transitórias

1. Generalidades 98
2. Substituição progressiva dos sinais previstos no presente Anexo 98
3. Disco avançado 98
4. Semáforo simples (a duas posições) 99
5. Semáforo Múltiplo (a duas posições) 100
6. Ver 25º Aditamento
7. Postes indicadores de aproximação de passagens de nível 103

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RGS II

CAPITULO 1

GENERALIDADES

1. Campo de aplicação

Este Regulamento, tem aplicação na Rede Ferroviária explorada pelos Caminhos


de Ferro Portugueses E.P. (C.P.), excepto no que respeita à Linha de Cascais.
A regulamentação correspondente em aplicação na Linha de Cascais será
objecto de Anexo ao presente Regulamento.
A regulamentação a cumprir, quando em serviço nas linhas da RENFE, ou nos
troços fronteiriços, será objecto de instruções específicas a constituir em Anexo a
este Regulamento.

2. Actualização da sinalização

As instalações de sinalização que não satisfaçam às disposições do presente


Regulamento ficam sujeitas à sua actualização progressiva, de acordo com
normas regulamentares específicas.

3. Definições

Na interpretação do presente Regulamento consideram-se as seguintes definições:

Sinal: Sistema utilizado como meio de transmissão de indicações, destinadas


fundamentalmente a garantir a segurança da circulação dos comboios.
Aspecto de um sinal: Conjunto da forma ou/e cor ou som apresentados pelo sinal.
Indicação de um sinal: Ordem ou informação que o sinal transmite em função do
seu aspecto.

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Indicação mais restritiva do que outra: entende-se que uma indicação é mais
restritiva do que outra quando aquela traduz um maior grau de condicionamento
para um dado movimento.
Sinal fechado: Sinal apresentando o aspecto correspondente à indicação mais
restritiva que pode transmitir.
Sinal aberto: Sinal apresentando um aspecto correspondente à indicação que não
seja a mais restritiva que o mesmo pode transmitir.

4. Classificação dos sinais

4.1 Os sinais classificam-se em:

Sinais fixos fundamentais: São os que se encontram instalados com carácter


permanente ou temporário em . pontos determinados da linha destinando-se a
regular com segurança a circulação de comboios e manobras.
Sinais fixos auxiliares ou indicadores: São os que se encontram instalados com
carácter permanente ou temporário em pontos determinados da linha e que em
geral complementarizam com as suas indicações as ordens transmitidas pelos
sinais fixos fundamentais.
Sinais portáteis: São os utilizados pelos agentes em qualquer lugar ou ocasião.
Sinais dos comboios: São todos os instalados no exterior dos veículos que formam
a composição dos comboios e os que se efectuam com a buzina das unidades
motoras.
Sinais de cabina: São aqueles cujos aspectos são apresentados directamente nas
cabinas de condução (repetição de aspectos, comunicação por rádio, etc.).

4.2 Os sinais fixos fundamentais são utilizados com os seguintes fins:

- regular o cantonamento dos comboios;

- condicionar a velocidade ou ordenar paragem em

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determinados pontos da linha de modo a evitar movimentos incompatíveis que


possam originar colisões ou outros acidentes;

- assinalar as velocidades máximas autorizadas;

- fornecer aos agentes de condução, quando em serviço nas linhas electrificadas,


indicações relativas à condução de locomotivas e automotoras de tracção
eléctrica impostas pelo traçado ou secciona- mento da catenária.

4.3 Os sinais fixos fundamentais, de acordo com a sua utilização, tomam as


seguintes designações:

Sinal principal: É o que pode apresentar, entre outros aspectos, o correspondente


Distribuída pelo 25º Aditamento

à indicação de paragem absoluta.


Sinal principal de entrada: É o primeiro que, no sentido da marcha, comanda as
condições de entrada numa estação.
Sinal principal de entrada interior: É o que imediatamente a jusante do sinal
principal de entrada, comanda as condições de entrada em linhas de uma
estação.
Sinal principal de saída interior: É o que comanda as condições de saída de linhas
de uma estação. Quando um único sinal comandar a saída de várias linhas de
estacionamento convergentes, toma então a designação de sinal de feixe.
Sinal principal de saída: É o que, imediatamente a jusante do principal de saída
interior, se houver, comanda as condições de circulação e de cantonamento à
saída de uma estação.
Sinal principal de plena via: É o que em plena via comanda o acesso a uma
bifurcação, desvio ou ramal particular.
Sinal avançado: É o que transmite informações que antecipam o conhecimento
das possíveis condições estabelecidas pelo sinal principal de plena via ou de
entrada na estação ou relativas a determinado ponto singular da via, a jusante.
Sinal de cantonamento: É o sinal de plena via que garante o espaçamento de
segurança dos comboios no cantonamento automático.

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Sinal de barragem: É o que impede o acesso de qualquer movimento a


determinado troço de linha.
Sinal de protecção a passagem de nível: É o que condiciona a marcha dos
comboios antes de atingirem determinadas passagens de nível em caso de
anormalidade.
Esta função de protecção a passagens de nível também pode ser
desempenhada por alguns dos sinais fixos fundamentais já designados. em
determinadas circunstâncias.
Sinal de manobras: É o que autoriza movimentos de manobras numa estação,
desvio ou ramal particular. No entanto, nos troços em que vigore o regime de via
única temporária este sinal pode comandar a circulação de comboios nas
condições regulamentares em vigor.
Sinal de velocidade máxima autorizada: É o que determina a velocidade máxima
permitida pelo conjunto das instalações fixas, num dado troço de via.

5. Constituição dos sinais

5.1 Os sinais fixos, quanto à sua constituição, podem ser:

- luminosos: quando os aspectos são apresentados através de focos luminosos;


- de figura: quando os aspectos são apresentados através de alvos definidos por
formas geométricas e cores. Alguns sinais podem apresentar de noite focos
luminosos.

Os sinais luminosos apresentam sempre os mesmos aspectos quer de dia quer de


noite. São constituídos por lanternas eléctricas que se encontram encastradas num
painel (pavilhão) de cor preta com cercadura branca. Nos sinais principais a
configuração do pavilhão é geralmente arredondada nos extremos superior e
inferior, excepto em contravia em que a configuração do pavilhão rectangular.
Nos sinais avançados a configuração do pavilhão é semelhante à anteriormente
referida, excepto se o sinal avançado não tiver secção de via própria em que a
configuração do pavilhão é circular.

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RGS II

Ver 25º Aditamento


Os conjuntos descritos são geralmente suportados por postes de cerca de 4
metros de altura sendo denomina- dos neste caso de sinais altos. Quando, por
carência de espaço, o pavilhão ficar a pouca distância do plano de rolamento
dos carris, denominam-se sinais baixos.
Os sinais que apresentem exclusivamente aspectos para comando de manobras
são sempre sinais baixos dotados do pavilhão rectangular. Os sinais de figura são
constituídos por alvos de forma geométrica bem definida, geralmente revestidos
de materiais reflectores, apresentando neste caso sempre os mesmos aspectos
quer de dia quer de noite. Se os alvos não forem reflectores, os seus aspectos são
substituídos durante a noite pelos correspondentes aspectos luminosos através de
Distribuída pelo 9º Aditamento

lanternas.
Os alvos são geralmente suportados por postes de cerca de 4 metros de altura.

5.2 Os sinais principais de entrada e os sinais principais de plena via são


identificados pela pintura dos seus postes com faixas
alternadas pretas e brancas com cerca de 75 cm de
altura, conforme Fig. 1-A.

Fig. 1 - A
Os sinais a montante dos principais cujos aspectos
dependam da posição de fechado dos sinais
principais são igualmente identificados de forma
semelhante, sendo o comprimento das faixas de

Fig. 1 - B cerca de 30 cm, conforme Fig. 1-B.

5.3 Os sinais de velocidade máxima autorizada devem ficar sempre que possível a
uma distância mínima de 2 metros acima do plano de rolamento dos carris.

6. Aspectos luminosos dos sinais de figura

Os aspectos luminosos dos sinais fixos de figura devem ser utilizados desde que
começa a escurecer até que seja dia claro

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RGS II

ou quando se verifique uma visibilidade inferior a cerca de 250 metros.

7. Instalação e supressão de sinais fixos fundamentais. Criação de novos aspectos


Será dado prévio conhecimento ao pessoal interessado, através de diploma
regulamentar apropriado, quando:
- se deslocarem ou suprimirem sinais já existentes;
- se instalarem novos sinais;
- se alterarem os aspectos apresentados pelos sinais.

À criação de qualquer novo aspecto e respectiva indicação corresponderão as


consequentes alterações ao presente Regulamento.

8. Implantação dos sinais fixos

Os sinais fixos estão colocados geralmente à esquerda da via a que dizem


respeito, no sentido do movimento dos comboios, ou suspensos de armações
próprias (pórticos ou consolas) à esquerda do eixo da respectiva via, e só
transmitem indicações aos agentes de condução que circulem por ela.
Em circunstâncias especiais, nomeadamente sinais instalados nas plataformas das
estações e sinais em via única, podem ser instalados à direita no sentido do
movimento.
Porém, os sinais de contravia devem situarem-se sempre à direita da via a que se
referem.

9. Sistemas de cantonamento

Chama-se cantão ao troço de linha onde, em condições normais de exploração.


só pode circular um comboio em cada momento. Porém, em condições
especiais regulamentarmente previstas, é possível fazer circular mais do que um
comboio em cada momento num dado cantão.
Chama-se sistema de cantonamento ao sistema de exploração que garante a
circulação dos comboios de acordo com a ocupação de cada cantão por um
único comboio em cada momento.
O presente Regulamento prevê a existência de quatro sistemas

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básicos de cantonamento, em condições normais de exploração:

Cantonamento telefónico: Efectua-se por troca de despachos telefónicos entre


uma dependência e as suas colaterais com interferência na circulação, pedindo
e autorizando a ocupação do único cantão existente num dado sentido entre as
referidas dependências.
Cantonamento por bastão–piloto: Efectua-se garantindo a não ocupação do
cantão por dois comboios de sentidos a opostos através de um «testemunho»
(bastão ou equivalente) que acompanha obrigatoriamente cada comboio.
Cantonamento automático: Realiza-se automaticamente pelo movimento dos
próprios comboios e tem por finalidade a protecção de circulações sucessivas no
mesmo sentido e numa mesma via, mantendo entre elas distâncias de
segurança.
Cantonamento interpostos: Realiza-se por conjugação eléctrica entre os sinais
principais de saída de uma estação e os principais de entrada e de saída da
estação colateral.

10. Marcha à vista

Designa-se por «marcha à vista», todo o movimento em que o agente de


condução tem a obrigação de avançar com a maior prudência, regulando a
velocidade de forma a poder parar na extensão de via que avista, se pela sua
frente surgir qualquer obstáculo ou sinal de paragem.

O agente de condução é o principal responsável pelo cumprimento rigoroso destas disposições


devendo procurar condicionar a marcha do seu comboio de acordo com os meios de frenagem
de que dispõe, carga rebocada, perfil da linha e visibilidade, não devendo, no entanto, exceder
em caso algum a velocidade de 30 Km/hora.

11. Obediência aos sinais e disposições regulamentares

11.1 Quando na linha, todo o agente pertencente às categorias a que foi


distribuído o presente Regulamento, procederá

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rigorosamente de acordo com as prescrições deste, devendo prestar atenção aos


sinais e obedecer absoluta, passiva e imediatamente às indicações que estes lhe
transmitam, quando for caso disso.

11.2 Todos os sinais utilizados nas linhas ferroviárias nacionais devem obedecer
rigorosamente às disposições do presente Regulamento e seus Anexos.

11.3 Quando um agente de condução avistar um sinal luminoso apagado, deve


considerar que este lhe apresenta a indicação mais restritiva susceptível de lhe ser
apresentada pelo sinal.

11.4 Quando um agente de condução encontrar de noite, um sinal de figura


apagado, se for caso disso, deve considerar que este lhe apresenta a

indicação mais restritiva susceptível de lhe ser apresentado, a menos que aquele
agente consiga identificar o respectivo alvo procedendo então de acordo com
ele.

11.5 Quando um agente de condução avistar um sinal que lhe suscite dúvidas
quanto à indicação por ele apresentada, deve considerá-lo com a indicação
mais restritiva que esse sinal pode apresentar.

11.6 Se um agente de condução avistar no mesmo local dois ou mais sinais com
indicações contraditórias entre si e que ele considere que lhe são dirigidas, deve
obedecer à indicação mais restritiva para a circulação.

11.7 Sempre que a qualquer agente em serviço na linha lhe surgir dúvidas de
interpretação relativas às indicações dos sinais, aquele deve actuar em todas as
circunstâncias no sentido da maior segurança para as circulações.

11.8 Os agentes de condução devem registar no respectivo documento de


trânsito, todas as anomalias observadas na sinalização de que não tenham sido
avisados.

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RGS II

12. Cumprimento das indicações transmitidas pelos sinais fixos

12.1 Quando um agente de condução, que circule num determinado regime de


marcha, avistar um sinal apresentando uma indicação menos restritiva, só deverá
iniciar o seu cumprimento no momento em que o primeiro veículo do seu
comboio começar a ultrapassar o sinal. Se, porém, em linhas onde vigore o
regime de cantonamento automático, providas de circuito de via, o agente de
condução circular em «marcha-à-vista»; o cumprimento da indicação menos
restritiva só se iniciará após a cauda da composição ter ultrapassado o referido
sinal.

Esta última prescrição evitará qualquer eventual acidente se a razão da «marcha à vista» tiver sido
a detecção, por parte da sinalização, do carril partido.

12.2 Quando um agente de condução avistar um sinal com indicação mais


restritiva em relação à sua marcha, deverá iniciar o cumprimento da nova
indicação antes de atingir o sinal.

Com o fim de se evitarem eventuais perdas de tempo, o cumprimento da nova indicação nunca
se deve iniciar, a uma distância superior a cerca de 250 metros do sinal.

12.3 Se circunstâncias atmosféricas especiais reduzirem de tal modo a visibilidade


ao ponto de dificultarem a identificação dos aspectos dos sinais, o agente de
condução deve reduzir a velocidade do seu comboio para um valor que lhe
permita cumprir com inteira certeza as correspondentes indicações.

12.4 Em linhas em que vigore o regime de cantonamento automático, quando


um comboio efectuar paragem em plena via por qualquer motivo acidental, o
agente de condução deve retomar a sua marcha observando o regime de
«marcha à vista», até ao sinal seguinte.
Nas linhas em que vigorem outros sistemas de cantonamento o agente de
condução deve proceder de forma semelhante só no caso da paragem se ter
verificado entre um sinal avançado e um sinal principal ou entre sinais principais de
estação.
15
RGS II

12.5 Nas estações, as indicações dos aspectos dirigidos às circulações


determinam proibição de ultrapassagem para os movimentos de manobras com
excepção das apresentadas pelos sinais de figura e tendo em atenção o disposto
no Artigo 96º do presente Regulamento.

13. Reservado

14. Reservado

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RGS II

CAPITULO 2 Ver 12º Aditamento

CÓDIGO FUNDAMENTAL DE SINAIS

15. Princípios gerais


(Fase de adaptação)

15.1 A sinalização prevista neste Código tem por finalidade a transmissão de


indicações através de um código de aspectos, de modo que todos os
movimentos efectuados pelos comboios se realizem com segurança e com um
maior rendimento na exploração ferroviária.
Os aspectos luminoso do Código são apresentados pelos sinais gráficos · e
que indicam uma luz fixa e uma luz intermitente, respectivamente.

15.2 A alguns dos aspectos do Código Fundamental estão associadas duas


velocidades distintas: uma a ser respeitada pelos comboios de potência de
frenagem mais elevada, a outra a ser respeitada para comboios de reduzida
potência de frenagem.
Na fase de adaptação, um dos aspectos relativos à indicação de «precaução»,
tem associadas duas velocidades distintas: uma a ser respeitada a jusante dos
sinais avançados e de cantonamento e outra a ser respeitada a jusante dos sinais
principais.
Assim, para efeitos do cumprimento das indicações do Código Fundamental de
Sinais apresentado neste Regulamento, os comboios classificam-se em dois
grupos de frenagem automática:

1.º grupo: Comboios com percentagem de peso-freio igual ou superior a 80%.

2.º grupo: Comboios com percentagem de peso-freio inferior a 80%.

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RGS II

15.3 Como regra geral, toda a indicação do Código Fundamental de Sinais


(excepto a de paragem ao sinal e a de paragem diferida quando não
apresentada nos sinais avançados) que seja mais restritiva em relação à marcha
do comboio, deve encontrar-se sempre cumprida o mais tardar quando o
primeiro veículo do comboio atingir o sinal seguinte.

No entanto, o agente de condução terá sempre em atenção que aquele cumprimento já deve
estar satisfeito à passagem dos ramos desviados das agulhas quando estes existirem nos itinerários
a percorrer.

18
CÓDIGO FUNDAMENTAL DE SINAIS RGS II
ASPECTO INDICAÇÃO
Regime de marcha a jusante
Luminoso Figura Ordem Frenagem
1. Grupo 2. Grupo
Paragem absoluta --- ---

----
P

----- Paragem permissiva

Marcha à vista Marcha à vista

Paragem diferida

Km/h

30 30

Sinais
Avanç. 30
Precaução ou Principais
de Cant
45 30

----- 60 45

Preparação para cumprir a precaução


Aviso de precaução
do sinal seguinte

Via livre ----- -----

T≤140 mesmo que verde


----- T>140 velocidade indicada pelo
Ver 15º Aditamento convel

T≤100 Execução
----- T>100 Aviso de redução para
Ver 12º Aditamento 100Km/h.

Proibição de manobras ----- -----

Autorização de manobras ----- -----

19
RGS II

16. Aspectos e indicações (1)


(Fase de adaptação)

16.1 Paragem ao sinal


Todo o sinal luminoso ou de figura cujo aspecto inclua o foco vermelho fixo, o alvo
quadrangular vermelho ou a palheta rectangular vermelha horizontal, obriga
sempre o agente de condução a efectuar paragem antes de atingir o sinal, quer
se trate de comboio ou de movimentos de manobras.

Paragem absoluta: O aspecto constituído por um foco vermelho fixo, um alvo


quadrangular vermelho ou uma palheta
rectangular vermelha horizontal, só pode ser
ultrapassado pelo agente de . condução
mediante autorização escrita.

Luminoso Figura

Fig. 3
Ver 8º Aditamento
A autorização é dada através do modelo 11-102, estabelecido nas condições do Artigo 88º do
presente Regulamento. O agente de condução que ultrapassar um sinal nestas condições
cumprirá rigorosamente o regime de «marcha à vista» até ao ponto indicado no modelo

Paragem permissiva: O aspecto constituído por um foco vermelho fixo e uma


placa rectangular azul com a letra "P» em branco,
autoriza o agente de condução, após 30
segundos de paragem, a retomar a sua marcha,
P
se nada se opuser, em regime de «marcha à
vista» até ao sinal seguinte.
Luminoso Figura
Fig. 4
Este aspecto só é utilizado nos sinais de cantonamento.
O agente de condução deve ter em atenção que pode encontrar um comboio estacionado,
caso em que efectuará paragem a uma distância conveniente atendendo à possibilidade deste
poder descair.

(1) Os aspectos e indicações dos sinais aplicados nas linhas exploradas em .regime RES constam
do respectivo Regulamento.

20
RGS II

O aspecto constituído por um foco vermelho fixo e um foco branco lunar fixo ou
por um alvo quadrangular vermelho ou palheta
rectangular vermelha horizontal e uma palheta
vertical branca (1) , autoriza. o agente de
condução, após a paragem, a retomar a sua
marcha, se nada se opuser, em regime de

Luminoso Figura
«marcha à vista», até à primeira linha de
estacionamento ou até ao sinal seguinte
Fig. 5

Este aspecto é normalmente utilizado nos sinais principais de entrada das estações.
O agente de condução, após a ultrapassagem do sinal, efectuará paragem na primeira linha de
estacionamento da estação salvo se:

- nesta lhe for apresentado sinal portátil autorizando o seu prosseguimento;


- quando em cantonamento automático, ou interpostos, o respectivo sinal de saída estiver aberto;
- a estação estiver desguarnecida (regime de eclipse).
Em qualquer caso (paragem ou não paragem na estação), o agente de condução prosseguirá
em regime de «marcha à vista»;

- até ao sinal seguinte, quando em cantonamento automático ou interpostos;


- até ao respectivo sinal de saída ou, na falta deste, até a cauda do comboio libertar a última
agulha da estação, quando em cantonamento telefónico.

(1) A instalar progressivamente.

21
RGS II

O aspecto constituído por um foco vermelho fixo e um foco azul fixo ou apenas
este último, autoriza o agente de condução após
a paragem, a retomar a sua marcha, se nada se
opuser, em regime de «marcha à vista» até à
primeira linha de estacionamento ou até ao sinal
seguinte.
Luminoso Figura

Fig. 6

Este aspecto é utilizado nos sinais principais de entrada das estações.


O foco azul fixo, que se encontra normalmente apagado, é actuado pelo Responsável pela
Circulação em situações muito especiais em que o sinal de entrada não pode ser aberto. Nestes
casos, aquele agente deverá. ter em atenção que este aspecto não garante quaisquer
encravamentos, protecções laterais, desocupação de secções de via, etc, pelo que deve, antes
de comandar o acendimento do foco azul fixo, certificar-se de que o itinerário a percorrer pelo
comboio se encontra correctamente estabelecido, desimpedido e devidamente protegido. Por
sua vez, o agente de condução deve, durante o respectivo percurso, prestar particular atenção à
posição das agulhas inseridas no seu itinerário, Este agente, após a ultrapassagem do sinal,
efectuará paragem na primeira linha de estacionamento da estação salvo se:
- nesta lhe for apresentado sinal portátil autorizando o seu prosseguimento;
- quando em cantonamento automático ou interpostos o respectivo sinal de saída estiver
aberto.
Em qualquer caso (paragem ou não paragem na estação) o agente de condução prosseguirá em
«marcha à vista».
- até ao sinal seguinte. quando em cantonamento automático ou interpostos;
- até ao respectivo sinal de saída ou, na falta deste, até a cauda do comboio ultrapassar a
última agulha da estação, quando em cantonamento telefónico.

Este aspecto dispensa o estabelecimento do modelo 11-102.


Ver 8º Aditamento

22
RGS II

16.2 Paragem diferida: O aspecto constituído por um foco vermelho intermitente


ou por um disco vermelho, determina ao agente de condução o prosseguimento
em regime de «marcha à vista».

Luminoso Figura
Fig. 7

Este aspecto é normalmente apresentado nos sinais avançados, nos sinais de cantonamento, e
ainda nalguns casos de carácter especial. No caso de ser apresentado nos sinais avançados, o
cumprimento do regime de marcha à vista- deve ser iniciado o mais depressa possível.

a) Quando a jusante do sinal avançado não existir sinal principal, o agente de condução deve
Distribuída pelo 1º Aditamento

pôr-se em condições de parar à primeira agulha ou cruzamento, salvo se lhe for apresentado
nesse ponto, por um agente, sinal portátil autorizando o seu prosseguimento.

No caso duma estação, após a ultrapassagem do sinal portátil, o agente de condução continuará
em «marcha à vista» e efectuará paragem na primeira linha de estacionamento, salvo se lhe for
apresentado sinal portátil autorizando o seu prosseguimento. Se este sinal for um sinal portátil de
precaução o comboio manterá o regime de «marcha à vista» até à cauda do comboio libertar a
última agulha da estação; se for o sinal portátil de passagem, o comboio poderá circular à
velocidade máxima permitida, se nada se opuser.

23
RGS II

No caso duma bifurcação, ramal, estação em eclipse, ou outro ponto singular, após cumpridas as
formalidades regulamentares, e se não existir motivo que impeça a continuação da marcha. esta
poderá ser retomada depois do sinal de serviço concluído feito pelo condutor. Na primeira estação
em serviço será comunicada a anormalidade.

b) Quando a jusante do sinal avançado existir sinal principal, o agente de condução cumprirá a
respectiva indicação.
Se o aspecto apresentado pelo sinal principal for «uma palheta vermelha a 45º no quadrante
inferior» o agente de condução continuará em «marcha a vista», a jusante deste sinal, em
condições idênticas às referidas quando da apresentação de um sinal portátil autorizando o
prosseguimento, na primeira agulha ou cruzamento.

24
RGS II

16.3 Precaução: Os aspectos correspondentes são constituídos por:


Ver 22º e 28º Aditamentos

- Um foco amarelo fixo e um foco branco lunar intermitente ou um alvo


quadrangular amarelo com uma diagonal vertical.
- Um foco amarelo fixo ou um alvo circular amarelo com faixa diametral preta.
- Dois focos amarelos fixos.

Estes aspectos determinam ao agente de condução que não deve exceder a


velocidade correspondente, de acordo com o aspecto apresentado e o
respectivo grupo de frenagem a que pertence o seu comboio.

Frenagem
Luminoso Figura
1º Grupo 2º Grupo
Km/h
Distribuída pelo 1º Aditamento

30 30

Sinais (2)

Avanç. ou de
Principais
Canton. 30

45 30

60 45

Fig. 8
(1) A instalar progressivamente.
(2) A fixar oportunamente em 45 Km/h para todos os tipos de sinais.

24 A
RGS II

O primeiro aspecto do quadro é utilizado nos sinais principais; os outros são utilizados nos sinais
avançados, nos principais e nos de cantonamento.
O agente de condução, ao ultrapassar estes aspectos, deve ter sempre em atenção que o sinal
seguinte poderá apresentar a indicação de "Paragem ao Sinal».
Nas estações dos troços em que vigore o regime de cantonamento telefónico que não disponham
de sinais principais de saída, a indicação de precaução, quando apresentada nos sinais principais
de entrada, deve ser cumprida até à linha de estacionamento.

16.4 Aviso de precaução: Os aspectos correspondentes são constituídos por:

- Um foco amarelo intermitente.

Este aspecto determina ao agente de condução que deve preparar-se para


cumprir a indicação de precaução dada pelo sinal seguinte. Se necessário for,
deve desde logo reduzir a velocidade do seu comboio e ter em vista que
imediatamente a jusante do sinal seguinte, que poderá apresentar a indicação de
precaução, já deverá cumprir a velocidade prescrita para esta indicação (2).

Este aspecto é utilizado normalmente nos sinais de cantonamento.

LUMINOSO FIGURA INDICAÇÃO

(1)
PREPARAÇÃO PARA CUMPRIR A
“PRECAUÇÃO” DO SINAL
SEGUINTE

Fig. 9

Progressivamente, o aspecto de figura relativo à indicação de ,«aviso de precaução» será


suprimido.
Nos sinais de figura este aspecto será substituído progressivamente pelo aspecto de «precaução»
constituído por um alvo circular amarelo com faixa diametral preta.
(2) Oportunamente serão fixadas velocidades para esta indicação.

25
RGS II

16.5 Via livre: O aspecto constituído por um foco verde fixo, um alvo vertical
branco e verde ou uma palheta rectangular
vermelha a 45º no quadrante inferior, autoriza
o agente de condução a circular à
velocidade máxima permitida, se nada se
opuser.

Ver 15º Aditamento


Luminoso Figura
Fig. 10

16.6 Proibição de manobras: O aspecto constituído por um foco violeta fixo, um


alvo quadrangular violeta ou uma palheta rectangular violeta horizontal, determina
ao agente de condução proibição dos movimentos de manobras não tendo
qualquer significado para os comboios
excepto quando estes efectuam manobras
em estações intermédias e em casos
especiais devidamente regulamentados
quando vigorar o regime de via única
Luminoso Figura temporária.
Fig.11

16.7 Autorização de manobras: O aspecto constituído por um foco branco lunar


fixo, uma palheta rectangular violeta inclinada a 45º no quadrante inferior ou um
alvo rectangular «branco lunar", autoriza ao agente de
condução o movi mento de
manobras, nas condições
regulamentares.

Luminoso Figura

Fig.12

O agente de condução deve ter em atenção que só deve iniciar a manobra depois de ter
recebido a respectiva autorização por parte do agente da estação encarregado das manobras.
Este aspecto não pode ser ultrapassado por comboios excepto quando:
- em situações de recurso previstas no Artigo 89º. do presente Regulamento;
- vigorar o regime de via única temporária e de acordo com as normas regulamentares em vigor.

26
RGS II

17. Reservado
Distribuída pelo 1º Aditamento

18. Reservado

27
RGS II

CAPITULO 3

SINAIS FIXOS FUNDAMENTAIS

Para além dos sinais fixos fundamentais que podem apresentar aspectos do
Código Fundamental de Sinais, existem outros que apresentam os aspectos e
indicações considerados nos artigos seguintes.

19 Sinal de barragem: O aspecto constituído por um alvo rectangular vermelho


podendo apresentar de noite luz vermelha
fixa, determina ao agente de condução
paragem absoluta.

Dia Noite

Fig. 13

Se a proibição de acesso a determinados pontos da linha for permanente, o alvo é fixo; se não for
permanente o alvo é móvel em torno de um eixo vertical de forma a deixar de apresentar o
correspondente aspecto todas as vezes que essa proibição deixe de existir.
Quando o sinal de barragem proteger o acesso a aparelhos de via, é normalmente conjugado
com a manobra do aparelho correspondente e colocado junto deste, excepto se servir de
protecção a uma agulha tomada de talão, caso em que será instalado junto do indicador de
limite de resguardo da via afluente. Quando necessário, o sinal de barragem pode ser construído
de forma a proibir movimentos nos dois sentidos de circulação.
O sinal de barragem pode ser, em caso de necessidade, substituído por uma bandeira vermelha
ou lanterna com luz vermelha.

20. Sinais de protecção a passagens de nível


Nos casos tecnicamente justificados, a protecção a passagens de nível, pode ser
efectuada através de um sinal constituído por um alvo triangular amarelo, de
vértice para cima, que apresenta os seguintes aspectos e indicações:

28
RGS II

- um foco de luz branca intermitente, que determina ao agente de condução o


prosseguimento da sua marcha, sem quaisquer condicionamentos impostos pela
passagem de nível;

- um foco de luz vermelha intermitente, que determina ao agente de condução o


prosseguimento imediato em regime de marcha à vista, devendo este regular a
sua marcha, de forma a poder efectuar paragem antes de atingir a passagem de
nível, se for caso disso. Aquele agente só deverá ultrapassar a passagem, após
estar garantida nesta, a suspensão do
Distribuída pelo 1º Aditamento

O comboio deve atingir a Não há condicionamento


à marcha do comboio
P.N. em «marcha à vista»
Fig. 14 Sinal de protecção a
passagens de nível.

29
RGS II
No caso de um comboio efectuar paragem numa estação guarnecida, depois
de ter ultrapassado este sinal na sua posição mais restritiva (vermelho intermitente)
e antes de atingir o atravessamento por ele protegido, o prosseguimento da sua
marcha será feito em regime normal, desde que o respectivo chefe apresente o
sinal de partida e não forneça qualquer ordem escrita em contrário.
Nos restantes casos, o prosseguimento da marcha até à passagem de nível será
efectuado em regime de marcha à vista. Sempre que ocorra, numa passagem
de nível protegida por este sinal, algum incidente que ponha em perigo a
circulação dos comboios, o agente que eventualmente a guarneça ou o chefe
da estação colateral, com interferência nos seus anúncios, actuarão de modo a
que o sinal de protecção passe a apresentar de imediato o aspecto mais restritivo.
Nos casos de várias passagens de nível próximas umas das outras, um único sinal
pode proteger mais do que uma passagem, sendo instalado no seu poste uma
placa rectangular amarela, revestida de material reflector, com um algarismo
preto, indicativo do número de atravessamentos protegidos pelo sinal., o qual,
normalmente, não deverá ser superior a três.
Quando se reconhecer conveniência, deve ser igualmente instalada no poste do
sinal, uma placa rectangular branca onde é inscrita, em metros, a distância do
sinal à primeira, passagem de nível protegida por este.
As passagens de nível protegidas por estes sinais,
devem ser referenciadas, no sentido da
protecção, por indicadores rectangulares
revestidos de material reflector de faixas
alternadas pretas e brancas, colocadas na
vizinhança do atravessamento e do lado

Fig. 14-A
esquerdo, no sentido da protecção.

No caso de passagens de nível localizadas em estações, ou suas proximidades, e em casos


especiais, o alvo triangular amarelo dos sinais de protecção a passagens de nível pode ser
substituído por um painel (pavilhão) de cor preta com cercaduras brancas. Neste caso o sinal
apresenta os seguintes aspectos e indicações:

- um foco de luz vermelha, que determina paragem absoluta;


- um foco de luz branca intermitente, que permite o prosseguimento da marcha ou manobra, sem
quaisquer condicionamentos impostos pela passagem de nível.

30
RGS II
21 Sinais de velocidade máxima autorizada

Para assinalar a velocidade máxima autorizada, com carácter permanente ou


temporário, utilizam-se SINAIS DE VELOCIDADE MÁXIMA AUTORIZADA, constituídos
por alvos fixos com os aspectos e indicações apresentados em seguida.

21.1 Início da velocidade máxima autorizada

21.1.1 O aspecto constituído por um alvo quadrangular branco com uma


diagonal vertical, com o valor da velocidade máxima
autorizada inscrita a preto, determina ao agente de condução
que a velocidade indicada não pode ser excedida desde o
momento em que o primeiro veículo do seu comboio
ultrapassar o sinal.
Porém, se o agente de condução circular condicionado por
Distribuída pelo 30º Aditamento

uma velocidade máxima autorizada inferior à velocidade


indicada no alvo, aquele agente só deverá respeitar este valor
Fig. 15 após a cauda do seu comboio ter ultrapassado o respectivo
sinal.

21.1.2 O aspecto constituído por um alvo quadrangular branco com uma


diagonal vertical e contendo as letras CNV a preto, utilizado
exclusivamente em linhas ou troços de linhas equipadas com o
sistema CONVEL, indica ao Agente de Condução que a partir
deste sinal:
- não se utilizam sinais de velocidade máxima autorizada para
assinalar as velocidades autorizadas superiores a 100 Km/h.
- as velocidades máximas autorizadas superiores a 100 Km/h são
transmitidas exclusivamente pelo sistema CONVEL.
Fig. 15 A - a velocidade máxima autorizada para os comboios sem
sistema CONVEL (ou com este fora de serviço) é de 100 Km/h.

31
RGS II

21.1.3 Sinal constituído por:

Alvo de aspecto quadrangular de diagonal vertical, de fundo branco e orla preta,


com a indicação de velocidade máxima autorizada e as letras CNV inscritas a
preto.

Este sinal é utilizado exclusivamente em linhas ou troços de linha equipados com o


Sistema CONVEL, com velocidades máximas diferenciadas
por categoria de comboios, sendo pelo menos uma delas
compreendida entre 70 e 100 Km/h. Determina ao agente de
condução que a partir deste sinal:

- a velocidade máxima autorizada para comboios com o


Sistema CONVEL ao serviço é comunicada no Painel de
Bordo do Sistema CONVEL;

Fig. 15 B - a velocidade máxima autorizada para comboios sem


Sistema CONVEL (ou com este fora de serviço) é a de valor inscrito a preto,
correspondente a 70, 80, 90 ou 100 Km/h, não podendo ser excedida desde o
momento em que o primeiro veículo do comboio ultrapassar o sinal.

21.2 Aviso de velocidade máxima autorizada

21.2.1 O aspecto constituído por um alvo triangular branco de vértice para


baixo, de fundo branco e a orla preta ou

30 100 de fundo amarelo e orla preta para


valores de velocidade iguais ou inferiores a
40 Km/h - com o valor da velocidade
máxima autorizada inscrita a preto,
determina ao agente de condução que
deve começar a reduzir a velocidade do
Fig. 16
seu comboio de modo a atingir o sinal
de velocidade máxima autorizada com o
valor da velocidade por este imposta.

31 A
RGS II

21.2.2 Aspecto constituído por:

- Alvo triangular de vértice para baixo, de fundo branco e orla preta, com a
indicação da velocidade máxima autorizada correspondente
80 a 70, 80, 90 ou 100 Km/h e as letras CNV, a preto.
CNV

Este sinal é utilizado exclusivamente em linhas ou troços de


linha equipados com o sistema CONVEL, com velocidade
máxima diferenciadas por categorias de comboios, sendo
pelo menos uma delas compreendida entre 70 e 100 Km/h.

Fig. 16 a

- Para comboios com o sistema CONVEL ao serviço, determina ao agente de


Condução que deve começar a regular a velocidade do seu comboio de modo
a atingir o sinal de velocidade autorizada com o valor que lhe é comunicado no
Distribuída pelo 30º Aditamento

Painel de Bordo do Sistema CONVEL.

- Para comboios sem sistema CONVEL (ou com este fora de serviço) determina ao
agente de condução que deve começar a regular a velocidade do seu comboio
de modo a atingir o sinal de velocidade autorizada com o valor de velocidade
por este imposta.

Estes sinais precedem, sempre que necessário, os sinais de inicio de velocidade


máxima autorizada.

32
RGS II

21.3 Linhas não equipadas com sistema CONVEL


Em linhas não equipadas com sistema CONVEL a velocidade máxima permitida é
de 140 Km/h.
No quadro seguinte, é indicada, em metros, a distância entre o sinal de Aviso de
Velocidade Máxima Autorizada e o sinal de Inicio de Velocidade Máxima
Autorizada.
Autorizada (Km/h)
Velocidade

Velocidade máxima autorizada


máxima

no troço a montante (Km/h)

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140

10 100 200 350 550 750 900 1000 1050 1150 1200 1300 1350 1400
20 - 150 300 500 700 850 950 1000 1100 1150 1250 1300 1350
30 - - 200 400 600 800 900 950 1050 1100 1200 1250 1300
40 - - - 250 450 650 850 900 1000 1050 1150 1200 1250
50 - - - - 300 500 750 850 950 1000 1100 1150 1200
60 - - - - - 350 600 750 850 950 1050 1100 1150
70 - - - - - - 400 600 750 850 1000 1050 1100
Distribuída pelo 23º Aditamento

80 - - - - - - - 450 650 750 900 1000 1050


90 - - - - - - - - 500 650 800 950 1000
100 - - - - - - - - - 550 700 850 950
110 - - - - - - - - - - 600 750 850
120 - - - - - - - - - - - 650 750
130 - - - - - - - - - - - - 700

Estas distâncias são acrescidas de:


- 100 metros nas pendentes de 5 a 7 mm por metro;
- 200 metros nas pendentes de 8 a 12 mm por metro;
- 300 metros nas pendentes superiores a 12 mm por metro.
E são diminuídas de (1):
- 100 metros nas rampas de 8 a 12 mm por metro;
- 150 metros nas rampas superiores a 12 mm por metro.
Nas bifurcações, o sinal de aviso (ou de início quando o de aviso for desnecessário) quando
colocado a montante destas, será completado por um pequeno alvo quadrangular branco com
uma seta preta inscrita indicando qual o ramo da bifurcação onde deverá cumprir com o valor da
velocidade indicado.
Quando a distância entre o sinal de início de velocidade máxima autorizada for superior a 800
metros, aquele é completado por um pequeno alvo rectangular branco, no qual está inscrita, em
algarismos pretos, a distância que o separa do sinal seguinte.

(1) Salvaguardando o valor mínimo de 100 metros

32 A
40
RGS II

900
40

900

40
40

Fig. 17

Legenda:
Zona a percorrer à velocidade indicada

Linhas equipadas com sistema CONVEL


Em linhas equipadas com sistema CONVEL a velocidade máxima permitida é de
220 Km/h.
No quadro representado na página 33-A, é indicada, em metros; a distância
Distribuída pelo 21º Aditamento

entre o Aviso de Velocidade Máxima Autorizada e o Inicio de Velocidade Máxima


Autorizada.
O Quadro da página 33-A encontra-se dividido em duas zonas distintas:
- Uma zona para velocidade máxima assinalada com sinais e balizas;
- Outra, para a velocidade máxima não assinalada com sinais, somente com
balizas.
As duas zonas são separadas nos 100 Km/h.

22. Velocidade máxima autorizadas impostas pelas instalações de catenária


Nos casos em que os sinais descritos no artigo anterior sejam colocados para
assinalar velocidades impostas pelas instalações de catenária o alvo será
circundado por orla azul.

23. Velocidade Máxima Autorizada


Em linhas ou troços de linha, de via larga, da Rede Ferroviária Nacional para
assinalar a velocidade máxima autorizada, com carácter permanente ou
temporário ,utilizam-se:
- nas linhas equipadas com o Sistema Convel
• BALIZAS CONVEL (1) quando a velocidade máxima autorizada seja superior a
100 Km/h.
(1) - a utilização exclusiva de balizas CONVEL torna impeditivo que unidades motoras sem CONVEL
ou com este avariado circulem com velocidades superiores a 100 Km/h.

33
21.4 - Linhas equipadas com sistema CONVEL
Em linhas equipadas com sistema CONVEL, a distância em metros entre o aviso de velocidade máxima autorizada /Sistema Convel e o início de velocidade máxima

autorizada / sistema Convel é indicado no Quadro seguinte:

Velocidade máxima autorizada no troço a montante (Km/h)


Velocidade

autorizada
máxima

(Km/h) 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220
10 170 280 400 550 750 900 1030 1160 1280 1320 1400 1400 1400 1450 1600 1770 1930 2110 2290 2480 2670
20 260 380 520 700 850 1010 1140 1270 1310 1400 1400 1400 1440 1600 1760 1920 2100 2280 2470 2660
Assinaladas com sinais e

30 350 490 640 800 980 1110 1240 1280 1370 1370 1380 1420 1580 1740 1910 2080 2260 2450 2640
40 440 590 750 930 1070 1200 1240 1330 1330 1330 1400 1550 1710 1880 2050 2240 2420 2620
50 530 690 870 1010 1150 1190 1280 1280 1280 1370 1520 1680 1850 2020 2200 2390 2590
balizas

60 620 790 950 1090 1140 1250 1250 1260 1330 1480 1640 1810 1980 2170 2350 2550
70 700 870 1020 1070 1190 1190 1250 1280 1440 1600 1770 1940 2120 2300 2500
Distribuída pelo 21º Aditamento

80 780 950 1000 1130 1130 1200 1230 1390 1550 1700 1890 2070 2260 2450
90 850 900 1050 1050 1150 1170 1330 1490 1650 1830 2000 2200 2390
100 810 960 970 1090 1110 1260 1420 1590 1760 1940 2130 2330
110 870 890 1020 1030 1190 1350 1510 1690 1870 2060 2250
120 810 950 950 1100 1260 1430 1610 1790 1980 2170
Assinaladas com balizas

130 870 870 1020 1180 1340 1520 1670 1880 2080
140 770 920 1080 1250 1420 1600 1790 1990
150 820 980 1150 1320 1500 1690 1890
160 870 1040 1210 1390 1580 1780
170 920 1090 1280 1470 1660
180 970 1160 1340 1540
190 1030 1210 1410
200 1080 1270
210 1130

Estas distâncias são acrescidas de: E são diminuídas de (salvaguardando um valor mínimo de 100m):
- 170 metros nas pendentes de 5 a 7 mm por metro; - 100 metros nas rampas de 8 a 12 mm por metro;
- 270 metros nas pendentes de 8 a 12 mm por metro; - 150 metros nas rampas superiores 12 mm por metro.
33 A
- 370 metros nas pendentes superiores a 12 mm por metro.
● BALIZAS CONVEL associadas obrigatoriamente a SINAIS DE VELOCIDADE
MÁXIMA AUTORIZADA – quando a velocidade máxima autorizada seja igual ou
inferior a 100 Km/h.
- nas linhas não equipadas com o Sistema Convel
● SINAIS DE VELOCIDADE MÁXIMA AUTORIZADA - qualquer que seja a
velocidade máxima autorizada.

23.1 Para velocidade igual ou inferior a 100 Km/h, qualquer que seja a
indicação de velocidade máxima autorizada não há distinção para as
diferentes categorias de comboios.
Para velocidades superiores a 100 Km/h só há distinção de velocidade
máxima autorizada para diferentes categorias de comboios, em linhas
equipadas com sistema CONVEL, sendo estas transmitidas através de Balizas
Convel.

23.2 Em linhas ou troços de linha, de via estreita, da Rede Ferroviária Nacional


para assinalar a velocidade máxima autorizada, com carácter permanente
ou temporário, utilizam-se SINAIS DE VELOCIDADE MÁXIMA AUTORIZADA.
Quando houver conveniência de fixar limites de velocidade distintos
consoante a natureza das composições, os valores inscritos nos respectivos
alvos correspondentes àqueles limites são complementados com letras
maiúsculas A, V ou C consoante os limites se refiram exclusivamente a
circulações efectuadas com automotoras e/ou unidades automotoras,
comboios com composições dotadas de freio automático a vácuo ou
comboios com composições dotadas de freio automático a ar comprimido,
respectivamente.

24. Em casos de urgência em que não é possível avisar com suficiente


antecedência todos os agentes interessados, qualquer sinal de velocidade
máxima autorizada só pode ser instalado depois de o chefe de uma das
estações colaterais (ou o Chefe de Linha nos troços explorados por C.T.C ou
pelo sistema R.E.S.) tomar conhecimento por escrito ou por telefonema
registado, da localização e da hora de instalação do referido sinal,
assegurando assim a informação a prestar aos agentes de condução.
No caso de troços sucessivos de velocidades máximas decrescentes
qualquer dos respectivos sinais de velocidade máxima autorizada só pode ser
precedido por um único sinal de aviso. Assim, quando a distância necessária
para reduzir a velocidade fixada num dado troço para a imposta no troço
que se lhe segue no sentido da marcha, for superior à extensão do troço de

34
RGS II
velocidade mais elevada, o início do cumprimento desta velocidade deve
ser deslocado no sentido oposto ao da marcha até ao ponto onde se
coloque o indicador de aviso relativo à velocidade mais reduzida, segundo a
tabela do número 21.2. 21.4.
No caso de troços sucessivos de velocidades máximas crescentes, só o
primeiro troço no sentido da marcha. se necessário é sinalizado com o
respectivo sinal de aviso dispensando-se este sinal nos troços seguintes.

30

120
1200
30

1200
120

30
30

950
100

50
50
1150

100
10

10
100

10

1150

10

Legenda:
Troço a percorrer à velocidade máxima
Fig. 19

35
RGS II

Troços a percorrer a velocidades máximas crescentes

1250
20

120
20

60
Fig. 20

Legenda:
Troços a percorrer à velocidade máxima indicada

Troços a percorrer a velocidades máximas decrescentes

120
80

80
20

80

20

D3 D2 D1

Legenda:
D1 - Troço de via a percorrer à velocidade máxima de 20 Km/h.
D2 - Troço de via a percorrer à velocidade máxima de 80 Km/h, mas cuja extensão é insuficiente
para a redução da velocidade de 80 Km/h para 20 Km/h.
D3 - Prolongamento do troço de via a percorrer à velocidade máxima de 80 Km/h, destinado a
garantir a distância de frenagem necessária para a redução de velocidade indicada.

Fig.21

36
RGS II
Troços a percorrer a velocidades máximas sucessivas decrescentes

120
80

80
20

80

20
D3 D2 D1

Legenda

D1 – Troço de via a percorrer à velocidade máxima de 20 Km/h.

D2 – Troço de via a percorrer à velocidade máxima de 80 Km/h, mas cuja extensão é


insuficiente para a redução de velocidade de 80 Km/h para 20 Km/h.

D3 - Prolongamento do troço de via a percorrer à velocidade máxima de 80 Km/h, destinado a


garantir a distância de frenagem necessária para a redução de velocidade indicada.

Fig. 22

25. Sinais de tracção eléctrica

Nas linhas electrificadas usam-se sinais de figura que não qualquer


significado para os comboios cujas unidades não necessitem de
alimentação através da catenária e que são destinados a dar aos agentes
de condução das locomotiva automotoras e unidades automotoras de
tracção eléctrica cações relativas à condução das mesmas impostas pelas
instalações da catenária.

Estes sinais são fixados normalmente nos postes e suportes da catenária e


têm os seguintes aspectos e indicações

37
RGS II

ASPECTO INDICAÇÃO

Baixar pantógrafos: Início de manobra


Indica ao agente de condução o local em que este deve iniciar a
manobra de baixar pantógrafos.
Se o comboio parar com os pantógrafos acabados de manobrar no
troço entre este sinal e o seguinte, o agente de condução só poderá
elevar os pantógrafos com autorização do PCT.

Fig. 23

Baixar pantógrafos: Manobra terminada


Indica ao agente de condução o local em que os pantógrafos
devem estar completamente baixados. e a partir do qual não se
permite nenhum pantógrafo levantado.
Se o comboio parar com os pantógrafos acabados de manobrar no
troço compreendido entre este sina! e o seguinte o agente de
condução procederá de modo idêntico ao indicado para o aspecto
anterior.
Fig. 24

Elevar pantógrafos
Indica ao agente de condução que pode elevar os pantógrafos após
a passagem pelo sinal do último pantógrafo em serviço. no sentido da
marcha.

Fig. 25
Cortar a corrente

Indica ao agente de condução o local onde tem de cortar a corrente


desligando o disjuntor principal.

Fig. 26

38
RGS II

ASPECTO INDICAÇÃO

Restabelecer a corrente
Indica ao agente de condução que pode restabelecer a corrente
ligando o disjuntor principal após a passagem do último pant6grafo
em serviço no sentido da marcha.
Para auxiliar o maquinista na avaliação do local em que se dá a
passagem pelo sinal do último pant6grafo em serviço, são instalados
indicadores adequados (1) .
Paragem para unidades motoras de tracção eléctrica
Indica ao agente de condução o limite das instalações de catenária
ou agulha dando acesso à linha não electrificada. A partir deste
ponto nenhuma unidade motora pode circular com pantógrafos
levantados.
Quando uma agulha de acesso de uma linha electrificada para
outra que não o seja, este sinal pode ser conjugado com a agulha
Distribuída pelo 31º Aditamento

de forma que seja aparente quando a agulha estiver em posição


que dê acesso à linha não electrificada.

Aviso de baixar pantógrafos ou de cortar corrente

Indica ao agente de condução que se aproxima de um dos sinais


correspondentes às indicações referidas.
Este sinal é colocado, sempre que possível, a uma distância de 100 a
150 metros a montante daqueles sinais.

Faixa de poste limite


Indica ao agente de condução que não pode ultrapassar este
ponto, com pantógrafos levantados. A partir deste ponto a catenária
encontra-se sem tensão. São referenciados por uma faixa vermelha
pintada à volta do poste de catenária, com 0,15 metros de largura a
cerca de 2 metros do solo.
Ponto Quilométrico Limite
Indica ao agente de condução que não pode ultrapassar este
ponto, com pantógrafos levantados. A partir deste ponto a catenária
encontra-se sem tensão.
Este sinal é apenas utilizado em alternativa à faixa de poste limite e é
colocado no solo no lado esquerdo do sentido normal de circulação
da via a que diz respeito.

(1) Estas placas identificadoras são referidas no RGS IX.

39
RGS II
26 – Reservado

Ver 16º Aditamento

27 - Reservado

40
RGS II
26. Sinais complementares dos sinais “convencionais” utilizados na
protecção da Ponte 25 de Abril

26.1 Sinal complementar de sinal principal de Protecção da Ponte Abril (Tipo


luminoso)

Sinal complementar por cima do sinal principal

Este sinal é constituído por um alvo quadrado de


fundo branco, apresentando, quando aceso, uma
orla de cor vermelha fixa e, ao centro, a
representação de uma locomotiva, também de cor
vermelha fixa.
Encontra-se sempre associado a um sinal principal
Distribuída pelo 16º Aditamento

de circulação luminoso e instalado por cima deste.


Pode apresentar dois aspectos a que correspondem
as seguintes indicações:
● Aceso - Paragem absoluta para "comboios pesados" (2), qualquer que seja
a indicação transmitida pelo aspecto do sinal principal de circulação
encontra associado. Não tem qualquer significado para os "comboios
ligeiros” estes devem cumprir rigorosamente as indicações do sinal principal
de circulação que se lhe encontra associado.

● Apagado - não tem qualquer significado, devendo todos os cumprir


rigorosamente as indicações do sinal principal de circulação que se lhe
encontra associado.
Sempre que o sinal complementar é exigido aceso, o seu acendimento é
comprovado de forma imperativa e permanente na abertura do sinal de
circulação principal a que se encontra associado.
A apresentação de qualquer aspecto deste sinal complementar do sinal
principal de protecção da Ponte 25 de Abril não dispensa em caso algum o
cumprimento de indicação mais restritiva transmitida pelo aspecto
apresentado pelo sinal de circulação que se lhe encontra associado.
(1) e (2) Ver página 40C

40 A
RGS II
26.1 Sinal complementar de sinal avançado de Protecção da Ponte Abril
(Tipo luminoso)

Sinal complementar por cima do sinal principal

Este sinal é constituído por um alvo circular de fundo


branco, apresentando quando aceso, uma orla de
cor vermelha fixa e, ao centro, a representação da
uma locomotiva, também de cor vermelha fixa.
Encontra-se sempre associado a um sinal avançado
luminoso e instalado por cima deste.
Pode apresentar dois aspectos a que correspondem
as seguintes indicações:

(2)
● Aceso - Paragem diferida para "comboios pesados" .Não tem qualquer
(1)
significado para os "comboios ligeiros" : estes devem cumprir apenas as
indicações transmitidas pelo aspecto do sinal de circulação que se lhe
encontra associado.
● Apagado - não tem qualquer significado, devendo todos os comboios
cumprir rigorosamente as indicações transmitidas pelo aspecto do sinal
circulação que se lhe encontra associado.
Sempre que o sinal complementar é exigido aceso a abertura no aspecto
verde do sinal de circulação a que este sinal complementar se encontra
associado comprova de forma imperativa e permanente o acendimento do
sinal complementar.

A apresentação de qualquer aspecto deste sinal complementar do sinal


avançado de protecção da Ponte 25 de Abril não dispensa em caso algum
o cumprimento da indicação mais restritiva transmitida pelo aspecto do sinal
avançado de circulação que se lhe encontra associado.

(1) e (2) Ver página 40 C

40 B
RGS II
26.3 Consideram-se comboios ligeiros:
26.3.1 Automotoras e unidades automotoras até:

- 4 UTEs das séries 2100, 2150 e 2200;


- 3 UQEs da série 2300;
- 2 UQEs 2 Pisos da série 3500;
- 1 CPA da série 4000.

Com: - De peso total até 7440 KN = 760 toneladas;


- Peso máximo por eixo 196 KN = 20 toneladas;
- Comprimento máximo 283 metros;
Distribuída pelo 26º Aditamento

26.3.2 Locomotiva mais material rebocado:

- De peso total até 6810 KN = 695 toneladas (com 1 locomotiva incluída);


- Peso máximo por eixo 200 KN = 20,4 toneladas; .
- Comprimento máximo 330 metros de material rebocado; .
- Peso por metro linear 17 KN = 1,74 toneladas.

26.4 Consideram-se comboios pesados:

- De peso total superior a 6810 KN até 13800 KN = superior a 695 a 1408


toneladas (com locomotiva incluída );
- Peso máximo por eixo 200 KN = 20,4 toneladas;
- Comprimento máximo 285 metros de material rebocado;
- Peso por metro linear 40 KN = 4,08 toneladas (material rebocado)

40 C
RGS II

CAPITULO 4

SINAIS FIXOS AUXILIARES (1)

Os sinais fixos auxiliares ou indicadores completam ou esclarecem as


informações transmitidas pelos sinais fixos fundamentais e apresentam ainda
outras indicações complementares que melhoram a segurança e a
exploração ferroviária.

28. Indicadores de aproximação

Chamam a atenção dos agentes de condução da aproximação dos sinais


fixos fundamentais que apresentam os aspectos do Código Fundamental de
Sinais.
Estes sinais são constituídos por alvos rectangulares, de cor branca normal ou
de cor amarela revestida de matérial reflector (2), com traços pretos que são:

- inclinados, quando os indicadores se referem a sinais avançados;


- horizontais, quando os indicadores se referem a sinais principais de estação,
a sinais principais de plena via (excepto os que protegem bifurcações do
lado da ponta), e a sinais de cantonamento;
- em V, quando os indicadores se referem aos sinais principais de plena via,
que protegem bifurcações do lado da ponta.

Estes indicadores são utilizados sempre que os sinais fixos fundamentais


tenham uma visibilidade inferior a 250 metros. Porém, os sinais avançados
dos troços normalmente explorados em regime de cantonamento telefónico
e os sinais principais de plena via que protegem bifurcações do lado da
ponta são

(1) Os sinais fixos auxiliares aplicados nas linhas exploradas em regime RES constam do
respectivo Regulamento.
(2) Nos troços onde se pratiquem velocidades superiores a 130 Km/hora.

41
RGS II

sempre precedidos, em qualquer circunstância, por indicadores de


aproximação.
Estes indicadores são sempre em número de três e instalados a 300, 200 e
100 metros a montante do respectivo sinal.

Antecedendo um sinal avançado

Antecedendo um sinal principal de estação, de plena via ou de cantonamento

Antecedendo um sinal principal de plena via que protege bifurcações do lado da ponta

Fig.31

42
RGS II

29. Indicadores de direcção

Para fornecer aos agentes de condução um melhor conhecimento dos


itinerários a percorrer utilizam-se, por vezes, a montante das agulhas tomadas
de ponta sobre as vias principais (bifurcações, entradas ou saídas de estação
ou outras dependências) indicadores de direcção que informam o agente
de condução do ramo que vai percorrer ou da linha por onde vai circular. Se
o indicador apresentar uma direcção contrária à prevista na marcha do
comboio, o agente de condução efectuará paragem, procurando saber das
razões do sucedido.
Existem dois tipos de indicador de direcção.

Tipo luminoso: É constituído por um alvo ou caixa escura apresenta tanto de


dia como de noite focos luminosos formando uma letra maiúscula, um
algarismo ou um alinhamento vertical ou oblíquo, consoante a indicação da

Fig. 32

direcção for referenciada através da estação a jusante, do número da linha


de circulação ou de estacionamento ou da inclinação do traço luminoso
respectivamente.
Este tipo de indicador é fixado em geral no mesmo poste do sinal principal
que comanda os itinerários a que diz respeito

43
RGS II

mas quando o espaço não o permitir, como no caso de sinais baixos, pode
ser colocado a jusante do sinal principal.
No caso do indicador de direcção se referir a um itinerário de entrada ou de
passagem em contravia o aspecto correspondente deve ser apresentado de
forma intermitente.

Tipo de figura: É constituído por um poste com duas ou mais palhetas


semafóricas azuis normalmente horizontais, mas que se podem inclinar a 45º
no quadrante Inferior para dar a Indicação da direcção , correspondente ao
itinerário realizado.
Cada palheta é marcada com um algarismo ou letra indicativo da linha,
grupo de linhas ou ramo a que se refere o
itinerário. A palheta superior refere-se à direcção
correspondente à linha mais à. esquerda, a
inferior à direcção correspondente à linha mais à
direita e as intermédias, se as houver, às
direcções intermédias pela mesma ordem.
Este indicador é colocado a jusante do sinal
principal que comanda os itinerários a que ele se

Fig. 33 refere.

30. Indicador de aproximação de apeadeiro

É constituído por um alvo rectangular branco com duas faixas horizontais


pretas e um «A» preto inscrito.
Este indicador informa o agente de condução
de que está a aproximar-se de um apeadeiro
onde terá de parar se a sua marcha o
determinar, e é colocado a cerca de 400 metros
do eixo da plataforma do apeadeiro.

Fig. 34

44
RGS II

31. Indicador de local de paragem


É constituído por um poste alto vertical pintado de branco e preto, colocado
ao lado da linha, ou por um poste baixo colocado sob o cordão da
plataforma pintado de branco com dois traços pretos.
Este indicador informa o agente de
condução do local onde deve
estacionar o primeiro veículo da
composição de forma a facilitar o
embarque e desembarque de

Fig. 35 passageiros.
Em certos casos este indicador pode ser completado, na parte superior, com um algarismo,
indicador do número de veículos da composição a que se refere. Assim as composições
de maior número de veículos deverão ultrapassar o indicador e as de menor número de
veículos deverão estacionar aquém do indicador.
Distribuída pelo 1º Aditamento

32. Indicador de aviso sonoro


É constituído por um alvo rectangular branco com um «S» inscrito a preto e
indica ao agente de condução os

S
pontos da linha em que é obrigatório
fazer uso do sinal sonoro da unidade
motora para anunciar a aproximação
do comboio. É instalado na proximidade
de passagens de nível ou de o pontos
da linha com má visibilidade e utilizado
ainda, como protecção ao pessoal da
via.
Fig. 36

Neste último caso o sinal é completado por um alvo rectangular branco inscrição a preto
«ATENÇÃO TRABALHOS», sendo colocado a cerca de 300 metros(1) a montante do local
onde se efectuam os trabalhos, nos sentidos normais da circulação e em sítio com boa
visibilidade.
Ao avistar este sinal o agente de condução deve fazer uso da buzina da unidade motora,

(1) Nos troços onde sejam permitidas velocidades superiores a 80 km/h esta distância é
elevada para 500 metros.

45
RGS II

repetindo com frequência o sinal sonoro regulamentar de modo a que o pessoal se


aperceba, com a devida antecedência, da proximidade do comboio.
O agente responsável pela segurança do pessoal, ao notar a aproximação do comboio,
deve providenciar para que todos os agentes se retirem imediatamente da via, não
consentindo que permaneçam no local de trabalho até ao último momento.
Este indicador é colocado sempre do lado esquerdo da via no sentido da marcha dos
comboios.
Quando da interdição de via nas linhas de via dupla este sinal será também colocado à
direita no sentido da contravia.

33. Indicador de entrada em linha de topo

É constituído por um alvo quadrangular


branco no qual está desenhado
esquematicamente, a preto, um pára-
100 choques e indicada, em algarismos, a
distância em metros até ao fim da linha.

Fig.37

34. Indicador de posição de agulha


É constituído por uma lanterna de quatro faces com vidros opalinos ou por
um conjunto de 4 alvos com a mesma
disposição das faces da lanterna, que
apresenta as faces menores quando a
agulha der a continuidade ao ramo directo e
as maiores quando a agulha der acesso ao
ramo desviado.
Este sinal fixo auxiliar informa os agentes das
estações e os agentes de condução da
posição do aparelho de via com o qual está
Fig. 38
conjugado.

Nas faces maiores da lanterna está desenhada uma seta a preto devendo o indicador ser

46
RGS II

sempre instalado de forma que o vértice da seta fique voltado para o lado do ramo
desviado da agulha.
Em agulhas de acesso a linhas secundárias ou instaladas em estações com boa iluminação
pode a lanterna ser substituída pelo conjunto de alvos referido. Nas agulhas das estações e
das bifurcações em plena via, em que todos os itinerários, tanto de circulação como de
manobras, sejam comandados sinais conjugados com as agulhas, e bem assim nas agulhas
internas de algumas dependências de serviço, dispensam-se estes indicadores.
Este tipo de indicador poderá usar-se com qualquer tipo de agulha excepto nas agulhas
talonáveis com mola de retrocesso e nas de algumas transversais -junções.
Quando se trate de agulhas inseridas em linhas afectas à circulação dos comboios,
desprovidas de qualquer sistema de aferrolhamento (ferrolho de esquadro, ferrolho
independente, etc.) que por esse facto exigem cuidados especiais da parte do pessoal das
estações, serão os postes dos indicadores e os contrapesos do aparelho de manobra destas
agulhas pintados de amarelo para facilitar a sua identificação.

35. Indicador de posição de agulha talonável dispositivo de retrocesso

É constituído em geral por um cubo com as faces revestidas de materiais


reflectores apresentando os aspectos da figura 39.

Este indicador informa o pessoal da estação e o agente de condução qual


a posição que a agulha se encontra
.As faces dotadas com um traço
oblíquo indicam que a posição da
agulha dá continuidade ao ramo
desviado; as faces dotadas com
traço vertical indicam que a posição
Fig. 39
da agulha dá continuidade ao ramo
directo.
36. Indicador de posição de transversal - junções
As agulhas das transversais-junções ou têm indicadores independentes ou, no
caso de algumas transversais-junções duplas, um indicador único constituído
por uma lanterna onde em das suas faces, sobre fundo negro, aparece
representado a branco (ou iluminado por transparência durante a noite) o
traçado esquemático do itinerário realizado conforme está representado na
figura 40.

47
RGS II
Itenerário Aspectos do Indicador

A →D

A →C

B →D

B →C

Fig. 40 Indicador de posição de transversal junção dupla


48
RGS II

37. Posição das agulhas e iluminação dos indicadores de posição

Quando não se esperam comboios ou não haja manobras a executar, é


obrigatório que as agulhas e respectivos ferrolhos se encontrem nas suas
posições normais definidas na respectiva documentação de sinalização.
Nas estações de reduzido movimento em que não se efectuem circulações
nem manobras durante grande parte da noite podem as lanternas dos
indicadores de posição de agulhas manter-se apagadas nestes períodos.
Deverão ser acesas a necessária antecedência, antes da chegada dos
comboios antes do início de qualquer manobra.

38. Indicador de mudança de perfil


Distribuída pelo 1º Aditamento

É constituído por um alvo quadrangular onde se inscreve o valor da


inclinação e a respectiva extensão, sendo só assinalada as pendentes e as
rampas de valor igualou superior a 8 mm por metro.
Este sinal é colocado a cerca de 200 metros a montante do ponto de
mudança de trainel.

8
450
9
560

pendente rampa

Fig.41

49
RGS II
39. Indicador de suspensão de aviso às passagens de nível

As estações e outras dependências. que tenham interferência no anúncio


automático a uma passagem de nível e que possam anulá-lo
temporariamente. nomeadamente quando do estacionamento prolongado
de comboios ou manobras. podem ter instalados indicadores de suspensão
de anúncio às passagens de nível.
Estes indicadores, que têm por finalidade informar o Chefe da estação da
existência ou não de anúncio. apresentam:

- um foco de luz azul intermitente,


quando existe anúncio;

- um foco de luz azul fixa, quando não


existe anúncio.

Não existe Existe


Anúncio anúncio

Fig. 42

Numa estação dotada com estes indicadores e em regime de


guarnecimento só é permitida a partida de um comboio com origem ou
paragem nesta, no sentido da passagem de nível em que a estação
interfere, desde que o respectivo indicador apresente o foco de luz azul
intermitente. Se, por qualquer razão, isto não for possível, devem ser tomadas
as disposições regulamentares relativas à situação de passagem de nível
sem anúncio.
Nas estações em regime de desguarnecimento, a autorização de partida
transmitida pelo agente condutor, dispensa a prévia apresentação, pelo
indicador, do foco de luz azul intermitente. Quando o início do anúncio
automático esteja localizado à saída da estação, pode verificar-se, no caso
de comboios sem paragem ou nos períodos de desguarnecimento da
estação. que o aspecto azul intermitente só se apresenta, após o comboio
ter ultrapassado o respectivo indicador.

50
RGS II

Nalgumas estações do troço Lisboa (Rossio) a Sintra, estes indicador apresentam


normalmente o foco de luz azul fixo, de acordo com as disposições regulamentares
transitórias, relativas àquele troço.
A adaptação dos indicadores instalados nestas linhas, às disposições Artigo, será feita
progressivamente e, desse facto, será dado conhecimento oportuno a todo o pessoal
interessado.

40. Indicador de limite de resguardo


Distribuída pelo 1º Aditamento

É constituído por um bloco prismático pintado de amarelo ou branco (1) que


é colocado no ângulo de convergência das duas linhas e assinala o ponto
que não deve ser ultrapassado pelos veículos estacionados numa linha de
modo a não impedir a livre circulação pela linha contígua.

(1) Transitoriamente este indicador é constituído por uma fracção de carril pintada de
amarelo ou branco.

50 A
RGS II

Fig. 43

O agente de condução quando tenha de efectuar paragem deve fazê-Ia ar seu comboio
atingir este indicador.
Por sua vez, o chefe de estação não deverá autorizar nunca qualquer movimento por uma
linha sem previamente verificar que os respectivos limites de resguardo, se encontram livres.

41. Indicador quilométrico e hectométrico

É constituído por um bloco prismático pintado de branco colocado junto da


linha por uma pequena tabuleta
rectangular com a inscrição numérica a
preto correspondente ao quilómetro ou
hectómetro em que o indicador está
colocado, informando o agente de
condução da distância a que se
encontra da origem da linha.
Fig. 44

51
RGS II

42. Indicador de nicho de protecção

Nos túneis que dispõem de nichos de protecção para o pessoal, este


indicador é constituído por faixas brancas nas paredes internas do túnel e
inclinadas em que o sentido da inclinação indica ao pessoal o nicho mais
próximo para protecção.

Fig. 45

43. Indicador de telefone ou de tomada telefónica

Os postes de suporte de linhas telefónicas


onde são instaladas tomadas telefónicas
para ligação de telefones portáteis. são
referenciados através de uma pintura com
tinta amarela (não refletorizante) numa
extensão de um metro a cerca de 1,10
metros acima do solo.

Fig. 46
Para indicar, em plena via, o telefone (ou tomada) mais próximo, os postes podem ser
dotados de setas de cor branca colocadas a cerca de dois metros de altura que indicam o
sentido a seguir para alcançar o telefone (ou tomada) naquelas condições.
Se for pouco viável desenhar a seta directamente nos postes ou afixar nestes uma chapa
com a seta desenhada, deverá ser pintada a branco, também, a cerca de 1,60 metros de
altura uma faixa com a dimensão de 40 cm sobre a face do poste que fica para o lado do
telefone (ou tomada) mais próximo.

52
RGS II

44. Indicador de estação em regime de « estação temporária»

É constituído por um alvo fixo rectangular com uma face de cor branca com
a letra «C» e duas faixas

C
horizontais de cor preta, ou por
um alvo rectangular de cor
preta consoante a estação se
encontra sem interferência na
circulação (desguarnecida) ou
com interferência na
circulação (guarnecida)
respectivamente. A face
oposta do alvo é pintada de
Fig. 48 preto.

O alvo é fixado num poste de modo a apresentar a letra "C», para lado de onde vêm os
comboios nos períodos em que a estação estiver desguarnecida.
O sinal compreende também uma tampa amovível de cor preta que se destina a ocultar a
face do alvo com a letra "C» nos períodos de guarnecimento da estação, apresentando
assim a indicação correspondente aos comboios que se aproximem.
Estes sinais são instalados nas plataformas das estações e localizados de forma a permitirem
uma distância de visibilidade máxima aos agentes de condução dos comboios que se
aproximam tanto num sentido como no outro.

53
RGS II

45. Indicador de sistema de cantonamento

São constituídos por alvos rectangulares de cor branca onde se encontram


inscritas as iniciais correspondentes do sistema de cantonamento em vigor.
Estes sinais indicam aos agentes de condução os pontos da linha em que há
alteração no sistema normal de cantonamento e são utilizados consoante as
disposições regulamentares em vigor.

C. T. C. A.

Fim V.U.T.
Cant. Aut.

Fim
C. T. V.U.T.

Fig. 48

46. Indicador de limite de manobras


É constituído por um alvo rectangular de
cor branca com a letra «M» inscrita de
M
cor violeta. Este sinal indica ao agente
de condução o ponto que não deve ser
ultrapassado por composições em
regime de manobras.

Fig. 49

54
RGS II

47. Indicador de passagem de nível desguarnecida

Nas passagens de nível onde sejam estabelecidos períodos de


desguarnecimento ou, simplesmente, de dispensa de
apresentação do sinal portátil pela guarda, coexistindo
com a circulação dos comboios nas linhas
correspondes (1), são instalados progressivamente
sinais fixos de figura constituídos por um alvo triangular
de vértice para cima, amovível, com duas faces cor
branca revestidas de material reflector, conjugado
com as barreiras ou cancelas de forma a que

Fig. 50 quando estas se encontrem fechadas naqueles


períodos, o sinal se apresente visível para os agentes
de condução.
Este sinal, quando na posição de perpendicular à via, indica aos agentes de
Distribuída pelo 8º Aditamento

condução que a passagem de nível se encontra com cancelas ou barreiras


fechadas e que é dispensada a apresentação do sinal portátil regulamentar
pela respectiva guarda.

47-A Indicador de passagem de nível com paragem obrigatória dos


comboios

As passagens de nível em regime de não guarnecida e sem automatização


eléctrica, são precedidas em ambos os sentidos, à distância adequada, de
um sinal fixo auxiliar indicador de passagem de nível com paragem
obrigatória dos comboios, constituído por uma tabuleta rectangular com a
indicação do ponto quilométrico da P. N., da distância em metros a que se
encontra e com a palavra "PARAGEM».

(1) As passagens de nível a dotar com estes sinais são objecto de documento regulamentar.

55
RGS II
Este sinal indica ao agente de condução a obrigatoriedade de paragem a
todos os movimentos, quer de
P. N. Km _________
comboios quer de material em
manobras antes de atingir a P. N.
PARAGEM
a___________ m
Fig.50 A

48. Indicador de veículos imobilizados (em reparação)

Os veículos que se encontram em reparação ou sujeitos a revisões por parte


dos agentes do material e da manutenção, devem ser sinalizados de forma
bem visível por um alvo 'circular vermelho com faixa diametral branca,
revestido de material reflector.

Estes sinais, que devem ser colocados nas


extremidades do veículo, do corte de material ou
da composição a proteger, interditam todos os
movimentos bem como qualquer acostagem
sobre ele, de modo a garantir a necessária
segurança ao pessoal que aí trabalhe. No caso
de não ser possível dispor deste tipo de sinais,
devem utilizar-se em sua substituição bandeiras

Fig. 51
vermelhas ou lanternas de luz vermelha quando de
noite.

49 Indicadores de balizas do sistema Convel

Em linhas ou troços de linha equipados com o sistema de controlo


automático de velocidade (CONVEL) , é necessário sinalizar a presença de
balizas de localização ou funções menos frequentes.
Para o efeito, foram criados os sinais fixos auxiliares representados nas figuras
51 A e 51 B definidos respectivamente nos pontos 49.1 e 49.2.

56
RGS II

A sua implementação obedece ao estabelecimento neste Regulamento para os restantes


sinais fixos.

49.1 Indicador de balizas sem informação permanente paragem

É um sinal de figura constituído, um alvo rectangular


de cor amarela com o lado maior vertical.
Indica a presença de balizas (excepto balizas com a
indicação permanente de paragem) normalmente
instaladas no eixo da via a jusante do sinal. É utilizado
habitualmente para sinalizar a presença de balizas
que não se encontram na proximidade imediata de
sinais luminosos (principais ou de cantonamento) ou
de sinais de velocidade máxima autorizada.
Fig. 51-A
Distribuída pelo 10º Aditamento

49.2 Indicador de balizas com informação permanente de paragem

É um sinal constituído por um alvo rectangular de cor


amarela no qual se encontra inscrito um rectângulo de
cor vermelha. Ambos os rectângulos têm os lados
maiores verticais. Indica a presença de balizas que
contêm informação permanente de paragem (1),
instaladas no. eixo da via à direita e a jusante do sinal.
É utilizado habitualmente em linhas desviadas de
estações desprovidas de sinal de saída ou dotadas de
sinal de saída do tipo figura, ou noutras
Fig. 51-B

(1) Normalmente as balizas do CONVEL são orientadas, isto é, só se encontram activas para
um sentido de circulação.
A ultrapassagem destas balizas (no sentido em que são activas) exige, sob o ponto de
vista do CONVEL, um procedimento do maquinista idêntico ao do' sinal fechado.

56 A
RGS II
circunstâncias que seja necessário aplicar balizas com informação
permanente de paragem.
Localiza-se junto do sinal de figura ou na proximidade imediata onde este
deveria ser instalado se existisse.
A existência deste sinal (e das respectivas balizas) não invalida em nada as
disposições regulamentares em vigor relativas a movimentos de manobras e
saídas de linhas desviadas de estações.

49-A Indicadores de climatização


Em linhas ou troços de linha onde o sistema de climatização de comboios
alimentados electricamente pelas locomotivas, tiver interferência nos circuitos
eléctricos de sinalização de estações, passagens de nível e outras instalações
de segurança é necessário sinalizar os pontos quilométricos onde tal sistema
deve ser ligado ou desligado. Para o efeito, foram criados os sinais fixos
auxiliares representados nas figuras 51 C e 51 D, definidos, juntamente com
as respectivas indicações, nos pontos 49 A 1 e 49 A2.

49-A1 Indicador de desligar o gerador que alimenta a climatização

É um sinal de figura constituído por um alvo vertical,

G reunião de um rectângulo superior com


semicírculo inferior, pintado de branco com uma orla
um

preta, com um «G» inscrito a preto e uma faixa


oblíqua vermelha.
Indica ao agente de condução os pontos de linha
onde se deve desligar o gerador que alimenta a
Fig. 51 C
climatização.
49-A2 Indicador de ligar o gerador que alimenta a climatização

É um sinal de figura constituído por um alvo vertical,


G reunião de um rectângulo inferior com um semicírculo
superior, pintado de branco com uma orla preta. com
um «G» inscrito a preto. Indica ao agente de
condução os pontos de linha onde se deve ligar o
gerador que alimenta a climatização.

Fig. 51 D
56 B
RGS II

Ambos os sinais serão precedidos de sinais iguais aos indicados nos pontos 49
A1 e 49 A2, complementados por uma placa rectangular branca com a
inscrição a preto da distância a que se situa o sinal de ligar ou desligar.
A distância indicada na placa rectangular é em princípio de 400 m,
podendo ser superior se as condições locais o aconselharem.

49 B Indicadores de utilização do Sistema Rádio-Solo Comboio

Em linhas ou troços de linha equipadas com o Sistema Rádio Solo-Comboio


(1) são sinalizados os locais onde se iniciam e terminam os Sectores de
Regulação (Reguladores) e os Grupos de Frequência.
Para o efeito foram criados os sinais fixos auxiliares representados nas figuras
nos 51E, 51 F e 51 G definidos respectivamente nos pontos 49 B1, 49 B2 e 49
B3.
Distribuída pelo 14º Aditamento

A sua implantação obedece ao preceituado neste regulamento para os


restantes sinais fixos.

49. B1 Sinal indicador de saída de Sector de Regulação

É um sinal de figura constituído por um alvo


rectangular pintado com tinta reflectora branca
com uma orla preta, colocado na posição

SR1 vertical, com a inscrição de uma seta envolvida


por um rectângulo e as letras SR e um número
correspondente ao Sector de Regulação.
Indica ao agente responsável pelo equipamento
rádio (Posto Móvel) que à passagem por este
sinal, vai deixar de estar abrangido pelo Sector de
Fig. 51 E
Regulação (Regulador) correspondente ao
número indicado no sinal.

(1) Vide I.E.T.57

56 C
RGS II
Entre este sinal e o sinal indicador de Sector de Regulação a jusante deve
enviar a mensagem codificada "Saída do Sistema", para informar o
Regulador que o vai deixar. É instalado nos dois sentidos de circulação, em
ambas as vias. Caso não seja oportuno executar a operação "Saída do
Sistema", antes de atingir o sinal indicador de Sector de Regulação a jusante,
o agente responsável pelo Posto Móvel não a deverá concretizar após a
passagem por este sinal pois se o fizer, o seu equipamento ficará eliminado
do Regulador anterior e do seguinte.

49. B2 Sinal indicador de entrada no Sector de Regulação

É um sinal de figura constituído por um alvo


rectangular pintado com tinta reflectora branca com
SR uma orla preta, colocado na posição vertical com a
1 inscrição das letras SR e um número.
Indica ao agente responsável pelo equipamento
rádio (Posto Móvel) que a jusante do sinal o seu rádio
fica abrangido automaticamente pelo Sector de
Regulação (Regulador) correspondente ao número
indicado no sinal. É instalado nos dois sentidos de
Fig. 51 F circulação e em ambas as vias.

49. B3 Sinal indicador do Grupo de Frequências

É um sinal de figura constituído por um alvo


rectangular pintado com tinta reflectora branca
GR com uma orla preta, colocado na posição vertical,
62 com a inscrição a preto das letras GR e um
número.
Indica ao agente responsável pelo equipamento
rádio (PM) o número do Grupo de Frequências a
introduzir no seu rádio a jusante do sinal.
É instalado nos dois sentidos de circulação, e em

Fig. 51 G ambas as vias.

56 D
RGS II

CAPITULO 5

SINAIS PORTÁTEIS

50. Apresentação dos sinais portáteis

Só se devem utilizar os sinais portáteis nos casos expressamente previstos no


presente Regulamento.
Quanto ao modo de apresentação os sinais portáteis classificam-se em:

Com Bandeiras
Sinais de mão (1)
Com Lanternas

Apitos
Cornetas de estação
Sinais de mão (1)
Cornetas de condutor
Petardos
51. Sinais de mão

51.1 As bandeiras utilizadas são de cor vermelha ou amarela.

51.2 As lanternas têm um corpo central rotativo que permite colocar


sucessivamente um vidro de cor diante da fonte luminosa.

Estando a lanterna com luz branca, o movimento de um qual volta do corpo central no
sentido dos ponteiros do relógio, dá vermelha, e de um quarto de volta no sentido contrário,
a luz verde. A luz amarela obtém-se dando meia volta ao corpo central da lanterna, em
qualquer dos sentidos.
Antes de utilizar a lanterna de sinais, o agente deve virá-Ia para forma a assegurar-se do
aspecto que irá ser apresentado.

(1) Além destes sinais ainda existem outros somente efectuados com braços.

57
RGS II

52. Sinais sonoros

52.1 Os apitos, utilizados exclusivamente pelos agentes das estações


responsáveis pela circulação, são metálicos de som agudo.
52.2 As cornetas, igualmente metálicas, são de dois tipos: de som grave,
utilizadas pelo pessoal das estações, e de som agudo, utilizadas pelos
agentes que exercem funções de condutor nos comboios.
52.3 Os petardos são cápsulas com um dispositivo de garra para serem
fixados à cabeça do carril contendo uma matéria detonante que explode
quando o petardo for calcado pelo primeiro rodado do comboio. São
utilizados pelo pessoal das estações, dos comboios e da via para
confirmação de sinais de paragem.

53. Sinal portátil de paragem


É feito de dia com a bandeira vermelha desenrolada e de noite com a luz
vermelha da lanterna de sinais.
Em caso de urgência e à falta dos meios acima indicados, este sinal pode
ser feito elevando ambos os braços a toda a altura e, de noite, agitando
vivamente qualquer luz, excepto verde, no sentido horizontal.

Sinais Portáteis
Na falta de bandeira ou de lanterna
Bandeira Lanterna

Noite Dia Noite


Dia

Qualquer luz, excepto


verde, vivamente
agitada no sentido
horizontal

Fig. 52

Este sinal determina ao agente de condução paragem, se possível antes de


o atingir, só podendo retomar a sua marcha após autorização do agente
que apresentou o sinal portátil.

58
RGS II

Um sinal portátil de paragem quando apresentado em plena via deverá ser confirmado,
sempre que possível, por dois petardos distantes um do outro de 30 metros, um em cada
carril, e colocados a cerca de 100 metros a montante do sinal.
Se o agente de condução encontrar um sinal portátil de paragem na ausência qualquer
agente, retomará a marcha após paragem, em regime de marcha à vista durante 1500
metros. Se neste espaço não encontrar qualquer obstáculo ou sinal de paragem, o agente
de condução retomará a sua marcha normal comunicando na primeira estação de
paragem prescrita a localização do sinal portátil abandonado.

54. Sinal portátil de precaução


É feito de dia com a bandeira amarela desenrolada e de noite com a luz
amarela da lanterna de sinais e determina ao agente de condução o ponto
a partir do qual não pode exceder a cidade de 30 Km/hora.
À falta destes meios, o sinal pode ser feito de dia com o braço erguendo-o à
altura do ombro, baixando-o e elevando-o lentamente repetidas vezes e, de
noite, elevando e baixando lentamente e repetidas vezes, qualquer luz
branca.
Sinais Portáteis
Na falta de bandeira ou de lanterna
Bandeira Lanterna

Dia Noite Dia Noite

Qualquer luz, branca


lentamente baixada e
levantada

Fig. 53

55. Sinal de partida


É feito com um silvo prolongado de apito, confirmado de dia com a
bandeira vermelha enrolada erguida à altura do rosto e de noite com a luz
verde da lanterna de sinais erguida à mesma altura e voltada para o agente
de condução.
Este sinal, apresentado pelo chefe da estação determina ao agente de
condução a autorização de retomar ou de iniciar sua marcha, se nada se
opuser.

59
RGS II

O sinal de partida apenas autoriza o agente condução a pôr-se em marcha e a ocupar o


cantão a jusante, sem lhe determinar quaisquer condições quanto ao regime de
velocidade.
Se o agente de condução, após se aperceber do sinal não puder retomar de seguida a sua
marcha, deve avisar desse facto o chefe da estação ficando, porém, obrigado a novo aviso
logo que lhe seja possível fazê-lo, após o que o chefe lhe apresentará novamente o sinal de
partida.
Este sinal deve ser apresentado do local que permita ser bem visto e ouvido pelo agente de
condução, de forma a não lhe subsistir qualquer dúvida. Por sua vez, o agente de condução
ao aproximar-se a hora de partida, deve prestar a máxima atenção e colocar-se de modo a
avistar o sinal quando este for feito.
O chefe da estação só deverá apresentar o sinal de partida depois de se assegurar de que o
serviço relativo ao comboio se encontra concluído e que nada se opõe ao prosseguimento
da sua marcha. Este agente, para se certificar da conclusão do serviço, pode recorrer ao
pessoal auxiliar de estação que lhe fará um sinal com o braço levantado na vertical
movendo-o lentamente para um lado e para o outro se for de dia; de noite este movimento
é feito com a luz branca da lanterna de sinais. Para comboios compridos este sinal pode ser
progressiva- mente comunicado ao chefe da estação desde o agente auxiliar mais distante
até ao que se encontra mais próximo.
Em certas estações de linhas exploradas em cantonamento automático e para.
determinados comboios, a designar em documento regulamentar, pode dispensar-se a
apresentação do sinal de partida.

Sinal de partida (de dia)


Fig.54

60
RGS II

Sinal de partida (de noite)


Fig. 55
56. Sinal de passagem

É feito com a bandeira vermelha enrolada à altura do rosto dia, e com a luz
verde da lanterna de sinais erguida à mesma altura, se for de noite.
Em determinadas circunstâncias constantes do presente Regulamento este
sinal pode ser substituído pelo sinal portátil de precaução.
Este sinal, apresentado pelo chefe da estação, autoriza o agente de
condução de um comboio sem paragem a continuar a sua marcha se nada
se opuser.

Este sinal deve ser apresentado, sempre que possível, na plataforma contígua à respectiva
via de circulação e em local bem visível pelo agente de condução desde o instante em que
possa ser avistado e até a cauda do comboio passar no local onde se encontra o agente
da estação. Em caso de cruzamento de comboios em via dupla, e se for de noite, o chefe
da estação deve rodar a lanterna de sinais num sentido e no outro, de modo a que a luz
seja avistada alternadamente pelos dois agentes de condução.

61
RGS II

Fig. 56

Fig. 57

Fig. 58

62
RGS II

57. Sinal de serviço concluído Fig. 59

57.1 É feito por um dos meios seguintes:

a) Por utilização do dispositivo de comunicação interna do condutor ao


maquinista (campainha accionada em toque longo seguido de um toque
Distribuída pelo 6º Aditamento

breve), quer de dia quer de noite, sempre que a composição do comboio


possua este dispositivo;
b) Por comunicação verbal do condutor ao maquinista quando aquele siga
junto deste na cabina, quer de dia quer de noite.

57.2 Quando não existam as condições referidas nas duas alíneas que
antecedem, o sinal de serviço concluído é feito por um dos meios seguintes:

a) De dia
Com o braço estendido, elevando-o e baixando-o várias vezes, de modo a
que seja bem visto pelo maquinista;
b) De noite
O mesmo movimento indicado para de dia, feito com luz verde de uma
lanterna de sinais.

57.3 O sinal de serviço concluído indica ao agente de condução que se


encontram terminadas todas as operações e serviços do comboio, podendo
este retomar a sua marcha, se nada se opuser.
Este sinal é apresentado pelo condutor do comboio nas estações,
apeadeiros e noutros locais de serviço que não tenham interferência na
circulação ou em que se dispense a apresentação do sinal partida, e depois
de uma detenção em plena via.

63
RGS II

Para se certificar da conclusão do serviço, o condutor será coadjuvado pelo


pessoal do comboio e das estações, particularmente das que tenham más
condições de visibilidade, de forma semelhante às indicadas no artigo 55º,
do presente Regulamento.

58. Utilização dos sinais portáteis no comando das manobras

No comando das manobras o agente encarregado destas, utilizará, de dia,


uma corneta de estação e uma bandeira vermelha, de noite, as luzes
vermelha ou branca da lanterna de sinais e a corneta de estação.

Sinal
Com a corneta Ordem e aspecto
Com o sinal portátil de mão
(confirmação)

«Avançar» ou «Puxar». ou seja


Dia Noite marchar no sentido oposto
àquele em que está o
material (*).

- A bandeira vermelha
enrolada ou, de noite, a luz
branca da lanterna, movida
verticalmente várias vezes,
confirmado por um toque
longo de corneta.

«Recuar» ou «Empurrar», ou
seja marchar no sentido em
que está o material (*).

- A bandeira vermelha
enrolada ou, de noite, a luz
branca da lanterna, movida
lenta e horizontal- mente para
a esquerda e para a direita,
várias vezes, confirmado por
dois toques longos de
corneta.

(*) Tratando-se de uma unidade motora isolada os termos «Avançar» e «Recuar» referem-se
aos sentidos em que o agente de condução se desloca de frente ou de recuo
respectivamente.

64
RGS II
Sinal
Com a
Ordem e aspecto
Com o sinal portátil de mão corneta
(confirmação)

Dia Noite
«Parar»

••• - A bandeira vermelha


desenrolada ou, de
noite, a luz vermelha da
lanterna, confirmado por
três toques breves de
corneta.

«Lançar», ou seja dar um


impulso ao material,
parando em seguida a
unidade motora de
manobras para que o
material siga com a velo-
cidade adquirida.
A bandeira vermelha
enrolada ou, de noite, a
luz branca da lanterna
descrevendo um
movimento circular,
confirmado por dois
toques longos e um
breve de corneta. O
momento em que a
unidade motora deve
parar para que o
material prossiga sozinho
a marcha, é assinalado
desfraldando a bandeira
ou apresentando a luz
vermelha da lanterna,
sem confirmação por
toque de cor- neta. O
agente de condução
não deverá perder de
vista o agente
encarregado da
manobra durante a
execução desta.

65
RGS II
Sinal
Com a corneta Ordem e aspecto
Com o sinal portátil de mão
(confirmação)

Dia Noite

«Reduzir a velocidade
de manobra»
- Pequenos movimentos
•• •• •• verticais com a bandeira
vermelha enrolada
ou luz branca da
lanterna, confirmado por
grupos sucessivos de
dois toques breves de
corneta.

Nas estações com postos centrais de comando de agulhas e sinais, o agente


encarregado das manobras prestará especial atenção aos sinais fixos e, na
falta destes, à posição das agulhas, só fazendo os sinais de comando de
manobras acima referidos quando o itinerário para o movimento que vai
executar esteja convenientemente estabelecido.

66
RGS II

59 Utilização dos sinais portáteis nos ensaios de freio

Nos ensaios de freio, utilizam-se os seguintes sinais:

Sinal a apresentar
Ordem e aspecto
Dia Noite

«Apertar freios»
Com os dois braços levantados na vertical,
aproximar as duas mãos sobre a cabeça
ou lanterna de luz branca elevada num
movimento em semicírculo e abaixá-Ia
rapidamente num movimento vertical.

«Alargar freios»
Movimento semicircular do braço,
repetido, efectuado acima da cabeça ou
o mesmo movimento com lanterna de luz
branca.

«Terminado»
Um braço levantado na vertical ou
lanterna de luz branca elevada na vertical.

Estes sinais podem ser transmitidos verbalmente, ou através dos aspectos


indicados.

67
RGS II

60. Sinais detonadores (Petardos)


Os petardos utilizam-se em geral para confirmar a indicação de paragem
apresentada pelos sinais fixos ou portáteis.
Logo que o agente de condução ouvir a detonação de um ou mais
petardos deve reduzir imediatamente a velocidade do seu comboio
procurando avistar o respectivo sinal de paragem. Se não avistar qualquer
sinal de paragem, prosseguirá em regime de marcha à vista durante cerca
de 1500 metros, findos os quais poderá retomar a sua marcha normal se não
tiver encontrado qualquer obstáculo.
Os petardos em número de dois são colocados a cerca de 100 metros a
montante do sinal a confirmar, um em cada carril e distanciados entre si de
30 metros. Porém, se o sinal a confirmar for avançado e corresponder à
indicação de paragem diferida, os petardos devem ser colocados entre a
primeira agulha ou cruzamento e aquele sinal.

Qualquer petardo que porventura não chegue a ser calcado pelo comboio deve ser retirado
depois deste ter efectuado paragem.

61. Sinais de alarme e de perigo


O sinal de alarme é constituído por três toques breves, repetidos três vezes

(••• ••• •••) e feito com qualquer meio (apito, corneta ou buzina das
unidades motoras) sendo utilizado para chamar a atenção para qualquer
anormalidade que exija auxílio de pessoal.
Ao ouvirem este sinal todos os agentes cuja ocupação de momento o
permita, acorrerão sem demora ao local de onde aquele foi feito.
O sinal de perigo é conseguido repetindo várias vezes o sinal de alarme e
ordena a paragem de todos os comboios e manobras em curso, sendo
utilizado em caso de perigo iminente que ponha em risco a segurança da
circulação ou vidas humanas. Ao ouvirem este sinal, os agentes
encarregados do comando de sinais fixos devem colocá-los na posição de
fechados, os agentes de condução imobilizam as suas unidades motoras e
todos os agentes cuja missão de momento permita abandonar o seu posto,
devem acorrer ao local de onde foi feito o sinal para prestar o auxílio
necessário.
68
RGS II

62. Reservado

63. Reservado

69
RGS II

CAPITULO 6

SINAIS DOS COMBOIOS

64. Sinais de posição, de comboio completo e de anúncio

64.1 Para sinalizar a posição de um comboio, indicar que este segue


completo e também para transmitir anúncios ao pessoal interessado,
utilizam-se nos comboios os seguintes elementos de sinalização: .

Bandeiras: de cor amarela e são colocadas de dia na frente da composição


para anunciar circulações extraordinárias.

Placas de cauda: são placas circulares vermelhas com orla branca,


amovíveis, colocadas no painel traseiro do último veículo da composição e
servem para indicar que o comboio segue completo.

Faróis de cauda: são faróis de luz vermelha fixa, amovíveis ou fixos,


colocados no painel traseiro do último veículo da composição e servem para
assinalar a posição da cauda do comboio e indicar que este segue
completo.
De dia, os faróis eléctricos amovíveis podem ser utilizados apagados como
placas de cauda.

Por sua vez, as unidades motoras são dotadas de dois tipos de faróis:

Farol de Iluminação: de luz branca, colocado na parte superior da frente da


unidade motora (1) e destina-se à

(1) Ou nos painéis de topo extremos, se tratar de automotoras ou de unidades automotoras.

70
RGS II

iluminação da linha à frente do comboio, devendo ter uma potência


suficiente para iluminar uma extensão de cerca de 200 metros.

Faróis de sinalização: de luz branca, colocados em plano inferior nos painéis


de topo da unidade motora (1).
A utilização dos faróis de cauda eléctricos amovíveis o dia, em substituição
da placa de cauda, deve limitar-se aos comboios cuja marcha se inicia ou
termina durante a noite.

64.2 Todos os faróis dos comboios devem ser acesos desde que começa a
escurecer até que seja dia claro. De dia estes faróis devem também ser
acesos com a devida antecedência à passagem por túneis com mais de
Distribuída pelo 8º Aditamento

200 metros de comprimento, nas linhas exploradas em regime de


cantonamento automático (2).
Os túneis que se encontram nestas condições são os seguintes:

Comprimento Pontos quilométricos


Linha Designação do túnel
(m) extremos

Norte Fátima 650 130,370 a 131,0202


Norte Albergaria 661 147,393 a 148,053
Norte Serra do Pilar II 229 333,520 a 333,749
Oeste Rossio 2612 0,149 a 2.806

Além desta disposição, sempre que se verifique uma visibilidade inferior a


cerca de 200, metros é obrigatório o acendimento dos faróis que sejam
comanda interior da composição.

(1) Ou nos painéis de topo extremos, se se tratar de automotoras ou de automotoras.


(2) Transitoriamente, em relação aos túneis de Fátima, Albergaria e Serra do Pilar II dispensa-
se o acendimento de faróis de cauda nas composições que os não tenham comandáveis
do interior da composição.

71
Ver 18º,20º,29º Aditamentos RGS II
65. Utilização dos sinais de posição e de comboio completo
Quando um comboio ou unidade motora isolada circula nas condições
normais e que não seja necessário fazer quaisquer anúncios, os seus sinais
são os seguintes:
De dia:

Frente - Sem sinais

Cauda - Placa de cauda (ou farol de cauda eléctrico


amovível apagado), no painel traseiro do último
veiculo.
Fig. 60
Ver 18º Aditamento

As unidades automotoras dotadas com engatagem automática (UTE, UQE,


UDD, UTD, TALGO, III Renfe, TRD-Renfe e CPA 4000, etc.), eventualmente outras
automotoras indicadas em documento regulamentar, as dresinas, ou veículos
«rail-route» e outros veículos especiais para trabalhos na via podem circular
de dia sem placa de cauda desde que levem acesos os faróis de cauda
fixos do painel traseiro do último veículo, e só os deste.
Em cantonamento automático e em CTC, dispensa-se o acendimento dos
faróis de cauda dos veículos indicados.
De noite:

Frente: Farol de iluminação de luz branca na parte


superior da frente da unidade motora e, no caso de os
possuir, dois faróis de sinalização de luz branca na parte
inferior ou, se a unidade motora não possuir farol de
iluminação na parte superior, dois faróis de iluminação
de luz branca na parte inferior caso das (UQE).
Fig. 61

CAUDA: Dois faróis de cauda, no painel traseiro do


último veiculo (1).
No caso de unidade motora isolada, os faróis de cauda poderão estar
colocados indistintamente na parte superior ou inferior dos painéis de topo da
unidade motora. Quando da prestação de dupla tracção pela cauda, a
sinalização de cauda da unidade motora auxiliar é a referida neste artigo.

(1) Numa fase transitória poderão circular apenas com um farol de cauda

72
RGS II

66. Circulação de comboios sem sinais de cauda

Salvo as excepções prescritas no artigo anterior, se um comboio chegar a


uma estação sem sinal de cauda (sem placa de cauda, sem faróis de
cauda ou com estes apagados) o chefe da estação averiguará, desde logo,
as causas da falta desse sinal, adoptando sem perda de tempo todas as
medidas de segurança regulamentares aplicáveis a estes casos. Se o sinal de
cauda se tiver apagado ou caído em trânsito, o chefe da estação e o
condutor deverão providenciar a sua colocação ou acendimento nas
condições prescritas no presente Regulamento, se a estação possuir reserva
destes sinais ou, caso contrário, ordenar a utilização de sinais portáteis que
excepcionalmente os podem substituir (bandeira vermelha ou lanterna de
sinais dando luz vermelha).
Tratando-se de um comboio sem paragem na estação, o chefe da estação
tomará as providências para fazer parar os comboios que circulam no
mesmo sentido e avisará imediatamente a estação anterior por telefonema
registado nos seguintes termos:
Distribuída pelo 1º Aditamento

«Estação de……………………..…… à estação de……….…………………….

Pare todas as circulações na direcção desta estação até novo aviso»

Se não for possível fazer parar extraordinariamente o comboio, aquele


agente avisará também a estação seguinte nestes termos:

«Estação de………………………à estação de…………..………………

Pare comboio nº………que segue sem sinal de cauda e diga-me o motivo.

O chefe da estação que receber este aviso adoptará todas as medidas


regulamentares para fazer parar o comboio se ele não tiver paragem
prescrita na sua estação. Após ter tomado conhecimento junto do condutor
do motivo da ausência do sinal de cauda, deve informar por despacho
telefónico a estação de que recebeu o aviso. Esta estação procederá em
conformidade as medidas regulamentares requeridas pelas circunstâncias se
tiver ficado material retido em plena via ou, no caso de ser outro o motivo da
falta do sinal da cauda, poderá restabelecer a circulação dos comboios.

73
RGS II

67. Ver 26º Aditamento

68. Sinalização de unidade motora em manobras

As unidades motoras afectas ao serviço de manobras das estações e outras


dependências, não necessitam de dia de qualquer sinal de posição
apresentando de noite: dois faróis com luz vermelha (1) tanto na frente como
na retaguarda, assim como um farol de iluminação de luz branca.

Fig. 64
Distribuída pelo 1º Aditamento

69. Faróis de iluminação de grande intensidade luminosa

Os agentes de condução que conduzam unidades motoras com faróis de


iluminação de grande intensidade luminosa devem reduzi-Ia quando:

- o comboio se encontra estacionado numa estação e até ao momento da


sua partida;
- nos cruzamentos com outras circulações até à passagem das unidades
motoras que as rebocam.

(1) Transitoriamente, algumas unidades motoras poderão apresentar apenas um farol com
luz vermelha ou, na sua falta, um ou dois faróis com luz branca.

75
RGS II
70. Sinais sonoros das unidades motoras

As unidades motoras e automotoras diesel ou eléctricas, são munidas de


uma buzina que permite fazer, por combinação de toques breves (•) e

-
longos ( ), os seguintes sinais:

Sinais Indicação Utilização


- Quando em marcha, ou ao retomá-la, o agente de condução
avistar pessoas, animais ou veículos sobre a via;

- Ao aproximar-se das estações, passagens de nível e curvas de


pouca visibilidade e à entrada e à saída dos túneis;

- Quando necessitar da presença do chefe ao entrar numa


estação;

- Em situações de deficiente visibilidade por efeito de más


condições atmosféricas (nevoeiro, chuvas, etc.), caso em que o
sinal deve ser repetido com frequência;

- À passagem pelas estações sem paragem

--- Aviso - Ao avistar um sinal indicador de aviso sonoro;

- Quando em marcha, ao efectuar cruzamento, se aproximar da


cauda do comboio com que cruza, ainda que este esteja
parado;

- Quando não tenha paragem prevista numa estação em serviço


e a partir da primeira agulha de entrada não seja avistado o sinal
portátil que deve ser apresentado pelo chefe, quando for caso
disso;

- Quando o comboio se aproximar dum ponto da linha em que


deve ser apresentado um sinal e que este não esteja aparente,
ou quando decorrido 1 minuto de paragem ante um aspecto de
paragem absoluta, este não seja modificado ou o agente de
condução informado da razão porque o mesmo se mantém.

76
RGS II

Sinais Indicação Utilização

Apertar
- Quando for necessário apertar os freios manuais dos veículos ou
- •• freios
das unidades motoras auxiliares dos comboios.
manuais

Alargar
- Quando for necessário alargar os freios manuais dos veículos ou
- • Freios
das unidades motoras auxiliares dos comboios.
manuais

- Quando em via dupla o agente de condução avistar um


comboio em sentido contrário sempre que tenha observado:

Obstáculos → um obstáculo susceptível de afectar aquela circulação;


- ••• - na via
→uma passagem de nível com barreiras ou cancelas
indevidamente abertas que não seja do conhecimento do
pessoal de condução.

Abrir o - Ordem dada, em dupla tracção, pelo o agente de condução


• -• regulador da unidade motora titular ao da unidade motora auxiliar

- Ordem dada em marcha, em dupla tracção, pelo agente de


Fechar o
-•- regulador
condução da unidade motora titular ao da unidade motora
auxiliar.

Pedido de
- Quando os agentes de condução verifiquem deficiências de
••••• exame de
ligação na conduta do freio contínuo dos seus comboios.
freios

Toma de - A fazer pelos agentes de condução das locomotivas a vapor


•••
água quando estas necessitem de ser abastecidas de água.

Sinal de - Ver o artigo 61º do presente Regulamento.


••• ••• •••
perigo

71. Moderação no uso dos sinais sonoros

71.1 As buzinas das unidades motoras devem ser utilizadas com moderação
e só nos casos expressamente indicados nos Regulamentos em vigor.

77
RGS II

Para além destes casos, o agente de condução deve fazer uso da buzina da
sua unidade motora quando notar que a aproximação do seu comboio põe
em perigo pessoas ou veículos rodoviários que não tomaram em tempo útil
as disposições previstas para a sua protecção.

71.2 O agente de condução deve regular a frequência e a duração dos


sinais sonoros conforme o lugar, a hora e as condições de visibilidade em
que fizer uso deles. No entanto, a utilização destes sinais nas zonas habitadas,
nomeadamente nas zonas urbanas e suburbanas, deve ser moderada em
especial durante a noite, a fim de se evitarem incómodos desnecessários aos
moradores nas referidas zonas.

71.3 Quando em manobras nas estações, não se dispuser de outros meios


para fazer aos postos de comando de agulhas os pedidos de realização de
itinerários, serão utilizados os silvos das unidades motoras para esse fim,
segundo sinais convencionais a regular por normas específicas para cada
local.

72. Reservado

73. Reservado

78
RGS II

CAPÍTULO 7

Protecções em plena via

74. Protecção de obstáculos na linha em casos de emergência

74.1 Todo o agente que notar qualquer obstáculo na linha que ponha em
risco a segurança da circulação de comboios, deve tomar sem demoras
nem hesitação as medidas necessárias para fazer parar os comboios, que se
aproximem do ponto obstruído, fazendo para isso uso dos sinais fixos,
portáteis ou ainda, na falta destes e como recurso, fazendo com os próprios
braços ou luzes os sinais previstos no presente Regulamento.
Quando da utilização dos sinais portáteis ou de recurso estes devem ser
confirmados, sempre que possível, por petardos. Os sinais são apresentados
à distância de:
Distribuída pelo 19º Aditamento

Comboios Pendentes < 8 mm Pendentes ≥ 8mm


até T160 inclusive 1600m 1800m
superior a T160 2600m 2900m

confirmados por dois petardos colocados um em cada carril a 30m um do


outro e a 100m do respectivo sinal.

74.2 Em via única, os sinais portáteis de paragem devem ser colocados nos
dois lados do obstáculo, fazendo-se em primeiro lugar a protecção do lado
de onde é esperado o primeiro comboio, se o agente não tiver quem o
auxilie para fazer simultaneamente a protecção dos dois lados.
Se se tratar de via dupla banalizada o procedimento para cada via é
idêntico ao considerado para a via única. Nos troços de duas ou mais vias
ter-se-ão em vista, para efeitos de protecção do obstáculo, os sentidos em
que circulam os comboios em cada uma dessas vias.

79
RGS II

74.3 Além de colocarem os sinais de protecção, os agentes que notarem um


obstáculo na via, devem utilizar os telefones das passagens de nível ou outros
a que tenham acesso e que se encontrem próximos do local, afim de
avisarem as estações colaterais, providenciando também, se possível, o
fecho dos sinais fixos luminosos mais adequados, através dos comutadores
instalados nas passagens de nível.

Via única

Obstáculo
* 100m 30m
30m 100m *

Via dupla não banalizada

a) Obstáculo interceptando uma das vias

Obstáculo

30m 100m *

b) Obstáculo interceptando as duas vias

* 100m 30m
Obstáculo

30m 100m *

- Petardo

* - Ver quadro no ponto 74.1

Fig. 65

80
RGS II

75. Protecção de comboios detidos

Nos casos de detenção dum comboio ou de parte de um comboio - corte


de material - em plena via, compete ao respectivo condutor, ou no. seu
impedimento ao agente de condução providenciar as medidas necessárias
à protecção do comboio.
Para a realização desta protecção consideram-se dois casos:

1.º - O comboio ou corte de material não está descarrilado

Nas linhas exploradas por cantonamento automático e se este estiver em


vigor, não é necessário qualquer protecção com sinais portáteis ao comboio
detido, visto que os sinais de cantonamento asseguram a devida protecção.
Porém, quando excepcionalmente for necessário pedir unidade motora de
socorro pela frente, deve ser garantida a protecção desse lado, nas
condições do artigo 74º do presente Regulamento e logo que se faça o
pedido de socorro.
Nas linhas onde vigorem outros sistemas de exploração a protecção, seja ao
comboio ou ao corte de material detidos, deve ser feita nas condições
indicadas no artigo 74º e da forma como se segue:

- Linhas de via dupla não banalizada: protecção pela cauda ou pela cauda
e pela frente quando for pedido socorro excepcionalmente pela frente;

- Linhas de via dupla banalizada: protecção pela cauda e pela frente;

- Linhas de via única: protecção pela cauda e pela frente.

As protecções indicadas devem ser realizadas logo que se prevejam detenções de duração
superior a 15 minutos, devendo neste caso o condutor do comboio detido mandar verificar
de imediato os respectivos faróis de cauda.

2.º O comboio ou corte de material está total ou parcialmente l descarrilado


É sempre obrigatório proteger o material descarrilado ainda que a linha
disponha de cantonamento automático

81
RGS II

Se apenas a via onde circula o comboio ficar interceptada e não for


necessário socorro pela frente, a protecção deve fazer-se somente pela
cauda, no caso de via dupla não banalizada; em todos os outros casos a
protecção é feita pela frente e pela cauda.
Se com o descarrilamento. ficaram interceptadas as duas vias da via dupla
não banalizada é necessário a protecção de ambas, tendo-se porém
especialmente em conta que é sempre de urgência imediata a protecção
pela frente na via de sentido contrário àquele em que seguia o comboio
descarrilado.

Quando se der um descarrilamento com interrupção das duas vias, um agente do comboio
partirá imediatamente para a frente, a correr com a bandeira vermelha ou lanterna de luz
vermelha até à distância regulamentar onde colocará os petardos de acordo com as
disposições do artigo 74º, na via de sentido contrário àquela em que circular o comboio
descarrilado. Em seguida continuará, sempre pronto a fazer sinal de paragem a qualquer
comboio que se aproxime, até ao primeiro posto telefónico que encontre ou, na sua falta,
até à estação da frente, a fim de participar o acidente e pedir a suspensão da circulação.
Quando ficarem interceptadas mais de duas vias os agentes encarregados da protecção
devem ter em vista os sentidos em que circulam os comboios em cada uma dessas vias.

76. Reservado

77. Reservado

82
RGS II

CAPITULO 8

SINAIS A APRESENTAR NAS ESTAÇÕES E PASSAGENS DE NÍVEL.


CONDIÇÕES DE RECEPÇÃO, EXPEDIÇÃO E PASSAGEM DE COMBOIOS.

78. Entrada dos comboios nas estações. Guarnecimento de agulhas

78.1 Nas estações de linhas onde se encontre em vigor o regime de


cantonamento telefónico ou onde este se inicie, quando interfiram na
circulação, é obrigatório a presença do chefe da estação munido dos sinais
portáteis regulamentares à chegada dos comboios, de forma bem visível
para o respectivo agente de condução.
Quando se trata de comboios com paragem prescrita na estação o chefe
não necessita de apresentar qualquer sinal, excepto quando o comboio
entre com velocidade tal que o leve a crer que pode ultrapassar o limite de
resguardo da linha onde vai ser recebido ou, quando for necessário fazer
parar o comboio antes local habitual de paragem, casos em que
apresentará um sinal portátil de paragem no local e momento
convenientes.

78.2 No caso de comboios em circulação no sentido normal o


guarnecimento da primeira agulha de entrada, quando tomada de ponta, é
obrigatório nas estações protegidas apenas por sinal avançado quando o
comboio for recebido com este sinal apresentando aspecto correspondente
à indicação de paragem deferida.
Salvo disposições expressas em contrário, é dispensado o guarnecimento de
agulhas em todos os o casos desde que estas sejam dotadas de qualquer

83
RGS II
dispositivos de imobilização do seu comando que impossibilite a manobra
intempestiva.

As agulhas das estações devem ser guarnecidas, quando for caso disso, por agentes
munidos de sinais portáteis regulamentares. É missão destes agentes verificarem se as
agulhas incluídas no itinerário previsto estão na posição devida e se tem a lança bem
encostada ao carril respectivo, de acordo com as instruções recebidas do chefe,
certificando-se que essa posição não é alterada no caso das agulhas não serem munidas
de sistema que garanta a sua imobilização.

78.3 O agente que for encarregado do guarnecimento de agulhas, de


acordo com as prescrições do presente Regulamento, deve colocar-se junto
(1)
delas à esquerda da via no sentido da marcha do comboio e apresentará
o sinal portátil adequado.

79. Autorização de partida .


79.1 Nas estações, a autorização de retomar ou de iniciar a marcha de
qualquer comboio é transmitida ao agente de condução da seguinte forma:
1.º caso: Estações de linhas em que se encontre em vigor o regime de
cantonamento telefónico

a) Com a abertura do sinal de saída e o sinal de partida apresentado pelo


chefe, se a estação dispuser de sinal de saída que comande saídas da linha
onde o comboio se encontre estacionado;

b) Com o sinal de partida apresentado pelo chefe, se a estação não dispuser


de sinal de saída que comande saídas da linha onde o comboio se encontre
estacionado;

c) Com o sinal de serviço concluído apresentado pelo condutor (2) se a


estação se encontrar na situação de desguarnecimento.

(1) Nos casos em que esta determinação fizer perigar a segurança do agente ou dificultar a
visibilidade do sinal portátil, ou quando da circulação em contravia este pode,
excepcionalmente, colocar-se do lado direito da via.
(2) Este procedimento aplica-se igualmente nas dependências onde não existe pessoal com
interferência na circulação.

84
RGS II
2.º caso: Estações de linhas em que se encontre em vigor o regime de
cantonamento automático

a) Com a abertura do sinal de saída, se houver, e o sinal de partida


apresentado pelo chefe da estação nas estações de origem das circulações
e nas intermédias não incluídas na alínea seguinte;

b) Com o sinal de serviço concluído apresentado pelo condutor (1) nas


estações intermédias, quando (2) :

- a linha em que o comboio deu entrada disponha de sinal de saída


comandando unicamente saídas dessa linha (sinal de saída interior), e
houver autorização expressa por documento regulamentar.

- as estações se encontrem na situação de desguarnecimento.

3.º caso: Estações de linhas em que se encontre em vigor o regime de CTC

a) Com a abertura do sinal de saída e o sinal de partida apresentado pelo


chefe da estação nas estações principais;

O sinal de partida pode, porém, ser dispensado e consequentemente


substituído pelo sinal de serviço concluído, em determinados casos
devidamente regulamentados por documentação específica.

b) Com a abertura do sinal de saída e o sinal de serviço concluído


apresentado pelo chefe do comboio nas estações secundárias (3).

(1) Este procedimento aplica-se igualmente nas dependências onde não pessoal com
interferência na circulação.
(2) Exceptuam-se das disposições desta alínea algumas estações do troço Lisboa (Rossio) a
Sintra em que a autorização de partida é regulada por documento específico.
(3) Nas dependências que não disponham de sinal de saída basta a apresentação do sinal
de serviço concluído.

85
RGS II

80. Anulação da autorização de partida

80.1 Quando, em casos de emergência, for necessário anular uma


autorização de partida que já tenha sido apresentada, o chefe da estação
deve fazer sinal sonoro com silvos breves e repetidos de apito, apresentando
ao mesmo tempo o sinal portátil de paragem. Se o comboio já tiver saído da
estação, aquele agente pode ainda recorrer aos telefones com ligação às
passagens de nível para tentar deter o comboio.
Nas estações com sinalização mecânica, a anulação da autorização de
partida pode ser indicada ao agente de condução pela abertura e fecho
repetidos do sinal de entrada do lado por onde sair o comboio a deter.

80.2 O condutor de comboio poderá igualmente anular a autorização de


partida com toques breves e repetidos de corneta ou de dispositivos de
comunicação interior, apresentando ao mesmo tempo, se possível, o sinal
portátil de paragem.

80.3 Em qualquer dos dois casos referidos, se esta anulação não for
entendida pelo agente de condução, deverá o condutor accionar
imediatamente o freio de emergência, a fim de obter a paragem do
comboio se este já se encontrar em movimento.

81. Autorização de passagem nas estações, dos comboios sem paragem


prescrita

81.1 A autorização de passagem dos comboios sem paragem prescrita, nas


estações com interferência na circulação, é transmitida ao agente de
condução da seguinte forma:

1.º caso: Estações de linhas em que se encontre em vigor o regime de


cantonamento telefónico:

Com a abertura do sinal de saída, se houver, que comande saídas da linha


onde o comboio circular, e o sinal de passagem apresentado pelo chefe.

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RGS II

2.º caso: Estações testas de troços com regime de cantonamento diferente:

Com a abertura do sinal de saída, se houver, que comande saídas da linha


por onde o comboio circula, e o sinal de passagem apresentado pelo chefe,
sempre que o comboio se dirija no sentido do troço explorado em regime de
cantonamento telefónico.
Em todos os restantes casos dispensa-se a apresentação do sinal de
passagem.

3.º caso: Estações de linhas em que se encontre em vigor o regime de


cantonamento automático ou de CTC:

Com a abertura do sinal de saída, se houver, que comande saídas da linha


por onde o comboio circula:

81.2 O sinal de passagem é substituído pelo sinal de precaução, quando:

- Exista alguma agulha tomada de ponta não aferrolhada inserida no


itinerário e a jusante do local é apresentado o sinal;

- O comboio circular em regime de marcha à vista;

- A disposição de linhas à saída da estação obrigue a uma limitação de


velocidade igual ou inferior a 30 Km / hora, não devendo o comboio exceder
este valor até que o último veículo liberte a zona sujeita àquela limitação.

81.3 A não apresentação do sinal de passagem (ou de precaução) nos


casos em que é obrigatória, impõe ao agente de condução a paragem
imediata do seu comboio. Este agente procurará não ultrapassar o indicador
de limite de resguardo da saída e efectuará o sonoro de «aviso», só
retomando a marcha depois da respectiva autorização de partida.

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RGS II

82. Presença do Chefe na plataforma à passagem dos comboios

82.1 Nos casos em que é dispensada a apresentação do sinal de passagem,


é sempre obrigatória, porém, a presença do chefe na plataforma, nas
estações guarnecidas, munido dos sinais portáteis de mão regulamentares, à
passagem dos comboios sem paragem na estação com excepção dos
comboios tranvias, de modo a observar qualquer eventual irregularidade.
Aquele agente deve procurar localizar-se de forma a ser bem visível pelos
agentes de condução, particularmente quando dos cruzamentos.

82.2 Nas linhas electrificadas, à passagem dos comboios com tracção


eléctrica o chefe deve prestar particular atenção aos pantógrafos em serviço
de modo a poder detectar qualquer anomalia que possa vir a ser causa de
perturbação nas circulações.

82.3 A ausência do chefe na plataforma nas condições deste artigo, não


obriga à paragem dos comboios na estação, mas o agente de condução
deve anotar esse facto no seu documento de trânsito.

83. Sinais portáteis a apresentar aos comboios nas passagens de nível

83.1 As guardas de passagem de nível devem, à passagem dos comboios,


permanecer junto das respectivas passagens(1) munidas dos sinais
regulamentares e apresentar os seguintes aspectos:

a) De dia:
Bandeira vermelha enrolada e erguida verticalmente e erguida à altura do
rosto;

(1) No caso de o abrigo da guarda ficar muito próximo da passagem de nível, permite-se
que a guarda permaneça junto dele qualquer que seja o lado em que o mesmo se situe.

88
RGS II

b) De noite:
Luz branca da lanterna de sinais, colocada na mesma posição e voltada
para o lado da cabina do agente de condução.

Estes aspectos informam os agentes de condução não se verifica qualquer


anormalidade na passagem nível.

83.2 Em situações de cruzamento de comboios sobre a passagem de nível,


e se for de noite, a guarda deve voltar alternadamente a lanterna de sinais
para um e outro lado, a fim do respectivo sinal se tornar visível, de forma
intermitente para os agentes de condução dois comboios que se
aproximam.

83.3 À passagem dos comboios as guardas devem observar toda a


composição, de modo a verificarem se o comboio segue completo ou, se
ocorreu qualquer anormalidade, caso em que devem comunicá-la
imediatamente às estações colaterais.

83.4 Sempre que o agente que guarnece a passagem de nível tiver


conhecimento de qualquer obstáculo que impeça a circulação dos
comboios ou ponha em ponha em perigo a segurança desta, deve tomar
em tempo oportuno todas as providências regulamentares requeridas.

83.5 Quando o agente de condução de um comboio notar a falta de


apresentação do sinal portátil regulamentar numa passagem de nível em
regime de guarnecimento deverá comunicar essa falta no seu documento
de trânsito.

84. Reservado

85. Reservado

89
RGS II

CAPITULO 9

DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES

86. Localização dos sinais

86.1 Quando, em determinadas circunstâncias não for possível instalar um


sinal fixo à esquerda da respectiva linha, o sinal será assinalado com uma
seta branca, fixada no seu poste, com a ponta voltada para a linha que o
sinal comanda, sempre que subsistam dúvidas, quanto à linha a que o sinal
se refere.

86.2 Os sinais portáteis, devem ser sempre feitos do lado esquerdo da via,
salvo as respectivas excepções referidas no presente Regulamento. Porém, os
sinais portáteis apresentados aos comboios circulando em contravia serão
feitos do lado direito da via.

86.3 Os sinais portáteis que comandam manobras devem ser apresentados


de qualquer local de onde mais facilmente sejam avistados pelo agente de
condução, ou agente de apoio, se for caso disso.

87. Sinais fora de serviço

87.1 Nos sinais que transitoriamente estejam fora de serviço por estarem em
montagem, em ensaios, avariados ou para ser retirados. será colocada sobre
o respectivo pavilhão ou alvo uma «cruz de santo André» formada por duas
réguas brancas.

Os sinais luminosos, enquanto fora de serviço, mantêm os seus focos


apagados ou tapados. Os sinais de figura apresentam o aspecto
correspondente à indicação menos restritiva que possam apresentar,
mantendo-se

90
RGS II
apagados de noite; se isto não for possível devem ser desmontados dos
alvos.
Os sinais mantidos fora de serviço, nas condições mencionadas deverão ser
levados ao conhecimento dos agentes de condução através de documento
(1)
regulamentar . Observadas estas prescrições os agentes de condução
deverão considerá-los inexistentes.
e voltarem a ser repostos ao serviço também desse facto é obrigatório dar
conhecimento aos agentes de condução.

87.2 Quando da realização de ensaios, os focos podem manter-se acesos


desde que sejam cobertos de modo a
não serem visíveis pelos agentes de
condução.
Se os ensaios exigirem os focos
descobertos, só se devem realizar se os
Luminoso Figura agentes de condução tiverem sido
Distribuída pelo 8º Aditamento

Fig. 66 avisados do facto através de documento


regulamentar.

87.3 Sempre que um agente de condução encontrar no seu percurso algum


sinal:

a) com a «cruz de Santo André» mas com os focos acesos, quando do tipo
luminoso ou com é que não seja o menos restritivo ou apagado quando do
tipo de figura, deverá considerá-lo como apresentando o aspecto mais
restritivo e comunicar por escrito essa irregularidade.
Exceptuam-se destas disposições os casos de ensaios e de suspensão
imprevista e de cantonamento automático por avaria de sinalização em que
o agente de condução é previamente avisado.

b) Reposto ao serviço e do facto não tenha conhecimento, deverá


considerar o aspecto que o apresenta e comunicar por escrito a
irregularidade.

(1)
Ordem de Serviço, Anexo de Sinalização ou modelo de Avisos de Circulação.

91
RGS II

88. Ultrapassagem de sinais com indicação de paragem absoluta


Ver 24º Aditamento
Quando um sinal principal não possa apresentar, por avaria ou outro motivo,
o aspecto de «paragem permissiva» correspondente aos focos vermelho e
branco fixos ou qualquer outro menos restritivo, compete ao chefe da
estação de que o sinal depende, autorizar a sua ultrapassagem por
despacho, depois de verificar cuidadosamente as condições de segurança
do caminho a percorrer pelo comboio.
No caso do sinal principal dispor de foco azul fixo, a autorização será dada
por acendimento deste foco nas condições do artigo 16 do presente
Regulamento.
Quando o despacho for entregue pelo próprio, o chefe da estação estabelecerá o
respectivo modelo 11-102 a fornecer ao agente de condução.
Se o despacho for transmitido telefonicamente, o chefe registará os seus termos no livro de
registos da estação e o condutor do comboio em modelo 11-102, a entregar ao agente de
condução.
Quando se tratar de uma estação em situação de desguarnecimento, o respectivo modelo
11-102 será fornecido pelo condutor depois de este ter verificado cuidadosamente o
caminho a percorrer pelo comboio no interior da estação
Neste caso, o regime de «marcha à vista.» será cumprido:
- até ao sinal seguinte, quando em cantonamento automático ou interpostos.
- até ao sinal de saída, se houver, ou até a cauda do comboio libertar a última agulha da
estação, quando em cantonamento telefónico.
Ver 24º Aditamento
Quando se tratar de um sinal de barragem que por avaria apresente em permanência o
aspecto correspondente a paragem absoluta, a autorização da sua ultrapassagem é dada
através do respectivo modelo 11-102 à semelhança dos sinais principais.

89. Utilização dos sinais de manobra para a saída dos comboios


Quando um sinal principal de saída (interior ou não) não possa ser aberto por
avaria ou outro motivo, e se encontrar associado a um sinal de manobras, ou
se não existir aquele sinal, a partida dos comboios pode ser autorizada como
aspecto correspondente a «autorização de manobras», mediante o
fornecimento do modelo 11-103 ao agente de condução pelo chefe da
estação.
O agente de condução regulará a sua marcha de modo a cumprir com o regime de
«marcha à vista» nas condições indicadas no modelo, isto é até o sinal seguinte de
cantonamento, se houver, ou até a cauda do comboio libertar a última agulha do
cruzamento.

90. Sinais de figura indevidamente abertos por avaria ou outro motivo


90.1 Quando um sinal principal ou avançado, de figura, estiver avariado na
posição de aberto, todas as vezes que

92
RGS II

for necessário receber um comboio com o sinal numa posição mais restritiva
do que aquela que o sinal apresenta, o chefe da estação mandará para
junto dele um agente munido de sinal portátil com que possa ser
apresentado o aspecto que corresponder à indicação mais correcta.
Aquele agente comunicará o facto à estação mais próxima de paragem
prescrita do comboio, do lado da entrada protegida pelo sinal avariado.
Por sua vez o chefe daquela estação estabelecera o modelo 11 102,
informando o maquinista que, por avaria dum sinal fixo na posição de aberto,
irá ser recebido em condições restritivas prescritas por um sinal portátil.

Ver 8º Aditamento
90.2 Nas estações de via única, sempre que existam avarias nos sinais que as
protegem, que os imobilizem na posição de abertos, devem os chefes
dessas estações comunicar esse facto, por modelo 11-099, aos agentes de
Distribuída pelo 1º Aditamento

condução dos comboios que no seu itinerário de saída das referidas


estações os vão encontrar naquela posição indevida.
Nestas condições, estes sinais são considerados como se estivessem em
posição normal. No caso de comboios sem paragem na estação, o aviso
aos agentes de condução é feito pelo chefe da estação anterior de
paragem prescrita, a quem esta irregularidade será previamente
comunicada.

90.3 Se o agente de condução de um comboio, à saída de uma estação


de via única. encontrar indevidamente aberto um dos sinais que assegura a
protecção dessa estação do lado por onde o comboio sai, deverá, no caso
de não ter sido avisado desta irregularidade segundo as disposições acima,
efectuar paragem e entender-se com o condutor. Este agente estabelecerá
contacto telefónico com a estação, utilizando telefone portátil ou algum
telefone que se encontre próximo do local, para averiguar o motivo da
irregularidade. Se não for possível o contacto telefónico o condutor mandará
um próprio com o mesmo objectivo. O chefe da estação ao receber a
comunicação deve tentar fechar imediatamente o referido sinal e
comunicará ao condutor, por despacho. o motivo porque o mesmo se
encontra em posição indevida.

93
RGS II

91. Sinais de figura acidentalmente apagados


Nos casos dos sinais de figura, apresentando de noite focos luminosos, se
terem apagado acidentalmente, o agente de condução se conseguir
identificar a posição do alvo procederá de acordo com ela, caso contrário
considerará o sinal na posição de fechado.

92. Anormalidades na sinalização notadas pelos agentes de condução


Todas as anormalidades na sinalização - sinais avariados, apagados ou em
posição duvidosa, má luminosidade dos focos, lanternas ou indicadores com
vidros partidos que falseiam os aspectos, etc. - notadas pelos agentes de
condução devem ser por estes comunicadas ao chefe da primeira estação
de paragem prescrita, a fim de este agente providenciar em conformidade,
e registadas no respectivo documento de trânsito.

93. Manobra de sinais das estações


Os sinais que protegem uma estação que não disponham de fecho
automático à passagem dos comboios e que se encontrem livres (sem
encravamento) ou exclusivamente encravados com a posição das agulhas
dos itinerários que comandam, devem ser abertos ou fechados pelo chefe
da estação ou pelo agente a quem este delegar essa função.
No caso de delegação da função, o chefe deve sempre certificar-se de que
os sinais foram manobrados em tempo útil, de forma que a circulação dos
comboios se efectue com a máxima regularidade e segurança. Assim uma
vez ultrapassados pelos comboios, os sinais devem ser comandados para a
respectiva posição de fecho.

94 Paragem extraordinária de um comboio numa estação


94.1 Quando houver que determinar paragem extraordinária numa estação
a comboios que nela não tenham paragem prevista na sua marcha,
procede-se da seguinte forma:
1.º caso: Linhas onde se encontre em vigor o regime de cantonamento
automático ou de CTC.
Se a estação dispuser de sinal principal de saída, basta fechá-lo; se não
possuir este sinal, comanda-se o

94
RGS II

aspecto correspondente a «paragem permissiva» ( focos vermelho e branco


(1)
fixos) o sinal principal de entrada. Em qualquer dos casos o chefe da
estação apresentará o sinal portátil de paragem nas condições do presente
Regulamento, no ponto da linha que não deva ser ultrapassado.

2.º caso: Linhas onde se encontre em vigor o regime de cantonamento


telefónico
Se a estação dispuser só de sinal avançado basta fechar este sinal que deve
ser confirmado, no caso de ser de figura e de poder apresentar mais de um
aspecto, por dois petardos nas condições do artigo 60.º do presente
Regulamento. Neste caso os petardos podem ser colocados próximos da
primeira agulha ou cruzamento.
Distribuída pelo 1º Aditamento

Se a estação dispuser de sinais avançados e principal de entrada o comboio


é recebido com o sinal principal com o aspecto correspondente a
«precaução». Se este sinal for do tipo semafórico , o comboio é recebido
com o sinal principal fechado o qual só poderá ser aberto a partir do
momento em que o comboio já se encontre muito próximo, preparando-se
para efectuar paragem. Em qualquer dos casos o chefe apresentará
igualmente o respectivo sinal portátil de paragem, excepto se a estação
possuir sinal de saída, que deverá estar fechado.

94.2 Exceptuam-se destas disposições, salvo no que respeita à apresentação


do sinal portátil de paragem, os casos em que o agente de condução e a
estação interessada tenham tomado conhecimento, através de documento
regulamentar, de modelo de circulação ou de despacho da paragem
extraordinária. Nestas circunstâncias o comboio será recebido tal como se se
tratasse de paragem prescrita.

95. Paragem extraordinária de um comboio antes de atingir a estação

Quando for necessário fazer parar extraordinariamente um comboio antes de


atingir a estação, a paragem deve efectuar-se ao

(1) Numa fase transitória, as estações que não possuam ainda este as poderão apresentar o
aspecto «vermelho intermitente».

95
RGS II

sinal, principal de entrada ou, na falta deste, antes da primeira agulha ou


cruzamento.
Deve-se ter em vista os seguintes casos:
1.º caso: Linhas onde se encontre em vigor o regime de cantonamento
automático ou de CTC
Basta fechar o sinal principal de entrada da estação.
2.º caso: Linhas onde se encontre em vigor o regime de cantonamento
telefónico
Se a estação dispuser só de sinal avançado basta fechar este sinal que deve
ser confirmado, no caso de ser de figura, por dois petardos nas condições do
artigo 60º do presente Regulamento se o comboio não tiver paragem
prescrita na estação, e apresentar o sinal portátil de paragem junto da
primeira agulha ou cruzamento. Neste caso os petardos devem ser
colocados o mais próximo possível do sinal avançado.
Se a estação dispuser de sinal principal de entrada, este deve apresentar-se
fechado.

96. Ultrapassagem dos sinais de figura das estações por movimentos de


manobras
Os sinais principais de .figura das estações que não disponham a eles
associados de sinais de manobras, podem ser ultrapassados na posição de
fechados por movimentos de manobras comandados pelos sinais portáteis
nas condições do presente Regulamento (1).

97. Vigilância a exercer nas estações sobre os aparelhos e utensílios de


sinalização
Compete ao chefe da estação uma constante vigilância sobre as
instalações de segurança da sua estação, participando sem demora ao
órgão competente qualquer avaria que verifique ou de que lhe tenha sido
dado conhecimento.
Aos inspectores de secção de movimento, nas suas visitas às estações
compete a verificação do bom funcionamento e estado de conservação
não só dos equipamentos de sinalização, mas

(1) Em casos muito excepcionais, a doutrina deste artigo também se pode aplicar a
estações com sinalização luminosa simplificada, desde que expressamente determinado em
diploma regulamentar.

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RGS II

também dos sinais portáteis que constem do inventário das referidas


estações, mencionando sempre nos seus relatórios em que estado em que
estes forem encontrados.

98. Reservado

99. Reservado

Lisboa, 26 de Maio de 1981

O Director da Exploração
Francisco Carapinha

97
RGS II

ANEXO 1

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

1. Generalidades

No presente Anexo estabelecem-se, entre outras, normas sobre a utilização


dos seguintes sinais fixos que são usados, a titulo transitório, da nossa Rede:

a) Sinais de protecção de estações ou de outros pontos da via

- discos avançados;
- semáforos (simples ou múltiplos).

b) Sinais indicadores de aproximação de passagens de nível.

2. Substituição progressiva dos sinais previstos no presente Anexo

Estes sinais, que serão substituídos progressivamente por outros sinais previstos
no presente Regulamento, apresentam aspectos luminosos que não
correspondem aos aspectos do Código Fundamental de Sinais previsto no
artigo 16.º do presente Regulamento.
As respectivas indicações serão interpretadas conforme as disposições do
presente Anexo.

3. Disco avançado

Este sinal utiliza-se para proteger estações, bifurcações, desvios e ramais em


plena via e pontes levadiças, girantes, ou rodo- ferroviárias.

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RGS II

(1)
É constituído por um alvo circular e por uma lanterna sustentados por um
mastro. O alvo é pintado de vermelho, de um dos lados e de branco, do
lado oposto. Pode tomar duas posições:

a) perpendicular à linha, apresentando, de dia, a face vermelha do alvo e,


de noite, luz vermelha para o lado de onde vêm os comboios que comanda
e luz azul para o lado oposto.
Nesta posição diz-se que o disco está fechado.
b) paralelo à linha, apresentando, de noite, luz branca para cada lado.
Nesta posição diz-se que o disco está aberto.

3.1 Na posição de fechado, o disco avançado transmite a indicação de


«paragem diferida» nas condições do presente Regulamento, a todos os
comboios que o ultrapassem nesta posição.

3.2 Na posição de aberto, o disco avançado permite que a circulação se


efectue à velocidade máxima permitida no troço a jusante do disco, se nada
se opuser.

4. Semáforos simples (a duas posições)

Utiliza-se para proteger estações, bifurcações, desvios e ramais em plena via,


pontes levadiças, girantes, ou rodo–ferroviárias. É constituído por uma palheta
e por uma lanterna, sustentados por um mastro.
De um dos lados a palheta é pintada de vermelho com uma faixa branca;
do outro, é pintada de branco com uma faixa preta. A palheta tem um
prolongamento disposto de forma a colocar-se em frente da lanterna,
quando o sinal está na posição de fechado, dois vidros vermelho do lado da
face pintada de vermelho e um vidro azul do lado oposto.
A palheta do semáforo pode tomar duas posições:

a) Horizontal
Apresentando de noite duas luzes vermelhas para o lado de

(1) No caso do disco ser constituído por material reflector é dispensada lanterna.

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RGS II

onde vêm os comboios que comanda e uma luz azul para o lado oposto.
Nesta posição diz-se que o semáforo está fechado e ordena «paragem
absoluta» ao comboio.

b) Inclinada para baixo (45º no quadrante inferior)

Apresentando de noite duas luzes brancas para o lado de onde vêm os


comboios que comanda e uma luz branca para o lado oposto.
Nesta posição diz-se que o semáforo está aberto e permite a continuação
da marcha.

5. Semáforo múltiplo (a duas posições)

Além dos semáforos simples com uma palheta utilizam-se, também,


semáforos com duas ou mais palhetas, colocadas a diferentes alturas do
mastro. Neste caso são chamados semáforos duplos, triplos, etc., conforme o
número de palhetas que comportam.
Estes semáforos empregam-se para proteger do mesmo ponto, mais de uma
linha ou direcção.
A palheta superior comanda a direcção mais à esquerda no sentido da
marcha do comboio e as restantes, por ordem de altura, as direcções
sucessivas contadas da esquerda para a direita.

6. Ver 25º Aditamento

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RGS II

7 Postes indicadores de aproximação de passagens de nível

Para indicar aos agentes de condução a aproximação das passagens de


nível, utilizam-se nalgumas linhas da nossa Rede, «postes Indicadores de
aproximação de passagens de nível», constituídos por uma alvo branco,
com a forma de paralelo- gramo obliquângulo, com os lados menores
verticais e com dois traços pretos em cruz de santo andré.

Estes postes, encontram-se colocados no lado direito da linha, no sentido da


marcha do comboio, 300 metros a montante da passagem de nível
respectiva, e serão substituídos progressivamente por sinais Indicadores de
«aviso sonoro», nas condições definidas no artigo 32º do presente
Regulamento.
Os agentes de condução ao avistarem estes sinais, devem fazer uso do sinal
sonoro das unidades motoras, nas condições regulamentares, de forma a
assinalarem a aproximação dos comboios.

Lisboa, 26 de Maio de 1981.

O DIRECTOR DA EXPLORAÇÃO

Francisco Carapinha

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