3519 Afo Ciclo Orcamentario Jose Wesley
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PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
Professor: José Wesley
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CICLO ORÇAMENTÁRIO
PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
Atenção!!
O ciclo orçamentário não pode ser confundido com exercício financeiro, pois o exercício
financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de janeiro e se encerra em
31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei 4.320/1964. Isso é só a
fase da execução do ciclo orçamentário.
Questão
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Em geral é comum estabelecer um prazo teórico de 2 anos para o ciclo orçamentário, sendo o
primeiro ano para elaboração e aprovação, já o segundo ano para execução e
controle/avaliação. Mas lembre-se, esse é um prazo teórico. Em termos práticos não há, de
fato, um prazo bem definido para início e fim de um ciclo orçamentário.
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto não for editada a Lei
Complementar prevista na CF/1988.
Art. 165
§ 9ºCabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
[...]
O Processo orçamentário, visto de modo ampliado, incluindo PPA, LDO e LOA pode ser
considerado como de 8 fases.
O nobre SANCHES afirma em sua obra“O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de
1988: Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993”, que o
ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito fases, quais sejam:
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo Executivo;
Fases
✓Fiscal e
✓Seguridade social.
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ATENÇÃO!!!
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu âmbito, atuando verticalmente no processo
decisório e integrando os produtos gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias.
Sua atuação no processo de elaboração envolve:
Exemplos: cada uma das Universidades Federais, cada um dos Institutos Federais de
Educação, etc.
Logo, cabe às Unidades Orçamentárias a análise e validação das propostas
orçamentárias das unidades administrativas.
SOF: coordenação, diretrizes e consolidações gerais. Todos os órgãos setoriais seguem a SOF e sugerem
alterações a ela. A SOF analisa e valida o que vem de todos os órgãos setoriais.
Unidade Orçamentária (UO): é quem efetivamente recebe a dotação diretamente na LOA. É onde você vê
o crédito consignado. Coordenação, diretrizes e consolidações específicas, ou seja, apenas no seu âmbito
restrito.
Unidade Administrativa (UA): não tem dotação consignada diretamente na LOA. Depende da UO, que
descentraliza o crédito para a UA. Segue as regras gerais da SOF, as intermediárias do Órgão Setorial e as
específicas da UO a que está ligada.
Obs. Importante:
Os órgãos setoriais (“de cima”) analisam, validam e ajustam as propostas das unidades
orçamentárias (“de baixo”).
O QUE É UMA UNIDADE GESTORA?
De acordo com o art. 127 da CF/1988, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional
e administrativa. O § 3.º ressalta que o Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Logo, o Ministério Público também é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Todos os Poderes, de acordo com os critérios e limites estabelecidos pela LDO, elaboram suas
propostas orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o
responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.
O Ministério Público não integra a proposta do Executivo. De acordo com o art. 127 da
CF/1988, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa. No
entanto, da mesma forma que os Poderes, o Ministério Público elaborará sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Ainda, as agências reguladoras não encaminham suas propostas diretamente ao
Congresso Nacional. Seguem as mesmas regras gerais de todas as unidades
orçamentárias.
Até mesmo o Legislativo envia a sua proposta ao Executivo, para que depois ela volte
consolida na forma de Projeto de Lei Orçamentária ao Congresso Nacional.
De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do Poder
Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos.
Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina quea
iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente daRepública:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
(...)
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição.
No entanto, importantes doutrinadores consideram tal competência
exclusiva.
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III, do art. 35 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT):
§ 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar, respectivamente, nas Constituições Estaduais e
nas Leis Orgânicas.
Logo, o Poder Executivo Federal tem o dever de, até 31 de agosto do primeiro ano do mandato presidencial, enviar ao
Congresso Nacional a proposta do
Plano Plurianual.
PRAZOS
PPA:
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12)
LDO:
Encaminhamento ao CN: até 8 meses e 1/2 antes do encerramento do exercício financeiro (15.04).
Devolução para sanção: até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17.07).
LOA:
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12).
Incongruência (PPA E LDO)
A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua proposta
para apreciação do Legislativo:
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou
nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei
de Orçamento vigente.
Atenção: tal previsão está na Lei 4.320/1964 e não na Constituição Federal. Nesse
sentido a CF/88 é omissa.
E se o Poder Executivo enviar a proposta e o Congresso Nacional não
votá-la, como afirma a questão?
Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição
e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo coma CF/1988.
Logo, cabe a uma comissão mista permanente de senadores e deputados, dentre outras atribuições constitucionais, o
exercício do acompanhamento e da fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do
Congresso Nacional e de suas casas.
EMENDAS À LDO