Aula 06 - Luminotécnica
Aula 06 - Luminotécnica
Aula 06 - Luminotécnica
Introdução
A história da invenção da eletricidade é antiga e envolve muitos cientistas que,
ao longo do tempo, contribuíram de alguma forma para as tecnologias que
temos hoje. Para entender melhor as técnicas de iluminação, vamos rever
alguns conceitos fundamentais de luz e cor.
Definir conceitos de grandezas importantes e de considerável relevância para
o estudo da luminotécnica, como luz, cor, intensidade e fluxo luminoso,
iluminância, luminância, eficiência luminosa e espectro de radiações
luminosas.
Descrever o funcionamento e a eficiência de cada um dos tipos de lâmpadas
disponíveis no mercado, bem como das luminárias.
A luminotécnica é o estudo da aplicação da iluminação artificial em ambientes internos
e externos. A história da invenção da lâmpada envolve diversos cientistas, desde
Heinrich Goebel, mecânico alemão; Thomas Alva Edison, inventor americano; Joseph
Wilson Swan, físico e químico britânico; e Carl Auer von Welsbach, químico austríaco.
Até os dias atuais, muitas empresas se dedicaram a pesquisas de lâmpadas mais
eficientes e mais econômicas.
Atualmente, existe uma infinidade de tipos de lâmpadas, cada uma com uma finalidade
específica: iluminação, efeitos especiais, produção de calor, aplicações na área médica,
entre outras.
A escolha correta do tipo de lâmpada a ser utilizada deve considerar alguns fatores
importantes, que serão vistos neste capítulo. É importante, também, que você leia
atentamente a NBR ISO/CIE 8.995-1:2013 – Iluminação de Ambientes de Trabalho –
Parte 1: Interior (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013c).
Conceitos e grandezas fundamentais
Alguns conceitos são de fundamental importância quando falamos de iluminação:
Luz
A luz é a parte do espectro eletromagnético visível ao olho humano. Em outras palavras, é a
parte da radiação eletromagnética situada entre a radiação infravermelha e a radiação
ultravioleta, capaz de produzir sensação visual.
A luz, sendo uma radiação eletromagnética, ou seja, uma forma de energia, se propaga por meio
de diversos tipos de materiais que lhe conferem a cor que for refletida. Nada mais é que uma
forma de energia radiante.
Cor
A cor é determinada pela reflexão de parte do espectro de luz que incide e causa a
sensibilização do olho humano (Figura 10.1). Portanto, a cor pode ser definida como a
sensibilidade que a luz refletida ou absorvida produz em nossos olhos, mais especificamente na
retina, pela sensibilização do nervo óptico.
Temperatura da cor
A temperatura da cor é a medida que define a cor da luz emitida. A
temperatura da cor representa a sua aparência pela luz, quando ela é
emitida por uma fonte de luz.
A unidade de medida da temperatura da cor é o Kelvin (K). Essa medida é
obtida, por padrão, com a relação entre a temperatura de um material
hipotético e padronizado (corpo negro radiador) e a distribuição de
energia da luz emitida com a elevação da temperatura desse corpo negro
padrão, partindo-se da temperatura zero absoluto (0 K, que corresponde
a -273,15º C).
Cada cor possui uma frequência diferente, o que lhe proporciona uma
temperatura específica. Quanto maior a temperatura da cor, mais clara é
a tonalidade de cor da luz. As expressões “luz quente” ou “luz fria” não
estão associadas à temperatura física da lâmpada, mas sim à tonalidade
irradiada pela lâmpada no ambiente.
A Figura 10.2 apresenta as temperaturas de algumas cores.
Intensidade luminosa
A intensidade luminosa é o fluxo luminoso irradiado na direção de um
determinado ponto. Sua unidade de medida é a candela (cd) (Figura 10.3).
Iluminância (E)
A iluminância, também chamada de iluminamento, é a quantidade de luz que uma lâmpada
irradia em função da superfície sobre a qual incide. Sua unidade de medida é lux (lx). A
iluminância pode ser calculada pela fórmula:
Luminância (L)
A luminância é a sensação de claridade que impressiona os olhos, ou seja, é a intensidade
luminosa que reflete de uma superfície e sensibiliza os olhos. Sua unidade de medida
é candela/metro quadrado (cd/m2). Pode ser calculada pela fórmula:
Eficiência luminosa
Este é um dos principais indicadores da luminotécnica, pois fornece o rendimento da conversão
de energia por uma fonte luminosa em luz. Em outras palavras, consiste em medir o quanto de
energia de uma fonte luminosa foi convertida em luz.
Desta forma, uma lâmpada de maior potência poderá ter uma eficiência luminosa menor que
uma lâmpada de menor potência. Veja os exemplos a seguir:
Uma lâmpada incandescente de 150 W e 2500 lm tem eficiência luminosa = 2500/150 = 16
lm/W.
Uma lâmpada fluorescente de 40 W e 2600 lm tem eficiência luminosa = 2600/40 = 65 lm/W.
A eficiência luminosa corresponde à relação entre o fluxo luminoso e a potência consumida pela
lâmpada, e é medida em lúmen/Watt (lm/W).
Índice de reflexão de cores (IRC)
O índice de reflexão de cores (IRC) é a medida correspondente entre a cor real e a aparência da
cor, diante da fonte de luz geradora, de um objeto ou da superfície; ou seja, é uma forma de
medir a percepção da cor pelo cérebro humano.
O IRC está baseado em oito cores padrão, obtidas de diferentes fontes geradoras. Para cada
ambiente, deve-se ter um valor de IRC correspondente à iluminação desejada. Assim, um IRC de
60% pode ser considerado razoável, um de 80% pode ser considerado bom e um de 90% pode
ser considerado excelente. Desta forma, conclui-se que quanto maior o IRC melhor a reprodução
de cores.
Curva de distribuição luminosa
A curva de distribuição luminosa indica, de forma gráfica, como é distribuída a luz de um ponto
luminoso, em um determinado plano e em todas as direções (Figura 10.4). A distribuição
luminosa está relacionada ao tipo de luminária utilizada.