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FÍSICA – NICOLAU t PARTE 1

t TORRES t PENTEADO Impulso e quantidade de movimento


CAPÍTULO 13

LO
P ÍTU
CA

13 IMPULSO E QUANTIDADE
DE MOVIMENTO
FÍSICA – NICOLAU t PARTE 1
t TORRES t PENTEADO Impulso e quantidade de movimento
CAPÍTULO 13

Introdução
Neste capítulo, definiremos duas grandezas fundamentais no estudo do movi-
mento de um corpo: uma caracterizada pela força aplicada ao corpo e pelo inter-
valo de tempo no qual ela atua, e outra caracterizada pela massa do corpo e por
sua velocidade. Essas duas grandezas vetoriais são denominadas, respectivamen-
te, impulso de uma força e quantidade de movimento de um corpo.

JAMES RUSSELL SPORT/ALAMY/GLOW IMAGES


Na colisão com a raquete, a quantidade de
movimento da bola de tênis varia em virtude do
impulso que ela recebe.
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Impulso de uma força constante


O impulso I da força constante F que age no corpo, no intervalo de tempo Dt, é
uma grandeza vetorial definida por:

I 5 F ? Dt

O impulso tem a direção e o sentido da força:

LUIZ RUBIO
I

A unidade da intensidade do impulso no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o


newton por segundo (N ? s).
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Impulso de uma força constante


Se a força que age no corpo tiver intensidade variável e direção constante, a inten-
sidade do impulso deve ser calculada pela área no diagrama F 3 t.
F

N
I5A
A

0 t t
⌬t

A força constante que produz num corpo o mesmo impulso que uma força variável,
no mesmo intervalo de tempo, é chamada de força média (Fm).

F F

ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO


Fm
A1 A2
I 5 Fm ? Dt
0 t t 0 t t
Dt Dt
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Quantidade de movimento
A quantidade de movimento Q de um corpo de massa m, que num certo instante
tem velocidade v , é a grandeza vetorial:

Q 5m? v

A quantidade de movimento Q tem a direção e o sentido da velocidade v .

LUIZ RUBIO
Q

A unidade do módulo da quantidade de movimento, no SI, é quilograma vezes me-


tro por segundo (kg ? m/s).
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Teorema do impulso
Considere uma caixa de massa m deslocando-se em MRU, sobre uma superfície
horizontal e perfeitamente lisa, com velocidade v0 . Aplicando-se à caixa uma
força horizontal F constante, essa caixa adquire, após um intervalo de tempo Dt,
uma velocidade v .
v0 v

ADILSON SECCO
F F

Pelo princípio fundamental da Dinâmica, temos:

v 2 v0
F 5m? a ] F 5m? ] F 5 m ? v 2 m ? v0
Dt
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Teorema do impulso
Como FR ? Dt 5 I F é o impulso da força resultante, m ? v 5 Q é a quantidade de
R

movimento final e m · v0 5 Q0 é a quantidade de movimento inicial, temos:

IR 5 Q 2 Q0

O impulso da força resultante, que age num corpo, num deter-


minado intervalo de tempo, é igual à variação da quantidade
de movimento do corpo no mesmo intervalo de tempo.

O enunciado acima descreve o teorema do impulso.

Embora tenhamos demonstrado o teorema do impulso no caso de uma força resul-


tante constante, numa trajetória retilínea, ele tem validade geral, qualquer que seja
o tipo de movimento.
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Princípio da conservação da quantidade


de movimento
Considere um sistema de partículas. A força que uma partícula exerce sobre outra,
devido à atração gravitacional, à atração ou repulsão elétrica, por exemplo, é cha-
mada de força interna. A força que age numa partícula e é devida a outras partícu-
las que não pertencem ao sistema é chamada de força externa.

A B C
vA vB FBA FAB v’A v’B

LUIZ RUBIO
A B A B A B

Imediatamente Durante a colisão Imediatamente


antes da colisão depois da colisão

As forças internas produzem variações das quantidades de movimento das partícu-


las que constituem o sistema, mas não produzem variações da quantidade de mo-
vimento total do sistema, o que só ocorreria se forças externas, de resultante não
nula, agissem nas partículas do sistema.
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Princípio da conservação da quantidade


de movimento
Quando a resultante das forças externas que agem num sistema de partículas é
nula, dizemos que o sistema é isolado de forças externas. Podemos, assim, enun-
ciar o princípio da conservação da quantidade de movimento.

A quantidade de movimento de um sistema de


partículas isolado de forças externas é constante.

Algebricamente, temos:

Q antes 5 Qdepois
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Choques mecânicos
As colisões entre os corpos são chamadas de choques mecânicos.

Choque frontal ou unidimensional


Quando os centros das esferas se deslocam sobre uma mesma reta, antes e depois
da colisão, dizemos que o choque é frontal ou direto.

Conservação da quantidade de movimento


Nos choques, a quantidade de movimento do sistema de corpos imediatamente
antes da colisão é igual à quantidade de movimento imediatamente depois da
colisão.

A quantidade de movimento do sistema de corpos imediatamente antes da


colisão é igual à quantidade de movimento imediatamente depois da colisão.
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Choques mecânicos
Coeficiente de restituição e
Por definição, é a razão entre a velocidade relativa de afastamento e a velocidade
relativa de aproximação.

velocidade relativa de afastamento vaf


e5 5
velocidade relativa de aproximação vap

O coeficiente de restituição é uma grandeza adimensional, podendo assumir valo-


res entre 0 e 1, dependendo do tipo de choque.
vA vB v’A v’B
A B A B

ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO


vap = vA – vB vaf = v’B – v’A

vA vB v’A v’B
A B A B
vap = vA + vB vaf = v’B + v’A
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Choques mecânicos
Tipos de choques

Choque perfeitamente elástico: e 5 1


Nesse tipo de choque, a velocidade relativa de afastamento é igual à velocidade
relativa de aproximação. No choque perfeitamente elástico, há conservação da
energia cinética, isto é, a energia cinética total do sistema imediatamente antes
do choque é igual à energia cinética total do sistema depois do choque.

Choque perfeitamente inelástico: e 5 0


Nesse tipo de choque, a velocidade relativa de afastamento é nula. Isso significa
que os objetos que colidem permanecem unidos após o choque.
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Choques mecânicos
Tipos de choques

Choque parcialmente elástico: 0 , e , 1


Para os choques perfeitamente inelástico e parcialmente elástico, a energia ci-
nética total do sistema imediatamente antes do choque é maior do que a ener-
gia cinética total do sistema imediatamente depois do choque. Portanto, não há
conservação da energia cinética.

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