Resumo P2 Uro
Resumo P2 Uro
Resumo P2 Uro
Localização –proteçã o pelos arcos costais, por ser alto no retroperitô nio;
Vísceras abdominais anteriores – ajudam a proteger o rim, funcionando como um coxim;
Músculos espinhais posteriores e mediais e músculos lombares posteriores –envoltos por gordura que funciona
como amortecedor;
Fixo pelo pedículo (artéria e veia) e JUP–ajuda a fixar o rim, mas no mecanismo de aceleraçã o e
desaceleraçã o, pode lesionar o rim.
Mecanismo de lesão
Trauma fechado – 80-90% - contusã o renal
Trauma penetrante – 10-20%
Relaçã o com nível e estilo de violência de cada pais.
Trauma fechado é mais comum, mas o que mais lesa o rim é o trauma aberto/penetrante (maior chance de ter
lesão renal significativa.
Se relaçã o com fx de costela, aumenta 3x a chance de ter lesã o renal significativa.
Trauma penetrante
Região axilar anterior – maior chance lesã o em hilo e pedículo
Região axilar posterior – maior chance de lesã o em parênquima
Trauma penetrante pode ser por arma branca ou arma de fogo (projetil de baixa velocidade, como revolver,
ou de alta velocidade, como fuzil).
Balística – orifício de entrada é menor que de saída normalmente. Projeteis com velocidade < 350m/s fazem
apenas 1 onda de lesã o e as de alta velocidade, fazem 2 ondas de lesã o.
1 Contusã o Hematú ria macro ou microscó pica, com estudo de imagem normal
Hematoma Subcapsular, nã o expansível, sem laceraçã o do parênquima.
2 Hematoma Hematoma peri-renal nã o expansível (contido) confinado ao retroperitô neo renal
Hematúria
Paciente com suspeite de trauma renal tem que fazer exame de urina, seja fita ou parcial – primeira urina
coletada do indivíduo.
Presente em 80-94% dos traumas renais, nã o tem correlaçã o com gravidade (se for positiva, nã o significa
que o trauma foi maior).
Exames de entrada na emergência –creatinina (quantifica funçã o renal prévia ao trauma), hemató crito (se
ele está perdendo sangue eu tenho que quantificar, repor, ressuscitar o indivíduo).
Trauma penetrante
Faz lesõ es renais mais significativas – Metade dos casos fazem lesã o grau 3, 4 ou 5
Lesõ es em tó rax, flanco e abdô men – suspeitar de lesã o renal
Paciente hemodinamicamente instá vel com lesõ es nessas regiõ es – fazer avaliação intra-operatória com
exploração renal ou urografia intra-operatória.
Trauma fechado
Adultos
PAS< 90 – fazer TC e estadiar paciente
Hematú ria microscó pica + PAS> 90 – depende do mecanismo do trauma, se for de alta energia, faz TC;
Trauma penetrante, hematú ria macroscó pica ou microscó pica e PA < 90 – avaliar com exame de imagem
Mecanismo de lesã o com alto índice de suspeita –queda de altura (depende da altura da queda), acidente
com veículo em alta velocidade, se indivíduo foi ejetado do veículo, mú ltiplas lesõ es associadas – suspeitar de
lesã o renal, vascular e de vias excretoras – TC contrastada
Crianças
Hipotensão–manifestaçã o tardia de hipovolemia, pois elas têm aumento de catecolaminas como resposta ao
trauma muito mais importante do adulto, e só tem hipotensã o ou algum sinal hemodinâmico apó s perda de
50% do volume sanguíneo.PA não é bom parâmetro para crianças.
Hematú ria > 50 células por campo de grande aumento –avaliar com exame de imagem.
1. Tomografia helicoidal
Fase arterial e venosa – tomografa desde o diafragma até tuberosidade isquiá tica
Imagem tardia – apó s 10min, dos rins até tuberosidade isquiá tica – nã o precisa fazer se na primeira os rins
forem normais e sem líquidos anô malos.
Ajuda a definir lesõ es vasculares, laceraçõ es parenquimatosas, extravasamento do contraste, extensã o do
hematoma, tecido desvitalizado, lesõ es associadas.
Achados sugestivos de lesões maiores
Hematoma medial ao rim – sugere lesõ es vasculares
Extravasamento uriná rio medial – sugere lesã o de pelve renal ou avulsã o de pelve renal
Silêncio renal – nã o houve impregnaçã o de contraste pelo rim
Combinaçã o de dois ou mais dos itens: hematoma > 3,5cm, laceraçã o renal medial, extravasamento de
contraste vascular.
Esses achados aumentam chance de ter que fazer cirurgia ou embolizaçã o em 9x.
Objetivos –ver rim contralateral – maior segurança na hora de abordar rim lesionado.
3. Ultrassom
Operador dependente, rá pido e nã o invasivo, possibilidade de detecçã o de fluido livre na cavidade (FAST),
custo-benefício e portabilidade excelente, mais ú til para seguimento das lesõ es do que propriamente estadiar.
Usa para acompanhar e não estadiar.
5. Arteriografia
Indicações – suspeita de trombose, lesã o de artéria segmentar com plano de intervençã o.
6. Ressonância magnética
Nã o tem vantagens sobre a tomografia.
Indicaçã o apenas se o paciente tiver alergia a contraste.
7. Pielografia retrograda
Indicaçã o – quando TC nã o excluiu lesã o de via excretora ou avulsã o de JUP.
Princípios
Controle da hematú ria – se macroscó pica, indica-se repouso absoluto
Repouso por 30 dias apó s melhora da hematú ria macroscó pica
Controle de dados vitais
Indicação cirúrgica
Absoluta
Hemorragia persistente com risco de vida
Avulsã o do pedículo renal – lesã o grau 5 sem estabilidade
Hematoma retroperitoneal pulsá til nã o contido – clá ssico
Relativa – indicação de intervenção, mas nem sempre de exploração renal
Grande laceraçã o da pélvis renal ou avulsã o da JUP
Lesõ es pancreá ticas ou intestinais pré-existentes comunicando-se com a lesã o
Perda urinaria persistente, urinoma, abscesso perineal com falência de manejo endoscó pico
Urografia intra-operató ria anormal
Segmento parenquimatoso desvitalizado com associaçã o de extravasamento uriná rio
Trombose completa da artéria renal bilateral, rim ú nico ou perfusã o preservada
Lesã o vascular renal apó s falência de manejo angiográ fico
Hipertensã o renovascular
Manejo cirúrgico
Controle vascular precoce reduz taxas de nefrectomia;
Incisã o sempre mediana para ter acesso a toda a cavidade abdominal, abordagem feita pelo retroperitô nio
(manobra de Kocher) com a possibilidade de abordar diretamente os grandes vasos e fazer controle vascular;
Ao acessar lesã o renal – debridar tecidos nã o viá veis, retirar coá gulos, preservar capsula renal, fazer sutura
usando capsula ou outra estrutura para sustentaçã o, ligadura dos vasos arteriais sangrantes, correçã o de lesõ es
do sistema coletor (sutura ancorada e apoiada) e fechamento do parênquima renal (pode usar: cá psula renal,
gordura perirenal, omento pediculado, peritô nio – capacidade linfá tica benéfica –, gel foam).
Para grandes defeitos – usar á cido poliglicolico.
Nefrectomia
Indicação – paciente instá vel com lesã o maior e que nã o tem como reconstruir cirurgicamente
Renovascular:
Isquemia aguda, completa e quente >2h – irreversível
Circulaçã o colateral – capsular, peripielica (pelve renal) e periureteral
Refluxo venoso – mostra que a veia está pérvia, há algum grau de perfusã o no rim ainda
Artéria principal ou ramo
Rim ú nico – esforço maior para preservar funçã o renal
Lesã o uni ou bilateral – maior preocupaçã o na bilateral, tentativa de manter um dos rins.
Lesão arterial renal
Lesão unilateral:
Sem necessidade de laparotomia – se nã o tiver fluxo, observa, se tiver fluxo, faz stent e observa;
Laparotomia:
Está vel com diagnó stico precoce e fluxo arterial – correçã o
Instá vel com lesã o hilar e isquemia prolongada – maior chance de nefrectomia
Futuras perspectivas
Refinar estadiamento
Melhorar indicaçã o de imagem em crianças com trauma fechado
Avaliaçã o do prognostico e de manejo das lesõ es grau V cirú rgico e conservador ou angiográ fico
Melhorar indicaçõ es de seguimento
TRAUMA URETERAL
Agudo – raro, mas quando ocorre maioria é iatrogênico (intra-operató rio) e 20% por trauma violento
externo.
Crô nico – estenose ureteral levando a estenose ou fistula – radiaçã o, ureterolitiase ou instrumentaçã o
uroló gica.
Anatomia –vascularizaçã o do ureter até o cruzamento com a ilíaca (segmento supra-ilíaco) é mais medial, e
apó s é mais lateral. A vascularizaçã o desce por toda parede do ureter, por isso tem risco em histerectomia ou cx
de coló n sigmoide.
Sintomas
Mais da metade é reconhecida no intra-operató rio
Febre, dor em flanco, ná useas e vô mitos
Hidronefrose, urinoma e fistula
Diagnostico – se suspeita no intra-operatório, azul de metileno pode ser injetado na pelve renal e, se
houver lesã o de ureter, vai ocorrer o extravasamento da substâ ncia.
No pós-operatório é diagnosticado por extravasamento ou dilataçã o ureteral (mais comum) – faz
cistoscopia ou pielografia eletiva retrograda para confirmar a dilataçã o.
Trauma violento externo – trauma fechado levando a avulsã o, transecçã o por arma branca ou arma de
fogo.
Cerca de 1% é externo, e quando externo, o mais comum é por arma de fogo. Maior parte se localiza em
ureter superior, pois o inferior é protegido pela pelve.
Diagnóstico intra-operatório – também feito com azul de metileno ou exploraçã o com cateter ureteral
Estadiamento e planejamento
Extensã o da lesã o
Localizaçã o
Estado geral do paciente – está vel ou instá vel (estabiliza primeiro para depois tratar)
Lesõ es associadas
Tratamento
Nefrostomia percutâ nea – agulha no rim, dilataçã o e sonda no rim
Cateter uretral – se nã o tem soluçã o completa de continuidade retrograda
Reconstruçã o ureteral
Ligadura ureteral com nefrostomia percutâ nea em segundo tempo
Evitar nefrostomia aberta
Debridamento para evitar fistula em caso de anastomose (FAF)
Espatulaçã o
Anastomose ou tunelizaçã o na bexiga
Ureter distal
Maioria iatrogênica
Tratamento – reimplante ureteral no terço inferior da bexiga – ureteroneocistostomia. Se ureter curto
para reimplante, faz psoas hitch, em que solta a bexiga do lado contralateral e puxa ela para o lado do psoas,
permitindo que a bexiga se aproxime do ureter.
TRAUMA DE BEXIGA
Maioria por trauma fechado – colisã o – indivíduo que bate o carro com a bexiga cheia, queda de nível.
Acidente de trabalho, trauma durante esportes e outras formas de traumatismo em abdô men inferior.
Trauma penetrante – lesõ es por arma de fogo (mais frequentes que FAB)
Trauma vesical iatrogênico – trauma obstétrico e ginecoló gico é o mais frequente.
Sinais e sintomas
Inespecíficos, geralmente associados a fraturas pélvicas.
Desconforto suprapubico, massa em hipogá strio, retençã o urinaria, incapacidade de urinar (rompimento da
bexiga, nã o tem urina dentro, a urina está no retroperitô nio), hematú ria macroscó pica ocorre em 95% dos
casos.
Renitência suprapubica – irritaçã o que urina ou sangue causa,
Sinais de trauma maior – renitência, íleo adinamico e distensã o abdominal
Exame
Só exclui lesã o quando fizer cistografia durante TC.
Métodocistografia de stress
Faz uretrografia retrograda se suspeita de lesã o uretral
Se uretra pérvia–progride a sonda para dentro da bexiga, faz enchimento vesical com contraste diluído –
determinar integridade do colo vesical para classificaçã o da lesã o.
Fluoroscopia se necessá rio – intensificador de imagem
Nas imagens da rotura intraperitoneal o líquido extravasa contornando o intestino e nas roturas
extraperitoneais há extravasamento lateral.
Tratamento
Contusão vesical – se eu nã o tenho ruptura de parede, o tratamento clá ssico é observaçã o.
Rotura intraperitoneal – correçã o cirú rgica – se for perfuraçã o grande, pois pressã o negativa dentro do
peritô nio dificulta cicatrizaçã o espontâ nea.
Rotura extraperitoneal – lesão única e não complicada (pequena, que nã o envolve orifício ureteral, colo
vesical, sem infecçã o ou lesã o associada) posso fazer tratamento conservadorcom sondagem. Usar ATB
profilático para impedir que isso infecte.
Se o paciente tiver condições, realiza-se cistografia no décimo dia, se não tiver, deixa a sonda por 21
dias.
Quando operar?
Sondagem não promove drenagem adequada
Lesão retal/vaginal concomitantes – risco de contaminaçã o
Lesão colo vesical ou avulsão – lesã o complexa
Plano cirúrgico por outra causa
Laparotomia por outras causas com paciente estável
Quando manter o cateter suprapubico–quando houver previsã o de cateter por longo tempo (TCE ou
imobilizaçã o prolongada) ou correçã o vesical difícil ou incompleta (bexiga que explodiu ou lacerou).
TRAUMA DE URETRA
Anatomia – uretra prostá tica, membranosa, bulbar e peniana;
Separaçã o entre uretra anterior e posterior – esfíncter;
Uretra posterior (membranosa + prostá tica) – em direçã o a bexiga;
Uretra anterior –navicular, peniana, bulbar;
Observar relaçã o anatô mica da pube, esfíncter e pró stata – ligamentos puboprostá ticos
Uretrocistografia – visualiza uretra peniana, bulbar, membranosa, prostá tica e bexiga;
Sinais
Sangue no meato – sinal mais importante, pode aparecer 1h apó s o trauma;
Hematú ria macroscó pica
Equimose perineal, escrotal ou peniana
Retençã o urinaria – lesã o completa
Pró stata nã o palpá vel ou deslocada
Mecanismos
Queda a cavaleiro – principal – lesã o em uretra bulbar
Anterior –peniana por trauma direto;
Rotura nas camadas da regiã o e atingir fá scia de Buck, faz hematoma na bolsa escrotal, se estende para
períneo e abdô men, atinge fá scia de escarpa e fá scia lata (coxa) – lesão em asa de borboleta.
Diagnóstico
Uretrografia – coloca sonda dentro da uretra, insufla balã o para dar resistência, vira paciente em posiçã o
obliqua e injeta contraste para ver uretra peniana, bulbar, membranosa e prostá tica.
Sinais clássicos
Trauma a cavaleiro – uretrorragia
Trauma perineal – equimose em asa de borboleta
Observações
Lesã o clá ssica de uretra posterior é com extravasamento;
Cistostomia faz com US para nã o perfurar bexiga
Lesã o de bacia pode estar associado a esses traumas
Importante:
Toda vez que tenho lesã o de uretra posterior e uma fratura, em média, pela formaçã o do hematoma, a
distâ ncia entre a uretra que está no esfíncter e a uretra que foi deslocada para a pró stata é de 8 cm;
Depois que eu espero um tempo, que reabsorve esse hematoma, ela fica < 2cm.
Tratamento
Uretra anterior
Contusão – expectante
Laceração parcial – cistostomia x realinhamento primá rio – passar sonda e dar ATB
Laceração completa – cistostomia x realinhamento primá rio – geralmente faz cistostomia. Em alguns casos
pode fazer sutura primá ria, em trauma pequeno de baixa intensidade em que o períneo nã o foi muito afetado.
TRAUMA DE PÊNIS
Trauma fechado – fx, avulsã o da pele ou amputaçã o do pênis durante ato sexual
Lesõ es em torniquete sã o comuns (anel no pênis) – tratamento é retirada do torniquete;
Pênis pode ser reimplantado até 16h apó s amputaçã o
Fratura do pênis
Ato sexual, masturbaçã o, rolar na cama, automutilaçã o e fx direta
Tú nica albugínea flá cida tem espessura menor durante ereçã o, por isso mais chance de fraturar;
Se rotura que ultrapassa fá scia de Buck – hematoma perineal e lesã o ureteral associada (som de osso
quebrando).
Clínica
Som de osso quebrado Hematoma
Dor sú bita Curvatura contralateral a lesã o
Detumescência imediata Rotura da tú nica albugínea pode ser palpá vel
Clá ssico – hematoma grande – tto com incisã o penoescrotal, disseca o pênis até embaixo, esvazia hematoma
e sutura a lesã o.
Exames de imagem
Cavernocistografia, ecografia e ressonâ ncia.
Ecografia – mais utilizada, indica á rea de fratura.
RNM – ideal;
Suspeita de lesã o ureteral – ureterocistografia para identificar;
Tratamento
Conservador – hematoma pequeno sem rotura da tú nica
Com rotura da túnica – incisã o subcoronal ou incisã o penoescrotal (geralmente é na base do pênis), sutura
da fá scia de Buck e tú nica albugínea com fio absorvível de vicryl.
Lesão em torniquete –serrar o material com serra de baixa energia
Complicações
Infecçõ es Impotência – raro
Anatomia da uretra
Homem tem dois esfíncteres – interno, formado pelo colo vesical e parte da uretra prostá tica, e o externo,
formado pelos mú sculos do assoalho pélvico e parte da uretra membranosa.
Uretra posterior – membranosa + prostá tica
Uretra anterior – bulbar + peniana
Sã o separadas pelo esfíncter externo ou diafragma urogenital.
Anatomia da próstata – glâ ndula abaixo da bexiga, com peso de 20-30g aproximadamente, cortada pela
uretra prostá tica, que é seguida da uretra membranosa, bulbar e do pênis. Ela é responsá vel pela produçã o de
grande parte do líquido seminal.
Estruturas relacionadas a próstata – utrículo prostá tico, vesículas seminais, ducto ejaculador.
Na bexiga – trígono vesical e colo vesical – ricos em receptores alfa-adrenérgicos, responsá veis pela
contraçã o dessa regiã o (tratamento de HPB usa alfabloqueadores que relaxam a musculatura)
A pró stata é 70% glandular e 30% fibromuscular – causa sintomas tanto por compressã o mecâ nica como
compressã o funcional. Ela tem musculatura lisa que contrai e faz com que o paciente tenha também sintomas
prostá ticos. Participa da ejaculaçã o com liberaçã o de zinco, ácido cítrico, fosfatase ácida prostá tica, antígeno
prostá tico especifico (PSA).
Quanto mais velho o paciente, maior o tamanho dela, tendo probabilidade de ter PSA mais alto.
Embriologia
Zonas principais:
Zona de transição – corresponde a 20% do volume prostá tico. Região fibromuscular que envolve a uretra.
HPB ocorre quase que exclusivamente nessa região.
Zona periférica –corresponde a 70% do volume prostá tico. CaP ocorre quase que exclusivamente nesta
região – paciente tem pouco ou nada de sintoma, por isso nã o pode esperar aparecer sintoma para examinar.
HPB – Hiperplasia fibro-mioadenomatosa da zona de transiçã o que comprime uretra prostá tica dificultando
o fluxo uriná rio. Em homens de 61-72 anos chega a ser 3x mais prevalente do que DM.
Fatores de risco
Idade – maior idade, maior chance de histologia e sintomas;
Função androgênica normal
Raça – negros > brancos > amarelos
Obesidade – câ ncer é mais agressivo em pacientes obesos, mas nã o é causadora de HPB
Genético – incidência familiar
HAS ?? em torno de 70% dos pacientes tem HAS – nã o sabe se tem relaçã o
Fatores ambientais – PODE ter influência do fator dietético
Fatores positivos – á lcool (dose pequena) + atividade física
História natural
Inicia com sintomas de trato uriná rio inferior (LUTS) tanto obstrutivos quanto irritativos – sangramento,
infecçã o urinaria, litíase vesical, insuficiência renal (obstruçã o de ureteres) e retençã o urinaria aguda (com
necessidade de sondagem).
Jato fraco e nicturia – principais sintomas dos pacientes
Fisiopatogenia
A enzima 5alfaredutase transforma testosterona em diidotestosterona que é a forma ativa da testosterona –
nã o sabemos se ela causa HPB, mas é necessá ria para que essa doença aconteça.
Há desequilíbrio da proliferaçã o celular e apoptose – proliferaçã o se sobrepõ e, causando a HPB. Há uma
proliferaçã o do estroma (fibro-muscular) e hiperplasia das glâ ndulas – pode ocorrer dessas duas formas, e os
inibidores da alfa redutase diminuem a parte glandular, assim os pacientes com hiperplasia glandular se
beneficiam com esse remédio.
Sintomas
Obstrutivos (esvaziamento)
Jato uriná rio fraco – mais comum dos obstrutivos
Intermitência Gotejamento terminal Disú ria/dificuldade
Micçã o incompleta Hesitaçã o
Irritativos (armazenamento)
Polaciú ria – mais comum Urgência
Nicturia Disú ria/dor
Diagnóstico
Exames obrigatórios
Histó ria clínica + IPSS Creatinina
Exame físico – toque retal, globo vesical PSA
Urina parcial
Exames recomendados
US
Fluxometria – paciente urina num recipiente e vê-se o fluxo
Resíduo uriná rio – se >100mL é importante – difícil avaliar.
Exames opcionais
Urografia excretora
Urodinâ mica – faz em paciente que tem indicaçã o cx e doença neuroló gica associada
Cistoscopia – paciente que tem hematú ria
Uretrocistografia – usa se suspeita de estenose da uretra
Toque retal
Exame mais importante do exame físico.
Avaliar:
Tamanho – subjetivo
Consistência – mais importante; indica bx se houver nó dulo ou á rea endurecida. Normal é fibroelá stica.
Superfície lisa Simetria
Indolor – nó dulo de câ ncer é doloroso Limites precisos
Se houver impossibilidade do toque retal (amputaçã o do reto), acompanhamento pelo PSA. Se preciso, faz bx
perineal guiado por US.
3. Velocidade
Ideal é nã o aumentar mais que 20-25%/ano ou 0,75ng/dL/ano
PSA livre nã o fica conjugado, fica livre na corrente sanguínea e, quanto maior a relaçã o, maior a chance de
benignidade e quanto maior, maior chance de CaP.
Complicações da HPB
Retençã o urinaria aguda
Infecçã o urinaria de repetiçã o
Hematú ria – pró stata congesta começa a fazer sangramento
Cá lculo vesical Incontinência paradoxal
Falência vesical Insuficiência renal
Tratamento
Objetivos – alivio dos sintomas do trato uriná rio, reduzir obstruçã o, promover esvaziamento vesical,
reverter possível IR pó s-renal, prevenir deterioraçã o vesical, prevenir hematú ria e retençã o urinaria.
Observação
Indicada para pacientes assintomá ticos ou oligossintomá ticos (IPSS< 7)
Repete o que é feito na avaliaçã o inicial.
Avaliaçã o anual com PSA, uriná lise, creatinina e toque retal.
Terapia medicamentosa
Paciente com poucas sintomas mas com IPSS> 8
Alfabloqueadores – mais utilizado. O colo da bexiga e a uretra prostá tica sã o ricas em receptores alfa-
adrenérgicos. Quando dou um bloqueador alfa, faço um relaxamento da musculatura e o paciente urina melhor.
Mais usado é a Tamsulosin.
Benefícios – rá pida melhora dos sintomas – paciente tem alivio dos sintomas em 5-10 dias; reduçã o dos
sintomas irritativos, pequenos efeitos sobre a funçã o sexual, açã o similar entre os alfa-bloqueadores – efeitos
colaterais é fadiga/hipotensã o.
Pode fazer ejaculaçã o retrograda – liquido espermá tico vai para a bexiga, mas isso nã o acarreta nenhum
problema – tem que avisar o paciente.
Fitoterapia
Tratamento cirúrgico
Indicações absolutas – falha na terapia medicamentosa, episó dios recorrentes de retençã o urinaria, retençã o
crô nica com dilataçã o do TUS, ITU de repetiçã o, insuficiência renal, cálculos de bexiga, qualidade de vida ruim.
Ablação prostática por agulha – faz pequenos cortes na pró stata, relaxando-a – nã o faz muito no Brasil, mas
usa em pacientes que nã o podem ficar muito tempo em cirurgias. É temporá rio.
Stents – nã o sã o funcionais;
Green light (ablação a laser) – corta o lobo da pró stata, entra com aparelho chamado morcelador, e tritura o
tecido para conseguir retira-lo – procedimento caro e demorado.
RTU ou Ressecção transuretral da próstata –padrã o-ouro – raspagem da pró stata, assim ela já sai em
pedaços pequenos. Raspa até a cá psula prostá tica ou cirú rgica, com cuidado para nã o ferir a cá psula prostá tica
pois aumenta risco de incontinência.
Usa-se um líquido durante a cirurgia, que corre risco de cair na corrente sanguínea e fazer síndrome pó s-
RTU – hiponatremia por diluiçã o – paciente faz IRA e morre – quando usa o cautério monopolar, usa
Manitol, quando usa o bipolar, instila SF.
Prostatectomia aberta –retira parte da pró stata, pode ser feita por laparoscopia – tira o adenoma da
pró stata.
Cuidar com o veramontana, pois passando esse ponto de referência, lesa-se fibras esfincterianas e o paciente
fica incontinente.
CA DE PRÓSTATA
Anatomia da pró stata – uretra dividida em anterior (peniana e bulbar) e posterior (prostá tica e
membranosa).
Complexo da veia dorsal do pênis passa entre os corpos cavernosos, e abraça a pró stata. Lateralmente a
pró stata, temos o feixe vasculonervoso onde passam os nervos responsá veis pela ereçã o.
Epidemiologia
CA mais comum no homem, só perdendo para o CA de pele;
Segunda causa de morte – só perde para o de pulmã o
Incidência aumenta com a idade – quanto mais idoso aparece o câ ncer, menos agressivo ele é.
Fatores de risco
Idade
Raça negra
Histó ria familiar
Vida ocidental – fatores dietéticos – gordura animal
Genética – homens já nascem com protooncogenes, que determina se ele vai ter CA de pró stata ou nã o –
braço longo do cromossomo 1 é o principal causador do CaP.
Apenas 30% dos pacientes tem sintomas, pois a zona periférica é longe da uretra, entã o precisa que o tumor
cresça muito para ter sintomas.
Patologia
Adenocarcinomaacinar usual – mais comum – cerca de 70-90% aparecem na zona periférica. Pode aparecer
em outro lugar, entã o se a bx vier negativa, e o PSA continuar alto, fazer bx na á rea de transiçã o.
Quadro clínico
Maioria assintomá tico.
Hematú ria – se acometimento da bexiga;
Retençã o urinaria – se obstruçã o do ureter;
Hemospermia – raro
O tumor começa a dar sintomas quando começa a ser localmente avançado – comprime bexiga, e faz outras
alteraçõ es como obstruçã o infravesical (retençã o urinaria, hematú ria). Quanto mais avançado for, aparecem
outros sintomas como dor ó ssea, indicando metá stase ó ssea, anemia por doença neoplá sica avançada, uremia
por IR.
Diagnóstico
Toque
PSA – nã o pode ter tido relaçã o sexual ou toque retal em 48h, andado de bicicleta ou feito qualquer outra
atividade que mobilize a pró stata.
Biopsia – ecotransretal – feita para coleta da bx, deve ser feito com sedaçã o e ATB profilá tico (cipro ou
levofloxacino)
Ressonâ ncia magnética paramétrica – evidencia o tumor, melhor exame – usada para ver tamanho do tumor
ou toque duvidoso com PSA suspeito – pede RNM para ver se tem alguma á rea suspeita de câ ncer e para
direcionar a ecografia para biopsia.
Toque retal
Explicar procedimento e necessidade de ser feito – 30% PSAnormal tem toque alterado.
Volume, consistência (mais importante), superfície, sensibilidade, simetria, limites.
Consistência – alteraçã o de consistência indica bx – se for endurecida ou tiver nó dulo, indica bx
independente do PSA.
É melhor exame para prognostico e acompanhamento do que diagnostico – depois da cx ou quimio, dosa
PSA de novo para ver o sucesso do tratamento.
Ecografia transretal
Indica lesõ es suspeitas, mapeia a extensã o tumoral, mostra se tem invasã o da vesícula seminal (prognostico
ruim), dirige a biopsia para remoçã o dos fragmentos.
Melhor exame é RM.
Indicações de biopsia
Toque retal alterado ou suspeito;
PSA total acima de 10 ou consistência alterada;
Relaçã o PSA livre/PSA total abaixo de 18% (principalmente abaixo de 15);
Preparo da biopsia
O preparo, que é um antibió tico, principalmente quinolona um dia antes e um dia depois da biopsia
Jejum, se estiver usando anticoagulante parar uns 7 dias antes
Sempre bilateral, e numero de fragmentos padrã o é 12, sempre tirar 2 fragmentos de cada á rea
Complicações:
Sepse
Hematú ria e leucocitopenia
Fiz uma biopsia com 12 fragmentos e o PSA continua subindo, irei fazer biopsia com mais fragmentos, com
18, 24.
Estadiamento
Localizada, localmente avançada ou avançada
Exames – mapeamento ó sseo (metá stase ó ssea é a principal), radiografia do esqueleto (se cintilografia, nã o
precisa), RM (padrão ouro), TC abdô men e pelve para ver linfonodomegalia (principalmente na cadeia ilíaca),
linfadenectomia.
T1 – tumor não palpável ao toque, mas com PSA alterado, podendo ter sintomas.
T1C – PSA aumentado
T2 – palpável ao toque retal
T2A - <50% lobo
T2B - >50% lobo
T2C – ambos os lobos
T3 – extra-prostático
T4 – invasão de vísceras
O câ ncer de pró stata, quando de mal prognostico, é uma doença que evolui muito rá pido, tem metá stase
ó ssea, o paciente sente muita dor, o estado geral cai muito.
PET-CT
Avalia metabolismo, acha lesõ es metabolicamente ativas, nã o é exame bom, funciona para alguns tipos de
câ nceres.
Tratamento
Localizado
Prostatectomia radical – retira pró stata e vesícula seminal
Radioterapia externa
Braquiterapia – radioterapia interna – somente para pacientes que estejam com doença bem localizada
e com próstatas não muito grandes (<60g). Pouco invasivo.
Observação – doença de baixo risco, tumor indolente (gleason< 6, PSA< 10, paciente com 2 ou 3
fragmentos positivos nos 12 da biopsia, paciente com expectativa < 10 anos). Faz PSA a cada 3-6 meses,
biopsia novamente em torno de 1 ano a 1 ano e meio. Pacientes acima de 75 anos.
Localmente avançado
RXT + hormonioterapia – bloqueio da testosterona (castraçã o cirú rgica, por orquiectomia bilateral, ou
química, com análogos de RHLH ou antiandró genos). Antes de fazer um aná logo, faz o antiandró geno para
bloquear os receptores e depois de 15 dias faz um aná logo (bimestral, trimestral, semestral ou anual).
RXT externa
Hormonioterapia
Prostatectomia radical – aberta, laparoscó pica ou robó tica
Avançada (metástase)
Não adianta fazer cx, a não ser que tenha metástase única, pois pode desaparecer;
Hormonioterapia paliativa – hipotalâ mica ou hipofisá ria
Aná logos RHLH – faz feedback negativo (libera muito LH e preenche todos os receptores do testículo)
Metá stase na coluna – paciente pode ficar paraplégico. Faz bloqueio anti-andró geno por 15 dias, depois faz
injeçã o de aná logos, podendo ser feita 1x ao ano, a cada 3 ou 6 meses.
Orquiectomia bilateral – mais barato e rá pido, mas com efeito psicoló gico ruim. É uma castraçã o.
Anti-andró genos
Problema é que depois de 18 meses os pacientes tornam-se hormô nio refratá rios e a doença pode voltar a
evoluir.
Indicações de cirurgia
Tumor localizado Condiçõ es clínicas para cx
Localmente avançado Expectativa de vida > 10 anos
Vantagem da cirurgia
Estadiamento mais preciso, vê quanto da pró stata está invadida por tumor
Chance maior de cura, Melhor resultado a longo prazo
Complicações
Estenose da uretra Incontinência urinaria Disfunçã o erétil
Prevenção
Dieta pobre em proteína e gordura de origem animal, rica em proteínas vegetais.
Selênio, zinco, licopeno e vitamina E
Finasterida/Dutasterida – nã o usa como prevençã o
Toque retal anual
Dosagem do PSA
Biopsia – se indicaçã o
TUMOR DE TESTÍCULO E PÊNIS
Anatomia –pênis + bolsa escrotal. Fá scias presentes na genitá lia sã o importantes por impedir que as
infecçõ es se disseminem. Na bolsa escrotal, há 7 camadas. Avaliar pênis e suas estruturas.
Canal inguinal – canal por onde passa cordã o que vai até o testículo. Pode ter testículo retrá til se for
prematuro, pois ele ainda está no canal inguinal, o que ocasiona dor.
Vascularização – varicocele é mais comum do lado esquerdo devido a anastomose perpendicular com a veia
renal, e essa regiã o sofre o peso da gravidade. No lado direito, ela desemboca na veia cava obliquamente, nã o
sendo prejudicada pela gravidade.
Internamente – dentro dos testículos estã o os tú bulos seminíferos, dentro do epidídimo ocorre uma
transformaçã o que faz com que os espermatozoides passem a ser moveis. O conteú do do epidídimo é
encaminhado ao ducto deferente por meio do peristaltismo, já que essas estruturas sã o recobertas por
mú sculos.
TUMOR DE TESTÍCULO
Maioria é de células germinativas (90%) e o restante de células nã o germinativas.
Células germinativas – seminomas (mais comuns) e nã o seminomatosos (mais raros – carcinoma
embrioná rio, teratoma, teratocarcinoma, coriocarcinoma e tumor de saco vitelínico).
Estadiamento
Quando houver diagnostico de tumor maligno, deve-se fazer estadiamento desse – maneira de avaliar o
comportamento do tumor. Quanto maior o nú mero, mais complicado.
Avaliar – linfonodos retroperitoneais, por serem os ó rgã os mais afetados. O segundo mais afetado é o
pulmã o.
Etiologia
Trauma Criptoquirdia Atrofia testicular
Fatores genéticos e hormonais – influencia familiar
História clínica
Aumento de volume
Normalmente nã o apresentam dor
Nó dulo testicular
Massa abdominal – tumores mais avançados
Ginecomastia – nã o seminomatosos que produzem alteraçõ es hormonais.
Gâ nglios – alteraçã o maior, se aparecerem.
Exame físico
Aumento de volume
Consistência
Peso aumentado
Gâ nglios inguinais e supraclaviculares
Exames complementares
US – bom exame para avaliar bolsa testicular
Dosagem de substancias – alfa-fetoproteinas (AFP), gonadotrofina humana (fraçã o beta-HCG),
desidrogenase lá tica (LDH) – se alterados, servem para acompanhamento pós-tratamento, se normais,
não tem muito valor.
TC de abdô men – estadiamento
RX de tó rax – fazer em todos os pacientes pois pulmã o é grande sitio de metá stase.
Diagnóstico
Biopsia por congelação –retirada de uma porçã o do testículo congelada na sala de cirurgia e avaliada – se
houver tumor, retira o testículo definitivamente. Se nã o houver tumor, coloca ele no lugar novamente.
Se nã o tiver como fazer essa biopsia, retira o testículo mesmo que ainda nã o houver diagnostico – mais
seguro.
Traamento
Orquiectomia – básico Quimioterapia
Radioterapia Linfadenectomia
Tratamento de seminomas
Orquiectomia
Quimioterapia – se afetar fígado, retroperitô nio ou pulmã o; pode fazer cx – depende do estadiamento
Linfadenectomia
Pode retirar tudo de gâ nglios retroperitoneais;
Podem perder perda da ejaculaçã o (anaejaculaçã o) o que pode causar infertilidade.
TUMOR DE PÊNIS
Anatomia–pênis recoberto por prepú cio, e que o homem consiga retrair e expor a glande. Em crianças,
avaliar excesso de prepú cio.
Fimose – dificuldade para retrair o prepú cio, principalmente durante ejaculaçã o – correçã o cirú rgica com
postectomia. Principal vantagem é higiênica – nã o tem HPV e melhora da higiene previne CA de pênis.
Fimose – observar micçã o em crianças. Diagnostica se urina ficar retida no prepú cio e sair filiforme,
provavelmente ela vai precisar de cirurgia. Até os 16 anos, pode corrigir sozinha, se nã o resolver, indica
cirurgia.
Parafimose–prepú cio estreito, e tem chance de quando retrair ele nã o voltar – emergência cirú rgica.
Hialuronidase – injeta no pênis para diminuir edema e prevenir cirurgia.
Doença de Peyronie
Placas de origem desconhecida no pênis, trazendo uma deformaçã o e o paciente nã o consegue ter relaçã o
sexual. Tratamento é por cirurgia plá stica – retira placas e compensa pênis.
Balanite
Comum em homens que tem prepú cio grande, por falta de higiene ou DM. Paciente diabético faz balanite de
repetiçã o, chegando a um ponto em que nã o consegue mais expor a glande, fazendo fimose infecciosa – trata
DM e faz postectomia.
Etiologia
Condiçõ es socioeconô micas Higiene local precá ria
Pacientes nã o circuncisados Partículas virais
Patologia
Carcinoma epidermoide Carcinoma verrugoso
Melanomas Carcinoma de células basais
Metástases penianas
Eritroplasia de Queyrat
Doença de Bowen
Lesõ es penianas crô nicas que nã o melhoram têm chance de ser algum tipo de tumor
História clínica
Crescimento vegetante Dor
Ú lcera Secreçã o purulenta
Sangramento
Diagnóstico
Biopsia da lesã o** - maioria é da glande
Avaliaçã o da regiã o inguinal – gâ nglios acometidos em tumores avançados
US
TC de abdô men
RM – nã o faz em todo mundo por ser caro
CÂNCER RENAL
Epidemiologia
Represente de 2-3% das neoplasias do adulto
É o3
º dos tumores genitouriná rios
Mais comum em homens 50-60 anos
É a decima causa de morte por câ ncer em homens
Incidência
Aumento da incidência pela disseminaçã o do uso do US.
Maioria das vezes é achado de maneira ocasional
Fatores de risco
Tabagismo
Obesidade – pior nas mulheres
HAS – maior risco para os que possuem HAS e tratam
Doença renal cística adquirida – pode levar paciente a IR e dialise. Normalmente tem tumor menos agressivo
Histó ria familiar – parente de primeiro grau aumenta 2x o risco
Fatores genéticos – relaçã o com gene HIF2alfa, mutação do gene VHl (Von HIppelLindau)
Carcinoma de células renais é o mais comum e pode estar associado a diversas síndromes genéticas,
como o Von HippelLindau e Esclerose Tuberosa.
Classificação
Maioria – tumor de células epiteliais do parênquima renal com origem nos tú bulos, sendo em maior parte o
carcinoma de células renais.
Subtipo histoló gico mais comum é o células claras (70%), papilar (10%), cromó fobo (5%), ducto coletor de
Bellini (<1%), medular (<1%).
Tumores uroteliais – tumores de via excretora
Tumor de Wilms – tumor de crianças
Células claras
Maioria tem associaçã o com deleçã o do braço curto
Tumores corticais ú nicos
Multicêntrico > bilateral
Hipervascular
Pior prognostico
Resposta melhor a terapia sistêmica
Fuhrman – quanto menor, melhor prognostico – 1-86% sobrevida em 5 anos, 4-31% de sobrevida em 5
anos.
Variaçã o sarcomatoide – grande agressividade com pior sobrevida. Tumores maiores e mais infiltrativos,
mais sintomá ticos, causam metá stases.
Carcinoma papilar
10% dos CCR
Menos agressivos, podem ser bilaterais e multifocal
Circunscritos, areas hemorrá gicas e degeneraçã o cística
Hipovascukar
Do ponto de vista histoló gico – tipo 1 é melhor do que o 2.
Cromófobo – 5%
Bem delimitado e solitá rio
Menos agressivo e melhor prognostico
Metá stase rara
Não classificáveis
Tumores de alto grau – padrã o histoló gico diversos
Sarcomatoide
Agressivos e infiltrativos
Metá stases
Quadro clínico
Assintomá ticos na maioria das vezes, achados de maneira ocasional.
Sintomas sã o tardios – hematú ria, massa palpá vel, dor lombar/flanco – tríade clá ssica, mas incomum (<10%
dos casos)
Sintomas sistêmicos – emagrecimento, febre, hipertensã o, varicocele
Varicocele apenas a direita é sinal extremamente importante, pois pode ter compressão da veia cava ou um
trobo dentro da VCI, obstruindo o retorno venoso – homens com varicocele direita devem ser investigados
para tumor.
Síndromes paraneoplá sicas – hipertensã o, anemia, disfunçã o hepá tica, caquexia
Alterações laboratoriais–hipercalcemia (Ca>10), Hb< 10, trombocitose, FA elevada, VHS e PCR aumentados –
todas essas alterações são fatores prognósticos ruins.
Diagnóstico
Radiologia – pouco utilizado. Só demonstra se massa muito grande (efeito massa)
US – mais utilizado, bom para cistos simples e nó dulos só lidos. Cistos simples ao US com paredes lisas e
finas, e conteú do anecó ico – benigno. Nã o é utilizada para cistos complexos. Sempre pedir TC junto.
Urografia excretora – pouco utilizada. Só aparece se tumor comprimir via excretora.
Tomografia computadorizada contrastada –exame de escolha. Diferencia se é só lido ou cístico. Detecta
tamanho, localização, invasão de via excretora, invasão de vasos renais, relação com outros órgãos,
metástases hepáticas, linfonodomegalia.
Serve para dx, definir tto, estadiamento e programaçã o cirú rgica. Serve para cistos complexos e dá
classificação de Bosniak.
Realce > 15 – maligno
Se < 20UH – fase pré.
Ressonância magnética – bom para pacientes que nã o pode usar contraste iodado (IRC, alergia ou alteraçõ es
da funçã o renal). Lesõ es císticas < 2cm, método alternativo para rim ú nico, necessidade de exames seriados,
trombo VCI.
Classificação de Bosniak
I e II – cistos simples – nã o tem chance de malignizar, nã o precisa operar, a nã o ser que cresça muito e
comece a dar sintomas (teria que ser um cisto parapielico, em torno da pelve renal, e nesse caso resolve-se com
laparoscopia, esvaziando o cisto)
IIF – reavaliação a cada 6 meses a 1 ano (f é follow-up) – precisa de acompanhamento. Tem
características que podem evoluir para malignizaçã o.
III e IV – tratamento cirúrgico
III – 40-60% de chance de malignizaçã o
IV – 90% de chance de malignizaçã o
Tomografia computadorizada
Serve para diagnó stico, tratamento e até programaçã o cirú rgica.
Bom para ver cisto e ó rgã o, mas as vezes nã o consegue mostrar e afirmar com certeza os alguns cistos
complexos.
Cisto simples – paredes lisas e finas, conteú do hipoecoico, sem calcificaçã o. Quando tem doença policística
com esse tipo de cisto, nem precisa acompanhar.
40% dos CCR apresentam á rea cística, mas como tem muito mais á rea solida, o diagnó stico é difícil de fazer.
Avalia se a parede é fina, se tem septo e se são múltiplos, calcificação e densidade.
Ver se tem gordura dentro dele – angiomiolipoma – tumor benigno que só opera se >4cm, se <4cm
faz exame 1x ao ano.
Estadiamento pré-operatório
TC e RM – para ver se tem invasã o de outros ó rgã os, veia renal ou cava;
RX de tó rax – se suspeitar de doença mais invasiva, faz TC também
Cintilografia ó ssea – se dor ó ssea ou FA elevada
RM ou TC de crâ nio – suspeita de metá stase cerebral ou sintomas neuroló gicos
Estado de performance
0 – assintomático
1 – sintomático
2 – sintomático, acamado < 50% do dia
3 – sintomático, acamado > 50% do dia
4 – acamado, pode necessitar internação
5- óbito
Sã o classificaçõ es utilizadas para vá rias neoplasias, tanto para ver performance status do paciente, estado
geral e prognostico.
Tratamento cirúrgico
Tumor de parede renal nã o responde a radioterapia nem quimioterapia, grande chance de cura está no
tratamento cirú rgico:
Nefrectomia radical (padrão) –retirada de todo o rim, cá psula renal, gordura peri-renal, fá scia de Gerota e
glâ ndula suprarrenal
Nefrectomia parcial (padrão) – quando se tenta preservar o má ximo de tecido renal funcionante. Faz em
tumores até 7cm.
Ablação por agulha (opção) – só funciona para tumores pequenos de até 3cm – crioterapia (mata tumor por
necrose) e radiofrequência.
Com o auxílio da TC, punciona o tumor e manda para bió psia – nã o pode estar muito perto de vasos e ureter
pois pode fazer fistula ou sangramento.
Nefrectomia radical
Tumores > 7cm
Linfanedectomia regional – só faz se doença avançada, mas geralmente nã o faz.
Evitar em – tumores sincrô nicos (bilateral), rim ú nico (evitar dialise), CCR familiar, IRC, síndrome Von
Hippel-Lindau, HAS, DM severa (as duas ú ltimas pois sã o doenças nefrotó xicas).
Pode ser por via laparoscó pica ou aberta – resultados oncoló gicos iguais, margens e mortalidade.
Laparoscó pica – diminui nú mero de complicaçõ es; só faz aberta em tumores grandes ou aderidos.
Nefrectomia parcial
Sobrevida é igual da radical
Reduz DCV e IR quando comparada a radical
Mais comuns
Sífilis, gonorreia, Chlamydia, Trichomoniasis – curá veis
HPV, herpes, HIV, hepatite B – nã o curá veis
Epidemiologia
Doença mais prevalente é HPV
Das doenças transmissíveis bacterianas – Chlamydia é a mais frequente
Sequência – herpes vírus tipo II, tricomoniase
Estratégias
Prevençã o, diagnó stico e tratamento precoce.
Prevenção
Abstençã o de atividade sexual, reduçã o do nú mero de parceiros (promiscuidade - >2 parceiros/ano), uso de
preservativos de maneira correta e consistente.
Lubrificantes – quando usa com preservativo, tem que ser a base de á gua ou glicerina, pois os outros
reduzem resistência do preservativo, facilitando ruptura.
Espermicida contendo nonoxinol-9 – leva a ruptura do epitélio, aumentando risco de contraçã o de HIV.
Recomendações do CDC
Todos os adultos devem ser testados para HIV uma vez na vida
Chlamydia – Mulheres sexualmente ativas >=25 anos e < 25 anos se tiverem mú ltiplos parceiros;
Gonorreia – mulheres sexualmente ativas promiscuas, parceiro novo ou mú ltiplos parceiros, em á reas de
maior incidência;
Sífilis, HIV, Chlamydia, hepatite B – gestantes
Tricomonas – teste anual em mulheres com HIV
Screening a cada 3-6 meses para sífilis, chlamydia gonorreia e HIV – homossexuais com mú ltiplos
parceiros ou com parceiros anô nimos. Se for usuá rio de drogas ilícitas, intervalos menores.
Tipos de apresentação
Úlceras genitais
Tem que fazer teste diagnostico, nã o adianta só olhar
Linfonodos nã o ajudam para acurá cia diagnostica – ver se é doloroso, ulceraçã o, características
inflamató rias
Pacientes podem ter mais de uma DST concomitante – cancro pode ser herpes ou sífilis associadas
Ú lceras sã o mais comuns em – HSV, sífilis, cancroide e linfogranulomavenereo.
Manifestação clínica
Ulceras dolorosas em genitá lias e anus
Linfoadenopatia inguinal dolorosa bilateral
Eritema com vesículas – ulceras (segunda fase)
Deixa cicatriz ao ir embora
Primo-infecçã o – sintomas constitucionais como febre, mal-estar, mialgia, radiculomielopatia sacral
associada a infecçã o primá ria anal – pode levar a lesõ es uretrais e retençã o urinaria transitó ria em mulher.
Episó dios recorrentes sã o menos severos
3 fases:
Prodromo–24h antes – prurido, parestesia, dor em trajeto neuronal
Fase clínica ativa – lesõ es ulceradas autolimitadas
Fase reparadora – cicatriz
Em mulheres a lesã o ulcerada clá ssica é pouco frequente, sendo mais comum lesõ es atípicas – abrasã o,
fissuras e irritaçã o.
Diagnóstico
Cultura viral – raramente se faz
Anticorpos tipo especifico – IgG e IgM, IDENTIFICA HSV G1 ou G2.
Tratamento
Primoinfeccao: 400mg de 8/8h por 7-10 dias ou 200mg 5x/dia por 7-10 dias. Nã o precisa acordar o
paciente de madrugada, faz tratamento 5 vezes AO DIA, foi dormir esquece.
Recorrência:400mg de 8/8h por 5 dias ou 800mg de 8/8h por 2 dias ou 800mg de 12/12h por 5 dias
Terapia supressiva 400mg 12/12h. quando tem MUITA recorrência e nã o aguenta mais. CUSTA CARO! Esse
de 1g de 12/12 custa até 400 reais.
OS INFECTOLOGISTAS ACHAM QUE O VALACICLOVIR TEM MAIS EFICÁ CIA, MAS QUESTIONÁ VEL.
Medicamento Primoinfecção Recorrência Terapia
Supressiva
Aciclovir 400mg de 8/8h por 400mg de 8/8h por 5 dias ou 800mg de 400mg de
(200mg) 7-10 dias ou 200mg 8/8h por 2 dias ou 800mg de 12/12h por 12/12h
5x/dia por 7-10 dias 5 dias
Fanciclovir 250mg de 2/12h por 125mg de 12/12h por 5 dias ou 250mg de
(125mg ou 7-10 dias 1000mg de 12/12h por 1 dia ou 500mg de 12/12h
250mg) dose inicial + 250mg de 12/12h por 2 dias
Valaciclovir 1g de 12/12 h por 7- 500mg de 12/12h por 3 dias ou 1g 500mg 1x/dia
(500mg ou 10 dias 1x/dia por 5 dias ou 1g 1x/dia
1000mg)
Morbidades
Evitar parto normal – pode transmitir ao concepto pelo canal do parto se lesõ es ativas
Encefalite herpética – cefaleia, alteraçõ es psiquiá tricas, convulsõ es, vô mitos, paresia e alteraçã o de memó ria
Conjuntivite herpética – auto-inoculaçã o
Outras transiçõ es cutâ neo mucosas – pênis, vagina, boca, nariz
Clínica
Lesõ es dolorosas, mú ltiplas, muita secreçã o
Base friá vel coberta por exsudato purulento cinza ou amarelado
Borda irregular talhadas a pique – sífilis é redondo
Base mole
Pode estender-se lateralmente – altamente contaminante
Linfodenite inguinal – bubã o – aumento de volume, dolorosa, unilateral com tendência e supuraçã o e
fistulizaçã o
Diagnóstico
Cultura, bacterioscopia de material obtido do bordo da lesã o para S. gram- , curto e fino organizado em
cadeias curtas e paralelas.
PCR
Tratamento
Dose ú nica de azitromicina 1g VO ou ceftriaxona 250mg IM
Apresentação clínica
Primária
Lesã o ulcerada ú nica que aparece apó s 3 semanas e persiste por 4-6 semanas, desaparece espontaneamente
Ú lcera nã o supura
Ulceraçã o superficial de fundo liso e cor vermelha escura
Indolor
Base da lesã o endurecida – cartilagem
Homem – localizada na glande, prepú cio e perianal
Mulher – á rea labial e perianal
Linfonodo – adenite monoganglionar (mais frequente), inguinal ou regional, indolor, gâ nglio mó vel, elá stico,
sem sinais flogisticos
Secundária
Apó s 4-10 semanas do aparecimento da ú lcera
Mucocutâ nea
Rash cutâ neo maculopapular – diferencia de doenças infecciosas e alergia
Troncos e membros
Linfoadenopatia generalizada
Lesõ es cutâ neo-mucosas (roséolas, pá pulas plantares, alopecia, placas mucosas) e condiloma plano (pá pulas
hipertró ficas em dobras e regiã o de atrito).
Rashpapular apó s vá rias semanas
Endarterite – pode torna-se necró tico e pustular
Estende-se para regiõ es palmar e plantar
Alopecia
Manifestaçõ es sistêmicas –hepatite, glomerulonefrites induzida por imunocomplexos e esplenomegalia
Terciaria
1/3 dos pacientes nã o tratados vã o desenvolver a forma terciaria
Doença sistêmica – pode envolver qualquer ó rgã o – CV, esqueleto, SNC (meningite, neurite ó ptica, paresia
generalizada)
Goma sifilítica – linfedema
Latente
Soropositividade sem evidencia clínica da doença
Precoce – adquirida no ú ltimo ano
Tardia – todas as outras e tempo indeterminado.
Diferença na hora de tratar
Diagnóstico
Treponema em campo escuro da lesã o primá ria ou secundá ria
Anticorpo de imunofluorescência direta
Pesquisa direta do agente – alta especificidade, precisa de pessoa treinada. Observaçã o de espiroqueta a
fresco.
Testes sorológicos
Treponemicos (qualitativo) – diagnóstico –precoce, persiste por vá rios anos. FTA-Abs, ELISA-QUIMIOL e
TPHA.
Teste de hemaglutinação–apó s 3-4 semanas
FTA-Abs – imunofluorescência indireta
ELISA – ensaio imunoenzimá tico, detecta IgG e IgM
Causas de testes falso positivos – doenças autoimunes, DCV, doenças dermatoló gicas, abuso de drogas,
gravidez, malá ria, sulfato de glucosamina/condroitia, doença de Lyme, imunizaçã o recente, outras DSTs.
Nã o treponemicos (qualitativo e quantitativo) –monitoramento e evoluçã o da doença. Produçã o de AC nã o
específicos que reagem com a cardiolipina. VDRL (micro) e RPR (macro).
Atividade da doençae se tornam negativos apó s 1 ano de tratamento.
Elevaçã o de 4x apó s tratamento – terapia ineficaz ou reinfecçã o
Reduçã o de 4x apó s tratamento – terapia eficaz
VDRL – se carga muito alta, pode dar falso negativo. Faz reaçã o falso-positiva e cruzada com TB, hepatite,
endocardite bacteriana, malá ria, hanseníase, sarampo, varicela, filariose e lú pus.
Tratamento
Penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM
Reaçã o de Jarisch-Herxheimer – cefaleia, mialgia, febre, taquicardia, taquipneia, ná useas e vô mitos apó s 24h
do tto.
Pode causar parto prematuro
Sífilis latente ou terciaria sem neurosifilis – Penicilina G benzatina 1x/semana por 3 semanas. Se alérgico,
doxicilina ou tetraciclina
Tratamento x seguimento
6-12 meses
HIV positivo: 3,6,9,12,24 meses- chance do tratamento nã o ser eficaz
Taxa de falência de tratamento de 4-21%
Se falência: punçã o liquó rica
Se neurosífilis: punçã o liquó rica em 3 e 6 meses até resultado normal
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Lesã o venérea ulcerada genital
Agente etioló gico – Chlamydiatrachomatis tipos L1, L2 e L3
Período de incubaçã o – 3-30 dias
Fase primária
Pênis, anus e á rea vulvovaginal – lesã o ú nica e indolor
Fase secundária
Adenopatia inguinal unilateral dolorosa supurativa + sintomas constitucionais – apó s 4-6 sem cicatrizaçã o
da ú lcera.
Fase terciaria
Lesã o tecidual significante do processo inflamató rio e da cicatrizaçã o
Fenestraçã o labial, destruiçã o uretral, fistula anorretal, elefantíase do pênis, escroto e grandes lá bios.
Diagnóstico clínico
Cultura positiva em até metade dos casos
Imunofluorescência indireta
Fixaçã o de complemento > 64 – diagnóstico
Tratamento
Por 3 semanas – mais tempo que para uretrite
Doxiciclina
Eritromicina
Parceiros devem ser testados para lesã o uretral e cervical e devem ser tratados
Diagnóstico
Coloraçã o de Giemsa Corpú sculos de Donovan
Células mononucleares com cistos citoplasmá ticos com corpú sculos gram negativos
Tratamento
Doxicilina 100mg de 12/12 horas por 3 semanas
Azitromicina 1 g por semana por 3 semanas
Ciprofloxacina 750 mg por 12/12 hrs por 3 semanas
Eritromicina 500 mg de 6/6 hrs por 3 semanas
URETRITE
Secreçã o uretral e sintomas irritativos uriná rios
Principais agentes – Chlamydiatrachomatis, Neisseria gonorreia, Trichomonasvaginalis
CLAMÍDIA
Infecçã o bacteriana venérea mais comum do mundo
Incubaçã o – 7-21 dias
Transmissibilidade elevada > 50% em um contato
Sorotipos virulentos – D, E, F, G, H, I, J, K
Maioria assintomá ticos
Metade pode apresentar sintomas irritativos uriná rios – disurisa, polaciú ria, nicturia – uretrite e prostatite
Causa mais comum de epididimite em jovem é a clamídia – secreçã o em clara de ovo
Clínica
Mulheres – 75% assintomá ticas
Mulheres nã o tratadas – 40% desenvolvem DIP – consequências: DIP recorrente, dor pélvica, infertilidade.
Pode ser transmitida para RN pela contaminaçã o da cervix uterina – ocular, respirató ria, urogenital, infecçã o
retal.
Secreçã o mucoide
Diagnóstico
Examinar – raspado uretral, secreçã o endocervical
Testes – imunofluorescência direta (positivo em 50-75%), cultura da secreçã o, NAAT na secreçã o ou urina
(EUA)
Nã o pode ser usado para secreçã o oral ou retal
PCR na urina sensível e especifico
Tratamento
Doxicilina 100mg VO de 12/12g por 7 dias
Azitromicina 1g Vo em dose ú nica (gestaçã o) (Professor diz que ele nã o usa porque tem visto recorrencia
nos casos dele quando tratado com azitromicina)
Alternativas
Eritromicina 500mg 6/6g por 7-10 dias
Ofloxacina 300mg 12/12h por 7 dias,nã o mais disponível no Brasil
Abstinência sexual por 7 dias
Tratar parceiros sempre!
BLENORRAGIA
Agente diplococousgram negativo intracelular – N. gonorrhoeae
Incubaçã o – 3-14 dias
Risco de contaminaçã o 10% homens, 40% mulheres
Maioria assintomá ticos
Sintomas em homens
Irritativos uriná rios – uretrite e prostatite
Dor testicular – epididmite
Secreçã o uretalmucopurulenta e abundante – na chlamydia é mucoide
Pode fazer proctite
Associaçã o frequente com Chlamydia – quando tem secreçã o uretral, tratamos as duas no tto empírico.
Sintomas em mulheres
Frequentemente assintomá ticas
Sintomas irritativos uriná rios – uretrite
Dor pélvica e dispaurenia
Secreçã o endocervical – mucopurulenta
Proctite
DIP
Manifestaçã o sistêmica é rara – artrite, dermatite, endocardite, meningite, conjuntivite
Pode fazer uma perihepatite: síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: dor em hipocô ndrio direto; inflamaçã o de
peritô nio em relaçã o ao fígado, formando cordas de violino
*transmissã o feto – pode cegar
Diagnóstico
Raspado uretral, vaginal ou endocervical
Bacterioscopia – diplococos gram negativos intracelular – células com aspecto reniforme
Tratamento
Ceftriaxona – dose ú nica 250mg IM
Alternativas
Ceftizoxime 500mg IM
Cefoxitina 2g IM com probenicida 1g oral
Cefotaxime 500mg IM
Alérgico à cefalosporina: Espectinomicina 2g IM (gestaçã o)
Quinolonas nã o sã o recomendadas para tratamento do gonococo por resistência
Frequente associação com Chlamydiatrachomatis
Doxicilina 100mg VO de 12/12 horas por 7 dias
zitromicina 1g VO dose ú nica
*exemplo de caso: Se chega um paciente no posto de saú de com secreçã o uretral, o que você prescreve?
Ceftriaxona 250 mg IM dose ú nica e Doxaciclina 100 mg VO de 12/12h, pensando na associaçã o de clamídia,
por 7 dias e pede o exame, ou seja, já começa a tratar.
TRICHOMONIASE
Protozoá rio flagelado – tricomonas
Acometimento – vagina, uretra, glâ ndula de bartolin, bolhosa
Odor desagradá vel, prurido, eritema (vulva em morango), dispareuina, desconforto suprapú bico, urgência
miccional
Gestante – parto prematuro
Diagnóstico
Raspado uretral, secreçã o vaginal ou endocervical
Exame a fresco – protozoá rios moveis
Tratamento
Dose única
Tinidazol 2g VO (4 comprimidos de 500mg)
Metronidazol 2g VO (gestante)
Secnidazol 2g VO (2 comprimidos de 1g)
Se falência:metronidazol 500mg VO de 12/12h por 7 dias
*Fazer abstinência de álcool por 24h para Metronidazol e 72h para Tinidazol (pode ocorrer Efeito Antabuse:
vasodilataçã o, queda PA, taquicardia e cefaleia) Entã o, quando for tomar derivdo de nidazó lico, deve-se evitar
o á lcool.
Diagnostico
Visualizaçã o ou palpaçã o de lesã o genital papilomatosa, indolor, sem prurido
Á cido acético Coilocitose – achado indireto
Penoscopia Uretrocistoscopia – lesã o em meato uretral
Bx das lesõ es Alto índice de recorrência
Tratamento
Depende do tamanho da lesã o, nú mero e localizaçã o (uretra faz ttocx)
Tópico aplicado pelo paciente
Podofilox, Imiquimod, Sinecatequina, Podofilina em ó leo mineral
Tópicos aplicados pelo médico
Á cido tricloroacético, cauterizaçã o em CC, crioterapie com N líquido, eltrocauterizaçã o, laserterapia, laser de
CO2, excisã o cirú rgica (á reas extensas, lesõ es grandes).
Prevenção
Quadrivalente (Gargasil): HPV 6,11,16,18
Protege contra lesõ es pré cancerosas da vulva, vagina e colo de ú tero e condiloma
Indicado para homens e mulheres
Vacina bivalente (cervarix): HPV 16 e 18
Indicado para mulheres (FDA)
Confere imunizaçã o por mais de 5 anos
Indicaçã o: Antes do início da atividade sexual para meninas de 11-12 anos; homens dos 9-26 anos para
prevenir verrugas (Gardasil)
*Aplicaçã o: inicial, 60 dias, 180 dias
* Aplicaçã o (ministério da saú de): 3 doses inicial, 6 meses e 5 anos (60 meses depois)
MOLUSCO CONTAGIOSO
Vírus molluscumcontagiosum – DNA vírus da família porxviridae
Incubaçã o – 14-50 dias
Transmissã o – contato de pele, fomites, auto-inoculaçã o
Crianças podem ser contaminadas sem contato sexual – lesõ es em face, pescoço, tó rax, dorso, extremidade,
á rea genital (por auto-inoculaçã o)
Adolescentes e adultos – transmissã o via sexual, lesão cutânea, infecta primariamente epitélio escamoso,
pá pula redonda, maciça (2-5mm) com umbilicaçã o central, halo hiperemiado ou hipopigmentaçã o em base.
Assintomá tica – pode associar-se com prurido e eczema