NBR 7200 1998

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AGO 1998 NBR 7200


Execução de revestimento de paredes
e tetos de argamassas inorgânicas -
ABNT-Associação
Brasileira de
Procedimento
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 220-1762/220-6436
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Origem: Projeto NBR 7200:1997


CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:102.17 - Comissão de Estudo de Argamasssa de Assentamento e
Revestimento
NBR 7200 - Render made of inorganic mortars applied on walls and ceilings -
Procedure for application
Descriptors: Render. Mortar
Copyright © 1998,
ABNT–Associação Brasileira Esta Norma substitui a NBR 7200:1982
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.09.1998
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Revestimento. Argamassa 13 páginas

Sumário Esta Norma substitui o texto anterior da NBR 7200:1982.


Prefácio As modificações relevantes introduzidas nesta Norma,
Introdução quando comparada com a anterior, dizem respeito à re-
1 Objetivo visão dos itens referentes à execução do revestimento,
2 Referências normativas ampliando-os de forma a abranger todas as suas etapas:
3 Definições programação do serviço, armazenamento dos materiais,
4 Especificações de projeto e programa de execução produção da argamassa, preparação da base, aplicação
5 Etapas da argamassa e acabamento do revestimento.
6 Armazenamento dos materiais
7 Produção da argamassa Esta Norma inclui os anexos A e B, de caráter informativo.
8 Preparação da base de revestimento
9 Aplicação da argamassa de revestimento Introdução
10Acabamento da superfície
11Detalhes construtivos A etapa de execução do revestimento é a principal res-
ANEXOS ponsável por fenômenos patológicos observados pos-
A Esquema do acompanhamento do serviço de reves- teriormente. O que se procura nesta Norma é um entrosa-
timento de argamassa mento entre projetistas e construtores no controle da
B Modelos de planilhas para acompanhamento do ser- qualidade na construção.
viço de revestimento de argamassa
Esta Norma tem como ponto de partida as especificações
Prefácio de projeto constantes no caderno de encargos, resultantes
da necessidade da programação da execução, a fim de
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é evitar as possíveis improvisações durante o serviço, com
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Bra- comprometimento da qualidade do revestimento.
sileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Co-
mitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização O fluxograma proposto indica as diferentes etapas da
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo execução para as quais devem existir planilhas de re-
(CE), formadas por representantes dos setores envol- gistro de dados e decisões, que complementam o relatório
vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e de serviço, por meio das quais a inspeção é extremamente
neutros (universidades, laboratórios e outros). facilitada, assim como a identificação de possíveis causas
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito de falhas observadas. Este acompanhamento constante
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os possibilita a montagem de banco de dados sobre a prática
associados da ABNT e demais interessados. adotada em cada construtora e orienta a adoção de es-
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tratégias de melhoria da qualidade, seja na etapa de 3 Definições


projeto (seleção do revestimento e detalhes construtivos),
na seleção de materiais, no treinamento de pessoal ou Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições
na orientação da inspeção. Além disso, esta Norma in- da NBR 13529 e as seguintes:
tegra os responsáveis pelo projeto, execução e inspeção
3.1 argamassa inorgânica1): Mistura homogênea de
do serviço de revestimento.
agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e
água, contendo ou não aditivos ou adições, com pro-
1 Objetivo
priedades de aderência e endurecimento.
Esta Norma fixa o procedimento de execução de reves- 3.2 maturação: Repouso da pasta de cal ou da ar-
timento de paredes e tetos, quanto às seguintes etapas: gamassa de cal, no estado fresco, previamente à adição
de outros constituintes e à aplicação.
a) preparo e aplicação dos diversos tipos de arga-
massas inorgânicas; 3.3 pasta de cal: Mistura ou suspensão de água com
20% a 30% de cal.
b) preparo da base de revestimento;
3.4 traço: Expressão da proporção entre constituintes
c) acondicionamento das argamassas; da argamassa, geralmente referida ao aglomerante prin-
cipal.
d) cuidados de aplicação.
4 Especificações de projeto e programa de
2 Referências normativas execução
As normas relacionadas a seguir contêm disposições 4.1 Na elaboração das especificações do projeto para
que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições execução do sistema de revestimento de argamassa, de-
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor vem constar pelo menos:
no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam a) tipos de argamassa e respectivos parâmetros para
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência definição dos traços;
de se usarem as edições mais recentes das normas ci-
b) número de camadas;
tadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas
em vigor em um dado momento. c) espessura de cada camada;

NBR 5732:1991 - Cimento Portland comum - Espe- d) acabamento superficial;


cificação
e) tipo de revestimento decorativo.
NBR 5735:1991 - Cimento Portland de alto-forno -
4.2 No anexo A consta a representação esquemática do
Especificação
acompanhamento dos serviços de revestimento.
NBR 5736:1991 - Cimento Portland pozolânico - 4.3 As etapas do programa de execução devem ser defi-
Especificação nidas de acordo com as especificações de projeto e com
as verificações preliminares.
NBR 6118:1980 - Projeto e execução de obras de
concreto armado - Procedimento 5 Etapas
NBR 6453:1988 - Cal virgem para construção - 5.1 Verificações preliminares
Especificação
5.1.1 Vistoriar as condições da base, para determinar as
NBR 7175:1992 - Cal hidratada para argamassas - correções necessárias à execução do revestimento, con-
Especificação forme detalhado em 8.1.

NBR 10907:1990 - Cimento de alvenaria - Especi- 5.1.2 Observar as condições para execução dos serviços
ficação de revestimento, incluindo:

a) emprego de ferramentas especiais;


NBR 11578:1991 - Cimento Portland composto -
Especificação b) período em que ocorrerá o serviço;
NBR 12989:1993 - Cimento Portland branco - Especi- c) avaliação das condições ergonômicas dos locais
ficação de trabalho, verificando-se a necessidade de an-
daimes ou outros equipamentos auxiliares que per-
NBR 13529:1995 - Revestimento de paredes e tetos mitam aos operários terem um acesso estável com
de argamassas inorgânicas - Terminologia segurança aos planos a serem revestidos;

NBR 13749:1996 - Revestimento de paredes e tetos d) adequação do canteiro de obra à instalação dos
de argamassas inorgânicas - Especificação equipamentos e execução dos serviços.

1)
No âmbito das normas sobre "Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas", os termos "argamassa inorgânica" e
"argamassa de revestimento" são equivalentes.
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5.1.3 Para garantir a qualidade das argamassas prepa- 5.2.3 Quando a argamassa de emboço for aplicada em
radas em obra, o canteiro deve possuir central de produ- mais de uma demão, deve-se respeitar o prazo de 24 h
ção de argamassa, devidamente instalada com a seguin- entre aplicações.
te infra-estrutura mínima:
5.3 Acompanhamento dos serviços de revestimento
a) misturador mecânico;
Convém registrar em planilhas de acompanhamento (ver
b) compartimentos separados e identificados para anexo B) dos serviços as condições de aplicação do reves-
estoque dos diferentes materiais; timento para a elaboração do relatório quanto a:

a) condições de nível, prumo e planeza da base;


c) ponto de água canalizada próximo ao misturador
mecânico com medidor de água acoplado; b) tratamento da base para correção de nível, prumo
e planeza;
d) peneiras;
c) limpeza da base;
e) dispositivos para medição de agregados, adições
e água. d) traço e preparo das argamassas;

5.1.4 As tubulações de água e esgoto devem estar ade- e) espessura do revestimento ou de camadas do re-
quadamente embutidas e testadas quanto à estanquei- vestimento;
dade.
f) correções ou reparos eventualmente realizados
ao longo do serviço.
5.1.5 Os eletrodutos, caixas de passagem ou derivação
de instalações elétricas ou telefônicas devem estar ade- 5.4 Limpeza e proteção de outros serviços
quadamente embutidos.
5.4.1 Deve-se tomar todos os cuidados para que o serviço
5.1.6 Os vãos para portas e janelas devem estar previa- de revestimento não danifique outros serviços executa-
mente definidos, estando os contramarcos, se especi- dos, bem como os demais componentes da edificação.
ficados, devidamente fixados.
5.4.2 Recipiente de transporte e outros instrumentos em-
5.2 Cronograma de execução pregados na aplicação do revestimento devem ser man-
tidos limpos, principalmente a caixa de argamassa que
5.2.1 Quando se fizer uso de argamassas preparadas em deve ser limpa imediatamente após o emprego de cada
obra, as bases de revestimento devem ter as seguintes batelada da mistura.
idades mínimas:
5.4.3 Qualquer respingo de argamassa deve ser com-
a) 28 dias de idade para as estruturas de concreto e pletamente removido e todo o serviço, inclusive o reves-
alvenarias armadas estruturais; timento, deve ser deixado limpo.

6 Armazenamento dos materiais


b) 14 dias de idade para alvenarias não armadas
estruturais e alvenarias sem função estrutural de tijo- 6.1 Água de amassamento
los, blocos cerâmicos, blocos de concreto e concreto
celular, admitindo-se que os blocos de concreto te- A água destinada ao preparo das argamassas deve ser
nham sido curados durante pelo menos 28 dias antes protegida de contaminação e atender ao disposto na
da sua utilização; NBR 6118.

c) três dias de idade do chapisco para aplicação do 6.2 Agregados


emboço ou camada única; para climas quentes e
secos, com temperatura acima de 30°C, este prazo 6.2.1 Os agregados devem ser estocados em comparti-
pode ser reduzido para dois dias; mentos identificados pela natureza e classificação gra-
nulométrica.
d) 21 dias de idade para o emboço de argamassa de
cal, para início dos serviços de reboco; 6.2.2 Os agregados devem ser armazenados em um
espaço confinado em três lados, com fundo inclinado e
e) sete dias de idade do emboço de argamassas drenado, de sorte a evitar a saturação e contaminação.
mistas ou hidráulicas, para início dos serviços de re- Se não houver drenagem, deve-se evitar o emprego do
boco; material em contato com o solo até uma altura de 0,15 m.

f) 21 dias de idade do revestimento de reboco ou ca- 6.2.3 Os espaços de armazenamento devem estar prote-
mada única, para execução de acabamento deco- gidos da contaminação por resíduos da obra, tais como
rativo. serragem, pontas de ferro, arame, pregos, etc.

5.2.2 Para revestimentos de argamassas industrializadas 6.2.4 Os agregados que apresentarem grumos ou outros
ou dosadas em central, estes prazos podem ser altera- materiais estranhos por contaminação eventual no arma-
dos, se houver instrução específica do fornecedor, com zenamento devem ser peneirados antes do preparo das
comprovação através de ensaios de laboratório creden- argamassas, através de peneiras de malha compatível
ciado pelo INMETRO. com o agregado em uso e com o tipo de revestimento.
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6.3 Adições 7.2.1.2 Na medição dos materiais em volume, quando o


recipiente utilizado na medição dos materiais estiver
6.3.1 Os materiais definidos na NBR 13529 e os materiais cheio, deve-se utilizar régua para retirar o excesso do re-
reciclados de entulho de obra são considerados adições. cipiente, a fim de assegurar a constância do volume me-
dido.
6.3.2 Os materiais que contêm finos de natureza argilosa
devem ser protegidos contra chuva. 7.2.1.3 Não se deve admitir a medição dos materiais com
instrumentos ou recipientes que não assegurem um vo-
6.3.3 O recebimento e o armazenamento das adições de- lume constante, tais como, por exemplo, dosar com pá
vem seguir as orientações de 6.2. ou em latas.

7.2.1.4 No dimensionamento dos recipientes de medição


6.4 Cal virgem
dos materiais, devem ser considerados como referência
volumes compatíveis com o consumo de sacos inteiros
6.4.1 O procedimento de armazenamento da cal virgem
do aglomerante.
deve estar de acordo com a NBR 6453.
7.2.2 Deve-se fazer a correção da quantidade de agregado
6.4.2 A cal virgem para construção deve ser imediatamente e adições em função da variação da umidade, visando
extinta. O tempo mínimo de maturação da pasta de cal obter argamassas de mesma trabalhabilidade e propor-
virgem é de uma semana antes da utilização na arga- cionalidade.
massa.
7.3 Preparo da mistura
6.4.3 O armazenamento da pasta de cal deve ser feito de
7.3.1 As argamassas devem ser misturadas por processo
modo a assegurar uma cobertura permanente de água
mecanizado ou, em casos excepcionais, por processo
sobre ela.
manual, até obtenção de massa perfeitamente homo-
geneizada.
6.5 Materiais ensacados
7.3.1.1 No processo mecanizado o tempo de mistura não
O procedimento de armazenamento da cal hidratada e deve ser inferior a 3 min nem superior a 5 min.
do cimento em saco deve estar de acordo com as
NBR 7175, NBR 5732, NBR 5735, NBR 5736, 7.3.1.2 No processo de mistura manual, devem ser prepa-
NBR 10907, NBR 11578 e NBR 12989. rados volumes de argamassa inferiores a 0,05 m3 de
cada vez.
6.6 Argamassa dosada em central
7.3.2 No preparo de argamassas de cal ou mistas deve
As argamassas dosadas em central devem ser arma- ser feita a maturação da cal.
zenadas em recipientes impermeáveis e protegidos de
7.3.2.1 Para as obras que empreguem pasta de cal hi-
aeração e incidência de raios solares. O tempo máximo
dratada, deve-se colocar a cal em um recipiente com
de validade deve ser definido pelo fornecedor.
água até que forme uma pasta bem viscosa, não devendo
ser usada água em excesso. A pasta produzida deve
7 Produção da argamassa maturar durante 16 h no mínimo.
7.1 Composição das argamassas 7.3.2.2 Para obras que empreguem mistura prévia de cal
e areia, deve-se misturar primeiramente a areia e a cal, e
7.1.1 A composição das argamassas (traço) deve ser es- após, acrescentar água, atingindo-se consistência seca.
tabelecida pelo projetista ou construtor, obedecendo às A mistura produzida deve ser deixada em maturação
especificações de projeto e às condições para execução durante 16 h no mínimo.
dos serviços de revestimento, de acordo com a seção
4 e 5.1. 7.3.3 O canteiro de produção deve possuir silos ou reci-
pientes de armazenamento estanques, protegidos de chu-
7.1.2 O consumo dos materiais deve ser registrado na va e de insolação.
planilha de acompanhamento, conforme anexo B.
7.3.4 A mistura de cal e areia, e a pasta de cal, quando ar-
mazenadas, devem ser mantidas permanentemente
7.1.3 O traço deve ser expresso em massa.
úmidas para evitar o enrijecimento e formação de grumos
de difícil homogeneização. Grumos ou torrões eventual-
7.2 Medição dos materiais
mente formados devem ser desfeitos antes da adição
dos demais constituintes da argamassa.
7.2.1 A medição dos materiais constituintes da argamassa
pode ser feita em volume, cabendo ao construtor a res- 7.3.5 No preparo de argamassas mistas, o cimento deve
ponsabilidade da conversão do traço especificado em ser adicionado no momento da sua aplicação, atendido
massa. o prazo de maturação da pasta ou da mistura cal e areia.
No preparo das argamassas industrializadas, seguir as
7.2.1.1 A medição dos materiais em volume deve ser feita instruções de documento técnico que acompanham o
utilizando-se recipientes de volume conhecido e iden- produto. No preparo de argamassas com entulho reci-
tificados através da utilização de cores diferenciadas ou clado, seguir as instruções do emprego do equipamento
símbolos, claramente distintos. de preparo e mistura.
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7.3.6 O volume de produção de argamassa de cimento - enchimento das falhas da base com mais de
ou mista deve ser controlado de modo que seja utilizado 50 mm de profundidade, em pelo menos duas
em prazo máximo de 2 h e 30 min. Para temperaturas etapas: a primeira camada deve secar por um pe-
acima de 30oC, forte insolação direta sobre o estoque de ríodo não inferior a 24 h e ser levemente umede-
argamassa, ou umidade relativa do ar inferior a 50%, o cida quando da aplicação da segunda.
prazo deve ser reduzido para 1 h e 30 min. Estes prazos
estabelecidos podem ser alterados pelo emprego de 8.2.2 As correções das falhas da base devem ser feitas
aditivos retardadores, seguindo-se as recomendações com materiais semelhantes aos da alvenaria, utilizando-
de uso previamente estudadas. se a argamassa definida para o assentamento ou para o
emboço.
8 Preparação da base de revestimento
8.3 Bases contíguas diferentes
8.1 Condições da base 8.3.1 Quando a base for composta por diferentes materiais
e for submetida a esforços que gerem deformações dife-
8.1.1 As bases de revestimento contempladas por esta
renciais consideráveis (tais como balanços, platibandas
Norma são concreto, tijolo e bloco cerâmico, bloco de e últimos pavimentos), deve-se utilizar tela metálica, plás-
concreto, bloco de concreto celular e bloco-sílico-calcário. tica ou de outro material semelhante na junção destes
materiais, criando uma zona capaz de suportar as movi-
8.1.2 As instruções de preparo da base de materiais me-
mentações diferenciais a que estará sujeita.
tálicos, orgânicos, ou de outros materiais, devem atender
às especificações próprias ou recomendações decor- 8.3.2 Alternativamente, pode ser especificada a execução
rentes de comprovação técnica. de uma junta que separe o revestimento aplicado sobre
os dois materiais, permitindo que cada parte movimente-
8.1.3 As bases de revestimento devem atender às exi- se independentemente.
gências de planeza, prumo e nivelamento fixadas nas
respectivas normas de alvenaria e de estruturas de con- 8.3.3 No caso de revestimento de paredes internas com
creto. fechamento de argamassa sob viga, pode ser empregada
argamassa com aditivo que aumente sua capacidade de
8.1.4 A aderência do revestimento está relacionada com deformação.
o grau de absorção da base, que propicia a microan-
coragem, e com a rugosidade superficial, que contribui 8.4 Limpeza da base
para a macroancoragem.
8.4.1 A base a ser revestida deve estar limpa, livre de pó,
graxa, óleo, eflorescência, materiais soltos ou quaisquer
8.1.5 A base do revestimento com elevada absorção,
produtos ou incrustações que venham a prejudicar a ade-
exceto parede de bloco de concreto, deve ser pré-mo-
rência do revestimento.
lhada. Deve-se fazer aplicação prévia de argamassa de
chapisco, quando a superfície a revestir for parcial ou 8.4.2 Antes do início de qualquer procedimento de la-
totalmente não absorvente (de pouca aderência) ou vagem, a base deve ser saturada com água limpa, para
quando a base não apresentar rugosidade superficial. evitar a penetração, em profundidade, da solução de la-
vagem empregada.
8.1.6 Deve ser observada a presença de infiltração de
umidade nos planos a serem revestidos, definindo-se 8.4.3 A limpeza pode ser executada de acordo com os se-
soluções para a eliminação da infiltração antes de pros- guintes procedimentos:
seguir com os demais procedimentos de preparação da
base. a) para a remoção de sujeiras, pó e materiais soltos:
escovar e lavar a superfície ou aplicar jato de água
8.2 Correção de irregularidades sob pressão; quando necessário, deve ser empre-
gada espátula, escova de cerdas de aço ou jato de
8.2.1 A base de revestimento deve ser regular para que a areia;
argamassa possa ser aplicada em espessura uniforme.
As irregularidades superficiais devem ser eliminadas de b) para remoção de óleo desmoldante, graxa e outros
acordo com os seguintes procedimentos: contaminantes gordurosos, pode-se efetuar a lim-
peza com soluções alcalinas ou ácidas, empregando-
a) retirada de pontas de ferro das peças e rebarbas se um dos seguintes procedimentos:
entre juntas da alvenaria; - escovar (utilizando-se escova de piaçaba, por
exemplo) com solução alcalina de fosfato tris-
b) correção de depressões, furos e rasgos, de acordo
sódico (30 g Na3PO4 em 1 L de água) ou de soda
com os seguintes critérios: cáustica e, em seguida, enxaguar com água limpa
em abundância;
- enchimento das falhas da base com argamassa,
desde que menores que 50 mm de profundidade; - aplicar solução de ácido muriático (5% a 10%
de concentração) durante 5 min, escovar (com
- correção dos rasgos efetuados para instalação escova de piaçaba, por exemplo) e enxaguar com
das tubulações com diâmetros superiores a água limpa em abundância;
50 mm, através da colocação de tela metálica gal-
vanizada e enchimento com cacos de tijolos e - escovar a superfície com água e detergente e
blocos; enxaguar com água em abundância;
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- empregar processos mecânicos (escovamento úmido pelo menos nas 24 h iniciais através da aspersão
a seco com escova de cerdas de aço, lixamento constante de água. Este mesmo procedimento deve ser
mecânico ou jateamento de areia) e em seguida adotado em situações de baixa umidade relativa do ar,
remover a poeira através de ar comprimido ou ventos fortes ou insolação forte e direta sobre os planos
lavagem com água; revestidos.

c) para remover eflorescências: pode-se escovar a 9.2 Execução de emboço ou revestimento de camada
seco a superfície com escova de cerdas de aço e única
proceder à limpeza com solução de ácido muriático,
conforme 8.4.3 b). Caso a manifestação atinja gran- 9.2.1 Para definição do plano de revestimento, devem ser
des áreas, pode-se empregar jateamento de areia; atendidas as espessuras constantes no projeto do re-
vestimento e estar de acordo com as exigências esta-
d) para remover bolor e fungos: pode-se escovar a belecidas na NBR 13749.
superfície com escova de cerdas duras com solução
de fosfato trissódico (30 g Na3PO4 em 1 L de água) 9.2.2 O plano de revestimento será determinado através
ou com solução de hipoclorito de sódio (4% a 6% de de pontos de referência dispostos de forma tal que a dis-
cloro ativo) e enxaguar com água limpa em abun- tância entre eles seja compatível com o tamanho da régua
dância. a ser utilizada no sarrafeamento. Nestes pontos, devem
ser fixadas taliscas de peças planas de material ce-
8.4.4 Após quaisquer dos procedimentos de lavagem, râmico, com argamassa idêntica à que será empregada
deve-se esperar a completa secagem da base para se no revestimento.
prosseguir com a aplicação do revestimento.
9.2.3 Uma vez definido o plano de revestimento, faz-se o
8.4.5 No caso da utilização de solução de lavagem alcalina preenchimento de faixas, entre as taliscas, empregando-
ou ácida, devem ser adotados procedimentos adequados se argamassa, que será regularizada pela passagem da
para proteger de respingos e escorrimento da solução régua, constituindo as guias ou mestras.
todas as superfícies e materiais da edificação.
9.2.4 Após o enrijecimento das guias ou mestras que per-
8.5 Aplicação do chapisco mita o apoio da régua para a operação de sarrafeamento,
aplica-se a argamassa, lançando-a sobre a superfície a
8.5.1 A argamassa de chapisco deve ser aplicada com ser revestida, com auxílio da colher de pedreiro ou atra-
uma consistência fluida, assegurando maior facilidade vés de processo mecânico, até preencher a área de-
de penetração da pasta de cimento na base a ser re- sejada. Nesta mesma operação devem ser retiradas as
vestida e melhorando a aderência na interface reves- taliscas e preenchidos os vazios.
timento-base.
9.2.5 Estando a área totalmente preenchida e tendo a
8.5.2 O chapisco deve ser aplicado por lançamento, com argamassa adquirido consistência adequada, faz-se a
o cuidado de não cobrir completamente a base. retirada do excesso de argamassa e a regularização da
superfície pela passagem da régua. Em seguida, preen-
8.5.3 Aditivos que melhorem a aderência podem ser adi-
chem-se as depressões mediante novos lançamentos
cionados ao chapisco, desde que compatíveis com os de argamassa nos pontos necessários, repetindo-se a
aglomerantes empregados na confecção da argamassa operação de sarrafeamento até conseguir uma superfície
de revestimento e com os materiais da base. Para seu plana e ho-mogênea.
emprego, devem ser seguidas as recomendações
técnicas do produto, comprovadas através de ensaios 9.2.6 Para revestimento de camada única, executa-se o
de laboratório credenciado pelo INMETRO. acabamento da superfície conforme especificado no pro-
jeto de acordo com a seção 10.
8.5.4 Em regiões de clima muito seco e quente, o chapisco
deve ser protegido da ação direta do sol e do vento através 9.3 Execução de reboco
de processos que mantenham a umidade da superfície
no mínimo por 12 h, após a aplicação. 9.3.1 Para definição do plano de revestimento, devem ser
atendidas as espessuras constantes no projeto do re-
9 Aplicação da argamassa de revestimento vestimento e estar de acordo com as exigências esta-
belecidas na NBR 13749.
9.1 Requisitos
9.3.2 O acabamento deve estar de acordo com a es-
9.1.1 Os serviços de revestimento com argamassa devem pecificação do projeto e executado conforme a seção 10.
ser iniciados com a conclusão do projeto do sistema de
revestimento e atendimento do disposto nas seções 5 e 10 Acabamento da superfície
8 e em 7.1.
10.1 Sarrafeado
9.1.2 Cada aplicação de nova camada de argamassa
exige, de acordo com a finalidade e com as condições do Manter o acabamento resultante do procedimento descrito
clima, a umidificação da camada anterior. em 9.2.5.

9.1.3 A argamassa de revestimento não deve ser aplicada 10.2 Desempenado


em ambientes com temperatura inferior a 5oC. Em tem-
peratura superior a 30oC, devem ser tomados cuidados Executar o alisamento da superfície sarrafeada através
especiais para a cura do revestimento, mantendo-o da passagem da desempenadeira (desempoladeira).
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10.3 Camurçado 11.2 Pingadeira

Executar o alisamento da superfície desempenada com


11.2.1 Para executar a pingadeira reentrante, usa-se um
a passagem de esponja ou desempenadeira apropriada.
instrumento que produz o sulco na argamassa da su-
10.4 Raspado perfície recém-acabada.

Executar o acabamento da superfície sarrafeada por meio 11.2.2 Para executar a pingadeira saliente, na argamassa
de passagem de ferramenta denteada. recém-sarrafeada, no nível previsto para a pingadeira, fi-
10.5 Lavado xar uma régua com a dimensão especificada, proceden-
do-se então à aplicação da argamassa e acabamento da
Executar o acabamento da superfície sarrafeada em ar- superfície.
gamassa preparada com agregado apropriado, através
da lavagem com jato de água. 11.3 Juntas
10.6 Chapiscado
11.3.1 As juntas devem ser executadas nos locais indi-
Executar o acabamento sobre a base de revestimento ou cados no projeto.
sobre o emboço por meio do lançamento de uma arga-
massa fluida, através de peneira de malha quadrada com 11.3.2 Para a execução de juntas no revestimento, colocar
abertura aproximada de 4,8 mm ou equipamento apro- um elemento com dimensão igual à espessura da junta
priado. especificada no projeto, antes do lançamento da ar-
gamassa de cada camada.
10.7 Imitação travertino

Executar o acabamento da superfície recém-desempe- 11.3.2 Após a argamassa ter adquirido uma consistência
nada lançando com broxa a mesma argamassa de acaba- apropriada, retirar o elemento, se ele não for deformável,
mento com consistência mais fluida. Aguardar o momento corrigindo-se possíveis falhas.
ideal para alisar a superfície com colher de pedreiro ou
desempenadeira de aço, conservando parte dos sulcos 11.4 Riscos e sulcos
ou cavidades provenientes do lançamento da argamassa
fluida, a fim de conferir o aspecto do mármore travertino.
11.4.1 Para executar riscos ou sulcos especificados no
11 Detalhes construtivos acabamento, devem ser utilizados instrumentos apro-
priados que proporcionem cortes ou reentrâncias na arga-
11.1 Arestas massa fresca.
Para manter a linearidade da aresta convexa, fixar uma
régua na extremidade da parede adjacente, procedendo- 11.4.2 A profundidade dos riscos e sulcos deve ser inferior
se ao lançamento da argamassa e acabamento da su- à espessura da camada de acabamento e não ultrapassar
perfície. 10 mm.

/ANEXO A
Cópia não autorizada

8
Anexo A (informativo)
Esquema de acompanhamento do serviço de revestimento

ESPECIFICAÇÕES

DE PROJETO AQUISIÇÃO E CONTROLE


DE QUALIDADE DOS
MATERIAIS
▲ ▲

PROGRAMA DE RECEBIMENTO E
PRODUÇÃO PREPARAÇÃO DA APLICAÇÃO DA ACABAMENTO DO
EXECUÇÃO ARMAZENAMENTO DETALHES
DA BASE ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
CONSTRUTIVOS
ARGAMASSA REVESTIMENTO
* Verificações preliminares * Água * Sarrafeado
* Condições da base * Arestas


* Agregados


* Cronograma de execução * Desempenado
* Correção de irregularidades


* Dosagem * Requisitos * Pingadeiras


* Acompanhamento dos * Adições * Camurçado
* Medição * Base contíguas diferentes * Execução de emboço * Juntas
serviços * Cal virgem * Raspado
* Preparo * Limpeza da base ou revestimento de * Riscos e sulcos
* Limpeza e proteção dos * Materiais ensacados * Lavado
* Aplicação do chapisco camada única
outros serviços * Argamassa dosada * Chapiscado
* Execução do reboco
em central * Imitação travertino
▲ ▲ ▲ ▲ ▲




▲ ▲


ACOMPANHAMENTO DO SERVIÇO DE REVESTIMENTO

INSPEÇÃO FINAL

NBR 7200:1998

RELATÓRIO DO SERVIÇO
DE REVESTIMENTO

/ANEXO B
Cópia não autorizada
NBR 7200:1998 9

Anexo B (informativo)
Modelos de planilha para acompanhamento do serviço de revestimento de argamassa

B.1 - Modelo de planilha para identificação dos serviços

Planilha de acompanhamento dos serviços de revestimento de argamassa

Obra: Complemento (andar, setor):


Endereço:
Empresa responsável: Projeto:
Execução:
Fiscalização:

B.2 - Modelo de planilha para registro das especificações de projeto

Especificações de projeto

Sistema de revestimento

Camada Tipo e traço da argamassa Espessura

S1. Chapisco

S2. Emboço

S3. Camada única

S4. Reboco

Acabamento da superfície (ver localização na representação esquemática)

Tipo Recomendações para execução

A1. Sarrafeado

A2. Desempenado

A3. Camurçado

A4. Raspado

A5. Lavado

A6. Chapiscado

A7. Imitação travertino

Detalhes construtivos especiais (ver localização na representação esquemática)

Tipo Recomendações para execução

D.1 Arestas

D.2 Pingadeiras

D3. Juntas

D4. Riscos e sulcos

Observações:
Cópia não autorizada
10 NBR 7200:1998

Representação esquemática do projeto de revestimento:

em vista ( ) em planta ( )
Cópia não autorizada
NBR 7200:1998 11

B.3 - Modelo de planilha para registro do programa de execução


Verificações preliminares
Condição Aprovação
P1. Tubulações de água e esgoto embutidas e testadas
P2. Caixas de passagem e eletrodutos embutidos
P3. Condições ergonômicas do local de trabalho (andaimes, balancins)
P4. Equipamentos para preparação da argamassa (misturador, peneiras, medidores)
P5. Ferramentas para aplicação da argamassa (réguas, masseiras)

Cronograma de execução
Camada Data prevista do Data real do início Data prevista da Data real da
início conclusão conclusão
S1. Chapisco
S2. Emboço
S3. Camada única
S4. Reboco

Procedimentos para limpeza e proteção de outros serviços


L1.

Observações:

B.4 - Modelo de planilha para controle do recebimento e armazenamento dos


materiais e da produção da argamassa

Recebimento e armazenamento dos materiais

Material Fornecedor Especificação Recomendações especiais para


recebimento e armazenamento
M1. Cimento
M2. Areia grossa
M3. Areia média
M4. Areia fina
M5. Cal hidratada
M6. Cal virgem

Observações:

Consumo de materiais na produção da argamassa

Material Unidade Consumo Consumo Consumo Consumo Consumo


medição chapisco emboço camada reboco correções
única
M1. Cimento
M2. Areia grossa
M3. Areia média
M4. Areia fina
M5. Cal hidratada
M6. Cal virgem
Observações:
Cópia não autorizada
12 NBR 7200:1998

.
B.5 - Modelo de planilha para registro da preparação da base e aplicação do revestimento
Preparação da base de revestimento

Verificação das condições da base (ver localização na representação esquemática)

Condição Aprovação Procedimentos de correção Aprovação

V1. Sujeira, contaminações


V2. Umidade
V3. Irregularidades
V4. Grau de absorção
V5. Bases contíguas diferentes
V6. Nível, prumo, planeza

Observações:

Representação esquemática do revestimento como executado

em planta ( ) em vista ( )
Cópia não autorizada
NBR 7200:1998 13

B.6 - Modelo de planilha para registro das condições de aplicação do revestimento

Aplicação da argamassa de revestimento


Registro das condições climáticas na execução do revestimento
(por turnos de trabalho)

C1. Temperatura
C2. Umidade relativa
C3. Intensidade do vento
C4. Insolação direta
C5. Incidência de chuva

Registro da equipe de execução do serviço de revestimento

Nome do responsável Qualificação profissional

Correções e reparos realizados no revestimento executado


(ver localização na representação esquemática)

Tipo Justificativa

R1. Abertura de rasgos

Observações:

B.7 - Modelo de planilha para registro da inspeção final do revestimento

Inspeção final do revestimento


(ver localização das falhas na representação esquemática)

Tipo de falha Aprovação Procedimentos de correção Aprovação

F1. Fissuras
F2. Deficiência de aderência
F3.Eflorescências
F4. Manchas
F5. Falta de nível, prumo, planeza
F6. Textura anormal

Observações:

Responsável pelo acompanhamento dos serviços:

Data de conclusão do acompanhamento:

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