Atividade - Trovadorismo - Ceadep - 2019

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 2

CENTRO DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PERCEPÇÃO

ALUNO(A) _________________________________________________ SÉRIE: 1 º MÉDIO


PROFESSOR(a): Shislaine Leite DATA: _____/___ /_____

DISCIPLINA: Literatura Brasileira

ATIVIDADE – TROVADORISMO No tapete atrás da porta


Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Leia para responder à questão Pra sujar teu nome, te humilhar
Você apareceu do nada E me vingar a qualquer preço
E você mexeu demais comigo Te adorando pelo avesso
Não quero ser só mais um amigo Pra mostrar que ainda sou tua
Você nunca me viu sozinho
E você nunca me ouviu chorar 3) Quais os sentimentos que podemos ver nessa música?
Não dá pra imaginar quando
É cedo, ou tarde demais 4) O eu lírico, que “fala” na música, é masculino ou feminino?
Pra dizer adeus, pra dizer jamais Justifique.
Às vezes fico assim pensando 5) Na canção “Atrás da porta” Chico Buarque nos remete as
Essa distância é tão ruim cantigas trovadorescas. Que tipo específico de cantiga ele nos
Por que você não vem pra mim? remete? Justifique sua resposta.
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tente, eu quis te chamar 6) Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.
Não dá pra imaginar quanto
Pra dizer adeus, pra dizer jamais”. a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a
(Titãs-Tony Belotto e Nando Reis)
exaltação do amor sensual entre nobres e mulheres camponesas.
1) No texto de Tony Belotto e Nando Reis, o emprego do por que b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição
em “Por que você não vem pra mim?”. Está havendo um da cultura teocêntrica para a cultura antropocêntrica.
afastamento amoroso da mulher em relação ao amado (o “eu” do c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média,
texto é masculino). Mas se considerássemos o contrário (um “eu” foi recuperado pelos poetas da Renascença, época em que alcançou
feminino). Teríamos: níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de
a) Uma cantiga de amigo, já que o amor carnal foi realizado. produzir efeito musical, como também a função de facilitar a
b) Uma cantiga de amor, pelo distanciamento dos amantes. memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
c) Uma cantiga de amigo, que relata de uma paixão e depois o e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de
distanciamento. época absorveu a influência dos padrões estéticos greco-romanos.
d) Uma cantiga de amor, devido o paralelismo.
e) Uma cantiga de amigo que relata a ausência da mulher amada. É Releia com atenção a estrofe:
tarde demais para viver o amor.
Fez-se de amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
2) Marque V para verdadeiro e F para falso no que diz respeito ao De repente, não mais que de repente.
período do Trovadorismo.
7) Tomemos a palavra AMIGO. Todos conhecem o sentido com
( ) As cantigas de mal dizer e de escárnio pertencem a lírica que esta forma lingüística é usualmente empregada no falar
trovadoresca. atual. Contudo na Idade Média, como se observa nas catingas
( ) As cantigas de amigo possuem um ambiente palaciano e o eu medievais, a palavra amigo significou:
lírico é feminino, apesar de serem escritas por
homem. a) colega
( ) As cantigas de amor possuem um ambiente palaciano e suas b) companheiro
características principais são a vassalagem c) namorado
amorosa e a coita de amor. d) simpático
( ) A canção da Ribeirinha iniciou o trovadorismo português. e) acolhedor
( ) As cantigas de amigo, em geral, possuem um eu lírico feminino,
apesar de serem escritas por homens. A temática principal, quase 8) As narrativas que envolvem as lutas dos cruzados envolvem
sempre, é o sofrimento da mulher pelo amado que partiu. sempre um herói muito engajado na luta pela cristandade, podendo
ser a um só tempo frágil e forte, decidido e terno, furioso e cortes.
Leia a música e responda as questões. No entanto, com relação a mulher amada, esse herói é sempre:
Atrás da Porta
Quando olhaste bem nos olhos meus a) pouco dedicado
E o teu olhar era de adeus b) infiel
Juro que não acreditei, eu te estranhei c) devotado
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei d) indelicado
E me arrastei e te arranhei e) ausente e belicoso
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teu peito, teu pijama 9) As cantigas medievais chegaram até nós por meio dos
Nos teus pés ao pé da cama cancioneiros, coletâneas de poemas produzidos por muitos
Sem carinho, sem coberta
autores. Leia-a atentamente (conforme o português atual) e, em honesto, e quer também o bem da humanidade, vingando os fracos e
seguida, julgue os itens de 1 a 6 em CERTO ou ERRADO. os inocentes. Por isso, ele é o herói mais famoso da literatura!

Não existe no mundo alguém como eu 10) Por que os romances eram denominados Romances de
enquanto a minha vida continuar assim cavalaria?
porque morro por vós – e ai
minha senhora branca e de faces rosadas, 11) O que os versos escritos por Dom Quixote lembram?
quereis que eu vos descreva
quando vos vi sem manto, em trajes íntimos! 12) O que fez de Dom Quixote um herói famoso?
Maldito dia foi esse em que me levantei,
porque vos vi tão bela! Texto 2
Dom Quixote, o cavaleiro da triste figura - José Angeli
E, minha senhora, desde aquele dia, ai! Numa pequena aldeia da Mancha, província espanhola, vivia um
eu passei a sofrer, fidalgo. Homem de costumes rigorosos e decadente fortuna. Dom
e vós, filha de dom Paio Moniz, Quesada ou Quixano – nunca ninguém soube ao certo – vivia da
sabeis que eu não sou nobre, exploração de suas propriedades, que mal lhe rendiam para manter
pois eu, minha senhora, como prova de amor, uma simples aparência de abastança. Homem forte, altivo e nervoso,
nunca recebi nem receberei da senhora cultivava a caça como esporte e forma de abastecer melhor a mesa.
algo mesmo que sem valor. Aos cinquenta anos, magro, alto, de gestos imponentes e uma
Paio Soares de Taveirós. Cantiga da Ribeirinha. certa altivez forçada, era mais conhecido por sua enorme biblioteca,
onde empenhava toda a moeda conseguida nas colheitas ou pela
( ) 1 A cantiga da Ribeirinha ilustra um dos temas mais venda sucessiva de partes de suas terras, do que propriamente por
frequentes do Trovadorismo: o sofrimento amoroso, a chamada coita sua maneira esquisita de viver.
amorosa. Entre um povo de raras leituras, como era o de sua aldeia,
( ) 2 O motivo que impede a realização amoroso do eu lírico causava espanto e admiração aquela voracidade com que comprava
é o fato dele ter visto a dama sem manto. e consumia livros e mais livros. E o mais intrigante era que toda sua
( ) 3 Não se percebe, no texto, a vassalagem amorosa, uma biblioteca só abrigava livros sobre as aventuras da cavalaria andante,
das características dessa literatura, já que a dama não corresponde na época coisa do passado.
ao amor do eu lírico. [...]
( ) 4 O eu lírico maldiz o dia em que se apaixonou pela bela À força de tanto ler e imaginar, foi se distanciando da
dama. realidade a ponto de já não poder distinguir em que dimensão vivia.
( ) 5 Desde o dia em que avistou a bela senhora sem seu Varando noites e noites à luz de um candeeiro, lia, relia e construía à
manto luxuoso, o eu lírico sofre e suspira por ela sem receber sua maneira, o desenrolar de todas as aventuras.
qualquer recompensa. [...]
( ) 6 O tratamento dado pelo eu lírico à dama no 1º verso da De tanto imaginar, um dia rompeu o elo que o prendia à
2ª estrofe evidencia, principalmente, o respeito que ele nutre por ela. realidade. Num estado febril e agitado iniciou uma existência onde só
existiam personagens da cavalaria andante. Eram gigantes para
Texto I derrotar, castelos que deviam ser assaltados, donzelas prisioneiras
Dom Quixote de la Mancha - Monteiro Lobato de algum tirano para salvar e legiões de bandidos para combater. Foi
assim que, completamente transtornado, resolveu que seria cavaleiro
Dona Benta começou da moda dela: andante e partiria com suas armas e seu cavalo em busca de
— Em certa aldeia da Mancha (que é um pedaço da Espanha), vivia aventuras e perseguindo justa fama.
um fidalgo aí duns cinquenta anos, dos que têm lança atrás da porta,
escudo de couro e cachorro magro no quintal — cachorro de caça. 13) O que se deve entender por:
Chamava-se Dom Quixote. Era magro, alto, muito madrugador e
muito amigo dos livros. Só lia, porém, uma qualidade de livros: os de a-cultivava a caça como esporte e forma de abastecer melhor a
cavalaria que contam histórias dos cavaleiros andantes. mesa.
— E por que eles se chamavam assim? — perguntou Emília.
— Porque viviam a cavalo, sempre a correr o mundo atrás de b-empenhava toda a moeda conseguida nas colheitas ou pela venda
aventuras. Pois é. De tanto ler aqueles livros de cavalaria, o pobre sucessiva de partes de suas terras
fidalgo da Mancha ficou com o miolo mole; entendeu de virar também
cavaleiro andante e sair com a velha armadura, mais a lança e o 14) Dom Quixote tornou-se “louco”, fora da realidade em que vivia,
escudo, a correr o mundo atrás de aventuras. pelo fato de ler muito. Você acredita que alguém possa
Como todo cavaleiro tem uma namorada, Dom Quixote inventou que enlouquecer de tanto ler?
a sua amada se chamava Dulcinéia, e fez para ela estes versos:
15) Releia o último parágrafo do trecho em estudo. Quais as
Onde estás senhora minha, palavras que nos levam a concluir que Dom Quixote se tornaria
Que não te dói o meu mal? um herói?
Ou não o sabes, senhora,
Ou é falsa e desleal. 16) Quais as características que fazem de Dom Quixote de la
Mancha um livro de Cavalaria?
Assim, sonhando que era um grande cavaleiro, Dom Quixote
largou os livros, vestiu a armadura, pegou seu velho cavalo Rocinante
e partiu. No caminho, encontrou várias pessoas e sempre imaginava
um combate com os inimigos. Ele chegou até mesmo a atacar um
moinho de vento, pois pensou que era um monstro! Dom Quixote não
é somente louco, ele é também conhecido como sonhador, generoso,

Você também pode gostar