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Orixás na Umbanda - Semana 06

SUMÁRIO
Capítulo 01
Chacras na Umbanda...................................03

Capítulo 02
As Cores dos Orixás..................................07

Capítulo 03
Flores para os Orixás..................................09

Capítulo 04
Planetas e Orixás........................................11

Capítulo 05
Cristais e os Orixás.....................................12

Capítulo 06
Tabela dos Orixás e Elementos.....................13

Capítulo 07
Pai Ogum.....................................................14

Capítulo 08
Mãe Iansã....................................................17

Capítulo 09
Pai Obaluayê...............................................21

Capítulo 10
Mãe Nanã Buroquê.....................................23

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Capítulo 01
CHACRAS NA UMBANDA
Por Alexandre Cumino

Conhecidos e estudados á milênios, receberam este nome por seu formato circular (chacra do sãns-
crito quer dizer roda). É por meio dos chacras que nosso corpo energético absorve e irradia prana
(energia, principio vital, axé, ki), que é desagregado e partido em micro partículas energéticas, que
nada mais são que os fatores formadores da Energia Divina. Este processo funciona de forma análoga
ao aparelho digestivo, no qual a energia “bruta” é absorvida pelos chacras que em primeira instãncia
já funcionam como filtros, cada um absorve o que lhe é peculiar, desde que esteja funcionando nor-
malmente, em harmonia.

Nosso corpo de matéria rarefeita (corpo espiritual, psicossoma, duplo etérico ou perispírito) é regido
por sete chacras, localizados nas ramificações dos plexos nervosos e glândulas correspondentes.
Vibrando em sintonia uns com os outros, sob o poder direcionador da mente, estabelecem, para o
nosso uso, um campo eletromagnético, no qual o pensamento move energias em circuito fechado.
É fundamental estudar e conhecer os chacras, diretamente ligados a nossas emoções, as energias
que absorvemos e nosso padrão mental. Temos sete corpos etéricos, que lembram as camadas de
uma cebola (no entanto um não acaba onde o outro termina) cada um destes corpos ou camadas tem
maior afinidade com um dos sete chacras principais, que os dá sustentação.

Nossa posição mental determina o “peso” (densidade) do “corpo espiritual” , simples questão vibrató-
ria. Cada um respira em certo tipo de onda/vibração. Tal seja a viciação do pensamento em um sentido
da vida, tal será a desarmonia no chacra correspondente, comprometendo a vibração pessoal e as
trocas de energia que quando em equilíbrio acontecem tão naturalmente.

• CORONÁRIO
Logo acima de nosso “Ori” (posição vertical, se projeta para cima), como que uma coroa junto da
glândula pineal, regido pelo SENTIDO DA FÉ é congregador, recebe em primeiro lugar os estímulos do
espirito, comandando os demais e vibrando com eles em regime de justa interdependência. É onde

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Orixás na Umbanda - Semana 06

se assenta a ligação com a mente, sede da consciência. A este chacra é que se chama “Coroa do
Médium”.

• FRONTAL
Contíguo ao coronário, fica entre as sobrancelhas (posição horizontal, se projeta para frente e para
trás),glândula pituitária, regido pelo SENTIDO DO CONHECIMENTO é expansor, ordena as percep-
ções de variada espécie, entre elas, visão, audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência
que dizem respeito a palavra, a cultura, á arte e ao saber. Aí reside o comando de nossos poderes
psíquicos.

• LARÍNGEO
Na altura da garganta (posição horizontal, se projeta para frente e para trás), glândula tireóide, regido
pelo SENTIDO DA LEI é ordenador, ligado ao poder da palavra e vontade divina, tem muito a ver com
a colocação do ser na sociedade.

• CARDÍACO
Altura do coração(posição horizontal, se projeta para frente e para trás) , regido pelo SENTIDO DO
AMOR é agregador, ligado aos sentimentos e sistema circulatório.

• UMBILICAL
Um pouco abaixo do umbigo (posição horizontal, se projeta para frente e para trás) , regido pelo SEN-
TIDO DA JUSTIÇA é equilibrador e trabalha com a reflexão no ser.

• ESPLÊNICO
Altura do baço, nas gônadas(posição horizontal, se projeta para frente e para trás), regido pelo SENTI-
DO DE EVOLUÇÃO é transmutador, regula a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais.

• BÁSICO
Se localiza logo abaixo do santuário do sexo(posição vertical , se projeta para baixo), regido pelo SEN-
TIDO DE CRIAÇÃO é gerador, templo moderador de formas , estímulos e muito ligado as sensações

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Orixás na Umbanda - Semana 06

físicas.

Assim vemos que cada um desses chacras tem uma afinidade maior com uma das sete vibrações
originais e uma das sete linhas de umbanda, mas nenhum pertence exclusivamente a um só ORIXÁ,
no entanto é possível identificar a qual vibração cada um pertence:

1º chacra coronário - relacionado á linha da Fé (cristalina) Oxalá e Logunan (Oyá-Tempo)


2º chacra frontal - relacionado a linha do Conhecimento (vegetal) Oxossi e Obá
3º chacra laringeo - relacionado a linha ordenadora (eólica) Ogum e Iansã
4° chacra cardíaco - relacionado a linha do Amor (mineral) Oxum e Oxumaré
5° chacra esplênico - relacionado a linha da evolução (telúrica) Obaluayê e Nanã Buroquê
6º chacra umbilical - relacionado a linha do equilíbrio (ígnea) Xangô e Egunitá
7º chacra básico - relacionado a linha da geração (aquática) Iemanjá e Omulu

Estes são os sete chacras maiores e sua vibração natural, em cada encarnação eles assumem pa-
drões diferentes de energia, pois encarnamos para aprender e vivenciar novas experiências.

Assim em cada encarnação surge toda uma combinação de Orixás em relação aos chacras de ma-
neira que esta combinação crie uma situação propicia a ajudar na evolução do ser. Assim vemos os
chacras que já tem um padrão vibratório próprio, como mostrado acima, sobrepostos pela energia do
Orixá que se faz presente em cada um deles, onde: O primeiro e ultimo chacra se abrem em posição
vertical, os outros cinco são horizontais e bipolares, se abrem para frente e para trás.

“E nenhum desses chacras pertence exclusivamente a um só Orixá, mas sim dependendo do Orixá
que fatorou e rege a ancestralidade da pessoa , aí esse é o regente do Ori, da cabeça do médium e
do chacra coronal. E nesse mesmo chacra os outros Orixás estarão presentes como qualidades se-
cundárias, pois a principal sempre será a do Orixá que o fatorou”

Assim temos como Orixá principal no chacra coronal, a flor de lótus, nosso Orixá ancestral (junto do
recessivo, forma o casal de Orixás Ancestrais, que são os únicos que não mudam sua posição de en-

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Orixás na Umbanda - Semana 06

carnação para encarnação) , como Orixá principal na abertura de frente do frontal temos nosso Orixá
de frente, como principal na abertura de trás do frontal fica nosso Orixá de juntó (adjunto ou ajuntó).

Em volta da irradiação do orixá principal temos outras seis, que no Ori dá formação ao que vemos
como a “coroa do médium”...a força que o rege na cabeça... O Orixá Ancestral traz a natureza mais
intima do médium, o Orixá de frente direciona o campo de conhecimentos os quais devemos absorver
na encarnação ( amor, fé , justiça, ordem...) e que estarão mais em evidência no comportamento e ar-
quétipo do filho (é o Orixá que se mostra em primeiro lugar como “pai de cabeça” do médium), o Orixá
de juntó aparece como equilibrador do emocional e com todos os outros forma toda uma configuração
propicia para a encarnação, lembrando uma “carta astral” onde os planetas mostram os caminhos e
dons adquiridos, e os campos a serem trabalhados.

TOMEMOS UM EXEMPLO:
Uma pessoa que tem Oxóssi regendo o chacra coronal, traz uma natureza regida pelo raciocínio,
pela irradiação do conhecimento que é expansora, tendo Oxalá como regente do chacra frontal, sua
natureza será qualificada pelo fator da fé...logo teremos, Oxossi regendo e Oxalá direcionando, um in-
divíduo que ligado verticalmente a irradiação do conhecimento será atraído pelas coisas religiosas pela
corrente horizontal cristalina da fé...Teremos a nossa frente alguém com natureza intima especulativa
nos assuntos da fé, será um teólogo, um místico, um sacerdote ou profundo religioso...os Outros Ori-
xás complementarão o perfil de nosso modelo...o que nos lembra mais uma vez a astrologia, pois se
nosso irmão não for contra sua natureza será alguém realizado, emocionalmente falando...

Este texto é uma adaptação do que nos é mostrado nas paginas 45 a 48 do livro Orixás Ancestrais
Psicografado por Rubens Saraceni, editora Madras.
Um abraço a todos Alexandre Cumino.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Capítulo 02
AS CORES DOS ORIXÁS
Por Rubens Saraceni

Comentar sobre as cores do Orixás é o mesmo que tentar equilibrar-se e manter-se ereto na crista de
uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única
cor.
Isto tudo é apenas fruto da tentativa de individualizar o geral e generalizar o individual.

Como dar cor a uma energia?


Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores
que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível co-
mentá-las.
Afinal todo Orixá é um mistério em si mesmo, e, por ser um mistério, por sua própria essência divina,
assume a cor que lhe atribuem, além de todas as outras, pois um mistério é a Manifestação Divina
do Divino Criador, tornada visível aos olhos humanos, os quais, por mais que estudem, jamais serão
capazes de penetrar no interior de um mistério para desvendá-lo.
Em verdade, um Orixá irradia todas as cores, pois irradia em todas as sete faixas ou padrões vibrató-
rios, e cada tipo de vibração, ao graduar a velocidade do giro, pode ser para mais ou para menos, dá
uma cor a cada um dos elementos irradiados na forma de energias.

Por isso, uns dizem que Ogum é azul e outros dizem que é vermelho. Ou uns dizem que Xangô é ver-
melho e outros dizem que é marrom.
Os Oguns individualizados assumem a cor vermelha, na Umbanda, porque o próprio astral aceitou
essa classificação que fixaria a sua identificação e facilitaria seu entendimento. E o mesmo ocorreu
com o marrom de Xangô.

Mas nós sabemos que as cores dos Oguns variam de acordo com a faixa vibratória em que atuam. E o
mesmo acontece com todos os Orixás, pois temos Iansãs que irradiam a cor amarela, a cor vermelha,
a cor azul, a cor cobre, a cor dourada, etc.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Logo, discutir a cor dos Orixás é um assunto ainda desconhecido no plano material. O comprimento
de onda ou a velocidade da irradiação é que determina se uma energia irradiada é azul, verde ou ver-
melha. E o comprimento de onda ou velocidade obedece ao tipo de elemento e ao padrão vibratório
da faixa por onde ele está sendo irradiado.

No padrão vibratório cristalino, as cores das energias praticamente desaparecem. No padrão vibrató-
rio telúrico, elas assumem tonalidades tão densas, que temos a impressão de poder pegá-las com as
mãos.
Além do mais, dentro de uma mesma faixa vibratória, temos os subníveis vibratórios. E aí a coisa com-
plica ainda mais, porque nos subníveis mais elevados, as cores se sutilizam, e, nos mais baixos, elas
se densificam.
Mas todos os Orixás são Mistérios Divinos e aceitam, sem discussões as cores que já lhe atribuíram
ou haverão de atribuir-lhes, pois, como Mistérios, trazem em si todas as cores.
Então que na mente das pessoas se afixe a cor que melhor irá permitir sua interação vibratória com
seu querido Orixá, pois através dessa via colorida seu Orixá atuará em todo o seu mental, espiritual,
emocional e físico, e o fará com tanto amor que, no fim, no imenso oceano da vida, todos serão cinti-
lantes e multicoloridos “pingos” de amor à criação e de fé, muita fé, no nosso amoroso Criador.

Agora passaremos aos nossos amados filhos-de-santo e filhos-de-fé, as cores que temos permissão
de revelar, e que, se estudarem um pouco acabrão descobrindo fundamentos profundos no campo
das irradiações energéticas que começam a acontecer após nossos “pedidos” e orações, invocações
e firmezas, irradiações e cantos.

OXALÁ - Branco, cristalino, furta-cor.


OIÁ-TEMPO - Azul escuro, branco, preto e prata.
OXUM - Rosa, dourado, azul e amarelo.
OXUMARÈ - Azul, furta-cor, lilás e azul celeste.
OGUM - Azul escuro, prateado, vermelho.
IANSÃ - Amarelo, dourado, vermelho-coral.
XANGÔ - Marrom claro, dourado, vermelho.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

EGUNITÁ - Laranja, dourado e vermelho.


OXOSSI - Verde, azul escuro e magenta.
OBÁ - Magenta, dourado e vermelho.
OBALUAÊ - Branco, prateado, violeta e branco/preto.
NANÃ - Lilás, azul claro e roxo.
IEMANJÁ - Branco azulado, prateado cristalino, azul profundo (anil) e azul claro.
OMOLU - Vermelho, preto, roxo, branco, vermelho, preto.
EXU - Preto, e vermelho.
POMBAGIRA - Vermelho, e preto.

Portanto, fiquem com as cores que já se tornaram padrão, e está tudo certo para os nossos amados
Orixás, uma vez que eles querem vê-los a partir de sua fé, que deve ser pura e imaculada.

Capítulo 03
FLORES PARA OS ORIXÁS
Por Mônica Berezutchi

[...] Os Pais e Mães Orixás são administradores dessas essências vivas e Divinas do Criador que exis-
tem nas flores.
E quando dizemos “essa flor é deste Orixá”, é por que ela está “cheia” deste magnetismo onde o mes-
mo beneficia não só as pessoas, mas os ambientes também.

Vejamos algumas flores associadas as essências dos Pais e Mães Orixás.


• OXALÁ: rosa branca, lírio branco, margarida branca, copo de leite, girassol, jasmim, lágrima de Cris-
to, lírio da paz;
• OIÁ: rosa amarela, rosa champanhe, crisântemo amarelo, liziantro;
• OXUM: rosa cor de rosa, flores do campo, flor da fortuna, lírio amarelo e rosa, rosa amarela, calên-
dula, camomila;
• OXUMARÊ: flores do campo coloridas, flor de laranjeira, hortência;

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Orixás na Umbanda - Semana 06

• OXÓSSI: flores do campo coloridas, crisântemos coloridos, flores silvestres;


• OBÁ: gérbera magenta, azaléia cores vivas;
• XANGÔ: palma vermelha, bico de papagaio, cravo vermelho, margaridas vermelhas, gérbera verme-
lha;
• EGUNITÁ: rosa laranja, gérbera laranja, begônia, tulipa;
• OGUM: Antúrio vermelho, cravo vermelho.
• IANSÃ: palma amarela, rosa amarela, tango amarelo, boca de leão amarela, gérbera amarela, giras-
sol, crisântemo amarelo;
• OBALUAIÊ: crisântemo branco, margarida branca;
• NANÃ: palma lilás, crisântemo lilás, violeta, azaléia lilás
• YEMANJÁ: palma branca, rosa branca, azaléia, hortência;
• OMULÚ: crisântemo branco, cravo branco, crisântemo roxo.

As flores depositadas no Congá são parte integrante dos elementos que compõem as firmezas e elas
têm a função não só de “enfeitar” o Congá, mas sim de irradiar essas essências bem como de absor-
ver energias negativas.
Cada espécie tem seu magnetismo individual que são fontes vivas, com poderes que restabelecem
e desbloqueiam nossos chacras. Por isso também as flores associadas as ervas ou não, fazem parte
dos banhos ritualísticos que nós umbandistas praticamos.

Não tem fundamento algum colocar flores de plástico, papel ou de tecido no terreiro; e flores já colhi-
das colocadas em vasos já não possuem 100% de energia vital, então o ideal seria elas estarem vivas
ou seja plantadas em vasos.

As flores são utilizadas também nos amacis e lavagem de coroa, e as pétalas secas aplicadas no ritual
da defumação. Além disso, seria muito bom meu irmão, você ter em sua casa e no seu Conga pelo
menos uma flor.

E ao invés de você levar flores “mortas” aos pontos de força, leve-as em vasos e plante ao redor do
ponto de forças, este procedimento sim é a nossa conscientização que cultuamos a Natureza, não

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Orixás na Umbanda - Semana 06

sujamos, estragamos ou poluímos fontes naturais, que o Criador generosamente nos deixou para pre-
servarmos; pois cultuar também quer dizer cuidar. Que a essência das flores esteja com você irmão.

Capítulo 04
PLANETAS E ORIXÁS
Por Alexandre Cumino

O estudo da influência dos Planetas em nossas vidas é milenar. Historicamente, aparece na Suméria
onde surge pela primeira vez a escrita em nossa era atual. Acredita-se que a origem desse estudo
esteja na era anterior, do que conhecemos por Atlântida e Lemúria.

A Astrologia é considerada uma das ciências mais antigas da humanidade e por meio dela são revela-
das as qualidades que recebemos de cada planeta no momento em que nascemos. Todos podemos
saber qual é o nosso signo solar e ascendente, que resume um perfil parcial da pessoa, um estudo
completo se encontra na observação do mapa astral com suas 12 casas e respectivas posições dos
planetas em cada uma delas. A posição desses planetas nas casas astrais mostra que duas pessoas
com mesmo signo e ascendente podem ter comportamentos bem diferentes diante das situações
que a vida os coloca. Por isso não fazemos uma comparação direta entre signos e tronos, ou seja,
não basta saber o signo de uma pessoa para lhe atribuir o arquétipo de um trono, lembrando que te-
mos 12 signos e sete tronos maiores polarizados em sete femininos e sete masculinos. Sendo assim,
encontramos a presença desses tronos nos planetas e como temos a influência de todos os planetas
em nossa vida, também temos a influência de todos os tronos, cada um em um campo de sua vida.

Para facilitar a visualização do que estamos dizendo, fazemos a seguir uma analogia entre Planetas e
Orixás.
• Marte - Ogum e Iansã
• Vênus - Oxum e Oxumaré
• Mercúrio - Oxóssi
• Sol - Oxalá
• Plutão - Omulu
• Júpiter - Xangô e Egunitá/Oroiná

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Orixás na Umbanda - Semana 06

• Saturno - Obaluayê, Nanã e Obá


• Netuno - Yemanjá

Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos.


Alexandre Cumino. Editora Madras

Capítulo 05
CRISTAIS E OS ORIXÁS
Por Angélica Lisanty

Os Cristais são canais de pura energia cósmica, capazes de acumular, transmitir, ou ainda ter a função
de absorver energia nociva do ambiente purificando, ou mesmo cumprir muitas outras atribuições que
lhe dermos. Seu padrão vibracional atua nas dimensões naturais onde reinam os nossos amados Ori-
xás, podendo trazer diretamente de lá, energia canalizada em essência pura de cada um deles.

Seu “desenho cósmico”” ou sistema de cristalização, atrai vibrações compatíveiscom cada um dos
Tronos Divinos, cujas ondas se repetem e atuam magicamente beneficiando, trazendo a cura, limpan-
do um ambiente ou pessoa, trazendo a prosperidade, promovendo o equilíbrio, etc.

Os Tronos Divinos atuam magicamente através dos cristais que lhe pertencem:
• OXALÁ - Cristais translúcidos e Pedras Brancas
• LOGUNAN/OYÁ-TEMPO - Quartzo fumê Rutilado e Cristais com Inclusões
• YEMANJÁ - Água Marinha, Topázio Azul
• OMULÚ - Ônix, Vassoura da Bruxa
• NANÃ - Ametista, Sugilita, Fluorita Lilás
• OBALUAYÊ - Turmalina Negra, Basalto
• YANSÃ - Citrino, Cristal com Enxofre
• OGUM - Granada, Hematita, Magnetita
• EGUNITÁ - Ágata de Fogo, Topázio, Calcita Laranja
• XANGÔ - Jaspe Vermelho, Bauxita
• OXUM - Quartzo Rosa, Lepdolita, Rubi
• OXUMARE - Fluorita Multicolorida, Turmalina Melancia
• OXOSSI - Quartzo Verde, Esmeralda
• OBÁ - Turmalina Verde, Madeira Petrificada

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Capítulo 06
TABELA DOS ORIXÁS E ELEMENTOS

1º 2º
ORIXÁ COR PEDRA MINÉRIO QUALIFICATIVO
ELEMENTO ELEMENTO

branco/doura- quartzo
OXALÁ CRISTAL TODOS ouro congregador
do cristalino

branco/ quartzo fumê


OYÁ CRISTAL AR estanho desmagnetizador
prata rutilado

OXUM MINERAL FOGO rosa ametista cobre agregador

diluidor/
OXUMARÉ CRISTAL MINERAL furta-cor opala antimônio
renovador

OXOSSI VEGETAL AR verde esmeralda manganês expansor

OBÁ TERRA VEGETAL magenta calcedônia hematita concentrador

vermelho/mar-
XANGÔ FOGO AR pedra do sol pirita equilibrador
rom

IANSÃ AR FOGO amarelo citrino níquel direcionador

azul escuro/ rubi/


OGUM AR FOGO ferro ordenador
vermelho granada

laranja/
EGUNITÁ FOGO AR topázio magnetita consumidor
cobre

OBALUAIYÊ TERRA ÁGUA roxo turmalina cassiterita transmutador

NANÃ ÁGUA TERRA lilás rubelita prata decantador

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Capítulo 07
PAI OGUM
Por Alexandre Cumino

Ogum, Ares, Indra, Vayu, Vishnu, Ganesha ou Ganapati, Kalki, Kartikeya ou Skanda, Twachtri, Odim,
Lugh, Gushkin-bea, Panigara, Resheph, Zababa, Ninrud, Liu Pei, Kwan Kun, Maristin, Huitzilopochtli,
Comentários.

OGUM
Divindade de Umbanda, é o Trono Masculino da Lei, irradia a Lei o tempo todo de forma passiva não
forçando ninguém a vivenciá-la, mas sustentando a todos que buscam a Lei. Fator ordenador, Ogum
é a Lei de Deus em ação, na vida das pessoas, aquele que absorve a força de Ogum consegue en-
xergar tudo de um ponto de vista ordenador, assim é que os caminhos se abrem, pois o sujeito passa
enxergar seus pontos falhos e essa postura transmite confiança ao próximo.

Elemento ar (que controla o fogo), presente nos caminhos. Sua cor é o azul-escuro ou vermelho.
Ogum é quem abre os caminhos e vence as demandas. Vemos em seu simbolismo a espada e o
elemento ferro. Ogum mexe muito com o emocional, é uma natureza impulsiva. Pedra: Quartzo azul,
sodalita e hematita.

Ares
Divindade grega, Marte romano, filho de Zeus e de Hera, era a personificação do Deus da guerra, con-
siderado o pai de diversos heróis; amante de Afrodite com a qual teve o filho Eros Hefaístos, marido de
Afrodite, apanhou os amantes na cama com uma rede, tão forte que nem mesmo Ares pode romper.
O temperamento de Ares chegava até a incomodar Zeus, por dedicar tanto de seu tempo à guerra.

Indra
Divindade hindu da guerra, “Chefe” ou “Senhor”, Rei dos Deuses, Senhor dos Céus, controlador do
relâmpago, sua arma é o raio empunhado com a mão direita; governa o tempo e manda a chuva. É o
patrono dos nobres militares.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Vayu
Divindade hindu do vento, do ar e do prana. Divide seu poder com Indra, “O Senhor do Céu” e “Rei
dos Deuses”.
Vishnu — É a segunda pessoa da trindade hindu, responsável pela proteção, manutenção e preser-
vação da criação. Da raiz “vis’ (“estar ativo”), a palavra Vishnu significa “aquele que tudo penetra” ou
“aquele que tudo impregna”.
Sua consorte é a divindade Laksmi, Senhora da beleza, do amor e da prosperidade.
A partir de Vishnu surgem os avatares, encarnações divinas, com a missão de restabelecer a ordem
divina para a humanidade. É o grande mantenedor da Ordem no Universo.

Ganesha ou Ganapati
Divindade hindu, Senhor (“isa”) das hostes (“gana”) de seu pai Shiva ou “Senhor das multidões de
Divindades inferiores a serviço de Shiva”. É o “Senhor dos Exércitos”. Ganesha é uma das Divindades
mais populares na Índia. É o filho de Shiva e Parvati. Costuma aparecer na entrada de templos e ca-
sas, sendo reverenciado antes das cerimônias. Deus da Sabedoria e eliminador de obstáculos. Tem
um dente quebrado, pois ele mesmo o quebrou para escrever os vedas (“conhecimento”, escrituras
sagradas hindus). Aparece sempre ao seu lado um rato, como o desejo mantido sob controle. Seu
auxílio é evocado ao começar novas empreitadas e no início dos livros.

Kalki
Divindade hindu, futura encarnação de Vishnu, guerreiro, vem montado em um cavalo branco e em-
punhando sua espada de fogo.

Kartikeya ou Skanda
Divindade hindu da guerra, filho de Shiva e irmão de Ganesha. Persegue os demônios em defesa do
homem. Cavalga em um pavão, tem seis cabeças e 12 braços. Uma flecha, um raio e uma maçã.

Twachtri
Divindade hindu com qualidades de ferreiro, fabrica o raio e as armas de Indra.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Odim
Divindade nórdica, é o senhor do panteão e pai de Thor. Aparece como o maior de todos os guerreiros.
Muito parecido com o Zeus grego, embora sejam Tronos de qualidades diferentes, pois um é Justiça
e o outro, a Lei. Recebia no Valhalla, com banquetes, todos os grandes guerreiros.

Lugh
Divindade celta, guerreiro que mais habilidades possuía. Sempre montado em seu cavalo com sua
lança mágica à mão.

Gushkin-bea
Deus patrono da metalurgia.

Panigara (Pap-nigin-gara)
Deus guerreiro, assimilado por Ninurta.

Resheph
Deus sírio da guerra, com cabeça de gazela.

Zababa
Divindade sumeriana, guerreiro. Aparece no Período Sumério Antigo e seu nome consta dos tempos
pré-sargônidos. Foi um deus da cidade de Kish, um guerreiro posteriormente identificado com Ningir-
su e Ninurta.

Ninrud
Deus guerreiro sumério, vencedor heróico de muitas vitórias, deus da agricultura e da fertilidade. Filho
de Ellil. Assimilado com Ningirsu.

Liu Pei
Divindade chinesa que liderou um exército de voluntários para abafar uma rebelião e restaurar o im-
pério. Junto com Kuan Kung e Chang Fei, era adorado como Divindade da honra e do dever, os três

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Orixás na Umbanda - Semana 06

são companheiros e guerreiros.

Kwan Kun
Divindade chinesa, é o guardião e protetor da divindade Kwan Yin, Senhor das artes marciais aparece
com muitos atributos sempre muito bem armado.

Maristin
Divindade japonesa da guerra, em sua honra realiza-se anualmente um simulacro de combate.

Huitzilopochtli
Divindade asteca do Sol e da Guerra, era uma das Divindades favoritas.

Comentários
Trono Masculino da Lei, Ogum, apresenta-se como o senhor da guerra ancestralmente. São muitas as
Divindades pagãs relacionadas ao fio da espada e à Lei Maior, o que nos fornece farto material para
estudar essa natureza divina tão mal humanizada por nós. Na Umbanda, Ogum sincretiza com São
Jorge Guerreiro.

Capítulo 08
MÃE IANSÃ
Por Alexandre Cumino

Iansã, Themis, Atena, Astréia, Nike, Bellona, Justitia, Maat, Anat, Durga, Indrani, Valquírias, Maeve,
Nehelenia, Irnini, Inanna, Andrasta, Mah, Daena, Anat, Rauni, Perkune Tete, Comentários.

IANSÃ
Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Lei, absorve o desequilíbrio na justiça de forma ativa,
reconduzindo o ser ao equilíbrio; cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade
divina com más intenções.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Fator direcionador, ajuda a encaminhar as pessoas, mostrando-lhes o caminho certo a seguir. A mais
guerreira de todos Orixás Femininos, atuando no sentido da Justiça junto de com Xangô, e na Lei
com Ogum. Seu elemento é o ar que movimenta e sustenta o fogo, uma vez que Iansã é movimento
o tempo todo. Pedra: Citrino. Ponto de força: Pedreiras. Sua cor é o amarelo.

Themis
Segunda esposa de Zeus, era uma titânide da Justiça e da ética, guardiã da balança. Conhecida por
seus sábios e justos conselhos, chegou a ajudar Zeus quando esse se casou com Hera.

Atena
Divindade grega, nasce já toda armada e crescida da cabeça de Zeus, carregava uma lança e um
escudo. De todas as Divindades gregas, Atena é uma das mais guerreiras.

Astréia
Divindade grega da justiça, vive no céu afastada da Terra pela maldade dos homens.

Nike
Divindade grega das vitórias equivalente à romana Victória.

Bellona
Divindade romana da Guerra, da estratégia e da soberania territorial, evocada para decidir táticas,
estratégias e negociações.

Justitia
Divindade romana, chamada em todos os juramentos e promessas.

Maat
Divindade egípcia, feminina, da justiça e da verdade, com sua pluma, que costuma carregar na ca-
beça, mede o peso dos corações dos homens na balança de Anúbis, caso o coração seja mais leve
que a pluma se trata de um nobre de espírito merecedor da luz caso contrário... Maat era filha de Rá

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Orixás na Umbanda - Semana 06

e esposa de Thoth.

Anat
Divindade egípcia da guerra, veste-se com a pele de pantera, segurando nas mãos um cetro e a cruz
alada ou o escudo e a lança.

Durga
Divindade hindu, “Inacessível”, guerreira, costuma aparecer montada em um tigre empunhando sua
espada com a qual venceu o “Demônio Vasuki”. Possui 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas
dadas pelos deuses. Ela é implacável contra os demônios, o que em nós representa principalmente
nosso ego e ignorância.

Indrani
Divindade hindu, consorte de Indra, o deus da guerra, igualmente guerreira.

Valquírias
Divindades nórdicas guerreiras. Geurahod era a valquíria que decidia a vitória nos combates. Essas
guerreiras eram conhecidas pela luminosidade de suas armaduras, assim também chamadas “luzes
do norte”.

Maeve
Divindade celta, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht. Mulher de beleza
“intoxicante” e “embriagante”, forte, guerreira e estrategista. O festival pagão de Mabon era come-
morado em sua homenagem. Deusa da guerra muito similar a Morrigan, fez com que seu guerreiros
experimentassem as dores do parto. É rainha de Connacht, traz o poder feminino e da terra. Famosa
por sua beleza e possessão sexual, teve muitos ¬amantes, em sua maioria oficiais de seu exército, o
que assegurava a lealdade de suas tropas. Muitos homem lutavam com toda a sua garra nos campos
de batalha por uma possibilidade de receber seus favores sexuais.
Sempre aparecia cavalgando cavalos selvagens e vivia cercada de animais. Cabelos ruivos, sempre
andava com a espada e o escudo.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Nehelenia
Divindade celta guardiã dos caminhos. Protegia viajantes e abria os portais de mundos desconheci-
dos, para o buscador, através dos sonhos, conduzindo a uma viagem de iniciação interior.

Irnini
Divindade sumeriana da guerra assimilada por Ishtar.
Inanna — Divindade sumeriana, Ishtar babilônica. Como Inanna foi a deusa de Uruk, a portadora das
leis divinas. Divindade do Amor, da fertilidade e da guerra. Adorada por seu poder e força. Desposou
o mortal pastor Dumuzi e o transfomou em rei de Uruk, o que tornou a terra fértil e próspera.

Andrasta
Divindade celta da Guerra, chamada de “A Invencível”.

Mah
Divindade da Guerra na Capadócia.

Daena
Divindade persa, guardiã da Justiça, protetora das mulheres e condutora das almas.

Anat
Divindade mesopotâmica da Guerra, da vida e da morte. Guerreira, virgem e mãe. Tendo se relacionado
com muitos deuses, seu aspecto de virgem serve para lembrar que Anat é dona de sua sexualidade.

Rauni
Divindade finlandesa, senhora do trovão e esposa do deus do relâmpago.

Perkune Tete
Divindade eslava do trovão e do relâmpago.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Comentários
Trono Feminino da Lei, Iansã, assim como Ogum é facilmente identificada entre os povos guerreiros
em culturas menos patriarcais quanto à nossa atual. Na Umbanda, é sincretizada com Santa Bárbara,
santa dos raios e trovões que aparece empunhando uma espada.

Capítulo 09
PAI OBALUAYÊ
Por Alexandre Cumino

Obaluayê, Caronte, Osíris, Rudra, Taliesin, Enki, Dumuzzi, Ninazu, Mimir, Shou Lao, Gtsitemo, Co-
mentários.

OBALUAYÊ
Divindade de Umbanda, é o Trono Masculino da Evolução, irradia Evolução o tempo todo de forma
passiva, não forçando ninguém a vivenciá-la, mas sustentando a todos que buscam evoluir. Fator
transmutador. Orixá Masculino que junto a Omolu reina no Cemitério, por ser o Senhor das Almas.
Também muito evocado como Orixá da cura, já que é senhor das transformações e das passagens,
tem facilidade de levar do estado doentio ao estado saudável. Elemento terra, presente no Mar e ce-
mitério. Sua cor é o violeta ou branco e preto.
Obaluayê: “Rei das almas do Ayê”, “Senhor das almas”. É considerado um Orixá velho, ancião, cober-
to de palha da costa.

Caronte
Divindade grega, era o barqueiro velho e mal humorado que atravessava o rio Aqueronte, pelo qual
todos os mortos tinham que passar para chegar ao mundo subterrâneo. Todos tinham que lhe pagar
a viagem e, por isso, os gregos punham uma moeda na boca de seus mortos.

Osíris
Divindade egípcia, masculina, das mais cultuadas tendo vencido a morte e se tornando rei no mundo
dos mortos é sempre evocado na passagem desse mundo para aquele. Os faraós quando mumifica-

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Orixás na Umbanda - Semana 06

dos eram vestidos de Osíris para contar com sua proteção.

Taliesin
Divindade celta, o Ancião senhor da sabedoria, da transmutação, da evolução e da magia.

Enki
Divindade sumeriana, “O Senhor (En) da Deusa terra” ou ainda “O senhor da terra”, é filho da “velha
mãe água” Namur. O deus mais antigo de origem suméria aparece também como assírio-babilônico
como o deus da superfície terrestre. Deus da sabedoria e do renascer (purificação) pelas águas, o que
acontecia nos rituais da “casa de batismo” ou de “lavagem”.
Ele podia trazer os mortos à vida, pois dele era toda a fonte do conhecimento mágico da vida e da
imortalidade. Foi chamado de Ea na Babilônia. Berossos, sacerdote babilônico tardio, 280 a.C., atri-
buía a Enki o nome de Oannes que pode ser comparado com o grego Iõanes, o latino Johannes, o
hebraico Yohanan, João, daí chegamos a João Batista e a idéia do renascimento pela água.

Dumuzzi
“Filho fiel”, deus sumério, consorte de Inanna, irmão de Geshtin-anna, rei-pastor de Uruk, guardião do
portal dos céus de Anu, junto com Gishzida, e pescador de Ku’ara. Passa metade do ano no Mundo
Subterrâneo, depois da descida de Inanna e do acordo que fez com Ereshkigal. Nome pronunciado
Du’uzi na Assíria; chamado Tammuzi, na Babilônia, e Adonis, na Grécia.

Ninazu
Divindade babilônica, Deus de Eshnunna. Templo chamado E-sikil e E-kurmah. Filho de Enlil e Ninlil,
concebido durante a descida de Enlil e Ninlil ao Mundo Subterrâneo, pai de Ningishzida. Substituído
por Tishpak como patrono de Eshnunna. Deus babilônico da cura, da mágica e dos encantamentos.

Mimir
Divindade nórdica, sábio enviado pelos Aesir aos Vanir para estabelecer uma trégua entre eles e que
é morto pelos Vanir. Odin preserva a sua cabeça e coloca-a junto à fonte na base da raiz de Yggdrasill
que mergulha em Jotunheim. A fonte fica conhecida como Fonte de Mimir de cujas águas Odin bebe

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Orixás na Umbanda - Semana 06

para adquirir sabedoria. Como pagamento, ele dá um dos seus próprios olhos.

Shou Lao
Divindade chinesa, seu nome significa “estrela da vida longa”. Aparece como um velho calvo e sorri-
dente, traz a longevidade, carregando um pêssego, símbolo da imortalidade e, às vezes, traz também
uma cabaça, símbolo de prosperidade.

Gotsitemo
Divindade japonesa chamada para curar as moléstias.

Comentários
Trono Masculino da Evolução, Obaluayê, aparece sempre como o detentor da sabedoria, facilmente
encontrada nos mais velhos que já passaram pelas experiências da vida. Sempre nos auxilia a fazer
as passagens entre realidades durante nossa evolução. Na Umbanda, é sincretizado com São Lázaro.

Capítulo 10
MÃE NANÃ BUROQUÊ
Por Alexandre Cumino

Nanã Buroquê, Perséfone, Maia, Hécate, Shitala, Hell, Cerridwen, Belet-seri, Ereshkigal, Befana, Baba
Yaga, Madder-akka, Cailleach, Comentários.

NANÃ BUROQUÊ
Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Evolução, absorve o que impede o ser de evoluir de
forma natural. Cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más in-
tenções. Fator decantador, ajuda a decantar nossos males e tudo o mais que atrasa nossa caminhada.
Aparece como uma velha senhora, arquétipo da avó paciente e sábia. Elemento água. Ponto de força
nos lagos. Sua cor é o lilás.

Perséfone

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Orixás na Umbanda - Semana 06

Divindade grega (seus movimentos refletiam as estações do ano). Casada com Hades, filha de Demé-
ter, tornou-se rainha do mundo subterrâneo.

Maia
Divindade grega, Mãe de Hermes, avó de Pã, divindade de culto tão antigo que é considerada pré-he-
lênica, anciã detentora de grande sabedoria e senhora da noite.

Hécate
Divindade grega, Senhora dos mortos e da noite, tinha o dom de proteger contra os maus espíritos;
era cultuada e oferendada nas encruzilhadas

Shitala
Divindade hindu feminina da varíola ligada, portanto, às doenças e à cura.

Hell
Divindade nórdica da região dos mortos. Aquela que reina sobre os abismos de Helheim e Niflheim.
Antiga Deusa da terra. Aparecia com partes do corpo infectadas por doenças.

Cerridwen
Divindade celta, senhora da noite e da magia. Cerridwen traz o arquétipo da velha senhora detentora
da sabedoria antiga, que possui o caldeirão mágico onde decanta suas poções.
Ereshkigal
Divindade sumeriana e babilônica, “Rainha da grande terra”, “Rainha da Terra”, avó de Inanna em al-
guns mitos e sua irmã em outros. É a esposa de Gugalana e mãe de Ninazu. Deusa dos mortos, do
Mundo Subterrâneo. Muitos hinos são dedicados a ela.

Befana
Antiga Divindade da região itálica, representa a ¬anciã que trazia presentes para as crianças e espan-
tava os espíritos do mal.

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Orixás na Umbanda - Semana 06

BabaYaga
Divindade eslava, anciã, enorme velha com cabelos desgrenhados. Aparecia com pés e bocó de ave.
Construía sua casa com os ossos dos mortos. Viajava montada em um socador de grãos. Tinha mo-
dos impetuosos, selvagens e penetrantes. Destruidora do que é superficial, eterno.

Madder-akka
Divindade finlandesa, “a velha”. Mãe das deusas Juks-akka, Sar-akka, Uks-akka, padroeira dos partos
e guardiã das almas das crianças até que elas estivessem prontas para encarnar.

Cailleach
Divindade celta, pouco conhecida, trazia as doenças, a velhice e a morte. É uma velha senhora ou ve-
lha bruxa. Guardiã do portal que leva aos períodos de escuridão do ano, é também Divindade evocada
perante a morte e a transformação.

Comentários
Trono Feminino da Evolução, Nanã Buroquê, aparece para nós como uma avô, a velha senhora que
tem a paciência e a sabedoria para nos ouvir. Na Umbanda, é sincretizada com Santa Ana.

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