Comunicação Na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais
Comunicação Na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais
Comunicação Na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais
De acordo com Constituição Federal, §1º, Art. 37, “A publicidade dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”.
Dessa forma, busca-se evitar que os gestores públicos utilizem a máquina pública para
promoção pessoal, o que caracterizaria desvio de finalidade, além de ferir diversos
princípios administrativos, tais como legalidade, moralidade e impessoalidade.
O conceito de comunicação pública diz respeito ao aparato estatal e as ações
governamentais. A comunicação pública se destina a ser um espaço de debate e
publicação de decisões referentes à gestão, fiscalização, controle e solução de conflitos
em um Estado soberano.
Redes organizacionais
Uma rede nada mais é que um conjunto de pessoas, organizações etc. ligados através de
um conjunto de relações sociais de um tipo específico (amizade, transferência de fundos
etc.). Assim, segundo Nohria (1992)[2], a estrutura de qualquer organização deve ser
entendida e analisada em termos de múltiplas redes de relações, incluindo-se
fornecedores, distribuidores, agências reguladoras e outras organizações.
Para os autores Armand Mattelart e Michèle Mattelart[4], a multiplicação das formas de
comunicação, acionadas pelas organizações não governamentais ou por outras associações
da sociedade civil, constitui realidade inédita do processo de mundialização; essas novas
redes sociais passam a fazer parte do debate sobre a possibilidade de um espaço público
em escala planetária. Em todas as latitudes, a problemática da transformação do espaço
público, nacional e internacional, tende, aliás, a ocupar lugar de destaque nas abordagens
críticas inspiradas pela sociologia, pela ciência política e pela economia política.
Podemos elencar como características principais das redes organizacionais:
● descentralização organizacional;
● ausência de controle hierárquico entre atores;
● relações mais horizontalizadas, complementares e abertas;
● pluralismo e diversidade cultural;
● forma democrática e participativa, em torno de causas afins;
● estruturas flexíveis e estabelecidas horizontalmente;
● atuações colaborativas que se sustentam pela vontade e afinidade de seus
integrantes;
● objetivos específicos em comum;
● participantes definidos;
● pessoas interligadas com ampla utilização da tecnologia da informação;
● multiplicação de lideranças;
● livre trânsito entre os níveis hierárquicos da organização;
● inovação;
● rapidez de resposta às demandas ambientais;
● estimula o desenvolvimento e a competitividade.
Mas, nem tudo são flores! Sobral e Peci (2008)[6] destacam alguns pontos fracos da
estrutura em rede:
Fica fácil inferir que a opção por esse tipo de gestão requer abrir mão de questões sobre
poder. No caso da Administração Pública, a escolha dessa relação envolve um caráter mais
político, uma atuação mais cooperativa.
● subsidiariedade - o Estado deve ser substituído pela sociedade em tudo o que não
seja essencial;
● adoção de tecnologias - modernizar a gestão pública mediante investimentos em
equipamentos, softwares e treinamento de pessoal;
● transparência - tornar públicas as ações/decisões como medida para combater a
corrupção e o nepotismo (atuação conjunta dos órgãos de controle e da sociedade);
● participação dos cidadãos - fomento à participação dos cidadãos com vistas ao
fortalecimento da democracia, aumento da legitimação dos governos e formação
de novos canais de comunicação;
● novos agentes da administração - capacitar os servidores públicos e remunerá-los
melhor do que a iniciativa privada, a fim de atrair os melhores profissionais;
● flexibilidade - estrutura administrativa flexível para adaptação às constantes e
diversas mutações nacionais e globais;
● coordenação - estabelecer meios de cooperação entre as instituições públicas e os
demais atores;
● aprendizado - aprender com os erros constatados, e utilizá-los para aperfeiçoar a
gestão.