Anásile Da Viabilidade de Projetos de Geração de Energia Fotovoltaica Considerando Aspectos de Qualidade Da Energia Elétrica PDF
Anásile Da Viabilidade de Projetos de Geração de Energia Fotovoltaica Considerando Aspectos de Qualidade Da Energia Elétrica PDF
Anásile Da Viabilidade de Projetos de Geração de Energia Fotovoltaica Considerando Aspectos de Qualidade Da Energia Elétrica PDF
Janaúba
2019
Fábio Henrique Silveira Santos
Janaúba
2019
Ficha Catalográfica – Sistema de Bibliotecas/UFVJM
Bibliotecário
Janaúba
2019
Dedico este trabalho a minha família pelo apoio e
pelo incentivo em realizá-lo e a meu orientador Prof.
Dr. Jáder Breda pela confiança e oportunidade.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço à Deus por ter me guiado com fé, saúde e perseverança
nesta caminhada.
Agradeço à minha família, em especial aos meus pais, Vilmar e Maria da Glória
pelo apoio e incentivo ao longo de toda minha trajetória. Foi através dos seus conselhos que
serviram de alicerce nas minhas realizações.
Ao meu irmão Flávio Rodrigo, pela amizade e atenção dedicados nos momentos de
necessidade.
A todos os meus amigos de graduação, que compartilharam diversos desafios
enfrentados nesta árdua caminhada.
Ao meu orientador Jáder Breda pela dedicação, confiança e paciência na elaboração
deste trabalho. Apesar de sua intensa rotina de sua vida acadêmica, aceitou me orientar neste
trabalho. Seus conselhos e suas valiosas indicações me direcionaram na conclusão deste projeto.
A todo corpo docente da UFVJM – Campus Janaúba, pela por transmitirem seu
conhecimento com muito profissionalismo, proporcionado um ensino de alta qualidade.
E a todos que contribuíram diretamente ou indiretamente na conclusão deste
trabalho.
RESUMO
O atual panorama mundial mostra a grande necessidade das nações desenvolverem alternativas
na utilização de fontes renováveis na obtenção de energia eletrica. O Brasil, um dos países com
maior potencial energético, investe maciçamente na geração de energia fotovoltaica, haja vista
que estudos comprovem inumeros fatores que influenciem o investimento para atender tal
demanda. A energia fotovoltaica consiste basicamente em transformar a irradiação solar em
eletricidade, através de sistema fotovoltaico, trabalhando que forma sustentável
ambientalmente. Os investimentos no setor veem crescendo constantemente, gerando uma
alternativa financeira, principalmente aqueles que vivem em regiões secas e áridas, como
destaque a região do norte de Minas Gerais. Com grande potencial de crescimento, o sistema
fotovoltaico pode acarretar em alguns problemas, como o aumento de cargas não lineares, que
comprometem o funcionamento e desempenho dos equipamentos eletrônicos e nos sistemas de
distribuição nas concessionárias, diminuindo a qualidade da energia elétrica. Este trabalho
consiste em avaliar o funcionamento da geração de energia solar, bem como os equipamentos
principais e o funcionamento dos próprios que a compõe, analisar os impactos causados pelos
distúrbios que afetam a qualidade da energia elétrica, apontar soluções, como a utilização de
métodos anti harmônicos e anti ilhamento dos inversores, para resolução de tais problemas e
analisar a legislação da ANEEL, PRODIST – módulo 8, sobre as referências aos aspectos da
qualidade de energia elétrica.
Palavras chave: Energia fotovoltaica. Qualidade de energia elétrica. Cargas não lineares.
Harmônicos. PRODIST – modulo 8
ABSTRACT
The current world panorama shows the great need of nations to develop alternatives in the use
of renewable sources to obtain electricity. Brazil, one of the countries with the highest energy
potential, invests heavily in photovoltaic power generation, given that studies prove numerous
factors that influence investment to meet this demand. Photovoltaic energy consists of
transforming solar radiation into electricity through photovoltaic system, working in an
environmentally sustainable way. Investments in the sector are constantly growing, generating
a financial alternative, especially those that live in dry and arid regions, especially the northern
region of Minas Gerais. With great growth potential, the photovoltaic system can lead to some
problems, such as the increase of nonlinear loads, which compromise the operation and
performance of electronic equipment and distribution systems in utilities, reducing the quality
of electricity. This work consists of evaluating the operation of solar energy generation, the
main equipment and the operation of its own components, analyzing the impacts caused by
disturbance that affect the power quality, finding solutions, such as the use of methods anti-
harmonics and anti-islanding of inverters, to appoint such problems and to analyze the
legislation of ANEEL, PRODIST - module 8, on the references to the aspects of power quality.
Figura 1 – Previsão do crescimento de cargas de energia elétrica nas regiões brasileiras ...... 16
Figura 2 – Gráfico da análise das 1008 leituras semanais do perfil eficaz de tensão ao longo de
uma semana ........................................................................................................................ 20
Figura 3 – Triângulo de Fator de Potência e sua defasagem ................................................. 21
Figura 4 – Forma de Onda Distorcida (harmônica) ............................................................... 22
Figura 5 – Desequilíbrio de tensões em função da magnitude e fase ..................................... 25
Figura 6 – Exemplo de Flutuação de Tensão ........................................................................ 27
Figura 7 – Exemplo de Variação de Frequência .................................................................... 29
Figura 8 – Onda com Afundamento de tensão ...................................................................... 31
Figura 9 – Onda com Elevação de tensão ............................................................................. 32
Figura 10 – Onda com Interrupção de tensão ........................................................................ 33
Figura 11 – Estrutura básica de uma célula fotovoltaica ....................................................... 37
Figura 12 – Esquema do sistema ligado à rede (on-grid) ...................................................... 39
Figura 13 – Esquema do sistema autônomo ou isolado (off-grid).......................................... 41
Figura 14 – Tipos de módulos solares disponíveis no mercado ............................................. 44
Figura 15 – Célula de Silício (Si) Monocristalino ................................................................. 45
Figura 16 – Célula de Silício (Si) Policristalino .................................................................... 46
Figura 17 – Módulos fotovoltaicos de Filmes Finos utilizando CdTe.................................... 47
Figura 18 – Módulos fotovoltaicos de Arsenato de Gálio (GaAs) ......................................... 48
Figura 19 – Módulos fotovoltaicos de células orgânicas ....................................................... 49
Figura 20 – Caixa de Junção de um módulo fotovoltaico ...................................................... 50
Figura 21 – Conectores MC4 ............................................................................................... 50
Figura 22 – Modelo de bateria fotovoltaica (Chumbo-ácido) ................................................ 52
Figura 23 – Processo de carga e descarga de uma célula de chumbo-ácido ........................... 53
Figura 24 – Modelo de controlador de carga trabalhando com outros equipamentos ............. 55
Figura 25 – Regulador “Shunt” e regulador “Série” com LDV opcional ............................... 56
Figura 26 – Modelos de Inversores presentes no mercado .................................................... 57
Figura 27 – Curva (I-V) da irradiância solar de uma célula fotovoltaica de silício ................ 61
Figura 28 – Curva (I-V) da irradiância da temperatura de uma célula fotovoltaica ................ 62
Figura 29 – Divisão e Subdivisão dos métodos de Anti-ilhamento........................................ 69
Figura 30 – Tempo máximo de operação em condições anormais de tensão e frequência ..... 71
Figura 31 – Modelo de filtro harmônico ativo ...................................................................... 73
Figura 32 – Circuito de um inversor operado por filtro ativo paralelo ................................... 74
Figura 33 – Modelo de filtro harmônico passivo................................................................... 74
Figura 34 – Circuito de filtro passivo do tipo passa faixa ...................................................... 75
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13
1.1 Objetivo ....................................................................................................................... 14
1.2 Estrutura do Trabalho ................................................................................................ 14
3 METODOLOGIA .......................................................................................................... 43
3.1 Componentes básicos de um sistema fotovoltaico ...................................................... 43
3.1.1 Painel Solar Fotovoltaico .......................................................................................... 43
3.1.2 Baterias ..................................................................................................................... 51
3.1.3 Controlador de Carga ................................................................................................ 54
3.1.4 Inversor ..................................................................................................................... 57
3.2 Impactos dos equipamentos na Qualidade de Energia Elétrica ................................ 59
3.2.1 Parâmetros externos que afetam o desempenho das células fotovoltaicas ................ 59
3.2.2 Impactos causados pelos inversores .......................................................................... 62
3.3 Potencial de geração de energia fotovoltaica no norte de Minas Gerais e valorização
dos aspectos de Qualidade de Energia Elétrica nas empresas de energia solar no
município de Janaúba ....................................................................................................... 64
3.3.1 Geração de energia fotovoltaica no Norte de Minas Gerais ...................................... 64
3.3.2 Geração de energia fotovoltaica no município de Janaúba ....................................... 66
3.3.3 Cuidados com a Qualidade de Energia Elétrica pelas emepresas de energia solar em
Janaúba ............................................................................................................................. 67
5 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 76
1 INTRODUÇÃO
efeito conjugado de muitas cargas pode ser significativo e comprometer todo o sistema
fotovoltaico.
Surgem então inúmeras dúvidas para conciliar o trabalho na geração de energia solar e
os aspectos de qualidade de energia elétrica. Uma alternativa para amenizar essas perdas é a
utilização da geração distribuída, em razão da proximidade do centro de consumo com o centro
de geração. Entretanto, o uso de tecnologias que utilizam eletrônica de potência contribuem
para a degradação da qualidade da energia elétrica entregue aos consumidores, no que diz
respeito à inserção de frequências harmônicas no sistema (DA SILVA, 2016).
1.1 Objetivo
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Algumas das causas, estabelecidas pela (JRP ENERGY, 2019), podem ser consideradas
para a baixa qualidade de energia elétrica:
Perda de linha de transmissão
Curto-Circuito nos sistemas elétricos
Operação de cargas com características não-lineares
Falhas em equipamentos ou manobras da concessionária
Manobras de Cargas e Banco de Capacitores
Inversores de frequência e Reatores Eletrônicos
Etc.
E com as devidas causas, diversas consequências, de acordo com o site, são geradas
através dos problemas citados:
Danificação de Componentes
Queda no sistema e Perda de produção
Perdas de Dados e Erros de processamento
Sobreaquecimento de cabos e equipamentos
Sobreaquecimento de motores
Diminuição de performance
Etc.
Nesta secção serão apresentados alguns fenômenos de distúrbios que afetam a QEE no
sistema eletrônico dos equipamentos ou nas concessionárias de distribuição de energia e as
características de ambos.
Figura 2 – Gráfico da análise das 1008 leituras semanais do perfil eficaz de tensão ao
longo de uma semana.
Com a obtenção das leituras semanais das variações de tensão, pode-se calcular o índice
de duração relativa da transgressão para tensão precária (DRP) e o para tensão crítica (DRC)
de acordo com as seguintes equações:
𝑛𝑙𝑝
DRP = x 100[%] (1)
1008
𝑛𝑙𝑐
DRC = x 100[%] (2)
1008
Além disso, o npl (número de leituras situadas nas faixas precárias) e o npc (número de
leituras situadas nas faixas críticas) representam o maior valor entre as fases do número de
leituras situadas nas faixas precária e crítica, respectivamente.
Em relação aos limites de indicadores, os índices de Duração Relativa da Transgressão
Máxima de Tensão Precária - DRPM ficam em 3% (três por cento). E o índice da Duração
Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Crítica - DRCM é representado em 0,5% (cinco
décimos por cento).
O fator de potência (fp) é definido como a relação entre a potência ativa e a potência
aparente. Esse indicador determina a eficácia com que a potência ativa está sendo transferida
para a carga. O fator de potência só pode ser considerado igual ao cosseno do ângulo de
21
defasagem entre a tensão e a corrente no caso de ambas as grandezas serem senóides puras, ou
seja, não possuam componentes harmônicas (ROCHA, 2016).
Na Figura 3, apresenta o triângulo de fator de potência com suas orientações e ângulo
de defasagem (θ).
No item 3.1.1 do PRODIST, resume que o valor do fator de potência deve ser calculado
a partir dos valores registrados das potências ativa e reativa (P, Q) ou das respectivas energias
(EA, ER), utilizando-se as seguintes fórmulas:
𝑃 𝐸𝐴
ƒp = ou (3)
√𝑃2 + 𝑄2 √𝐸𝐴2 + 𝐸𝑅 2
Segundo a ANEEL, o controle do fator de potência deve ser efetuado por medição
permanente e obrigatória no caso de unidades consumidoras, cabe a unidade consumidora
verificar caso a tensão apresentar inferioridade de 230 V, fornecido pela distribuidora, se o fator
de potência possui ponto de conexão entre (0.92 a 1.0) indutivo ou (1.0 a 0.92) capacitivo,
segundo os resultados estabelecidas por norma.
O matemático e físico francês Joseph Fourier, estabelece que qualquer forma de onda é
proveniente de uma única forma de onda pura na natureza, conhecida por onda senoidal.
Considerando que a própria não deve possuir nenhum tipo de distorção harmônica, cuja
22
frequência será de 60 Hz, valor estabelecido no Brasil. Uma definição sobre o item, seria que
as distorções harmônicas são fenômenos associados com deformações nas formas de onda das
tensões e correntes em relação à onda senoidal da frequência fundamental, como representada
na Figura 4.
As distorções harmônicas, são fenômenos gerados por cargas com características não
lineares, podendo usar como exemplo, transformadores, motores, pontes retificadoras,
compensadores estáticos, computadores e lâmpadas com reatores nucleares. Também podem
ocasionar erros de controle de conversores, erros de medição de grandezas elétricas,
sobreaquecimento de núcleos ferromagnéticos e interferências nas telecomunicações.
Os harmônicos de corrente são produzidos por cargas não lineares, como exemplo os
equipamentos de eletrônica de potência. Essas cargas geram correntes não senoidais mesmo
sendo alimentadas com tensão senoidal. As correntes distorcidas ao circularem pela impedância
do sistema, que é constituída pela impedância da fonte mais impedância da fiação e
transformadores, provocam a distorção da onda de tensão. Essa é a origem dos harmônicos de
tensão, pois a concessionária produz, na geração, uma onda senoidal pura de tensão.
23
𝑉ℎ
𝐷𝐼𝑇ℎ % = × 100 (4)
𝑉1
√∑ℎ𝑚𝑎𝑥 𝑉ℎ 2
ℎ=2
𝐷𝑇𝑇% = × 100 (5)
𝑉1
1−√3− 6𝛽
FD% = 100√ (7)
1+ √3− 6𝛽
Onde,
4 4 4
𝑉𝑎𝑏 + 𝑉𝑏𝑐 + 𝑉𝑐𝑎
β= 2 + 𝑉 2 + 𝑉 2 )2 (8)
(𝑉𝑎𝑏 𝑏𝑐 𝑐𝑎
Em que, Pi (i = 0,1; 1; 3; 10; 50) corresponde ao nível de flutuação de tensão que foi
ultrapassado durante i % do tempo, obtido a partir da função de distribuição acumulada
complementar, de acordo com o procedimento estabelecido nas Normas IEC (International
Electrotechnical Commission): IEC 61000-4-15. Flickermeter – Functional and Design
Specifications.
Referente ao Limite para os indicadores, corresponde ao máximo valor desejável a ser
observado no sistema de distribuição. Na Tabela 7, fornece o resultado dos limites a serem
utilizados para a avaliação do desempenho do sistema de distribuição quanto às flutuações de
tensão, segundo PRODIST, módulo 8.
Pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos e abaixo de 57,5
Hz por no máximo 05 (cinco) segundos.
As interrupções de tensão são caracterizadas por eventos de tensão zero ou inferior a 0,1
pu (em função de tensão residencial de motores), causadas pelo clima, mau funcionamento do
equipamento, operação religamento ou interrupção no sistema de transmissão de energia. Se
dividindo em interrupções temporárias e permanentes, as causas referentes as faltas temporárias
podem ser galhos de arvores que se agitam ao vento ou por descargas atmosféricas gerando
frentes de ondas cujos níveis de tensão são superiores à capacidade de isolamento dos
isoladores. A principal causa relacionada a faltas permanentes se dá à queda de um poste por
abalroamento.
Segundo (ROCHA, 2016), as interrupções costumam ser eventos de curta duração. A
grande maioria das interrupções de energia tem duração inferior a 30 segundos. Por isso, os
sistemas de suprimento de energia ininterrupta podem ser baseados em banco de baterias.
Diante deste problema, existem módulos comerciais de sistemas com baterias que permitem
que uma indústria inteira continue a funcionar por algum tempo, para que comprometa o
sistema produtivo.
O PRODIST – módulo 8, classifica as interrupções em: interrupção momentânea de
tensão e interrupção temporária de tensão. A interrupção é considerada momentânea quando a
sua duração é inferior ou igual a três segundos, como mostrado na Figura 10. A interrupção é
considerada temporária quando a sua duração é superior a três segundos e inferior a três
minutos.
33
Mesmo citado anteriormente, o PRODIST recebe sua importância neste trabalho já que
o princípio na obtenção da qualidade de energia elétrica se baseia em um conjunto de regras e
normas a serem seguidas pelas concessionárias de energia, garantindo o não risco de fenômenos
de distúrbios surgirem.
As principais normas e regras que regem todos os conceitos e definições em relação a
distribuição de energia elétrica no país. Todas as informações técnicas encontradas neste
trabalho estão contidas na PRODIST - módulo 8, obtida na plataforma da ANEEL.
Referente ao primeiro módulo sobre qualidade do produto, que visa tratar os seguintes
fenômenos da qualidade do produto em regime permanente ou transitório. Definindo sua
terminologia, caracterizando os fenômenos e estabelecendo os indicadores e limites ou valores
de referência relativos à conformidade de tensão em regime permanente e às perturbações na
forma de onda de tensão, isso facilita o trabalho de identificação da ANEEL sobre os
mecanismos de deficiência na QEE. A qualidade vem organizar os fenômenos de duas formas
distintas, separando os em permanente e transitórias, como foram citados anteriormente.
Referente a qualidade de serviço, objetiva se estabelecer procedimentos relativos à
qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras aos consumidores, centrais geradoras e
distribuidoras acessantes. Com o intuito de definir os conjuntos de unidades consumidoras,
estabelece as definições, os limites e os procedimentos relativos aos indicadores de
continuidade e dos tempos de atendimento.
A energia solar é vista como uma alternativa energética futura, com a possível extinção
da era petrolífera no mundo. Com o intuito de converter energia solar em eletricidade, através
de tecnologia para desenvolvimento de células fotovoltaicas. Essa nova possiblidade
tecnológica, proporcionará grande sustentabilidade ambiental, pois se trata se uma fonte de
energia renovável e consideravelmente limpa, já que não utiliza recursos minerais ou a água
para obter energia, mas uma fonte infinita de energia, o Sol.
2.4.1 História
Define energia solar fotovoltaica como a conversão das células fotovoltaicas em energia
elétrica a partir de uma série de métodos listados a seguir.
Utilizando materiais de natureza semicondutor, que são conhecidos por possuírem uma
banda de elétrons de valência totalmente preenchidas por outros elétrons de valência de uma
banda de condução vazias em temperaturas baixas. A Figura 11 mostra a estrutura geral de uma
fotocélula, e outros conceitos.
37
À temperatura ambiente, existe energia térmica suficiente para que praticamente todos os
elétrons em excesso dos átomos de fósforo estejam livres, bem como que os buracos criados
pelos átomos de boro possam se deslocar (FADIGAS, 2012).
Considerando um silício puro, forem introduzidos átomos de boro em uma metade e
átomos de fósforo na outra, será formado o que se chama de junção pn. O que ocorre nesta
junção é que os elétrons livres do lado n passam ao lado p onde encontram os buracos que os
capturam; isto faz com que haja um acúmulo de elétrons no lado p, tornando-o negativamente
carregado e uma redução de elétrons do lado n, que o torna eletricamente positivo. Estas cargas
aprisionadas dão origem a um campo elétrico permanente que dificulta a passagem de mais
elétrons do lado n para o lado p; este processo alcança um equilíbrio quando o campo elétrico
forma uma barreira capaz de barrar os elétrons livres remanescentes no lado n.
Se uma junção pn, como o da figura acima, for exposta a fótons com energia maior que
o gap, ocorrerá a geração de pares elétron-lacuna; se isto acontecer na região onde o campo
elétrico é diferente de zero, as cargas serão aceleradas, gerando assim, uma corrente através da
junção; este deslocamento de cargas dá origem a uma diferença de potencial ao qual chamamos
de Efeito Fotovoltaico.
O sistema on-grid ou “grid tie” não necessitam de baterias já que estão conectados com
uma rede de distribuição elétrica, assim a potência gerada pelo sistema fotovoltaico pode ser
consumida pelos equipamentos elétricos ou destinadas para a rede.
O processo de funcionamento acontece quando, de forma sucinta, o painel fotovoltaico
gera energia elétrica em corrente contínua e, após convertê-la para corrente alternada, é injetada
na rede de energia elétrica. Tal conversão se dá pela utilização do inversor de frequência, que
realiza a interface entre o painel e a rede elétrica (PEREIRA e OLIVEIRA, 2011).
Segundo (RUTHER, 2004), este sistema se divide em dois tipos. O de forma
centralizada, como se fosse uma usina convencional e longe dos consumidores (grandes centrais
fotovoltaicas) e de forma integrada a edificação, próxima ao consumidor e descentralizada
(pequeno porte).
Como mostrado na Figura 12, o sistema on-grid envia energia para rede elétrica quando
a produção se encontra maior que o consumo, e realiza o processo inverso, quando o consumo
é maior que a produção. Portanto, a rede trabalha como um banco de baterias do sistema off-
grid, armazenando energia ou suprindo sua falta em horários específicos quando demandado. E
como propõe a resolução normativa da ANEEL (482/2012) onde o proprietário deve pagar a
concessionária apenas o que consome, e quando ele produz mais que utiliza energia, o próprio
deve receber na forma créditos o que foi produzido.
Deve-se ressaltar que este sistema possui suas vantagens e suas desvantagens referentes
ao seu funcionamento, a Tabela 9 expos estas diferenças.
O sistema off-grid é independente da rede elétrica básica para funcionar, já que a energia
produzida pelos módulos é armazenada por baterias, tornando-os bastante acessíveis a locais,
principalmente em comunidades rurais, fazendas e regiões pobres, com rede de distribuição
elétrica inexistente ou distante.
Em relação ao funcionamento, como mostrado na Figura 13, os painéis fotovoltaicos
captam a radiação solar convertendo-a em eletricidade. A eletricidade é encaminhada para um
controlador de carga, na qual é destinada posteriormente a um banco de baterias para o
armazenamento. Caso necessite da utilização de energia, as baterias encaminham a mesma para
o inversor, ocorrendo a conversão da CC para CA, para assim destiná-la aos equipamentos do
imóvel.
41
Além disso, algumas considerações devem ser analisadas, como o local para a instalação
do banco de baterias, cujo acesso deve ser destinada apenas para pessoas capacitadas ao
manuseio. O sistema off-grid não é ambientalmente sustentável, já que suas baterias possuem
degradação de baixo tempo, e na sua maioria, encontram-se metais pesados (chumbo e lítio) e
poluindo o meio ambiente e podendo causar riscos à saúde humana se não forem descartadas
adequadamente.
43
3 METODOLOGIA
Neste módulo será abordado os componentes básicos que compõe um modelo básico de
um sistema fotovoltaico e o funcionamento dos próprios. Além dos impactos de distúrbios que
os equipamentos geram, levando o comprometimento em seu funcionamento e na qualidade da
energia elétrica.
Silício (c-Si) Policristalino – Estas células são fabricadas a partir do mesmo material
que, ao invés de formarem um único grande cristal, é solidificado em forma de um bloco
composto de muitos pequenos cristais, como mostrado na Figura 16. A partir deste bloco são
obtidas fatias e fabricadas as células. A presença de interfaces entre os vários cristais reduz um
pouco a eficiência destas células. Na prática, os produtos disponíveis alcançam eficiências
muito próximas das oferecidas em células monocristalinas.
46
Além disso, o site (INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, 2017) afirma que considerando uma
eficiência de 30% (por eventuais perdas no processo industrial), os pesquisadores estimaram
que a energia solar gerada pela célula de (GaInP) custaria US$ 4,85 por watt e a da célula de
(GaAs) custaria US$ 7,15 por watt.
Segundo (FADIGAS, 2012), a evolução obtida nas eficiências dos diversos tipos de
células atualmente utilizadas, demonstram que existe uma crença de que as eficiências dos
módulos fotovoltaicos atingirão valores cada vez maiores nos próximos anos. Haja vista que
este comportamento já ocorre com frequência no mundo, onde no ponto de vista tecnológico.
50
Os conectores utilizados para interligar um módulo ao outro são conhecidos como MC4
e foram desenvolvidos e patenteados pela empresa alemã Multi-Contact para utilização em
sistemas fotovoltaicos. A Figura 21, o tipo de conector mais utilizado.
3.1.2 Baterias
As baterias, também conhecido como acumuladores, podem ser utilizados como fonte
alternativa para sistemas que não são conectados à rede (off-grid), e podem ser conectados
diretamente na rede elétrica (on-grid), já que em dias nublosos este sistema irá suprir a falta de
radiação solar.
Existem diferentes equipamentos que podem ser utilizados para armazenamento de
energia, mas as baterias são ainda utilizadas em maior escala, devido a sua funcionalidade. Uma
definição técnica em relação ao equipamento seria:
Taxa de carga e descarga: A taxa de carga está relacionada com o valor da corrente
aplicado na bateria no processo de carga, ou seja, a taxa referente a razão entre a
capacidade nominal da bateria em função de um intervalo de carga. Em relação a taxa
de descarga, o valor da corrente aplicado na célula ou bateria agora no processo de
descarga, ou seja, a taxa referente a razão entre a capacidade nominal de descarga em
um intervalo de tempo.
Vida útil do componente: Trabalha de acordo com o tipo de serviço que o usuário
definir. Podem ser classificados como ciclos ou período. Em relação aos ciclos de
tempo, a bateria ao longo de sua vida útil tende a sofrer falhas, devido as profundidades
de descargas constantes.
Diversos tipos de baterias são utilizados nas aplicações de modelos fotovoltaicos, como
exemplo as baterias de chumbo-ácido, como mostrado na Figura 22, e pelo de ser um modelo
mais antigo e não exótico atualmente, continuam sendo o modelo mais encontrado pelo menor
custo no mercado e eficiência. Também existem os modelos de níquel-cádmio que crescem
constante no mercado devido a praticidade na operação referente a posição e na alta densidade
de energia. Mesmo tendo algumas desvantagens comparada ao primeiro modelo, devido ao
elevado custo.
Algumas vantagens deste modelo estão relacionadas com o baixo custo na manutenção,
possui uma alta vida útil, sofrem ciclos profundos e podem ser deixadas descarregadas e
relacionando com altas temperaturas as próprias trabalham com mais eficiência comparada a
bateria chumbo-ácido. Já as desvantagens mais acentuadas seriam o elevado custo, como dito
anteriormente e os meios de medição do estado da carga são complexos.
Ect...
Vale ressaltar, que algumas restrições devem ser consideradas como a demanda de
energia e as curvas características, de carga e descarga, das baterias.
57
3.1.4 Inversor
Os inversores podem ser agrupados em dois tipos: os inversores comutados pela rede e
os auto-comutados. Segundo (RUTHER, 2004) e (COSTA, 2010) apresentam a diferença entre
ambos, onde o primeiro é utilizado para sincronizar o sinal da rede de distribuição e o segundo
se responsabiliza por controlar e sincronizar o sinal do inversor ao sinal da rede elétrica.
58
Determinados fenômenos podem afetar o desempenho das células solares podendo ser
influenciado pela irradiância incidente e sua distribuição espectral, além da temperatura de
operação da célula que pode vir a oscilar, principalmente nas condições que a irradiância
corresponde a 1.000 W/m2. Em condições de concentração da radiação solar o que implica na
utilização de dispositivos ópticos (lentes ou espelhos) para obtenção de níveis de irradiância
60
superiores aos naturais, a eficiência das células fotovoltaicas pode aumentar, se a temperatura
for controlada (PINHO e GALDINO, 2014).
Em diferentes situações de variação de irradiação solar, quando apresentar casos de alta
irradiância, a resistência em série, tornando-se um fator para reduzir a eficiência das células, se
a própria não estiver projetada nessas condições. Mas, quando a irradiância solar apresentar
baixos índices, deve se utilizar a resistência paralelo para reduzir a alta potência elétrica
armazenada.
Constata-se que a eficiência do módulo fotovoltaico não ser utilizada apenas na
indicação de qualidade do aparelho. Segundo (PINHO e GALDINO, 2014), a escolha de um
módulo fotovoltaico deve se basear em diversos fatores, como, custo, durabilidade, reputação
do fabricante, dentre outros. Em princípio, a eficiência não deve nortear a escolha do módulo a
não ser que a área disponível para instalação do painel fotovoltaico seja um fator restritivo. A
Tabela 13 apresenta valores distintos de potências médias por unidade de área, ocupadas por
módulos fotovoltaicos de diferentes tecnologias.
Um dos fatores que podem trazer alterações nos módulos solares é a influência da
irradiância solar. Quando a corrente elétrica gerada através de uma célula fotovoltaica, aumenta
linearmente com o aumento da irradiância solar no local, já que a tensão se circuito aberto
(VOC), aumenta de forma logarítmica, como apresentado na Equação 11, desde que seja mantida
a mesma temperatura de incidência.
𝐺
ISC = ISC – STC . ( 1000) (11)
61
Onde:
ISC (A) – corrente de curto-circuito do módulo, uma temperatura de 25ºC;
ISC - STC (A) – corrente de curto-circuito do módulo nas Condições Padrão de Teste (em
inglês, Standard Testing Conditions, STC);
G (W/m2) – irradiância incidente sobre o módulo;
1000 (W/m2) – irradiância nas STC.
fabricante, os inversores podem apresentar níveis de distorção harmônica na corrente maior que
os limitados nas normas técnicas, mesmo quando a tensão da rede apresenta baixo conteúdo
harmônico.
Por medida de segurança, os primeiros sistemas fotovoltaicos conectados à rede eram
projetados para trabalharem em baixas tensões e, portanto, transformadores na saída de
inversores eram necessários. No entanto, os transformadores além de pesados e caros, sempre
foram um obstáculo para os fabricantes conseguirem aumentar a eficiência de seus
equipamentos. Atualmente as plantas fotovoltaicas trabalham com tensões maiores e os
inversores sem transformadores conquistaram espaço no mercado, apresentando eficiências
maiores que os inversores com transformador.
A distorção harmônica total tende aumentar quando o nível de carregamento do inversor
e vai diminuindo independentemente da impedância da rede, embora seja possível encontrar
situações em que a presença de cargas elétricas reativas no ponto de conexão interfira no
conteúdo harmônico na corrente injetada pelo inversor na rede (URBANETZ, 2010). Além
disso, a presença de cargas reativas pode inclusive impedir a conexão dos inversores que
rejeitam a rede elétrica acusando falha no lado CA.
3.2.2.2 Ilhamentos
Outro problema comum são os ilhamentos, definidos por alterações na área do sistema
elétrico de potência (SEP), permanecendo energizada através de fontes de geração distribuída
presentes no SEP. Alguns fatores podem influenciar na ocorrência de problema, sendo divididos
e classificados em ilhamento intencional e não intencional. Segundo (DA SILVA, 2016), o
ilhamento intencional ocorre de forma planejada, quando a concessionária mantém parte do
SEP funcionando de forma isolada através de um ou mais geradores distribuídos. Já o ilhamento
não intencional, o próprio afirma que geralmente ocorre de forma não propagada, de modo que
o funcionamento de energia elétrica acaba sendo interrompido por fatores inesperados.
Nos sistemas fotovoltaicos, o ilhamento não intencional acaba se tornando um problema
indesejado, pois o próprio pode apresentar riscos de segurança do sistema e gerar um mal
funcionamento dos equipamentos conectados à rede. Segundo (BOWER e ROPP, 2002), as
causas mais comuns em sistemas fotovoltaicos são:
64
O estado de Minas Gerais vem se consolidando, com o passar dos anos, como o maior
produtor de energia fotovoltaica do Brasil e um dos maiores da América Latina. Segundo
pesquisas realizadas pela Atlas solarimétrico de Minas Gerais, desenvolvido pela Companhia
Elétrica de Minas Gerais (CEMIG), afirmando que o estado recebe um potencial da irradiação
solar para geração de energia duas vezes maior que todo o território da Alemanha, uma nação
que veem se destacando nos últimos anos no quesito de aproveitamento de luz solar, cuja
radiação em todo território mineiro varia entre 5,5 e 6,5 kWh/m2 (Kilowatts/ hora/ metro
quadrado) enquanto no país europeu atinge apenas 3,0 kWh/m2, uma diferença bastante
considerável (CEMIG - COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS, 2012).
Estes números tão significativos para o estado, se devem principalmente as
microrregiões localizadas no Norte do Estado, já que a região se consolida como o quarto
melhor ponto de irradiação solar do país, segundo resultados do Atlas solarimétrico da CEMIG.
65
De acordo com o site (VINTV, 2019), as cidades norte mineiras com maior produção são
Janaúba e Januária (5,7 kWh/m2), Montes Claros com (5,6 kWh/m2) e Pirapora (5,5 kWh/m2),
além de outras cidades espalhadas pelo estado, principalmente Uberlândia, além de se tornar a
representante mineira mais bem colocada em relação a sistemas fotovoltaicos instalados.
Para uma região que sofre bastante com a seca e a falta de água para agricultura e
pecuária, as empresas encontram uma alternativa para o norte do estado investindo em sistemas
fotovoltaicos garantindo renda, gerando empregos as populações próximas e criando
oportunidades de negócios futuros. Além disso, produtores locais começam a investir em
módulos solares em suas propriedades visando irrigar suas plantações, economizando bastante
em energia elétrica, já a região depende bastante da fruticultura. Também, os proprietários
podem vender a energia a concessionaria de energia ou receber créditos em troca.
Como uma possibilidade de economia (NANDE, 2019) através do site VinTV,
argumenta que o brasileiro através de sistema de créditos energéticos, a energia gerada durante
o dia compensa o consumo da rede no período noturno, permitindo zerar o consumo da rede do
imóvel, e utilizar os créditos excedentes em outros imóveis do proprietário. Essa alternativa se
torna uma solução não apenas aos mineiros, como todos os brasileiros, já que pagam a 5ª maior
carga energética do mundo, criando uma ótimo custo-benefício.
Um setor que vem lucrando bastante, segundo (VENÂNCIO, 2019) do site Plant
Project, são os bancos de investimento. Considerando as pesquisas da Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaico (Absolar), em parceria com a Clean Energy Latin America (Cela),
uma empresa de acessória financeira que disponibiliza linhas de crédito aos que desejam
investir neste setor. A diretor da Cela, Camila Ramos, afirma que “existe linhas de
financiamento disponível para empresas e cidadãos que buscam reduzir gastos na energia
elétrica”, construindo uma alternativa aos que desejam investir no setor fotovoltaico.
Considerado o estado com mais conexões no Brasil, com cerca de 9.083, superando o
estado de São Paulo com 8.948 conexões e o Rio Grande do Sul com 6.599 conexões, segundo
a ANEEL, que atualiza este ranking desde 2012. Em relação as divisões destas conexões no
estado mineiro, a setor residencial libera com 6.523 conexões, cerca de (72%) dos números, o
setor comercial com 1.506 conexões (17%), as propriedades rurais possuem 620 conexões
(7%), o setor industrial com 314 conexões (3%) e outros setores com 65 conexões (1%)
(NANDE, 2019).
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Também o próprio foi questionado sobre o conhecimento da legislação que diz respeito
sobre o assunto, respondendo:
Os métodos remotos são responsáveis pela perda de conexão com o sistema interligado
através da sincronização da operação por um dispositivo ou desvio de algum disjuntor,
trabalhando com o envio de informações, através de uma rede de comunicação para todos os
demais os sistemas de geração distribuída. Tais métodos são considerados bastante vantajosos
por serem de alta eficiência e por não apresentarem região de não detecção (do inglês Non-
Detection Zone – NDZ). Mas, estes métodos são bastante custosos, o que inviabiliza seu
emprego para sistemas de geração distribuída de baixas potências, se por acaso, os sistemas
fotovoltaicos forem residenciais.
Os métodos anti-ilhamento locais são aqueles presentes no próprio inversor. Sua
principal vantagem do método é o baixo custo de implementação, haja vista apenas
essencialmente o uso de algoritmos inseridos no sistema de controle do inversor. Estes métodos
podem ainda ser classificados como passivos e ativos, na qual serão abordados adiante.
Segundo (DA SILVA, 2016), os métodos locais são basicamente algoritmos
embarcados no inversor fotovoltaico, embora que o desafio seja relativamente grande. Para
inversores destinados a sistemas residenciais, na dimensão de baixos quilowatts, o anti-
ilhamento não pode consumir muitos recursos computacionais, já que necessita o uso de
processadores mais eficientes e caros.
Segundo (DA SILVA, 2016), mesmo com tais restrições, os sistemas fotovoltaicos
ficam protegidos de ilhamento graças aos dispositivos de proteção. Contudo, embora que esta
probabilidade seja baixa, situações distintas podem ocorrer desde que estas grandezas estejam
dentro do limite de operação, possibilitando o inversor continuar injetando corrente na rede.
Portanto, o ilhamento deve possuir capacidade de detectar o impacto mesmo diante das
controvérsias.
Os filtros ativos que trabalham em série funcionam a uma fonte de tensão controlada e
proporcionam uma linha de tensão senoidal muito pura para alimentar as cargas. Mas os filtros
em paralelo, como mostrado na figura 32, possui características análogas em relação a uma
fonte de corrente controlada, já que trabalha na eliminação de harmônicos de corrente para a
carga, proporcionando que a corrente de alimentação seja também puramente senoidal
(OLIVEIRA, 2015).
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O filtro harmônico shunt realiza o desvio das correntes harmônicas do sistema para o
sistema de aterramento, proporcionando uma melhoria na qualidade de energia elétrica dos
circuitos de carga. E como consequência, a instalação elétrica e os equipamentos conectados ao
sistema são beneficiados, gerando a diminuição pela atenuação na circulação das correntes
harmônicas (OLIVEIRA, 2015).
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5 CONCLUSÕES
Fica evidente que o consumo e a demanda por energia elétrica no mundo vêm crescendo
constantemente e a busca por uma alternativa energética na geração de modelo limpo e de
sustentabilidade ambiental se torna rigorosa e obrigatória. Em relação a implementação do
sistema fotovoltaico na região norte mineira, principalmente no município de Janaúba, aos
empresários e proprietários rurais se torna um investimento vantajoso financeiramente há longo
prazo, haja vista que os próprios constroem uma visibilidade ao potencial da região.
Feita a análise dos impactos causados pelos equipamentos do sistema fotovoltaico e suas
contribuições na qualidade de energia elétrica, pode ser apresentar algumas soluções para tais
problemas, principalmente nos inversores para se mais objetivo. O principal desafio, além de
impor a adoção de normas mais rigorosas nas cargas não lineares, é desenvolver técnicas de
caracterização e identificação dos parâmetros do tipo de carga e adaptar os conceitos de
potência reativa e fator de potência ao novo ambiente de redes e micro redes inteligentes de
energia, além construir regras de responsabilidade pelos problemas as concessionárias de
energia.
Em relação as empresas fotovoltaicas que prestam serviços em Janaúba, foi abordado
que ambas (INOVA e RENERGY) trabalham com equipamentos (inversores) de altíssima
qualidade e marcas renomadas no mercado, já que os fabricantes prezam o melhor desempenho
do equipamento possível aos seus fornecedores, assim, a confiança das empresas ao comprar o
equipamento é garantida, e não há preocupação se o próprio traz a qualidade da energia elétrica
necessária. Considerado um município pequeno em investimentos no setor de instalação solar
residencial, as empresas não levam cobranças rigorosas pela ANEEL, já que a fiscalização ao
sistema não é constante, mas este fato tende a mudar nos próximos anos.
As disciplinas cursadas no último período do BC&T em Janaúba, referentes as áreas de
energia, sendo (CTJ313 Eletrônica) e (CTJ314 Eletrotécnica), contribuíram bastante no
desenvolvimento deste trabalho. Através destas, pude compreender alguns termos
(significados) relacionados a fenômenos elétricos, análise de circuitos eletrônicos e elétricos, e
principalmente na relação alguns fenômenos de distúrbios abordados anteriormente com fator
de potência e distorções harmônicas.
Para trabalhos futuros, depois de uma rigorosa pesquisa a análise de geração de
energia solar e aos aspectos de qualidade de energia elétrica, será buscado trabalhar na
simulação de modelos de sistemas fotovoltaicos, distribuição de QEE, além da busca na
verificação de impactos e construção de possíveis impactos.
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