Conceitos Iniciais

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Matemática Financeira

Conceitos Iniciais - Parte I

Prof. Hugo Nunes


[email protected]

Instituto Federal de Alagoas


Campus Maceió
2020.1
Conceitos Iniciais
Conceitos Iniciais

Razão e Proporção
Razão de dois números
Razão do número a para o numero b (diferente de zero) é o quo-
ciente de a por b. Indicamos:

a
ou a : b (lemos a para b)
b
Os números a e b são os termos da razão; a é chamado antece-
dente e b, conseqüente da razão.

1 48
Exemplo
1. A razão de 3 para 12 é:
3 1
=
12 4

2 48
Exemplo
1. A razão de 3 para 12 é:
3 1
=
12 4

2. A razão de 20 para 5 é:
20
=4
5

2 48
Exemplo
1. A razão de 3 para 12 é:
3 1
=
12 4

2. A razão de 20 para 5 é:
20
=4
5
1
3. A razão entre 5 e é:
2
5 2
= 5 × = 10
1 1
2

2 48
Exemplo
1. A razão de 3 para 12 é:
3 1
=
12 4

2. A razão de 20 para 5 é:
20
=4
5
1
3. A razão entre 5 e é:
2
5 2
= 5 × = 10
1 1
2
 
1
4. A razão entre 2+ e 7 é:
3

1 7
2+
3 = 3 =7×1=1
7 7 3 7 3

2 48
Razão de duas grandezas
Razão de duas grandezas, dadas em uma certa ordem, é a razão
entre a medida da primeira grandeza e a medida da segunda.

3 48
Razão de duas grandezas
Razão de duas grandezas, dadas em uma certa ordem, é a razão
entre a medida da primeira grandeza e a medida da segunda.

Temos duas situações para considerar:

3 48
Razão de duas grandezas
Razão de duas grandezas, dadas em uma certa ordem, é a razão
entre a medida da primeira grandeza e a medida da segunda.

Temos duas situações para considerar:

• Grandezas da mesma espécie

• Grandezas de espécies distintas

3 48
Grandezas da mesma espécie
Se as grandezas são da mesma espécie, suas medidas devem ser
expressas na mesma unidade. Neste caso, a razão é um número
puro.

4 48
Grandezas da mesma espécie
Se as grandezas são da mesma espécie, suas medidas devem ser
expressas na mesma unidade. Neste caso, a razão é um número
puro.

Exemplo
1. A razão de 2m para 3m é:
2m 2
=
3m 3

4 48
Grandezas de espécies distintas
Se as grandezas não são da mesma espécie, a razão é um número
cuja unidade depende das unidades das grandezas a partir das
quais se determina a razão.

5 48
Grandezas de espécies distintas
Se as grandezas não são da mesma espécie, a razão é um número
cuja unidade depende das unidades das grandezas a partir das
quais se determina a razão.

Exemplo
Um automóvel percorre 160km em 2 horas. A razão entre a distân-
cia percorrida e o tempo gasto em percorrê-la é:

5 48
Grandezas de espécies distintas
Se as grandezas não são da mesma espécie, a razão é um número
cuja unidade depende das unidades das grandezas a partir das
quais se determina a razão.

Exemplo
Um automóvel percorre 160km em 2 horas. A razão entre a distân-
cia percorrida e o tempo gasto em percorrê-la é:

160km 160
= km/h = 80km/h
2h 2

5 48
Grandezas de espécies distintas
Se as grandezas não são da mesma espécie, a razão é um número
cuja unidade depende das unidades das grandezas a partir das
quais se determina a razão.

Exemplo
Um automóvel percorre 160km em 2 horas. A razão entre a distân-
cia percorrida e o tempo gasto em percorrê-la é:

160km 160
= km/h = 80km/h
2h 2
Podemos dizer, então, que esse automóvel faz em média 80km em
1 hora.

5 48
Dados quatro números (15, 3, 20 e 4), com a razão entre os dois
primeiros números (15 e 3) igual à razão entre os dois últimos (20
e 4), isto é:

6 48
Dados quatro números (15, 3, 20 e 4), com a razão entre os dois
primeiros números (15 e 3) igual à razão entre os dois últimos (20
e 4), isto é:
15 20
=5 e = 5.
3 4

6 48
Dados quatro números (15, 3, 20 e 4), com a razão entre os dois
primeiros números (15 e 3) igual à razão entre os dois últimos (20
e 4), isto é:
15 20
=5 e = 5.
3 4

Dizemos que os números 15, 3, 20 e 4, nesta ordem, formam uma


proporção, que expressamos mediante a igualdade das duas ra-
zões:

6 48
Dados quatro números (15, 3, 20 e 4), com a razão entre os dois
primeiros números (15 e 3) igual à razão entre os dois últimos (20
e 4), isto é:
15 20
=5 e = 5.
3 4

Dizemos que os números 15, 3, 20 e 4, nesta ordem, formam uma


proporção, que expressamos mediante a igualdade das duas ra-
zões:
15 20
= .
3 4

6 48
Proporção
Dados, em uma certa ordem, quatro números (a, b, c e d) diferentes
de zero, dizemos que eles formam uma proporção quando a razão
entre os dois primeiros (a e b) é igual à razão entre os dois últimos
(c e d).

Simbolicamente, representamos uma proporção por:

a c
=
b d
e lemos: a está para b, assim como c está para d.

7 48
Essas anotações põem em evidência o fato de que uma proporção
é uma igualdade entre duas razões.

8 48
Essas anotações põem em evidência o fato de que uma proporção
é uma igualdade entre duas razões.

Exemplo
18 27 18 27
1. = , pois =3e = 3.
6 9 6 9

8 48
Essas anotações põem em evidência o fato de que uma proporção
é uma igualdade entre duas razões.

Exemplo
18 27 18 27
1. = , pois =3e = 3.
6 9 6 9

9
2
2. = 2 , pois:
1 3
3 4
9
2 3 2 = 9×4 =6
=2× =6 e
1 1 3 2 3
3 4

8 48
Definição (Elementos de uma proporção)
Na proporção:
a c
=
b d
temos:

9 48
Definição (Elementos de uma proporção)
Na proporção:
a c
=
b d
temos:

• a, b, c e d são os termos (1°, 2°, 3°, 4° termos respectivamente)

9 48
Definição (Elementos de uma proporção)
Na proporção:
a c
=
b d
temos:

• a, b, c e d são os termos (1°, 2°, 3°, 4° termos respectivamente)

• a e c são os antecedentes

9 48
Definição (Elementos de uma proporção)
Na proporção:
a c
=
b d
temos:

• a, b, c e d são os termos (1°, 2°, 3°, 4° termos respectivamente)

• a e c são os antecedentes

• b e d são os consequentes

9 48
Definição (Elementos de uma proporção)
Na proporção:
a c
=
b d
temos:

• a, b, c e d são os termos (1°, 2°, 3°, 4° termos respectivamente)

• a e c são os antecedentes

• b e d são os consequentes

• a e d são os extremos

9 48
Definição (Elementos de uma proporção)
Na proporção:
a c
=
b d
temos:

• a, b, c e d são os termos (1°, 2°, 3°, 4° termos respectivamente)

• a e c são os antecedentes

• b e d são os consequentes

• a e d são os extremos

• b e c são os meios

9 48
Sejam a, b, c e d números reais diferentes de zero, tais que:
a c
=
b d

10 48
Sejam a, b, c e d números reais diferentes de zero, tais que:
a c
=
b d

Multiplicando os dois membros da igualdade por bd (produto dos


conseqüentes da proporção), obtemos:
a c
× bd = × bd
b d

10 48
Sejam a, b, c e d números reais diferentes de zero, tais que:
a c
=
b d

Multiplicando os dois membros da igualdade por bd (produto dos


conseqüentes da proporção), obtemos:
a c
× bd = × bd
b d

10 48
Sejam a, b, c e d números reais diferentes de zero, tais que:
a c
=
b d

Multiplicando os dois membros da igualdade por bd (produto dos


conseqüentes da proporção), obtemos:
a c
× bd = × bd
b d

Simplificando, temos:

ad = bd

10 48
Propriedade fundamental
Em toda proporção, o produto dos extremos é igual ao produto
dos meios.

11 48
Propriedade fundamental
Em toda proporção, o produto dos extremos é igual ao produto
dos meios.

Exemplo
Dada a proporção:
4 2
=
6 3

11 48
Propriedade fundamental
Em toda proporção, o produto dos extremos é igual ao produto
dos meios.

Exemplo
Dada a proporção:
4 2
=
6 3
Temos: 
4 × 3 = 12
⇒ 4×3=6×2
6 × 2 = 12

11 48
Cálculo de um termo desconhecido
Aplicando a propriedade fundamental das proporções, é sempre
possível determinar o valor de um termo qualquer quando são
conhecidos os outros três

12 48
Cálculo de um termo desconhecido
Aplicando a propriedade fundamental das proporções, é sempre
possível determinar o valor de um termo qualquer quando são
conhecidos os outros três

Exemplo
Dada a proporção
15 60
=
20 x
aplicamos a propriedade fundamental:

12 48
Cálculo de um termo desconhecido
Aplicando a propriedade fundamental das proporções, é sempre
possível determinar o valor de um termo qualquer quando são
conhecidos os outros três

Exemplo
Dada a proporção
15 60
=
20 x
aplicamos a propriedade fundamental:
20 × 60
15 × x = 20 × 60 ⇒ x = ⇒ x = 80
15

12 48
Definição (Transformações)
Transformar uma proporção é escrever seus termos em uma or-
dem diferente da original. As transformações permitidas em uma
proporção são aquelas em que dispomos seus termos de modo
que a igualdade dos produtos dos extremos e dos meios não so-
fra alteração.

13 48
Exemplo
Dada a proporção:
5 20
= ⇒ 5 × 32 = 8 × 20 = 160
8 32

14 48
Exemplo
Dada a proporção:
5 20
= ⇒ 5 × 32 = 8 × 20 = 160
8 32
Temos:

14 48
Exemplo
Dada a proporção:
5 20
= ⇒ 5 × 32 = 8 × 20 = 160
8 32
Temos:

• Alternando os extremos:
32 20
= ⇒ 32 × 5 = 8 × 20 = 160
8 5

14 48
Exemplo
Dada a proporção:
5 20
= ⇒ 5 × 32 = 8 × 20 = 160
8 32
Temos:

• Alternando os extremos:
32 20
= ⇒ 32 × 5 = 8 × 20 = 160
8 5

• Alternando os meios:
5 8
= ⇒ 5 × 32 = 20 × 8 = 160
20 32

14 48
Exemplo
Dada a proporção:
5 20
= ⇒ 5 × 32 = 8 × 20 = 160
8 32
Temos:

• Alternando os extremos:
32 20
= ⇒ 32 × 5 = 8 × 20 = 160
8 5

• Alternando os meios:
5 8
= ⇒ 5 × 32 = 20 × 8 = 160
20 32

• Invertendo os termos:
8 32
= ⇒ 8 × 20 = 5 × 32 = 160
5 20

14 48
Exemplo
Dada a proporção:
5 20
= ⇒ 5 × 32 = 8 × 20 = 160
8 32
Temos:

• Alternando os extremos:
32 20
= ⇒ 32 × 5 = 8 × 20 = 160
8 5

• Alternando os meios:
5 8
= ⇒ 5 × 32 = 20 × 8 = 160
20 32

• Invertendo os termos:
8 32
= ⇒ 8 × 20 = 5 × 32 = 160
5 20

• Transpondo as razões:
20 5
= ⇒ 20 × 8 = 32 × 5 = 160
32 8

14 48
Considerando as razões:
6 10 12 8
, , ,
3 5 6 4

15 48
Considerando as razões:
6 10 12 8
, , ,
3 5 6 4

Vemos que todas são iguais a 2. Logo, podemos escrever:


6 10 12 8
= = =
3 5 6 4

15 48
Considerando as razões:
6 10 12 8
, , ,
3 5 6 4

Vemos que todas são iguais a 2. Logo, podemos escrever:


6 10 12 8
= = =
3 5 6 4

Essa expressão é denominada série de razões iguais ou proporção


múltipla. Em símbolos:

a c m
= = ··· =
b d n

15 48
Propriedade fundamental
Em uma série de razões iguais, a soma dos antecedentes está para
a soma dos consequentes assim como qualquer antecedente está
para o seu respectivo consequente.

a + c + ··· + m a c m
= = = ··· =
b + d + ··· + n b d n

16 48
Exemplo
Temos:
6 10 12 8 6 + 10 + 12 + 8 6 10 12 8
= = = ⇒ = ou ou ou
3 5 6 4 3+5+6+4 3 5 6 4

17 48
Exercício resolvido

x y z
1. Calcule x, y e z, sabendo que = = e x + y + z = 420.
9 11 15

18 48
Exercício resolvido

x y z
1. Calcule x, y e z, sabendo que = = e x + y + z = 420.
9 11 15

Solução.
Temos, pela propriedade fundamental da série de razões iguais:
x+y+z x y z
= ou ou
9 + 11 + 15 9 11 15

18 48
Exercício resolvido

x y z
1. Calcule x, y e z, sabendo que = = e x + y + z = 420.
9 11 15

Solução.
Temos, pela propriedade fundamental da série de razões iguais:
x+y+z x y z
= ou ou
9 + 11 + 15 9 11 15
Como x + y + z = 420, podemos escrever:

18 48
Exercício resolvido

x y z
1. Calcule x, y e z, sabendo que = = e x + y + z = 420.
9 11 15

Solução.
Temos, pela propriedade fundamental da série de razões iguais:
x+y+z x y z
= ou ou
9 + 11 + 15 9 11 15
Como x + y + z = 420, podemos escrever:
420 x y z
= ou ou
35 9 11 15

18 48
(continuação...)
Daí:
420 x 420 × 9
= ⇒ x= = 108
35 9 35

19 48
(continuação...)
Daí:
420 x 420 × 9
= ⇒ x= = 108
35 9 35
420 y 420 × 11
= ⇒ y= = 132
35 11 35

19 48
(continuação...)
Daí:
420 x 420 × 9
= ⇒ x= = 108
35 9 35
420 y 420 × 11
= ⇒ y= = 132
35 11 35
420 z 420 × 15
= ⇒ z= = 180
35 15 35

19 48
(continuação...)
Daí:
420 x 420 × 9
= ⇒ x= = 108
35 9 35
420 y 420 × 11
= ⇒ y= = 132
35 11 35
420 z 420 × 15
= ⇒ z= = 180
35 15 35
Logo:
x = 108 y = 132 e z = 180

19 48
Conceitos Iniciais

Grandezas diretamente proporcionais


Motivação
Uma barra de alumínio de 100cm3 de volume pesa 270g; nas mesmas con-
dições, uma barra de 200cm3 pesará 540g e uma de 300cm3 , 810g. Pode-
mos, então, escrever a seguinte tabela:

20 48
Motivação
Uma barra de alumínio de 100cm3 de volume pesa 270g; nas mesmas con-
dições, uma barra de 200cm3 pesará 540g e uma de 300cm3 , 810g. Pode-
mos, então, escrever a seguinte tabela:

Volume cm3 100 200 300




Massa (g) 270 540 810

20 48
Motivação
Uma barra de alumínio de 100cm3 de volume pesa 270g; nas mesmas con-
dições, uma barra de 200cm3 pesará 540g e uma de 300cm3 , 810g. Pode-
mos, então, escrever a seguinte tabela:

Volume cm3 100 200 300




Massa (g) 270 540 810

Examinando a tabela, vemos que a grandeza massa depende da gran-


deza volume, já que aumentando uma (volume), a outra (massa) também
aumenta. Além disso, notamos que:

20 48
Motivação
Uma barra de alumínio de 100cm3 de volume pesa 270g; nas mesmas con-
dições, uma barra de 200cm3 pesará 540g e uma de 300cm3 , 810g. Pode-
mos, então, escrever a seguinte tabela:

Volume cm3 100 200 300




Massa (g) 270 540 810

Examinando a tabela, vemos que a grandeza massa depende da gran-


deza volume, já que aumentando uma (volume), a outra (massa) também
aumenta. Além disso, notamos que:
270 540 810
= = = 2, 7
100 200 300

20 48
Motivação
Uma barra de alumínio de 100cm3 de volume pesa 270g; nas mesmas con-
dições, uma barra de 200cm3 pesará 540g e uma de 300cm3 , 810g. Pode-
mos, então, escrever a seguinte tabela:

Volume cm3 100 200 300




Massa (g) 270 540 810

Examinando a tabela, vemos que a grandeza massa depende da gran-


deza volume, já que aumentando uma (volume), a outra (massa) também
aumenta. Além disso, notamos que:
270 540 810
= = = 2, 7
100 200 300

Chamando de x a grandeza volume e de y a grandeza massa, temos:


y
= 2, 7 ⇒ y = 2, 7x.
x

20 48
Dizemos, neste caso, que as sequências de números (100, 200, 300)
e (270, 540, 810) são diretamente proporcionais ou, então, que as
grandezas x e y são diretamente proporcionais e 2, 7 é a razão ou
coeficiente de proporcionalidade.

21 48
Dizemos, neste caso, que as sequências de números (100, 200, 300)
e (270, 540, 810) são diretamente proporcionais ou, então, que as
grandezas x e y são diretamente proporcionais e 2, 7 é a razão ou
coeficiente de proporcionalidade.

Definição (Grandezas diretamente proporcionais)


Duas grandezas variáveis são diretamente proporcionais (ou, sim-
plesmente, proporcionais) se os valores correspondentes x e y são
expressos por uma função do tipo:

y = kx
onde k é um número real constante, diferente de zero.

21 48
Como a função do tipo y = kx é uma função linear, o gráfico que
representa a proporcionalidade direta de duas grandezas é uma
reta passando pela origem.

22 48
Como a função do tipo y = kx é uma função linear, o gráfico que
representa a proporcionalidade direta de duas grandezas é uma
reta passando pela origem.

22 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas proporcionais, podemos escrever:

23 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas proporcionais, podemos escrever:
y2 y1
=
x2 x1

23 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas proporcionais, podemos escrever:
y2 y1
=
x2 x1

Alternando os extremos, obtemos:

x1 y1
=
x2 y2

23 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas proporcionais, podemos escrever:
y2 y1
=
x2 x1

Alternando os extremos, obtemos:

x1 y1
=
x2 y2

Que nos dá a propriedade característica das grandezas direta-


mente proporcionais.

23 48
Propriedade característica
Dadas duas grandezas diretamente proporcionais, a razão entre
dois valores de uma delas é igual à razão entre os dois valores
correspondentes da outra.

24 48
Números diretamente proporcionais
As sequências de números reais e não-nulos (a1 , a2 , . . . , an ) e
(b1 , b2 , . . . , bn ) são diretamente proporcionais (ou, simplesmente,
proporcionais) se, e somente se:

a1 a2 an
= = ··· = = k (constante)
b1 b2 bn

ou, então:

a1 = kb1 , a2 = kb2 , ... an = kbn

25 48
Exemplo
(a) As sequências de números (6, 9, 12, 15) e (2, 3, 4, 5) são direta-
mente proporcionais, pois:

26 48
Exemplo
(a) As sequências de números (6, 9, 12, 15) e (2, 3, 4, 5) são direta-
mente proporcionais, pois:
6 9 12 15
= = = =3
2 3 4 5

26 48
Exemplo
(a) As sequências de números (6, 9, 12, 15) e (2, 3, 4, 5) são direta-
mente proporcionais, pois:
6 9 12 15
= = = =3
2 3 4 5

(b) Os números das sequências (6, 9, 20) e (2, 3, 6) não são pro-
porcionais, pois:
6 9 20
= 6=
2 3 6

26 48
Conceitos Iniciais

Grandezas inversamente proporcionais


Motivação
Uma distância de 1.200km pode ser percorrida por um avião, a uma ve-
locidade de 100km/h, em 12 horas; a uma velocidade de 200km/h, em
6 horas; e a uma velocidade de 300km/h, em 4 horas. Podemos, então,
escrever a tabela:

27 48
Motivação
Uma distância de 1.200km pode ser percorrida por um avião, a uma ve-
locidade de 100km/h, em 12 horas; a uma velocidade de 200km/h, em
6 horas; e a uma velocidade de 300km/h, em 4 horas. Podemos, então,
escrever a tabela:

Velocidade (km/h) 100 200 300


Tempo (h) 12 6 4

27 48
Motivação
Uma distância de 1.200km pode ser percorrida por um avião, a uma ve-
locidade de 100km/h, em 12 horas; a uma velocidade de 200km/h, em
6 horas; e a uma velocidade de 300km/h, em 4 horas. Podemos, então,
escrever a tabela:

Velocidade (km/h) 100 200 300


Tempo (h) 12 6 4

Vemos que, também aqui, a grandeza tempo depende da grandeza velo-


cidade, já que aumentando a velocidade o tempo diminui. Porém, agora
temos:

27 48
Motivação
Uma distância de 1.200km pode ser percorrida por um avião, a uma ve-
locidade de 100km/h, em 12 horas; a uma velocidade de 200km/h, em
6 horas; e a uma velocidade de 300km/h, em 4 horas. Podemos, então,
escrever a tabela:

Velocidade (km/h) 100 200 300


Tempo (h) 12 6 4

Vemos que, também aqui, a grandeza tempo depende da grandeza velo-


cidade, já que aumentando a velocidade o tempo diminui. Porém, agora
temos:
12 × 100 = 6 × 200 = 4 × 300 = 1.200

27 48
Motivação
Uma distância de 1.200km pode ser percorrida por um avião, a uma ve-
locidade de 100km/h, em 12 horas; a uma velocidade de 200km/h, em
6 horas; e a uma velocidade de 300km/h, em 4 horas. Podemos, então,
escrever a tabela:

Velocidade (km/h) 100 200 300


Tempo (h) 12 6 4

Vemos que, também aqui, a grandeza tempo depende da grandeza velo-


cidade, já que aumentando a velocidade o tempo diminui. Porém, agora
temos:
12 × 100 = 6 × 200 = 4 × 300 = 1.200
Ou:
12 6 4
= =
1 1 1
100 200 300

27 48
Motivação

Chamando de x a grandeza velocidade e de y a grandeza tempo,


temos:
1
yx = 1.200 ou y = 1.200 ×
x

28 48
Motivação

Chamando de x a grandeza velocidade e de y a grandeza tempo,


temos:
1
yx = 1.200 ou y = 1.200 ×
x

Dizemos, então, que as sequências de números (100, 200, 300) e


(12, 6, 4) são inversamente proporcionais ou, então, que as gran-
dezas x e y são inversamente proporcionais e 1.200 é o fator ou
coeficiente de proporcionalidade.

28 48
Definição (Grandezas inversamente proporcionais)
Duas grandezas variáveis são inversamente proporcionais se os
valores correspondentes x e y são expressos por uma função do
tipo:

1
y=k×
x
onde k é um número real constante, diferente de zero.

29 48
k
Sendo a função do tipo y = uma função recíproca, o gráfico
x
representativo da proporcionalidade inversa de duas grandezas é
um ramo de uma hipérbole:

30 48
k
Sendo a função do tipo y = uma função recíproca, o gráfico
x
representativo da proporcionalidade inversa de duas grandezas é
um ramo de uma hipérbole:

30 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas inversamente proporcionais, podemos escrever:

31 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas inversamente proporcionais, podemos escrever:

x1 y1 = x2 y2

31 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas inversamente proporcionais, podemos escrever:

x1 y1 = x2 y2

Alternando os extremos, obtemos:

x1 y2
=
x2 y1

31 48
Sendo (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) pares de valores correspondentes de duas
grandezas inversamente proporcionais, podemos escrever:

x1 y1 = x2 y2

Alternando os extremos, obtemos:

x1 y2
=
x2 y1

Que nos dá a propriedade característica das grandezas inversa-


mente proporcionais.

31 48
Propriedade característica
Dadas duas grandezas inversamente proporcionais, a razão entre
dois valores de uma delas é igual ao inverso da razão entre os
dois valores correspondentes da outra.

32 48
Números inversamente proporcionais
As sequências de números reais e não-nulos (a1 , a2 , . . . , an ) e
(b1 , b2 , . . . , bn ) são inversamente proporcionais (ou, simplesmente,
proporcionais) se, e somente se:

a1 b1 = a2 b2 = · · · = an bn = k (constante)

ou, então:
a1 a2 an
= = ··· = = k.
1 1 1
b1 b2 bn

33 48
Exemplo
(a) As sequências de números (2, 3, 6, 10) e (45, 30, 15, 9) são in-
versamente proporcionais, pois:

34 48
Exemplo
(a) As sequências de números (2, 3, 6, 10) e (45, 30, 15, 9) são in-
versamente proporcionais, pois:

2 × 45 = 3 × 30 = 6 × 15 = 10 × 9 = 90

34 48
Exemplo
(a) As sequências de números (2, 3, 6, 10) e (45, 30, 15, 9) são in-
versamente proporcionais, pois:

2 × 45 = 3 × 30 = 6 × 15 = 10 × 9 = 90

Logo, são inversamente proporcionais e o fator de proporci-


onalidade é 90.

34 48
Exemplo
(a) As sequências de números (2, 3, 6, 10) e (45, 30, 15, 9) são in-
versamente proporcionais, pois:

2 × 45 = 3 × 30 = 6 × 15 = 10 × 9 = 90

Logo, são inversamente proporcionais e o fator de proporci-


onalidade é 90.

(b) Os números das sequências (2, 5, 8) e (40, 30, 20) não são in-
versamente proporcionais, pois:

2 × 40 6= 5 × 30

34 48
Conceitos Iniciais

Divisão proporcional - Regra de sociedade


Motivação

Exemplo
Suponhamos que Antônio, José e Pedro tenham se associado para
comprar um terreno no valor de R$60.000, 00. Antônio entrou com
R$30.000, 00, José com R$20.000, 00 e Pedro com R$10.000, 00. Algum
tempo depois, venderam esse terreno por R$90.000, 00. Qual é a parte
que cabe a cada um deles?

35 48
Motivação

Exemplo
Suponhamos que Antônio, José e Pedro tenham se associado para
comprar um terreno no valor de R$60.000, 00. Antônio entrou com
R$30.000, 00, José com R$20.000, 00 e Pedro com R$10.000, 00. Algum
tempo depois, venderam esse terreno por R$90.000, 00. Qual é a parte
que cabe a cada um deles?

Resolução.
Por convenção, a cada real empregado na compra do terreno deve cor-
responder a mesma quantia resultante da venda, isto é, uma quota. Essa
quota é, na verdade, o quociente do preço de venda pelo preço de com-
pra:

35 48
Motivação

Exemplo
Suponhamos que Antônio, José e Pedro tenham se associado para
comprar um terreno no valor de R$60.000, 00. Antônio entrou com
R$30.000, 00, José com R$20.000, 00 e Pedro com R$10.000, 00. Algum
tempo depois, venderam esse terreno por R$90.000, 00. Qual é a parte
que cabe a cada um deles?

Resolução.
Por convenção, a cada real empregado na compra do terreno deve cor-
responder a mesma quantia resultante da venda, isto é, uma quota. Essa
quota é, na verdade, o quociente do preço de venda pelo preço de com-
pra:
90.000, 00
= 1, 5
60.000, 00

35 48
Motivação

(continuação...)
Logo, os três sócios devem receber as seguintes quantias:

36 48
Motivação

(continuação...)
Logo, os três sócios devem receber as seguintes quantias:

• Antônio:
30.000, 00 × 1, 5 = R$45.000, 00

36 48
Motivação

(continuação...)
Logo, os três sócios devem receber as seguintes quantias:

• Antônio:
30.000, 00 × 1, 5 = R$45.000, 00

• José:
20.000, 00 × 1, 5 = R$30.000, 00

36 48
Motivação

(continuação...)
Logo, os três sócios devem receber as seguintes quantias:

• Antônio:
30.000, 00 × 1, 5 = R$45.000, 00

• José:
20.000, 00 × 1, 5 = R$30.000, 00

• Pedro:
10.000, 00 × 1, 5 = R$15.000, 00

36 48
Motivação

(continuação...)
Escrevendo as razões entre as quantias recebidas e empregadas
individualmente, obtemos:

37 48
Motivação

(continuação...)
Escrevendo as razões entre as quantias recebidas e empregadas
individualmente, obtemos:
45.000, 00 30.000, 00 15.000, 00
= = = 1, 5
30.000, 00 20.000, 00 10.000, 00

37 48
Motivação

(continuação...)
Escrevendo as razões entre as quantias recebidas e empregadas
individualmente, obtemos:
45.000, 00 30.000, 00 15.000, 00
= = = 1, 5
30.000, 00 20.000, 00 10.000, 00

A igualdade entre essas razões mostra que as quantias que os só-


cios receberam na venda são números proporcionais às quantias
empregadas na compra do terreno.

37 48
Motivação

(continuação...)
Escrevendo as razões entre as quantias recebidas e empregadas
individualmente, obtemos:
45.000, 00 30.000, 00 15.000, 00
= = = 1, 5
30.000, 00 20.000, 00 10.000, 00

A igualdade entre essas razões mostra que as quantias que os só-


cios receberam na venda são números proporcionais às quantias
empregadas na compra do terreno.

Assim, concluímos que o produto da venda foi dividido em três


partes proporcionais às partes da compra.

37 48
Observação
Dividir um número em partes proporcionais a vários outros núme-
ros dados é decompô-lo em parcelas proporcionais a esses núme-
ros.

38 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Suponhamos que você queira dividir o número 180 em partes di-


retamente proporcionais a 2, 5 e 11.

39 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Suponhamos que você queira dividir o número 180 em partes di-


retamente proporcionais a 2, 5 e 11.

Isso significa dividir o número 180 em três parcelas, tais que:

39 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Suponhamos que você queira dividir o número 180 em partes di-


retamente proporcionais a 2, 5 e 11.

Isso significa dividir o número 180 em três parcelas, tais que:

• a razão da primeira parcela para o número 2 seja igual à razão


da segunda parcela para o número 5 e igual à razão da terceira
parcela para o número 11.

39 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Suponhamos que você queira dividir o número 180 em partes di-


retamente proporcionais a 2, 5 e 11.

Isso significa dividir o número 180 em três parcelas, tais que:

• a razão da primeira parcela para o número 2 seja igual à razão


da segunda parcela para o número 5 e igual à razão da terceira
parcela para o número 11.

Assim, chamando de x, y e z, respectivamente, cada uma dessas


parcelas, devemos verificar que:

39 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Suponhamos que você queira dividir o número 180 em partes di-


retamente proporcionais a 2, 5 e 11.

Isso significa dividir o número 180 em três parcelas, tais que:

• a razão da primeira parcela para o número 2 seja igual à razão


da segunda parcela para o número 5 e igual à razão da terceira
parcela para o número 11.

Assim, chamando de x, y e z, respectivamente, cada uma dessas


parcelas, devemos verificar que:
x y z
= = (eq1)
2 5 11

39 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Além disso, como x, y e z são as parcelas em que dividimos o


número 180, devemos ter:

40 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Além disso, como x, y e z são as parcelas em que dividimos o


número 180, devemos ter:

x + y + z = 180

40 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Além disso, como x, y e z são as parcelas em que dividimos o


número 180, devemos ter:

x + y + z = 180

Como (eq1) é uma série de razões iguais, podemos escrever:

40 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Além disso, como x, y e z são as parcelas em que dividimos o


número 180, devemos ter:

x + y + z = 180

Como (eq1) é uma série de razões iguais, podemos escrever:


x+y+z x y z 180 x y z
= = = ⇒ = = =
2 + 5 + 11 2 5 11 18 2 5 11

40 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Além disso, como x, y e z são as parcelas em que dividimos o


número 180, devemos ter:

x + y + z = 180

Como (eq1) é uma série de razões iguais, podemos escrever:


x+y+z x y z 180 x y z
= = = ⇒ = = =
2 + 5 + 11 2 5 11 18 2 5 11
180
Como = 10, temos:
18

40 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Além disso, como x, y e z são as parcelas em que dividimos o


número 180, devemos ter:

x + y + z = 180

Como (eq1) é uma série de razões iguais, podemos escrever:


x+y+z x y z 180 x y z
= = = ⇒ = = =
2 + 5 + 11 2 5 11 18 2 5 11
180
Como = 10, temos:
18
x y z
= = = 10
2 5 11

40 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Daí:

x
= 10 ⇒ x = 20
2

41 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Daí:

x
= 10 ⇒ x = 20
2
y
= 10 ⇒ y = 50
5

41 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Daí:

x
= 10 ⇒ x = 20
2
y
= 10 ⇒ y = 50
5
z
= 10 ⇒ z = 110
11

41 48
Divisão em partes diretamente proporcionais

Daí:

x
= 10 ⇒ x = 20
2
y
= 10 ⇒ y = 50
5
z
= 10 ⇒ z = 110
11

Sendo 20 + 50 + 110 = 180, concluímos que as partes procuradas


são 20, 50 e 110.

41 48
Divisão em partes inversamente proporcionais

Suponhamos, agora, que você queira dividir o número 210 em par-


tes inversamente proporcionais a 3, 5 e 6.

42 48
Divisão em partes inversamente proporcionais

Suponhamos, agora, que você queira dividir o número 210 em par-


tes inversamente proporcionais a 3, 5 e 6.

Isso significa dividir o número 210 proporcionalmente aos inver-


sos dos números 3, 5 e 6, isto é, determinar parcelas x, y e z, tais
que:

42 48
Divisão em partes inversamente proporcionais

Suponhamos, agora, que você queira dividir o número 210 em par-


tes inversamente proporcionais a 3, 5 e 6.

Isso significa dividir o número 210 proporcionalmente aos inver-


sos dos números 3, 5 e 6, isto é, determinar parcelas x, y e z, tais
que:
x y z
= =
1 1 1
3 5 6

42 48
Divisão em partes inversamente proporcionais

Suponhamos, agora, que você queira dividir o número 210 em par-


tes inversamente proporcionais a 3, 5 e 6.

Isso significa dividir o número 210 proporcionalmente aos inver-


sos dos números 3, 5 e 6, isto é, determinar parcelas x, y e z, tais
que:
x y z
= =
1 1 1
3 5 6
Como o m.m.c(3, 5, 6) = 30, temos:

42 48
Divisão em partes inversamente proporcionais

Suponhamos, agora, que você queira dividir o número 210 em par-


tes inversamente proporcionais a 3, 5 e 6.

Isso significa dividir o número 210 proporcionalmente aos inver-


sos dos números 3, 5 e 6, isto é, determinar parcelas x, y e z, tais
que:
x y z
= =
1 1 1
3 5 6
Como o m.m.c(3, 5, 6) = 30, temos:
1 1 1
× 30 = 10, × 30 = 6, × 30 = 5.
3 5 6

42 48
Divisão em partes inversamente proporcionais
Logo:  x
 y z
x → 10  = =
10 6 5

y → 6 ⇒
z → 5
 
x + y + z = 210

43 48
Divisão em partes inversamente proporcionais
Logo:  x
 y z
x → 10  = =
10 6 5

y → 6 ⇒
z → 5
 
x + y + z = 210

Como:
210
k= ⇒ k = 10.
21

43 48
Divisão em partes inversamente proporcionais
Logo:  x
 y z
x → 10  = =
10 6 5

y → 6 ⇒
z → 5
 
x + y + z = 210

Como:
210
k= ⇒ k = 10.
21

Daí:

x = 10 × 10 = 100
y = 6 × 10 = 60
z = 5 × 10 = 50

43 48
Divisão em partes inversamente proporcionais
Logo:  x
 y z
x → 10  = =
10 6 5

y → 6 ⇒
z → 5
 
x + y + z = 210

Como:
210
k= ⇒ k = 10.
21

Daí:

x = 10 × 10 = 100
y = 6 × 10 = 60
z = 5 × 10 = 50

Sendo 100 + 60 + 50 = 210, concluímos que as partes procuradas são 50,


60 e 100.
43 48
Definição (Regra de sociedade)
Tem por objetivo a divisão dos lucros ou dos prejuízos entre as
pessoas (sócios) que formam uma sociedade, por ocasião do Ba-
lanço geral exigido anualmente por lei ou quando da saída de um
dos sócios ou da admissão de um novo sócio.

Por convenção, o lucro ou o prejuízo é dividido pelos sócios


proporcionalmente aos capitais que empregaram, levando-se em
conta as condições estipuladas no contrato social.

Classicamente, há quatro casos a considerar

44 48
1. Os capitais são iguais e empregados durante o mesmo tempo:

45 48
1. Os capitais são iguais e empregados durante o mesmo tempo:

• A fim de obtermos a parte de cada sócio, dividimos o lucro ou


o prejuízo pelo número deles.

45 48
1. Os capitais são iguais e empregados durante o mesmo tempo:

• A fim de obtermos a parte de cada sócio, dividimos o lucro ou


o prejuízo pelo número deles.

Exemplo
Três sócios obtiveram um lucro de R$222.600, 00. Sabendo que
seus capitais eram iguais, vamos determinar a parte de cada um
nos lucros:

45 48
1. Os capitais são iguais e empregados durante o mesmo tempo:

• A fim de obtermos a parte de cada sócio, dividimos o lucro ou


o prejuízo pelo número deles.

Exemplo
Três sócios obtiveram um lucro de R$222.600, 00. Sabendo que
seus capitais eram iguais, vamos determinar a parte de cada um
nos lucros:
222.600, 00
= 74.200, 00
3
Logo, a parte de cada um no lucro é de R$74.200, 00.

45 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

46 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

• Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em partes diretamente


proporcionais aos capitais dos sócios.

46 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

• Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em partes diretamente


proporcionais aos capitais dos sócios.

Exemplo
Por ocasião do Balanço anual de uma firma comercial formada por três
sócios, verificou-se um prejuízo de R$27.000, 00.

46 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

• Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em partes diretamente


proporcionais aos capitais dos sócios.

Exemplo
Por ocasião do Balanço anual de uma firma comercial formada por três
sócios, verificou-se um prejuízo de R$27.000, 00.

Vamos determinar a parte correspondente a cada sócio, sabendo que


seus capitais são de R$540.000, 00, R$450.000, 00 e R$360.000, 00:

46 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

• Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em partes diretamente


proporcionais aos capitais dos sócios.

Exemplo
Por ocasião do Balanço anual de uma firma comercial formada por três
sócios, verificou-se um prejuízo de R$27.000, 00.

Vamos determinar a parte correspondente a cada sócio, sabendo que


seus capitais são de R$540.000, 00, R$450.000, 00 e R$360.000, 00:


x → 540
y → 450

 z → 360

1.350

46 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

• Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em partes diretamente


proporcionais aos capitais dos sócios.

Exemplo
Por ocasião do Balanço anual de uma firma comercial formada por três
sócios, verificou-se um prejuízo de R$27.000, 00.

Vamos determinar a parte correspondente a cada sócio, sabendo que


seus capitais são de R$540.000, 00, R$450.000, 00 e R$360.000, 00:


x → 540
y → 450 27

⇒ k= = 0, 02 ⇒

 z → 360 1.350
1.350

46 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

• Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em partes diretamente


proporcionais aos capitais dos sócios.

Exemplo
Por ocasião do Balanço anual de uma firma comercial formada por três
sócios, verificou-se um prejuízo de R$27.000, 00.

Vamos determinar a parte correspondente a cada sócio, sabendo que


seus capitais são de R$540.000, 00, R$450.000, 00 e R$360.000, 00:
 

x → 540 
 x = 540 × 0, 02 = 10, 8
y → 450 27 y = 450 × 0, 02 = 9, 2
 
⇒ k= = 0, 02 ⇒

 z → 360 1.350 
 z = 360 × 0, 02 = 7, 2
1.350 27, 2
 

46 48
2. Os capitais são desiguais e empregados durante o mesmo tempo.

• Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em partes diretamente


proporcionais aos capitais dos sócios.

Exemplo
Por ocasião do Balanço anual de uma firma comercial formada por três
sócios, verificou-se um prejuízo de R$27.000, 00.

Vamos determinar a parte correspondente a cada sócio, sabendo que


seus capitais são de R$540.000, 00, R$450.000, 00 e R$360.000, 00:
 

x → 540 
 x = 540 × 0, 02 = 10, 8
y → 450 27 y = 450 × 0, 02 = 9, 2
 
⇒ k= = 0, 02 ⇒

 z → 360 1.350 
 z = 360 × 0, 02 = 7, 2
1.350 27, 2
 

Logo, o prejuízo correspondente a cada sócio é, respectivamente, de:


R$10.800, 00, R$9.000, 00 e R$7.200, 00

46 48
3. Os capitais são iguais e empregados durante tempos desi-
guais.

47 48
3. Os capitais são iguais e empregados durante tempos desi-
guais.

• Teoricamente, o lucro ou o prejuízo correspondente a cada


sócio seria determinado dividindo-se o lucro ou o prejuízo da
sociedade em partes diretamente proporcionais aos tempos.

47 48
3. Os capitais são iguais e empregados durante tempos desi-
guais.

• Teoricamente, o lucro ou o prejuízo correspondente a cada


sócio seria determinado dividindo-se o lucro ou o prejuízo da
sociedade em partes diretamente proporcionais aos tempos.

4. Os capitais são desiguais e empregados durante tempos tam-


bém desiguais.

47 48
3. Os capitais são iguais e empregados durante tempos desi-
guais.

• Teoricamente, o lucro ou o prejuízo correspondente a cada


sócio seria determinado dividindo-se o lucro ou o prejuízo da
sociedade em partes diretamente proporcionais aos tempos.

4. Os capitais são desiguais e empregados durante tempos tam-


bém desiguais.

• Teoricamente, as partes do lucro ou do prejuízo seriam dire-


tamente proporcionais aos produtos dos capitais pelos res-
pectivos tempos.

47 48
Observação
Na prática estes últimos casos não ocorrem porque, em uma so-
ciedade, os sócios não podem permanecer por tempos desiguais.

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