Fibrose Cistica
Fibrose Cistica
Fibrose Cistica
SECRETÁRIO ADJUNTO
Antônio Jorge de Souza Marques
Ilustração
Lucas Faria
ISBN 978-85-89239-73-8
Editores associados: Francisco José Penna, Paulo Augusto Moreira Camargos, Francis-
co José Caldeira Reis, Alberto Andrade Vergara, José Nélio Januário; autores: Equipes de
Fibrose Cística do Hospital das Clínicas da UFMG, do Hospital João Paulo II da FHEMIG;
colaboradores: Equipe de Fibrose Cística do Hospital Universitário de Juiz de Fora, Equipe
de Fibrose Cística do Hospital Universitário de Uberlândia.
1.Fibrose Cística. I. Guimarães, Elizabet Vilar, org. II. Minas Gerais.
Secretaria de Estado de Saúde. III. Título.
Este livro ou parte dele não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização escrita do Editor.
CORPO EDITORIAL
EDITOR CHEFE
Elizabet Vilar Guimarães
EDITORES ASSOCIADOS
Francisco José Penna, Paulo Augusto Moreira Camargos, Francisco José Caldeira Reis,
Alberto Andrade Vergara, José Nélio Januário
AUTORES
Cintia Cristiane Passos
Cristina Gonçalves Alvim
Flávia Cassimiro Silva Viegas
Irmgard de Assis
Juliana Lopes Mascarenhas Dalle
Luciana Ribeiro Sampaio
Luiza Cristina Gomes Delfim
Marcelo Bicalho de Fuccio
Marcelo Coelho Nogueira
Margarida Maria Gontijo de Brito Soares
Maria Beatriz Marcos Bedran
Maria Cristina Rocha Pimenta
Maria das Graças Rodrigues de Oliveira
Maria de Lourdes Penna Santos
Renata dos Santos Vieira
Sandra Ribeiro Pires
Suzana Fonseca Oliveira Melo
Valéria Evangelista Guimarães
Valéria Maria Augusto
Wilson Rocha Filho
COLABORADORES
Equipe de Fibrose Cística do Hospital Universitário de Juiz de Fora ·Equipe de Fibrose Cística do Hos-
pital Universitário de Uberlândia ·Corpo Técnico do CEAPS/SCT/Laboratório do NUPAD ·Alunos dos
Cursos de Especialização em Gastroenterologia Pediátrica e Pneumologia Pediátrica da Faculdade de
Medicina da UFMG, ano de 2007.
PRODUÇÃO GRÁFICA
Autêntica Editora
Prefácio
Os editores
Corpo Editorial
Editora chefe
Elizabet Vilar Guimarães – Professora adjunta do Departamento de Pediatria da Faculdade de
Medicina da UFMG. Subcoordenadora da Assistência Ambulatorial da Triagem Neonatal em
Fibrose Cística do NUPAD-FM/UFMG. Membro do Grupo de Gastroenterologia Pediátrica
do Hospital das Clínicas da UFMG e da Equipe Multidisciplinar de Fibrose Cística do Hospital
das Clínicas da UFMG.
Editores associados
Francisco José Penna - Professor titular do Departamento de Pediatria da Faculda-
de de Medicina da UFMG. Diretor da Faculdade de Medicina da UFMG. Coordenador do
Grupo de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG. Coordenador da
Assistência Ambulatorial da Triagem Neonatal em Fibrose Cística do NUPAD-FM/UFMG.
Paulo A. M. Camargos - Professor titular do Departamento de Pediatria e Coorde-
nador da Unidade de Pneumologia Pediátrica e da Equipe Multidisciplinar de Fibrose Cística
do Hospital das Clínicas da UFMG.
Alberto Andrade Vergara - Pneumologista Pediátrico. Coordenador do Serviço de
Fibrose Cística do Hospital João Paulo II (FHEMIG). Membro do Conselho Assessor Cien-
tífico da AMAM
Francisco José Caldeira Reis - Professor do Departamento de Pediatria da Faculda-
de de Medicina da UFMG. Pneumologista Pediátrico pelo Serviço do Prof. Victor Chernick,
Children’s Hospital de Winnipeg, University of Manitoba, Winnipeg, Canadá. Assessor Mé-
dico, pela América Latina, da Cystic Fibrosis Worldwide (Associação Internacional de Fibrose
Cística). Assessor Especial do Hospital Infantil João Paulo II (Centro Geral de Pediatria) da
Rede FHEMIG, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Membro do Conselho
Assessor Científico da AMAM.
José Nélio Januário - Professor assistente do Departamento de Clínica Médica da
Faculdade de Medicina da UFMG. Diretor Geral do Núcleo de Ação e Pesquisa em Apoio
Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG. Coordenador do Serviço de Referência
em Triagem Neonatal de Minas Gerais.
Autores
Cintia Cristiane Passos - Pós-graduada em Nutrição Clínica no Centro de Pós-
Graduação São Camilo/BH. Nutricionista do Serviço de Fibrose Cística do Hospital Infantil
João Paulo II (Centro Geral de Pediatria) da Rede FHEMIG, Secretaria de Estado de Saúde
de Minas Gerais. Membro do Conselho Assessor Científico da AMAM
Cristina Gonçalves Alvim - Professora adjunta, doutora do Departamento de Pediatria
da Faculdade de Medicina da UFMG. Membro do Grupo de Pneumologia do Departamento
Colaboradores
Equipe de Fibrose Cística do Hospital Universitário de Juiz de Fora/UFJF
Equipe de Fibrose Cística do Hospital Universitário de Uberlândia/UFU
Corpo Técnico do NUPAD: CEAPS, SCT e Laboratório
Alunos dos Cursos de Especialização em Gastroenterologia Pediátrica e Pneumologia
Pediátrica da Faculdade de Medicina da UFMG, ano de 2007
12
Sumário
16
1.1 - Introdução
A Fibrose cística (FC) é a doença hereditária potencialmente letal mais comum da raça
branca. No entanto, tem sido descrita em todas as raças. No Brasil, a incidência varia de
acordo com a região. No Rio Grande do Sul, parece aproximar-se da população caucasiana
centro-européia (1:2.000 a 1:5.000), enquanto que em Minas Gerais, Paraná e Santa Catar-
ina, reduz-se para cerca de 1/9.000 a 1:9.500 nascidos vivos. É uma doença monogênica,
na qual a alteração genética localiza-se no braço longo do cromossomo 7, no locus q31.
Até o momento, foram identificadas mais de 1.400 mutações do gen, sendo que a mutação
ΔF508 é a mais freqüente. As manifestações da doença são decorrentes da alteração na
função da proteína reguladora da condutância transmembrana (cystic fibrosis transmenbrane
regulator - CFTR), que controla a permeabilidade do íon cloro nas superfícies apicais das
células epiteliais. Cinco situações básicas podem ocorrer: ausência total de síntese da CFTR,
bloqueio no processamento, bloqueio na regulação, condutância alterada e síntese reduzida.
As três primeiras condições conferem manifestações mais graves, enquanto as duas últimas,
manifestações mais leves.
1.2 - Fisiopatologia
Em condições normais, o fluxo de água através dos epitélios é resultado do gradiente
osmótico criado pelo transporte ativo de íons, principalmente sódio e cloro. Na FC a codifi-
cação anômala da CFTR prejudica a excreção do cloro. A retenção dos íons cloro provoca
a reabsorção de sódio e água para o meio intracelular. O resultado é a desidratação das
secreções e o aumento da sua viscosidade, favorecendo a obstrução de dutos das glândulas
exócrinas. As manifestações da doença ocorrem em graus variados no pâncreas, pulmões,
intestino, fígado e testículos.
No suor ocorre o processo inverso. As glândulas sudoríparas normalmente produzem
uma secreção com grande quantidade de cloro e sódio. À medida que o suor ascende no
ducto da glândula sudorípara, o cloro e o sódio são absorvidos, e o suor aflora na pele com
pequena quantidade destes íons. Na FC, como os canais de cloro não funcionam, o cloro e
o sódio não são absorvidos, provocando a exteriorização de um suor mais salgado. Na FC
não ocorre um aumento do volume do suor, mas a produção de um suor com 5 a 10 vezes
mais sal do que nas pessoas normais.
17
1.4 - Diagnóstico de FC
Teste do suor
O teste do suor permanece como padrão ouro para confirmação do diagnóstico de FC.
Realizado com técnica adequada, ele faz o diagnóstico de fibrose cística em 98% dos casos.
São necessários dois testes alterados (duas amostras) para confirmar a doença. Até o mo-
mento, em Minas Gerais, no Sistema Único de Saúde (SUS), ele é realizado pela estimulação
da sudorese localizada pela iontoforese com pilocarpina (método de Gibson e Cooke) e pela
análise quantitativa do cloro no suor (método de titulação de Schalles e Schalles).
A interpretação do resultado é feita da seguinte forma:
O valor de cloro no suor nunca excede 160 mEq/L, e a diferença dos resultados das amostras
de suor colhidas no mesmo exame não deve exceder 10 mEq/L.
18
Avaliação urogenital
Deverá ser realizada quando as manifestações da Fibrose Cística são atípicas. Indi-
víduos que apresentam azoospermia obstrutiva, caracterizada por ausência bilateral de
vasos deferentes ou que os tenham rudimentares normalmente não têm manifestações
respiratórias nem insuficiência pancreática, podendo ter concentrações de cloretos no
suor normais, limítrofes ou elevadas. Nesses casos, só se poderá firmar o diagnóstico
de fibrose cística se houver concentrações elevadas de cloretos no suor ou identificação
de duas mutações da doença ou anormalidade do canal de cloro no material de biópsia
retal ou no epitélio nasal.
19
C
1.5 - Tratamento
O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível e implementado de maneira
individualizada, levando-se em conta a gravidade e os órgãos acometidos.
Os objetivos gerais do tratamento são:
20
Capítulo 2 Avaliação
antropométrica e
recomendações
dietéticas
40kg
1,40
1,35
1,30
22
Parâmetros adotados
Peso ao nascer (recém-nascidos a termo)
Eutrofia
Peso atual entre 90% a 110% do peso esperado para a altura (o ideal é que o peso
atual seja >95% do peso esperado para a altura)
Estatura/ Idade
Peso/Altura (P/A) Peso/Idade (P/I) IMC 2 a 18 anos
(E/I)
Baixo <P10 Baixo < P3 Baixa < P3 Baixo < P3
peso peso estatura peso
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Estatura/ Idade
Peso/Altura (P/A) Peso/Idade (P/I) IMC 2 a 18 anos
(E/I)
P90 |– Estatura
Sobrepeso Sobrepeso P90 |– P97 P90 |– P97 Sobrepeso P90 |– P97
P97 elevada
Obesidade ≥P97 Obesidade ≥ P97 ≥ P97 Obesidade ≥ P97
O “peso atual” e a “análise do gráfico NCHS 2000” são sempre interpretados conjun-
tamente, valorizando-se condições específicas (fisiológicas ou não) que alteram apenas um
parâmetro, podendo ou não significar desnutrição e, conseqüentemente, alterar a proposta
de intervenção nutricional.
Avaliação dos pacientes maiores de 18 anos
Prega cutânea tricipital (PCT) e circunferência muscular do braço (CMB) (para maiores
de 2 anos):
24
25
Ca
Gasto Energético Total (GET)
Energia (Kcal/ Energia (Kcal/kg/dia)
Idade em meses Idade em anos
kg/dia) Meninos Meninas
Proteína Lipídeo
Lactentes 4 g/Kg/dia
35-45% do VCT se o ganho de peso for
Crianças 3 g/Kg/dia insuficiente e 30 a 40% do VCT para pacientes
com ganho de peso satisfatório
Adultos 2-3 g/Kg/dia
Ácido graxo essencial: 1-2% do VCT sob a forma de ácido linoleico (W3).
Carboidratos: devem representar 45-48% do VCT, devendo ser compostos, majorita-
riamente, de açúcares complexos e fibra.
26
28
Diagnóstico laboratorial
Elastase fecal (é realizado rotineiramente em Minas Gerais, porém está limitado a pes-
quisas), avaliações quantitativas e semi-quantitativas da esteatorréia.
Elastase fecal
A insuficiência pancreática (IP) leve, diagnosticada pela elastase fecal, pode ser acom-
panhada apenas de hiposecreção de bicarbonato, com secreção de enzima suficiente para
manter o paciente sem esteatorréia. A IP é progressiva, sendo habitual a piora da função
do pâncreas com necessidades de ajustes nas doses de enzimas.
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Lactente menor de seis meses em uso de LM: 0,93 g de gordura por dia
Lactente menor de seis meses em dieta artificial: 2,25 g de gordura por dia
Criança de idade superior a seis meses: 2,28 g de gordura por dia
Pacientes com diagnóstico clínico recente de IP devem ser submetidos à avaliação qualita-
tiva da IP (elastase fecal, quando se tornar disponível) e quantitativa da esteatorréia através
da gordura fecal de 24 h (Van de Kamer).
Acompanhamento laboratorial:
Elastase fecal: se disponível, anualmente até diagnóstico de IP grave.
Avaliação longitudinal da capacidade funcional do pâncreas:
30
Atenção
Pacientes com dado clínico inequívoco de esteatorréia não precisam da avaliação la-
boratorial da mesma.
Devem receber enzima em toda mamada: 2.000 a 4.000 U de lípase para cada
120 ml de leite (humano ou não).
31
Recomendações gerais:
As fórmulas semi-elementares com 50% de TCM podem precisar de quantidades
menores de enzima.
No caso do uso de fórmula a base de aa livres e predomínio de TCL devem-se usar
as doses acima de lipase.
A enzima deve ser oferecida utilizando-se como veículo uma pequena quantidade
de leite materno ou fórmula. Após a introdução de frutas na alimentação, deve
ser administrada misturada a uma pequena porção de papa de maçã, banana ou
iogurte. Em todas essas situações, as cápsulas devem ser abertas e as microesferas
misturadas a um dos veículos citados.
Recomendações gerais:
A dose para cada refeição deve considerar a quantidade de gordura na mesma.
Todo paciente em TRE deve ter um registro e/ou recordatório alimentar anual.
O paciente deve ser educado para reconhecer refeições gordurosas.
Atenção
Lanche não significa refeição menor. Muitas vezes o conteúdo de gordura dessas
refeições é maior que o conteúdo do almoço e jantar.
Não administrar com: frutas e sucos (exceto abacate), vegetais (exceto batata), açúcar,
geléia, gelatina, mel, melado.
A administração de doses de enzima superiores a 10.000U/Kg/dia deve ser discutida
com a equipe do centro de referência.
Critérios para aumento da dose de enzima:
32
Atenção
Aumentos nas doses de enzimas devem representar 25% da dose em uso ou mais ou
adequação específica da dose de enzima por refeição habitual avaliada por meio do
registro alimentar (ingestão de gordura em cada refeição).
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PROPEDÊUTICA:
Leucograma, amilase sérica, provas de função hepática, urina rotina, gram de gota
de urina não centrifugada;
raio X simples de abdome;
ultra-som de abdome;
avaliar realização de enema opaco com contraste hidrossolúvel.
3.5 - vitaminas
3.5.1 - Recomendações para
suplementação de vitaminas
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A IP 4000-10000 UI/dia
E Todos 100-400UI/dia
IP: insuficiência pancreática exócrina. Conversão de fatores: UI para mg: vitamina A: UI 0,3
= mcg; vitamina D: UI/40 = mcg; vitamina E: all-rac-α-tocoferol: UI = mg; RRR-α- tocoferol:
UI/1,49 = mg.
A necessidade de suplementação de vitaminas em pacientes sem deficiência pancreática
deve ser avaliada individualmente de acordo com os níveis plasmáticos.
Recomenda-se:
Crianças menores de um ano: vinte gotas (1,0 mL) de Protovit® ao dia e 1 cápsula de Ephynal®
(400UI de vit E) por semana ou vinte gotas (1,0 mL) de Source CF ao dia. Crianças de um a
quatro anos: 1,5 ml (30 gotas) Source CF® ao dia.
Pacientes maiores de quatro anos, que mastigam comprimidos: um comprimido de
Centrum® ou um comprimido de Source CF® ao dia.
Vitamina K: Deficiência comprovada: administração via parenteral: 1mg/Kg/dose por
dois dias consecutivos. Repetir PT e PTT a seguir.
35
38
Diagnóstico
Clínico:
Laboratorial:
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Ultra-som abdominal:
Indicações:
Realizado em todos os casos em que se observa alteração clínica e/ou laboratorial,
inclusive na colestase neonatal.
Na doença hepática relacionada à fibrose cística (DHRFC), observa-se aumento
do volume, heterogeneidade ecográfica, nodularidade, esplenomegalia. Nessa
situação, a realização do ultra-som é válida para excluir outras causas de doença
hepática e, para acompanhamento evolutivo, repete-se anualmente.
Na segunda década de vida, para rastreamento da colelitíase, deve ser feito a cada 2
anos.
Biópsia hepática:
Excepcionalmente realizada.
Útil no diagnóstico diferencial quando a doença apresenta evolução atípica.
Tratamento
Sem cirrose:
iniciar ácido ursodeoxicólico (Ursacol): 20mg a 25 mg/Kg/dia. Efeito colateral
mais comum: diarréia. Nesse caso, reduzir dose (10 a 15 mg/Kg/dia).
Se PTT alargado: vit K 10mg IM por três dias. Repetir PTT.
Tempo de tratamento: indefinido.
Na colestase neonatal pode ser suspenso depois de 3 a 4 meses se enzimas e bilirru-
bina normalizam.
Com cirrose: encaminhar para o hepatologista.
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Diagnóstico
Clínico:
* Na criança jovem, a dor não costuma ser referida ao andar superior do abdome.
Laboratorial
Tratamento:
Acompanhamento:
Quadro obstrutivo
41
Laboratorial:
RX simples de abdome
Exames radiológicos contrastados
Tratamento:
Comunicar sempre com cirurgia pediátrica.
O tratamento deve ser instituído após discussão com cirurgião.
Considerar contraste radiológico hidrossolúvel oral e, se necessário, retal.
Gastrografina: 250 ml a 25%, via oral.
.
Pode-se repetir a dose.
Acompanhar com RX simples de abdome em ortostatismo ou decúbito dorsal
com raios horizontais.
Se ocorrer falha: considerar administração retal.
Diagnóstico:
Clínico:
Laboratorial:
Tratamento:
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4.5 - Anemia
Diagnóstico
Clínicos:
Laboratoriais:
Quando realizar:
na suspeita de anemia;
aos seis meses de idade;
uma vez por ano.
Exames: Hemograma, ferro sérico, ferritina*, CLTF, reticulócitos**.
Reticulócitos
IRC > 1,5: reflete aumento da produção de hemácias (hemólise ou perda sanguí-
nea)
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Tratamento:
Ferro: 3 a 5 mg/kg/dia
* Vitamina E: 400UI três vezes por semana, por três semanas.
Prevenção:
Anemia ferropriva: Ferro (1 a 2mg/Kg/dia de ferro elemento):
Deficiência de zinco:
Relativamente freqüente e pouco diagnosticada. Deve ser lembrada em lactentes com
IP e com lesões cutâneas, e nos casos de falência de crescimento. Deve-se instituir teste
terapêutico: 0,5 a 1,0 mg de Zn elemento/Kg /dia. Na baixa estatura, o teste deve ser
feito por três a seis meses.
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4.7 - Desnutrição
Atenção
Trata-se de manifestação inicial grave da doença, com risco maior de mortalidade,
requerendo controle clínico rigoroso
Tratamento:
Consultas diárias de controle até o início do “ganho de peso adequado” são pre-
feríveis à internação hospitalar.
Reavaliação a qualquer momento da necessidade de internação se o recém-nas-
cido:
Inicia sintomas respiratórios que complicam o quadro nutricional;
Não ganha peso, mamadas parecem ineficazes ou débeis, piora clínica.
Intervenção nutricional no lactente hospitalizado:
Avaliar administração de dieta por sonda nasogástrica: sucção débil, quadro res-
piratório que impede administração da dieta por sucção.
Tipo de dieta a ser administrada: podem ser utilizadas fórmulas infantis padrão
(mais baratas) ou fórmulas hidrolizadas. Ver acima “Tratamento da IP: TRE”
Atenção
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Suporte
Tentativa de
Tentativa de nutricional
Desnutrido Falha no suplementação
suplementação e invasivo Dieta
sem resultado crescimento/ e ainda: IMC <
ainda: enteral noturna
à intervenção desenvolvimento 18,5 ou perda de
% P/E < 85 ou por SNG ou
nutricional mesmo com peso maior que
perda de peso em 2 gastrostomia
(Desnutrido grave) suplementação oral 5% em menos de
percentis. e/ou Nutrição
2 meses.
Parenteral
46
47
Atenção
É desejável que o paciente esteja consumindo, por via oral, pelo menos 100% da
necessidade calculada para o peso ideal. Porém, vários pacientes apresentam redu-
ção crônica do apetite e, apesar de não consumirem 100% da recomendação, a in-
dicação de gastrostomia deve ser feita, se os critérios anteriores são preenchidos.
Aspectos emocionais:
Avaliação psicológica é realizada nos pacientes, procurando concluir se o paciente e
responsáveis apresentam condições para colocação da gastrostomia. Principalmente
se a gastrostomia é entendida como uma opção terapêutica de melhora da qualidade
de vida e se aspectos relativos à imagem corporal não dificultarão a adesão ao uso
do dispositivo de infusão da dieta.
Aspectos sociais:
Ter moradia em adequadas condições sanitárias e com luz elétrica.
O paciente ou responsável deve ter condições de aprendizado de manipulação da bomba
de infusão.
Aspectos éticos:
A gastrostomia deve ser indicada no mínimo seis meses antes da realização do procedi-
mento. Durante esse período todas as dúvidas dos pacientes ou responsáveis devem
ser respondidas. O paciente deve fazer um mínimo de três consultas com o médico
responsável pela indicação, bem como com a nutricionista e psicóloga da equipe.
O paciente deve conhecer todos os riscos inerentes ao procedimento e à possibilidade
de sucesso ou fracasso do objetivo.
É considerado insucesso terapêutico quando não ocorre ganho de peso após um ano
da adoção do procedimento.
Pacientes e/ou responsáveis devem estar de acordo com o procedimento.
48
Profilaxia de infecções:
4.7.4.4- Acompanhamento
Consultas pós-gastrostomia:
1a, 2a e 3ª consultas, com intervalo de 15 dias entre cada uma, e consultas subse-
qüentes, de 30 em 30 dias nos primeiros seis meses. A seguir, agendamento com os
mesmos critérios que pacientes não gastrostomizados.
Avaliação da função pulmonar:
A cada seis meses nos pacientes aptos a realizá-la.
49
SA
L
5.1- Hiponatremia e
depleção corporal de sódio
Ao diagnóstico, em pacientes da triagem neonatal:
Diagnóstico:
Apresentação clínica:
Avaliação laboratorial:
52
Tratamento:
Hiponatremia
Com sintomas ou sódio sérico < 120: encaminhar para tratamento hospitalar.
Sódio sérico > 120 e assintomático: prescrever 3 a 10 mEq/Kg/dia de sódio.
1,0 g de sal de cozinha: 17 mEq de sódio. Manter administração diária de sais
de reidratação oral, livre demanda.
Sem o valor de sódio sérico, apenas com sódio urinário baixo e assintomático:
prescrever 3 a 10 mEq/Kg/dia de sódio.
Manter administração diária de sais de reidratação oral, livre demanda.
Prevenção:
3 a 10 mEq/kg/dia de sódio.
Sais de reidratação oral em livre demanda.
Tratamento:
Corrigir a hiponatremia.
Se potássio > 2,5 mEq/l: 3 a 5 mEq/Kg/dia de solução de cloreto de potássio
oral (3g de KCl = 40 mEq de potássio). Repetir dosagem em 72 horas.
Se potássio < 2,5 mEq/l: encaminhar para correção venosa.
Acompanhamento:
Muitos estudos têm demonstrado que a taxa de declínio do VEF1 e CVF aumenta nos
dois a quatro anos que antecedem ao diagnóstico DRFC.
53
Teste oral de tolerância à glicose: após coletar glicemia de jejum, administrar via
oral, 1,75g de dextrosol/Kg de peso (máximo de 75g ). Coletar glicemia duas horas
após o dextrosol.
Sintomas de hiperglicemia em FC
54
Tratamento:
Nutrição:
Insulinoterapia:
Esquema ideal para o paciente com FC: insulina ultra-rápida antes das refeições
e insulina NPH à noite.
Acompanhamento com endocrinologista é obrigatório. O tratamento deve ser
iniciado por esse profissional. Apenas quando não for possível é que deve ser
iniciado por médicos não endocrinologistas.
Indicações:
Acompanhamento:
Aferição da pressão arterial em toda consulta.
Controle glicêmico domiciliar
55
58
Crônica: três culturas positivas , com intervalo maior que um mês entre elas, em
um período de seis meses, por mesma bactéria patogênica.
Intermitente: infecções, por mesma bactéria patogênica, que não atinjam a fre-
quência de três episódios em seis meses.
Sintomático respiratório
Exacerbação respiratória
Definição:
,
critério de fuchs
Exacerbação da doença crônica (sintomas respiratórios agudos, diferentes
de resfriado): Escore de Fuchs (quatro de 12 critérios):
1. Alteração do volume e da cor do escarro.
2. Hemoptise nova ou aumentada.
3. Aumento da tosse.
4. Aumento da dispnéia.
5. Mal-estar, fadiga ou letargia.
6. Temperatura axilar > 38 ° C.
7. Anorexia ou perda de peso.
8. Cefaléia ou dor na região dos seios da face.
9. Alteração de cor da rinorréia.
10. Alteração da ausculta pulmonar.
11. Queda da VEF1 superior 10% do valor basal.
12. Alterações radiológicas indicativas de infecção pulmonar.
59
Classificação da exacerbação:
Exacerbação leve: isolamento da bactéria nas vias aéreas inferiores sem sinais dire-
tos de infecção (febre, cansaço, prostração), com repercussão discreta no quadro clínico
do paciente (perda de apetite, perda de peso, aumento da expectoração, alteração da
cor do escarro).
Exacerbação moderada a grave (Exacerbação respiratória modera-
da/grave): isolamento de bactéria nas vias aéreas inferiores com sinais diretos
de infecção e evidente repercussão no quadro clínico do paciente, tais como fe-
bre, cansaço, prostração, taquipnéia, desconforto respiratório, hipoxemia, etc.)
Quadro clínico:
Assintomático
Sintomas habituais
Exacerbação dos sintomas (leve, moderada ou grave)
Resfriado comum (apenas sintomas de vias aéreas superiores).
60
Exames complementares:
Espirometria e radiografia de tórax: uma vez por ano ou mais freqüente (se necessá-
rio).
Tomografia computadorizada de tórax:
A partir dos cinco anos: em todo paciente a cada 3 anos.
Antes dos cinco anos: apenas em casos selecionados.
Culturas de escarro ou aspirado traqueal (AT): solicitá-los em toda consulta.
Dosagem de IgE total: uma vez por ano (diagnóstico da aspergilose bronco-
pulmonar alérgica)
61
64
Tratar todas as vezes que aparecer na cultura, independentemente de ter ou não sinto-
mas
1ª opção: amoxicilina ou amoxicilina + clavulanato por quatro semanas
2ª opção: cefalosporina de 2ª geração* se não houve erradicação ou persistência
de sintomas.
* Atenção para o risco de aparecimento de P. aeruginosa.
Atenção
Primeira cultura: tratar com antibiótico oral por três a quatro semanas.
Se cultura subseqüente positiva ou persistência de sintoma: associar um segundo
antibiótico oral, prolongando o tratamento por mais duas semanas
Se persistência de nova cultura positiva ou de sintomas: antibioticoterapia veno-
sa por duas semanas
Se nova cultura positiva, após antibioticoterapia venosa, tratar apenas se sinto-
mático
65
Exacerbação leve Ca
Atenção
Limitar uso das cefalosporinas devido ao risco de aparecimento P. aeruginosa mu-
cóide.
Exacerbação grave
Tratar sempre
Exacerbação leve:
Exacerbação grave:
Tratar sempre.
Seguir antibiograma.
Segregação obrigatória.
Impedir situações que permitam contato com outros pacientes com FC.
66
68
8.1-Exacerbações Leves
8.2-Exacerbações moderadas/graves
Internação
Ceftazidime + Amicacina ou Gentamicina (de acordo com antibiograma ante-
rior),
EV, por duas semanas.
(Re)Iniciar Colimicina ou Tobramicina após o 10º dia de hospitalização. Consi-
derar cefepime ou meropenen, segundo o antibiograma.
Não modificar antibioticoterapia se cultura atual mostrar resistência, mas houver
melhora clínica.
Associar oxacilina, se cultura positiva para S. aureus nos últimos 12 meses.
1- colimicina contínua;
2- tobramicina em meses alternados;
3- alternância mensal de colimicina e tobramicina (gentamicina, amicacina ou
tobramicina);
4- antibiótico sistêmico a cada três meses em pacientes graves (bronquiectasias
extensas, exacerbações freqüentes, cultura semi-quantitativa com crescimento
abundante, declínio da função pulmonar, ganho de peso insuficiente ou perda de
peso persistentes), alternado três semanas de ciprofloxacina oral com duas sema-
nas de antibioticoterapia venosa.
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Esquema 1
1a cultura positiva p/ P. aeruginosa
(ou nova cultura positiva após seis meses de culturas negativas)
Manter colimicina
Antibioticoterapia EV, se: por 12 meses
n )DADE
ANOS EOU
n 3INTOMAS MODERADOSGRAVES EOU
n -¸ ADESºO AO TRATAMENTO AMBULATORIAL
Alta com colimicina em dose dobrada por
três meses.
Três culturas positivas com intervalo entre elas > um mês, dentro de seis meses = colonização crônica –
antibioticoterapia inalatória contínua e duradoura “lifelong”
70
Esquema 2
Ciprofloxacina VO, três meses + colimicina inalatória, três meses, até resultado
da cultura
Pacientes menores de 12 meses: Tobramicina inalatória por 28 dias
Primeira infecção por P. aeruginosa mucóide: Tobramicina inalatória por 56 dias
71
fecção), proposta de tratamento prescrita, descrição dos resultados (registro progressivo das
C
culturas realizadas com antibiograma), registro de todos eventos avaliados como relacionados
ou não ao esquema adotado. Essas informações serão armazenadas em banco de dados, o
qual deverá ser reavaliado a cada seis meses até resultado conclusivo do melhor esquema
a ser adotado. Projeto de pesquisa deverá ser realizado e aprovado pelos comitês de ética
em pesquisa.
72
74
9.2 - Sinusite
A maioria dos pacientes com FC apresenta alterações dos seios da face, mas apenas
1% deles apresenta sintomas sugestivos de sinusite. A radiografia simples dos seios
da face não auxilia na conduta.
Na presença de sintomatologia (cefaléia, obstrução nasal, gotejamento pós-nasal
purulento, pigarro constante, anosmia e, especialmente, halitose):
75
9.4.1 -Atelectasias
9.4.3 - Pneumotórax
Assintomático:
Hospitalização e observação por 24h.
Sintomático ou acometimento maior de 20% do vol total do HTx:
Hospitalização
Drenagem torácica - retirar quando parar de borbulhar.
Considerar cirurgia se não ocorrer melhora do escape de ar em cinco dias.
9.4.4 - Hemoptise
Hemoptise menor
Hemoptise maior:
76
Diagnóstico
Critérios maiores:
Radiografia de tórax infiltrado > 1 cm e colapso segmentar.
Bronquiectasia cilíndrica à radiografia de tórax (bronquiectasia central).
Aumento de IgE sérica, IgE e IgA (IgG) específicas para Aspergillus fumigatus.
Eosinofilia.
Teste alérgico positivo.
Broncoespasmo (broncoespasmo reversível).
Critérios menores:
Rolhas marrons ou pretas no escarro.
Reação cutânea tardia.
Cultura de escarro positiva para Aspergillus.
Tratamento
9.4.6 - Hipoxemia
Hipoxemia crônica diurna:
77
Conduta:
Hipoxemia noturna:
Investigar em todo paciente que tiver saturação menor que 92%.
Conduta:
78
80
Como administrar:
10.2 - AZITROMICINA
Indicações:
Indicações
81
Indicações:
10.7 - BRONCOSCOPIA
Indicações:
82
11.1 - Indicações
11.2 - Contra-indicações
Contra-indicações absolutas
Contra-Indicações psicológicas e sociais:
84
HIV.
Tuberculose (Passado de TBC tratado deve ser decisão de cada centro de transplante).
Hepatite B (HbsAg positivo).
Infecção pela Burkholderia cepacia (será considerada contra-indicação absoluta
neste centro).
Contra-indicações relativas
Infecciosas
Micobacteriose Atípica: não há evidências sobre a evolução de transplantados
infectados. Considerar que a resposta terapêutica é frusta.Tratamento pré-trans-
plante deve ser considerado em colonizados.
Colonização por bactérias multi-resistentes (infecção por pseudomonas aerugino-
sa multi-resistente não é considerada contra-indicação).
Infecção por fungos: há maior risco de envolvimento fúngico precoce na anastomose.
Não há evidências de maior risco de pneumonia fúngica. Tais condições devem ser
tratadas sistemicamente, não há definição sobre a profilaxia com anti-fúngicos.
Não infecciosas
Idade acima de 65 anos.
Múltiplas co-morbidades (Diabetes, hipertensão arterial, refluxo gastro-esofági-
co, úlcera péptica).
85
Capítulo 12 Abordagem
fisioterápica
88
Atenção
Avaliar:
Padrão respiratório.
Ausculta respiratória.
Saturação de oxigênio.
Freqüência respiratória e cardíaca.
Desenvolvimento neuropsicomotor.
89
Atenção
Devem ser realizadas antes das refeições para evitar refluxo gastroesofágico.
Em lactentes com doença do refluxo gastroesofágico, as manobras devem ser reali-
zadas evitando a inclinação da cabeça para baixo.
Atenção
Lactentes com refluxo gastroesofágico: elevar a cabeceira e realizar antes da refeição.
90
• Ciclo ativo das técnicas de respiração: técnica que dá independência para a criança.
Pode ser realizada até três vezes ao dia com tempo de sessão de 10 a 30 minutos.
91
Drenagem Postural.
Tapotagem / Vibração.
Desobstrução rinofaríngea retrógrada (DRR).
Ciclo ativo das técnicas de respiração.
Expiração lenta total com a glote aberta (ELTGOL).
EPAP/ EPAP selo d`água /Flutter / Shaker / Acapella®.
Cinesioterapia.
Testes submáximos com reavaliações periódicas (teste do degrau, teste da
caminhada de seis minutos).
Exercício físico.
12.6- Aerossolterapia
Broncodilatador e mucolítico:
Antiinflamatório e antibiótico:
Pacientes assintomáticos:
92
94
• Não infantilizar ou não superproteger a criança, pois essa atitude só prejudica o tra-
tamento. É importante que ela possa vivenciar as diversas etapas de sua vida sem
carregar o estigma da doença, mas ao mesmo tempo sendo informada e participando
do tratamento.
• Preservar as relações dentro do núcleo familiar, pois delas dependerão uma boa adesão
ao tratamento e a garantia de uma boa qualidade de vida para o paciente.
• Ensinar às crianças desde pequenas a saber se expressar para que possam se sentir
seguras no meio social.
• Entre quatro e dez anos: a instauração de hábitos de cuidados é de suma importância
para o desenvolvimento. Alguns hábitos são: hábitos adequados de alimentação,
realização de tratamentos respiratórios, uso de medicação, higiene pessoal, etc.
ATENÇÃO para:
Desobediência ( também chamada de negação desafiante ou problema de conduta):
pode prejudicar o tratamento se a criança se nega a se submeter ao mesmo e são
criadas tensões e discussões quando os pais não sabem como manejar. Esse problema
é freqüente na infância. Os problemas da alimentação, como falta de apetite e de
bons hábitos alimentares, também repercutem seriamente no tratamento.
95
Espaço Lúdico:
Trabalhar com a criança suas angústias e dificuldades num espaço apropriado à lingua-
gem infantil, onde por meio do simbólico extraído de trabalhos lúdicos ela possa se
expressar e, “falando” a seu modo, possamos identificar seus sintomas subjetivos onde
então atuaremos em seu tratamento.
96
Capítulo 14 Abordagem do
paciente adulto com
fibrose cística
98
Staphylococcus aureus
(resistente a meticilina) Linezolida 600 mg 12/12h. por 21 dias
Estável clinicamente
99
100
(continuação)
Ticarcilina/Clavulanato 3 g 6/6 h
Stenotrophomonas 4-5mg/Kg (Trimetroprim)
Sulfametoxazol / Trimetoprim
maltophilia 12/12h
Ticarcilina/Clavulanato + Aztreonam 3 g 6/6 h +2 g 8/8 h
Considerar em adultos colonizados por Pseudomonas sp com VEF1 entre 25% a 75%
do previsto.
Terapias:
1. Inalatória:
Tobramicina (1a escolha) ou Colimicina ou Amicacina.
Curso de tratamento de 28 dias, intercalado por 28 dias de descanso por 6 meses. Ou
intercalar duas drogas em períodos de 28 dias, sem períodos de descanso (ex. tobramicina
e colimicina).
2. Endovenosa:
Cursos de 2 semanas de antibiotico (baseado em cultura de escarro) a cada 3 meses
101
(continuação)
Sintomas visuais e
Etambutol 25 mg/Kg/dia. Via Oral
acústicos
Sorologia
positiva
(IgG ou IgE
Sintomas Novas
Aspergillus-
pulmonares alterações
IgE total sérica Específico ou Recomendação
e/ou piora Radiológicas
(UI/mL) presença de de tratamento
na função (TC ou Rx
precipitinas
pulmonar Tórax)
para
Aspergillus
fumigatus)
1. > 1000 ou
elevação de 2 vezes Sim Sim Sim Tratar para ABPA
o valor basal
102
(continuação)
Tratar para
3. > 1000 ou infecção, considerar
elevação de 2 vezes Não Sim Sim tratamento para
o valor basal ABPA se não
houver melhora
Considerar
4. > 1000 ou
tratamento para
elevação de 2 vezes Sim Não Sim
ABPA, infecção e/
o valor basal
ou asma
Tratar para
5. > 500 no infecção, considerar
passado, sem Sim Sim Sim tratamento para
mudança do basal ABPA ou asma se
não houver melhora
103
Infecção ou asma são as primeiras hipóteses. Considerar ABPA se não houver melhora
após tratamento antimicrobiano e/ou anti-asmático.
Cenário 6: Insucesso no tratamento para FC, piora funcional e radio-
lógica, IgE entre 500-1000
Tratar para ABPA.
Se a suspeita clínica for de infecção, tratar para infecção associado ao tratamento para
ABPA.
Indicações:
VEF1< 70% do valor previsto (após otimização de outras terapêuticas usuais) ou to-
mografia de tórax de alta resolução com bronquiectasias
Nos pacientes em que foi optado o tratamento com Dnase, deve ser feita uma análise
longitudinal do benefício da droga.
Avaliar:
• Sintomas.
• Número de exacerbações.
• Evolução das provas funcionais.
• Caso indicado: alterações radiológicas, colonização bacteriana das vias aéreas.
• Micronebulização com solução salina hipertônica:
104
Indicações:
14.4 - Broncodilatadores
Azitromicina:
Indicação:
105
Atenção:
Antes de iniciar o tratamento realizar BAAR no escarro (descartar microbacteria atípica
a fim de evitar resistência).
Pacientes que forem submetidos a esse tratamento devem ser reavaliados clinica e fun-
cionalmente com objetivo de determinar a manutenção ou suspensão.
14.6 -Corticóides
Corticóides inalatórios: indicado para os pacientes com sintomas compatíveis com
asma.
Corticoides sistêmicos a longo prazo: devem ser evitados.
14.7 - Ibuprofeno
Algum benefício em pacientes levemente acometidos (VEF1 > 60% previsto). Avaliar
risco/benefício.
Dose: 20 a 30 mg/Kg. Máximo de1600 mg 12/12 h.
ATENÇÃO:
Monitorar dose sérica.
Monitorar a função renal 6/6 meses.
Avaliar sinais e sintomas gastrointestinais.
Não deve ser utilizado em pacientes moderado a gravemente acometidos.
O2 durante exercício:
O2 noturno:
106
Diagnóstico de IP
Esteatorréia:
Clinicamente volumosa: IP sem necessidade de comprovação laboratorial.
Clinicamente não volumosa ou questionável: necessidade de diagnóstico da esteatorréia
e da IP: gordura fecal de 24h em fezes de 72h (técnica de Van de Kamer) e dosagem da
elastase fecal, se disponíveis.
Outros sinais/sintomas clínicos*:
Administração e prescrição:
As cápsulas de enzimas devem ser administradas imediatamente antes da ingestão do
alimento.
Em geral há necessidade de 500 a 4000 U de lipase por grama de gordura ingerida por dia.
Como calcular a dose:
500 U lipase por quilo por refeição principal, metade dessa dose nos lanches (se a
refeição contiver menor teor de gordura). Após remissão da esteatorréia, reduzir a
dose até a mínima necessáriaSe persistir esteatorréia (clínica ou na avaliação da gor-
dura fecal de 24h em fezes de 72 h): aumentar a dose em 150U/Kg a 250 U/Kg
por refeição até remissão dos sintomas. Não ultrapassar 2500 U/Kg por refeição.
Atenção
Avaliar redução da dose de enzimas pancreáticas nos pacientes que utilizam por re-
feição mais de 2500 U de lipase /Kg.
107
Gastroenterite infecciosa.
Parasitose.
Intolerância a glicose.
Super crescimento bacteriano intestinal.
Colestase.
Doença por Clostridium difficile.
Doença celíaca.
Síndrome do intestino curto.
Doença de Crohn.
Alergia alimentar.
Tumor intestinal.
Aspectos clínicos da
Vitamina Dose diária a ser suplementada
deficiência
Vitamina D Doença óssea metabólica 400 a 800 IU; exposição solar regular
108
Degeneração espino-cerebelar,
Vitamina E 200 a 400 IU
anemia hemolítica
Avaliação laboratorial:
Glicemia de jejum – Anual
Tolerância oral a glicose – Anual
Hemoglobina glicosilada – Somente deve ser realizada para monitorar casos já diagnos-
ticados de DRFC.
Tratamento:
Aspectos gerais:
1. Manter o estado nutricional otimizado.
2. Dieta hipercalórica e hiperprotéica.
3. Controlar glicemia para evitar complicações a curto e longo prazo da DM.
4. Evitar hipoglicemia grave.
5. Adaptação social, emocional e psicológica à realidade da fibrose cística e diabetes.
109
Tratamento farmacológico:
Insulina.
Não é recomendado o uso de hipoglicemiantes orais.
Controle anual de complicações microvasculares:
1. Urina rotina.
2. Fundo de olho.
TGO.
TGP.
Fosfatase Alcalina.
GGT.
Bilirrubina total e frações.
Proteína total e Albumina.
RNI.
Hemograma, glicemia, colesterol: se suapeita clínica de hipertensão portal e
hiperesplenismo.
Se qualquer enzima hepática 1.5 vez acima do normal: repetir a avaliação da função
hepática em 3 a 6 meses. Mantendo alteração laboratorial, prosseguir com propedêutica.
TGO e TGP alteradas, avaliar:
– Hepatites virais.
– Citomegalovirose.
– Vírus Epstein-Barr.
– Álcool, drogas, toxinas.
– Doença hepática relacionada à fibrose cística.
Obstrução biliar.
Colelitíase, colecistite.
Doença óssea
110
Tratamento:
Seguimento em conjunto com hepatologista.
Tratamento farmacológico
Ácido Ursodeoxicólico
Utilizar em casos de colestase, fibrose, cirrose.
Dose: 20 mg/Kg/dia, dividido em duas tomadas diárias.
Atenção:
Não há evidência científica para o seu uso em casos de mínima ou nenhuma disfun-
ção hepática ou fibrose portal.
Nutrição:
Suplementação de vitaminas: Devem ser administradas durante as refeições com as
enzimas pancreáticas.
Avaliação pelo método DEXA (absortimetria de raios-X em duas energias): se sem alte-
rações, repetir a cada 2 a 5 anos.
111
Tratamento:
Aspectos gerais:
Tratamento farmacológico:
Suplementação de cálcio:
Carbonato de cálcio 1 g / dia (atenção a nefrolitíase)
Vitamina D: se dosagem sérica da 25-hidroxivitamina D (25 OHD) < 18 a 20 ng/
mL, suplementar a vitamina até atingir nível sanguíneo de 30 ng/mL.
Uso de bifosfonatos orais (ex.: alendronato) pode ser útil.
Tratamento
112
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