Renascimento Direito Romano
Renascimento Direito Romano
Renascimento Direito Romano
Direito Romano
João Miguel Parada Ochoa
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O renascimento do Direito Romano1
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Tive imensos problemas ao sistematizar o texto. “Sed multum longo interuallo sunt ista simili; nec tota
enim simul sonat quaelibet uox, quia per tempora tenditur et producitur et aliud eius prius sonat aliud
eius prius sonat aliud posterius, et omnis uisibilis tamquam intumescit per locus nec ubique tota est.”
(Agostinho 2001). Outra grande dificuldade foi a delimitação do objecto, optei pela mais ampla e incluí,
para além das escolas da Idade Média, o estudo da criação do Corpus Iuris Civilis apesar de ter feito,
nesta parte, uma exposição bastante sucinta. A análise feita neste trabalho vai só até à escola dos
Comentadores e na parte em que nos referimos ao caso Português, apenas falamos do período de
dominação romana. Esta escolha foi feita por dois motivos: a análise já profusamente desenvolvida na
cadeira de História do Direito e a falta de tempo ocasionada pelo esquecimento do prazo para entrega do
presente trabalho.
2
(Lobo 1931, Vol. III, p. 9)
3
(Cruz 1984, p. 89)
4
Este tema será desenvolvido infra
2
Romano que vai vigorar e orientar a produção jurídica na Grécia, Turquia, Roménia,
Rússia… (Cruz 1984) e (Glissen 2003).
Continua a ser estudado mesmo após a queda do império do Ocidente (em 476).
São deste tempo vários comentários ao direito romano compilado o Corpus Iuris Civilis
sendo as obras de maior vulto são a Écloga no séc. VIII; os Basílicos 6 no séc. X e o
Hexábiblos7.
O direito Romano era ensinado nas escolas monásticas e episcopais, por causa
da dependência eclesiástica em relação ao Ius Romanum. Contudo este era estudado
como ramo da gramática e não como ciência autónoma (Cruz 1984). Pensa-se que
outras escolas não eclesiásticas ligadas a Constantinopla como Ravena, Pavia…
também ensinassem Direito Romano. A escola de Ravena teria sido um importante
transmissor da cultura jurídica Oriental que atinge alguma preponderância no séc. VII e
no inicio do séc. IX e se extingue em meados deste século (Cruz 1984).
Obras Pré-Justinianeias
A partir do séc. IV sentiu-se uma especial falta de textos jurídicos clássicos. Esta
falta deve-se, segundo Sebastião Cruz8 a vários factores:
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Assume-se aqui esta expressão com todas as críticas que ela contém. De facto direito Romano Clássico
foi o direito da Urbe, no Império Bizantino e durante a Idade Média estes textos são adulterados quer pela
ignorância filológica dos da Idade Média (criticada pelos do mos galicus) quer pelos tribonianismos dos
segundos.
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De Β α σ ι λ ε υ s = Rei ou seja os direitos do Rei
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De Η ξ α = seis + β ι β λ ο s = livro. Atribuído a Constantine Harmenopoulos e composto por
seis livros, era uma compilação de legislação existente acompanhada de comentários do Autor. Eram
organizados por temas. Manteve-se vigente até ao Código Civil Grego de 1946 (Foudation of the Hellenic
World s.d.).
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(Cruz 1984, p. 403) e também (Petit 1913)
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α ) Raridade dos textos clássicos provocada verbi gratia pelo
desaparecimento e deterioração física das edições existentes; dificuldade
que os textos clássicos tinham para resolver casos concretos neste
período; a decisão dos casos era feita através de Leges e não através do
Jus uma grande riqueza teórica excessiva para os práticos do direito do
tempo.
Para colmatar esta lacuna foram criadas três compilações de natureza privada,9
são elas o Código Gregoriano; o Código Teodosiano e o Código Hermogeniano. Estas
compilações são transcrições, reescritos, citados integralmente sem comentários,
conforme o original. A sua finalidade era, apenas dar a conhecer as leis romanas.
O Código Gregoriano, assim chamado porque o seu Autor teria sido Gregorius
ou Gregorianus, foi elaborado no oriente cerca do ano de 292 e abrangia rescritos
imperiais desde Adriano a Diocleciano.
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oficial que se pudesse opor “erga omnes”. O código foi feito em duas fases. Numa
primeira fase foram reformados os estudos jurídicos10 e foi entregue a dois professores
da Escola de Constantinopla a função de reformar a legislação.
γ ) Adaptar os textos
Este trabalho foi concluído em 437, promulgado por uma constituição dirigida
ao praefectus praetorio do Oriente em 438. Foi dada a Valentiniano III que a trouxe
para o ocidente onde foi aprovada pelo senado em 438 e depois aceite pelo imperador.11
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É interessante notar que as reformas legislativas de grande vulto foram, normalmente antecedidas de
reformas universitárias ou se deveram a estas. Lembro por exemplo, para a primeira situação, a reforma
Pombalina da Universidade de Coimbra e para a segunda a Universidade de Bolonha. Cf. nota 548 de
(Cruz 1984, p. 412) e (Albuquerque e Albuquerqe 2004).
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Foi determinado que as constituições promulgadas numa parte do império seriam enviadas para a outra
com a finalidade de aí serem promulgadas.
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Este código está dividido em 16 livros, subdivididos em títulos, onde estão
constituições ordenadas por ordem cronológica. A maior parte das disposições eram de
direito público.
Foi criada também uma “lei das citações”. Segundo esta só poderiam ser citadas
em tribunal, com efeito vinculativo, as obras de Papinianus, Paulus, Ulpianus
Modestinus e Gaius. Podiam ser citados outros autores, beneficiando do mesmo
tratamento que os supracitados, se esses fossem reconhecidos na sua Auctoriras pelos
primeiros e se a citação desses textos proviesse de texto fidedigno.~
12
Ficaram a dever o nome ao seu editor de 1631 Jacobus Sirmond.
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Ou resumos dessas obras.
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de “Autun”, o Tituli ex Corpore Ulpiani ou Liber singularis Regularum e, por fim, as
interpretationes.
O Corpus Iuris Civilis é uma compilação de jus e de leges mandada fazer por
Justiniano que encarregou Triboniano, que na altura era magister in officiorum e
Theophilus, na altura professor em Constantinopla que fizeram, em 529 um primeiro
código (Jolowicz 1954) o chamado Codex Vetus (Cruz 1984).
Apesar da lei das citações, continua, apesar de tudo, a haver falta de segurança
jurídica. Para resolver este problema manda colocar no Digesto uma colectânea de
partes de textos de juristas proibindo a referência do texto à obra original. Antes de ter
mandado fazer isto acabou com instituições que se tinham tornado obsoletas (Jolowicz
1954, p. 490).
Por fim o Corpus Iuris Civilis, conforme nos aparece no tempo de Justiniano
está dividido em quatro partes, são elas:
γ ) O Codex de 534; e
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Não procederei à analise das várias partes do Corpus Iuris Civilis.
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δ ) As Novellae de 535 a 565
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Sebastião Cruz apresenta como causa probabilis do renascimento dos estudos jurídicos em Bolonha, o
achamento de um Corpus Iuris Civilis em Pisa que teria despertado a tenção de Irnério. Este Autor
fundamenta-se em escritos Florentinos nesta afirmação (Cruz 1984). Esta asserção é desmentida por
Mário Júlio de Almeida Costa que diz que esta descoberta é mitológica uma vez que está documentada a
existência deste texto nessas cidades antes do séc. XI (Costa 2005).
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Assim chamados por causa do estilo literário que utilizavam na análise dos textos.
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Assim chamados por causa do fundador da Escola dos Glosadores ter sido Irnério, Contudo há indícios
que apontam para a possibilidade de esta escola ter sido fundada na cúria papal que recebia uma
influência directa da Itália meridional (Wieacker 2004).
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este não foi conhecido todo ao mesmo tempo, nem foram estudadas em bloco mas
foram divididas em cinco partes:
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Mais tarde foram-lhe introduzidos outros elementos.
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dentro do poder eclesiástico mas de uma universitas scholarium19 fizeram com que se
possibilitasse um estudo mais aprofundado do jus romanum.
Na medida em que a lei é ratio scripta esta deve ser interpretada o mais
literalmente possível apenas de modo a descortinar o seu sentido textual, daí ser
estudado através de glosas que seriam a explicitação filológica dos textos do Corpus
Juris Civilis.
Outro dos elementos que fizeram com que o direito romano medieval só
perseguisse a lógica e o esclarecimento filológico deve-se ao facto de a justiça se
identificar com a verdade, sendo esta reconduzida à figura de Deus. O Deus medieval é
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Unidades corporativas autónomas com privilégios que as destacam, com os burgos, dos restantes
estamentos.
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É um ponto em comum que partilha com a interpretação teológica que Wieacker descura mas que
parece ser insofismável. Na Fenomenologia Moderna Richard Palmer caracteriza a hermenêutica bíblica e
a jurídica como hermenêuticas de aplicação (in Hermenêutica, Edições 70, 2007).
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A expressão “lógica advogadesca” que podemos encontrar em Unamuno (“Do sentimento Tragico da
vida”) significa isto mesmo: uma lógica sem base científica (no caso das ciências naturais) ou sem base
legitimadora que é justificado apenas pelo facto de a lei a afirmar uma situação. Um grande exemplo
deste método pode ser encontrado, na escolástica medieval, em Santo Agostinho por exemplo nas
“Confissões” quando diz que temos de fazer leituras abertas dos textos mas que nunca poderemos de fugir
da palavra de deus expressa nas sagradas escrituras. Nota-se ainda mais esta Lógica, no mesmo Autor,
durante as inúmeras interpelações que faz a Evodius no” Dialogo sobre o livre arbítrio” no sentido de
procurar as soluções dentro das Sagradas escrituras e da ideia da bondade de Deus. (O livre arbítrio é um
bem, para Santo Agostinho, porque, de entre vários argumentos foi Deus que nos deu a possibilidade de
decidir.)
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Arriscando-me a dizer asneiras, esta ideia de um todo coerente e sistemático parece ter muito que ver
com a ideia medieval, apresentada por Eco (Os limites da interpretação), das relações de simpatia e de um
diálogo hermético e mnemotécnico que caracterizava também a idade média ocidental.
10
a ideia da suma perfeição, que É, sendo o Ser, com base no qual todo o ente é23, é o
imóvel movente, criador incriado, o acto Aristotélico. Esta suma perfeição não pode
partilhar os sentimentos dos homens imperfeitos, tem de ser rígida certa e infinita como
os números, daí também, a meu ver, a ideia de que a lógica que assiste á interpretação
das leis deve ser uma lógica formal que expulse de monumentos que tendem à
perfeição, como os textos dos juristas clássicos, a lógica material (ou metafísica24) que
contém muito da falibilidade do homem imperfeito, esta segunda acepção é a dos neo-
platónicos nomeadamente de Santo Agostinho25.
O género literário mais utilizado pelos Irnerianos era glosa, esta era uma
explicitação do texto, normalmente de índole filológica, escritos na margem ou entre as
linhas do texto original, chamam-se por isso glosas marginais ou interlineares conforme
o sítio onde estejam escritas (Albuquerque e Albuquerqe 2004) e (Costa 2005).
23
O não ser ou o nada não é Nele, por isso o pecado, que é o caminhar para o nada não vem Dele.
24
No sentido que lhe é dado hoje em dia.
25
Nesta parte tentei dar a minha opinião sobre os fundamentos do método. As opiniões apresentadas
foram lidas em Santo Agostinho, contudo a realidade medieval parece-me mais rica do que o apresentado,
sendo a minha exposição uma criação simplista que até admito que possa ter ínsitos alguns idola.
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Ou quatro causas Aristotélicas. Estas são as causas que, para o Estagirita, geram o ser, elas são a causa
material (aquilo de que i ser é feito), a causa formal (o ser em si mesmo), a causa motora (que dá origem
ao processo causal) e a causa final (o telos do ser).
27
A conotação pressupõe um veículo, representado por uma função sígnica completa (dotada de
expressão e conteúdo) que remete para outro conteúdo que pode ser representado por uma ou mais
expressões. Apud (Eco 2004, P. 172).
11
No séc. XII as virtualidades do método extinguem-se. Contudo é neste século
que Acurcio faz a compilação da Magna Glosa que contém, além de glosas escritas por
ele, grande parte as escritas pelos seus predecessores (Petit 1913).
O seu método vai ser criticado pela escola do mos gálicus28 por causa da
ignorância filológica e histórica. Em Portugal encontramos v. g. Gil Vicente no auto a
barca do Inferno onde faz a critica a essa ignorância através do uso de personagens tipo
como o Corregedor. Em França, p. ex. Rabelais no Pantagruel satirizou o mau gosto dos
exemplos dados pelos Irnerianos (Petit 1913).
A escola dos comentadores vem trazer um novo método que substitui o método
já esgotado29 da Glosa (Silva 2000). Esta escola surge no séc. XIII de seguida ao
aparecimento da Magna Glosa de Acúrcio. O primeiro grande utilizador deste método
foi Cino de Pistoia, contudo serão Bartolo30 e Baldo as figuras mais importantes desta
escola.31
Os comentadores são assim chamados por causa do estilo literário que utilizam
para desenvolver o seu método, o comentário. O método utilizado por estes juristas é o
chamado método escolástico ou dialéctico. Este método contém uma técnica de análise
através de sucessivas análises e sínteses, superação de contradições e construção de
sistemas lógicos.
A análise dos textos legais seria feita por fases através de um método analítico
que seguia a seguinte “tramitação”:
α ) Lectio Literae, isto é, a leitura dos textos, pelo mestre, que deviam ser
interpretados durante a prelecção;
28
Assim como o método dos comentadores
29
Eugéne Petit diz mesmo que caiu em decadência, isto percebe-se principalmente, por causa da ideia de
auctoritas e da mentalidade do Homem da Idade Média perante alguns Autores. Esta posição, muitas
vezes acrítica, matava todo o espírito criativo.
30
Os comentadores também são chamados Bartolistas
31
Há autores que notam que houve um período de tempo em que o comentário começou a ser implantado
juntamente com a existência da glosa, por isso autonomizam uma escola: a dos pós-glosadores
(Albuquerque e Albuquerqe 2004).
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γ ) Expositio onde se fazia uma análise integral do texto;
Este método vai ser posto em causa com o surgimento do mos gallicus (iura
docendi) ou escola Humanista.
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A recepção do direito Romano na Península Ibérica
Como já foi dito, não se pode dizer que tenha havido um renascimento do direito
Romano uma vez que este nunca deixou de ser conhecido32. O direito apesar de ser
“racional” com elementos analíticos é um fenómeno cultural compreensivo que se
explica por referência a uma história e cultura. Quando o direito Romano dito “erudito”
chega à península, já havia uma série de estruturas criadas durante o período em que os
Romanos dominaram a Península Ibérica. Antes de entrarmos para a recepção do direito
romano fruto do chamado “Renascimento do Direito Romano” faremos uma brevíssima
alusão a este período precedente.
A conquista da Península
32
(Costa 2005)
33
Aníbal saiu de Cartagena na Hispânia, transpôs os Pirenéus, o Ródano e os Alpes até à Itália.
34
Os Romanos, ao contrário dos Cartagineses que apenas procuravam comerciar, quando vieram para a
península Ibérica quiseram subjugar os Povos que ali habitavam. (Caetano 2000) pag. 61
14
Período da Romanização
15
Contudo o direito Romano que vigora na península é um direito simplificado
(chamado vulgar), quer porque estávamos longe do centro de criação Jurídica, quer por
causa de dificuldades interpretativas e das especificidades regionais.
FIM
ius commercii e o jus suffragii. Podiam-se tornar cidadãos através da desempenho de cargos públicos,
talvez por causa do declínio social desses cargos, dependendo da importância dos cargos os latinos
podiam ter uma latinidade maior ou menor). Os Latinos junianos, Latini iuliani criados com a lex iunia
Norbana que integrava os escravos manumitidos que não fossem cidadãos, estes tinham um estatuto
equiparado aos Latinos Coloniais mas morriam como escravos. Os latinos distinguiam-se dos cidadãos
cives porque estes tinham capacidade jurídica plena, para além do jus connubii, do jus commercii e do jus
sufragii também tinham o jus honorum, id est o direito de ascender às magistraturas do Estado e o ius
militiae ou seja, a faculdade de alistamento no exército. Os peregrinos eram estrangeiros que não eram
sujeitos de direito Romano e eram tidos como hostes, apenas tinham como regalia a possibilidade de se
submeterem ao ius gentium nas relações com romanos ou com outros peregrinos. (Costa 2005)
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Obras Citadas
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Petit, Eugène. Traité Elementaire de droit Romain. 7ª Edição. Montagem por
Arthur Rousseau. Paris, 1913.
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