Artigo Thayane

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Aulas experimentais como forma de ensino e aprendizagem na turma de 4º ano em

uma instituição particular do município de Santa Maria.

Thayane Bisognin

Resumo
O ensino de ciências encara alguns desafios, como a carga horaria semanal da disciplina,
conteúdo a serem vencidos, falta de interesse dos alunos e a formação de professores.
Desta forma, objetivou-se através de uma aula prática sobre vulcões, despertar o interesse
dos alunos do 4º ano de uma escola particular da cidade de Santa Maria, para a ciências.
O trabalho foi desenvolvido em parceria com a professora pedagoga, no qual foi
construído um vulcão com litro pet, jornal e argila. Durante a construção do vulcão foram
feitos vários questionamentos aos alunos e após esses conceitos montados pelos alunos e
pelas professoras foram organizados no quadro negro. Após essas atividades, o vulcão foi
testado, usando tinta, sabão liquido, bicarbonato de sódio e vinagre. Notou-se que por
meio dessas atividades os alunos se tornaram mais participativos e compreenderam de
forma mais clara o conteúdo. Conclui-se que o ensino de ciências por meio de
experimentação é de suma importância para a alfabetização cientifica do aluno.

Palavras-chave: Aula prática, vulcões, alfabetização cientifica.

Introdução
Percebe-se que pouco se faz para que os alunos sintam interesse em aprender e
questionar em sala de aula. De acordo com Santos, et al. (2013) alegam que a forma como
os professores abordam os conteúdos em sala de aula, muitas vezes dificultam a sua
compreensão, afetando o ensino e aprendizagem.

Vindo ao encontro da fala de Santos, et al. (2013), Dornfeld e Maltoni (2011)


argumentam que entre os professores, há uma grande dificuldade para desenvolver suas
atividades em sala de aula de forma contextualizada, encontrando vários motivos para a
não efetivação de atividades diferenciadas, desde aspectos relacionados a direção à
aspectos relacionados com a formação docente. A falta de tempo para planejamento e
execução das atividades, a grade de conteúdos que deve ser comprida ao longo do ano
também motiva que o professor não trabalhe com aulas experimentais.

Bonando (1994) completa dizendo que o professor muitas vezes transcreve na louça
apenas listas de exercícios para que os alunos estudem para as provas escritas. Para ele,
os docentes justificam que o reduzido número de atividades em Ciências nos primeiros
anos do ensino fundamental deve-se ao nível de escolaridade dos alunos que por estarem
ainda em fase de alfabetização, nem sempre necessitam aprender sobre este componente
curricular.
No entanto, os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998) advogam
a importância de se ensinar conteúdo deste componente curricular desde as primeiras
séries da escolarização básica.

O uso de experimentos em sala de aula é uma ferramenta de elevada importância


no ensino, seja ele no ensino fundamental, médio ou superior, pois essas experiências
atraem os alunos para compreender o conteúdo, como alega Bueno e Covaliczn (s/d. p.
02) demostrando que o uso de experimentos estabelece relação entre a teoria e prática,
tornando o professor orientador e o aluno o ser que busca o seu próprio conhecimento.

Metodologia

Essa atividade foi realizada em uma turma de 4º ano do ensino fundamental I, em


uma escola do setor privado da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil, no
primeiro semestre de 2019. O experimento foi realizado em duas quartas-feiras, entre os
meses de maio e junho. A turma é composta por 4 crianças, com idades entre 10 e 11
anos.

Para despertar o interesse dos alunos para o conteúdo de vulcões, foi planejado
juntamente com a professora pedagoga da turma, uma aula prática. As aulas práticas, de
acordo com Bartzik e Zander (2016, p. 36) “[...] são indispensáveis para a construção do
pensamento cientifico, por meio de estímulos ocasionados pela experimentação.”

Primeiramente, os alunos, com auxílio das professoras confeccionaram a estrutura


do vulcão, utilizando litros pet para delimitar sua altura e abertura da cratera, jornais e
papeis para determinar a largura do cone do vulcão. Posteriormente, os mesmos cobriram
a estrutura de papel com argila e quando já seco pintaram com tinta guache.

Logo após, será passado no quadro negro as partes do vulcão, como se formam, o
que é a lava, sua importância e riscos e por fim, será realizado o experimento de erupção
através do bicarbonato e vinagre.

Para a erupção será utilizado duas colheres de tinta guache vermelha, 4 colheres
de labão liquido, 3 colheres de sopa de bicarbonato de sódio e vinagre, na mesma ordem.

Resultados e Discussão

Ao chegar em sala de aula, percebeu-se uma euforia vinda dos alunos, no qual os
mesmos perguntavam incansavelmente se eles já iriam montar o vulcão. Desta forma,
organizamos nossos materiais e começamos a confecção do mesmo. Durante a
montagem, as professoras questionaram os alunos sobre o que eles entendiam por vulcões
e o que já haviam ouvido sobre eles, e através de suas respostas já trabalhavam o
conteúdo, explicando suas partes e seu funcionamento.
Durante a atividade de preparação do vulcão, os alunos se mostraram
participativos, respondendo aos questionamentos feitos pelas professoras e ajudando um
ao outro na elaboração, essa participação se manteve ao longo da explicação do conteúdo,
no qual, as crianças colaboravam e ajudavam a construir conceitos.

Por fim, durante o experimento de “erupção”, foi possível analisar a alegria e


surpresa dos alunos pelo resultado obtido. Essa mesma experiência foi repetida, a pedido
dos alunos diversas vezes, e a mesma reação de surpresa foi notada no rosto dos alunos,
que se maravilharam com o experimento e esperam novas aventuras durante a aula de
ciências.

Confecção do vulcão e “erupção”. Fonte: A autora

Conclusão

Conclui-se que a prática em sala de aula contribui para a compreensão do


conteúdo, tornando os alunos participativos. Por meio dessa atividade os alunos tiraram
suas dúvidas e puderam entender como ocorre uma erupção, mesmo que por um
experimento simples. É de suma importância que o professor guie as atividades,
mantendo um diálogo com os alunos e deixando que os mesmos exponham seus conceitos
prévios sobre o assunto.
Referências:
BARTZIK, F; ZANDER, L. D. A importância das aulas práticas de ciências no
ensino fundamental. Arquivo Brasileiro de Educação, PUC Minas. 2016. Disponível
em:
http://periodicos.pucminas.br/index.php/arquivobrasileiroeducacao/article/download/P.2
318-7344.2016v4n8p31/11268. Acesso em: 12 jun. 2019
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares
nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf. Acesso em: 12 jun. 2019
BUENO, R. S. M; KOVALICZN, R. A. O ensino de ciências e as dificuldades das
atividades experimentais. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/23-4.pdf. Acesso em: 12 jun.
2019
DORNFELD, Carolina Buso; MALTONI, Kátia Luciene. A Feira de Ciências como
auxílio para a formação inicial de professores de ciências e biologia. Revista
Eletrônica de Educação. São Carlos, SP: UFSCar, v. 5, no. 2, p.42-58, nov. 2011.
Disponível em:http://www.reveduc.ufscar.br. Acesso em: 10 jun. 2019
SANTOS, A. H; SANTOS, H. M. N; JUNIOR, B. S; SOUZA, I. S; FARIA, T. L. As
dificuldades enfrentadas para o ensino de ciências naturais em escolas municipais
so sul de Sergipe e o processo de formação continuada. XI Congresso Nacional de
Educação, II Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e
Educação, IV Seminário Internacional sobre profissionalização docente. 2013.
Disponível em: https://educere.bruc.com.br/ANAIS2013/pdf/9474_6573.pdf. Acesso
em: 12 jun. 2019

Você também pode gostar